1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO MAIRYELLE SOUZA DE OLIVEIRA A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES INTERNOS DA CONTAL ASSESSORIA CONTÁBIL SOBRE AUTOMOTIVAÇÃO João Pessoa 2008.2 2 MAIRYELLE SOUZA DE OLIVEIRA A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES INTERNOS DA CONTAL ASSESSORIA CONTÁBIL SOBRE AUTOMOTIVAÇÃO Monografia apresentada ao Centro Universitário de João Pessoa - Unipê, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Prof ª Maria Luiza Costa Santos João Pessoa 2008.2 3 Cutter: O48p Oliveira, Mairyelle Souza A percepção dos colaboradores internos da Contal Assessoria Contábil/Mairyelle Souza de Oliveira.João Pessoa,2008. Monografia de Conclusão de Curso (Graduação em administração)Centro Universitário de João Pessoa - Unipê. 50p 1 Automotivação. Colaboradores. Organização. I Título CDU: 658-8 4 MAIRYELLE SOUZA DE OLIVEIRA A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES INTERNOS DA CONTAL ASSESSSORIA CONTÁBIL SOBRE AUTOMOTIVAÇÃO Monografia apresentada ao Centro Universitário de João Pessoa – Unipê,como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em........../........./2008 BANCA EXAMINADORA _______________________________________________ Professora Drª. Maria Luiza da Costa Santos Orientadora- UNIPÊ ______________________________________________ Professora Ms. Cristiana Cartaxo de Mello Lula Examinadora- UNIPÊ _______________________________________________ Professor Ms. Reginaldo Cipriano dos Santos Examinadora- UNIPÊ 5 Os versos de um poema de amor são poucos para falar do meu amor por você. Obrigada pelo carinho e dedicação que tens por mim. És minha mestra, pois me ajudaste a superar os obstáculos da minha vida pessoal, profissional e acadêmica. Dedico o desempenho desta monografia a ti, minha mãezinha querida, Eliezita, pessoa mais importante da minha vida que eu amo incondicionalmente. 6 AGRADECIMENTOS A Deus por me conceder o dom de viver e ter a saúde perfeita. A Nossa Senhora da Penha por tantas graças alcançadas no decorrer desse curso. A minha mãe, pelo esforço e incentivo para mais uma vitória. Ao meu pai tão querido. Ao meu namorado Elialdo por seu amor, paciência e companheirismo. Aos meus irmãos Charles e Pâmella pessoas tão especiais em minha vida. A minha orientadora Profª Maria Luiza por seus ensinamentos e paciência que permitiu a conclusão deste trabalho. A todos os amigos que direta ou indiretamente se fizeram presente nesta minha jornada. 7 “Os construtores podem demorar anos em suas tarefas mas um dia terminam tudo.Então param,e ficam limitados por suas próprias paredes.A vida perde o sentido quando a construção acaba.”. (Paulo Coelho) 8 OLIVEIRA, Mairyelle Souza. A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES INTERNOS DA CONTAL ASSESSORIA CONTÁBIL SOBRE A AUTOMOTIVAÇÃO. 2008.2. 50f Monografia (Graduação em Administração) Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. RESUMO As inúmeras mudanças do mundo moderno apontam uma nova consciência das organizações com relação a seus funcionários no sentido de buscar incentivos que promovam a automotivação. Assim, o presente estudo teve como objetivo geral analisar o processo de automotivação nos colaboradores internos da Contal Assessoria Contábil e, como objetivos específicos definir o perfil dos colaboradores internos de um escritório de contabilidade; verificar a percepção dos colaboradores internos quanto o processo de automotivação e, por fim, verificar os tipos de estratégias utilizadas pelos colaboradores internos para promover a automotivação. A fundamentação teórica do trabalho abordou sobre as teorias motivacionais e como elas podem ser úteis para as pessoas no ambiente organizacional. Na pesquisa foi utilizados a abordagem quantitativa do tipo descritiva e estudo de caso e para levantamento dos dados foi utilizado um questionário, composto de questões objetivas e subjetivas, aplicado pela própria pesquisadora aos funcionários da Contal Assessoria Contábil, com a finalidade de verificar a percepção de cada funcionário sobre o processo da automotivação. Os principais resultados constatados com a pesquisa apontam que os funcionários consideram-se pessoas motivadas para o trabalho e que os fatores considerados como mais importantes estão relacionados com a oportunidade de crescimento profissional dentro da organização, os benefícios oferecidos de forma a atender suas necessidades básicas, os investimentos em cursos profissionalizantes e incentivos outros relativos ao desempenho do trabalho propriamente ditam. Palavras - Chave: Automotivação. Colaboradores. Organização. 9 OLIVEIRA, Mairyelle Souza. THE PERCEPTION DOS INTERNAL COLLABORATORS OF CONTAL ACCOUNTING CONSULTANTSHIP ON MYSELF MOTIVATION. 2008.2. 50f monograph (Graduation in Administration) Center Academical of João Pessoa - UNIPÊ. ABSTRACT The countless changes of the modern world point a new conscience of the organizations regarding their employees in the sense of looking for incentives to promote the myself motivation. Like this, the present study had as general objective to analyze the myself motivation process in the internal collaborators of Contal Accounting Consultantship and, as specific objectives to define the internal collaborators' of an accounting office profile; to verify the internal collaborators' perception as the myself motivation process and, finally, to verify the types of strategies used by the internal collaborators to promote the myself motivation. The theoretical fundamentation of the work approached on the motivational theories and like them they can be useful for the people in the organizational atmosphere. In the research it was used the quantitative approach of the descriptive type and case study and for rising of the data a questionnaire was used, composed of objective and subjective subjects, applied for the own researcher to the employees of Contal Accounting Consultantship, with the purpose of verifying each employee's perception on the process of the myself motivation. The main results verified with the research point that the employees are considered people motivated for the work and that the factors considered as more important are related with the opportunity of professional growth inside of the organization, the offered benefits in way to assist their basic needs, the investments in vocational courses and incentives other relative ones to the acting of the work. Keyword: Myself motivation. Collaborating. Organization. 10 LISTAS DE FIGURAS Figura 1: A Hierarquia das necessidades Figura 2: Fatores motivacionais e fatores higiênicos Figura 3: Modelo de expectância de caminhos-objetivos Figura 4: Objetivos organizacionais e individuais Figura 5: Pessoas como recursos e parceiras 16 18 21 25 26 LISTAS DE GRÁFICOS Gráfico 1: Sexo dos profissionais pesquisados Gráfico 2: Faixa etária dos pesquisados Gráfico 3: Tempo de serviço Gráfico 4: Estado civil dos pesquisados Gráfico 5: Opinião quanto à motivação no trabalho Gráfico 6: Fator importante para promover a automotivação Gráfico 7: Estratégias para automotivação no trabalho Gráfico 8: O que as pessoas estão fazendo para manterem-se automotivados 35 36 37 38 39 40 41 42 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 10 2 COMPREENDENDO O PROCESSO DA MOTIVAÇÃO 2.1 A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO 2.2 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO 2.3 MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA X MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA 2.4 CICLO MOTIVACIONAL 2.5 TEORIAS CLÁSSICAS DA MOTIVAÇÃO 2.5.1 Hierarquia das necessidades humanas 2.5.2 Teoria ERC 2.5.3 Teoria de dois fatores 2.5.4 Teoria das necessidades adquiridas 2.6 TEORIAS DE PROCESSO 2.6.1 Teoria da expectância 2.6.2 Teoria da equidade 2.6.3 Teoria do reforço 2.7 TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL 2.8 MOTIVAÇÃO X AUTOMOTIVAÇÃO 2.8.1 Autoconhecimento e o Autodesenvolvimento 2.8.2 Provocando motivação nas pessoas 2.9 FORMAÇÃO DE UMA NOVA ALIANÇA: COMO MOTIVAR OS EMPREGADOS DAS DIFERENTES CATEGORIAS 11 11 12 12 13 14 14 16 17 19 19 20 21 22 23 23 24 25 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 3.2 PROBLEMATIZAÇÃO 3.3 OBJETIVOS 3.3.1 OBJETIVO GERAL 3.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3.4 CAMPO EMPÍRICO 3.5 UNIVERSO E AMOSTRA 3.