Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Famalicão Relatório e Contas 2009 Parecer do Conselho Fiscal Certificação legal das Co Contas ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO A evolução da economia e do sector financeiro foi, em 2009, profundamente afectada pelo impacto da crise internacional que eclodiu há mais de dois anos com origem no segmento do crédito habitacional subprime dos EUA, mas que rapidamente se alargou a outras áreas, em virtude do elevado grau de integração dos mercados que actualmente se verifica. A crise exacerbou-se após a falência do banco americano Lehman Brothers em Setembro de 2008, conduzindo a um declínio muito acentuado do nível de actividade económica e a uma vincada recessão em 2009, aliás já manifesta em muitos países na parte final de 2008. A economia mundial registou assim, no ano findo, um recuo de 0,8%, o que marca um significativo contraste com o forte crescimento que ininterruptamente apresentara desde há quase uma década. Mesmo em 2008, apesar de um expressivo afrouxamento, o crescimento a nível mundial ainda fora de 3%. Acompanhando a retracção na actividade económica, o comércio mundial de bens e serviços, que nos anos de grande crescimento se expandira a taxas anuais de mais de 7%, sofreu em 2009 uma quebra brutal, de mais de 12%, depois da desaceleração muito pronunciada que já evidenciara em 2008 (incremento de apenas 2,9%). Crescimento do Comércio mundial de bens e serviços ∆% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Evolução do crescimento económico mundial ∆% PIB 2010 (Prev.) 2003 10,6 2005 5,3 9,3 7,4 2004 7,3 5,8 2006 2007 5,1 5,2 2008 2009 3,9 3,9 2,8 3,0 1,8 -0,8 -12,3 2010 (Prev.) Fonte: FMI, World Economic Outlook (várias edições) Os efeitos da crise manifestaram-se em todos os principais pólos da economia mundial, com abaixamentos muito fortes do nível de actividade na generalidade dos países mais desenvolvidos e notória desaceleração nas economias emergentes, nomeadamente China e Índia, que no entanto continuaram a crescer a taxas comparativamente elevadas. Nos países emergentes, a excepção foi a Rússia e outros países dependentes da exportação de produtos básicos, e em especial petróleo bruto, que se ressentiram da menor procura para esses produtos e queda do seu preço nos mercados internacionais. No conjunto dos países desenvolvidos, a actividade económica regrediu 3,2% em 2009, contra uma situação de quase estagnação em 2008 (crescimento de 0,5%), com os EUA a evidenciarem uma contracção de 3,2%, face a uma quase estagnação em 2008 (+0,4%), e a economia japonesa a cair mais de 5%, acentuando a quebra já observada em 2008 (1,2%). Na Zona Euro, a queda do produto foi de 3,9%, seguindo-se a um modesto crescimento de 0,6% em 2008, sendo mais acentuada na Alemanha – cuja economia, sofrendo o impacto directo da queda do comércio mundial, apresentou em 2009 uma contracção de 4,8% - e na Itália – que igualmente registou uma quebra de 4,8%, após uma descida de 1% em 2008. A vizinha Espanha, por sua vez, que em 2008 ainda crescera 0,9%, registou uma queda no produto de 3,6%, para o que muito contribuiu a profunda retracção no sector imobiliário, que fora, ao longo de vários anos, um dos principais motores da economia. Fora da Zona Euro, mas ainda na UE, assinale-se a queda do produto, em 4,8%, evidenciada pela economia britânica - onde igualmente se formara uma bolha imobiliária -, após uma quase estagnação em 2008 (+0,5%). Sublinhe-se que, apesar da enorme contracção do nível de actividade económica em grande número de países, a evolução poderia ser mais negativa sem as extraordinárias medidas de emergência no domínio da política monetária e orçamental, as quais, para além de terem assegurado a sustentação do sector financeiro, contribuíram para atenuar as principais consequências da crise sobre actividade económica e o emprego. Crescimento Económico ∆% PIB 2007 2,7 2008 2009 (E) 2009 (P) 0,5 -3,2 2,1 2,7 0,6 -3,9 1,0 Países emergentes 8,3 6,1 2,1 6,0 Mundo 5,2 3,0 -0,8 3,9 Países Desenvolvidos do qual, Zona Euro Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (várias edições) No campo monetário, as medidas envolveram a redução das taxas directoras para níveis mínimos extremos – por vezes, como nos EUA e no Reino Unido, de quase 0%, e na Zona Euro de 1% -, a cedência massiva de liquidez aos bancos e ainda operações completamente alheias à ortodoxia monetária, como a realização de financiamentos directos a entidades não financeiras e, fora da Zona Euro, o financiamento dos défices públicos pelos bancos centrais. Em resultado destas medidas, o nível das taxas de juro do mercado interbancário – no caso da Zona Euro as taxas euribor – desceu continuamente ao longo de 2009, passando, no caso da taxa a 3 meses, de 3,29% em Dezembro de 2008 para 0,71% em Dezembro findo (médias mensais). Evolução das taxas euribor (*) % 2009 2008 Mar Jun Set Dez Mar Jun Set Dez EB 3 meses 4,60 4,94 5,02 3,29 1,64 1,23 0,77 0,71 EB 6 meses 4,59 5,09 5,22 3,37 1,77 1,44 1,04 1,00 (*) Valores médios mensais O esboço de retoma que, com oscilações e incertezas, se começa a divisar a nível internacional, através da evolução mais favorável dos principais indicadores de actividade na parte final de 2009, é em parte apreciável explicável por estas medidas. O processo de reconstituição dos “stocks” que, como resposta das empresas à crise, tinham sido reduzidos para níveis mínimos, terá sido, porém, também um factor relevante na recuperação que se está a observar, do mesmo modo que a reanimação, mais pronta do que se antevinha, das economias emergentes – nomeadamente da Ásia, com impacto favorável nas exportações do Japão, da Zona Euro – sobretudo Alemanha – e dos EUA. Perspectiva-se assim para 2010 uma recuperação económica já significativa nos principais pólos económicos, embora mais forte nos EUA e no Japão e mais modesta na Zona Euro. No caso da Espanha, a economia deverá voltar a recuar em 2010. 4 A contracção económica levou, em muitos países, a um aumento da taxa de desemprego, que se situa acima dos 10% nos EUA, na Zona Euro e até na própria China – apesar do seu forte ritmo de crescimento - e já atinge quase 20% na Espanha, país que regressou, assim, aos elevados níveis de desemprego que apresentava no início dos anos 90, e que se tinham reduzido significativamente com o surto de crescimento que conseguira. Em contrapartida, porém, as tensões inflacionistas que tinham começado a manifestar-se com alguma intensidade em 2008 em resultado da subida do preço do petróleo – que atingiu níveis máximos, da ordem de 150 USD por barril, em meados de 2008 - esbateramse consideravelmente perante a menor procura que a queda da actividade económica induziu, conduzindo a uma inflação praticamente nula, em termos de média anual (+0,1%) nos países desenvolvidos – contra 3,4% em 2008 - e a um significativo abrandamento da taxa de inflação nos países emergentes (subida nos preços ao consumidor de 5,2% em 2009 contra 9,2% em 2008). Note-se, porém, que na parte final de 2009, sobretudo como resultado da gradual recuperação do preço do petróleo, se tem assistido a um ligeiro incremento das taxas de inflação em base mensal, mantendo-se, no entanto, em níveis relativamente contidos. Na esfera financeira, as medidas de estabilização e de apoio aos bancos adoptadas pelas autoridades monetárias e pelos governos de muitos países, contribuíram para conter o movimento de fuga ao risco por parte dos investidores e para desfazer o receio que se apoderara do público em geral, conduzindo a uma acalmia e normalização dos mercados, que gradualmente se consolidou. Paralelamente, assistiu-se a uma certa normalização do mercado internacional do crédito, mas certas operações, de grande relevância anteriormente à eclosão da crise, continuam basicamente paralisadas, como é o caso da titularização de créditos. Também não se verificou, ainda, o regresso a uma situação de perfeita normalidade no mercado interbancário, continuando a generalidade das instituições a concentrar as suas operações nos mercados domésticos e nos principais bancos. A descida das taxas de juro do mercado bancário, associada à progressiva normalização do sentimento em relação ao risco por parte dos investidores, e a algum optimismo quanto às 5 perspectivas de retoma - e também como reflexo da própria queda abrupta que o mercado, no auge da crise, sofrera -, conduziram, ao longo de 2009, a uma expressiva recuperação das cotações das acções de muitas empresas, nos diversos sectores de actividade. Os principais índices bolsistas registaram assim subidas muito significativas, embora ficando ainda bastante abaixo dos picos que haviam atingido antes da crise, movimento que igualmente se verificou no índice PSI- 20 da bolsa portuguesa, que subiu 39,9%, ao longo de 2009, em relação ao final de 2008. O impacto adverso da crise nas receitas dos Estados, e o aumento da despesa, quer na componente automática – onde sobressai o subsídio de desemprego - quer na componente discricionária - em que se inserem as medidas de apoio aos bancos nos casos que implicaram efectivo dispêndio de fundos e as de estímulo fiscal à economia - está a pressionar enormemente as finanças públicas da generalidade dos países. O défice das contas públicas em 2009 ultrapassou os 10% do PIB num conjunto alargado de países, em que se incluem os EUA, o Reino Unido e o Japão e, no seio da Zona Euro, a Irlanda e a Grécia. É no entanto de referir que outros países se aproximam de níveis comparáveis de défice público e que praticamente em todos se verifica um agravamento nas contas do Estado em relação à situação de 2008, ano em que já se notava deterioração significativa face a 2007. Neste contexto de crise internacional, a economia portuguesa, que mesmo anteriormente à crise já vinha registando níveis de crescimento muito modestos, sofreu em 2009 uma queda pronunciada, que se traduziu num decréscimo do PIB, em relação a 2008, de 2,7%, decréscimo que só encontra paralelo em 1975. Com efeito, a economia portuguesa ressentiu-se fortemente da queda muito pronunciada das exportações, quer de mercadorias quer de serviços, que em conjunto decaíram 12,5% em termos reais, com impacto negativo substancial no nível de actividade, já grandemente deprimido devido à contracção no sector da construção, e dos sectores a ele ligados, que sofreram o embate inicial da crise. Assistiu-se assim a uma forte retracção, de 11,7%, no investimento, que resultou quer do 6 investimento empresarial – que aprofundou a evolução já negativa de outros