!"" # EMPRESA AUDITADA: ARACRUZ CELULOSE 1 ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO: “MANEJO DE FLORESTAS PLANTADAS DE EUCALIPTO SPP NOS SEGUINTES MUNICÍPIOS: MUCURI, NOVA VIÇOSA, PRADO, ALCOBAÇA, CARAVELAS, IBIRAPUÃ, TEIXEIRA DE FREITAS E VEREDA (ESTADO DA BAHIA) E NANUQUE E CARLOS CHAGAS (ESTADO DE MINAS GERAIS)”. Setembro de 2008 Alexander Vervuurt Auditor Líder Bureau Veritas Certification Rua Pio X, 17 – 8o andar RIO DE JANEIRO/RJ – BRASIL 2 SUMÁRIO 1. INFORMAÇÕES GERAIS 1.1 Identificação da Organização e das Unidades de Manejo Florestal Objeto da Certificação 1.2 Contato na Organização para o processo de Certificação 2. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE MANEJO E DOS SEUS PROCESSOS 2.1 Localização e distribuição de terras e florestas plantadas 2.2 Descrição das áreas manejadas e recursos florestais 2.3 Situação fundiária 2.4 Ambiente natural 2.5 Sistema de malha viária 2.6 Locais de interesse comunitário 2.7 Perfil e condições sócio-econômicas das áreas adjacentes 2.8 Direcionador estratégico para o investimento sócio-ambiental 3. PROCESSO DE AVALIAÇÃO 3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação 3.2 Identificação do OCF – Organismo de Certificação 3.3 Responsável pelo OCF 3.4 Descrição do processo de Auditoria 3.5 Relatório detalhado de Auditoria 3.6 Não conformidades registradas 3.7 Oportunidades de Melhoria 4. REUNIÕES PÚBLICAS 4.1 Objetivos e realização 4.2 Entidades e pessoas contactadas 4.3 Relação de participantes das Reuniões Públicas 5. 4.4 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da Empresa e parecer Bureau Veritas Certification. CONCLUSÃO ANEXO 1: Convite Para participação nas reuniões públicas e Questionário de consulta pública ANEXO 2: Lista de partes interessadas convidadas (arquivo separado) 3 1. INFORMAÇÕES GERAIS Histórico da Organização O empreendimento da Aracruz Celulose S.A. consiste num complexo integrado e verticalizado de natureza florestal e industrial para a produção de celulose e madeira de eucalipto. Desse modo as atividades da empresa integram os setores primário (produção de madeira oriunda de plantios florestais) e secundário (produção de celulose e madeira serrada de eucalipto). O controle acionário da Aracruz é exercido pelos grupos Safra (28%), Votorantim (28%) e Lorentzen (28%), e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (12,5%). As ações preferenciais da empresa são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York e Madri. A Aracruz foi a primeira empresa brasileira a ter ações negociadas nos pregões da Bolsa de Valores de Nova York. A Aracruz Celulose S/A - ARCEL iniciou suas atividades no Estado do Espírito Santo em novembro de 1967, através da Aracruz Florestal S.A., com a implantação de dois núcleos florestais situados nos municípios de Aracruz e São Mateus, com o objetivo de implantar uma fábrica de celulose utilizando como matéria-prima o eucalipto. Em 1978, teve início a operação de sua primeira unidade industrial (Fábrica A). Tendo em vista a ampliação da sua capacidade de produção, com a partida da segunda unidade de produção (Fábrica B) a partir de fevereiro de 1991, teve início a implantação de floresta de eucalipto no Estado da Bahia no período compreendido entre os anos de 1988 e 1992, nos municípios de Prado, Alcobaça, Teixeira de Freitas, Caravelas, Nova Viçosa, Ibirapuã e Mucuri. A partir de 2000 teve início a ampliação do Programa de Fomento Florestal, iniciado em maio de 1990, e da área plantada nos estados do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais para atender à demanda da Fábrica C. A nova unidade fabril elevou a capacidade de produção da Aracruz para 4 2 milhões de toneladas/ano de celulose a partir de agosto de 2002. Em março de 2003 ocorreu a inauguração dos modais de transporte ferroviário e marítimo e em abril de 2003 o início oficial das operações do terminal de barcaças marítimas de Caravelas/BA. Em julho de 2003 ocorreu a aquisição da Riocell, e a criação da Unidade Guaíba da Aracruz (UG), no Rio Grande do Sul, a qual possui 79,6 mil ha de área plantada e 45,6 mil ha de reservas nativas. Em dezembro de 2007 foi concluído o projeto PO 2330 que teve como objetivo aumentar a capacidade da Unidade Barra do Riacho (UBR), elevando sua capacidade de produção para 2,33 milhões de toneladas anuais de celulose. Cronologia dos principais eventos na organização: Novembro 1967 - Implantação dos primeiros plantios de eucalipto Abril 1972 - Fundação da Aracruz Celulose Setembro 1978 - Partida da primeira unidade de produção (Fábrica "A") Janeiro de 1985 - Criação da Portocel Fevereiro 1991 - Partida de segunda unidade de produção (Fábrica "B") Maio 1992 - Lançamento de ADRs de nível 3 na Bolsa de Valores de Nova York Janeiro 1993 - Certificação ISO 9002:1994 Julho 1995 - Certificação ISO 9001:1994 para todas as atividades Agosto 1999 - Entrada em operação da Aracruz Produtos de Madeira S.A (serraria) Outubro de 1999 - Certificação ISO 14001:1996 Outubro de 2000 - Ingresso no controle acionário da Veracel 5 Agosto de 2002 - Partida da terceira unidade de produção (Fábrica "C") Março de 2003 - Inauguração dos modais de transporte ferroviário e marítimo Abril de 2003 - Inauguração do terminal de barcaças de Caravelas Julho de 2003 - Aquisição da Riocell Maio de 2005 - Entrada em operação da Veracel 2007 - Modernização da Unidade Barra do Riacho 1.1 Identificação da Organização e das Unidades de Manejo Florestal Objeto da Certificação A Aracruz Celulose S.A. (Arcel) é a maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, vendida globalmente para fabricantes de papéis sanitários, de imprimir e escrever, e papéis especiais. No Espírito Santo, a Aracruz opera três unidades de produção de celulose (Fábricas A, B e C) que juntas possuem capacidade total de 2,3 milhões de toneladas anuais de celulose. 6 A Fábrica A está em operação desde 1978, a Fábrica B desde 1991 e a Fábrica C desde 2002. No extremo sul da Bahia, a Aracruz também participa da APM (Aracruz Produtos de Madeira em operação desde 1999), que produz madeira serrada de alta qualidade destinada às indústrias de móveis e design de interiores do Brasil e do exterior. A matéria-prima florestal (madeira de eucalipto) necessária para a operação desses empreendimentos industriais é suprida por plantios próprios e arrendados das Unidades de Manejo Florestal objeto da Certificação, complementada pelos plantios não certificados contratados no Programa Produtor Florestal e eventuais aquisições de madeira no mercado. O Manejo Florestal na Arcel contribui para obtenção do retorno do capital investido, através da otimização dos recursos florestais, que combina os custos de produção (silvicultura, colheita, transporte e gerencial) com a demanda fabril, considerando as premissas previstas nos direcionadores florestais da empresa. A unidade de manejo florestal objeto da certificação encontra-se distribuída nos Estados do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais conforme a Tabela 1 abaixo. 7 Área em hectares Estado ESPÍRITO SANTO Município Extensão do Município Plantio de eucalipto Reservas Nativas Outras Finalidades Total Relação eucalipto / nativas ARACRUZ CONCEIÇÃO DA BARRA 143.602 118.804 33.650,5 24.752,0 20.160,5 10.686,1 3.942,1 2.078,0 57.753,1 37.516,1 SÃO MATEUS 234.325 23.401,4 8.591,1 1.728,4 LINHARES 350.160 5.185,5 7.488,3 544,7 JAGUARÉ 65.636 4.086,5 1.876,4 MONTANHA 109.903 3.543,9 SERRA 55.325 SOORETAMA 59.337 VILA VALÉRIO PINHEIROS Propriedade da Aracruz Reservas Nativas da Aracruz Plantio de eucalipto da Aracruz 1,67 2,32 40,2% 31,6% 14,0% 9,0% 23,4% 20,8% 33.720,9 2,72 14,4% 3,7% 10,0% 13.218,5 0,69 3,8% 2,1% 1,5% 421,3 6.384,2 2,18 9,7% 2,9% 6,2% 2.112,6 236,4 5.892,9 1,68 5,4% 1,9% 3,2% 2.457,4 2.459,0 283,8 5.200,2 1,00 9,4% 4,4% 4,4% 2.536,1 691,2 205,6 3.432,9 3,67 5,8% 1,2% 4,3% 46.435 1.756,9 1.120,8 185,6 3.063,3 1,57 6,6% 2,4% 3,8% 97.506 1.317,7 956,5 103,7 2.377,8 1,38 2,4% 1,0% 1,4% MUCURICI 53.771 618,4 496,1 47,9 1.162,4 1,25 2,2% 0,9% 1,2% FUNDÃO 27.965 557,1 338,9 71,0 967,0 1,64 3,5% 1,2% 2,0% RIO BANANAL 64.548 366,1 468,8 46,3 881,2 0,78 1,4% 0,7% 0,6% SANTA LEOPOLDINA 71.644 21,4 211,4 5,1 237,9 0,10 0,3% 0,3% 0,0% SANTA TERESA 69.453 9,1 5,1 0,5 14,7 1,79 0,0% 0,0% 0,0% 104.260,2 57.662,6 9.900,4 171.823,2 1,81 ALCOBAÇA 150.599 28.871,2 21.551,2 2.750,4 53.172,8 1,34 35,3% 14,3% 19,2% CARAVELAS 236.128 24.023,6 13.120,6 2.229,6 39.373,7 1,83 16,7% 5,6% 10,2% NOVA VIÇOSA 132.612 19.319,5 12.696,1 1.976,2 33.991,8 1,52 25,6% 9,6% 14,6% MUCURI 177.476 13.560,6 7.075,9 1.159,9 21.796,3 1,92 12,3% 4,0% 7,6% IBIRAPUÃ 78.606 8.421,9 4.988,7 860,2 14.270,8 1,69 18,2% 6,3% 10,7% TEIXEIRA DE FREITAS 115.379 2.517,6 2.098,4 340,9 4.956,8 1,20 4,3% 1,8% 2,2% VEREDA 82.870 1.008,2 2.356,7 68,5 3.433,4 0,43 4,1% 2,8% 1,2% PRADO 166.454 797,2 611,0 108,0 1.516,2 1,30 0,9% 0,4% 0,5% 98.519,7 64.498,5 9.493,7 172.511,9 1,53 Total Espírito Santo BAHIA Total Bahia MINAS GERAIS % do Município NANUQUE 151.537 4.230,9 3.928,7 332,2 8.491,8 1,08 5,6% 2,6% 2,8% CARLOS CHAGAS 319.885 2.434,1 2.883,1 271,5 5.588,7 0,84 1,7% 0,9% 0,8% 6.665,0 6.811,9 603,7 14.080,6 0,98 209.444,9 128.972,9 19.997,8 358.415,6 1,62 Total Minas Gerais TOTAL ÁREA CERTIFICADA UNIDADE BARRA DO RIACHO 8 1.2 Contatos na Organização para o Processo de Certificação Para o Processo de Certificação Florestal a Aracruz está disponível para contatos nos seguintes endereços: Marcelo Martins V. Carvalho - Gerente de Sistemas de Gestão – E-mail: [email protected] Rodovia Aracruz – Barra do Riacho, Km 25, S/N CEP 29197-000 ARACRUZ/ES Fone: (0**27) 3270-2749 Luciano Lisbão Junior – Gerente de Meio Ambiente e Segurança Florestal E-mail: [email protected] Rodovia Aracruz – Barra do Riacho, Km 25, S/N CEP 29197-000 ARACRUZ/ES Fones: (0**27) 3270-2888 2. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE MANEJO FLORESTAL E DOS SEUS PROCESSOS 2.1 Localização e Distribuição de Terras e Florestas Plantadas As áreas de Manejo Florestal da ARACRUZ CELULOSE S/A objeto desta Certificação, estão localizadas na região Extremo Sul da Bahia e Nordeste de Minas Gerais. A Tabela 1 anteriormente apresentada traz a distribuição de áreas da empresa por Estado e Município. A Figura 1 abaixo apresenta a localização das áreas da Aracruz no extremo sul da Bahia e Nordeste de Minas Gerais, objeto deste relatório. 9 Figura 1. Localização das áreas da Aracruz Celulose S.A. na regional BA (Estados da Bahia e Minas Gerais) 10 Histórico dos Plantios e Espécie Utilizada A Aracruz iniciou seus plantios de eucalipto no final da década de 60. A escolha desse gênero, originário da Austrália e da Indonésia, ocorreu em função do seu grande potencial de produção de madeira para fabricação de celulose, comparativamente a outros gêneros florestais. Os primeiros plantios foram realizados utilizando sementes do Horto Florestal de Rio Claro (SP). Naquela época, as espécies consideradas adequadas foram Eucalyptus grandis, E. saligna, E. urophylla e E. alba. Como eram estabelecidos a partir de plantas não melhoradas, os plantios obtidos apresentavam grande variação no crescimento e na forma das árvores. Além disso, a ocorrência do cancro (podridão do tronco) se tornou uma grande ameaça, inviabilizando o uso de algumas espécies, especialmente o E. saligna. A partir de 1973, portanto, foi necessário estabelecer um programa de pesquisa florestal, com foco no desenvolvimento de materiais genéticos adaptados e de práticas silviculturais adequadas. Após avaliação de 55 espécies de eucalipto, foi iniciado um programa de melhoramento genético envolvendo E. grandis, E. urophylla e o híbrido entre eles. Na década de 80, com o desenvolvimento da clonagem, muitas árvores superiores, resultantes deste programa, já podiam ser propagadas vegetativamente em escala comercial. Paralelamente, muitos avanços foram obtidos nas práticas de manejo, como resultados dos primeiros testes de espaçamento de plantio, preparo de solo e adubação. Na década de 90 houve a implantação do Projeto Microbacia, em uma área experimental com aproximadamente 300 ha, composta por um mosaico de plantios e de florestas nativas, dedicado ao entendimento das relações do eucalipto com o meio ambiente (especialmente água, solo e biodiversidade). A partir do monitoramento de um ciclo completo de cultivo do eucalipto nessa área, um rico banco de dados foi montado, permitindo a ampliação dos conhecimentos sobre a cultura e o aprimoramento das práticas de manejo florestal. 11 Todos esses esforços propiciaram ganhos significativos em produtividade dos plantios (de 6,4 tsa de celulose/ha/ano na década de 70 para 11,3 tsa de celulose/ha/ano nesta década) e qualidade da madeira, com minimização contínua de impactos ambientais. Atualmente, a Aracruz continua investindo em tecnologia florestal. A cada ano diversos projetos de pesquisa são conduzidos, nas áreas de melhoramento genético tradicional, biotecnologia, propagação de plantas, solos e nutrição vegetal, ecofisiologia vegetal, proteção florestal e biodiversidade, tendo como objetivo comum a obtenção de plantios sustentáveis de alto valor agregado, em termos de produtividade florestal e qualidade da madeira para a fabricação de celulose. 2.2 Descrição das Áreas Manejadas e recursos florestais As áreas manejadas diretamente pela ARCEL são as propriedades rurais próprias ou arrendadas da empresa, com suas diferentes classes de uso do solo. As áreas da Unidade Barra do Riacho da ARCEL são divididas em quatro Regionais: Regional Aracruz (AR), Regional São Mateus (SM), Regional Bahia (BA) e Regional Minas Gerais (MG). Todas as áreas são mapeadas na escala de 1:10.000 e classificadas como (a) Áreas de Produção de Madeira, (b) Áreas de Vegetação e Ecossistemas Associados, (c) Recursos Hídricos, (d) Áreas de Estradas ou (e) Outras Finalidades. A Unidade de Manejo Florestal da ARCEL é dividida hierarquicamente com base nas Regionais, seguidas das divisões detalhadas abaixo: •Áreas de Identificação (AIs): subdivisão das Regionais em blocos menores; •Talhões: subdivisão das AIs em blocos contíguos envolvendo vários usos diferentes; •Plantios: menor subdivisão operacional, agrupando polígonos de uso do solo que possuem uma mesma classificação. 12 O Manejo Florestal praticado no Programa Produtor Florestal não é contemplado pelo Plano de Manejo da Aracruz, apesar de ser considerado como fonte alternativa para suprimento de madeira da ARCEL, pois a responsabilidade pelo manejo florestal praticado no Programa é do produtor rural. No Programa Produtor Florestal, são estabelecidos contratos com produtores florestais da região, onde a ARCEL fornece as mudas e insumos, presta assistência técnica e garante a compra da madeira, podendo também financiar o plantio de acordo com a modalidade de contrato. Recursos Florestais Os recursos florestais manejados são as Áreas de Produção de Madeira e Áreas de Vegetação e Ecossistemas Associados existentes na Unidade de Manejo Florestal. Nas áreas de produção de madeira são realizadas operações de plantio e manejo do eucalipto. Nas áreas de vegetação são realizadas operações de recuperação ambiental e conservação. Os recursos florestais da ARCEL contribuem para a estabilidade ambiental (clima, solos, água e biodiversidade) das regiões onde se insere a Unidade de Manejo Florestal, além de prestarem serviços como: o seqüestro de carbono, valor paisagístico, educação ambiental, abrigo e proteção à fauna e flora nativas, fluxo gênico de fauna e flora, proteção do solo, produção de água, bem-estar das populações humanas e uso sustentável dos recursos naturais. 2.3 Situação Fundiária As áreas manejadas diretamente pela ARCEL podem ser próprias ou arrendadas, e encontram-se distribuídas espacialmente conforme a Figura 1 anteriormente apresentada. 13 Todas as áreas próprias foram adquiridas de seus legítimos proprietários e possuem registro em cartório. Os primeiros plantios da empresa datam de 1967, quando totalizavam uma área de 1.292 hectares, localizados na Regional de Aracruz. As atividades na Regional São Mateus tiveram início em 1978, e na Regional sul da Bahia em 1987. Em 2002 foram iniciados os plantios no Estado de Minas Gerais. As áreas arrendadas também possuem registro e contêm áreas de plantio, de preservação e reserva legal (averbadas ou a averbar), sendo arrendadas mediante contrato registrado em cartório. A Gerência de Meio Ambiente e Segurança Florestal, por meio do Setor de Terras, é responsável por garantir a dominialidade da base fundiária da empresa e controles adequados para gestões internas operacionais e sustentáveis. É também a Gerência de Meio Ambiente e Segurança Florestal a responsável pelo Licenciamento Ambiental dos plantios florestais. A averbação de Reserva Legal das áreas está sendo realizada de acordo com um cronograma para atender a legislação até 2016. 2.4 Ambiente natural Vegetação As áreas da ARCEL ocupam uma área de cobertura original de Mata Atlântica. O sistema vegetacional da região considerada inclui os seguintes tipos de vegetação: Região Fitoecológica da Floresta Ombrófila Densa: Formação de Terras Baixas, Formação Aluvial e Formação Secundária (estágio Avançado, Médio ou Inicial de sucessão); Sistemas Edáficos de Primeira Ocupação (Formações Pioneiras): Vegetação com influência marinha (Restinga), Vegetação com influência fluvial (brejos e alagados) e muçunungas. 