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 31 31 31 32 32 32 32 33 33 27 4 ANALISANDO A AUTOMOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA CONTAL ASSESSORIA CONTÁBIL 4.1 PERFIL DOS PESQUISADOS 4.2 A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES INTERNOS QUANTO A AUTOMOTIVAÇÃO 4.3 ESTRATEGIAS PARA AUTOMOTIVAÇÃO 38 40 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 43 REFERÊNCIAS 44 APÊNDICE 46 35 35 10 1 INTRODUÇÃO Diante das inúmeras mudanças que vêm ocorrendo nos dias atuais em diversos segmentos é de extrema importância avaliar como anda a automotivação das pessoas dentro das organizações em que trabalham. A motivação das pessoas vai depender unicamente delas mesmas, pois seu desempenho e suas habilidades devem ser explorados de forma adequada para se obter um melhor grau de automotivação. Neste contexto procuramos mostrar o quanto é importante para a organização que o funcionário trabalhe motivado, pois é muito freqüente encontrarmos em diferentes ambientes de trabalho pessoas sem estimulo algum para desenvolver suas atividades. É claro que existem pessoas que são naturalmente motivadas e que sabem muito bem aproveitar as oportunidades que surgem no dia-a-dia de trabalho para ir alcançando novas experiências e obtendo com isso proveitos para seu crescimento pessoal. Essas pessoas são automotivadas e muitas vezes elas próprias conseguem sobreviver as dificuldades do trabalho, mas, por outro lado, cabe aos gestores das organizações promoverem condições que permitam a seus colaboradores refletir sobre os fatores que lhe provocam a motivação, induzindo com isto a automotivação. Assim, o principal objetivo deste trabalho é analisar o processo de automotivação dos colaboradores da Contal Assessora Contábil,mostrando sua importância em um ambiente organizacional. A metodologia se definiu pela observação feita no ambiente de trabalho,como também através da aplicação de questionário entre as pessoas da organização. Este trabalho vem mostrar a importância de estar sempre motivado para o trabalho e para vida. Este trabalho foi estruturado e organizado em capítulos, os quais abordam inicialmente o referencial teórico com destaque para o conceito de motivação, sua importância, as teorias e as melhores estratégias de provocar motivação nas pessoas. O terceiro capitulo apresenta os procedimentos metodológicos utilizados para o desenvolvimento a pesquisa e, no qual se destacam as características de pesquisa o problema de pesquisa, seus objetivos, campo empírico, universo e amostra, instrumentos de coleta de dados que são importantes para realização deste trabalho. O quarto capitulo traz a apresentação e análise dos resultados, através de gráficos e comentários baseados na literatura estudada. Por fim, estão as considerações finais do estudo, as referências e o apêndice. 11 2 COMPREENDENDO O PROCESSO DA MOTIVAÇÃO A importância de estudar a motivação está relacionada com a busca de alternativas que permitam um melhor entendimento sobre como as pessoas se motivam para realizar seus desejos e necessidades. Assim, este capítulo aborda aspectos teóricos sobre motivação e permite uma compreensão com mais profundidade sobre este tema. 2.1 A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO A motivação tem exercido influência no desempenho profissional e tem contribuído muito para garantir a sobrevivência das organizações. Por isso atualmente elas passaram a considerar o fator humano como essencial para o alcance dos objetivos organizacionais, pois perceberam que as pessoas são capazes de agregar valores aos resultados organizacionais. Tendo em vista o aumento da competitividade dentro das organizações, sendo observados custos com treinamentos e contratações, para se obter um melhor desempenho dos funcionários é preciso que eles estejam motivados. A motivação é importante para estabelecer o clima de trabalho nas organizações, pois mantém todos os funcionários entusiasmados a executar seus trabalhos, promovendo o conhecimento de meios para buscar a qualidade total, prosperando e obtendo sucesso e bons lucros para as organizações. A motivação varia de indivíduo para indivíduo mesmo que trabalhem em uma mesma organização, já que os interesses individuais estão relacionados com interesses, desejos e necessidades intrínsecos de cada pessoa e é, a partir dessas necessidades que as pessoas buscam alcançar os objetivos da organização. Assim, pode-se afirmar que a motivação deriva da capacidade de pode satisfazer as necessidades. Ela também deve ser reconhecida por cada individuo, pois é algo que se encontra no interior de cada pessoa estando ligada à necessidade ou desejo de cada ser humano. Robbins (1999, p.109) define motivação como: [...] vontade de empregar altos níveis de esforços em direção a metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo.Enquanto a motivação geral está interessada no esforço em direção a qualquer meta, estreitaremos o foco para metas organizacionais a fim de refletir nosso interesse singular em comportamento relacionado ao trabalho. 12 As primeiras visões sobre motivação e sua importância no contexto do trabalho, surgiram com Frederick Winslow Taylor, nascidos nos Estados Unidos, e formado em engenharia pela Stevens Institute. Autor do modelo tradicional, Taylor enxergava o homem como uma máquina e achava que ele não tinha sentimentos (ROBBINS, 1999). Quando os funcionários não estão motivados o trabalho torna-se mais difícil, prejudicando o funcionamento da organização perante seus clientes. É importante manter os funcionários motivados para que eles se tornem o diferencial competitivo da empresa. Para que haja uma total satisfação no trabalho às pessoas buscam por um trabalho desafiador, onde tenham boas condições de trabalho, um bom relacionamento com seus gestores. 2.2 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO A motivação se tornou um fator importante dentro das organizações, pois faz os funcionários executar as suas tarefas de forma mais adequada e prazerosa. Para definir motivação, cabe destacar alguns conceitos que são utilizados no presente trabalho. De acordo com Robbins (1998), a motivação pode ser definida como “vontade de empregar altos níveis de esforços em direção a metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo”. Motivação num ambiente de trabalho é o processo pelo qual o comportamento é mobilizado e mantido no interesse de se atingirem metas organizacionais (DUBRIN, 2003). A motivação não pode ser feita de pressão ou ordens. Ela aparece da necessidade de satisfação e da auto-realização. Quando essas necessidades são satisfeitas o individuo atinge sua auto-realização. Segundo Rufino (2000, p.23) motivação é um fenômeno que depende de numerosos fatores para existir, dentre eles, o cargo em si, ou seja, a tarefa que o indivíduo executa, as características individuais. A motivação é algo que vem da própria pessoa de dentro para fora é com isso vai depender da própria pessoa sentir-se motivado ou não. 2.3 MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA X MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA Para Dubrin (2003, p.128) a teoria da motivação intrínseca, ou a “autodeterminação, enfatiza que as pessoas são agentes ativos e não recipientes das forças ambientais”.Ela está ligada 13 às necessidades de competência e autodeterminação. A motivação intrínseca vai se dar através de aspectos internos de suas próprias tarefas para cumprir a missão determinada pela organização. Motivação extrínseca refere-se essencialmente a um tipo de relação entre meios e fins, ou seja, adotamos certos comportamentos para receber certos incentivos externos a uma certa tarefa (BOWDITCH, 2002). Com a motivação extrínseca, somos motivados a realizar tarefas para receber as recompensas desejadas.Ela pode, às vezes, diminuir o desempenho dos colaboradores da organização e ser desmotivadoras quando tarefas criativas estão envolvidas. Quando se analisam as duas teorias de recompensas verifica-se que é a forma ideal para motivação, mas devem-se tomar cuidados com reações contrárias. 