anos -, quer do habitacional, e o próprio consumo privado, em anos anteriores o principal sustentáculo da actividade económica, registou uma evolução negativa (variação de -0,9% em relação a 2008). Neste quadro, o desemprego tem vindo a aumentar consideravelmente, atingindo no final de 2009 já cerca de 525 mil pessoas, colocando a taxa de desemprego em 9,3%, nesta altura uma das mais elevadas da Zona Euro, embora significativamente inferior à que se observa em Espanha. Note-se que, até há alguns anos atrás, a taxa de desemprego em Portugal era uma das mais baixas da Zona Euro. Em contrapartida, à semelhança do ocorrido noutros países, e na Zona Euro em geral, a inflação contraiu-se consideravelmente, vindo a ser mesmo negativa no conjunto do ano (0,9%), face ao nível de 2,7% observado em 2008. Perspectiva-se para 2010 o regresso a uma situação de inflação positiva, que de acordo com as previsões actuais rondará os 0,7%. Também como noutros países, as contas públicas foram pressionadas pela queda das receitas provocada pela diminuição da actividade, que por outro lado fez subir as despesas da segurança social – em especial o subsídio de desemprego. Assim, apesar de os gastos do Estado expressamente dirigidos ao combate à crise terem tido menor expressão do que noutros países, o défice público em 2009 acabou por atingir 9,3% do PIB. Ainda no terceiro trimestre, a estimativa do Governo apontava para um défice de 5,9%, mas a generalidade dos analistas já antevia um défice mais expressivo para o conjunto do ano. Finalmente note-se que o défice da economia portuguesa face ao exterior se atenuou, embora mantendo-se elevado (8,2% do PIB), pois apesar da redução das exportações, as importações também caíram, devido ao menor nível de actividade, e além disso Portugal beneficiou da baixa do preço do petróleo. Prevê-se para a economia portuguesa uma ligeira recuperação em 2010, com o PIB a crescer 0,7%, mas esta previsão está naturalmente afectada por um considerável grau de incerteza, estando em especial dependente do comportamento das exportações e do 7 consumo privado, e de uma evolução menos negativa do investimento. MERCADO BANCÁRIO Naturalmente, a situação do mercado bancário não poderia ficar imune à conjuntura económica e financeira global. A descida acentuada das taxas euribor está a penalizar sobremaneira a margem financeira das instituições, em especial nos casos em que os financiamentos concedidos indexados às taxas euribor detêm peso elevado nas carteiras, já que o custo médio dos recursos de clientes, que constitui em todas as instituições a componente de base do seu funding, desceu muito menos que a remuneração dos activos. Isto porque, por um lado, as taxas dos depósitos não descem abaixo de determinados níveis mínimos e, por outro, porque a concorrência entre as instituições pela captação de recursos, que se mantém muito viva, esbate, no tocante ao seu custo médio, o efeito da descida das taxas Euribor. Nível de Taxas de Juro Médias No Sistema Bancário 2004 Dez 2005 Dez 2006 Dez 2007 Dez 2008 Jun 2008 Dez 2009 Jun 2009 Nov ∆pp Nov09-Dez08 Depósitos até 2 anos 2,04 2,06 2,72 3,58 3,72 3,99 2,38 1,92 -2,07 Crédito a empresas * 4,31 4,41 5,39 6,15 6,29 6,14 4,02 3,43 -2,71 Crédito à habitação 3,78 3,73 4,79 5,51 5,63 5,86 3,08 2,07 -3,79 Crédito pessoal (consumo…) 7,60 7,68 8,07 8,75 8,98 9,03 7,98 7,48 -1,55 * Sociedades não financeiras Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010 Não surpreende pois que a descida da taxa média dos depósitos, embora significativa em si mesma, não tenha acompanhado em 2009 a baixa das taxas euribor em termos comparáveis ao que tem ocorrido nas taxas médias do crédito, tanto mais que também se verifica uma preferência dos depositantes por depósitos de prazos mais longos, nesta conjuntura de taxas baixas. Assim, entre Dezembro de 2008 e Novembro de 2009, o nível médio das taxas de juro nos depósitos até 2 anos baixou de 3,99% para 1,92% (-2,07 pp), quando a euribor, nesse 8 período (considerando, a título ilustrativo a euribor a 6 meses), se reduziu em 2,38 pp, passando de 3,37% em Dezembro de 2008 para 0,99% em Novembro de 2009. No mesmo período, a descida nas taxas médias do crédito foi consideravelmente mais vincada, de 6,14% para apenas 3,43% no crédito a empresas (-2.71 pp) e de 5,86% para 2,07% no crédito à habitação (-3,79%), sendo a descida mais moderada apenas no caso do crédito pessoal a particulares (de 9,03% para 7,48%, ou seja, -1,55 pp). A descida na taxa média do crédito à habitação é particularmente forte e explica-se, naturalmente, pelo facto de, na esmagadora maioria, os contratos respectivos, de longa duração, se encontrarem rigidamente indexados à euribor a 6 meses. A desfavorável conjuntura macroeconómica conduz por outro lado a que não existam condições propícias para a expansão do negócio bancário na vertente creditícia, uma vez que o abaixamento no nível de actividade origina uma retracção da procura por parte das empresas, verificando-se também menor procura dos particulares, em virtude dos baixos níveis de confiança. A este efeito do lado da procura, associa-se, do lado da oferta, uma maior selectividade e rigor na concessão por parte dos bancos, dadas as profundas alterações no ambiente de negócio, que originam um agravamento dos riscos, e também em consequência das restrições de balanço em algumas instituições, por razões de liquidez ou de solvabilidade. Evolução dos Agregados de Crédito Variação homóloga em % * 2004 Dez 2005 Dez 2006 Dez 2007 Dez 2008 Jun 2008 Dez 2009 Nov Crédito a Empresas ** 2,5 5,0 7,1 11,2 12,3 10,5 2,6 Crédito à Habitação 10,5 11,1 9,9 8,5 7,1 4,3 2,5 Crédito pessoal (consumo,…) 4,4 4,5 10,1 11,3 10,6 6,2 1,8 * Com base nos saldos médios ajustados de operações de titularização ** Sociedades não financeiras Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010 9 Observa-se assim que o saldo do crédito a empresas no conjunto do sistema bancário, que ainda em Junho de 2008 apresentava um crescimento de 12,3% sobre o mês homólogo do ano transacto, cresceu apenas 2,6% em Novembro de 2009, o que traduz uma redução muito substancial em termos de crédito novo, que se foi acentuando de modo manifesto ao longo da segunda metade do ano. A desaceleração mais acentuada tem-se, porém, no crédito a particulares, com o crédito à habitação a evidenciar em Novembro de 2009 um crescimento de apenas 2,5% (em termos de saldo) e o crescimento do crédito pessoal, em que se inclui o crédito ao consumo, a ficar em apenas 1,8%. Esta situação contrasta de modo bem marcante com o que se verificava antes do início da crise, em que quer o crédito à habitação, quer o crédito ao consumo, apresentavam taxas de expansão da ordem de 10% em termos homólogos. No que se refere aos depósitos de particulares e de empresas (i.e., sociedades não financeiras), depois de um crescimento significativo, que em termos homólogos atingiu 5,9% no caso das empresas e 9,8% nos particulares, entre Junho de 2008 e Junho de 2009, evidenciaram na parte final do ano uma quase estagnação. Este comportamento explica-se pelo facto de as aplicações alternativas aos depósitos tradicionais – fundos de investimento e seguros de capitalização – terem de novo ganho, ao longo de 2009, interesse junto do público aforrador, devido à remuneração cada vez mais baixa dos depósitos e à maior estabilidade e recuperação nos mercados financeiros, com impacto nas expectativas dos investidores. Noutro plano, o impacto da crise económica está a manifestar-se, em termos bastante impressivos, na evolução do crédito mal parado, que, no conjunto do sistema bancário, se elevou de 1,7% em Dezembro de 2007 para 4,5% em Novembro último no segmento empresarial, e nos particulares subiu, no mesmo período, de 1,5% para 1,8% no crédito à habitação, e de 3,5% para 6,9% no crédito ao consumo. No segmento de particulares, no período referido, o crescimento do crédito mal parado em valor absoluto atingiu quase 570 milhões de euros no crédito ao consumo, e 663 milhões no crédito à habitação. No segmento empresarial, o aumento do crédito mal parado foi particularmente importante 10 nas actividades ligadas ao imobiliário, em que passou de 254 milhões de euros em Dezembro de 2007 – representava apenas 0,7% do valor total da carteira – para 1.535 milhões no passado mês de Novembro (3,7% da carteira). O aumento do crédito vencido neste sector, desde Dezembro de 2007, totaliza quase 1.281 milhões de euros, ou seja, 1/3 do incremento total do crédito vencido de empresas registado pelo conjunto dos bancos neste período. Globalmente, o acréscimo do crédito vencido no segmento empresarial atingiu, em valor absoluto, cerca de 3.825 milhões de euros! Encontravam-se com crédito vencido cerca de 20% das empresas, cujas dificuldades se repercutem, naturalmente, sobre outras por via dos atrasos nos pagamentos entre si, facto agravado pela demora que o próprio Estado regista nas liquidações aos seus fornecedores. EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS DO CRÉDITO AGRÍCOLA O Crédito Agrícola registou ao longo dos últimos anos uma evolução bastante favorável em todos os aspectos da sua actividade, que se traduziu num considerável reforço da sua solidez financeira e em melhorias visíveis no plano operativo, na modernização da sua imagem e na notoriedade do Grupo. Apesar da actual crise económica e financeira internacional, que faz sentir os seus efeitos desde meados de 2007, o Crédito Agrícola, globalmente, realizou ainda resultados positivos muito expressivos quer nesse ano quer já em 2008, totalizando cerca de 240 milhões de euros, dando continuidade à evolução muito favorável que vinha registando. Entretanto, com o aprofundamento da crise, e sobretudo como consequência da política monetária do BCE, fazendo descer as taxas euribor para níveis mínimos extremos, os resultados sofreram no corrente exercício uma contracção, em consequência do estreitamento da margem financeira, mantendo-se porém amplamente positivos, na ordem de 55 milhões de euros. Com efeito, uma parte muito importante – mais de 70%, segundo análise recente do Departamento de Fiscalização, Orientação e Acompanhamento – da carteira de crédito das Caixas encontra-se indexada às taxas euribor, pelo que a descida destas taxas originou uma substancial redução nos proveitos gerados pela carteira de crédito, num contexto em que os custos dos recursos se mantêm pressionados. 