INDICADORES DE SUCESSO ACADÊMICO: UM ESTUDO SOBRE FATORES INDIVIDUAIS DE DESEMPENHO Ana Paula Costa Couto1 Ana Paula Gomes Braga2 RESUMO O presente projeto propõe um estudo delimitado ao ambiente acadêmico, em que se identificam fatores de sucesso, por meio dosprocessos de aprendizagem do estudante de graduação e sua relação com o alto e baixo desempenho. A questão central do projeto de pesquisa é levantar dados para a compreensão das dinâmicas de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes, a partir da relação entre metacognição, inteligência fluida, abordagem de aprendizagem e inteligência emocional, considerando os elementos que determinam a qualidade da performance entre diferentes estudantes. As análises foram realizadas por meio de pesquisa qualitativa, com finalidade descritiva e uso de análise de conteúdo. Os resultados indicaram a compreensão dos fatores que diferem um sujeito do outro no que diz respeito aos desempenhos alcançados, estabelecendo as diferentes condições do indivíduo bem-sucedido no seu processo de aprendizagem. Palavras-chave: Desempenho, Sucesso, Inteligência Emocional, Abordagem de Aprendizagem. 1 Estudante do 6º período de Administração de Empresas da Faculdade Asa de Brumadinho. Bolsista pesquisadora vinculada à Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Administração de Empresas pela Universidade FUMEC. Master em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense. Professora na Faculdade Asa de Brumadinho, Faculdades Promove e Núcleo de Pós-graduação FEAD. Email:[email protected] 1. INTRODUÇÃO Em virtude das diversas transformações no mercado de trabalho e nas discussões em torno das competências profissionais requeridas, cada vez mais tem sido de importância a necessidade de uma gama de profissionais qualificados, com conhecimentos específicos, além de sua adaptabilidade e assimilação de novas informações de um mundo em constante transformação. Para o perfil do profissional do novo milênio, isso vem se tornando um pré-requisito, porém as universidades atuais procuram cada vez mais aprimorarem seu ambiente acadêmico através de estratégias de adaptação para um melhor desenvolvimento do estudante. Procuram também engajar todos os aspectos pessoais de seus estudantes, alimentando a possibilidade de uma melhoria contínua do seu desempenho durante o período letivo. Tais situações motivam novos estudos acerca de variáveis e perspectivas encontradas no meio acadêmico, que acabam por influenciar o estudante de forma positiva ou negativa. Fineburg (2009) define desempenho acadêmico como “qualquer medida de progresso de um aluno num ambiente escolar ou acadêmico”. Segundo a autora, desde os primórdios da psicologia, o desempenho acadêmico vem sendo estudado, originando uma vasta quantidade de investigações com importantes contribuições nesta área. Desta maneira, foi iniciado um estudo minucioso por meio de quatro variáveis que estão diretamente relacionadas à capacidade deste desempenho, considerando fatores pessoais e fatores acadêmicos. Essas variáveis são: metacognição, inteligência fluida, abordagem de aprendizagem e inteligência emocional. 2 Para alcançar o resultado proposto, são utilizados métodos que investigam as autopercepções relativas a teoria da mente, as funções cognitivas, além de habilidades, tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações e controlar impulsos. Isto permite um confronto real entre as situações vividas pelo estudante e a interação com seu meio acadêmico. Atendendo a esta proposta de análise, este estudo é direcionado a estudantes do Ensino Superior para analisar o seu desempenho, identificar fatores individuais de desempenho, compreender a que critérios se relacionam um estudante com alto desempenho e definir em que aspectos se diferem estudantes de elevado e baixo desempenho. Neste ponto, a pesquisa considera que a visão sobre as características de um estudante que atinge a média global de desempenho alta pode representar indicadores para o reconhecimento do sucesso. Considera, também, os fatores que levam o estudante a atingir a média global baixa de desempenho, relacionando os fatores individuais que originam queda no desempenho. O estudo se faz através das variáveis que compõem a ligação entre a aprendizagem e os indicadores de eficiência no processo acadêmico identificando, assim, quais são os fatores que podem ser determinantes para o sucesso de um estudante de graduação e em quais aspectos se diferem estudantes de elevado e baixo desempenho. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 1.1. Um panorama sobre as variáveis de estudo Como já mencionado, as variáveis correlacionadas a este estudo são: metacognição, inteligência fluida, abordagem de aprendizagem e inteligência emocional, sendo que o principal objeto de estudo 3 se torna a inteligência emocional e abordagem de aprendizagem, por serem considerados fatores primordiais para melhor desempenho, tanto para vida pessoal, incluindo o quesito familiar, social, financeiro(fatores nas quais impactaram e/ou impactam no desenvolvimento individual), quanto também para parâmetros encontrados no ambiente acadêmico, tais como estrutura física do ambiente, postura e assiduidade do corpo docente. 