2.4 CICLO MOTIVACIONAL O ciclo motivacional vai acontecer através de alguma necessidade que venha aparecer mexendo completamente com o comportamento do indivíduo.Ela acontece sempre de forma repetitiva e algumas vezes rápida e como ocorre com exemplos como sono, repouso alimentação etc. Pode ocorrer de forma demorada como acontece com a auto-realização que dura quase uma vida para poder tentar ser satisfeita.Esse ciclo é composto de fases que se alternam e se repetem. O surgimento dessa necessidade rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando uma tensão que o indivíduo precisa solucionar. Essa tensão costuma gerar uma ansiedade e sofrimento que vai provocar um desgaste físico e mental. A necessidade é uma força dinâmica que mexe com o comportamento. O indivíduo nem sempre alcança a satisfação total ou parcial de uma necessidade. De acordo com Chiavenato (2002) existem três maneiras para ser resolvido o ciclo motivacional: a) Satisfação da necessidade-com descarga da tensão e retorno ao estado anterior de equilíbrio dinâmico.O ciclo motivacional se fecha plenamente, pois o comportamento foi eficaz no alcance do seu objetivo. É o caso de um indivíduo que sonha com uma promoção e a consegue ao cabo de algum tempo. b) Frustração da necessidade-quando alguma barreira impede a satisfação da necessidade, que permanece insatisfeita, e mantém o estado de tensão no organismo.O ciclo 14 motivacional é bloqueado por alguma barreira, impedindo a satisfação da necessidade e provocando um estado de frustração.O comportamento não foi eficaz no alcance do seu objetivo de atingir a satisfação da necessidade. É o caso de um indivíduo que almeja uma promoção no seu trabalho e não consegue alcançá-la até o final de sua vida profissional. c) Compensação da necessidade-quando a necessidade não é satisfeita, mas compensada por meio indireto ou alternativo.O ciclo motivacional é bloqueado por alguma barreira impeditiva e o indivíduo encontra um desvio ou um substituto para aliviar a tensão ou reduzir a insatisfação. O comportamento busca eficácia através de um meio diferente de alcançar a satisfação, que é compensação por alguma outra coisa. É o caso de um indivíduo que pretende uma promoção no seu trabalho e como compensação ganha apenas um aumento razoável de salário. Uma vez que essas necessidades são atendidas, o indivíduo recupera a condição de equilíbrio, aliviando a tensão que estava sofrendo. Com isso conseqüentemente, a tensão existente não é liberada pelo indivíduo, ocasionando um estado de desequilíbrio de outro lado, o ciclo motivacional pode ter outra solução que é denominada compensação ou transferência. Ela vai acontecer quando o indivíduo tentar satisfazer uma necessidade impossível de ser satisfeita, através da satisfação de outra necessidade complementar ou substitutiva. 2.5 TEORIAS CLÁSSICAS DA MOTIVAÇÃO As pessoas quando falam em motivação tem logo em mente que devem se esforçar para alcançar algum objetivo, pois irá satisfazer algo que deseja, com isso analisam-se as teorias clássicas da necessidade de motivação. 2.5.1 Hierarquia das necessidades humanas Para entender essa hierarquia deve-se priorizar o que provoca tal necessidade. Segundo Dubrin (2003), as necessidades básicas precisam ser satisfeitas para garantir a existência da pessoa, sua segurança e requisitos de contato humano. As necessidades de mais alta ordem referem-se ao desenvolvimento pessoal e ao alcance do potencial do indivíduo. Na busca de atender as necessidades, o indivíduo que ver suas vontades satisfeitas para seu próprio bem 15 estar e sobrevivência, busca um complemento para manter sua auto-estima elevada. É importante sempre lembrar que cada indivíduo reage de maneira diferente. Chiavenato (2002, p.173) explica que: [...] as teorias das necessidades partem do princípio de que os motivos do comportamento residem dentro do próprio indivíduo: sua motivação para agir e se comportar deriva das forças que existem dentro dele próprio.Algumas dessas necessidades são conscientes, enquanto outras não. O modelo proposto por Maslow prevê que todo indivíduo apresenta necessidades que podem ser assim definidas: fisiológicas, segurança, sociais e de amor, estima e realização pessoal, as quais estão descritas e exemplificadas na figura a seguir: Necessidades fisiológicas – incluem fome, sede, sono, sexo e outras necessidades básicas de sobrevivência biológica. Necessidades de segurança -incluem segurança e proteção contra ameaça ou perigo físico e emocional. Busca assegurar a estabilidade das pessoas. Necessidades sociais – incluem afeições, filiações, aceitação social e amizade, enquanto os de amor envolvem integração e relacionamento humano. Necessidades de estima – incluem fatores internos de estima, como auto-respeito, autonomia, senso de competência, e fatores externos de estima, como status, reconhecimento, prestígio, atenção e consideração. Necessidades de realização pessoal – é a necessidade mais elevada do ser humano.Constitui o impulso de ser aquilo que é capaz de ser e de maximizar aptidões e capacidades potenciais. Incluem o crescimento pessoal e o alcance da plena potencialidade da pessoa. 16 Figura 1: A Hierarquia das Necessidades Fonte: http://qualidade.wdfiles.com/local--files/lideranca-e-motivacao/MaslowPir.png Essas necessidades assumem um papel importante, pois variam de acordo com os objetivos de cada indivíduo. Um ponto chave da hierarquia das necessidades é que, à medida que as necessidades em determinado nível são satisfeitas, elas perdem sua potência (DUBRIN, 2003). 2.5.2 Teoria ERC A teoria ERC foi criada por Clayton Alderfer e teve a intenção de reduzir as necessidades propostas pela teoria de Maslow que defende a importância das pessoas satisfazerem necessidades existenciais, de relacionamento e de crescimento e Alderfer pode basear-se em três necessidades básicas onde foi criada a sigla ERC,na qual Maximiano (2000) define como: a) Existência que compreende as necessidades básicas, fisiológicas e de segurança, de Maslow. b) Relacionamento que compreende as necessidades de relações pessoais significativas e as necessidades de estima, de Maslow. 17 c) Crescimento é a necessidade ou desejo intrínseco de crescimento pessoal e autorealização. Enfim, essa teoria vai mostrar que Alderfer acredita que a satisfação das necessidades é seqüencial e não simultânea como define Maslow,mas serve para aprimorar as idéias das hierarquias das necessidades. 2.5.3 Teoria de dois fatores Essa teoria explica que a motivação das pessoas vem do trabalho é não do ambiente. Conforme Dubrin (2003) esta teoria foi proposta a partir de uma pesquisa feita por Frederick Hertezberg e mostra dois conjuntos diferentes de fatores no trabalho, os motivacionais que tem efeito de provocar motivação e os higiênicos que eliminam insatisfação para os funcionários dentro da organização. Para Maximiano (2000), os fatores higiênicos criam um clima psicológico e material saudável e influenciam a satisfação com as condições dentro das quais o trabalho é realizado. Com essa teoria as pessoas estarão mais automotivadas para trabalhar,não tendo motivos para estarem reclamando de alguma situação não agradável no seu ambiente de trabalho. Fatores motivacionais as condições ambientais, no entanto não são suficientes para induzir o estado de motivação (MAXIMIANO, 2000). As pessoas têm que saber desenvolver suas habilidades de acordo com que foi proposto. Fatores que são capazes de produzir insatisfação foram denominados de higiênicos e os que produzem satisfação são chamados de motivador. Segundo Maximiano (2000) Herzberg a motivação resulta de fatores que podem ser divididos em duas categorias: A primeira categoria é constituída dos fatores de higiene ou de manutenção, por descreverem o ambiente humano e servirem á função básica de impedir a insatisfação com o trabalho. Quando se sente insatisfeito com seus afazeres, ele se preocupa com o seu ambiente de trabalho. É através deles que as organizações têm tradicionalmente tentando motivar seus empregados. Dentro deste fator se incluem: condições de trabalho e conforto; políticas da organização e administração; relações com o supervisor; competência técnica do supervisor; salários; segurança no cargo e relações com colegas (MAXIMIANO, 2000). 18 A segunda é denominada de fatores de motivação, por parecerem eficientes para motivar as pessoas para realizações superiores. Isso reflete positivamente no trabalho propriamente dito, tendo melhorias aparentes do desempenho. Os meios mais práticos de proporcionar ou incentivar a satisfação incluem: delegação de responsabilidade; liberdade de exercer discrição; promoção e oportunidades; uso pleno das habilidades pessoais; estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles; simplificação do cargo (pelo próprio ocupante); ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente) (MAXIMIANO, 2000). Para Chiavenato (2002),os fatores capazes de produzir insatisfação foram denominados de higiênicos e os que produzem satisfação foram chamados de motivador, descritos abaixo e apresentados na figura a seguir demonstrada. a)Fatores Higiênicos - são os que rodeiam a pessoa em seu ambiente de trabalho, inclusive, condições físicas e ambientais, o salário, os benefícios sociais, o tipo de supervisão recebido, o clima organizacional etc. b)Fatores Motivacionais – Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres a ele relacionados. Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência. Figura 2: Fatores motivacionais e fatores higiênicos. Fonte: Chiavenato (1994, p. 178). 