14 A Aracruz não realiza conversão de florestas nativas para plantios florestais. Áreas caracterizadas como Formações Pioneiras também não são utilizadas. As florestas de formação aluvial geralmente ocorrem em áreas de preservação permanente, e tampouco são utilizadas para plantios comerciais. A empresa, por meio de seu Cadastro Florestal, mantém a tipologia detalhada das áreas de vegetação existentes. A nomenclatura e os parâmetros utilizados para classificar as áreas de vegetação da empresa são os seguintes: Estágio Avançado - formação secundária da mata atlântica que apresenta fisionomia arbórea dominante sobre as demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no porte, copas superiores horizontalmente amplas, diversidade biológica muito grande devido à complexidade estrutural (estratos herbáceo, arbustivo e um notadamente arbóreo). A fisionomia do estágio avançado é semelhante à da vegetação primária, que é a floresta ombrófila densa (mata atlântica) onde os efeitos das ações antrópicas são mínimos, a ponto de não afetarem significativamente suas características originais de estrutura e de espécies. Não há distinção na base cadastral entre vegetação primária e estágio avançado; Estágio Médio - formação secundária da mata atlântica que apresenta fisionomia arbórea e/ou arbustiva predominando sobre a herbácea, podendo constituir estratos diferenciados, com diversidade biológica significativa e subosque presente; Estágio Inicial - formação secundária da mata atlântica, que apresenta fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo, diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas ou arborescentes, espécies pioneiras abundantes e ausência de sub-bosque. Considera-se também como estágio inicial o tipo de vegetação fortemente alterado onde há predominância de indivíduos de porte herbáceo; 15 Restinga - vegetação que recebe influência marinha, ocorrente em praias, cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado; Brejo - terreno plano, constantemente alagado, que aparece nas regiões de cabeceira ou em zonas de transbordamento de rios. Os Brejos são áreas das planícies fluviais que refletem os efeitos das cheias dos rios nas épocas chuvosas, ou então das depressões alagáveis todos os anos. As formações vegetais vão de pantanosas herbáceas até arbustivas; Várzea - terrenos baixos e mais ou menos planos que se encontram junto às margens dos rios. Constitui, a rigor, na linguagem geomorfológica, o leito maior dos rios; Muçununga - ecossistemas típicos do sul e extremo sul do Estado da Bahia, formados em decorrência do impedimento físico do solo. A Muçununga pode ser formada por um extrato predominantemente herbáceo/subarbustivo com lacunas entre os maciços de vegetação onde há exposição de areia, ou por um denso maciço vegetacional onde é comum a ocorrência de arbustos e árvores em verdadeiras ilhas de vegetação; Afloramento Rochoso - áreas com exposição de rocha na superfície da terra. Relevo Em geral, as áreas da empresa encontram-se em relevo plano a suave ondulado (com declividade geral menor que 3%). Os taludes das drenagens podem ou não se caracterizar como grotas. O aproveitamento para o plantio florestal pode ser feito até o limite de declividade previsto pela legislação (45%). Entretanto, em algumas áreas onde predomina o relevo plano, os plantios são implantados preferencialmente em terrenos onde as operações são mecanizáveis (declividade < 25%). 16 No Cadastro Florestal as áreas de plantio são classificadas em Plana (área mecanizável) e Grota (área não mecanizável) , para fins de controle operacional. Encontra-se também disponível na área de Cadastro e Cartografia o mapeamento de relevo por meio da representação de curvas de nível de 5 em 5 metros, caso seja necessário um maior detalhamento ou estudo específico nas áreas da ARCEL Solos O primeiro levantamento de solo nas áreas da empresa foi realizado pelo professor Ranzani em 1969. O mapeamento de solos da empresa foi realizado através de parcerias com a Embrapa (1988 a 2004) e as Universidades Federais de Lavras e de Viçosa (2002 a 2004). Para a UBR, a empresa dispõe de informações digitais, em semi-detalhe, para uma área em torno de 200.000 ha de efetivo plantio. Esses levantamentos concluíram que a totalidade das áreas de plantio da empresa na UBR está situada no domínio dos Tabuleiros Costeiros, unidade geomorfológica posicionada no sentido norte-sul da costa brasileira (desde o Estado do Rio de Janeiro até o Amapá). De modo geral, os solos da empresa são na maioria ácidos, profundos, muito intemperizados, bem drenados, pobres em minerais primários fornecedores de nutrientes, pobres em matéria orgânica, de baixa fertilidade natural, coesos, resistentes à erosão e à compactação, muito duros quando secos e bastante friáveis quando úmidos. Um ponto importante identificado a partir da interpretação desses levantamentos é que a silvicultura com a finalidade de produzir madeira para fins industriais tem sido uma das opções mais importantes do ponto de vista de negócios e aquela que mais se ajusta à vocação natural da Região dos Tabuleiros Costeiros do Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia. Os critérios de seleção de áreas para plantio e as recomendações de algumas práticas silviculturais, como preparo de solo e adubação, são estabelecidos com base no tipo de solo de cada talhão. 17 As classes de solos dominantes nas áreas da ARCEL são: Argissolo Amarelo - é a classe de solo dominante em todas as regionais. São solos coesos, bem drenados, ocupam diferentes posições do relevo e a textura do horizonte B varia de média a muito argilosa com predomínio de textura média. Inclui solos com horizonte B textural, com baixos teores de ferro, que se apresentam bastante adensados quando secos. Sua permeabilidade é baixa, tem teores elevados de caulinita; Argissolo Vermelho - ocorre esparsamente nas regionais São Mateus e Bahia (incluindo áreas de Minas Gerais), sendo facilmente visualizado pelo contraste da cor vermelha em relação à cor amarela amplamente dominante na paisagem dessas regiões. A textura é média ou argilosa na superfície, com incremento no teor de argila em profundidade para argilosa ou muito argilosa; Argissolo Acinzentado - ocorre nas partes mais baixas da paisagem, em áreas levemente abaciadas. As cores acinzentadas abaixo do horizonte superficial são indicativas de falta de oxigênio sazonal para as raízes do eucalipto, ajudando a explicar as mortes destas plantas neste ambiente; Espodossolo - Apresenta acentuada pobreza de macro e micronutrientes e elevada acidez, além de problemas de drenagem nas áreas onde o horizonte Bir está muito endurecido e encontra-se próximo à superfície. Devido à sua textura arenosa, é baixa a retenção de água, o que acarreta uma intensa lixiviação na época de chuvas e ressecamento rápido durante o período seco; Latossolo Amarelo - São solos com horizonte B latossólico, coesos, bem drenados, cuja textura varia de média a argilosa. Ocorre ao norte e noroeste da área da regional Aracruz e em áreas muito restritas nas filiais de São Mateus, do Sul da Bahia e de Aracruz (ES). É um solo altamente intemperizado que apresenta baixa fertilidade natural e possui boas condições físicas e relevos muito favoráveis à mecanização. 18 Clima O clima predominante nas áreas da ARCEL é tropical úmido, com estação chuvosa no verão e seca no inverno. Em áreas mais próximas ao litoral e ao longo de toda a costa a precipitação é mais bem distribuída ao longo do ano, e não há uma estação seca pronunciada. A distribuição climática, em termos de precipitação pluviométrica e temperatura, não ocorre de forma homogênea entre regionais e mesmo na própria regional. A variação climática ocorrente nas áreas da ARCEL é determinada mensalmente pela empresa gerando mapas de superfície climática. Recursos Hídricos Disponíveis Assim como a malha viária, a informação sobre recursos hídricos é mantida em dois níveis de dados. Todos os polígonos que representem Recursos Hídricos (p.ex. Alagado, Lago, Canal e Rio) são mantidos como registros no Cadastro Florestal. Esses registros fazem parte do controle do uso e ocupação do solo. A empresa mantém também um nível de dados que representa os eixos de rios e córregos existentes nas áreas da empresa para fins de planejamento ambiental, definição de áreas de preservação e estudos hidrológicos. A ARCEL mantém o controle da sua base florestal por bacia hidrográfica definida por legislação. Também é mantido o controle da área de contribuição hídrica dos bueiros existentes na Unidade de manejo florestal. 2.5 Sistema de Malha Viária A malha viária utilizada pela empresa para a realização das operações florestais é composta por estradas federais, estaduais, municipais e próprias. Estas últimas são mantidas como registros no Cadastro Florestal, classificadas como Áreas de Estradas, 19 compondo o uso do solo na Unidade de Manejo Florestal da ARCEL. As áreas de estradas próprias são divididas em: Aceiros Internos, Aceiros Externos e Carreadores (ou Estradas Secundárias). Este formato é utilizado para receber apontamentos de operações exclusivas de estradas, como, por exemplo, manutenção de aceiros. A ARCEL também mantém um controle sobre os eixos da malha viária existente. Nesse nível são considerados todos os tipos de estradas usados, visando principalmente o estudo e planejamento do transporte rodoviário da madeira trazida para a fábrica. O traçado de estradas e aceiros nas áreas da ARCEL é feito de acordo com procedimentos internos de planejamento de uso do solo. A empresa também estabelece seus padrões básicos necessários à execução das atividades de abertura, construção e conservação de estradas principais, secundárias e aceiros, permitindo que a trafegabilidade de máquinas e veículos seja contínua, ágil e segura. 2.6 Locais de Interesse Comunitário Os locais de interesse comunitário são aqueles, nas áreas de influência direta e entorno imediato dos plantios da empresa, que possuem um especial significado para a comunidade local ou a sociedade em geral, como por exemplo: sítios arqueológicos, locais de especial significado histórico, áreas de convivência social e lazer, sítios religiosos, áreas de serviços públicos e locais de realização de atividade não-predatórias de subsistência das comunidades. Essas áreas são reconhecidas por meio de estudos e diagnósticos específicos, além de informações operacionais. Os locais de interesse especial - social são mapeados pela empresa. 20 2.7 Perfil e Condições Sócio-econômicas das Áreas adjacentes Em geral, as áreas adjacentes às áreas manejadas pela ARCEL são propriedades rurais que desenvolvem atividades como criação de gado, fruticultura, cultivo de gêneros alimentícios, ou plantios florestais de outras empresas ou mesmo de produtores contratados pelo Programa Produtor Florestal. Algumas comunidades rurais encontram-se próximas às áreas manejadas pela ARCEL. Em geral, essas comunidades apresentam indicadores sociais que apontam para baixos níveis de qualidade de vida e desenvolvimento socioeconômico local. A ARCEL procura contribuir para a inserção desses indivíduos por meio de ações sociais realizadas em parceria com as comunidades e por meio da geração de oportunidades de emprego, principalmente com os fornecedores da cadeia produtiva da ARCEL. As intervenções de cunho social e de comunicação são realizadas conforme procedimentos internos de Ação Institucional e Relações Socioambientais com Partes Interessadas. Para reconhecer a realidade local são utilizados dados primários e secundários coletados nas instituições formais de estatística e por meio de entrevistas com as populações. Em comunidades prioritárias, são produzidos diagnósticos socioeconômicos e avaliados os impactos positivos e negativos das operações ou projetos da ARCEL. Esses estudos demonstram o contexto real das localidades principalmente sob os seguintes aspectos: educação, trabalho e renda, demografia, economia, saúde e serviços sociais, habitação, cultura e lazer, saneamento, segurança pública, finanças públicas, lideranças comunitárias e políticas, comunidades tradicionais, tradição e simbologia local. Atualmente a ARCEL possui cerca de 170 localidades vizinhas. Devido aos projetos corporativos de expansão de atividades, esse número está em constante atualização e, conseqüentemente, cada nova localidade passa pelo processo avaliativo descrito acima. 21 As prioridades de atuação do investimento social da Aracruz são intervenções em educação e geração de trabalho e renda. A Aracruz reconhece seu papel como um dos agentes mobilizadores de articulações em rede, aliando o setor privado, a sociedade civil organizada e a governança pública para proporcionar transformações positivas das realidades locais na área de entorno de suas operações. 2.8 Direcionador Estratégico para o Investimento Sócio-ambiental Após um processo iniciado há dois anos, que teve como objetivo a revisão dos conceitos e práticas relacionados a ação sócio-ambiental da empresa, ficou bastante evidente a necessidade de uma mudança na sua estratégia de atuação para atender aos preceitos do desenvolvimento sustentável. A nova estratégia, que garante a sustentabilidade para os projetos sócio-ambientais da Aracruz, orienta que estes estejam alinhados com o negócio da empresa (o seu core business de plantio de eucalipto), ou seja, que se integrem aos objetivos e metas dos seus processos de produção, especialmente na área florestal. Este alinhamento passa a ser o novo direcionador para o investimento sócio-ambiental da empresa.. Tomou-se como premissa o fato de que o plantio de eucalipto é uma atividade intimamente ligada e dependente da biodiversidade e que a atividade florestal é totalmente interdependente com a vida das comunidades na região onde ela acontece. Assim sendo, a conservação e o uso sustentável dos ecossistemas aonde os plantios florestais estão inseridos faz parte integrante do negócio da empresa e têm a capacidade de interligar todos os projetos sócio-ambientais da empresa. Portanto, o novo direcionador e integrador das ações sócio-ambientais indica que todas elas terão como objetivo principal a conservação e a recuperação dos ecossistemas regionais (Mata Atlântica ou pampas) e impôs um processo de revisão do modelo de relacionamento com as comunidades vizinhas e as partes interessadas. 22 Socialmente, estas novas definições implicaram na necessidade de revisar as metodologias de abordagem e desenvolvimento dos projetos comunitários e, por conseguinte, a estrutura de gestão para garantir a sua plena implantação dentro do conceito da sustentabilidade. Além disto, as ações e projetos devem ainda ser estruturantes para a economia local, combinando a característica de investimento social e o empreendedorismo das comunidades envolvidas na sua execução. Basicamente, os projetos estão agrupados em três eixos principais para o direcionador. Cada um destes três eixos terá objetivos específicos e unidades de monitoramento definidas para cada um deles. Através de indicadores previamente estabelecidos, os resultados serão analisados para avaliar sua contribuição para o alcance do objetivo estratégico. Neste sentido, a carteira de projetos da Aracruz ganha o caráter de um todo integrado e não simplesmente o somatório de dezenas de projetos isolados. Os três eixos são: Econômico (geração de trabalho e renda) Biodiversidade e recursos hídricos Educação Sócio-ambiental Atualmente a empresa é parceira de importantes e bem sucedidos projetos, porém não exatamente na escala em que pretendemos contribuir. A idéia é potencializar aqueles que estão alinhados com esta estratégia e , gradualmente ir adequando os demais sempre seguindo um processo participativo com as comunidades envolvidas.. A implementação desta nova visão está em andamento e a estrutura de gestão está sendo revisada contando com os recursos financeiros orçamentários e, sempre que possível, fazendo parcerias para captação junto às fontes existentes. 23 Foi criado um Grupo de Trabalho envolvendo profissionais das diversas áreas da empresa com a missão de coordenar este processo. Este Grupo tem a consciência da importância do seu papel para o futuro da empresa e de toda a sua região. Desta forma, a Aracruz Celulose acredita estar dando mais um passo para a sustentabilidade de suas operações e contribuindo para a disseminação deste conceito na sociedade brasileria. 3. PROCESSO DE AVALIAÇÃO 3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação O processo de avaliação foi efetuado com base no Escopo de Certificação descrito acima, e conforme o Padrão Normativo NBR 14.789:2007 – Manejo Florestal – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais conhecido como CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e partes interessadas( universidades, laboratórios, organizações não governamentais e outros ). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/NOS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. A Norma NBR 14.789:2007 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial Temporária (CEET) de Manejo Florestal, formada por especialistas brasileiros representantes dos setores envolvidos. Este Padrão Normativo faz parte do Sistema Brasileiro de Certificação, em que o INMETRO estabelece as regras para o processo de Certificação. 24 A norma de certificação florestal CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e requisitos legais, ambientais e sociais a serem desenvolvidos e no processo de avaliação verificados na empresa e nas unidades de manejo objeto da certificação. São ao todo 05 Princípios, relacionados às atividades de manejo florestal, como indicado a seguir: Princípio 1: Cumprimento da Legislação; Princípio 2: Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, médio e longo prazos, em busca da sua sustentabilidade; Princípio 3: Zelo pela diversidade biológica; Princípio 4: Respeito às águas, ao solo e ao ar; Princípio 5: Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em que se insere a atividade florestal. Os princípios estabelecidos nesta norma constituem a referência para o manejo florestal. Os princípios são desdobrados em critérios, que são a expressão dos requisitos que descrevem os estados ou dinâmicas de um ecossistema florestal e do sistema social a ele associado. A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante a avaliação do atendimento de um conjunto de indicadores específicos, que podem ser quantitativos ou qualitativos. Dependendo da localização e da finalidade da unidade de manejo florestal, nem todos os indicadores serão aplicáveis. Contudo será sempre necessário avaliar todos aqueles pertinentes à situação local. 25 3.2 Identificação do OCF – Organismo de Certificação O BUREAU VERITAS CERTIFICATION está credenciado pelo INMETRO para realização de certificações de manejo de florestas plantadas com base na norma NBR 14789:2007, podendo emitir certificados com a logomarca deste organismo credenciador. O objetivo do BUREAU VERITAS CERTIFICATION é realizar serviços de certificação com alta credibilidade sendo este o motivo pelo qual optou em realizar tais certificações de acordo com os requisitos do Sistema Brasileiro de Certificação. Dados para Contato Escritório São Paulo: BUREAU VERITAS CERTIFICATION Sr. Francisco Nogueira - Technical Manager-Brazil / ICC-LAZ Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar 04311-000 SÃO PAULO/SP Fone: (0**11) 5070-9800 Fax: (0**11) 5070-9000 E-mail: [email protected] 3.3 Responsável pelo OCF BUREAU VERITAS CERTIFICATION Sr Luiz Binato (Diretor de Certificação) Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar 04311-000 SÃO PAULO/SP Fone: (0**11) 5070-9800 Fax: (0**11) 5070-9000 E-mail: [email protected] 26 3.4 Descrição do Processo de Auditoria Em 2003 a Aracruz Celulose recebeu seu primeiro certificado pelo CERFLOR, para suas plantações florestais nos estados da Bahia. No ano de 2005 as plantações florestais do estado de Minas Gerais foram cobertas pela certificação através de um processo tecnicamente denominado “Extensão de escopo”. Em ambas certificações foram realizadas consultas públicas no sentido de se ouvir as partes interessadas com relação aos princípios do CERFLOR. A auditoria conduzida em agosto de 2008 teve como objetivo avaliar o atendimento da Aracuz Celulose frente aos Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR 14789/07, em processo denominado Re-certificação, o que significa o início de um novo ciclo de 5 anos, prazo de validade estabelecido pelo INMETRO para os certificados do CERFLOR. Pelas regras estabelecidas, as auditorias de re-certificação devem necessariamente incluir reuniões públicas entre o Bureau Veritas Certification e as partes interessadas da Aracruz Celulose. Na auditoria deste ano o manejo florestal nos estados da Bahia e Minas Gerais foram avaliados em conjunto, tornando o processo único. O processo de auditoria de re-certificação do CERFLOR compreende: Definição de equipe de auditoria; Planejamento e realização das reuniões públicas; Planejamento geral da auditoria; Avaliação documental quanto ao atendimento do CERFLOR; Avaliações de campo quanto ao atendimento do CERFLOR; Emissão de presente relatório; Planejamento de auditoria de follow-up; Emissão de relatório final após avaliação de ações corretivas. 