1.2. Variáveis de estudo 1.1.1. Metacognição A metacognição, igualmente conhecida como teoria da mente, se dá como um conceito que nasceu na psicologia e nas ciências cognitivas para fazer referência à capacidade que os seres humanos têm de atribuir pensamentos e intenções a outras pessoas. Rand (1994) acredita que a “faculdade” de metacognição do indivíduo tem a ver com a sua plena capacidade de compreender e de refletir acerca do estado mental dela mesma e dos outros. Também diz respeito à capacidade de prever o próprio comportamento, graças à percepção de sensações, de emoções e de crenças (RAND, 1994). Além disso, segundo o autor, é de importância conhecer as propriedades da função cognitiva, que por sua vez devem estar funcionando para que uma função esteja em movimento eficiente: a capacidade, a necessidade, a orientação e a operação. A capacidade refere-se ao nível interno da função cognitiva. Ela recebe a influência de fatores genéticos e externos, assim como seu desenvolvimento depende do processo de mediação. Indivíduos que apresentam menor capacidade cognitiva necessitam de intensa mediação. 4 As capacidades do indivíduo não são de natureza estática predeterminada, mas podem ser significantemente modificadas pelo impacto ambiental tanto através de modos formais quanto informais de interação. (RAND, 1994) A necessidade é uma propensão energética que o indivíduo tem para mobilizar determinada função. Evidentemente, esse fator energético depende da demanda social, que acaba determinando as funções cognitivas que devem ser ativadas com frequência. A orientação é o processo pelo qual a capacidade é posta em movimento através de um direcionamento funcional. Delineia-se como uma cadeia de processos regulados por estratégias funcionais que conduzem à capacidade. Portanto, é o “modus operandi”, a “programação de execução” envolvida para que a capacidade se execute. Pode-se dizer, então, que a capacidade é o “eu posso, estou capacitado”; a necessidade é o “eu quero, eu preciso”, e a orientação é o “eu sei como”. A última propriedade, a operação, é justamente a relação da função em uma cadeia de funções. Assim, operação é o próprio movimento da função, em relação às outras funções, que promove e qualifica um ato mental. De acordo com Piaget (1993), nos temas estudados, através da cognição do indivíduo, vê-se uma gama de processos que dizem respeito ao comportamento humano propriamente dito. Portanto, é oportuno ressaltar que há uma interiorização da representação mental humana. Inclusive, as primeiras representações mentais, segundo o autor, são interiorizações de esquemas sensório-motores, ou seja, representações que foram registradas na mente. Isso se reflete no desenvolvimento humano, se tratando do indivíduo como estudante. Através dessa função cognitiva, o indivíduo, como estudante, pode obter consciência dos seus atos e formular interferências sobre as causas desses atos e melhorálos. 5 Portanto, como citado por Piaget (1993), o estudante, em situações como resolução de problemas, é capaz de monitorar, avaliar e modificar suas estratégias para encontrar respostas e de descrever esse processo Origina-se, então, a forma de medir o monitoramento e julgamento. 1.1.2. Inteligência Fluida Segundo o autor Carrol (1993), a inteligência fluida é caracterizada pela capacidade básica de resolução de problemas novos, não dependendo da cultura, mas, sim, das capacidades de raciocínio. Está associada a componentes não verbais, pouco dependentes de conhecimentos previamente adquiridos e da influência de aspectos culturais. Representa as operações mentais que as pessoas utilizam frente a uma tarefa relativamente nova e que não podem ser executadas automaticamente. Além disso, Carrol (1993) cita que, a inteligência fluida é mais determinada pelos aspectos biológicos e genéticos estando, consequentemente, pouco relacionada aos aspectos culturais. A capacidade fluida opera em tarefas que exigem: a formação e reconhecimento de conceitos, a identificação de relações complexas, a compreensão de implicações e a realização de inferências. No segmento acadêmico, denomina-se inteligência fluida a capacidade que o estudante tem de ser um solucionador de problemas, além de saber reconhecê-lo e defini-lo. Isso ocorre devido a capacidade de identificação destes problemas, os medindo de forma sistêmica e aritmética, como através de testes de capacidade, por exemplo. Outro fator que se caracteriza pela inteligência fluida é a capacidade de formação de estratégias para alcançar objetivos e praticar motivações a respeito do desempenho individual. A criação dessas 6 estratégias no ambiente acadêmico desempenha um papel importante na determinação do sucesso ou do fracasso de um estudante. 