11 Note-se que os lucros do Crédito Agrícola, dada a sua natureza de instituição bancária cooperativa, se destinam quase totalmente ao reforço da sua situação líquida, que nesta altura já ultrapassa os 1.000 milhões de euros. Com o reforço da sua situação líquida, o Grupo incrementa a sua robustez, aumentando simultaneamente a capacidade das Caixas para agirem como alavancas financeiras no desenvolvimento sócio-económico das suas regiões. Este contínuo reforço dos capitais próprios, a par com a manutenção de uma postura de prudência na expansão do negócio, traduziu-se na incessante melhoria, ao longo dos últimos anos, do rácio de solvabilidade do Grupo. Assim o Crédito Agrícola é, presentemente, o grupo financeiro com o valor mais elevado neste rácio chave, quer em termos do seu valor global (13%) quer na componente respeitante aos fundos próprios de base (11,9%), estando os respectivos níveis muito acima dos mínimos definidos ou recomendados pelo Banco de Portugal. Entretanto, o activo líquido total do Grupo é já, por sua vez, de 12, 6 mil milhões de euros, com o crédito a perfazer 8,8 mil milhões, para um valor total dos depósitos de 9,8 mil milhões. O rácio crédito/depósitos do Crédito Agrícola, que nos últimos anos raramente atingiu os 90%, espelha a gestão, igualmente muito prudente, do Grupo no tocante à liquidez, que o coloca em situação privilegiada, e praticamente única, no sistema financeiro nacional, ao deter uma posição interbancária líquida credora, perante outros bancos de primeira linha, que hoje se aproxima dos 2.000 milhões de euros (mercado monetário e títulos de dívida emitidos por outras instituições). Deste modo, após mais de dois anos de crise económica e financeira global, o Crédito Agrícola não teve necessidade – e continua a não ter – de recorrer a qualquer das medidas especiais de apoio aos bancos decididas pelo Governo, face à perturbação nos mercados financeiros que se seguiu à falência do Banco Lehman nos EUA. Comparando a situação do Grupo com a de outros bancos com peso relevante no mercado, constatamos que o Crédito Agrícola tem apresentado posição bastante favorável em termos 12 de rentabilidade, eficiência, solvabilidade e liquidez, sendo também de destacar a sua posição nos índices de reclamações de clientes, de longe os mais baixos da banca portuguesa - como aliás também sucede com os bancos cooperativos de outros países europeus, como é reconhecido num recente estudo internacional citado na revista britânica “The Economist”. Apenas no crédito vencido, o Grupo aparece ainda em posição menos favorável, embora tendo registado, nos últimos anos, uma aproximação significativa à média do sector. No contexto da actual crise, aliás, o crédito vencido no Crédito Agrícola tem aumentado menos que no conjunto do sector bancário. Posicionamento do Crédito Agrícola face ao sector Indicadores de desempenho Rácio de transformação 87% 1º (o melhor) Rácio de eficiência 49,8% 2º melhor Rentabilidade do activo 1,0% 2º melhor Solvabilidade Tier1 12,0% 1º (o melhor) Rentab. dos capitais próprios 12,2% 4º melhor Índices de reclamações: - Depósitos 15º (o melhor) - Crédito à habitação 14º (2º melhor) - Cheques 13º (o melhor) A evolução do negócio do Grupo fez-se acompanhar da expansão gradual e ponderada da sua rede, a qual actualmente totaliza já 681 agências, mantendo-se como uma das maiores redes bancárias a nível nacional. À excepção da Região Autónoma da Madeira, o Crédito Agrícola está presente em todo o território nacional, chegando a sua rede, em alguns distritos, a perfazer mais de 30% da rede bancária total aí implantada. Como é, porém, sabido, o Crédito Agrícola tem ainda reduzida presença nos grandes centros de Lisboa e Porto, o que diminui o seu peso global a nível nacional, tendo porém a Caixa Central, como entidade do Grupo que cobre esses centros, iniciado recentemente a expansão da sua rede, o que prosseguirá quando a melhoria do ambiente económico geral criar condições propícias para o efeito. Para além das Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o Crédito Agrícola integra ainda um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, da gestão de activos e de consultadoria. Merece destaque, neste contexto, a importância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindo-se as duas companhias – a CA Vida e a CA Seguros –, quer pela evolução dos seus indicadores económicos e financeiros 13 quer pela crescente qualidade do serviço. Tal conduziu ao reconhecimento da CA Seguros, em 2009, como a melhor seguradora de ramos reais em Portugal no seu segmento dimensional, galardão que obteve pelo segundo ano consecutivo. A CA Vida fora igualmente distinguida, noutro ano, com o prémio da melhor seguradora do ramo vida no nosso país em termos absolutos. As perspectivas do Grupo para o próximo ano continuam condicionadas pela conjuntura de crise económica e financeira e pelo impacto no mercado bancário da política monetária do BCE de resposta a essa crise, que para o Crédito Agrícola é um factor totalmente exógeno. Embora seja de contar que o crédito mal parado possa ainda aumentar, como normalmente ocorre em situações de recessão económica, a esperada subida das taxas euribor em 2010, mesmo que moderada, criará condições para a melhoria da margem financeira e dos resultados. É também de considerar o contributo que advirá da expansão dos proveitos de comissões decorrentes da venda cruzada, nomeadamente de seguros e fundos de investimento, o qual já foi relevante quer em 2008 quer em 2009, sobretudo no tocante aos seguros, mas mantém significativo potencial de crescimento. 14 INDICADORES DE EVOLUÇÃO DO CRÉDITO AGRÍCOLA (SICAM) Evolução do Activo Líquido e dos Depósitos de Clientes 14.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Set-09 2008 Set-09 Ano Activo Líquido Depósitos de Clientes Evolução da Situação Líquida 1.200 Valores em Milhões de euros Valores em milhões de euros 12.000 1.000 800 600 400 200 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano Situação Líquida 15 Relatório da Direcção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Famalicão Exmºs. Senhores Associados Dando cumprimento ao disposto na alínea c) do artigo 29º dos Estatutos desta C.C.A.M., apresentamos para apreciação e votação da Assembleia Geral, o Relatório, as Contas e a Proposta de Aplicação dos Resultados, respeitantes ao exercício de 2009. Face à conjuntura económica e às condições do mercado bancário, a actividade comercial da Caixa foi abalada, registando-se uma redução nas várias componentes do negócio. Ao esmagamento da margem financeira, provocado por taxas indexantes baixas, acresceu a acentuada dificuldade na manutenção dos recursos e a menor procura de crédito de bom risco. Neste contexto os resultados obtidos, apesar de positivos, ficaram abaixo das expectativas. O ano de 2009 foi marcado pelas negociações com a Caixa de S. Tirso para a elaboração de um projecto de fusão, tendo em vista a constituição de uma Caixa de maior dimensão, maior volume de negócios e com uma estrutura de gestão mais adequada às exigências actuais. O Projecto final e os Estatutos da Caixa resultante da fusão foram assinados pelas Direcções de ambas as Caixas em meados de Novembro, assim como o Regulamento Eleitoral, a proposta do Conselho Consultivo para o primeiro mandato e a proposta da futura estrutura organizacional. De extrema importância foi também a alteração do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo que veio estabelecer novos modelos de governação, o alargamento da actividade de crédito e da base associativa e a obrigatoriedade da certificação legal das contas. Com base nestas disposições legais, no ano transacto, foram adaptados os Estatutos da Caixa e contratado os serviços de uma empresa de Revisores Oficiais de Contas. Não podemos ainda deixar de realçar, a realização em meados de 2009 de uma Auditoria Externa realizada por técnico da Fenacam. O relatório final confirmou a boa gestão da Caixa, o rigor nos procedimentos e no cumprimento das normas vigentes. As contas 16 analisadas não sofreram qualquer correcção, reflectindo a situação financeira e patrimonial da Caixa. Relativamente às melhorias introduzidas nos serviços, destacamos a implementação do serviço de Auditoria Interna através de protocolo celebrado com o Departamento de Auditoria e Controlo da Caixa Central, o qual deu um contributo muito válido no melhoramento de procedimentos internos e no reforço do controlo de riscos. Por considerarmos fundamental para o desenvolvimento da actividade comercial e como suporte da análise de risco, foi dada continuidade ao trabalho de actualização e melhoramento da base de dados dos Associados e Clientes. Com vista à melhoria das condições de atendimento, da funcionalidade dos serviços e também de renovação da imagem, foram efectuadas obras na agência de Nine. Para além de um espaço mais moderno e apelativo, foi considerado como prioridade a criação de espaços privados de atendimento. Numa vertente social e com o objectivo de aumentar o vínculo com as localidades onde à Caixa está inserida, foi dado contributo através de donativos e patrocínios a diversas acções de âmbito social, educativo, desportivo e religioso. 