27 3.4.1 DEFINIÇÃO DE EQUIPE DE AUDITORIA A seguinte equipe foi designada para a realização desta auditoria: Nome Função na Equipe Formação Acadêmica Alexander Vervuurt Auditor Líder Engº Agrônomo Rubens Ferreira Auditor Engenheiro Químico Antônio Oliveira Auditor Engº Florestal Pedro Silveira Auditor Engº Florestal 3.4.2 REUNIÕES PÚBLICAS As reuniões públicas têm como objetivo identificar recomendações e questionamentos das partes interessadas, referentes aos princípios do CERFLOR, permitindo ao Bureau Veritas Certification avaliar, durante o processo de auditoria, as questões relevantes registradas. É importante esclarecer que a empresa auditada não participa ativamente das reuniões em função do objetivo destas. Foram realizadas cinco reuniões públicas conduzidas pelos membros da equipe de auditoria. A escolha dos municípios foi feita em função da representatividade regional destes, considerando ainda as atividades da Aracruz Celulose, facilidade de acesso e existência de instalações adequadas para a realização das reuniões. Os municípios escolhidos foram: Nova Viçosa, BA, Caravelas, BA, Alcobaça, BA, Ibirapuã, BA e Nanuque, MG. 28 A documentação gerada no planejamento e realização das reuniões públicas compreende: convites emitidos, questionários de consulta pública preenchidos por partes interessadas, listas de presença nas reuniões públicas e Questionamento de partes interessadas. Todos estes registros estão mantidos pelo Bureau Veritas Certification como parte do processo de auditoria da Aracruz Celulose. Os questionamentos pertinentes, gerados nas reuniões públicas, foram inseridos neste relatório em seu capítulo 4, contemplando as respostas da Aracruz Celulose, assim como avaliação por parte do Bureau Veritas Certification. É importante ressaltar que apenas questões relacionadas aos Princípios de CERFLOR foram inseridas neste relatório. 3.4.3 PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DA AUDITORIA Período: 11/08/2008 a 15/08/2008 De acordo com e Escopo de Certificação, foram executadas as seguintes atividades: análise da documentação, verificações em campo, entrevistas com colaboradores da empresa e prestadores de serviços. Foi também avaliado o parecer da empresa sobre os questionamentos, recomendações e comentários das partes interessadas identificados nas Reuniões Públicas, referentes ao manejo florestal da empresa frente os critérios do CERFLOR. Como todo o processo de Auditoria, as avaliações ocorreram conforme plano de auditoria estabelecido previamente, considerando o tamanho e complexidade das atividades da empresa e caráter amostral de um processo de auditoria. A próxima seção traz o relatório detalhado da auditoria realizada na empresa. 29 3.5 Relatório Detalhado 3.5 Relatório Detalhado PRINCÍPIO 1 Processo Gerir sistemas de controladoria Aracruz Celulose S/A - CNPJ: 42.157.511/0001-61: - Certidão Positiva com Efeitos de Negativa de débitos relativos às contribuições previdenciárias e às de terceiros nº 035262008-07001110 - válida até 16/09/08; - Certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa de débitos relativos aos tributos federais e à dívida ativa da união - código de controle da certidão: Certificação número: 411F.BD0B.0CF7.14D0 - válida até 18/01/09; - Certificado de Regularidade do FGTS - CRF - 2008081108335405707650 - válida até 09/09/08; - Certidão Positiva de Débito Fiscal com Efeitos de Negativa - Número: 66/2008 - válida até 23/09/2008; - Certidão Positiva com Efeito de Negativa de Débitos nº 1908/2008 - emitida em 11/08/08. Processo: Gerenciar Relações com Empregados Verificados os Acordos Coletivos 2007/2008 realizados junto ao SINTIEMA, SINTRAL, SINTREXBEM E SINTICEL 30 PRINCÍPIOS 1 e 4 Processo: Produzir e suprir madeira Município de Ibirapuã: 1)Área 627 – Talhões 03 e 05 – Manejo Ambiental de acordo com Plano de Manejo; 2)Área 628 – Talhão 08 – Adubação com 90 dias – Terceiro: Carpelo – Verificado: - Existência de banheiro químico; - Utilização adequada de epi’s; - Treinamento Operacional; - Mapa de riscos ambientais – adubação mecanizada – mapa nº 6; - Análise Prevencionista de Atividades – APA nº 002 rev.: 06; - Transporte de alimento realizado de forma adequada; - Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga - RNTRC p/ o veículo chapa MPB-5760 – válido até 18/07/10; - Certidão de autorização para o transporte de pessoas (de acordo com a Resolução CONTRAN 82/1988) emitida em 28/03/08 pela Secretaria de Administração. – Depto Estadual de Trânsito – 24º CIRETRAN – Teixeira de Freitas; - Carteira Nacional de Habilitação e Certificado de Capacitação de Condutor de Veículos de Transporte Coletivo de Passageiros nº 0025. 3) Área 744 – Recuperação de áreas de empréstimo – Terceiro: Local Service: - Acompanhamento das atividades de extração de argila; - Gerenciamento de resíduos; - Existência de banheiro químico; - Controle de documentos; - Treinamento Operacional; 31 - Existência de banheiro químico; - Utilização adequada de epi’s; - Manual de Procedimentos de Terraplenagem ARC 02; - PR-OPE-002 rev.: 00 – Construção e Conservação de Estradas – Encascalhamento; - IT-OPE 013 rev.: 00 – Exploração de jazida - PR-OPE-003 rev.: 00 – Construção e Conservação de Estradas - Regularização - Monitoramento da temperatura das refeições; - Mapeamento de Riscos – Construção e Manutenção de Estradas; - Análise Prevencionista de Atividades – Construção e Manutenção de Estradas – APA 03. PRINCÍPIO 5 Processo: Gerir sustentabilidade Verificado O Plano de Apoios e Projetos Sociais 2008 contemplando: - Apoiar a capacitação profissional e o processo de ensino e aprendizagem; - Apoiar programas em saúde preventiva; - Apoiar programas de inclusão social; - Apoiar programas de protagonismo social; - Apoiar programas de segurança alimentar e arranjos produtivos locais; - Apoiar atividades culturais, esportivas de lazer e tecnológicas; - Apoiar infra-estrutura educacional; - Apoiar infra-estrutura de saúde pública; - Contribuir para a melhoria da segurança pública. Avaliado o Projeto Apicultura Solidária, através da contextualização do mesmo, do relatório 2007 e do Inventário de Apicultura 2008. 32 Verificado o Relatório Final do Projeto Integrado de Manejo e Monitoramento para Uso Sustentável pelas Populações Ribeirinhas no Manguezal de Caravelas - BA, "Projeto Manguezal" Verificada adequação dos projetos sociais in loco através das visitas realizadas a: - Associação Comunitária de Portela - Projeto: Agricultura familiar; - Viveiro Comunitário de Ibirapuã. PRINCÍPIO 2 Processo: Produzir e suprir madeira Plano de manejo florestal: Verificado o documento PL/PSM-002-UBR: Plano de Manejo Florestal, revisão 07. Evidenciado o atendimento aos seguintes itens: - esquema de manejo florestal a ser implementado: reforma ou rebrota conforme estabelecido nos Direcionamentos Operacionais (FO/PSM-001) - viabilidade econômica do PMF: baseada na necessidade de abastecimento de 03 fábricas (A, B e C). - sistema de malha viária nos mapas: Cadastral e de Vegetação. - mapas das áreas de manejo florestal com indicações da ocupação e uso da terra - Programa plurianual de colheita, plantio, reforma, rebrota e manutenção: verificado o Plano de suprimento de Madeira de Longo Prazo alternativa 2007-002 de set/2007. - fontes alternativas de abastecimento de matéria prima florestal: relatório gerencial da PSM. - ART em nome da engenheira florestal Ana Paula Corrêa do Carmo - resultados de monitoramentos incorporados ao plano de manejo: alteração do espaçamento e implantação operacional; 33 - divulgação do plano de manejo: folhetos de educação ambiental de fevereiro a julho/2008; folheto do manejo florestal da Aracruz Celulose; informativo Parceiro de Raiz de julho/agosto/2008. - gráfico demonstrativo de acidentes próprios e terceiros de 1998 até 2007. PRINCÍPIOS 2 E 4 Viveiro florestal município de Aracruz: Depósito de fertilizantes: São armazenados fertilizantes (nitrato, fosfato, potássio e micronutrientes). O local é um galpão fechado, piso impermeabilizado, tela de proteção. Observados mapa de risco, fichas dos produtos e extintores de incêndio com inspeção mensal realizada. Verificado os certificados de calibração das balanças realizada pela empresa Sindus Manutenção e Sistemas Industriais: - Filizola , modelo BP15, número de controle: 73154/01, certificado SS: 38169 - Welmy, modelo R100, número de controle: 7036476, certificado SS: 30308 Depósito de produtos químicos: neste são armazenados fungicidas, acaricidas, inseticidas e herbicidas. O local é um cômodo fechado, com piso impermeabilizado, ventilado, iluminado. Verificado as fichas de segurança dos produtos, mapa de risco, e extintores de incêndio com inspeção mensal realizada. Monitoramento e medição: Verificado o procedimento MT-PSM-002: Manual do viveiro, revisão 10. Evidenciado o monitoramento da produção de mudas MACRO do lote 12126 referente aos itens: preparo de mudas, incidência de fungos, controles fitossanitários, pré-seleção e seleção. 34 Verificado os resultados de monitoramento do viveiro realizados mensalmente para os efluentes de irrigação, efluente doméstico e lavagem de tubetes. Trimestralmente é realizado o monitoramento do córrego dos fundos. PRINCÍPIO 3 Processo prover tecnologia Controle de pragas e doenças (UBR): Os principais trabalhos realizados relativos a doenças são: - Ferrugem do eucalipto - Doenças vasculares (murcha do eucalipto e murcha bacteriana) - Desfolha do eucalipto Os principais trabalhos relativos a pragas são: - Formigas cortadeiras - Lagartas desfolhadoras - Besouros desfolhadores A empresa terceirizada Equilíbrio realiza o monitoramento de campo da ocorrência de pragas, doenças e ervas daninhas, percorrendo cada talhão pelo menos de 2 em 2 meses. Os dados obtidos são lançados no sistema Focos (software) da Aracruz. Observado o sistema SDD (solicitação de demandas de desenvolvimento) no qual qualquer funcionário pode solicitar uma análise ou diagnose de um problema relativo a doenças, pragas e doenças. 35 Verificado na planilha consumo de formicida anual o resultado do monitoramento referente ao consumo de 2002 até 2007 evidenciando uma redução no consumo de 9,55% na formação e 46,5% na manutenção das florestas. Verificado o controle do Gorgulho (besouro desfolhador) realizado através da introdução da vespa (Anaphis nitens), inimiga natural do besouro. Esta parasita os ovos do gorgulho impedindo sua disseminação. Verificado a percentagem de áreas de plantio afetadas por doenças e pragas entre 2004 e 2006 reportando uma média de 0,20% e 2,80% respectivamente. PRINCÍPIO 3 Recursos hídricos Evidenciada definição do projeto P2008-09 (Microbacias UBR e UG) para instalação de nova microbacia na região de UBR. As etapas já concluídas são: Planejamento macro Seleção da Microbacia Levantamento planialtimétrico UG1 Levantamento hidrogeológico UG 1 e UG2 Outros, conforme demonstrado no projeto A instalação da MB foi definida como projeto, com etapas definidas e acompanhamento de cronograma. Avaliado relatório contendo resultados de monitoramento de recursos hídricos nos seguintes pontos: Teixeira de Freitas área 605 (superficial) divisa com área 190. Ibirapuã: piezômetro na área 625, entre talhões 12 e 13 Mucurí: área 30, talhão 32 piezômetro e superficial 36 Cantagalo, caminho para Alcobaça: 653, próxima ao talhão 6, superficial Monitoramento de recursos edáficos: Evidenciada apresentação elaborada para a diretoria em 2007, a respeito da qualidade dos solos da Arcel, abordando os temas compactação, fertilidade, matéria orgânica, entre outros. Foram evidenciadas as seguintes pesquisas na área de solos: P2007-07: Ajuste do modelo de cálculo do Índice de qualidade do solo (SIMOQS), com inclusão de indicadores microbiológicos. Matéria orgânica em solos sob plantio de eucalipto. Evidenciado monitoramento dos projetos relacionados acima ao longo do tempo. PRINCÍPIO 5 Processo: Gerir sustentabilidade Este processo estava passando por profundas modificações com contratações recentes de novos profissionais. Foi evidenciado um plano de ação para redefinição dos sub-processos relacionados. A gerência de sustentabilidade está sendo reestruturada com parte da equipe de profissionais contratados recentemente, o que torna maior o desafio de estabelecimento dos processos pretendidos. Uma parte das atividades ligadas à antiga área MARC foi redirecionada para outras gerências, como condução de programas de educação ambiental, coordenação do PMA (acompanhamento de ações ambientais), sendo que outros processos estão sendo acumulados pela diretoria de sustentabilidade, como representação junto a alguns comitês e gestão de risco corporativo. 37 Foi feita uma verificação nos temas do Plano de Melhorias Ambientais (PMA), com ênfase em redistribuição das atividades relacionadas, de onde se conclui que as atividades continuam sendo realizadas, como por exemplo, o Programa de Educação Ambiental para comunidades na Bahia. Evidenciado o plano geral de doações políticas, com classificação dos municípios de acordo com procedimento estabelecido. Analisados os seguintes procedimentos: Indicadores do processo Gerir Relações e Demandas Sócio-ambientais com |Partes Interessadas E/GS-004, rev. 01 PO/GS-005, rev. 04 – Comunicação com partes interessadas Item 5.1 Parte interessada / Área encontra-se desatualizado citando gerencia corporativa de meio ambiente, gerência de silvicultura e viveiro. Tabela item 5.4 Instrumentos pró-ativos de consulta desatualizados, citando gerências que também não existem mais. PRINCÍPIOS 2, 4 E 5 Processo: Produzir e suprir madeira Planejamento, programação de combate à formiga. A principal praga para a floresta se constitui em alguns tipos de formiga (saúva e tanajura, principalmente), que são controladas através de formicida (Sulfuramida), na busca do equilíbrio entre o consumo mínimo deste com pequenos focos controlados de formigas, que demonstra a eficácia destas atividades. 38 O planejamento evidenciado estabelece avaliações bimestrais em cada talhão, espalhados pelas regionais denominadas de Aracruz, São Mateus e Bahia, tendo sido evidenciada sua implementação. Os estudos, neste sentido, incluem parcerias com universidades. Com relação aos aspectos ambientais, estas atividades atendem à condicionante 3.12 da RLO 002/04 do IDAF, que requer o monitoramento semestral da água superficial e subterrânea (lençol freático), fauna e solo, cujas evidências estão sendo concluídas através dos relatórios que estão sendo gerados. Silvicultura Local - Alcobaça Foram visitadas as áreas 175 e 687 e os talhões 24, 4 e 5, respectivamente, onde foram verificadas a atividades de preparo do solo pela empresa Carpelo, através da eliminação química da cepa, conforme a OS 026820 e 026911. Foram verificados os registros de treinamento da empresa terceirizada. A eficácia deste processo é medida através do indicador baseado no BDT. A Aracruz verifica as atividades realizadas por terceiros, por meio de um check list. A eficácia deste processo é medida pelo indicador que expressa o previsto e o realizado. PREPARO DO SOLO Verificado em campo abertura de área de empréstimo localizada na AI 129, talhão 8, em área de plantio com aproximadamente 0,30 ha, para a extração de 6000 m³ de argila. A recuperação será realizada conforme ficha de registro e controle de áreas de empréstimo (MT/PSM-008 ) em seu anexo. Constatados os treinamentos abaixo na empresa TERCOL, executora dos trabalhos. Evidenciado Procedimento Manual de Estradas - versão 03 5.1- práticas ambientais. 5.1.1- descarte de resíduo. 