19 Essa teoria tem ajudado os gestores a perceber que dinheiro nem sempre é o principal motivador, os benefícios oferecidos pela organização conseguem satisfazer e motivar muito mais. 2.5.4 Teoria das necessidades adquiridas A teoria das necessidades adquiridas foi elaborada por David C. McClelland e diz respeito às necessidades que as pessoas de uma forma geral procuram adquirir para obter sua automotivação. Essa teoria segundo Dubrin (2003) enfoca três necessidades chaves: necessidades de realização, poder e aflição. Elas podem influenciar no comportamento das pessoas dentro da organização. Segundo Dubrin (2003, p.116) elas podem ser: a)Necessidades de realização é o impulso de exceder, de se sair bem em relação a um conjunto de padrões, de lutar pelo sucesso, ter desejo de ser excelente, ser melhor ou mais eficiente, resolver problemas ou dominar tarefas complexas. A pessoa que tem essa necessidade gosta de ter responsabilidade, traça metas para própria realização, assume riscos calculados e deseja retroação de seu próprio desempenho. b)Necessidade de poder reflete a necessidade de poder e de autoridade, o desejo de controlar outras pessoas, para influenciar seu comportamento e ser responsável por elas. Essa necessidade é um motivador básico dos executivos de sucesso. c)Necessidade de aflição é o desejo de estabelecer e manter um relacionamento amigável e caloroso com os outros. As pessoas assim motivadas preocupam-se em estabelecer relacionamentos rompidos e em amenizar ressentimentos. 2.6 TEORIAS DE PROCESSO Essas teorias vão ajudar a analisar como o comportamento é ativado, dirigido, mantido e ativado.Enquanto a de conteúdo preocupa-se com as necessidades. 20 2.6.1 Teoria da expectância Essa teoria é definida como a força do impulso no sentido da ação. Diz que uma pessoa estará mais motivada a empregar um alto nível de esforço quando a empregar um alto nível de esforço quando acreditar que o esforço levará a uma boa avaliação de desempenho; a recompensas organizacionais a metas pessoais do empregado (ROBBINS, 1998). Atualmente, uma das explicações mais amplamente aceitáveis sobre a motivação é a teoria da expectativa, de Victor Vroom. Apesar de ter alguns críticos, boa parte das pesquisas dá embasamento a essa teoria. A teoria da expectativa de Victor Vroom prevê um modelo de quando as pessoas decidem exercer autocontrole para perseguir um determinado objetivo. As pessoas estarão bem motivadas se acreditarem que o esforço levará a um bom desempenho, o que por seu turno levará aos resultados preferidos (DUBRIN, 2003). A teoria da expectância rejeita outras noções sobre motivação e trata das diferenças individuais das pessoas e das situações em que elas se encontram. Segundo Dubrin (2003) os componentes dessa teoria são três forças básicas, que funciona internamente variando de pessoa para pessoa. a)Valência: refere-se ao valor que a pessoa dá a determinado resultado.E a importância colocada na recompensa. As pessoas anexam valência positiva às recompensas e valências negativas às punições. b)Expectância: é a estimativa subjetiva da pessoa sobre a probabilidade de que um determinado nível de desempenho ocorrerá. Um esforço adicional levará ao desempenho desejado. c) Instrumentalidade: é a estimativa do indivíduo da probabilidade de que o desempenho levará a um determinado resultado. Entre os resultados poderá haver um aumento no status e no salário, uma promoção, mais segurança no emprego e reconhecimento por parte da direção da empresa. 21 Figura 3 : Modelo de expectância de caminhos-objetivos Fonte: Chiavenato (1994; p. 174). Sobre o modelo de expectância afirma Maximiano (2000,p.30) que: [...] procura explicar como as crenças e expectativas que as pessoas têm, a respeito de seu trabalho, combina-se com a força de seus desejos, para produzir algum tipo de motivação.Embora haja diversas teorias a respeito do papel das expectativas na motivação, todas elas retratam a idéia intuitiva de que o esforço depende do resultado que se deseja alcançar . Quando tenta se definir essa teoria observa-se que não existe um tipo específico de necessidade ou de recompensas, mas que elas variam de acordo com cada indivíduo. 2.6.2 Teoria da equidade É a motivação de que a satisfação e a motivação do empregado depende imparcialmente de que os empregados acreditam que estão sendo tratados em comparação a seus pares. Mostra como pode ser importante para contribuir com a motivação das pessoas. Para Dubrin (2003) teoria da equidade define-se como: [...] a satisfação do empregado e a motivação dependem de quão justamente os empregados acreditam que são tratados em comparação a seus pares. Ela sustenta que os funcionários mantêm certas crenças sobre os resultados que recebem de suas funções e os recursos que investem para obter resultados. 22 A importância dessa teoria, de acordo com Dubrin (2003) é que ela vai servir para que os empregados dentro de qualquer organização comparem seus recursos e resultados com outras pessoas no ambiente de trabalho. Ela passa a existir quando as pessoas comparam que os resultados e recursos são iguais aos dos demais. De acordo com Dubrin (2003), “segundo a teoria da equidade, a mais alta motivação ocorre quando uma pessoa tem razões iguais às da pessoa comparada”. 2.6.3 Teoria do reforço A teoria do reforço baseia-se nos fundamentos desenvolvidos por B. F. Skinner, mediante a seguinte explicação: as pessoas irão dedicar-se mais aos comportamentos desejado se tiverem recompensas por fazerem tal coisa; o comportamento que não é recompensado, ou que é punido, tem menor probabilidade de ser repetir. Conforme é destacado por Dubrin (2003, p.121) existem quatro estratégias básicas para organizar contingências, modificando assim o comportamento individual ou grupal que são: a)O reforço positivo que é a aplicação de uma conseqüência valiosa ou prazerosa quando uma pessoa exibe uma resposta desejada. b)A motivação de evitação ou aprendizagem de evitação quando significa recompensar as pessoas pela retirada de conseqüências desagradáveis. c)Extinção é o enfraquecimento ou decréscimo da freqüência de comportamento indesejável pela remoção da premiação dada a esse comportamento, é a ausência de reforço. d)Punição é a apresentação de uma conseqüência indesejável para determinado comportamento é uma forma indireta de punição é retirar um privilegio como trabalhar num projeto interessante em virtude de algum comportamento indesejável. O reforço é importante para o comportamento dos indivíduos, pois vai aumentar a sua automotivação para conseguir o que deseja. 23 2.7 TEORIA DO APREDIZAGEM SOCIAL É o desenvolvimento de todos os comportamentos habituais das pessoas, que constituem o que chamamos de personalidade. Essa teoria vai ajudar as pessoas a automotivar-se, ela procura observar os comportamentos dos indivíduos no qual são responsáveis por repetir os comportamentos que foram aprendidos. Ela pode ser combinada com o conhecimento do indivíduo e o do ambiente social. De acordo com Dubrin (2003, p.127) “a teoria da aprendizagem social é o processo de observação do comportamento de outros, reconhecendo sua conseqüência e alterando o comportamento como resultado”. Mas é de importância lembrar que a teoria da aprendizagem social não acontece somente porque existe modelo ambiental disponível, mas pelas condições que vão ser favorecidas. A aprendizagem social eficaz e, portanto, o comportamento motivado, quando várias situações são atendidas (DUBRIN, 2003). Situações essas de aprendizagem social que incluem alta expectativa, auto-administração ou recompensas, comportamento tangível para imitar e as habilidades físicas e mentais necessárias. 2.8 MOTIVAÇÃO X AUTOMOTIVAÇÃO Para falar de motivação é necessário observar o que está motivando os indivíduos a querer atender as necessidades existentes, é ter algum objetivo que os leve a trabalhar para sua automotivação. De acordo com Vergara (2000), motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa. Ser motivado a realizar algo é ter algo que o leve a realizar, chame sua atenção, desperte seu interesse. Já a automotivação é algo que deve se buscar de dentro de cada pessoa. Para Vergara (2000) a palavra auto está sobrando porque a motivação é intrínseca, também não se pode dizer que motivamos os outros a isso ou aquilo. A automotivação é se manter programado para buscar de maneira continuada aquilo que acredita, deseja e faz parte de seu ideal. Ser automotivado é ir além, é não viver sendo empurrado e incentivado. É lutar por tudo o que acredita, pelo desenvolvimento humano e pessoal, pelas realizações pessoais, pela conquista ética de seus objetivos. É ter a energia inesgotável em seu 24 coração, em sua alma e utilizar a mesma para aquecer e gerar energia em todas as pessoas a sua volta, fazendo que todos vejam outros caminhos a se seguir. Com isso, verificamos que motivar é mover e automotivar é avançar, estimular, incentivar, provocar nossa motivação. Que é tão importante quando uma pessoa já está inserida numa organização,altura em que o fator é determinante para a produtividade da organização e para o enriquecimento pessoal. A automotivação depende de traços emocionais,como o entusiasmo,a persistência face aos contratempos e otimismo.As pessoas que demonstram automotivação acabam por tornar-se menos propensas a ceder ao desânimo,fica paralisada,encolhe-se em situações de stress ou perder a cabeça sob pressão.Elas aceitam os desafios e mantêm-se firmes em projetos no qual é importante manter uma postura positiva face às pessoas e à vida,mas também em relação ao trabalho,pois quando o indivíduo vê o trabalho como uma obrigação, dificilmente se sentirá incentivado para o que fazer. Hoje em dia a automotivação é um ponto importante que os gestores procuram nos indivíduos,pois quando estão motivados podem apresentar desempenhos de produtividade visivelmente superiores aos dos outros indivíduos. Enfim,a automotivação pode ser a chave do sucesso,mas é verdade que existem momentos em que pode colocar tudo a perder. É o caso quando fracassamos por qualquer motivo,pois vem o medo de passarmos novamente pela mesma situação.Mas não devemos esperar que a motivação venha de outra pessoa.Só nós é que temos a capacidade de criar a motivação que nos permite ultrapassar os obstáculos mais adversos. 2.8.1 Autoconhecimento e o Autodesenvolvimento O autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesmo e fortalecer a auto-estima. Já o autodesenvolvimento é a evolução profissional e pessoal dirigida pelo próprio indivíduo envolvendo questões comportamentais no trabalho e questões estratégicas na organização. Para Vergara (2000) a busca do autoconhecimento, certamente, conduz ao autodesenvolvimento. Que permitirão entender suas motivações e a de outras pessoas. Refletir sobre elas irá fazer com que as pessoas possam sentir-se motivadas contribuindo para alcançar seus objetivos. 25 2.8.2 Provocando motivação nas pessoas A partir das várias teorias estudadas, pode-se entender que a motivação tão desejada entre as pessoas só depende unicamente delas próprias, entretanto, constata-se que o estímulo oferecido pela organização provoca sentimentos de motivação que favorecem ao aumento da produtividade. Por isso é preciso sempre manter os colaboradores motivados a fazer o melhor, alcançando padrões de excelência, informando às recompensas que serão adquiridas, tratando todos com respeito, estimulando a fazer tudo com vontade, apostando nas idéias dos colaboradores, dando às pessoas o direito de expressarem seus pensamentos e opiniões acerca do trabalho que realizam. Segundo Chiavenato (2004), os objetivos individuais e organizacionais estão descritos a seguir: OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS Sobrevivência Crescimento Sustentado Lucratividade Produtividade Qualidade Nos Produtos/ Serviços Redução De Custos Participação No Mercado Novos Mercados Novos Clientes Competitividade Imagem No Mercado OBJETIVOS INDIVIDUAIS Melhores Salários Melhores Benefícios Estabilidade no Emprego Segurança no Trabalho Qualidade de vida no Trabalho Satisfação no Trabalho Consideração e Respeito Oportunidade de Crescimento Liberdade para Trabalhar Liderança Liberal Orgulho da Organização Figura 4 – Objetivos Organizacionais e Individuais Fonte: CHIAVENATO (2002, p. 183). Os objetivos individuais correspondem às necessidades básicas que o indivíduo procura realizar e que está de acordo com suas vontades individuais e desejos. Para Chiavenato (2002, p.183),“algumas vezes, o alcance de um deles significa a desistência do outro”. Assim, a eficácia de uma empresa é determinada pela maneira como ela busca atingir os objetivos dos seus colaboradores internos e através deles, os próprios objetivos. Dessa forma os objetivos individuais e organizacionais vão estar interligados,um dependendo do outro, e não pode ser prejudicado de nenhuma maneira, devendo sim contribuir simultaneamente para o alcance de ambos os interesses. Para Chiavenato (2000), os dois 26 conceitos são bem integrados e amarrados, os objetivos organizacionais se movem na mesma direção dos objetivos individuais e a eficácia da organização é fortalecida. PESSOAS COMO RECURSOS Empregados isolados nos cargos Horário rigidamente estabelecido Preocupação com normas e regras Subordinação ao chefe Fidelidade à organização Dependência da chefia Alienação em relação à organização Ênfase na especialização Executoras de tarefas Ênfase nas destrezas manuais Mão- de-obra PESSOAS COMO PARCEIRAS Colaboradores agrupados em equipes Metas negociadas e compartilhadas Preocupação com resultados Atendimento e satisfação do cliente Vinculação à missão e a visão Interdependência entre colegas e equipes Participação e comprometimento Ênfase na ética e na responsabilidade Fornecedoras de atividade Ênfase no conhecimento Inteligência e talento Figura 5: – Pessoas como Recursos e Parceiras Fonte: Chiavenato (2004, p.08). As organizações surgem para aproveitar os esforços das pessoas que trabalham em conjunto para atingirem objetivos e cumprir as missões. As pessoas também podem ser chamadas de recursos ou parceiros da organização. Segundo Chiavenato (2004) as pessoas são chamadas de recursos humanos quando eles precisam ser administrados, o que envolve planejamento, organização, direção e controle de suas atividades, já que são considerados sujeitos passivos da ação organizacional. Quando elas são chamadas de parceiros organizacionais assumem o papel de fornecedoras de conhecimentos, habilidades, capacidade e, sobretudo, o mais importante é a inteligência que proporciona decisões racionais e objetivos globais (CHIAVENATO, 2004). As organizações observaram a importância de tratar seus funcionários como parceiros e não como simples empregados que devem estar ali só para prestar seus serviços. Segundo Chiavenato (2002, p.185) [...] quando as pessoas ingressam e permanecem em uma organização, elas passam a desenvolver certas necessidades e expectativas que precisam ser atendidas para que elas percebam que seus esforços e investimentos pessoais produzem retornos significativos e se sintam satisfeitas. 27 As motivações das pessoas em relações à organização em que trabalham são as seguintes de acordo com Chiavenato (2002, p.185): Fazer uma contribuição pessoal à organização ou à comunidade. Ter satisfação intrínseca no trabalho. Ter liberdade para exercitar a curiosidade natural. Aprender sem medo de se mostrar incompetente. Poder assumir riscos e cometer erros sem receio de reprimendas. Receber uma remuneração adequada e compatível. Receber apoio para falar a verdade sem medo de retaliações. Aprender e praticar inovações no trabalho. Ter o respeito de todos e sentir-se valioso. Sentir avanço na carreira profissional. Trabalhar em um ambiente amigável,alegre e afirmativo. Sentir confiança na organização,no líder e nos colegas. Trabalhar com colegas que sejam respeitados e confiáveis. Ser recompensado pelo aprendizado e pelas idéias e não pelo fazer. Poder planejar e controlar o próprio trabalho. Participar no desenvolvimento da visão e da estratégia da organização. Para que as pessoas tenham um envolvimento e obtenham uma satisfação adequada será necessário que suas expectativas sejam atendidas. 2.9 FORMAÇÃO DE UMA NOVA ALIANÇA : COMO MOTIVAR OS EMPREGADOS DAS DIFERENTES CATEGORIAS De acordo com Robbins (2000), a relação atual entre funcionário e empregador é muito diferente da que existia há poucas décadas.O laço de “lealdade-pela-segurança” tem sido irreparavelmente rompido. Cada vez mais, segurança e estabilidade são algo que “meu pai e meu avô tinham”, mas que “não têm muito a ver comigo”. A maioria dos funcionários atualmente se defronta com um universo de trabalho caracterizado por temporariedade, pouca segurança no 28 emprego e limitadas oportunidades de promoção. Quais as implicações motivacionais desse novo pacto entre funcionário e empregador? Para entender melhor a questão, considere alguns dos segmentos de crescimento mais rápido da nova mão-de-obra. Entre esses segmentos, encontram-se autônomos que trabalham por empreitadas, temporários, técnicos, prestadores de serviço de baixo salário e pessoas necessárias à execução de tarefas altamente repetitivas. Essas situações estão apresentadas logo abaixo: Autonomia e Empreitadas. Um número cada vez maior de funcionários está atuando como autônomos. Não mantêm nenhum laço permanente com uma organização específica. Em vez disso, firmam contrato individual para trabalhar em um projeto específico ou conjunto de projetos. A característica comum a esses “funcionários” é que, devido ao caráter temporário de seu trabalho, não devem nenhuma lealdade à organização. Dessa forma, como os gerentes que precisam trabalhar com essas pessoas poderiam motivá-las? Dinheiro seria um fator importante. Uma vez que a “relação” é concebida para ser de vida curta, uma boa remuneração pode ser um estímulo importante e viável para um desempenho elevado. Outros fatores passíveis de fornecer motivação a essas pessoas são tarefas desafiadoras e oportunidades para desenvolver novas habilidades. Temporariedade. Trabalhadores temporários e de meio período, principalmente os que optam voluntariamente por essa condição, tendem a atribuir grande valor à flexibilidade. Eles tendem a ser particularmente receptivo a opções que aumentem sua autonomia, como horários de trabalho flexíveis. Algumas empresas, por exemplo, descobriram que podem reduzir a rotatividade e melhorar a motivação oferecendo aos funcionários uma creche no local de trabalho. Para pais solteiros e casais em que ambos os cônjuges trabalham, uma creche de qualidade pode fazer a diferença entre ficar em casa ou poder trabalhar. Ela também permite aos funcionários concentrarem-se no trabalho imediatamente ao chegar. Especialização. Os profissionais técnicos mantêm comprometimento sólido e de longo prazo com seu campo de especialidade e sua lealdade está voltada mais para sua profissão que 29 para o seu empregador. Para se manterem atualizados em seu campo, precisam reciclar periodicamente seu conhecimento. Robbins (2000) ressalta que, o que motiva esses profissionais é o desafio do trabalho, que tende a ser muito valorizado. Eles gostam de atacar os problemas e encontrar soluções. Sua principal recompensa no trabalho é o próprio trabalho. Esses profissionais especializados também querem ser incentivados; desejam que os outros percebam a importância daquilo em que estão trabalhando. Isso implica que os gerentes devem proporcionar aos profissionais técnicos tarefas novas e projetos desafiadores. Devem dar autonomia para que sigam seus interesses e permitir que estruturem seu trabalho da maneira que considerarem mais produtivas; recompensá-los com oportunidades educacionais – treinamento, seminários, participação em conferências –, que lhes permitam manter-se atualizados em seu campo; e também recompensá-los com reconhecimento. Salário Mínimo. Um dos problemas de motivação que mais desafiam os gerentes em setores como o de vendas a varejo e fast-food é: como motivar indivíduos que estão ganhando salários muitos baixos e dispõem de poucas oportunidades de aumento significativo em seu pagamento tanto por seus cargos atuais como por promoções? Tradicionalmente, para motivar essas pessoas, as empresas limitam-se a fornecer horários de trabalho mais flexíveis e a preencher esses cargos com adolescentes e aposentados, cujas necessidades financeiras são relativamente baixas. Essas abordagens não têm encontrado sucesso incontestável. Parece que a única opção capaz de estimular os empregados é fazer com que os salários e benefícios sejam significativamente aumentados. Execução de Tarefas Altamente Repetitivas. Os funcionários que realizam trabalhos padronizados e repetitivos, geralmente, consideram seus cargos entediantes e até estressantes. Motivar indivíduos nesses trabalhos pode ser facilitado pela seleção cuidadosa. As pessoas variam em sua tolerância à ambigüidade. Muitas delas preferem trabalhos que sejam dotados de um mínimo de liberdade de escolha e variedade; sendo obviamente mais adequadas a trabalhos padronizados que os indivíduos com grande necessidade de crescimento e autonomia. Trabalhos padronizados também devem ser os primeiros a ser considerado para automação. 30 Para Robbins (2000), muitos cargos padronizados, principalmente no setor industrial, são bem remunerados. Esse fator torna relativamente fácil para os empregadores preencherem as vagas. Embora a alta remuneração possa atenuar problemas de recrutamento e reduzir a rotatividade, não resulta necessariamente em trabalhadores altamente motivados. E, em termos realistas, existem cargos que são difíceis de serem enriquecidos ou redefinidos. Algumas tarefas, por exemplo, simplesmente são executadas com muito mais eficiência em linhas de montagem que em equipes. Esses trabalhos deixam os gerentes com opções limitadas. Eles podem não ser capaz de mudar muita coisa além de tentar fazer com que uma situação ruim se torne tolerável, criando um ambiente de trabalho agradável. Podem fornecer ambientes de trabalho limpos e atraentes, pausas mais amplas onde se pode conversar com os colegas e supervisores compreensivos. 31 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo estão definidos os procedimentos que foram utilizados para desenvolvimento da pesquisa. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Como forma de caracterização para esse trabalho pode ser definida como uma pesquisa descritiva, uma vez que vai descrever a percepção dos colaboradores da Contal Assessoria Contábil quanto o processo de automotivação. Segundo Gil (1999), a pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou fenômeno, estabelecendo correlações entre as variáveis. Esta pesquisa também é bibliográfica, pois o tema investigado foi estudado em livros, artigos, jornais e site na Internet para facilitar o desenvolvimento desse trabalho. Quanto ao tipo de abordagem, pode-se afirmar que é uma pesquisa qualitativa e também quantitativa, pois de acordo com Gil (1999) nas pesquisas qualitativas há uma predominância de análises dissertativas, enquanto na quantitativa predominam os métodos estatísticos, com utilização de cálculos, utilizando estatísticas descritivas ou inferências. E, nesta pesquisa estamos investigando um tema a partir da percepção e opinião dos colaboradores de uma empresa, abordando assim aspectos qualitativos e quantitativos. 3.2 PROBLEMATIZAÇÃO A automotivação é um tema de total importância, pois quando os funcionários estão motivados o trabalho torna-se mais prazeroso fazendo com que seja agradável para todos e para a própria organização. Assim, a escolha desse tema tem como objetivo analisar aspectos relacionados com a automotivação percebida pelos indivíduos que atuam em um escritório de contabilidade, destacando o interesse na execução das tarefas, o desempenho profissional na organização e a realização. Esse fato é importante, pois cria uma oportunidade para os indivíduos de conhecerem o nível de automotivação em que se encontram no atual contexto do trabalho, possibilidades de 32 crescimento pessoal e profissional, desenvolvimento de novas capacidades dentro e fora da organização. Além disso, este estudo trata de um assunto que é pouco discutido no trabalho. Assim, o presente trabalho busca responder a seguinte questão: Como os empregados percebem a automotivação e o que tem sido feito para promover este sentimento? 3.3 OBJETIVOS 3.3.1 OBJETIVO GERAL Analisar o processo de automotivação nos colaboradores internos da Contal Assessoria Contábil. 3.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Definir o perfil dos colaboradores internos de um escritório de contabilidade. Verificar a percepção dos colaboradores internos quanto o processo de automotivação. Verificar os tipos de estratégias utilizadas pelos colaboradores internos para promover a automotivação. 3.4 CAMPO EMPÍRICO Como campo de pesquisa tivemos o escritório de contabilidade com nome de Contal Assessoria Contábil’’, situada na AV. Coremas, 530 Centro de João Pessoa – Paraíba. Fundada em 17 de junho de 1997 por seus sócios no intuito de se firmar no mercado competitivo. A área de contabilidade comercial e de assistência tributária é o seu foco. Atendendo os empresários nos mais diversos setores, tirando dúvidas e esclarecendo leis governamentais. A sua missão é prestar serviços de consultoria, assessorias, execução contábeis, fiscais, trabalhistas e tributárias atendendo todas as necessidades gerenciais, fiscais e administrativas dos seus clientes através dos serviços prestados. Para que os seus clientes estejam cientes de suas obrigações e direitos, inclusive sobre o Imposto de Renda. Esclarece também dúvidas e orienta 33 sobre o funcionamento de micro e pequenas empresas, mostrando as vantagens e desvantagens para o micro e pequeno empresário que deseja se estabelecer no mercado. A empresa é composta por 15 funcionários, todos registrados, com idade média de 18 a 42 anos, divididos em diversos setores entre os quais dividiu-se em: Processamento de Dados Departamento Pessoal, Departamento Contábil, Departamento Fiscal e Arquivo Geral. 3.5 UNIVERSO E AMOSTRA Universo de pesquisa ou população, segundo Gil (1999) é um conjunto de elementos que possuem determinadas características. Comumente, fala-se de população como referência ao total de habitantes de determinado lugar. O universo para essa pesquisa abrange todos os colaboradores existentes na Contal Assessoria Contábil. Já amostra é um subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população (GIL, 1999). No presente estudo o universo envolve todos os colaboradores internos da empresa e como era formada por um pequeno número, a amostra da pesquisa abrangeu todos colaboradores envolvidos no universo. 3.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Adotou-se para instrumento de coleta de dados o questionário que, conforme apresenta Gil (1999), é uma técnica de investigação composta por um numero mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc. Com base na definição acima, a opção por esse instrumento se deu pela facilidade de padronização das perguntas, de analisar os dados em função da uniformidade das respostas e pelo anonimato dos respondentes. Também foi utilizada a técnica da observação, uma vez que a pesquisadora teve oportunidade de trabalhar na empresa podendo observar situações relacionadas com a problemática em estudo. A observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações 34 e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar (LAKATOS. 2002). 35 4 ANALISANDO A AUTOMOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA CONTAL ASSESSORIA CONTÁBIL Esta pesquisa analisou os fatores que influenciam a automotivação no ponto de vista dos funcionários da Contal Assessoria Contábil, principalmente no que se refere ao trabalho e a vida pessoal. Os dados quantitativos obtidos com a tabulação dos questionários foram analisados conforme os objetivos específicos propostos ao estudo, analisando-se vários aspectos da automotivação e, as informações foram apresentadas por meio de gráficos que estão ilustrados após apresentação dos fatores analisados pelo questionário. 4.1 PERFIL DOS PESQUISADOS Quanto à descrição do perfil dos funcionários da Contal Assessoria Contábil foi verificado que a empresa é composta, no que se refere o sexo, por 47% de colaboradores do sexo masculino e 53% do sexo feminino. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 53% 47% 40% 30% 20% 10% 0% Masculino Femenino Gráfico 1: Sexo dos profissionais pesquisados Fonte: Dados de pesquisa, 2008 Com base nos dados obtidos pelo gráfico 1, verificou-se que na Contal Assessoria Contábil as mulheres são maioria, dado surpreendente já que na maioria das vezes nesse tipo de organização o sexo masculino seja predominante. É interessante ressaltar que de um modo em 36 geral às mulheres têm motivações diferentes da dos homens, entretanto, é importante esclarecer que os fatores motivacionais relacionados com o trabalho não vão depender do sexo, mas sim das prioridades definidas por cada indivíduo para satisfazer suas necessidades. No gráfico 2, observa-se a variável que representa a faixa etária dos funcionários pesquisados. Analisar as idades das pessoas é importante, pois é através delas que verificamos se ela pode ter influência para medir a motivação dos indivíduos, já que este fator é considerado como sinônimo de experiência e de resultados positivos ou negativos. 33% 35% 30% 20% 25% 20% 20% 20% 15% 7% 10% 5% 0% Entre 18 e 25 Entre 26 e 30 Entre 31 e 35 Entre 36 e 40 Anos Anos Anos Anos Acima de 40 Anos Gráfico 2: Faixa etária dos pesquisados Fonte: Dados da pesquisa, 2008. Segundo o gráfico 2, a maioria dos indivíduos pesquisados tem idades entre 18 e 25 anos, enquanto apenas 7% têm idades acima de 40 anos. Esse dado torna-se importante para pesquisa, pois podemos ver que os indivíduos mais novos estão dispostos a realizar seus desejos e vontades. Parece que as pessoas mais jovens estão mais abertas a procurar novas oportunidades de emprego, no sentido de buscar conciliar prazer com o trabalho que estão realizando, como destacado na teoria dos dois fatores, de Herzberg, o trabalho como fonte d e prazer e realização é um poderoso fator motivacional. Mas, por outro lado, a idade não vai interferir no que diz respeito à motivação dos funcionários dentro da organização. De acordo com o gráfico 3, que representa o tempo de serviço do indivíduo na organização é analisado se a organização oferece estabilidade no emprego . 37 33% 35% 27% 30% 20% 20% De 02 a 05 Anos De 05 a 10 Anos 25% 20% 15% 10% 5% 0% Até 01 Ano Acimas de 10 Anos Gráfico 3: Tempo de serviço Fonte: Dados da pesquisa, 2008. Como pode ser verificado no gráfico 3, a maioria dos indivíduos pesquisados, 33%, tem até um ano de trabalho na organização, enquanto 27% têm mais de dez anos em sua atividade.Assim sendo,o caráter de continuidade da motivação pode ser correlacionado com o tempo de permanência do funcionário na atividade que desenvolve e no setor local onde desempenha suas atividades . Segundo Chiavenato (1994), a teoria de Maslow cita a necessidade de segurança como fator importante para a satisfação humana; a procura de segurança, o desejo de estabilidade no emprego, a fuga ao perigo, a busca de um mundo ordenado e previsível são manifestações típicas dessa necessidade, e precisam ser satisfeitas pelo indivíduo. É importante verificar o tempo de trabalho, pois muitas vezes o indivíduo se acomoda no que faz e não procura se renovar nas suas atividades, assim ficando sem nenhuma perspectiva de motivação. Identificamos, através do gráfico 4, o estado civil dos pesquisados e foi possível verificar que a maioria dos funcionários pesquisados são solteiros com um percentual de 60%, enquanto 40% restantes são de casados e não foi registrado caso de viúvo, separado ou desquitado. 38 60% 60% 50% 40% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 0% Solteiros Casados Viuvo Separados ou Desquitado Gráfico 4: Estado civil dos pesquisados Fonte: Dados da pesquisa, 2008. De acordo com os estudos realizados sobre as características biográficas, para Robbins (2001) as pessoas solteiras estão mais abertas a buscarem novas experiências profissionais, já que não têm responsabilidades com filhos nem com companheiros, o que possibilita a busca por fatores que provoquem satisfação no trabalho e que estão relacionados a desafios e prazer e realização profissional, fatores que influenciam na motivação. 4.2 A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES INTERNOS QUANTO A AUTOMOTIVAÇÃO Um dos pontos analisados foi se os funcionários da Contal Assessoria Contábil sentem-se automotivados para o trabalho que estão executando e, por isso foi analisado se eles estão percebem essa motivação de alguma maneira. E, para isso é preciso que o indivíduo tenha desejos e objetivos para alcançar algo além do que possa parecer possível. A capacidade de automotivar se é uma das mais invejadas e almejadas habilidades humanas. Quando uma pessoa é automotivada, passa a ver as situações de formas positivas, em vez de desenvolver expectativas, cria novas possibilidades. A pessoa automotivada consegue reconhecer seus erros e tem definido o que é prioridade para suas vidas. 39 No gráfico 5, estão apresentados os dados referentes a essa variável. 47% 50% 33% 40% 30% 20% 20% 10% 0% 0% Discordo Discordo Totalmente 0% Concordo Totalmente Concordo As Vezes Gráfico 5: Opinião quanto à motivação no trabalho Fonte: Dados da pesquisa, 2008. Dados do gráfico 5 mostram que 20% dos funcionários da Contal Assesssoria Contábil concordam totalmente estar motivados para o trabalho sem nenhum tipo de restrições, enquanto 33% dizem concordar às vezes e 47% informaram que concordam estar motivados para o trabalho dentro da organização. Não houve registro para as opções “discorda totalmente ou discorda”. Esse ponto é importante para se avaliar, pois quando os funcionários não estão motivados podem prejudicar no andamento das tarefas dentro da organização, tornando o trabalho cansativo e sem perspectiva para se alcançar o objetivo desejado. De acordo com o gráfico 6, que representa quais fatores podem ser importantes para promover a automotivação dos funcionários da Contal Assessoria Contábil, pode-se verificar as respostas dos colaboradores internos da empresa. 