17 Análise Financeira Demonstração de Resultados Demonstração de Resultados 2008 Juros e proveitos equiparados Ev.Relativa 4.181.242,55 2.697.254,20 -1.483.988,35 -35,49% -1.141.059,12 692.686,93 -37,77% 2.347.496,50 1.556.195,08 -791.301,42 -33,71% 1,00 1,00 0,00 0,00% 860.097,61 818.229,74 -41.867,87 -4,87% -102.451,78 -101.325,46 1.126,32 -1,10% 0,00 0,00 0,00% -14,18 200,43 214,61 -1513,47% 4.300 1 -4.299,00 -99,98% Rendimentos de instrumentos de Capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos de serviços e comissões Resultados activos e passivos justo valor Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração Margem Complementar Produto Bancário Ev. Absoluta -1.833.746,05 Juros e custos equiparados Margem Financeira 2009 49.070,24 32.118,91 -16.951,33 -34,55% 811.002,89 749.225,62 -61.777,27 -7,62% -27,01% 3.158.499,39 2.305.420,70 -853.078,69 Custos com o pessoal -996.463,50 -1.025.775,46 -29.311,96 2,94% Outros Gastos Administrativos (FST) -810.740,68 -783.500,37 27.240,31 -3,36% Amortizações do exercício -83.061,49 -97.072,13 -14.010,64 16,87% Provisões líquidas de rep. Anulações -97.933,39 22.520,47 120.453,86 -123,00% -53.817,50 -53.817,50 1.170.300,33 367.775,71 -802.524,62 -68,57% -215.736,96 -53.037,70 162.699,26 -75,42% Imparidade Resultado Antes de Impostos Impostos Correntes Impostos Diferidos 69 - Resultado Líquido 190.014,40 -3.005,80 -193.020,20 -101,58% 1.144.577,77 311.732,21 -832.845,56 -72,76% A Caixa no ano de 2009 teve uma redução significativa na sua margem financeira, motivada pela diminuição dos juros provenientes das operações activas e do custo elevado da manutenção da carteira de recursos. A acentuada e contínua descida das taxas Euribor, taxas utilizadas como indexante na maioria dos financiamentos, foram a causa principal da perda de proveitos gerados pela actividade de crédito. Sendo um factor externo de variação imprevisível foi causadora de um enorme desequilíbrio na margem financeira, no entanto as características da composição da carteira de crédito da Caixa contribuíram para que este cenário se agravasse. Apontamos como relevante o facto de termos uma carteira de crédito cujo peso do crédito à habitação representa cerca de 45%, sendo este um produto em que são aplicados spreads muito baixos. Os restantes proveitos são provenientes das aplicações que por imposição legal se 18 restringem aos Depósitos constituídos na Caixa Central, não tendo a Caixa margem negocial, sujeitando-se às taxas praticadas. Relativamente aos custos dos Recursos, verificou-se também uma descida, no entanto a mesma não foi tão acentuada, em resultado da enorme agressividade comercial existente no mercado. A mesma situação ocorreu nos rendimentos provenientes de comissões, situação explicada pela redução dos montantes do crédito concedido agenciado, geradores de comissões. Dentro das outras receitas operacionais, salientamos a subida de 7,95% nas receitas provenientes da venda de Seguros da CA Seguros e Ca Vida, totalizando 112.561€. O produto bancário registou uma redução de 27,01% face ao período homólogo, assente na quebra de 33,71% da margem financeira e 7,62% da margem complementar. Relativamente aos custos com o pessoal e os custos administrativos os mesmos foram contidos e conjuntamente tiveram um crescimento diminuto. Assim constatamos que o rácio de eficiência da Caixa se degradou, não por influência da evolução dos custos, mas pela queda do produto bancário, evoluindo de 59,85% em 2008 para 82,69% em 2009. As amortização efectuadas estão de acordo com as tabelas aceites fiscalmente, registando alguma subida fruto dos investimentos efectuados na agência de Fradelos. As provisões para crédito estão influenciadas pela utilização de 74.344€, da provisão para crédito de cobrança duvidosa extraordinária. Essa provisão no valor inicial de 361.724€, criada para as participações da Caixa Central, foi reclassificada em 2008 de acordo com orientações do Banco de Portugal, podendo ser utilizada no valor correspondente à variação positiva ocorrida no ano, tendo impacto nos resultados. Os valores registados em imparidade reflectem a desvalorização de imóveis adquiridos em dação em pagamento. Os Resultado líquido de 311.732,21€ ficou aquém do esperado, no entanto atendendo à conjuntura actual e à realidade do Crédito Agrícola, podemos considerá-lo satisfatório. 19 Estrutura do Balanço Estrutura do Balanço Caixa e disponibilidades Bancos Centrais 2008 2009 Ev. Absoluta Ev.Relativa 930.255 1.014.034 83.779 9,01% 1.193.598 1.361.762 168.164 14,09% Disponível 2.123.853 2.375.796 251.943 11,86% Aplicações em Instituições de Crédito 24.803.276 22.244.954 -2.558.322 -10,31% 24.803.276 22.244.954 -2.558.322 -10,31% 43.140.108 44.088.868 948.761 2,20% 618.050 674.381 56.332 9,11% 43.758.157 44.763.250 1.005.092 2,30% Disponibilidades outras Inst. de Crédito Aplicações em Inst. deCrédito Crédito Vivo Líquido Crédito Vencido Líquido Crédito Total Liquido Activos financeiros disponiveis para negociação Activos financeiros disponiveis para Venda Títulos Líquido Activos não correntes detidos para venda 2.371 1.787 -583 -24,60% 319.954 311.654 -8.301 -2,59% 322.325 313.441 -8.884 -2,76% 340.000 267.973 -72.028 -21,18% Aplicações R C 340.000 267.973 -72.028 -21,18% Investimentos em filiais e associadas 1.295.346 1.295.346 0 0,00% Activos tangiveis 1.598.907 1.631.298 32.391 2,03% 0 142 142 Activos intangíveis Imobilizado 2.894.253 2.926.786 32.533 1,12% Activos por impostos correntes 29.234 162.238 133.004 454,96% Activos por impostos diferidos 227.824 224.755 -3.069 -1,35% Outros activos 980.335 849.100 -131.235 -13,39% Outros activos 1.237.393 1.236.093 -1.300 -0,11% Activo Líquido 75.479.258 74.128.292 -1.350.965 -1,79% Recursos de outras Instituições de Crédito Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de clientes e outros empréstimos Provisões Passivos por Impostos correntes Passivos por Impostos diferidos Outros passivos 73.326 -73.326 -100,00% 2.371 1.787 -583 -24,60% 65.402.018 63.980.463 -1.421.555 -2,17% 368.581 369.989 1.408 0,38% 0 0,00% 0 0,00% 0 4.968 4.968 764.978 651.680 -113.298 -14,81% 66.616.241 65.008.888 -1.607.354 -2,41% 5.461.475 6.138.620 677.145 12,40% 39.580 39.580 0 0,00% Outras reservas e resultados transitados 2.217.384 2.629.473 412.089 18,58% Resultado do exercicio 1.144.578 311.732 -832.846 -72,76% 8.863.016 9.119.405 256.388 2,89% 75.479.258 74.128.292 -1.350.965 -1,79% Passivo Capital Reservas de reavaliao Situação Liquida Total do Passivo e da Situação Líquida O activo teve um decréscimo de 1,79%, face ao período homólogo, sendo as rubricas de maior relevância as Aplicações na Caixa Central, com um peso de 30% e o Crédito concedido com 60%. 20 As Aplicações na Caixa Central flutuaram de acordo com os recursos captados e a concessão de crédito, tendo reduzido o seu valor em 2009. A carteira de crédito concedido com recursos próprios teve um ligeiro aumento de 2,14%. O valor do crédito vencido, apesar da crise, manteve-se em valores aceitáveis, fruto de políticas mais restritivas na concessão, da agilização dos processos de cobrança e na procura de alternativas para a solucionar as situações indicadoras de potenciais problemas. Crédito (interno) 2008 2009 Crédito Concedido Vivo 43.562.018 44.451.765 889.747 2,04% 94.527 42.933 -51.594 -54,58% Rendimentos a receber e rendimentos diferidos Crédito Concedido Vencido Ev. Absoluta Ev.Relativa 1.118.748 1.237.575 118.827 10,62% 44.775.292 45.732.272 956.980 2,14% Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa 516.437 405.829 -110.607 -21,42% Provisões para Crédito Vencido 500.698 563.193 62.495 12,48% Total do Crédito Concedido Total das Provisões Específicas 1.017.135 969.023 -48.112 -4,73% Crédito Concedido Vivo - Líquido 43.140.108 44.088.868 948.761 2,20% 618.050 674.381 56.332 9,11% 43.758.157 44.763.250 1.005.092 2,30% 368.581 369.989 1.408 0,38% Crédito Concedido Vencido - Líquido Total do Crédito Concedido Líquido Provisões para Riscos Gerais de Crédito Racios Crédito Vencido Liquido/Crédito Total Liq. Referência <=5% Crédito Vencido Bruto/Crédito Total Bruto 2008 2009 1,42% 1,52% 2,50% 2,71% Constatamos que apesar do crescimento indicado no crédito concedido, o mesmo não corresponde a um efectivo aumento da actividade creditícia. Comparando o somatório dos saldos do crédito concedido internamente e em contrato de agência, em 2009 e ano e transacto, concluímos que houve uma descida de 3,27%, consequência do decréscimo verificado no crédito agenciado. Carteira de Crédito Caixa (Balanço) Agenciado (Caixa Central) Total 2008 44.775.292 2009 Ev. Absoluta 45.732.272 956.980 Ev. Relativa 2,14% 24.586.034 21.360.971 -3.225.063 -13,12% 69.361.326 67.093.243 -2.268.083 -3,27% 21 No Passivo mantêm-se o peso dominante dos Recursos de Clientes, aproximadamente 98%. Apesar dos esforços desenvolvidos não foi possível manter os valores existentes, registando-se um decréscimo de 2,17% . O ano de 2009 foi um ano particularmente agressivo na captação de Recursos por parte das diversas Instituições de Crédito, devido à actual crise de liquidez do sistema financeiro. Com falta de alternativas para aplicação dos excedentes, tendo que dar cumprimento aos rácios prudenciais e numa prespectiva de retorno do mercado à normalidade num futuro próximo, a Caixa teve que gerir esta situação, de forma equilibrada, mas com perda de rentabilidade, de modo a suster a descida da carteira existente. O Rácio de transformação (relação entre o crédito concedido e os recursos captados), teve um ligeiro aumento, situando-se nos 71,48%; Racios Transformação Referência 2008 2009 >=75% 68,46% 71,48% A Situação líquida aumentou 2,89% praticamente por incorporação dos resultados de 2008 em capital e reservas, pois o incremento obtido com a participação dos associados no capital social foi muito reduzido e de apenas 0,17%. Capital Incorporação Reservas Realizado pelos Associados Total 2008 2009 Ev. Absoluta Ev.Relativa 4.833.120 5.509.215 676.095 13,99% 628.355 629.405 1.050 0,17% 5.461.475 6.138.620 677.145 12,40% O montante dos Fundos Próprios Elegíveis da Caixa eram no final do ano 8.330.021 euros, os rácios prudenciais com eles relacionados, rácio de solvabilidade e rácio de imobilizado mantiveram valores superiores aos exigidos. Racios Solvabilidade Imobilizado Referência 2008 2009 >=8% 20,53% 23,88% <=100% 31,21% 30,50% 22 Proposta de Aplicação de Resultados Em conformidade com o Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e com os Estatutos, propomos que o Resultado do Exercício, um lucro de 311.732,21€, tenha a seguinte aplicação: − − − − − − Reserva Legal ……………………………......................... Reserva para educação e formação Cooperativa …… Reserva para mutualismo………………….................... Reserva Especial …………………………....................... Distribuição de resultados ……………………............... Cobertura de Resultados Transitados..................... 90.000,00 1.000,00 1.000,00 438,21 205.631,00 13.663,00 Propomos também que o valor a atribuir à Caixa na distribuição de resultados, seja incorporado no Capital Social, bem como os valores existentes em Reserva Especial. Considerações Finais Por último, não queremos deixar de manifestar o nosso especial agradecimento a todos os Associados e Clientes pela confiança manifestada no seu relacionamento com a Caixa e a todos os que trabalharam directamente connosco, contribuindo para o seu engrandecimento, dos quais destacamos os membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Fiscal e os nossos Colaboradores pelo empenho e profissionalismo demonstrados. Vila Nova de Famalicão, 09 de Março de 2010 A Direcção 23 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE V.N. FAMALICÃO, C.R.L. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euros) 2009 2008 Provisões, ACTIVO Notas Activo imparidade e Activo Activo Bruto amortizações líquido líquido Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 1.014.034 1.014.034 930.255 6 1.361.762 1.361.762 1.193.598 Activos financeiros detidos para negociação 7 1.787 1.787 2.371 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 Activos financeiros disponíveis para venda 9 311.654 311.654 319.954 Aplicações em instituições de crédito 10 22.244.954 22.244.954 Crédito a clientes 11 Investimentos detidos até à maturidade 12 - 45.732.272 (969.023) 44.763.250 PASSIVO E CAPITAL Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Notas 23 25 26 24.803.276 Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos 43.758.157 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 Derivados de cobertura 14 29 13 - Passivos não correntes detidos para venda 14 - Provisões 30 Activos não correntes detidos para venda 15 Passivos por impostos correntes 20 267.973 Propriedades de investimento 16 Outros activos tangíveis 17 2.410.529 (779.230) 1.631.298 Activos intangíveis 340.000 1.598.907 18 62.196 (62.054) 142 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 1.295.352 (6) 1.295.346 1.295.346 Activos por impostos correntes 20 162.238 162.238 29.234 Activos por impostos diferidos 20 224.755 224.755 227.824 Outros activos 21 849.100 849.100 980.335 2.371 63.980.463 65.402.018 369.989 368.581 4.968 4.968 73.326 27 Derivados de cobertura (10.178) 1.787 24 Activos com acordo de recompra 278.150 2008 22 Recursos de outras instituições de crédito - 2009 Passivos por impostos diferidos 20 Instrumentos representativos de capital 31 Outros passivos subordinados 32 Outros passivos 33 Total do Passivo 651.680 764.978 65.008.888 66.616.241 6.138.620 5.461.475 Capital 35 Prémios de emissão 35 Outros instrumentos de capital 36 Reservas de reavaliação 36 39.580 39.580 Outras reservas e resultados transitados 36 2.629.473 2.217.384 Lucro do exercício 36 311.732 1.144.578 9.119.405 8.863.016 74.128.292 75.479.258 Dividendos antecipados Total do Capital Total do Activo 75.948.783 (1.820.491) 74.128.292 75.479.258 Total do Passivo e do Capital CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE V. N. FAMALICÃO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euros) RUBRICA Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Notas 2009 2008 37 38 2.697.254 (1.141.059) 4.181.243 (1.833.746) 1.556.195 2.347.497 1 818.230 (101.325) 1 860.098 (102.452) 200 1 32.119 (14) 4.300 49.070 2.305.421 3.158.499 (1.025.775) (783.500) (996.464) (810.741) (97.072) (1.408) (83.061) 1.302 23.929 (99.235) Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Resultados de activos financeiros disponíveis para venda Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração 39 40 41 42 43 44 45 46 Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 47 48 17 e 18 30 30 30 Resultado antes de impostos Impostos correntes diferidos 20 20 Resultado líquido do exercício O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. (53.818) 367.776 1.170.300 (53.038) (3.006) (215.737) 190.014 311.732 1.144.578 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE V. N. FAMALICÃO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euros) 2.009 2.008 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de juros e comissões 3.515.484 5.041.340 Pagamentos de juros e comissões (1.242.385) (1.936.198) Pagamentos ao pessoal e fornecedores (1.786.245) (1.782.238) Contribuições para o fundo de pensões (23.031) (24.966) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (56.043) (25.722) 32.319 53.356 440.099 1.325.572 (2.558.322) 4.011.166 Resultados cambiais e outros resultados operacionais Recuperação de créditos incobráveis Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Aplicações em instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Activos disponíveis para venda Créditos a clientes (583) 2.371 (8.301) (162.582) 981.164 (404.148) (18.211) 316.800 Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Outros activos (1.300) 138.408 (1.605.553) 3.902.015 Aumentos (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos (583) 2.371 (73.326) 73.326 (1.421.555) 3.279.100 Derivados de cobertura Passivos não correntes detidos para venda Outros passivos (113.298) 3.909 (1.608.762) 3.358.706 436.890 782.263 129.605 578.029 Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento Impostos pagos Caixa líquida das actividades operacionais FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Dividendos recebidos Aquisição de activos disponíveis para venda Alienação de activos disponíveis para venda Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda Variação de activos tangíveis e intangíveis Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas (1) Investimentos em empresas filiais e associadas Caixa líquida das actividades de investimento (1) 361.724 129.604 939.752 677.145 357.990 (732.489) (361.854) (55.344) (3.864) 251.942 (161.353) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.123.853 2.285.206 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.375.795 2.123.853 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Aumento de capital Dividendos pagos Emissão de dívida titulada e subordinada Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros Remuneração paga relativa a passivos subordinados Caixa líquida das actividades de financiamento Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE V. N. FAMALICÃO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euros) Prémios de emissão Capital Saldos em 31 de Dezembro de 2007 (NCA) Aplicação do resultado do exercício de 2007: Transferência para reservas Distribuição de dividendos Aumento de capital Cobertura de Resulta dos Transitados Aumento de capital Reembolso de capital Resultado líquido do exercício de 2008 Saldos em 31 de Dezembro de 2008 Aplicação do resultado do exercício de 2008: Transferência para reservas Distribuição de dividendos Aumento de capital Cobertura de Resulta dos Transitados Aumento de capital Reembolso de capital Resultado líquido do exercício de 2009 Saldos em 31 de Dezembro de 2009 5.103.485 Reservas de reavaliação 39.580 Outras Reservas e resultados transitados Outras Resultados reservas transitados Total 1.869.013 (147.405) 1.721.608 362.034 (13.663) 348.371 147.405 147.405 Resultado do exercício 1.222.776 8.087.449 1.144.578 348.371 308.260 1.300 147.405 62.230 (13.800) 1.144.578 1.144.578 8.863.017 311.732 398.426 675.610 930 13.663 19.065 (18.460) 311.732 311.732 9.119.405 308.260 1.300 62.230 (13.800) 5.461.475 39.580 2.231.047 (13.663) 2.217.384 412.089 (13.663) 398.426 13.663 13.663 675.610 930 19.065 (18.460) 6.138.620 39.580 2.643.136 O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. (13.663) 2.629.473 Total CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de V. N. de Famalicão, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM de V. N. de Famalicão é uma instituição de crédito constituída em 26 de Setembro de 1913 tem actualmente como âmbito de acção a actividade o concelho de Vila Nova de Famalicão, sendo a cobertura feita através de uma rede de quatro balcões ligados “ on line “ entre si e a sede. A CCAM é uma instituição de crédito sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo ( RJCAM ), aprovado pelo Decreto Lei nº 24/91 de 11 de Janeiro, e alterado por vários diplomas subsequentes, tendo também obtido autorização para a prática de operações de crédito com não associados sob a forma de crédito com não associados nos limites previstos no Avisa nº 6/99 e na instrução nº 31/99 actualizada pela instrução nº 34/2000, do Banco de Portugal . A CCAM faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) que através da Caixa Central lhe garante, em sua representação, a ligação aos diferentes operadores de mercado. As notas cujos números não são indicados neste anexo não têm aplicação por inexistência ou imaterialidade dos valores a reportar. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro, do nº 12/2005 de 30 de Dezembro e do aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2016. 29 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2009, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Direcção da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas. 2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2009 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96. 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos 30 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - iii) Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção: - Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; - Das participações financeiras; 31 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em 32 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantêlos até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. 33 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 2009, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo . vi) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. 34 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: • Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cashflows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: • As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. Derivados de cobertura Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: • Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. 35 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: • Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente. g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. h) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio Despesas em edifícios arrendados Equipamento informático e de escritório Mobiliário e instalações interiores Viaturas 50 10 4 a 10 6 a 10 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada 36 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: • A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia CA Vida. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: • Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; • Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço 37 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindose como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia CA Vida. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 8 e 10 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. l) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: • Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 38 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 31 de Dezembro de 2009 no montante de 13.663,00 Euros, relativo ao registo do impacto da adopção das IAS 19. 