39 5.1.1.2 - lavagem de máquinas. derramamento de óleo. controle de fumaça preta. subsolagem e fosfatagem. Verificado na AI 130 talhão 07, sendo realizado com trator Valmet traçado, sendo determinada a profundidade mínima de 50 cm e o fosfato a 20 cm de profundidade, sendo feitas verificações pela ficha de avaliação da operação de subsolagem . Atividade ocorrendo de acordo com Procedimento da operação - IT/PSM-022 (preparo de solo), item 5.1.3.3 - definição do tipo de solo (neste caso solo G2). A aferição da dosagem está sendo feita conforme OS 026732 até 31.08.08. Processo: Gerir Sustentabilidade Comunidades Quilombolas Foi visitada a comunidade Ribeirão, tendo sido evidenciada, através de entrevistas na comunidade, a assistência recebida da Aracruz e a sua satisfação no relacionamento com a empresa. PRINCÍPIO 5 Processo: Gerir questões jurídicas e procedimentos legais Consiste em verificar juridicamente as atividades de expansão dos limites da empresa, fornecendo informações para cartografia e demais questões ligadas ás comunidades, definidas no procedimento "Gerir questões jurídicas e procedimentos legais".Po/PGN 003 rev 14 de 21/07/2008, que estabelece os critérios para acessar e identificar a legislação aplicável, 40 fornecendo dados à empresa Ius Natura que identifica a legislação ambiental, de saude e segurança do trabalho, fornecendo mensalmente um CD atualizando a legislação. A evidência de atualização da legislação e verificação quanto ao seu atendimento se dá através da Planilha CAL (sistema de atualização e gerenciamento quanto ao atendimento de requisitos legais), pertinente às atividades florestais da Aracruz. Foi evidenciada a portaria 39 de 29/09/2005, que estabelece o monitoramento das áreas demarcadas dos quilombolas e das comunidades remanescentes de quilombos, denominadas de áreas tituladas. Foi evidenciada sistemática de recebimento e resposta de demandas de órgãos públicos (sistema denominado Espaider) Licenciamento Ambiental Florestal 1. Verificadas as seguintes licenças do Estado da Bahia: - Licença de Operação 847/01 válida até 10/08/06. Verificado protocolo de renovação do dia 11/04/06 processo 2006-001968/TEC/IRLO-022; - Licenças de Operações: - 8124/07; - 8130/07; - 8131/07; 8129/07 (vencimentos em 22/04/11); - Verificado o protocolo de renovação, processo 2005 005712/TEC/LO-0110 de 07/12/05, para as licenças de instalações 3083/03, 3217/03, 3687/03 e 3688/03; 2. Verificado as seguintes licenças do Estado de Minas Gerais: Licenças ambientais 157/04 e 158/04 com vencimento em 14/12/08, Licença 030/04, protocolo de renovação E062746/2006 do dia 18/08/06 gerou a nova licença LO 016 de 09/07/08, válida por seis anos. 41 Verificadas as taxas recolhidas ao IBAMA, posição em 30/06/08, dos CNPJs: 42.157.511/0001-61 (Fábrica - ES); - 42.157.511/0029-62 - (Conceição da Barra - MG); 42.157.511/0038-53 (Nanuque – MG); - 42.157.511/0030-04 (Bahia). Verificado a melhoria no gerenciamento das licenças ambientais através do novo sistema de gestão - SIGA. Demandas Ambientais Bahia - Verificada a Notificação 2008-002561/TEC/NOT-0832. Verificado Fax de 06/08/08 sobre o atendimento da notificação, processo 2004-006970/TEC/LI-0064. Verificações dos atendimentos as condicionantes de licenças ambientais (Florestais) Registros do atendimento das condicionantes das licenças ambientais estão no sistema eletrônico - DATALIC. Anualmente são enviados e protocolados nos Órgãos Ambientais dos Estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo os relatórios técnicos sobre o acompanhamento do atendimento das condicionantes das licenças ambientais, relatórios verificados: - Relatório Técnico de Garantia Ambiental - RTGA/BH 2007, protocolado no CRA em 27/02/08; - Relatório Técnico Ambiental - RTA/ES 2007, protocolado no IDAF sob o número 06168/08 no dia 02/04/08; - Relatório de Avaliação do Desempenho Ambiental - RADA/MG 2007, protocolado no IEF no dia 27/03/08. Condicionantes verificadas: LO 8124/07 – Terminal de Barcaças 42 Itens verificados: Item II e Item VII - Plano de recomposição da vegetação – PRAD jazida AI 085 e Implantar Cinturão Verde com espécies nativas e exóticas, comunicações GMASF 184/07 e 183/07. Item III e Item VIII – Implantado na obra – Acesso da população local para a catação de mariscos na área de manguezal e pátio de estocagem de madeira no mínimo a 50 metros do manguezal. Item IV - Programa de Educação Ambiental TAC – Ação Civil Pública 93.0004.033-02 de 16/02/98 Verificado o relatório de avaliação do cumprimento das condicionantes do TAC. Verificada a correspondência GMASF 033/2008 de 27/02/08 sobre o encaminhamento do relatório reiterando o pedido CMASF 208/05 de 11/2005 na qual é requerida a extração do termo de quitação do TAC. Licença da Plantar S.A cadastro no IDAF 033, válida até 18/07/09 (serviços de aplicação de agrotóxicos). Relação da quantidade de produto utilizada em 2007, correspondência GMASF 10/08. Verificado no relatório RTA/ES 2007os resultados dos monitoramentos da água subterrânea, água superficial e relatório da precipitação pluviométrica das estações meteorológicas. LO 157/2004 – Fazenda Lagoa Santa / Floresta – Carlos Chagas – MG Item 1 – Correspondência GMASF 011/08 sobre os agrotóxicos cadastrados no IMA. Verificada a relação de produtos e Certificados de Destinação das embalagens, NF 021420, 029323 e 027044. Item 2 – Programas de monitoramento – Verificados os registros dos monitoramentos das condições climáticas, Estações 501 e 502 e os monitoramentos da qualidade da água e fauna (avifauna e mastofauna). 43 Tratamento de Resíduos Florestais MT/PSM-001-UBR rev. 02 de 11/08/08 - Manual de Gestão de Resíduos – Área Florestal Verificadas as licenças ambientais dos seguintes prestadores de serviços: - Vitória Ambiental – Resíduos classes I e II – Coleta e transporte – LO 067/2004 de 28/06/08,válida por 1460 dias. Protocolo de renovação 001/2008 de 02/01/08; - Vitória Ambiental – Aterro industrial – LO 023/2005 de 25/02/05, válido por 1460 dias. Protocolo 0012/2008 de 02/01/08; - Vitória Ambiental – Blendagem – LO 013/2006 de 18/01/06, válido por 1460 dias; - Lwart – Coleta e transporte óleos lubrificantes usados – LO 204/2006, válida por 1460 dias; - Lwart – Armazenagem – LO 067/2006, válida por 1460 dias; - Gafor – Embalagens de agrotóxicos – LS 140/2007, válida por 1460 dias; - Itarana – ARCESS – Central de recebimento de embalagens de defensivos agrícolas – LO 145/2005, válida por 1460 dias; - Teixeira de Freitas – Sindicato de Comércio Varejista e Atacadista de Teixeira de Freitas - Central de recebimento de embalagens de defensivos agrícolas – LS 7292, vencimento 23/08/08; - Transporte de resíduos do campo para os destinos intermediários: - Transportadora JM – Licença simplificada LS 128/2008, válida por 1460 dias, resíduos Classes I e II; - Pianca Transportes – Licença Única 039/2008. PRINCÍPIO 5 Processo: Gerir sustentabilidade Visita a projetos sociais CEREIAS 44 Visita as instalações do Centro de Re-introdução de Animais Selvagens – CEREIAS. Projeto é parceria da Aracruz e IBAMA. Visitamos o museu, viveiros e as instalações de apoio, tais como, ambulatório, salas de quarentena, sala de preparação de alimentos, etc.. Programa PIMA – Produção Integrada Madeira e Alimentos. Programa de Apicultura Solidária Realizamos uma vista nos locais onde são executados os plantios madeira / alimentos e a apicultura. Os usuários do programa PIMA entrevistados demonstraram uma grande satisfação nesta parceria. PRINCÍPIO 2 Processo: Produzir e suprir madeira Planejamento do suprimento de madeira O Planejamento Estratégico considera um período analítico de dezoito anos e acompanhamento de trinta e seis anos. O principal enfoque é a receita líquida, considera o Fluxo de caixa, as Unidades Consumidoras, os Modais de Transporte, as Fontes de Abastecimento, os Fluxos de Terra e a Silvicultura. O Planejamento Tático considera um período analítico de oito semestres e tem enfoque no mínimo custo, levando em consideração os custos da Utilização Florestal, as Redes de transporte, as Transferências de Recursos, os Depósitos de Madeiras e os Estoques Vivos. 45 No Planejamento Operacional são considerados doze meses e enfoca a heurística, considerando a Transferência de Recursos, a Participação das Regionais e os Equipamentos. Planejamento Operacional Verificada gestão sobre o planejamento operacional. Verificada a programação de colheita do ano de 2008. Verificados os registros das programações de colheita e controles conforme abaixo: Regional Área de Identificação Talhão Plantio Programação / Reprogramação Controle 02 001 02 01 07/2008 9506 02 001 12 01 08/2008 9506 02 058 04 03 08/2008 9506 04 173 02 01 02/2008 9506/9606 04 042 10 01 2008 9506 Controle: 9506 – Corte; 9606 – Baldeio Ficam registrados os dados referentes aos equipamentos e pessoas que realizaram as atividades. Verificado os indicadores de gestão do planejamento operacional. Verificado o indicador sobre o Índice de Abastecimento de Madeira para a Fábrica. Meses de janeiro, fevereiro e maio de 2008 não alcançaram o resultado planejado. As análises dos meses de janeiro e fevereiro não estavam registradas. Verificada a RNC 14616/08 sobre o tratamento deste assunto. Verificada a sistemática para o planejamento do Fomento e a gestão dos estoques estratégicos destinados para as fábricas, para energia e estoques nos campos. 46 Desenvolver e integrar operações florestais PP/PSM-007 rev. 02 de 16/06/08 – Desenvolver e integrar operações florestais. Verificadas as atividades de suporte técnico. Verificadas as Solicitações de Desenvolvimento, SDDs 179, 186 e 205. Verificados os relatórios das solicitações sobre o controle de lagarta - acompanhamento de surto de Lepidópteros (instalação de armadilha) e sobre o desenvolvimento e avaliação de pulverizadores ultra baixo volume em plantio florestal. Projetos verificados: - Gestão de Risco de Pragas Florestais, 2007, resultou no procedimento PO/PSM-012 rev. 00 de 01/11/07; - Reavaliação do sistema de detecção e combate a incêndios florestais. Projeto já concluído e em implantação. Verificados os indicadores de monitoramento das ocorrências de incêndio e tempo gasto até o incêndio, antes e após o novo projeto. PRINCÍPIO 2 Processo: Gerenciar saúde e segurança Verificados os registros dos treinamentos realizados para a brigada de incêndio e controle de formigas relativos aos anos de 2006, 2007 e 2008. Gerenciar Segurança e Higiene Ocupacional dos Prestadores de Serviços Florestais Contratados PO/GSS-011-UBR rev. 06 de 20/03/08 IT/GSS-017-UBR rev. 09 de 02/06/08 47 Verificada a gestão dos Programas de Segurança dos prestadores de serviços florestais. O gerenciamento da Saúde Ocupacional está na gestão da área de Recursos Humanos da Empresa. Verificado o controle estatístico dos acidentes dos prestadores de serviços florestais. Controle é realizado por empresa. Registros dos acidentes e respectivas análises são arquivados nas pastas dos fornecedores. Verificado o Programa de Gestão de Segurança do Trabalho PSM 2008. Verificado as auto-avaliações realizadas pelas empresas prestadoras de serviços florestais e as avaliações realizadas nos fornecedores pela Aracruz conforme abaixo: Fornecedor Tipo de Auto- Avaliação serviço avaliação Aracruz Aliança Colheita 14/12/07 15/07/08 15/01/08 Júlio Transporte 14/12/07 14/07/08 15/01/08 Simões Madeira Visel Silvicultura - 15/07/08 Gafor Logística 04/07/07 15/07/08 04/07/07 Insumos As auto-avaliações pelos fornecedores são semestrais, realizadas em julho e dezembro. Verificado a auto-avaliação de segurança realizada pela Gestão de Segurança conforme o procedimento PO/GSS-019-UBR rev. 00 de 06/07/07. 48 Verificados os registros das avaliações realizadas na Aracruz – Silvicultura do dia 25/07/08 (Armando B. Vieira) e Viveiro, dias 10/07/07 e 23/07/08 (Rafael Carvalho Rodrigues), Bahia – Colheita, dia 31/07/08 (Luiz Molovine), Espírito Santo – Colheita, dia 29/07/08 (Rodrigo Zagonel). Indicadores de gestão: - Verificado indicador “Taxa de Freqüência de Acidentes”. Plano de Controle de Emergência – PCE Verificado o PO/GSS-001-UBR rev. 15 de 16/07/08 com relação ao Plano de Emergência para Incêndio Florestal. Verificado o Plano de Desenvolvimento e Capacitação - PDV-UBR, estabelecido para o período o ano de 2008. PRINCÍPIO 3 Processo: Gerir sustentabilidade Projetos de biodiversidade Verificado o documento MT/PSM-013: Manual para manejo de áreas protegidas de 04.06.2007. Evidenciado o atendimento aos seguintes itens: - Recomposição Ambiental de Áreas Protegidas - Retirada de Árvores Exóticas de Áreas Protegidas. - Controle de Espécies Invasoras em Áreas Protegidas. - Atividades Complementares ao Manejo de Áreas Protegidas - Produção de Sementes e Mudas Nativas. 49 Atualmente encontra-se em elaboração um pedido de liberação para aplicação de herbicida em áreas de preservação permanente na Bahia, baseando-se no código florestal, na portaria do IBAMA para a erradicação, na lei 9605, quanto a disseminação de espécies invasoras, interesse social e na resolução CONAMA 369. As mudas para plantio de nativas vêm de projetos sócio-ambientais , como por exemplo os viveiros comunitários de Ibirapuã (150.000 mudas) e Aparaju.(120.000 mudas) Evidenciada a realização do vôo para elaboração das ortofotos que irão ser utilizadas no trabalho de atualização da base de informações sobre a vegetação nas áreas a serem recuperadas. Este vôo foi realizado pela Soft Mapping, na escala 1:25.000 em junho de 2008, prevendo-se a finalização dos trabalhos para dezembro de 2009. Na regional BA estima-se 12.979 ha de áreas para restauração. Foi evidenciado planejamento dos projetos de: implantação do uso de árvore ponte, implantação de corredores de conexão e a criação de 5 RPPNs (3 no ES e 2 na BA). Evidenciados os serviços de recuperação de áreas protegidas (APPs) na área 02, talhão 91, serviço executado pela empresa Carpelo conforme OS 027154 para o período de 01.08.08 a 1.08.08 que especifica a operação 061 (irrigação manual pipa no contorno de APP ou RL). Evidenciado que a executora dos trabalhos (Carpelo) realiza treinamento com os funcionários quanto ao uso de EPC e EPI. A metodologia para o plantio das áreas protegidas é definida num plano de ação 2008/01/08 que especifica "melhoria do processo de manejo e conservação de áreas protegidas" que prevê o plantio miscigenado de espécies clímax e pioneiras. Em Minas gerais na AI 005, talhão 16 evidenciado a presença intensiva de gado na área de preservação permanente. Apesar da Empresa estar com a área da propriedade cercada e possuir vigilância móvel constante, nota-se arame cortado para acesso e invasão do gado. 50 Na região de São Mateus constatou-se uma área protegida (APP) com estágio avançado de recuperação com plantio de espécies da região com bom desenvolvimento. SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS O projeto desenvolvido anteriormente pelo professor Perotta na regional Bahia passou a ser executado, a partir de2005, pela empresa RHEA Estudos e Projetos, sob responsabilidade de Christiane Lopes Machado. A metodologia para identificar sítios arqueológicos é regida pelo procedimento POGS-004 (Procedimento para Tratamento de Ocorrência Arqueológica e Paleontológica) que no seu item 3.2.e estabelece treinamento básico para reconhecimento de vestígios arqueológicos e procedimento operacional em caso de ocorrência arqueológica (com ficha de registro). Se identificado o sítio arqueológico normalmente é visto após o plantio e se plantado, após a colheita passa a ser área protegido (RL). Evidenciada Autorização do IPHAN n. 01450005482/2006-52 para Christiane Lopes Machado Processo do IPHAN para o polígono 01409000316/2007-56 publicado no D.O.U em dez/2007conforme Portaria de retificação 140 de 26.05.2006. Evidenciado no relatório de março de 2007, que o sítio ES-66 foi resgatado pela Petrobrás, por estar em área de gasoduto. Constatamos evidencias de registros anteriores no IPHAN de sítios que atualmente não foram encontrados. Visitado o sítio ES-130 monitorado parte no talhão19.01, na AI 779. ES-64, delimitado, medido e registrado na AI 715. Evidenciados em campo os sítios ES-194 e ES-196 devidamente marcados e delimitados na AI 094, conforme solicitação 17783 para a empresa GTEC efetuar a medição. 51 3.6 NÃO CONFORMIDADES REGISTRADAS Durante a auditoria de re-certificação foi registrada 01 não conformidade descrita abaixo. ARV 01: Princípio 5, Critério 5.2 Foram evidenciadas inconsistências no desdobramento da política de relacionamento com comunidades locais, já que foram encontrados vários procedimentos desatualizados demonstrando responsabilidades de gerências que não mais existem, como Meio Ambiente Corporativo e Silvicultura e Viveiro. REF. PO/GS-005, rev. 04 – Comunicação com partes interessadas ; PP/GS-004 UBR, rev. 01 – Gerenciar meio ambiente corporativo; PP/GS – 006, rev. 00 - Gerir demandas e relações sócio-ambientais com partes interessadas. Classificação: Menor AVALIAÇÃO DAS AÇÕES CORRETIVAS DECORRENTES DA NÃO CONFORMIDADE REGISTRADA As ações corretivas a serem tomadas pela Aracruz Celulose deverão ser apresentadas ao Bureau Veritas Certification até o dia 15 de dezembro. Em função das mudanças ocorridas e planejadas no processo Gerir Sustentabilidade, a verificação destas ações será realizada in loco no site de Barra do Riacho, ES, em evento tecnicamente denominado Auditoria de Follow-up (acompanhamento). 52 3.7 OPORTUNIDADES DE MELHORIA REGISTRADAS Durante a auditoria de re-certificação foram registradas oportunidades de melhoria (OM) que deverão ser analisadas criticamente pela empresa quanto à tomada de ações pertinentes. Estas OM´s devem ser analisadas com foco em melhoria contínua dos processos realizados pela empresa no âmbito do CERFLOR. Abaixo segue a relação completa das OM´s: OM 01: É recomendável que a organização desenvolva um programa de saúde e segurança referente ás atividades desenvolvidas no viveiro comunitário, fazendo uso de ferramentas de comunicação visual. OM 02: A organização pode avaliar a indicação para que terceiros/prestadores de serviço identifiquem/detalhem os equipamentos de proteção individual (epi’s) que devem ser utilizados em função dos Mapas de Risco Ambientais. OM 03: Melhorar no procedimento MT-PSM-002: Manual do viveiro, revisão 10, a descrição de itens de controles críticos com limites de aceitação para o processo de produção de mudas. Ex. de itens de controle: incidência de fungos, tamanho das mudas, número de folhas. O Manual poderia determinar para cada item de controle crítico qual a ação básica a ser tomada no caso de itens fora do limite de aceitação. OM 05: Melhorar a identificação das árvores plantadas na "trilha das aroeiras", utilizada em projeto de educação ambiental. OM 06: Melhorar a divulgação pública dos projetos Cereias e trilha das Aroeiras. OM 07: Considerar o estabelecimento de sistemática que permita monitorar o desempenho de atividades sociais nas regiões em que se insere a atividade florestal. 53 Esta sistemática poderia surgir a partir de um processo estruturado de angajamento com as comunidades. OM 08: Considerar uma delimitação clara e objetiva a respeito das funções corporativas e locais no processo Gerir Sustentabilidade. OM 09: A organização pode avaliar a criação de indicadores para o CEAT (ex.: tempo de resposta as demandas). Com base na análise das demandas poderia ser estabelecido um programa de comunicação pró-ativo. OM 10: Inserir na norma técnica MT/PSM 013 procedimento contendo a metodologia para execução de plantio de nativas em áreas protegidas. OM 11: Considerar o estabelecimento de novas metodologias para evitar o acesso desenfreado de animais nas áreas de preservação permanente e de reserva legal. OM 12: Considerar a identificação de locais tradicionalmente utilizados para pesca não predatória em mapas da empresa e nos próprios locais, com uso de placas indicativas. 54 4 REUNIÕES PÚBLICAS 4.1 Objetivo e Realização O objetivo das reuniões públicas foi identificar questionamentos, recomendações e comentários das partes interessadas, referentes aos princípios do CERFLOR que foram objeto de avaliação no processo de re-certificação. Os comentários, questionamentos, denúncias e recomendações pertinentes foram registrados, tendo a empresa apresentado uma resposta para cada questão. As respostas foram avaliadas quanto ao seu conteúdo e verificadas durante a auditoria pela Equipe Auditora. Durante o processo de divulgação das reuniões públicas o Bureau Veritas Certification distribuiu um questionário de Consulta Pública que tem como objetivo levantar dados e informações oriundas de pessoas e organizações da sociedade civil para o processo de certificação do CERFLOR. Estes questionários permitem a pessoas físicas e jurídicas se pronunciarem a respeito da empresa de forma anônima. Desta forma não estaremos divulgando a procedência dos formulários recebidos. Foram recebidos 7 formulários preenchidos, dos quais um demonstra preocupações em relação à segurança no transporte de madeira e excesso de carga nos caminhões, cinco registram preocupações em relação ao êxodo rural, causado por desemprego no campo e falta de uma política por parte da empresa em absorver mão-de-obra local (esta última colocação aparece em um questionário). O último questionário analisado tece elogios à política da empresa em relação ao desenvolvimento local e participação ativa da Aracruz neste contexto. Deve ser ressaltado que, caso a empresa seja recomendada para certificação, esta terá duração de 05 anos, período em que as questões relevantes poderão ser continuamente verificadas pelo Organismo Certificador, cabendo à Aracruz Celulose aprimorar seu Plano de Manejo de forma a atender às demandas pertinentes das partes interessadas. 55 As Reuniões Públicas foram divididas em duas partes sendo na primeira apresentados os Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR 14789 e o processo de certificação CERFLOR, segundo as regras estabelecidas pelo INMETRO. A segunda parte das reuniões teve como objetivo o levantamento de críticas, comentários, preocupações, sugestões, etc referentes aos princípios abrangidos pelo CERFLOR. Foram organizadas cinco Reuniões Públicas nos municípios descritos abaixo: Município Data Horário No. Pessoas Nova Viçosa 12/08/08 18h00 - 20h00 18 Caravelas 13/08/08 09h00 - 11h00 54 Alcobaça 13/08/08 15h00 - 17h00 33 Ibirapuã 14/08/08 10h00 – 12h00 67 Nanuque 14/08/08 19h00 – 21h00 35 TOTAL DE PARTICIPANTES 207 Durante as cinco reuniões públicas realizadas pode se observar uma presença desuniforme, com maior público na reunião de Ibirapuã. Quanto ao público presente observamos uma distribuição entre representantes do poder público, entidades de classe, ONG´s, entre elas Associações de moradores, estudantes, população local e Associações de agricultores. De forma geral pode se concluir que as partes interessadas esperam uma atuação responsável por parte da empresa, no tocante às questões sociais, ambientais e de saúde. Na reunião de Nova Viçosa BA, observamos um clima pessimista em relação à atuação da Aracruz Celulose, porém relacionado a questões que ultrapassam os Princípios do CERFLOR. 56 Alguns participantes se mostraram extremamente pessimistas quanto à atuação das autoridades competentes, fiscalização e modelo de desenvolvimento adotado pela nação e estado da Bahia. Sérias críticas foram feitas em relação ao desenvolvimento da monocultura e à falta de um zoneamento econômico-ecológico para o estado. Deve ser esclarecido que não é atribuição do Bureau Veritas Certification avaliar e emitir parecer a respeito da condução de políticas nacionais, estaduais e falta de legislação regulatória para monoculturas. Cabe a equipe de auditoria a avaliação única e exclusiva do atendimento aos Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR 14.789/07, que foi apresentada em sua íntegra em todas as reuniões públicas, de forma a esclarecer os objetivos das reuniões e do processo de auditoria como um todo. Nas demais reuniões observamos opiniões positivas e questionamentos a respeito do manejo florestal da empresa. Chamou-nos a atenção a falta de conhecimento das atividades realizadas pela Aracruz no âmbito social e ambiental. Isto nos levou a concluir que a comunicação entre empresa e partes interessadas deve ser melhorada, apesar de a empresa ter um procedimento de comunicação que possibilita o recebimento, análise e resposta a demandas externas. Somos da opinião de que, principalmente a comunicação pró-ativa deve ser melhorada. Este tema foi aprofundado no capítulo Relatório detalhado, tendo sido emitida uma Oportunidade de Melhoria a respeito. 4.2 Entidades e pessoas contatadas A divulgação do processo de certificação CERFLOR da Aracruz Celulose e a convocação de partes interessadas (organizações governamentais e não governamentais, representantes da comunidade, etc,) para as Reuniões Públicas, foi realizada pelo BUREAU VERITAS CERTIFICATION, de acordo com um procedimento interno que estabelece os critérios de divulgação. Foram enviadas correspondências físicas e correios eletrônicos para organizações governamentais e não governamentais, assim como uso de anúncios nas emissoras de rádio locais. 57 Por ser muito extensa, a lista completa das partes interessadas contatadas durante o processo de certificação está mantida como registro interno do Bureau Veritas Certification e não foi inserida neste relatório. 4.3 Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas Como já descrito anteriormente as reuniões Públicas totalizaram 207 participantes de diferentes entidades governamentais e não-governamentais. Durante as reuniões foram coletados os nomes e assinaturas dos participantes, gerando listas de presença que se encontram arquivadas sob responsabilidade do Bureau Veritas Certification. Todas as reuniões públicas foram gravadas de forma a permitir a rastreabilidade das mesmas. Estas gravações serão mantidas em mídia digital pelo Bureau Veritas Certification, que garante seu sigilo e proteção. 4.4 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da Empresa e parecer Bureau Veritas Certification. Os questionamentos levantados durante as Reuniões Públicas, assim como aqueles recebidos através dos questionários de consulta pública foram relacionados abaixo, com as devidas respostas emitidas pela empresa. Durante a auditoria as respostas foram verificadas no contexto do CERFLOR e consideradas satisfatórias do ponto de vista técnico e legal pela equipe de auditoria. Ao final das respostas emitimos um parecer a respeito das questões relacionadas a denúncias e críticas. Considerando a complexidade de alguns questionamentos, deve ser entendido que muitos dos temas abordados nas reuniões públicas deverão ser tratados pela empresa em seu processo de melhoria contínua, especialmente aquelas questões relacionadas ao desempenho sócio-ambiental da empresa. 58 As perguntas 2 e 29 foram respondidas diretamente pelo Bureau Veritas Certification em função de seu conteúdo. A pergunta 6 foi respondida em parte pelo Bureau Veritas e em parte pela Aracruz, já que ambos assumiram determinadas responsabilidades na divulgação das reuniões públicas. 1. Solicitação para que a empresa aproveite as reuniões públicas para divulgar suas atividades na região. R: A Aracruz mantém vários canais de comunicação e de relacionamento com as partes interessadas, dentre os quais se destacam os encontros comunitários, que constituem um canal de diálogo direto e transparente entre a empresa e as comunidades de sua área de influência. Realizado anualmente de forma alternada nessas áreas, o último encontro em Caravelas foi realizado em 05/11/2007 com a participação de 115 pessoas da comunidade. Esse evento permitiu esclarecer dúvidas, discutir preocupações e escutar as demandas da comunidade, mapeadas conforme demonstra o quadro abaixo. Indicadores Emprego Meio Ambiente Investimento Transparência Outros Social soma Críticas Sugestões Comentários Agradecimentos Totais Percentuais 4 8 2 0 14 19% 1 3 0 0 4 5% 3 32 3 0 38 52% 10 50 12 1 73 100% 0 5 1 0 6 8% 2 2 6 1 11 15% Além dos encontros comunitários, a divulgação das atividades da empresa na região é feita por meio do Programa Bons Vizinhos, pelo relacionamento diário da gerência regional localizada em Posto da Mata e pelos meios de comunicação (rádios, jornais, etc.). As reuniões públicas de certificação não são realizadas pela empresa, mas pelo Organismo Certificador (Bureau Veritas Certification), com a finalidade de ouvir a opinião da comunidade a respeito da atuação da empresa. 59 A Aracruz está reformulando sua estratégia de divulgação na região de forma a ampliar para a comunidade as oportunidades de conhecer as ações e intervenções sócioambientais da empresa. Com a nova estratégia de comunicação, alinhada a um novo modelo de relacionamento com a comunidade, espera-se que a população já esteja informada sobre a maioria das ações e os Encontros Comunitários sejam aproveitados para o diálogo e trocas com a comunidade, além dos esclarecimentos que se fizerem necessários, mas sem a pretensão de, em tão pouco tempo, realizar todas as nossas interações com nossos vizinhos. 2. Questionamento sobre a ética e metodologia de trabalho da certificadora. O Bureau Veritas Certification é uma empresa que realiza atividades de auditoria em vários países do mundo. Tendo sede em Londres, trabalha com rígidos conceitos de ética e procedimentos internos que garantem a qualidade de seus serviços prestados. No Brasil toda a metodologia de trabalho no contexto do CERFLOR, foi aprovada pelo Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO), que além de ter o papel de estabelecer as regras para certificação do manejo florestal, realiza ainda auditorias nos nossos processos internos. O papel do INMETRO, como órgão regulador, foi explicado em todas as reuniões públicas realizadas neste ciclo de auditoria. Cabe ainda ressaltar que esta metodologia é similar em países como Inglaterra, Estados Unidos, Argentina, Holanda e outros. Cada país conta com um organismo regulador independente que torna o processo de auditoria transparente e ético. 3. Reclamação sobre a falta de zoneamento ecológico da região. R: O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) está estabelecido em lei e sua realização é uma atribuição do Estado. A Aracruz entende que o ZEE seja uma necessidade para o ordenamento do uso do solo numa determinada região, para fins econômicos, sociais e ambientais. Trata-se também de um importante instrumento para a política pública estadual. 60 Estamos comprometidos em apoiar o estado da Bahia na realização de seu ZEE para extremo-sul do estado, através do Fórum Florestal da Bahia, que congrega diversas Organizações Não Governamentais de cunho social e ambiental além de empresas florestais que atuam nessa região. 4. Considerações sobre a importância da Aracruz na região na geração de empregos e outros benefícios para a comunidade de Caravelas. R: A contribuição para a geração de renda agropecuária nos municípios onde a Aracruz desenvolve atividades florestais é elevada. As participações da Aracruz no PIB agropecuário municipal é de 45,6% em Alcobaça, 34,9% em Nova Viçosa, 28% em Caravelas, 27,5% em Ibirapuã e 19,6% em Mucuri. Fonte: Relatório "Das árvores aos lares" – Fundação Getúlio Vargas Projetos - disponível em http://www.aracruz.com.br/pdf/arquivofgv.pdf. A Empresa prioriza a contratação de empregados das regiões onde atua, contribuindo para o desenvolvimento econômico dessas comunidades. Ao final de 2007, 78% do quadro funcional da Aracruz era formado por empregados originários dos seus estados de atuação. A Aracruz encerrou o ano de 2007 respondendo pela manutenção de 12.010 empregos diretos, sendo 2.495 empregados próprios e 9.515 terceiros que trabalham nas empresas que prestam serviços à companhia em caráter permanente. Informações complementares podem ser consultadas no Relatório de Sustentabilidade da Aracruz, pelo link: http://www.aracruz.com.br/minisites/ra2007/section/pt/criacao_valor/empregos.htm 61 Em Caravelas, atualmente (agosto de 2008), existem 545 empregos diretos, distribuídos nas seguintes empresas: Empresa Número de funcionários Terminal de Caravelas - 297 Aracruz 24 Visel 10 Serdel 2 Aliança 6 Usitec 9 Seitec 4 Wallace Tec. 4 Transect 73 Vix Logística 75 Julio Simões 90 Área florestal - 248 funcionários Carpelo 213 Arboris 8 Visel 13 Locaservice 7 Serdel 3 Júlio Simões 4 Total de empregos diretos em Caravelas: 545 62 5. O município de Caravelas tem maior área plantada em relação a outros municípios na Bahia? R: Não, o município com maior área plantada da Aracruz no Estado da Bahia é o município de Alcobaça. Caravelas vem em segundo lugar, conforme mostra a tabela abaixo. Mais detalhes sobre a área manejada pela empresa em cada município são apresentados na Tabela 1 - item 1.2 deste relatório. Áreas Próprias Município Área de Plantio (ha) Alcobaça Caravelas Nova Viçosa Mucuri Ibirapuã Teixeira de Freitas Vereda Prado Total de áreas da empresa 28.174,6 24.023,6 19.319,5 13.560,6 8.421,9 2.517,6 1.008,2 452,1 97.478,1 Áreas Arrendadas Município Área de Plantio (ha) Alcobaça Prado Total 696,5 345,1 1.041,6 % das áreas próprias da empresa no Estado da Bahia 30,4 23,1 19,9 12,8 8,4 2,9 2,0 0,5 100,0 % das áreas arrendadas da empresa no Estado da Bahia 63,5 36,5 100,0 Total geral - áreas de plantio próprias e arrendadas no Estado da Bahia = 98.519,7 ha Base 31/julho/2008 Nota: O percentual da área do município ocupado com plantios da Aracruz é apresentado na Tabela 1 do ítem 1.2 deste relatório. 63 6. Questionamento sobre a falta de divulgação da reunião pública. Resposta Bureau Veritas: A divulgação das reuniões públicas do processo de recertificação foi realizada por meio de correspondências dirigidas e pela própria Aracruz por meio de veiculação de convite nos principais jornais e rádios das regiões de abrangência da re-certificação, conforme informações descritas nos itens A, B e C abaixo. Faixas foram afixadas nos locais das reuniões na semana antecedente aos eventos. Foram enviado 338 convites para partes interessadas nos município da Bahia. Resposta Aracruz: As reuniões foram divulgadas aos funcionários próprios e terceiros por meio de Informe-se específico (nº 479, que circulou no dia 7/7/2008) e da publicação Parceiro de Raiz, edição nº 2. A - Convocações publicadas em jornais: 64 65 B - Convocações veiculadas em rádios Spots veiculados no período de 7 a 13 de agosto. Duração Número de inserções diárias Veículo Município Rádio Abrolhos Mucuri, Nova Viçosa, Ibirapuã, Texeira de Freitas, Alcobaça, 60" Nanuque Caravelas 12 Rádio Caraípe Mucuri, Nova Viçosa,Prado, Ibirapuã, Texeira de Freitas, 60" Alcobaça, Nanuque Caravelas 12 Rádio Prado Prado, Alcobaça 12 60" 66 Nova Viçosa e Mucuri - Locução: Atenção moradores de Nova Viçosa e Mucuri. O BVQI comunica que a Aracruz Celulose passará pelo processo de manutenção da certificação de suas florestas plantadas no extremo sul da Bahia, pelo CERFLOR. O órgão incentiva o manejo florestal de acordo com as normas previstas em lei e comprova que a floresta é manejada de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável. Por isso, convida as comunidades de Nova Viçosa e Mucuri, a participar da reunião pública que será realizada, no dia 12 de agosto, das 18 às 20 horas, no Espaço Cultural de Pesquisa e Formação Pedagógica Manoel Costa Almeida, localizado na Rua Inglaterra, número 8, Posto da Mata, em Nova Viçosa. Compareça. Caravelas - Locução: Atenção moradores de Caravelas. O BVQI comunica que a Aracruz Celulose passará pelo processo de manutenção da certificação de suas florestas plantadas no extremo sul da Bahia, pelo CERFLOR. O órgão incentiva o manejo florestal de acordo com as normas previstas em lei e comprova que a floresta é manejada de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável. Por isso, convida a comunidade de Caravelas, a participar da reunião pública que será realizada, no dia 13 de agosto, das 9 às 11 horas, no Clube dos 40, localizado à Rua Barão do Rio Branco, sem número, no Centro de Caravelas. Compareça”. Alcobaça, Prado e Teixeira de Freitas - Locução: Atenção moradores de Alcobaça, Prado e Texeira de Freitas. O BVQI comunica que a Aracruz Celulose passará pelo processo de manutenção da certificação de suas florestas plantadas no extremo sul da Bahia, pelo CERFLOR. O órgão incentiva o manejo florestal de acordo com as normas previstas em lei e comprova que a floresta é manejada de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável. Por isso, convida as comunidades de Alcobaça, Prado e Teixeira de Freitas, a participar da reunião pública que será realizada, no dia 13 de agosto, das 15 às 17 horas, na Câmara Municipal de Alcobaça, localizada na Praça São Bernardo, sem número, no Centro de Alcobaça. Compareça”. 67 Ibirapuã, Vereda e Teixeira de Freitas - Locução: Atenção moradores de Ibirapuã, Vereda e Teixeira de Freitas. O BVQI comunica que a Aracruz Celulose passará pelo processo de manutenção da certificação de suas florestas plantadas no extremo sul da Bahia, pelo CERFLOR. O órgão incentiva o manejo florestal de acordo com as normas previstas em lei e comprova que a floresta é manejada de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável. Por isso, convida as comunidades de Ibirapuã, Vereda e Teixeira de Freitas, a participar da reunião pública que será realizada, no dia 14 de agosto, das 10 às 12 horas, na Secretaria Municipal de Ação Social, localizada na Rua Itapoã, número 2, Centro de Ibirapuã. Compareça”. Nanuque e Carlos Chagas - Locução: Atenção moradores de Nanuque e Carlos Chagas. O BVQI comunica que a Aracruz Celulose passará pelo processo de manutenção da certificação de suas florestas plantadas no extremo sul da Bahia, pelo CERFLOR. O órgão incentiva o manejo florestal de acordo com as normas previstas em lei e comprova que a floresta é manejada de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável. Por isso, convida as comunidades de Nanuque e Carlos Chagas, a participar da reunião pública que será realizada, no dia 14 de agosto, das 19 às 21 horas, na Escola Estadual Estella Matutina - FUNEC, localizada na Rua Governador Valadares, número 529, Bairro Estrela, em Nanuque. Compareça”. C - Faixas afixadas previamente nos locais das Reuniões Públicas: 68 69 7. Por que foi priorizada a construção de um posto de saúde em Ponta de Areia em detrimento de Caravelas? R: A solicitação para apoio na reabilitação do Posto de Saúde de Ponta de Areia foi encaminhada à Aracruz Celulose pela Prefeitura e Câmara Municipal de Caravelas, legítimos representantes da população do município. O Posto de Saúde de Ponta de Areia se encontra em precárias condições de funcionamento, sendo urgente a intervenção construtiva. A empresa decidiu, portanto, dentro de suas possibilidades, atender em um primeiro momento ao que estaria comprometendo em maior grau o atendimento de qualidade em saúde à população vizinha de nosso empreendimento. O Posto de Saúde de Ponta de Areia encontra-se em tamanha precariedade que será totalmente reconstruído pela Aracruz e equipado pela Prefeitura de Caravelas. 8. Qual a percentagem de fomento em relação aos plantios próprios da empresa? R. Na Bahia a empresa possui 98.519,7 ha (72,7%) de plantios em áreas próprias e arrendadas. No programa de fomento temos 37.073,9 ha (27,3%) de área plantada, segundo os dados de 31/julho/2008. 9. Solicitação de inclusão dos fomentados na certificação florestal. R. A certificação florestal é um processo voluntário que requer o interesse por parte do produtor. A empresa estuda a possibilidade de apoiar a iniciativa de certificação florestal dos fomentados que fazem parte do programa produtor florestal. 70 10. Solicitação para que se priorizem projetos para portadores de necessidades especiais. R: Embora a empresa reconheça a carência de bons projetos e investimentos a esse público, os projetos para portadores de necessidades especiais não fazem parte do foco estratégico de investimento social da empresa, que prioriza projetos em educação e geração de trabalho e renda. A Aracruz atua em parceria com reconhecidas entidades que já atendem este público, como as APAE’s, por exemplo, e realiza ações pontuais por meio do programa de voluntariado da empresa. 11. Houve absorção de mão-de-obra local na cultura do eucalipto? R: Sim. As atividades da Aracruz sustentam empregos em muitas áreas. Os postos de trabalho são gerados, em sua maioria, na área florestal, no comércio, nos transportes e nos serviços prestados às empresas. Somente na área florestal (empresas de silvicultura, colheita, estradas e transporte), em julho de 2008, encontram-se registrados 1.713 empregos diretos nos municípios baianos de atuação da empresa. É também importante destacar que os empregos criados pela cultura do eucalipto têm qualidade e produtividade superiores à média de mercado. Além de outras empresas menores de prestação de serviços, a cadeia produtiva do eucalipto promove geração de empregos no comércio e prestação de serviços como restaurantes, oficinas, etc. Ao contratar fornecedores locais, a empresa contribui também para o crescimento e consolidação de pequenas e médias empresas. Maiores informações podem ser consultadas no estudo da cadeia produtiva da Aracruz Celulose realizado pela Fundação Getúlio Vargas, e disponível em: http://www.aracruz.com.br/pdf/arquivofgv.pdf 71 12. Qual a participação da Aracruz no desenvolvimento social do município de Alcobaça? A participação da Aracruz no PIB agropecuário municipal (geração de renda) de Alcobaça é de 45,6% (fonte: Relatório "Das árvores aos lares" - FGV Projetos - disponível em http://www.aracruz.com.br/pdf/arquivofgv.pdf). A Aracruz também contribui com a geração de renda para o município por meio do pagamento de impostos municipais e estaduais. Foram pagos, de janeiro a julho de 2008, diretamente para o município de Alcobaça, R$ 868.775,00 em ISS. Também de janeiro a julho de 2008 foram pagos R$ 10.571.000,00 em ICMS para o Estado da Bahia, referente a fretes e à movimentação de madeira própria e do programa de fomento. Além disso, foram pagos R$ 2.954.000,00 em impostos estaduais referentes às compras realizadas diretamente no município no período de janeiro a julho de 2008. Pela lei do ICMS, 25% do valor total recolhido em ICMS volta ao município de acordo com o valor adicionado (PIB) do município. O valor (R$) da madeira colhida no município contribui positivamente para o índice de participação do município no ICMS. De janeiro a julho de 2008, a madeira colhida no município de Alcobaça somou o valor de R$ 31.583.000,00, contribuindo com este valor para o PIB municipal. Isto representa mais do que toda a movimentação do setor de comércio do município. 13. Quais são os planos sócio-ambientais desenvolvidos pela Aracruz na região de Alcobaça? Os programas de desenvolvimento sócio-ambiental apoiados pela Aracruz na região de Alcobaça são: 72 AGRICULTURA FAMILIAR : Tem o objetivo de ampliar as oportunidades de geração de renda em comunidades rurais vizinhas de fazendas da empresa, as quais apresentam baixos índices de desenvolvimento social, por meio do incentivo à agricultura familiar - cultivo de lavouras de ciclo curto e exploração de fruticultura ( coco, limão e maracujá). O apoio e ações da empresa consistem na cessão de áreas de terra em comodato, doação de insumos e materiais agrícolas, empréstimo de máquinas para preparo de solo e assistência técnica esporádica e descontinuada. Nº de associa dos Obs Atividades 53,04 31 Colheita do limão e pocã em regime de mutirão; Área dividida em lotes para cada associado. 62,0 33 Área dividida em lotes para cada associado 51 Área dividida em lotes para cada associado ficando reservada área de 10 ha para o cultivo coletivo Cultivo de limão e plantio de cultura branca na entrelinha. Cultivo de lavoura branca em área total (antigo cultivo de maracujá) Culturas de ciclo rápido como: feijão, urucum, maxixe, quiabo, mandioca, milho, feijão de corda, pimenta, batata, abóbora, melancia entre outras. Culturas de ciclo rápido como: feijão, urucum, maxixe, quiabo, mandioca, milho, feijão de corda, abóbora, melancia entre outras Área em ha Região Parceiro Projeto Constel ação Associação de Pequenos Produtores Rurais do Projeto Constelação Novo Destino / Tatu Fácil Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Novo Destino Pouso Alegre / Pixixica Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Pouso Alegre de Itaitinga Associação Pequenos Produtores Rurais Itaitinga dos Taquari Associação Pequenos Produtores Rurais Taquari de de 82,65 54,31 44,0 30 44 Área comum: colheita do limão e pocã feita em regime de mutirão; Área dividida em lotes por associado 23 ha com plantio de coco e 21 ha destinado a plantios de lavoura branca. Colheita do coco em regime de mutirão; Área dividida em lotes entre os associados e inclusive à área do coco, após a primeira colheita Cultivo de limão e plantio de cultura branca na entrelinha Colheita de coco do plantio existente e plantio de cultura branca nas entre linhas. Plantio de culturas brancas em área total 73 VIVEIRO COMUNITÁRIO DE APARAJU: Tem o objetivo de gerar renda na comunidade a partir da produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, eucalipto, plantas ornamentais e outras, com a finalidade de atender a diversos tipos de demanda. O viveiro foi implantado em agosto de 2001, por meio de uma parceria firmada entre a Prefeitura de Alcobaça, a Associação de Pequenos Produtores Rurais de Aparajú e a Aracruz Celulose. Para viabilizar o projeto, a Aracruz cedeu área de 0,79 ha em comodato, doou sementes, sacolas plásticas, substratos, e realizou treinamentos para o exercício das atividades de viveirista. Atualmente, cerca de 150 mil mudas de nativas são produzidas no viveiro, com garantia de compra de 120 mil mudas pela Aracruz, o que assegura uma renda média de R$ 600,00 por mês para os associados atuantes no projeto. APICULTURA SOLIDÁRIA: O “Apicultura Solidária” é um projeto de incentivo à produção e consumo de mel de eucalipto, por meio da cessão de pasto apícola e materiais essenciais ao exercício dessa atividade. Pelo projeto são disponibilizados os meios necessários para que pequenos produtores rurais se dediquem à produção de mel, como complemento de renda. O projeto foi iniciado na Bahia no fim de 2006 e beneficia atualmente 36 apicultores familiares. Em Alcobaça, 18 produtores das localidades de Taquari e Igrejinha participam do projeto, com um total de 180 caixas de abelha instaladas em plantios da empresa. 14. Como contatar a empresa na busca de informações e recursos para projetos sociais? A empresa disponibiliza informações sobre suas operações em seu site na internet, disponível em: www.aracruz.com.br. Maiores informações podem ser solicitadas pelo "Fale conosco" no email: [email protected]. 74 A empresa pode ser contatada pessoalmente por meio da gerência da regional da Bahia ou pela gerência corporativa de relações com a comunidade. Aracruz Celulose S.A - Regional Bahia Rodovia BR 418, km 37 Posto da Mata, BA - Brasil 45.928-000 Tel: (73) 3209-8466 Aracruz Celulose S.A - Gerência de Relações com a Comunidade Rodovia Aracruz - Barra do Riacho, s/nº Aracruz, ES - Brasil 29.197-900 tel: (27) 3270-2991 15. Denuncia de falta de água nos povoados de Aparajú e Taquari devido ao plantio de eucalipto. Estudos científicos detalhados sobre o ciclo hidrológico realizados no mundo e pela Aracruz em parceria com Universidades e Institutos de Pesquisas nacionais e internacionais têm demonstrado que as plantações de eucalipto consomem quantidade de água semelhante ou inferior às florestas nativas. E esse consumo de água é inferior ao regime de chuvas na região. Portanto, as variações na disponibilidade hídrica dos córregos e rios não estão associadas ao plantio de eucalipto (ou mesmo a qualquer outro uso do solo), e sim à distribuição e quantidade de chuva. Com relação à denúncia específica sobre Aparajú e Taquari, a empresa irá realizar uma investigação mais detalhada para avaliar as possíveis causas e se há correlação com o manejo florestal da empresa. O resultado dessa avaliação será apresentado e discutido em reuniões comunitárias nestas comunidades. 75 16. Solicitação cursos de capacitação de mão-de-obra para os moradores da região de Alcobaça (realizados na região). A Aracruz não realiza ações isoladas de capacitação profissional, pois acredita que somente a capacitação sem oportunidades concretas de encaminhamento para oportunidades de trabalho, seja direta ou indiretamente, não constitui ação efetiva que contribua no combate ao desemprego. As oportunidades de capacitação profissional que a empresa oferece são sempre atreladas a um programa maior de contratação para suas frentes de trabalho, ou alinhadas em parceria com o poder público. A experiência nos trouxe a reflexão de que há uma ação prioritária que antecede a capacitação profissional: é o reforço no sistema básico de educação. Grande parte dos alunos não se encontra em nível educacional compatibilizado com sua formação, refletindo um precário sistema de educação formal. Um aluno com defasagem de aprendizado repete na capacitação profissional toda sua dificuldade na formação e qualificação básica exigida pelos empregadores. Baseados nesta realidade, a Aracruz foca suas ações no fortalecimento da educação. A partir da recente reformulação de projetos e intervenções, a empresa se fará mais presente na contribuição para melhores níveis educacionais nas regiões onde atua. 17. Reclamação contra eucalipto plantado sem distância mínima da propriedade vizinha causando sombreamento e impedindo plantio de outras culturas. O plantio de eucalipto guarda a distância mínima de 10metros das propriedades vizinhas, pois contempla a construção de aceiros no entorno dos plantios, com o objetivo de proteção florestal. 76 A questão do sombreamento ocorre durante um período do dia, e não é inerente somente à cultura do eucalipto, mas também à vizinhança com qualquer plantio de árvores ou florestas nativas. Existem opções de culturas agrícolas que podem se desenvolver nestes ambientes semi-sombreados. A Aracruz se coloca à disposição, por meio de sua gerência regional, para avaliar as situações específicas demandadas pelos seus vizinhos. Aracruz Celulose S.A - Regional Bahia Rodovia BR 418, km 37 Posto da Mata, BA - Brasil 45.928-000 Tel: (73) 3209-8466 18. Reclamação do mau funcionamento do projeto de plantio de maracujá (parceria prefeitura/Aracruz) O projeto de plantio de maracujá é uma parceria entre Prefeitura Municipal de Alcobaça, SUDIC, Associação Municipal dos Fruticultores de Alcobaça, Aracruz Celulose S.A, Suzano Papel e Celulose S.A. e Arcelor Mittal. A execução do projeto é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Alcobaça com a participação das comunidades reunidas em Associação. A participação da Aracruz neste projeto se deu somente por meio da doação das toras de eucalipto para fazer o suporte dos plantios do maracujá. A continuidade desta doação está condicionada ao sucesso da primeira etapa prática do projeto, que, em nossa avaliação, é uma boa proposta de geração alternativa de renda para a comunidade, focando em sua vocação natural para a fruticultura. A assistência técnica e acompanhamento das atividades do projeto é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Alcobaça. 77 19. Reclamação sobre a formação de comboios de carretas transportando madeira; estradas mal sinalizadas; sem acostamento e sujas. Comboio: A Aracruz possui uma Rede de Monitoramento de Transporte (RMT), que é uma rede de informações constituída por um grupo voluntário de pessoas, convidadas pelas empresas envolvidas no transporte de madeira. Esta rede ajuda a monitorar o tráfego de caminhões de madeira na BR-101, no trecho entre Aracruz, no Espírito Santo, e o sul da Bahia, assim como estradas estaduais e municipais da Bahia e Espírito Santo por onde trafegam as carretas de eucalipto da Aracruz, Suzano, Cenibra e Veracel. Um dos objetivos da RMT é o monitoramento da ocorrência de comboio onde os caminhões de madeira devem manter distancia mínima de 150 metros entre si. Este monitoramento é feito pelos voluntários que ligam para o numero 0800 283 9344 gerando uma notificação para a prestadora do serviço de transporte de madeira que deverá tomar as devidas providencias, ficando a Aracruz responsável pelo retorno das ações tomada pelo prestador ao voluntário que passou a informação. Todos os veículo de transporte de madeira possuem uma placa com uma codificação que possibilita a identificação do mesmo. A RMT é direcionada somente aos voluntários cadastrados onde o foco é o transporte, não sendo aberto ao publico em geral. Estatísticas RMT – Aracruz (em 2008 dados de 01/01 a 31/08) Nº de ocorrências por ano: ANO 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 TOTAL QUANTIDADE 10 15 12 15 33 80 178 175 79 50 647 78 Tipo Ocorrência em 2008: Tipo de Ocorrência Excesso de velocidade Form Comboio Ultrapassagem Indevida Falta de Sinalização Outros Falta Cordialidade Carga Parar em local proibido Identificação do CAM irregular Tráfego com farol apagado Falta/def de dispos obrigatórios Direção Perigosa Total Providência Adotada em 2008: Providências Advertência Suspensão Desligamento Treinamento / Reciclagem Revisão Equipamento Outras Orientação Total Quantidade 2008 0 32 3 1 1 1 2 4 0 2 8 1 55 Quantidade 44 0 1 0 0 0 2 47 79 B - Estradas mal sinalizadas: A sinalização, tanto horizontal quanto vertical, é de responsabilidade do órgão governamental. O que temos feito é uma sinalização adicional indicando local de saída e entrada de carretas, se caso houver sujeiras provocada pelo trafego das nossas carretas, é feita uma limpeza removendo a sujeira do acostamento e pista de rolamento. C - Estradas sem acostamento: As rodovias estaduais na Bahia possuem 7 metros de pista de rolamento sendo 3,5 m em cada sentindo e 1 metro de acostamento para cada lado. A responsabilidade pela sua manutenção é do estado. 20. Qual é a área ocupada pela Aracruz nos municípios, incluindo o fomento? Qual o montante de recursos (impostos) repassados ao município de Alcobaça? A área (ha) de plantio de eucalipto da Aracruz (área própria e arrendada) e do Programa Produtor Florestal (Fomento) nos municípios do Estado da Bahia é apresentada na Tabela abaixo. Área (ha) de plantio de eucalipto Município Própria Fomento Alcobaça 28.871,2 4.639,1 Caravelas 24.023,6 6.071,9 Ibirapuã 8.421,9 570,0 Itabela 0,0 613,3 Itamaraju 0,0 203,8 Itanhém 0,0 150,5 Jucuruçu 0,0 139,1 Lajedão 0,0 2.023,2 Medeiros Neto 0,0 4.643,7 Mucuri 13.560,6 941,0 Nova Viçosa 19.319,5 4.108,7 Prado 797,2 5.528,5 Teixeira de Freitas 2.517,6 6.864,7 Vereda 1.008,2 2.412,4 Base: 31 de julho de 2008 80 A respeito do montante de impostos repassados ao município de Alcobaça, ver resposta à pergunta nº 12. 21. Representante do Codema reclama de fomentados que não cumprem a legislação plantando sem licença. No licenciamento ambiental do Estado da Bahia, conduzido pelo IMA (ex-CRA), os requisitos de licenciamento variam de acordo com o porte do empreendimento. A mudança de uso do solo para plantios de eucalipto com menos de 100 ha é dispensada de licenciamento ambiental. Mais recentemente, alguns municípios desenvolveram legislação específica, requerendo licenciamento ambiental para os plantios com menos de 100 ha. Os plantios de fomentados nestes municípios, realizados anteriormente com dispensa de licença, terão sua situação regularizada quando do registro da atividade florestal (RAF). 22. Reclamação sobre impedimento de pesca nas áreas da Aracruz. A Aracruz respeita os hábitos e costumes não predatórios das comunidades ao seu redor. Entretanto, conforme a Lei de Crimes Ambientais nº 9605/98, não é permitida a prática de pesca predatória. Em algumas regiões, adicionalmente, pedimos a retirada dos pescadores das áreas particulares da empresa devido ao histórico de incêndios de grandes proporções provocados por pescadores. Segundo a lei de crimes ambientais, caracteriza-se como pesca predatória: Pesca em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente. Pesca de espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos. 81 Pesca de quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos. Pesca mediante a utilização de explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante, ou mediante a utilização de substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente. 23. É possível a empresa manter faixas de preservação maiores que os 30 m nas proximidades de cursos d’água? A Aracruz respeita a legislação ambiental e o Código Florestal, mantendo as Áreas de Preservação Permanentes (APP) de no mínimo 30 metros de cada lado dos cursos d' água. Em nascentes e ólhos d' água, esse distanciamento aumenta para 50 metros. Entretanto, a empresa prioriza a alocação de Reserva Legal ao longo das APPs, aumentando a largura das faixas de preservação ao longo dos cursos d' água. Em Nanuque, por exemplo, praticamente todas as faixas ao longo dos cursos d' água são maiores que 30 metros, conforme pode ser visto na Figura abaixo. 82 Figura 2. Mapa da AI 012 em Nanuque (Fazenda Cavalo Branco), com destaque para áreas de preservação permanente e reserva legal 83 24. O que a Aracruz pode fazer pelos pequenos produtores, incluindo programas sociais para a região (Nanuque)? A empresa procura contribuir para o incremento de renda das famílias dos pequenos produtores rurais na região por meio dos projetos Agricultura Familiar e Apicultura Solidária. A Aracruz percebe que há oportunidades de ampliar sua atuação social na região. Também é freqüente a participação da empresa em parcerias com iniciativas do poder público local ou da comunidade organizada, onde sejam apresentadas propostas efetivas de contribuição para geração de renda que beneficiem um maior número de indivíduos em uma localidade. 25. Gostaria de receber o relatório final da certificação bem como planejamento das atividades da organização (plano de manejo). O Bureau Veritas Certification estará disponibilizando uma cópia do relatório à Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município de Nanuque. A divulgação do Plano de Manejo para o público externo em geral é feita por meio do sumário público disponível em meio eletrônico na internet (http://www.aracruz.com.br/doc/pdf/sumario_pmf_2008.pdf) e em meio impresso nas prefeituras e câmaras municipais dos municípios com área própria e arrendada da empresa. Outros materiais de divulgação do plano de manejo, como folders e informativos de educação ambiental que tratam de aspectos particulares do manejo florestal da empresa, são distribuídos em visitas à empresa, encontros comunitários, feiras e eventos de relacionamento da empresa com as comunidades. 