40 0% 13% 20% 0% 0% Salario Condições Fisicas do Trabalho Relações Humanas Com as Pessoas Relações Humanas Com os Subordinados Pessoas 67% Oportunidade de Crescimento Profissional Reconhecimento Pessoal Gráfico 6: Fator importante para promover a automotivação Fonte: Dados da pesquisa, 2008. Os dados apresentados no gráfico 6 mostram que 67% dos funcionários acham que um dos fatores mais importante para promover a auto-motivação é a oportunidade de crescimento profissional, 20% dos pesquisados dizem que o reconhecimento pessoal também é um ponto bastante importante, pois é através do reconhecimento que surge a motivação que muitas vezes está esquecida. Uma pequena parte com 13% também informou que as condições físicas ajudam, pois quando trabalhamos em um ambiente agradável tudo se torna mais fácil. De acordo com Chiavenato (2004) o tipo de trabalho a ser executado e o ambiente de trabalho bem estruturado são fatores importantes no processo motivacional, sendo que as condições físicas de trabalho eliminam insatisfação e o trabalho em si leva à satisfação do indivíduo, isso considerando a teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg. 4.3 ESTRATEGIAS PARA AUTOMOTIVAÇÃO Para automotivar os funcionários, as organizações e seus gestores estão procurando por diferenciais que possam atender as necessidades dos indivíduos, tais como programas de treinamentos para um melhor desempenho dos funcionários. Então, as empresas estão investindo em estratégias que devem ser bem analisadas antes de ser aplicada no sentido de garantia quanto à obtenção de melhores resultados para a organização. 41 No gráfico 7, observamos quais as estratégias são necessárias a proporcionar um estado de automotivação constante no trabalho. Benefícios e Incentivos Treinamentos 20% 0% 7% 47% Avaliação de desempenho Tomada de decisão compartilhada Programas de qualidade de vida no trabalho 20% 0% 27% Reconhecimento Pessoal Outros Gráfico 7: Estratégias para automotivação no trabalho Fonte: Dados da pesquisa, 2008. Para 47% dos pesquisados a estratégia que mais motiva as pessoas no ambiente de trabalho são os benefícios e incentivos oferecidos pela organização na qual o indivíduo trabalha. Outra estratégia bastante citada entre os pesquisados foi à questão de treinamentos para facilitar na execução das tarefas com 27% de aprovação, enquanto 20% acham importante a tomada de decisão compartilhada entre eles e 7% dos pesquisados informaram que programas de qualidade de vida ajudam a proporcionar a motivação que está sendo tão almejada. Parece que a pessoa quando se sente motivada tudo fica mais fácil, inclusive possibilita o surgimento de novas idéias e maior envolvimento na realização dos trabalhos e na conquista de resultados significativos para a sobrevivência da organização. Enfim, só traz benefícios para organização e para própria pessoa. Esses fatores foram apontados pelos autores Chiavenato (2004) e Robbins (2001) estudados na revisão da literatura deste trabalho. No gráfico 8 foi verificado o que as pessoas estão fazendo para manterem-se auto motivadas e o que estão fazendo para alcançar os objetivos pessoais que tanto procuram, já que constatamos através do estudo teórico, como destacado por Vergara (1999) que a motivação é intrínseca e depende unicamente da própria pessoa. 42 Investindo em cursos profissionalizantes 27% 40% Apostando na própria organização Buscando novas oportunidades 33% Gráfico 8: O que as pessoas estão fazendo para manterem-se automotivadas. Fonte: Dados da pesquisa, 2008. Como demonstrado no gráfico acima, 40% dos pesquisados indicaram que a busca por novas oportunidades faz as pessoas se manterem mais motivadas e também faz com que se sintam realizados a alcançar o que tanto deseja. Também, por outro lado tem 33% que preferem investir em cursos e outros 27% que investem em cursos profissionalizantes para um melhor conhecimento. Esses fatores como apontados na Teoria dos dois fatores, apresentada por Chiavenato (2004), são importantes na promoção da motivação e as pessoas que buscam constantemente mantê-los em sua vida profissional podem ser consideradas como pessoas automotivadas, são pessoas determinadas que têm certeza daquilo que desejam para si próprias e não esperam que a empresa promova tais fatores para que elas produzam. 43 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio da análise feita identificamos pontos importantes e que deveriam ser mais observados e valorizados pelos profissionais. Pois quando falamos em automotivação pensamos logo em quais benefícios iremos receber para automotiva-se ou tentamos pensar no que está nos motivando. Motivação essa que vai depender do ponto de vista de cada um. A motivação é um assunto que faz parte do cotidiano das organizações na qual devemos estar atentos às teorias que existem para fazer com que os indivíduos tornem-se, mas motivados para o trabalho dentro do ambiente organizacional, pois o reconhecimento e a valorização do trabalho,também apresentam uma contribuição importante para manter os funcionários motivados no seu ambiente de trabalho. No entanto, as pessoas no ambiente de trabalho não agem somente movidas por seus impulsos interiores, necessidades não atendidas ou aplicações de recompensas e punições. Alguns dos resultados obtidos na pesquisa através do gráfico 6,que 67% dos funcionários da Contal Assessoria Contábil acham que o fator de mais importância para automotivação é a oportunidade de crescimento profissional, pois através dele que eles conseguem atender outras necessidades. É necessário ao gestor da organização captar o sentido que os trabalhadores atribuem ao trabalho que realizam, focalizando os aspectos específicos da motivação de modo a estabelecer mecanismos que continuem favorecendo um bom relacionamento entre as pessoas, sua valorização e crescimento tanto como pessoa quanto profissional. Um dos fatores que podem servir para manter os funcionários da Contal Assessoria Contábil automotivados e a possibilidade de oferecer algum tipo de beneficio, como vale refeição, plano de saúde entre outros que fazem as pessoas se sentirem ainda mais motivadas. 44 REFERÊNCIAS BOWDITCH ,James L.Elementos de comportamento organizacional:1.ed.São Paulo:Pioneira Thomson,2002. CHIAVENATO, I.Gerenciando pessoas: como transformar os gerentes em gestores de pessoas.4.ed.São Paulo: Prentice Hall,2002. _________________.Gestão de pessoas. São Paulo: Saraiva, 2004. ________________. Administração de empresas: uma abordagem contigencial. 3.ed. São Paulo: Makron books,1994. DUBRIN ,Andrew,J. Fundamentos do comportamento organizacional.2.ed.São Paulo:Pioneira Thomson Learning,2003. GIL,A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social.5.ed.São Paulo:Atlas, 1999. LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia cientifica. 5.ed. São Paulo:Atlas,2003. MAXIMIANO, Antonio César Amaru.Teoria geral da administração.2.ed.são Paulo:Atlas,2000. MOTTA, F.C.P.: VASCONCELOS, I.F.G .Teoria geral da administração. São Paulo: Pioneira,2002. ROBBINS ,S.. Comportamento Organizacional. 8.ed. Rio de Janeiro:LTC, 1998. ______________. Comportamento Organizacional. 8.ed. Rio de Janeiro:LTC, 1999. ______________. Comportamento Organizacional. 8.ed. Rio de Janeiro:LTC, 2000. SILVA ,Walmir Rufino.Motivação no Trabalho.João Pessoa: Editora universitária / UFPB,2000. VERGARA,S.C. Gestão de pessoas.São Paulo: Atlas,2000. http://qualidade.wdfiles.com/local--files/lideranca-e-motivacao/MaslowPir.png acessado em 03/09/2008. 45 APÊNDICE 46 Apêndice A - Questionário Através deste questionário pretendo obter dados que serão utilizados como fonte para elaboração de um trabalho monográfico a ser apresentado no curso de Administração do UNIPÊ, vsando analisar os fatores que irão influenciar na automotivação dos funcionários da Contal Assessoria Contábil . Solicito sua colaboração para preenchimento das questões abaixo,assinalando apenas uma opção,com a maior fidelidade possível. I – PERFIL DOS PESQUISADOS: 1- SEXO: ( )MASCULINO ( ) FEMININO 2- FAIXA ETÁRIA a) b) c) d) e) ( ( ( ( ( )18_________25 anos ) 26_________30anos ) 31_________35 anos )36_________40anos )Acima de 40 anos 3- TEMPO DE SERVIÇO: a) ( b) ( c) ( d) ( ) Até 01 ano ) 02 a 05 anos ) 05 a 10 anos ) Acima de 10 anos 4- ESTADO CIVIL: a) ( b) ( c) ( d) ( )Solteiro ) Casado ) Viúvo ) Separado ou desquitado 47 II – A PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES INTERNOS QUANTO A AUTOMOTIVAÇÃO: 5- Na sua opinião você se considera uma pessoa motivada para o trabalho? a) b) c) d) e) ( ( ( ( ( )Concordo Totalmente )Concordo )Às vezes )Discordo ) Discordo Totalmente. 6- Você considera que qual dos fatores abaixo é importante para promover a automotivação? a) b) c) d) e) f) ( ( ( ( ( ( )Salário )Condições físicas do trabalho ( ex: equipamentos,material etc) )Relação humanas com as pessoas )Relação humanas com os subordinados )Oportunidade de crescimento profissional ) Reconhecimento pessoal III – ESTRATEGIAS PARA AUTOMOTIVAÇÃO 7- Na sua opinião quais as estratégias são necessárias a proporcionar um estado de constante automotivação no trabalho? a) b) c) d) e) f) ( ( ( ( ( ( )Benefícios e Incentivos ) Treinamentos )Avaliação de desempenho ) Tomada de decisão compartilhada ) Programas de qualidade de vida no trabalho )Outros. 8- Pessoalmente o que você está fazendo para manter-se automotivado? E o que esta fazendo para alcançar seus objetivos pessoais? a) ( ) Investindo em cursos profissionalizantes b) ( ) Apostando na própria organização c) ( )Buscando novas oportunidades.