4. RELATO POR SEGMENTOS Não existem valores a reportar nesta rubrica 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras 998.581 15.453 1.014.034 31-12-2008 917.064 13.191 930.255 De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 39 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 31-12-2009 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades 681.945 679.595 32.637 1.160.961 1.361.539 1.193.598 223 1.361.762 1.193.598 31-12-2009 31-12-2008 Juros a Receber 7. 31-12-2008 ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos Em itidos por residentes Instrum entos de dívida Instrum entos de capital Outros 8. 1.787 1.787 2.371 2.371 OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem valores a reportar nesta rubrica. 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros Crédito e outros valores a receber 31-12-2008 311.600 319.800 54 154 311.654 319.954 Im paridade 40 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31-12-2009 31-12-2008 Aplicações em Instituições de Crédito no País: Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário Aplicações a muito curto prazo Depósitos 22.150.000 Empréstimos Operações de compra de acordo com revenda Aplicações subordinadas Outras aplicações 22.150.000 Juros a receber 94.954 22.244.954 24.600.000 24.600.000 203.276 24.803.276 Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Juros a receber 31-12-2009 31-12-2008 6.698.500 9.953.714 5.497.786 7.581.000 10.162.750 6.856.250 22.150.000 94.954 22.244.954 24.600.000 203.276 24.803.276 11. CRÉDITO A CLIENTES 41 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Crédito interno Empréstimos á habitação Empréstimos Outros créditos Descontos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido Receitas com rendimento diferido 31-12-2008 20.317.482 18.006.850 2.243.293 815.550 3.062.518 6.071 18.840.369 17.954.427 1.881.115 1.686.794 3.163.879 35.434 44.451.765 43.562.018 122.912 183.654 (79.979) (79.979) (89.127) (89.127) 44.494.698 43.656.544 1.229.388 8.186 1.237.575 45.732.273 1.103.720 15.028 1.118.748 44.775.292 (563.193) (405.829) (969.023) (500.698) (516.437) (1.017.135) 44.763.250 43.758.157 Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos Para crédito de cobrança duvidosa Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 369.989 Euros e 368.581 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Não existem valores a reportar nesta rubrica. 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não existem valores a reportar nesta rubrica. 14. DERIVADOS DE COBERTURA Não existem valores a reportar nesta rubrica. 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 42 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Equipamento Outros 31-12-2009 31-12-2008 278.150 340.000 278.150 340.000 278.150 340.000 Outros activos não correntes detidos para venda: Filiais Associadas Outros activos não correntes detidos para venda Imparidade: Imóveis Equipamento Outros (10.178) 267.973 340.000 O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2009 e 2008 pode ser apresentado da seguinte forma: 31-12-2008 Valor bruto Imparidade Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros Alienações Utilização de imparidade Dotações de imparidade 340.000 213.150 (275.000) 42.500 (52.678) 278.150 (10.178) 267.973 340.000 213.150 (275.000) 42.500 (52.678) 278.150 (10.178) 267.973 Aquisições Alienações Utilização de imparidade Dotações de imparidade 23.200 340.000 (23.200) 340.000 23.200 340.000 (23.200) 340.000 31-12-2007 Valor bruto Imparidade Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros 31-12-2009 Aquisições Reposições de imparidade Valor bruto Imparidade Valor líquido 31-12-2008 Reposições de imparidade Valor bruto Imparidade Valor líquido 340.000 16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Não existem valores a reportar nesta rubrica. 43 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte: Abates 31-12-2008 Descrição 31-12-2009 Valor Amortizações bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf erências do exercício 1.119.544 (169.141) (25.877) 924.527 151.214 (32.496) (5.541) 113.178 1.444.729 (201.636) (31.417) 1.211.675 Amortizações Valor Imparidade Bruto Amortizações Acumuladas Valor líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edif icios 173.970 173.970 Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material 149.537 (87.592) 8.413 (11.317) (18.268) 18.268 59.041 Máquinas e f erramentas 266.648 (93.439) 2.670 (29.688) (1.495) 1.495 146.192 (3.263) 3.263 Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte 72.150 (69.696) 1.609 (1.056) 104.891 (57.283) 18.735 (8.453) 3.008 57.890 37.277 (30.777) 35.200 (520) 41.180 Equipamento de segurança 114.689 (69.730) 7.276 (10.424) 41.812 Outro equipamento 109.070 (95.173) 11.460 (4.056) 854.262 (503.690) 85.364 (65.512) 21.301 (23.026) 23.026 370.424 Equipamento em locação f inanceira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: (…) Activos tangíveis em curso 5.242 2.304.233 (705.326) 49.200 (5.242) 134.564 (5.242) 49.200 (96.930) - (23.026) 31-12-2006 Descrição Valor Amortizações bruto acumuladas 23.026 Abates Amortizações Imparidade Aquisições Transf erências do exercício Valor Imparidade Bruto 1.631.299 31-12-2007 Amortizações Acumuladas Valor líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos 111.470 Edif icios 784.983 (148.560) 62.500 155.270 (29.727) 1.051.723 (178.286) Mobiliário e material 145.525 (125.808) Máquinas e f erramentas 213.851 (76.127) Equipamento informático 116.919 (113.224) (1.136) (44.769) 44.664 2.454 Instalações interiores 129.129 (113.408) 39.511 (7.624) (63.749) 63.749 47.608 15.484 (9.719) (31.568) 31.471 44.959 334.562 173.970 (20.581) 950.403 Outros Obras em imóveis arrendados (5.845) (4.056) 3.076 118.719 (26.426) (4.056) 3.076 1.243.092 47.825 (5.597) (43.813) 43.813 61.945 59.807 (24.321) (7.010) 7.010 173.209 Outros imóveis 397.062 Equipamento: Material de transporte 37.277 (28.277) Equipamento de segurança 130.773 (91.481) (2.500) 6.500 Outro equipamento 104.720 (99.365) 14.280 (5.738) (9.930) 9.930 13.897 878.194 (647.691) 176.907 (56.636) (200.839) 200.637 350.572 Equipamento em locação f inanceira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: (…) Activos tangíveis em curso 5.242 1.929.917 (825.978) 579.211 5.242 (83.061) (204.895) 203.713 1.598.907 44 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte: 31-12-2008 31-12-2007 Descrição Sistema de tratamento automático de dados (softw are) Valor Amortizações bruto acumuladas 61.912 61.912 61.912 61.912 Amortizações ImparidadeAquisiçõesTransferências do exercício 284 Alienações Valor e abates líquido Imparidade Regularizações (142) 142 Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso 31-12-2006 Descrição Sistema de tratamento automático de dados (softw are) Valor Amortizações bruto acumuladas 61.912 61.912 61.912 61.912 31-12-2007 Amortizações ImparidadeAquisiçõesTransferências do exercício Alienações Valor e abates líquido Imparidade Regularizações Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição: Empresa Participação efectiva (%) 31-12-2009 Valor de balanço 31-12-2009 Valor de balanço 31-12-2008 0,5832 0,0992 0,0001 0,0503 1.288.390 6.687 25 250 1.288.390 6.687 25 250 1.295.352 1.295.352 (6) 1.295.346 (6) 1.295.346 CCCAM CA INFORMÁTICA CA SEGUROS FENACAM Imparidade Acumulada Em 31 de Dezembro de 2009, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Empresa CCCAM CA INFORMÁTICA CA SEGUROS FENACAM Activo líquido Situação líquida Resultado líquido 4.668.955.420 36.667.697 149.586.674 9.591.823 149.061.056 5.352.412 26.574.472 3.443.949 1.236.674 711.780 2.564.498 277.143 45 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 eram os seguintes: Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Pagamentos por conta Outros Imposto sobre o rendimento a recuperar 2009 2008 224.755 227.824 224.755 227.824 (4.968) (4.968) 219.787 222.856 162.238 162.238 29.234 29.234 162.238 29.234 Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar 46 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2008 e 2009 foi o seguinte: 2009 Saldo Variação Regularizações Variação em Ajustamentos em 31-12-2008 de transição Resultados em Reservas Saldo em 31-12-2009 . Activos tangíveis e imparidade . Activos intangíveis . Prémio de antiguidade . Encargos com saúde . Provisões não aceites f iscalmente: Provisões para cobrança duvidosa 4.575 (1.462) 3.113 19.716 4.012 23.728 2.047 (2.019) 28 102.856 (14.880) 87.976 Provisões para crédito vencido Provisões para riscos gerais de crédito 31.115 950 32.065 Provisões para riscos bancários gerais 62.162 12.125 74.287 41 (126) (85) (4.969) (63) 63 (4.969) 5.354 (1.710) 222.856 (3.006) Provisão para aplicações f inanceiras Provisão para risco país Provisões para imóveis Provisões para outras aplicações Provisões para outros riscos e encargos Provisões para outros riscos e encargos-ias 37 . Pensões Ref ormas antecipadas Desvios actuariais Contribuição ef ectuada Regularização . Reavaliação de imobilizado não aceite f iscalmente . Reavaliação de instrumentos f inanceiros derivados . Reavaliação da posição cambial a prazo . Valias f iscais . Prejuízos f iscais reportáveis . Comissões 3.644 . Correcções no justo valor dos elementos cobertos . Valorização dos activos disponíveis para venda . Carteira de títulos detidos até à maturidade (…) (63) 219.787 47 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 2008 Saldo Variação Variação Variação em Ajustamentos em em Resultados em 31-12-2007 de transição Resultados Transitados Reservas Saldo em 31-12-2008 . Activos tangíveis e imparidade . Activos intangíveis 6.749 (2.174) 4.575 19.537 179 19.716 4.344 (2.297) 2.047 102.856 102.856 Provisões para riscos gerais de crédito 31.115 31.115 Provisões para riscos bancários gerais 62.162 62.162 (5.687) 718 (4.969) 7.899 (2.545) 5.354 32.842 190.014 222.856 . Prémio de antiguidade . Encargos com saúde . Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido Provisão para aplicações financeiras Provisão para risco país Provisões para imóveis Provisões para outras aplicações Provisões para outros riscos e encargos Provisões para outros riscos e encargos-ias 37 . Pensões Ref ormas antecipadas Desvios actuariais Contribuição efectuada (…) . Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente . Reavaliação de instrumentos financeiros derivados . Reavaliação da posição cambial a prazo . Valias fiscais . Prejuízos fiscais reportáveis . Comissões . Correcções no justo valor dos elementos cobertos . Valorização dos activos disponíveis para venda . Carteira de títulos detidos até à maturidade (…) Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: 2009 Impostos correntes Impostos sobre lucro exercício Correcções imp.relativas exerc. anteriores 2008 50.201 2.836 53.038 232.250 (16.513) 215.737 3.006 (190.014) 3.006 (190.014) 56.044 25.723 Lucro antes de impostos 367.776 1.170.300 Carga fiscal 15,24% 2,20% Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias Prejuízos fiscais reportáveis Total de impostos reconhecidos em resultados De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2005 a 2009 48 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2009 e 2008 pode ser demonstrada como segue: 2009 Taxa de im posto Resultado antes de impostos Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariam ente não dedutíveis ou acim a dos limites legais Diferimento de comissões Activos não correntes detidos para venda Activos tangíveis e intangíveis Diferenças permanentes Variações patrimoniais positivas Variações patrimoniais negativas Reintegrações e amortizazações não aceites como custo Provisões não dedutiveis ou para além dos lim ites legais Donativos não previstos ou além dos limites legais Multas,coimas,juros comp. e dem ais encargos pela prática de infracções Diferença positiva entre o VPT definitivo do imóvel e o valor do contrato Menos-valias contabilisticas 40% do aum ento das reintegrações result.da reavaliação de im ob.corpóreo Correcções relativas a exercícios anteriores Mais-valias fiscais sem intenção de reinvestimento Outros Redução de provisões tributadas Menos-valias fiscais Impostos diferidos Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores Benefícios fiscais Deduções à colecta Derrama Outras Tributações autónomas Imposto corrente sobre o lucro do exercício 21,67% 2008 Montante 367.776 79.685 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,02% (1,74%) 0,00% 3,03% 0,23% 0,03% 2,10% 0,00% 0,05% 0,05% 0,00% 1,09% (4,62%) 0,00% (0,28%) 0,77% 0,00% (8,65%) 0,26% 0,00% 0,42% 14,42% Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,82% Custo com im posto do exercício 15,24% Taxa de im posto 21,68% Montante 1.170.300 253.704 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 80 (6.417) 5 11.136 857 104 7.722 0 166 201 1.536 53.038 0,01% (0,49%) 0,05% 12,17% 0,03% 0,00% 0,00% 0,02% 0,01% 0,00% 0,00% 0,02% (3,33%) (0,03%) 0,00% (1,41%) (0,02%) (12,00%) 1,67% 0,00% 0,06% 18,43% 3.006 (16,24%) 4.026 (17.000) (1.047) 2.836 (31.807) 954 56.044 2,20% 80 (5.757) 542 142.388 309 37 256 166 23 182 (38.928) (301) (16.513) (212) (140.429) 19.512 677 215.737 (190.014) 25.723 49 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31-12-2009 Outros activos Outros metais preciosos Devedores por operações sobre futuros Sector Público Administrativo IVA a recuperar Outros Juros de crédito a clientes Outros juros e rendim.similares Outros rendim. a receber Despesas a debitar a clientes Bonificações a receber Outros devedores diversos Aplicações por recup. Crédito Responsabilidades com Pensões (nota 50) Responsabilidades Totais Valor patrimonial do Fundo de Pensões Desvios actuariais Incluídos no corredor Excesso face ao corredor Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões (nota 50) Seguros Outras Despesas a diferir - SAMS (nota 50) Empresas de grupo Outros Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar Operações activas a regularizar 31-12-2008 17.788 52.152 1.429 46.691 656 108.820 38.810 117.606 47.122 201.211 229.864 16.784 20.047 72.803 1.348 163 91.098 83.203 1.247 179 104.676 556.791 556.791 645.796 645.796 849.100 980.335 Imparidade – Outros activos Outros devedores diversos 22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não existem valores a reportar nesta rubrica. 50 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Vendas a descoberto: Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Empréstimos de títulos: Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Instrumentos derivados com justo valor negativo Outros passivos financeiros 31-12-2008 1.787 2.371 1.787 2.371 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem valores a reportar nesta rubrica. 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Recursos de instituições de crédito no país Mercado monetário interbancário Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos 31-12-2008 73.326 73.326 Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura: 31-12-2009 Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31-12-2008 73.326 73.326 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS 51 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar Outros Juros a pagar 31-12-2009 31-12-2008 17.327.951 20.336.136 26.117.063 17.395.540 20.988.308 26.566.498 582 2.435 1.482 779 196.296 449.411 63.980.463 65.402.018 Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Indeterm inado 31-12-2009 31-12-2008 25.560.242 17.775.817 3.117.140 26.813.858 16.140.278 4.554.921 45.750 17.330.968 63.784.167 17.397.801 64.952.608 27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não existem valores a reportar nesta rubrica. 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não existem valores a reportar nesta rubrica. 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Não existem valores a reportar nesta rubrica. 52 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte: Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa - Crédito e juros vencidos - Risco-país Provisões: - Riscos gerais de crédito - Outros riscos e encargos - Riscos bancários gerais Saldos em 31-12-2008 Reforços 516.437 500.683 16 1.017.135 31.695 571.110 8.172 610.977 (142.302) (486.933) (5.671) (634.906) 368.581 43.278 (41.870) 369.989 368.581 43.278 (41.870) 369.989 Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa - Crédito e juros vencidos - Risco-país Provisões: - Riscos gerais de crédito - Outros riscos e encargos - Riscos bancários gerais Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos Reposições e Saldos em anulações UtilizaçõesTransferências 31-12-2009 405.829 560.676 2.517 969.023 (24.183) (24.183) 53.818 (43.640) 10.178 6 6 53.818 (43.640) 10.184 1.385.722 708.073 (67.823) 1.349.195 Saldos em 01-01-2007 Reforços 6 2.157 554.346 (676.776) Reposições e Saldos em anulações UtilizaçõesTransferências 31-12-2008 (26.683) (763.397) 361.724 556.503 179.238 709.734 16 888.988 516.436 500.683 16 1.017.135 (790.080) 361.724 369.883 35.472 (36.774) 368.581 369.883 35.472 (36.774) 368.581 361.730 (361.724) 6 361.730 (361.724) 6 1.288.116 924.460 (826.854) 1.385.722 31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não existem valores a reportar nesta rubrica. 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Não existem valores a reportar nesta rubrica. 33. OUTROS PASSIVOS 53 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores e outros recursos Responsabilidades com Pensões (nota 50) Responsabilidades Totais Valor patrimonial do Fundo de Pensões Desvios actuariais Incluídos no corredor Excesso face ao corredor Recursos Conta cativa Credores por operações sobre futuros Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Imposto sobre o Valor Acrescentado Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Outros Fornecedores Outros credores Encargos a pagar Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Por gastos gerais administrativos Outros Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Valores a regularizar Outras operações a regularizar Operações Passivas a Regularizar Transferências electrónicas Compensação Meios Electrónicos de Pagamento Efeitos 31-12-2009 31-12-2008 253.374 (150.020) 231.523 (126.697) 13.453 (33.035) 83.772 31.079 (4.064) (33.035) 67.727 31.643 39.171 14.548 1.471 1.283 3.023 57.307 14.676 1.629 1.231 2.947 35.281 27.565 153.420 73.562 1.721 184.716 119.109 109.446 120.850 102.330 16.034 244.589 13.088 236.268 3.657 4.253 3.657 4.253 5.232 500 54.336 98.437 7.737 166.242 651.680 39.806 1.016 82.766 100.295 48.130 272.013 764.978 54 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: 31-12-2009 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Aceites e endossos Créditos documentários abertos Outros passivos eventuais Compromissos perante terceiros Contratos a prazo de depósitos Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança Valores administrados pela instituição Outras 31-12-2008 1.998.123 2.171.463 6.060 114.100 2.343.777 150.000 2.015.922 448.678 1.207.182 609.578 1.560.208 1.255.063 6.314.720 7.565.433 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte: 2009 ASSOCIADOS C. C. A. M. N º de Títulos 2008 % N º de Títulos % 129.196 1.098.528 10,52 89,48 128.867 963.428 11,79 88,2 1.227.724 100 1.092.295 100 Em 31 de Dezembro de 2009, o capital da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Famalicão, CRL encontra-se disperso pelos seus associados, existindo sete associado a deter mais de 0,1% do capital da CCAM. Em termos globais estes sócios detêm 2,85% do capital da CCAM. Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. 55 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos (…) Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidos De activos financeiros disponíveis para venda (…) Outros instrumentos de capital Reserva legal Outras reservas Resultados transitados Lucro do exercício 31-12-2009 31-12-2008 39.580 39.580 39.580 39.580 2.610.000 33.136 (13.663) 2.629.473 311.732 2.980.784 2.200.000 31.047 (13.663) 2.217.384 1.144.578 3.401.542 Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES 56 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Juros de outras disponibilidades Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Juros de crédito a clientes Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Particulares Habitação Consumo Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos Juros de crédito vencido Juros de activos financeiros disponíveis para venda Outros juros e rendimentos similares Fundo de pensões 31-12-2008 2.946 3.094 561.160 1.001.164 114.730 361.937 145.157 24.404 198.677 498.808 192.196 39.894 626.179 151.578 1.015.583 149.517 18.429 546.509 41.207 17.365 43.152 801.084 74.591 29.570 77.438 2.689.038 8.217 115.140 4.162.471 18.771 2.697.254 4.181.243 38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES 57 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 31-12-2008 Juros de rec urs os de out ras ins tituiç ões de c rédito no país (2.380) Juros de rec urs os de c lientes e outros em prés t im os (1.136.763) O ut ros juros e enc argos s im ilares (1.916) (1.141.059) (3. 034) (1.829. 979) (733) (1.833. 