84 26 - Solicitação quanto ao atendimento da largura mínima da faixa de segurança a partir do eixo da rede elétrica, conforme parecer técnico n.06 de 22/05/07 da Coelba. A Aracruz atende à disposição citada, mantendo a faixa de segurança de 10 metros para cada lado do eixo da rede elétrica, e 15 metros para redes de tensão a partir de 69 kV. A Aracruz se coloca à disposição, por meio de sua gerência regional, para avaliar as situações específicas demandadas pelos seus vizinhos. Aracruz Celulose S.A - Regional Bahia Rodovia BR 418, km 37 Posto da Mata, BA - Brasil 45.928-000 Tel: (73) 3209-8466 27 - Solicitação do Fórum sócio-ambiental do extremo sul da Bahia, CDDH, CEPEDES e SEC, entregue por escrito ao BVC. Solicita da Aracruz a seguinte documentação: plantas topográficas georeferenciadas, imagens digitais analisadas da mata atlântica, documento de isenção de multas, certidão vintenária das áreas, licenças ambientais, relação dos órgãos e responsáveis por pesquisas nas áreas de manejo e registro de contratos de prestação de serviço com especificação de formações acadêmicas e especializações de todos os servidores, funcionários e prestadores de serviços. A documentação solicitada é verificada durante o processo de auditoria e está disponível na empresa para consulta de suas partes interessadas. 85 Parte destas informações são disponibilizadas também no Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia, que é o espaço formal de diálogo entre as empresas da ABAF (Associação Baiana de florestas plantadas) e as ONGs ambientalistas do sul e extremo sul da Bahia. A Aracruz reitera o convite às entidades solicitantes para participarem do Fórum Floresta do Sul e Extremo Sul da Bahia onde todos os assuntos de interesse são discutidos. 28 - Solicitações diversas relativas à ações sociais de geração de trabalho e renda região de Mutucas, entregues por escrito ao BVC. Na época da implantação do projeto florestal da Aracruz na região, foram atendidas as seguintes reivindicações da Comunidade de Mutucas: - Doado um dos melhores currais da fazenda Lagoa Santa - até maio de 2007 a comunidade não tinha utilizado o material doado para a construção do curral dentro da área considerada Comunitária; - Foi reformada e protegida com construção de alvenaria uma nascente de água localizada dentro da Faz. Lagoa Santa, utilizado pela Comunidade; - Foram colocadas placas indicativas de localização para facilitar o trânsito dentro das áreas da Empresa, apesar de não termos mudado o traçado das estradas existentes antes da implantação da floresta que impactasse aos usuários das Comunidades vizinhas; - A empresa cedeu pasto da Fazenda Lagoa Santa (que até o período não tinham sido licenciadas) para os pecuaristas da região, inclusive da Comunidade de Mutucas (pequenos, médios e grandes pecuaristas), 86 para evitar uma perda maior de animais devido à seca e conseqüente falta de pastagem na região; - A Empresa cedeu uma das casas existente na área adquirida do Sr. Getardo para que o Município de Carlos Chagas mantivesse o projeto de piscicultura (tanques redes) já existente no Rio Mucuri. O projeto foi declinado devido a grande cheia do Rio Mucuri na época; Avalia-se que o impacto ambiental na região está sendo positivo e sustentável pois, além das práticas de manejo adotadas pela Empresa, o projeto respeita na integra a legislação ( áreas de APP e Reserva Legal), promovendo a recuperação ambiental na região. O relacionamento da Empresa com os Prefeitos dos Municípios de Nanuque e Carlos Chagas e líderes comunitários das comunidades vizinhas das áreas adquiridas desde o início da implantação da base florestal tem sido transparente, com repasse de todas as informações referentes ao projeto na região nas reuniões com as comunidades através dos Programas Bons Vizinhos e dos Encontros Comunitários realizados. A relação de pedidos entregues ao Bureau Veritas Certification foi encaminhada à gerência de relações com a comunidade. Entretanto, a Aracruz prioriza o atendimento a projetos conforme o direcionador estratégico, ou seja, projetos de geração de trabalho e renda, conservação da biodiversidade e educação sócio-ambiental alinhados com o negócio da empresa. Caso a comunidade tenha interesse em estabelecer parcerias dentro destas linhas de atuação, devem ser encaminhados à empresa (gerência regional da Bahia) projetos individuais para serem avaliados. 87 29. João Luiz (voluntário dos direitos humanos/ex-coordenador do escritório do IBAMA na região) – Apresentou por escrito cópia de processo no ministério público do estado da Bahia contra a empresa Veracel. A documentação apresentada não diz respeito às atividades da empresa Aracruz Celulose, nem tão pouco às áreas objeto deste escopo de auditoria, sendo, portanto, desconsiderada em nosso processo de avaliação documental, quanto ao seu atendimento. 30 - Solicitação de informações sobre seguintes impactos ambientais da cultura do eucalipto 30.1 - Diminuição da biodiversidade A história de devastação dos ecossistemas brasileiros indica que as florestas naturais foram e continuam a ser fortemente impactadas pela exploração madeireira, sendo, em seguida, substituídas por pastagens e culturas agrícolas. Grandes áreas já foram devastadas nos diferentes biomas brasileiros, o que afeta diretamente a conservação da biodiversidade. É o caso da Mata Atlântica, bioma originalmente presente nas áreas de atuação da Aracruz, nos Estados do Espírito Santo, da Bahia e Minas Gerais. A Mata Atlântica é um complexo e exuberante conjunto de ecossistemas de essencial importância por abrigar parte significativa da diversidade biológica brasileira. Ela é reconhecida, nacional e internacionalmente, como um bioma que precisa de ações emergenciais de conservação. 88 Consciente disso, a Aracruz se esforça em favorecer a conservação de todos os remanescentes florestais nativos em suas propriedades. Adicionalmente, ao proporcionar o fornecimento alternativo de madeira por meio de seus plantios renováveis, a empresa participa efetivamente do esforço global em aliviar a pressão sobre as matas nativas. Atualmente, como já citado, a empresa tem aproximadamente 290 mil hectares de plantios de eucalipto entremeados com 170 mil hectares de reservas nativas conservadas. Essa grande extensão de reservas nativas dificilmente existiria hoje, caso estivesse distribuída em uma estrutura fundiária muito fragmentada, como ocorre tradicionalmente em várias partes do país, notadamente na região sudeste. Assim como as demais atividades agrícolas, o plantio de florestas causa impactos ambientais. No entanto, é importante ressaltar que, no caso do eucalipto, a adoção de práticas como o plantio em mosaico (blocos de eucalipto entremeados com matas nativas) e a manutenção de corredores ecológicos (plantios de eucalipto que ligam fragmentos de florestas nativas conservados isoladamente) reduzem sobremaneira os impactos sobre o meio ambiente. E, na maioria das vezes, ajudam a protegê-lo. A presença das reservas nativas permite também maior proteção ao próprio eucalipto, pois elas garantem a conservação de vários inimigos naturais de pragas e doenças que ameaçam as florestas plantadas. Há 15 anos a Aracruz faz estudos e monitoramentos da flora e da fauna nos seus plantios de eucalipto e também em áreas de reservas nativas. Essas ações permitem à empresa avaliar, entre outros aspectos: a riqueza da biodiversidade nas suas áreas de atuação; se as práticas de manejo adotadas são sustentáveis; 89 se a distribuição e qualidade das áreas de preservação são suficientes para o equilíbrio ambiental local; e se há ambientes especiais a serem protegidos ou conservados. Enfim, oferecem o embasamento necessário ao aprimoramento do sistema de manejo das florestas da empresa. Nesse contexto, merecem atenção especial as diversas espécies de aves que convivem com os plantios de eucalipto. Elas exercem um papel fundamental nas pesquisas sobre biodiversidade conduzidas pela Aracruz. Isto porque, de acordo com os estudiosos do assunto, as aves são consideradas ótimos indicadores biológicos da qualidade do ambiente, já que reagem ao menor sinal de desequilíbrio. No banco de dados da empresa já foram registradas cerca de 120 mil aves, das quais mais de 11 mil foram anilhadas e catalogadas ao longo de 13 anos de estudos. Isso representa mais de 150 mil horas de trabalho e experimentação científica. Os dados de anilhamento possibilitam verificar a permanência das aves nas áreas da empresa ao longo do tempo, bem como seu deslocamento espacial e a inter-relação desses fatores com a qualidade do ambiente local, tanto nos plantios comerciais de eucalipto quanto nas reservas de Mata Atlântica. Monitoramentos recentes realizados no sul da Bahia indicam a permanência e expansão de uma população de Glaucis dohrnii, o beija-flor mais ameaçado do país. Foi também registrada nos plantios de eucalipto da Aracruz a presença do papagaio Touit surda e do papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), ambos ameaçados de extinção. 90 Essas observações confirmam as interações favoráveis entre os plantios de eucalipto e as aves no Brasil. Ao todo, já são mais de 550 espécies de aves catalogadas em áreas da Aracruz e do Programa Produtor Florestal. Fazem parte desse total 67 espécies já identificadas na relação das ameaçadas no Brasil e no mundo. Os dados desses monitoramentos, conduzidos em parceria com a Funatura (ONG ambientalista, declarada entidade de utilidade pública federal, pela importância dos projetos que desenvolve), atestam que o modelo de manejo florestal adotado pela empresa vem permitindo a manutenção das comunidades de animais nos locais estudados, em função da oferta natural de abrigo, alimento e condições de reprodução. A diversidade vegetal também é monitorada. Espécies de árvores nativas como o pau-brasil, cedro, jacarandá, ipê e muitas outras estão protegidas e catalogadas. Os levantamentos de flora identificaram a existência de 558 espécies de árvores nas florestas nativas, e de 125 espécies nos sub-bosques dos plantios de eucalipto. Finalmente, diversos trabalhos de avaliação da viabilidade técnica dos plantios de eucalipto combinados com outras culturas, como milho, feijão, arroz, soja, sorgo, melancia, abóbora, melão, pastagem e outras, nos chamados sistemas agroflorestais (SAFs), mostram que o eucalipto não exaure os recursos naturais nem impede o convívio harmonioso de outras plantas da biodiversidade em sua vizinhança. Em função disso, o uso de SAFs vem sendo estudado pela Aracruz desde 2004, mediante parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirós (Esalq/USP). 91 Essa tecnologia tem sido implantada com sucesso, na forma de parcerias com comunidades vizinhas da empresa, e está disponível também para todo e qualquer produtor florestal que tenha interesse em consorciar seus plantios de eucalipto com outras culturas agrícolas. Manejado de forma adequada, o eucalipto propicia a proteção e a conservação da biodiversidade. A crença de que ele cria um deserto verde não se justifica. Deserto é um local de pouca vida. Onde há árvores, há vida. 30.2 - Restrição das áreas de agricultura de subsistência Ao contrário, a plantação de eucalipto feita através do programa de fomento florestal cria oportunidade de diversificação de renda para os produtores, gerando empregos e propiciando a fixação do homem ao campo. Além disso, as áreas utilizadas para plantio de eucalipto geralmente eram ocupadas com pastagens degradadas. Alguns projetos sociais da empresa, como Agricultura Familiar e Sistemas Agroflorestais (PIMA) incentivam a agricultura de subsistência nas comunidades próximas às áreas da empresa. 92 30.3 - Extinção dos córregos que alimentam os pequenos agricultores; diminuição de água nas nascentes A água é essencial para a vida. Nas plantas, ela tem um papel fundamental, pois é um dos componentes necessários para a realização da fotossíntese. Por esse processo, ocorre a fixação do carbono atmosférico, na presença de água e luz. Considerando-se qualquer cobertura vegetal, o volume de água que de fato chega ao solo é o resultado da diferença entre a quantidade que chove e a que é interceptada pela copa das plantas. Do volume de água que chega à superfície do solo, parte é infiltrada e outra parte é escoada diretamente para córregos e rios. Da porção infiltrada, também uma parte evapora-se do solo e outra parte é usada pela planta, para crescer e se reproduzir. Trata-se da transpiração. A transpiração é, portanto, a evaporação da água empregada nos diversos processos que ocorrem dentro da planta. Ela se dá por meio das folhas, através dos seus estômatos, como são chamadas as estruturas microscópicas responsáveis pela comunicação da planta com a atmosfera. Como tudo isso ocorre simultaneamente, os processos de evaporação (solo) e de transpiração (planta) podem ser combinados, caracterizando o fenômeno conhecido por evapotranspiração, que reflete efetivamente a quantidade de água que determinado tipo de planta utiliza por unidade de área. A água que se infiltra pelo solo pode ainda chegar ao lençol freático (posição do perfil do solo onde todos os poros estão saturados com água). Pode também ocorrer o oposto, que é o chamado "fluxo ascendente". 93 Para uma melhor compreensão, todo este ciclo hidrológico é representado na Figura 2. Desde 1995 a Aracruz estuda e quantifica cientificamente os componentes do ciclo hidrológico em uma área representativa de seus plantios de eucalipto no Espírito Santo. Esses estudos fazem parte de uma iniciativa denominada Projeto Microbacia, destinada ao melhor entendimento das relações entre o eucalipto e o ambiente. Este projeto abrange uma área de 286 hectares, composta por plantios de eucalipto entremeados com florestas nativas. Os estudos envolvem a avaliação de um ciclo completo do eucalipto, do plantio à colheita. É ali que ocorrem diversas experiências, realizadas em parceria com universidades, centros de pesquisa, organizações não governamentais (ONGs) e órgãos ambientais, tanto nacionais como internacionais, que estão relacionadas ao final desta publicação. 94 Os estudos especificamente relacionados ao ciclo hidrológico do eucalipto tiveram a importante participação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e também do CSIRO, renomada instituição de pesquisa da Austrália. Esses estudos demonstram que: - No período de 1998 a 2004, a evapotranspiração (ou consumo médio de água pelo eucalipto) foi de 1092 mm/ano (ou litros/m²/ano), semelhante à quantidade média de chuva (1147 mm/ano) e ao consumo médio das florestas nativas vizinhas (1167 mm/ano). Estudos com outras culturas importantes como café, cana-de-açúcar e frutas cítricas evidenciam um consumo de água semelhante ao observado para o eucalipto na microbacia da Aracruz. - Uma maior quantidade de água da chuva se infiltra no solo das florestas plantadas, em comparação às florestas nativas. Isso porque, nestas últimas, boa parte da água fica retida nas copas das árvores, evaporando-se para a atmosfera. - O lençol freático se mantém em profundidades superiores a 15 metros, enquanto a profundidade média das raízes do eucalipto na Aracruz não ultrapassa 2,5 metros. As raízes do eucalipto, portanto, não alcançam o lençol freático. - Na região estudada, os plantios foram mais eficientes que as florestas nativas para converter água em madeira, uma vez que o crescimento do eucalipto é mais rápido, mesmo consumindo a mesma quantidade de água. A eficiência média do eucalipto foi estimada em 0,43 m³ água/kg de madeira, comparativamente a 1,3 m³ água/kg de madeira na Mata Atlântica. Essa eficiência do eucalipto pode ser comprovada também em comparação com outros produtos, conforme mostrado no Gráfico 1. 95 - Pode ocorrer um fluxo ascendente da água armazenada no solo, que leva o lençol freático a baixar naturalmente com o avanço da idade do eucalipto. O lençol, contudo, volta a sua condição original nos primeiros meses após o corte da floresta, mantendo, por sucessivas rotações, o sistema em equilíbrio. - Em anos mais secos, com menor intensidade de chuvas, o fluxo ascendente de água no solo é maior. Em contrapartida, o consumo pelo eucalipto passa a ser menor e, portanto, seu ritmo de crescimento diminui. Isso ocorre porque o eucalipto tem mecanismos de controle do uso da água bem eficientes, especialmente nos períodos mais críticos. - As áreas da Aracruz apresentam oferta de água compatível com a demanda do eucalipto, de forma que os plantios não comprometem a vazão de córregos e rios. 96 30.5 - Mudança da paisagem A alteração da paisagem ocorre com a colheita das árvores dos talhões, quando as áreas florestadas deixam de existir por um determinado tempo, causando uma modificação na paisagem anterior. Este impacto é cíclico, reversível e de abrangência local, estando correlacionado com o tamanho da área a ser colhida e do método de colheita (corte raso). Este impacto é minimizado em áreas onde é praticado o manejo da floresta para serraria (onde é aplicado o corte seletivo e o corte raso ocorre apenas a cada 14 anos) e também pela manutenção das áreas de preservação permanente. O plantio de eucalipto se restabelece rapidamente, atingindo cerca de 10 metros aos 2 anos de idade, retornando a paisagem à situação anterior. 30.6 - Aumentaram animais (ratos, cobras, morcegos e outros) e pragas na lavoura Não existem evidências que correlacionem aumento de pragas na lavoura com o plantio do eucalipto. Pelo contrário, o aumento da biodiversidade pelo modelo de manejo florestal adotado pela empresa, cf. detalhado no item 30.1, provê o aumento de serviços ambientais como controle biológico natural de pragas e doenças. A presença de animais como cobras e morcegos não é associada ao plantio de eucalipto, e sim à recuperação e conservação das áreas de florestas nativas. Esses animais fazem parte da cadeia alimentar dos ecossistemas protegidos e prestam importantes serviços ambientais, como polinização e controle natural de pragas. 97 A Aracruz mantém um programa contínuo de monitoramento integrado de pragas e doenças ocasionais em toda sua base florestal, que envolve vistorias periódicas para detectar a ocorrência focos de pragas e doenças ocasionais e avaliar/acompanhar sua evolução, suprindo de dados e informações os responsáveis pelas decisões relativas à adoção de medidas de controle. São realizados levantamentos através de amostragens que podem medir a população absoluta, relativa ou índices populacionais dos agentes de dano e/ou a avaliação dos danos e injúrias causadas à cultura. 