1.1.3. Abordagem de Aprendizagem Gomes (2002) apresenta o conceito de Aprendizagem Mediada (EAM), que foi delineando-se progressivamente, traduzida em longos anos de experiência como educador e pesquisador na área de cognição. Ao longo do tempo, foi constatada uma diferença importante entre pessoas com boa flexibilidade em adaptar às novas exigências e de aprender conteúdos escolares de forma satisfatória, e pessoas que apresentavam dificuldades de aprendizagem escolar e inserção cultural. Por meio dessas constatações, Gomes (2002) elaborou um entendimento teórico sobre a aquisição do conhecimento humano e a formação da estrutura cognitiva: O desenvolvimento cognitivo e a manifestação da aprendizagem são efeitos de um tipo muito específico de interação humana por excelência. (GOMES, 2002) Entretanto, nessa análise não pode-se deixar de considerar Vygotsky (1993) e suas contribuições a respeito do desenvolvimento cognitivo e da questão cultural. Segundo ele, há dois tipos de funções psicológicas: as funções psicológicas naturais e as funções psicológicas culturais. As funções psicológicas naturais caracterizam-se como as funções cognitivas da nossa espécie, como a fala, a classificação, a comparação, a memória, a resolução de problemas. Já as funções psicológicas culturais são justamente as funções naturais transformadas pelos instrumentos culturais. É verdade que todos os povos têm a função cognitiva natural, e sua regulação dependem dos instrumentos psicológicos elaborados por cada cultura. Por exemplo: 7 A memória de um homem que sabe como anotar o que necessita recordar está treinada: em consequência, desenvolve-se uma direção distinta da memória de um homem que seja completamente incapaz de empregar signos. (VYGOTSKY, 1993) Em tese, a abordagem de aprendizagem influencia o estudante na caracterização do seu conhecimento, através dos fatores correlacionados com sua trajetória acadêmica e a cultura do ambiente que este estudante está inserido. 1.1.4. Inteligência Emocional O psicólogo Peter Salovey (1990) criou o termo inteligência emocional (às vezes chamada de QE). Ela refere-se à capacidade de compreender e regular as emoções: reconhecer e lidar com os próprios sentimentos e sentimentos dos outros. Goleman (1995), o psicólogo escritor científico que popularizou o termo, especulou que a inteligência emocional pode ser, em grande parte, determinada em meados da adolescência, quando as partes do cérebro que controlam como as pessoas agem sobre emoções amadurecem. Goleman (1995) também retrata que a inteligência emocional se relaciona com as habilidades, tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos. Para ele, talvez o ingrediente mais importante da inteligência emocional seja a autoconsciência, a qual permite autocontrole e capacidade de lidar com a rejeição e o desencorajamento. Empatia, controle de impulsos e capacidade de retardar a gratificação são outros elementos. 8 Goleman (1995) ainda cita que inteligência emocional não é o oposto da inteligência cognitiva: algumas pessoas têm o índice elevado em ambas, ao passo que outras têm o índice baixo em ambas. A inteligência emocional pode cumprir um papel na capacidade de adquirir conhecimento tácito, ou seja, aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, pela experiência. Geralmente, é difícil de ser formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e inerente às habilidades de uma pessoa. Em relação à pesquisa apresentada, a inteligência emocional se destacou pela influência nos aspectos pessoais, no ambiente familiar, além de influenciar também nos fatores acadêmicos. 3 METODOLOGIA Em sentido amplo, para Richardson (1989) “método em pesquisa significa a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de fenômenos”. Desta forma, todo trabalho de pesquisa deve ser planejado e executado de acordo com as normas que acompanham cada método. As duas estratégias de pesquisa, em termos de aplicabilidade, podem ser chamadas de abordagem qualitativa e abordagem quantitativa, utilizando-se uma classificação bastante ampla. Para concretização da pesquisa, é colocada em prática a ideia de que o propulsor principal para haver razão da realização da mesma foi a natureza do problema. Seguindo o que foi citado por Richardson (1989), as abordagens utilizadas como métodos foram: Quantitativa: que teve por finalidade emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, tendo 9 como diferencial a intenção de garantir a precisão dos trabalhos realizados, conduzindo a um resultando com poucas chances de distorções. (RICHARDSON, 1989) Portanto, segundo o autor, a pesquisa quantitativa é passível de ser medida em escala numérica, de acordo com os dados coletados. Torna-se tudo que pode ser mensurado em números, classificado e analisado utilizando-se de técnicas estatísticas. Quanto à abordagem qualitativa: Teve por finalidade trabalhar predominantemente com dados qualitativos, isto é, a informação coletada pelo pesquisador não é expressa em números, ou então os números e as conclusões neles baseadas representam um papel menor na análise. (RICHARDSON, 1989) A pesquisa qualitativa não é traduzida em números, mas pretende verificar a relação da realidade com o objeto de estudo, obtendo várias interpretações de uma análise indutiva por parte do pesquisador. Quanto a sua finalidade, a pesquisa se caracteriza pela descrição de seus fenômenos, ou seja, da maneira na qual ocorreu. Nesse sentido, Hymann (1967) explica que a pesquisa descritiva se origina quando há interpretações e avaliações na aplicação de determinados fatores ou simplesmente dos resultados já existentes dos fenômenos. 1.1. Etapas da Pesquisa de desempenho acadêmico A presente pesquisa apresenta três parâmetros distintos, que representam as unidades de análise: 1) fatores emocionais de influência; 2) fatores de aprendizagem; 3) desempenho acadêmico, medidos pela média global de resultados por período/semestre letivo. Para tanto, esses parâmetros serviram de embasamento exploratório consistente, satisfazendo o objetivo desta pesquisa. 10 1.2. Dos métodos e técnica da pesquisa Para a classificação e investigação da pesquisa, é adotado como referencial o critério proposto por Vergara (2003), que expõe em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa é classificada como descritiva e explicativa. Descritiva, porque expõe sobre os critérios dos fatores em evidência neste estudo, ou seja, fatores pessoais de desempenho e fatores acadêmicos. Outra característica que também a classifica como descritiva, está no fato da pesquisa buscar estabelecer uma correlação entre o alto e baixo desempenho acadêmico e critérios adotados para distinção dos fatores que refletem essa escala. Ainda quanto aos fins, a pesquisa também é classificada como explicativa, porque visa esclarecer quais os fatores que afetam este desempenho, tanto de forma positiva, quanto de forma negativa. Quanto aos meios a pesquisa é bibliográfica e documental. Bibliográfica, porque é realizada uma revisão conceitual sobre os temas abordados, ou seja, variável metacognição, inteligência fluida, abordagem de aprendizagem e inteligência emocional. Documental, porque utiliza-se de materiais e documentos, tais como questionários e relatórios de desempenho. 1.3. Dos objetivos da investigação Com base na pesquisa realizada e de acordo com o instrumento utilizado, assume-se os métodos apresentados para medição do fator que mais influencia no desempenho acadêmico, tendo em vista o estudo medido através da variável inteligência emocional e abordagem de aprendizagem, e a utilização de uma escala proposta com o aproveitamento global, calculado a partir da média de classificação obtida pelos estudantes durante seus quatro últimos semestres/períodos letivos. Essa 11 média global foi classificada pelo alto e baixo desempenho, sendo que o alto desempenho obteve um recorte em médias globais maiores ou iguais a 80% de aproveitamento, e o baixo desempenho em médias globais menores que 70% de aproveitamento, por semestre/período letivo. Estuda-se também, em escala, fatores influenciáveis para o surgimento de queda considerável de desempenho, entre os dois últimos semestres, ou seja, do terceiro para o quarto semestre/período cursado. 1.4. Dos participantes Faz parte da amostra, um corpo discente voluntário composto de 50 sujeitos, ingressantes do quinto período do Ensino Superior. Os dados foram obtidos em março de 2015, quando as idades variavam de 19 a 45anos, dos quais 62% do sexo feminino e 38% do sexo masculino. De acordo com a classificação dos sujeitos, 50% dos estudantes residem no mesmo município onde estudam e os outros 50% residem em outro município. Contudo, observou-se que 80%destes têm algum tipo de ocupação e 20% são somente estudantes. Foi analisado também o estado civil de cada um destes sujeitos, obtendo 76% de estudantes solteiros, 22% casados e 2% divorciados, além de 10% terem filhos e os outros 90% não terem filhos. 1.5. Dos instrumentos e procedimentos de campo Como parte deste processo, foi realizado um levantamento das notas globais de cada um destes estudantes, através do Rendimento Médio Geral (RMG) nos seus primeiro, segundo, terceiro e quarto períodos acadêmicos (dois anos). Os estudantes responderam, como instrumento e meio de pesquisa de campo, ao questionário de desempenho acadêmico, que consistiu em 24 questões, sendo que 10 delas abrangem os fatores pessoais de desempenho e 14 os fatores acadêmicos de desempenho. Ele foi respondido individualmente, e não possuiu limite de tempo, apesar de não ter demandado mais de 20 12 minutos para sua realização. A pesquisa ainda contou com o fornecimento de autorização, através de um termo de consentimento livre e esclarecido para coleta do RMG, divulgação das asserções e demais dados fornecidos através deste questionário. Nessa perspectiva, realizou-se a compilação dos dados levantados, focalizando o desempenho acadêmico e calculando as correlações entre as medidas das variáveis de estudo apontadas nesta pesquisa e os fatores que levam ao elevado e baixo desempenho acadêmico. 1.6. Da coleta e estratégias para análise de dados A aplicação do instrumento realizou-se no decorrer do primeiro semestre letivo, num determinado momento em que a turma se encontrava de forma coletiva, embora cada estudante tenha respondido seu questionário de forma individual. Para averiguação destes dados, foram utilizados critérios, fazendo com que o resultado a ser alcançado pela pesquisa se tornasse mais consistente e objetivo, os quais: a) apresentação de dados de pesquisa bibliográfica e descritiva, como citado anteriormente; b) questionário de desempenho acadêmico, embasado em modelo fatorial da inteligência emocional e abordagem de aprendizagem; c) desempenho acadêmico apresentado por meio do RMG (Rendimento Médio Geral). 13 Assim, apresentam-se asserções em escalas de grau de satisfação e questionamentos oriundos do cotidiano da vida pessoal e acadêmica, vividos no ambiente da Instituição de Ensino na qual estes estudantes estão inseridos. De acordo com Yin (2001), a análise de dados consiste no exame, categorização e classificação das informações obtidas na pesquisa, com objetivo de combinar as evidências colhidas, tratando-as igualmente e, desta forma, produzindo conclusões com fortes bases analíticas. A análise de conteúdo, mais especificamente, constitui: Um conjunto de técnicas de análises de comunicação visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens. (BARDIN apud OLIVEIRA, 2006) De acordo com a definição apresentada, defende-se também que a “análise de conteúdo oscila entre os dois polos que envolvem a investigação científica: o rigor da objetividade e a fecundidade da subjetividade, resultando na elaboração de indicadores quantitativos e/ou qualitativos que devem levar o pesquisador a uma segunda leitura da comunicação, baseado na dedução, na inferência” (CAPELLE, MELO & GONÇALVES, 2003). O processo de explicitação do conteúdo das mensagens promovido pela análise de conteúdo é organizado em três etapas, realizadas obedecendo a três polos cronológicos, conforme expõem Bardin apud Oliveira (2006): a) a pré-análise: fase de organização das ideias, em que ocorre a escolha dos documentos a serem analisados. Corresponde a um período de intuições, mas tem por objetivo tornar operacionais e 14 sistematizar as ideias iniciais, de maneira a conduzir a um esquema preciso do desenvolvimento das operações sucessivas, num plano de análise. b) a exploração do material: trata-se da fase em que os dados brutos do material são codificados para se alcançar o núcleo de compreensão do texto. Se as diferentes operações da pré-análise foram convenientemente concluídas, a fase de análise propriamente dita não é mais do que a administração sistemática das decisões tomadas. c) tratamento dos resultados obtidos e interpretação: nesta fase, os dados brutos são submetidos a operações estatísticas, para análise de recorrência e a fim de se tornarem significativos e válidos e de evidenciarem as informações obtidas. Como afirma Bardin apud Oliveira (2006), a exemplo desta pesquisa, estes três fatores não se sucedem, obrigatoriamente, segundo uma ordem cronológica, embora se mantenham estreitamente ligados uns aos outros: a escolha de dados e documentos depende dos objetivos da pesquisa ou, inversamente, o objetivo só é possível em função das informações disponíveis (o que não foi o caso). Os indicadores foram construídos em função das hipóteses, assim como, em algumas vezes, hipóteses foram criadas na presença de certos índices. A pré-análise foi necessária para atingir o objetivo de organização para a exploração sistemática dos dados colhidos, e a exploração do material fundamental para a condução das etapas da análise com ordenação lógica e o melhor aproveitamento dos dados para a interpretação e a consolidação das hipóteses apresentadas. O autor Minayo apud Oliveira (2006) acredita que a grande importância da análise de conteúdo consiste, justamente, em sua tentativa de impor um corte entre as intuições e as hipóteses que 15 encaminham para interpretações mais definitivas, sem, contudo, se afastar das exigências atribuídas a um trabalho científico. No que diz respeito à hipótese geral do estudo, a Inteligência Emocional e Abordagem de Aprendizagem constituíram como variáveis preditoras, sendo o desempenho acadêmico a variável de critério. Relativo às hipóteses específicas, formulou-se as seguintes questões: Hipótese 1: Existe correlação entre o impacto emocional e conflitos interpessoais? Hipótese 2: Existe correlação entre a inteligência emocional e situações externas de estresse? Hipótese 3: Existe correlação entre a inteligência emocional e rendimento acadêmico? Hipótese 4: Existe correlação entre a abordagem de aprendizagem e a dedicação do estudante? Hipótese 5: Existe correlação entre a abordagem de aprendizagem e os hábitos e técnicas utilizados na aprendizagem? 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Os dados são analisados a partir da divisão de três grupos entre a amostra de 50 estudantes entrevistados, sendo o Grupo A composto por quinze destes estudantes que caracterizam o rendimento global maior ou igual a 80%, Grupo B composto por cinco estudantes que caracterizam o rendimento global menor que 70%, e Grupo C composto por trinta estudantes que caracterizam uma média global variável, porém que apresentam uma queda de rendimento entre os dois últimos semestres já cursados, ou seja, do terceiro para o quarto semestre/período cursados. Vale destacar que, fazem parte do Grupo C, componentes do Grupo A e Grupo B. Por meio da análise de conteúdo foi realizado um escalonamento para busca de similaridades, ou seja, fatores de recorrência entre os diferentes grupos. Temas recorrentes significam aspectos que são 16 comuns nas narrativas dos estudantes que foram entrevistados. O objetivo deste item é buscar consenso em torno dos tópicos discutidos, para compreender o comportamento da vida acadêmica dos estudantes e sua coerência com as visões sobre fatores e indicadores de sucesso acadêmico. Importante destacar, que só são contemplados como temas recorrentes, aqueles fatores que correspondem à opinião da maioria dos entrevistados ou que apareçam com incidência elevada em relação a outros aspectos. 1.1. Considerações acerca do Grupo A Considerando os quinze estudantes que compõe este grupo, apresenta-se em relação ao: 1.1.1. Impacto Emocional Dos quinze estudantes, dez apresentam rara influência do ambiente familiar, da situação financeira e do local apropriado para estudo no seu processo de aprendizagem. Destaca-se que estes têm a melhor média de desempenho do grupo A. Os demais apresentam dados regulares de influência. Dos quinze estudantes, seis deles raramente vivenciam e sentem o impacto do estresse no dia a dia. Os demais vivenciam e sentem de forma regular o impacto do estresse no dia a dia. Destes mesmos quinze estudantes, seis não sentem nenhuma influência do relacionamento com os professores no seu desempenho acadêmico. No entanto, os outros nove que alegam que o relacionamento com o professor ajuda na aprendizagem, fazem parte da amostra de menor média global no grupo. 17 Neste grupo, quatro estudantes narram um fator que influenciou no seu rendimento, exatamente no decorrer do semestre/período letivo onde houve queda do seu rendimento. A estas influências atribuem-se fatores como: perda/troca de emprego, perda de parente/amigo ou casos de doença. Considera-se que os fatores de maior impacto negativo no estudo para o grupo A, são relacionados ao atraso na chegada à aula e discussões interpessoais. 4.1.2 Ponto de vista da Aprendizagem: Com o uso de bloco de questões referentes aos fatores ligados ao processo de aprendizagem, pode-se observar que: Dos quinze estudantes, doze estudam menos que uma hora por dia; dez têm o hábito de leitura; nove passam três ou mais horas diante da TV e/ou celular/computador para entretenimento; onze estudam somente em época de prova; quatorze estudam utilizando técnicas estruturadas; nove apresentam como satisfatório o nível de entendimento das aulas; onze se consideram assíduos em relação aos seus estudos. Vale ressaltar que onze estudantes negam o uso de cola em provas; nove classificam como ótimo seu desempenho no ensino médio. Deste bloco de quinze estudantes, não há nenhumregistro de reprovação em toda sua vida escolar e acadêmica. 4.2 Considerações acerca do Grupo B O Grupo B é composto por cinco estudantes que obtiveram baixo desempenho em todo o ciclo acadêmico e apresentaram os seguintes resultados: 1.1.1. Impacto Emocional 18 Dos cinco estudantes, quatro apresentam elevada influência do ambiente familiar, da situação financeira e do local apropriado para estudo no seu processo de aprendizagem. Dos cinco estudantes, três deles vivenciam e sentem o impacto do estresse no dia a dia, regularmente. Destes mesmos cinco estudantes, 100% consideram que uma boa aprendizagem depende do bom relacionamento com os professores. Neste grupo, todos os estudantes apresentam situações relacionadas à emoção (brigas e discussões interpessoais), como fator negativo de influência na aprendizagem. 1.1.2. Ponto de vista da Aprendizagem No que diz respeito a seus processos de aprendizagem: Todos os estudantes deste grupo estudam menos de uma hora por dia; três não têm o hábito de leitura; a maioria deles passa, no máximo, até uma hora diante da TV e/ou celular/computador para entretenimento; três apresentam elevada dedicação quanto aos hábitos de estudo; 100% utilizam técnicas estruturadas de estudo; e 60% dos estudantes deste grupo classificam como regular o nível de entendimento das aulas.Três estudantes deste grupo têm assiduidade rara. Ressalta-se aqui, também, que a maioria declara utilizar cola em casos de memorização e todos os estudantes deste grupo apresentam casos de reprovação na vida acadêmica. 1.3. Considerações acerca do Grupo C Este grupo é composto por 30 estudantes, cuja amostra foi selecionada entre o universo total de entrevistados, conforme observação de queda no desempenho do terceiro para o quarto períodos. A seguir, são apresentados os fatores isolados que caracterizam tal queda de rendimento. 19 Em nenhum caso observou-se mudança nos processos de aprendizagem, demonstrando que a influência maior sobre as quedas de rendimento, tanto do grupo de alto quanto de baixos desempenhos, está relacionada aos fatores emocionais, conforme detalhado a seguir: 50% dos estudantes apresentaram situações e experiências que caracterizam, em sua trajetória acadêmica, influência negativa no seu rendimento, sendo que dois deles narraram a perda de parente/amigo; cinco estudantes deste grupo vivenciaram a situação de troca ou perda de emprego e dez confirmaram casos de doença na família. Destaca-se que, do ponto de vista das experiências acadêmicas relativas ao último semestre de análise, quatorze estudantes narraram dificuldades específicas no relacionamento ou na identificação com a didática utilizada por um determinado professor. O fato pode estar diretamente associado com a queda do rendimento, inclusive, dos estudantes de alto desempenho, dos quais 50% tiveram envolvimento direto com tais conflitos. 1.4. Análise comparativa entre os grupos de diferentes desempenhos A análise dos dados permite alcançar níveis de entendimento acerca das variáveis que integram os fatores emocionais e de aprendizagem dos diferentes grupos, classificados de acordo com seus resultados de desempenho. 1.4.1. Inteligência Emocional Com relação aos aspectos emocionais, o grupo A se destaca pelo baixo impacto emocional ou de situações de estresse sobre suas atividades acadêmicas, enquanto o grupo B apresenta elevado impacto nestes mesmos aspectos. 20 Quanto aos relacionamentos com o corpo docente (aqui o professor é entendido como agente diretamente relacionado à experiência da aprendizagem), esperava-se que a maioria do grupo A não sentisse influência da qualidade dessa relação sobre o resultado, uma vez que apresentaram equilíbrio emocional, conforme os dados de baixo impacto desse fator sobre seus rendimentos. No entanto, com os dados de que somente 40% não sentem a influência, investigou-se o desempenho deste grupo em relação aos 60% que declararam o impacto do relacionamento na aprendizagem. Sendo assim, pode-se observar que, de fato, estes 60% apresentam menor média de desempenho em comparação com os outros. Isto sugere que a inteligência emocional incide sobre o melhor resultado. Esta conclusão ainda se reforça pelo fato de que somente 27% dos estudantes do grupo de alto desempenho apresentaram acontecimentos que poderiam afetar seus resultados por conflitos emocionais, justamente no período em que se registra queda no seu próprio rendimento. Por essa razão, este pequeno grupo integrou a análise específica do grupo C - grupo relacionado aos estudantes que obtiveram perda de rendimento no último semestre/período letivo, mesmo que se mantendo na faixa de elevado desempenho. Em contrapartida, o relacionamento com o docente ou qualquer situação de ruptura nessa relação pode afetar ou ter, efetivamente, afetado o desempenho do grupo B. Em três dos cinco entrevistados, houve narrativa de problemas na convivência com professores. 1.1.2. Abordagem de aprendizagem Quanto aos hábitos e técnicas de estudo, observou-se similaridade entre os grupos A e B, ou seja, ambos apresentam baixa dedicação aos estudos extraclasse, hábitos de leitura medianos e técnicas estruturadas de estudo. O único aspecto em que se diferenciam é em relação à dedicação de estudo 21 para preparação em época de provas, que no grupo B incide de forma mais elevada. Tais dados podem indicar maior esforço por parte destes estudantes, que têm baixo rendimento, sugerindo um processo de aprendizagem mais fluido para o grupo A (alto desempenho). Quanto aos fatores acadêmicos, existem características comuns entre estudantes do grupo A, como: nível de compreensão satisfatório e assiduidade. Estes mesmos estudantes classificam como ótimo o próprio desempenho, não utilizam a cola como recurso em provas e, o que se destaca, é que todos apresentam 100% de aprovação em toda a vida escolar e acadêmica. No sentido inverso, o grupo B apresenta assiduidade rara, nível de entendimento regular, sua grande maioria faz uso de cola em provas - o que mais uma vez pode sugerir a baixa função cognitiva, conforme mencionado por Vygotsky (1993) - e, por fim, reforçando esta análise, 100% do grupo apresenta histórico de reprovação acadêmica. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo explorou correlações existentes entre fatores de inteligência emocional e abordagem de aprendizagem em relação ao desempenho acadêmico, buscando investigar a importância relativa destas variáveis na prática. Os resultados deste estudo sugeriram que o sucesso ou fracasso de um estudante pode ser, pelo menos em parte, atribuído à capacidade em manipular sua experiência de vida acadêmica com o resultado de várias interações interpessoais e interações com o meio. 22 Sendo assim, conclui-se que os critérios analisados de sucesso acadêmico são variados em relação à forma com que o sujeito lida com suas emoções e a forma com que se dispõe a aprender. A variação nas relações interpessoais, o desenvolvimento de técnicas de estudo, o relacionamento estabelecido com os professores e o ambiente de aprendizagem são influências para o desenvolvimento de sua competência cognitiva. Portanto, o indivíduo que estabelece melhor estas relações e mantém equilíbrio emocional frente aos fatores externos, apresenta maiores resultados de desempenho. Diante do exposto, é possível identificar os fatores que são determinantes para o sucesso acadêmico da amostra analisada, uma vez que o grupo de elevado desempenho apresenta fatores claros e recorrentes relacionados ao seu processo de aprendizagem. Referem-se a estes fatores características da inteligência fluida, tais como capacidade básica de resolução de problema, independente das condições do meio, ou seja, capacidade própria de raciocínio. Essas características podem ser identificadas nos relatos de bom desempenho indiferente do nível de dedicação aos estudos extraclasse. Quanto à abordagem da aprendizagem, também são indicadores as características de flexibilidade em adaptar-se e níveis de aprendizagem satisfatória. Isso pode ser comprovado pela identificação na pesquisa da baixa influência do ambiente sobre os estudantes de alto desempenho e apresentação de dados relativos ao nível de entendimento das aulas como satisfatório, bem como a ausência de casos de reprovação. Embora identificando características das diferentes variáveis do estudo, é perceptível e mais consistente a predominância de fatores relativos à inteligência emocional: capacidade de regular as emoções, lidar com os próprios sentimentos e dos outros, persistência mediante frustrações, 23 autocontrole e capacidade de lidar com rejeição. Estes fatores são percebidos pelo baixo impacto emocional ou por situações de estresse, relatados por 100% dos indivíduos do grupo de elevado desempenho.Mesmo neste grupo, percebe-se que, nos relatos de situações de perda ou conflitos interpessoais (ainda que com sua permanência no patamar de alto desempenho), houve queda de rendimento em relação ao período letivo anterior ao ocorrido.Vale ressaltar, que a capacidade em lidar com emoções foi expressamente ilustrada por uma situação de desgaste nas relações com um professor, que gerou grande impacto nos estudantes que apresentam baixo desempenho. Tal impacto não teve a mesma proporção para os estudantes de alto desempenho. Mais uma vez, o trato com as próprias emoções e do outro foi preponderante para o sucesso dos seus resultados. No final deste processo analítico, identificou-se resultado satisfatório, por demonstrar aderência entre o que foi fundamentado no referencial deste artigo e seu reflexo direto no resultado alcançado por meio da análise de dados extraída do questionário de desempenho acadêmico, compatibilizado com o relatório de rendimento médio geral. Tratando-se do impacto do desempenho acadêmico sobre o sucesso profissional futuro, vale ressaltar que o indivíduo, como estudante, é o responsável por assimilar estratégias de adaptação, visando sua inserção no mercado de trabalho. Assim, cabe a este indivíduo enfrentar, na sua trajetória acadêmica, situações que irão influenciar seu desenvolvimento profissional e pessoal, uma vez que é evidenciada a importância em lidar com as variáveis abordadas neste artigo. Fato é que, perante os resultados apresentados, observa-se, em todo momento, a influência direta e contínua que estas variáveis exercem no alcance do sucesso. 24 6. REFERÊNCIAS CAPELLE, M.C.A.; MELO, M.C. de O.; GONÇALVES, C.A. Análise de conteúdo e análise de discurso nas ciências sociais. O.R. & A. Revista de Administração da UFLA, v. 5, n. 1, jan./jun., 2003. CARROL, J. B. Human cognitive abilities: A survey of factor-analytic studies. New York: Cambridge University Press. 1993. FINEBURG, A. C. Academic Achievement. Em. S. J. Lopez (Ed). Encyclopedia of positive psychology. Oxford: Wiley Blackwell, 2009. GOLEMAN, Daniel, Ph.D. Inteligência Emocional, a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. GOMES, Cristiano Mauro Assis. Feuerstein e a construção mediada do conhecimento. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. HYMANN, Hebert. Planejamento e análise da pesquisa: princípios, casos e processos. Rio de Janeiro: Lidador, 1967. OLIVEIRA, Ana Paula G.B. Indicadores de sucesso na careira médica: um estudo sobre as percepções do profissional e do paciente em associação com o diagnóstico de âncoras de carreira. Belo Horizonte: FUMEC, 2006. (Dissertação, Mestrado em Administração). PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. Tradução: Álvaro Cabral. 3ª ed. Martins. Fonte: São Paulo, 1993. RAND, Shenhav. Divine intuition: Cognitive style influences belief in God. Psychology: General, 1994. Experimental RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1989. 25 SALOVEY, Peter. Emotional Intelligence Test User’s Manual. Toronto, Canada: Multi Health System, 1990. VERGARA, S. C. Projeto e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas Editora, 2003. VYGOTSKY, L. S. Mind in society: The development of higher psychological processes. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1993. YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001. 26