746) 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos Investimentos em empreendimentos conjuntos 31-12-2008 1 1 1 1 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES 58 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias prestadas Garantias e avales Fianças e indemnizações (contragarantias) Créditos documentários abertos Outras garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis 31-12-09 31-12-08 36.669 36.297 36.669 36.297 41.871 22.385 41.871 22.385 Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito Outras operações sobre instrumentos financeiros Por serviços prestados Depósito e guarda de valores 168 Cobrança de valores 8.320 Administração de valores 2 Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestão Comissão de emissão de unidades de participação Comissão de resgate de unidades de participação Transferência de valores 7.521 Gestão de cartões 540 Anuidades 23.164 Montagem de operações Operações de crédito Por operações de factoring Outras operações de crédito 272.176 Outros serviços prestados 283.275 595.166 Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa Em operações fora de Bolsa Outras operações realizadas por conta de terceiros Outras comissões recebidas 503 10.667 7.671 1.077 22.764 288.305 287.081 618.067 144.524 183.349 818.230 860.098 59 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Por garantias recebidas Por compromissos assumidos por terceiros Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Operações de crédito Cobrança de valores Administração de valores Outros Por operações realizadas por terceiros Outras comissões pagas 31-12-2008 (19.592) (27.927) (1.777) (2.198) (74.535) (67.415) (5.421) (101.325) (4.912) (102.452) 42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem valores a reportar nesta rubrica. 43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Não existem valores a reportar nesta rubrica. 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo 31-12-2009 31-12-2008 200 (14) 45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 Resultados em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangiveis Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 31-12-2008 4.300 1 1 4.300 60 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: 31-12-2009 Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional Ganhos em operações descontinuadas Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Outros Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Perdas em activos não financeiros Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo Perdas em activos não financeiros Outros encargos e gastos operacionais Outros 31-12-2008 1.337 365 55.071 138.162 7.227 201.797 74.631 128.540 15.566 219.102 (18.566) (18.859) (101.877) (42.674) (6.562) (169.678) (96.287) (1.182) (50.718) (2.986) (170.032) 32.119 49.070 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família Segurança Social SAMS Outros Outros encargos sociais obrigatórios: Subsídio por morte Outros Outros 31-12-2009 31-12-2008 (23.825) (799.209) (22.351) (763.498) (23.031) (24.966) (131.955) (34.617) (136.821) (33.814) (6.951) (6.188) (7.349) (7.665) (1.025.775) (996.464) Encargos sociais facultativos Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 2009 e 2008 apresenta a seguinte composição: 61 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 2009 Direcção Chefias e gerência Quadros técnicos Administrativos Outros 2008 1 5 16 3 1 1 5 16 3 1 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância Limpeza Informações Bancos de dados Mão de obra eventual Outros serviços especializados: Estudos e consultas Consultores e auditores externos Tratamento de valores SIBS Avaliadores externos Outros serviços de terceiros 31-12-2009 31-12-2008 (26.632) (27.511) (1.493) (2.819) (7.169) (65.625) (25.225) (32.186) (1.970) (622) (11.169) (71.172) (108.995) (66.745) (17.114) (34.879) (10.822) (44.855) (3.748) (20.928) (98.210) (59.555) (31.428) (44.135) (19.597) (42.666) (5.025) (18.808) (10.080) (50.253) (175.258) (1.994) (13.941) (7.400) (52.133) (166.349) (26.170) (12.938) (1.188) (4.688) (1.268) (27.765) (10.446) (51.405) (16.545) (73.991) (717.876) (23.901) (17.640) (84.581) (739.568) (783.500) (810.740) 62 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: 2009 Outras empresas do Grupo Associadas Coligadas Total 2008 Outras empresas do Grupo Associadas Coligadas Total Activos: Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.361.762 1.361.762 1.193.598 1.193.598 Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda 311.654 311.654 319.954 319.954 22.244.954 22.244.954 24.803.276 24.803.276 63.520 6.199 69.719 47.938 47.938 27.284 5.251 32.534 47.509 47.509 Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Outros activos Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Custos: Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões 2.380 2.380 1.992 1.992 50.214 50.214 53.889 53.889 16.188 415.264 4.103 389.597 1.004.258 1.004.258 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Gastos gerais administrativos Outros Custos Proveitos: 399.076 40.092 Juros e rendimentos similares 385.494 36.880 564.105 564.105 Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração 113.403 63.112 63.112 3.786 117.189 105.655 80.889 80.889 2.986 108.641 Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: Garantias recebidas Compromissos perante terceiros As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. 63 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) 50. PENSÕES DE REFORMA Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros CA Vida. Os pressupostos utilizados a 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foram os seguintes: Tábua de mortalidade Taxa de rendimento do fundo de pensões Taxa técnica actuarial (desconto) Taxa de crescimento salarial Taxa de crescimento das pensões 31-12-2009 31-12-2008 TV 88/90 5,52% 5,50% 3,00% 2,00% TV 88/90 4,50% 5,50% 3,00% 2,00% As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e subsídio por morte em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe: 31-12-2009 31-12-2008 231.992 (325) 231.667 123.952 93.734 217.686 21.707 13.837 Total das Responsabilidades (nota 21 e 33) 253.374 231.523 Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo, fornecido pela entidade gestora ( nota 21 e 33) 150.020 126.697 Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Empregados no activo . Cuidados de saúde (SAMS) Contribuições dos empregados Estimativa das responsabilidades com o prémio de antiguidade ( nota 33 ) : 2009 109.446 2008 102.330 64 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e subsídio por morte em 1 de Janeiro de 2007, assumindo os novos pressupostos para NCA, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe: Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Empregados no activo . Reformados e pensionistas . Reformados antecipadamente . Cuidados de saúde (SAMS) . Subsídio por morte 50.501 50.501 Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo, fornecido pela entidade gestora 21.538 Valor não financiado 28.963 O valor não financiado corresponde ao aumento das responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade, da adopção de novos pressupostos financeiros, do reconhecimento das responsabilidades com cuidados de saúde e subsídio por morte na reforma. Este valor poderá ser financiado ao longo de oito anos com início em 2007, com excepção das responsabilidades com cuidados de saúde e alterações de tábua que poderão ser financiadas ao longo de dez anos, conforme disposto pelo Banco de Portugal. Anos a 01-012007 diferir 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 233 233 Acréscimo de responsabilidades com pensões . Alteração da tábua de mortalidade 2.438 10 348 232 232 232 232 232 232 232 . Alteração de pressupostos financeiros 29.770 8 5.954 3.402 3.402 3.402 3.402 3.402 3.403 3.403 (3.245) 8 (649) (371) (371) (371) (371) (371) (371) (370) 5.653 3.263 3.263 3.263 3.263 3.263 3.264 3.265 233 233 15.601 10.400 10.400 10.400 10.400 10.400 10.400 10.401 10.401 10.401 21.254 13.663 13.663 13.663 13.663 13.663 13.664 13.666 10.634 10.634 . Excesso de cobertura PCSB 28.963 SAMS 109.204 138.167 10 65 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado) De acordo com o Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal, o custo do exercício relativo a pensões inclui o encargo com os serviços correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado. No exercício de 2009, os custos com pensões têm a seguinte composição ( nota 47 ): Custos dos serviços correntes Custos dos juros Rendimento esperado Perdas actuariais 31-12-2009 17.606 12.448 (7.022) 23.032 31-12-2008 16.969 11.394 (4.718) 1.321 24.966 A em 31 de Dezembro de 2008 e em 1 de Janeiro de 2009, o número de participantes do Fundo tem a seguinte composição: Empregados no activo Reformados e pensionistas Reformados antecipadamente 31-12-2009 01-01-2008 26 26 26 26 51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Não aplicável. A Técnica Oficial de Contas A Direcção 66 PARECER DO CONSELHO FISCAL Exmºs. Senhores Associados Após a análise detalhada e feitas todas as explicações acerca do Relatório e Contas elaborados pela Direcção, emitiu o Conselho Fiscal o seguinte Parecer: 1. No exercício das suas funções, o Conselho Fiscal acompanhou e fiscalizou a actividade da CCAM e os actos da Direcção, através dos elementos da contabilidade e outras informações e esclarecimentos entretanto obtidos. 2. No contexto da continuação de uma crise que persiste e num meio concorrencial muito agressivo, o Conselho Fiscal manifesta o seu apreço pelo esforço desenvolvido tanto pela Direcção como pelos Colaboradores da CCAM e é de parecer que a Assembleia Geral: • Aprove o Relatório e as Contas referentes ao exercício de 2009, apresentados pela Direcção; • Aprove a proposta de aplicação de resultados contida no relatório da Direcção. 3. Por fim, propomos também à Digníssima Assembleia Geral a aprovação de um voto de louvor à Direcção e Colaboradores da CCAM, pela competência e profissionalismo como tem levado a bom termo os destinos da Caixa. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Famalicão, 10 de Março de 2010. O Conselho Fiscal Direcção Presidente – António Germano Fernandes de Sá e Abreu Secretário – José de Azevedo Costa Tesoureiro – José Ferreira de Azevedo Figueiras Conselho Fiscal Presidente – José da Costa Azevedo Vogal – António Oliveira Araújo Vogal – Fernando Marques Lopes Técnico Oficial de Contas Susana Maria Ribeiro de Azevedo Revisor Oficial de Contas Pires de Matos & Pinheiro Torres – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas