UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS
CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
Boletim de Conjuntura Econômica de Goiás – Nº 63, Julho de 2015
Segue abaixo uma breve explicação sobre os indicadores analisados neste Boletim.
Para a realização deste boletim, faz-se uso de principalmente quatro indicadores
econômicos divulgados pelo IBGE. São eles: a Pesquisa Industrial Mensal – Produção
Física (PIM-PF); a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC); a Pesquisa Mensal de Serviços
(PMS) e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), é realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em quatorze regiões brasileiras, dentre as
quais o Estado de Goiás, permite que seja retratada a produção industrial realizada por
empresas que atuam na própria região pesquisada, sendo um importante indicador da
geração de emprego e renda.
Através da Pesquisa Mensal de Comércio – PMC pode-se ter informações sobre as vendas do comércio varejista em todo o País. Com base nesta análise, pode ser levantado
o comportamento dos consumidores em determinada região, verificando se há algo
que indique que a economia local está ou não aquecida num determinado momento.
São divulgados dados de volume de venda e volume de receita nominal. O boletim
analisa o volume de receita nominal, porém dados de volume de venda podem ser encontrados nos anexos.
A Pesquisa Mensal de Serviços – PMS tem por objetivo produzir indicadores que permitam o acompanhamento da evolução conjuntural do setor de serviços empresariais
não-financeiros e de seus principais segmentos, abrangendo o conjunto de atividades
como serviços prestados às famílias; serviços de informação e comunicação; serviços
profissionais, administrativos e complementares; transportes, serviços auxiliares dos
transportes e correio, dentre outros. Os dados compilados são referentes à receita nominal.
Sobre o IPCA, este é adotado, pois mede a variação no poder de compra de grande
parte da população brasileira, haja vista que este é o índice utilizado para medir a
variação no poder de compra das famílias que auferem de 1 a 40 salários mínimos.
No final, encontram-se os anexos com dados detalhados de cada pesquisa.
Indústria, Comércio e Serviços
Boletim de Conjuntura Econômica de Goiás – N.63/JUL.2015
Equipe Responsável: Prof. Edson Roberto Vieira, Prof. Antônio Marcos de Queiroz, Igor
Nascimento Sousa, Raphael Teles Oliveira e Victor Balbino dos Santos
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Maio/2015 na comparação com Maio/2014
Segundo dados do IBGE, referentes ao mês de Maio de 2015, houve redução das
vendas do comércio varejista (-7,1%), das receitas do setor de serviços (-3,1%) e da
produção industrial (-3,4) de Goiás na comparação com o mesmo mês do ano anterior
- informações sem ajuste sazonal (Tabela 1).
A conjuntura nacional foi melhor do que a goiana no mês de Maio/2015. A receita
nominal do comércio varejista apresentou crescimento de 1,9%, enquanto o setor de
serviços apareceu com uma elevação de 1,1%. Somente a produção industrial
apresentou recuo de 8,8%.
No acumulado do ano, os resultados dos setores de comércio, serviços e indústria de
Goiás são negativos, enquanto que, no caso do Brasil, apenas a produção industrial
teve queda. Já no acumulado dos últimos 12 meses, os três setores goianos
encontram-se no campo positivo e a indústria nacional também teve queda. O fato é
que os resultados goianos do ano passado foram melhores do que os nacionais, ao
contrário do que ocorre nesse ano.
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Maio/2015 na comparação com Abril/2015
Na Tabela 2, têm-se os índices referentes à produção industrial e ao volume de vendas
do comércio varejista do mês de Maio/2015 em relação ao mês anterior, ambos com
ajuste sazonal. Verifica-se que a conjuntura para o comércio varejista foi de queda em
ambas as regiões. Goiás e Brasil apresentaram, respectivamente, retrações de 0,7% e
0,9% no mês. Quanto aos dados acumulados, a conjuntura foi pior, com destaque para
Goiás, que apresentou uma queda de 9,7% no ano e de 9,2% nos últimos doze meses.
Por sua vez, a produção industrial também não apresentou um cenário favorável,
tendo o Brasil no mês de Maio o único índice positivo, com crescimento de 0,6%.
Destaque para os dados acumulados do Brasil, com uma queda significativa de 6,9%,
no ano e de 5,3% nos últimos 12 meses.
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Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - (IPCA): Junho de 2015
No mês de Junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou, em
Goiânia, menor variação do que aquela verificada nacionalmente, assim como ocorreu
nos dois últimos meses. O índice de Goiânia apresentou uma variação de 0,21%,
enquanto que o do Brasil aumentou 0,79%. Logo, como se pode verificar no índice
acumulado no ano, o país passou a ter um resultado acima daquele acumulado para a
capital goiana: 6,17% frente a 5,53%. Nota-se ainda que ambas as regiões já passaram
do centro da meta estabelecido pelo Governo para o ano de 2015 (4,5%). Sendo o teto
da meta 6,5% e sabendo que ainda é Junho, a conjuntura se mostra preocupante.
No que se refere aos itens que apresentaram as maiores elevações em seus preços em
Goiânia no mês de Junho, tem-se: Jogos de azar (30,8%), passagem aérea (29,81%) e
Pêra (12,3%). Quanto às maiores quedas: Cebola (135,31%), jogos de azar (47,5%) e
Tomate (46,05%) se destacaram. Para o acumulado, os destaques como maiores
elevações são a cebola (48,3%); o tomate (43,99%%) e energia elétrica residencial
(41,76%). Por outro lado, têm-se também significativas quedas acumuladas: passagem
aérea (-26,39%); máquina fotográfica (-17,19%) e excursão (-15,98%) são as maiores.
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Anexos:
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