30.7 - Desertificação São freqüentes os questionamentos sobre o impacto do eucalipto no solo, ou seja, se ele esgota a fertilidade do terreno ou se causa erosão ou compactação. Graças aos cuidados ambientais das empresas do setor, nada disso tem acontecido. O atual modelo de preparo do solo para plantio de eucalipto no Brasil é definido como subsolagem de mínimo impacto. É assim chamado porque o equipamento utilizado nesta operação não expõe a terra em profundidade, não provoca inversão das camadas superficiais do solo e o mantém protegido pelos resíduos vegetais da colheita (folhas, galhos, raízes e cascas). Para avaliar o efeito desse tipo de prática sobre as perdas de solo por erosão causada pelas chuvas, de 1996 a 2002 a Aracruz conduziu testes na sua microbacia experimental no Espírito Santo, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla). Esse monitoramento mostrou que as perdas de solo nas plantações de eucalipto variaram somente de 0,60 t a 1,0 t de solo/hectare/ano, 98 valores estes muito abaixo dos limites de tolerância estimados para os solos da região (entre 10 t/ha/ano e 13 t/ha/ano), e menores também que os relatados para algumas das principais culturas agrícolas plantadas na região (Tabela 4). A fertilidade dos solos também tem merecido o máximo cuidado por parte dos técnicos envolvidos com plantações de eucalipto nas regiões tropicais. A baixa reserva natural de nutrientes nos solos, o rápido crescimento das árvores, a elevada produtividade e os ciclos cada vez mais curtos são fatores importantes que justificam esse interesse. Com o tempo, foi necessário investir no levantamento detalhado dos solos, mapeando suas características físicas e químicas, além de conhecer as necessidades dos diferentes clones de eucalipto usados na empresa. A partir desses levantamentos, a Aracruz desenvolveu, com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), um programa personalizado que faz o balanço de nutrientes e recomenda adubações para cada talhão plantado, 99 cuja área média é de 17 hectares. Essas adubações levam em conta a contribuição dos resíduos da colheita (raízes, cascas, galhos e folhas) e também a aplicação de resíduos do processo de fabricação de celulose, como cinzas e lama de cal (fontes de cálcio e magnésio). A Aracruz dispõe de informações de pelo menos três ciclos completos de monitoramento nutricional das plantações de eucalipto. As análises de solo, realizadas antes de cada plantio, indicam que vem ocorrendo uma melhoria da fertilidade, como reflexo das alterações de manejo implementadas ao longo do tempo. Isso tem impactos positivos na sustentabilidade da produção de madeira e nos custos com adubação. Teores de fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca) disponíveis nos solos plantados, notadamente no norte do Espírito Santo e sul da Bahia, no período de 2002 a 2006, subiram 50%, 25% e 36%, respectivamente. A Tabela 5 mostra a comparação das demandas de nutrientes para o eucalipto e para as principais culturas plantadas no Brasil. Fica claro que o eucalipto, além de demandar menor quantidade de fertilizantes para completar seu ciclo produtivo, é, dentre as plantas cultivadas, uma das mais eficientes na conversão de nutrientes em biomassa utilizável pelo homem. 100 Em resumo quando, implantada de maneira correta, a cultura do eucalipto não provoca a degradação do solo, em suas características físicas, químicas e biológicas. 31 - Solicitação de informações sobre os impactos sociais da cultura do eucalipto (diminuição de empregos ou desemprego; aumento da pobreza devido ao êxodo rural; aumento de alcoolismo e uso de substâncias ilícitas devido à ociosidade; aumento de problemas sociais e de segurança devido à ociosidade; diminuição da produção de alimentos, carne e leite; insegurança para viajar à noite atravessando os eucaliptais) Esses efeitos refletem causas comuns à grande parte das regiões de baixo desenvolvimento socioeconômico da sociedade brasileira. Causas que têm origem estrutural onde principalmente a baixa qualidade de educação formal, 101 a saúde precária, os serviços básicos deficitários e a desqualificação profissional abrangem homens e mulheres, principalmente na faixa etária adulta economicamente ativa. Esse cenário pode ser melhor visualizado no fluxograma abaixo, o qual mostra as causas e efeitos das baixas condições de qualidade de vida nas comunidades vizinhas das operações da Aracruz Celulose: Alto nível de desocupação da força de trabalho Desigualdade na distribuição de renda Educação de qualidade insuficiente Baixo nível de desenvolvimento do capital social Condições precárias do atendimento em saúde Arranjos produtivos locais deficitários Elevado índice Elevado índice de Elevados níveis de de Analfabetismo evasão escolar déficit aprendizagem Desqualificação profissional Desorganização social Elevada expectativa de dependência do poder público e privado Baixa oferta e qualidade de serviços públicos básicos Baixa percepção da vocação regional Infra-estrutura deficiente RH desqualificado Políticas públicas deficitárias e com dificuldade de acessibilidade 102 As atividades produtivas da iniciativa privada são, em sua maioria, oportunidades de reduzir a pressão social desses efeitos, porém em escala inferior à necessidade e a abrangência da competência do Estado. Desta forma, a atuação nas causas dos problemas prioritários nestas regiões, é percebida como forte contribuição para a melhoria gradativa da qualidade de vida de suas populações. O investimento social estratégico se torna um meio de ação, quando devidamente monitorado de forma a unir as forças do Estado, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada. As principais características das comunidades das áreas vizinhas da Aracruz são: perfil rural; baixo desenvolvimento socioeconômico; baixa representatividade do interesse coletivo; baixos níveis de escolaridade; carência de capacitação profissional; lento desenvolvimento do capital social e problemas de infra-estrutura. 103 Diante desse cenário a Aracruz avaliou que poderá proporcionar melhor contribuição à sociedade focando suas intervenções sociais orientadas prioritariamente para a Geração de Trabalho e Renda e Educação, atuando assim nos meios (causas) e não nos efeitos fins, como pode ser observado no fluxograma : Fins Melhorar a oferta de oportunidades de de trabalho e geração de renda Meios Melhorar distribuição de renda Educação de qualidade suficiente Fortalecimento do desenvolvimento do capital social Melhoria nas condições do atendimento em saúde Arranjos produtivos locais fortalecidos Redução índice Redução índice de Redução dos níveis de Analfabetismo evasão escolar déficit aprendizagem Profissionais melhor qualificados Melhorar a organização social Reduzir a expectativa de dependência do poder público e privado Melhoria na oferta e qualidade de serviços públicos básicos Melhorar a percepção da vocação regional Infra-estrutura adequada RH melhor qualificado Contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas setorizadas. 32. Como a Aracruz garante que não há excesso de carga de madeira nos caminhões? Quais são os procedimentos de segurança adotados e método de verificação de limites de carga no transporte da madeira? Todos os caminhões são pesados em nossas 3 balanças da fábrica. Estas balanças são certificadas pelo Inmetro. 104 Sempre que ocorrem desvios no peso, isto é passado para o carregamento de campo no sentido de se reduzir o volume carregado em cada carro, cuja referencia são faixas pintadas nos fueiros, de forma a corrigir o desvio on-line. Antes de iniciar o transporte da madeira, através do nosso cadastro, é feita uma analise da densidade da madeira e com base no histórico que temos, definimos o padrão de carregamento de cada compartimento dos veículos (utilizando as faixas pintadas no fueiros). Além destas ações, estamos instalando uma balança em COCB onde todos os veículos que passarem por lá serão pesados e corrigidos eventuais desvios. Estamos também estudando uma nova forma de operação, onde toda madeira será estocada em depósitos intermediários dotados de balanças, o que garantirá que toda carga saia pesada destes depósitos. 105 PARECER DO BUREAU VERITAS CERTIFICATION De acordo com o relatado pela Aracruz Celulose tecemos as considerações abaixo, a respeito de perguntas específicas que, no nosso entender, merecem um parecer detalhado por parte do Bureau Veritas Certification. Observamos que em várias respostas da Aracruz foi feita uma referência a um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organização independente que atua no Brasil nas áreas de formação e estudos especializados, e realizou no ano de 2005 um estudo denominado “Das árvores aos lares”. Trata-se de uma análise de toda a cadeia produtiva do eucalipto, onde vários temas relevantes foram abordados de forma acadêmica. O Bureau Veritas Certification entende que esta Fundação tem independência e competência suficiente para realizar estudos na cadeia produtiva do eucalipto e parte do princípio de que as informações publicadas neste relatório de 2005 são confiáveis. Questões 9 e 21: Quanto a pergunta sobre a inclusão do fomento florestal na certificação, é importante esclarecer que a abrangência de uma certificação é estabelecida através do “Escopo” pretendido pela empresa. Em se tratando de um processo voluntário, cabe, neste caso, à Aracruz definir quais as áreas a serem certificadas em cada estado de atuação. Sendo o fomento florestal uma modalidade de contrato, onde as propriedades não pertencem à Aracruz e onde as responsabilidades quanto ao uso da área são do proprietário ou arrendatário da mesma, estas não poderiam ser incluídas no escopo da empresa Aracruz Celulose. 106 Questão 11: A questão relacionada à contratação de mão-de-obra local é tratada no critério 5.1 do CERFLOR e, portanto, objeto de verificação das auditorias conduzidas por nós. Os dados apresentados pela Aracruz refletem a realidade em termos de contratação local e atendem ao item “F” do critério 5.1 do CERFLOR. Questão 14: Observamos que durante as reuniões públicas foram feitas muitas perguntas de caráter informativo. Isto nos leva a enfatizar que o princípio 5 do CERFLOR estabelece a necessidade da Aracruz ter um programa de comunicação com partes interessadas, ainda pouco explorado pelas comunidades. Esclarecemos que nas auditorias anuais as demandas por escrito das comunidades, ONG´s e outras partes interessadas são verificadas pela equipe de auditoria, quanto ao seu correto tratamento e resposta, conforme procedimentos internos estabelecidos pela empresa. Questão 15: Denúncia sobre falta d´água nas comunidades de Aparajú e taquari. O Bureau Veritas entende que este tema deve ser aprofundado, com o intuito de se obter evidências objetivas a respeito dos impactos ambientais sobre a implantação da cultura do eucalipto no local apontado. Desta forma estaremos verificando a denúncia durante a auditoria de follow-up, a ser realizada até o dia 15 de dezembro de 2008. 107 Questão 17: O Bureau Veritas entende que a questão do sombreamento do eucalipto deve ser avaliada “caso a caso” pela Aracruz. Neste sentido a resposta atende momentaneamente ao solicitante, que deverá entrar em contato com a empresa para a busca de uma solução razoável. Sugerimos que o solicitante documente suas demandas no sentido de tornar possível nossa verificação durante auditorias de manutenção, caso a empresa seja recomendada para a certificação. Deve ser esclarecido ainda, que a legislação não dispõe de regulamentação quanto ao distanciamento entre plantios de eucalipto e propriedades vizinhas. A largura de 10 metros dos aceiros, citada na resposta da Aracruz, assim como as condições de manutenção desses aceiros evidenciados em campo, atende ao CERFLOR em seu princípio 4. Questão 19: Quanto a segurança no transporte de madeira: Durante nossa auditoria de campo, verificamos várias cargas de madeira, sendo transportadas nos estados da Bahia e Minas Gerais, não tendo sido encontradas irregularidades quanto aos procedimentos de segurança, especialmente a formação de comboios. Sugerimos aos usuários das estradas e moradores das comunidades a identificar os caminhões considerados irregulares através das placas, para informar a Aracruz sobre irregularidades encontradas. As comunicações feitas por escrito poderão ser verificadas em auditorias de manutenção, caso a empresa seja recomendada para certificação. 108 Questão 22: Sobre proibição de pesca em áreas da empresa: Entendemos que esta reclamação não foi feita por pescadores ou representantes destes, não havendo, portanto, uma denúncia específica quanto ao desrespeito dos hábitos e costumes da população local. Deve ser ressaltado que este tema é tratado no princípio 5 do CERFLOR, havendo uma obrigação por parte da empresa em respeitar o hábito de pesca não predatória em locais tradicionalmente utilizados pelas comunidades. Foi redigida uma Oportunidade de Melhoria a respeito da identificação em mapas de locais tradicionalmente utilizados para pesca não predatória. Questão 27: Sobre solicitação de vários documentos da empresa: A documentação solicitada faz parte de registros e documentos internos da empresa, não havendo qualquer tipo de requisito legal ou do CERFLOR que obriga a divulgação dos mesmos, com exceção do plano de manejo que deve ser divulgado nas comunidades locais. Desta forma consideramos a resposta da Aracruz adequada, entendendo ainda existir pró-atividades por parte da empresa em convidar a organização solicitante a participar do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia, o que seria de grande valia no processo de engajamento entre empresa e organização solicitante. 109 O Bureau Veritas Certification entende que, no contexto das comunicações recebidas durante as reuniões públicas, a Aracruz Celulose atende aos princípios do CERFLOR, tendo demonstrado evidências suficientes a respeito das respostas redigidas acima, com exceção da denúncia feita em reunião pública a respeito da falta de água nas comunidades de Aparajú e Taquari, em função do plantio de eucalipto. 6. CONCLUSÃO Considerando: • A finalização do processo de auditoria, onde o BUREAU VERITAS CERTIFICATION avaliou de forma consistente o atendimento aos critérios e indicadores estabelecidos na norma NBR 14.789/01 – Manejo Florestal – Princípios, Critérios e Indicadores para Plantações Florestais; • A normalidade das operações da Aracruz Celulose durante o período de auditoria, o que permitiu a realização de uma amostragem representativa dos processos da empresa; • A realização integral da auditoria conforme plano de auditoria elaborado pelo auditor-líder do evento; • A existência de um Plano de Manejo documentado com objetivos definidos e compatíveis com a escala do empreendimento avaliado; • A demonstração por parte da empresa em melhorar o seu relacionamento com as comunidades presentes na área de influência de seu empreendimento florestal; • A existência de uma política da Aracruz Celulose que incentiva e/ou implementa programas de interesse comunitário; • O registro de uma não conformidade que deverá ser tratada pela empresa e apresentada ao Bureau Veritas Certification até o dia 15 de dezembro. 110 • A necessidade de aprofundamento da denúncia feita em reunião pública a respeito da falta de água nas comunidades de Aparajú e taquari, em função do plantio de eucalipto. O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de auditoria do CERFLOR, estabelece a necessidade de realização de auditoria de follow-up nas instalações da empresa Aracruz Celulose. A continuidade do processo de auditoria consiste na disponibilização deste Relatório de Auditoria para apreciação pública por 30 (trinta) dias. 111 ANEXOS: ANEXO I: CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO DAS REUNIÕES PÚBLICAS E QUESTIONÁRIO DE CONSULTA PÚBLICA São Paulo, 25 de Julho de 2008. CONVITE REUNIÃO PÚBLICA CERTIFICAÇÃO DO MANEJO FLORESTAL DA EMPRESA ARACRUZ CELULOSE S.A. NAS UNIDADES DE MANEJO LOCALIZADAS NOS MUNICÍPIOS DE MUCURÍ, NOVA VIÇOSA, PRADO, ALCOBAÇA, CARAVELAS, IBIRAPUÃ, TEIXEIRA DE FREITAS E VEREDA NO ESTADO DA BAHIA. O BVQI do Brasil Sociedade Certificadora Ltda, organismo de certificação de florestas plantadas, credenciado pelo INMETRO para proceder a estas certificações de acordo com os requisitos da norma NBR 14789 – Manejo florestal – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, conhecida como CERFLOR, convida V.Sa. a participar de Reunião Pública para certificação florestal da empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. nas unidades de manejo florestal localizadas nos municípios acima citados onde a empresa desenvolve manejo de plantações florestais de eucalipto em uma área bruta de 170.487,7 hectares. A norma de certificação florestal CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e requisitos legais, ambientais e sociais a serem desenvolvidos na empresa e nas unidades de manejo objeto da certificação. No processo de certificação a participação de partes interessadas, representantes da sociedade civil onde se encontram as unidades de manejo da empresa buscando a certificação e demais instituições governamentais e não governamentais interessadas, é fundamental para a completa avaliação do atendimento aos princípios, critérios e indicadores definidos no CERFLOR e para dar maior credibilidade e transparência a certificação. Neste sentido, estamos divulgando a certificação da ARACRUZ CELULOSE S.A. e comunicando que neste processo serão realizadas Reuniões Públicas nos municípios de atuação da empresa nos locais e horários indicados. 112 NOVA VIÇOSA – MUCURI Data: 12/08/2008 Horário: 18:00 às 20:00 horas Local: Espaço Cultural de Pesquisa e Formação Pedagógica Manoel Costa de Almeida Endereço: Rua Inglaterra, 8 – Posto da Mata. Nova Viçosa - BA CARAVELAS Data: 13/08/2008 Horário: 9:00 às 11:00 horas Local: Clube dos 40 Endereço: Rua. Barão do Rio Branco, s/n – Centro. Caravelas – BA ALCOBAÇA – PRADO – TEIXEIRA DE FREITAS Data: 13/08/2008 Horário: 15:00 às 17:00 horas Local: Câmara Municipal de Alcobaça Endereço: Praça São Bernardo, s/n – Centro. Alcobaça – BA IBIRAPUÃ – VEREDA – TEIXEIRA DE FREITAS Data: 14/08/2008 Horário: 10:00 às 12:00 horas Local: Secretaria Municipal de Ação Social Endereço: Rua Itapoã, 2 - Centro. Ibirapuã – BA O objetivo de tais reuniões é levantar recomendações e comentários das partes interessadas, referentes aos princípios do CERFLOR que serão objeto de avaliação na auditoria principal de certificação. 113 Tais comentários e recomendações serão registrados em sua totalidade e as conclusões do BUREAU VERITAS CERTIFICATION referentes as suas avaliações na auditoria principal de certificação serão apresentadas no relatório de auditoria florestal da ARACRUZ CELULOSE S.A. A Reunião Pública será conduzida por um auditor do BUREAU VERITAS CERTIFICATION que atuará como mediador. A empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. participará da Reunião como observadora. A Reunião será dividida em duas partes sendo na primeira apresentado de forma resumida o processo de certificação CERFLOR, segundo as regras estabelecidas pelo INMETRO e a segunda para que os participantes exponham suas críticas, comentários, preocupações, sugestões, etc referentes a impactos ambientais e sociais que deveriam ser avaliados no processo de certificação CERFLOR da ARACRUZ CELULOSE S.A. Para mais informações sobre o BUREAU VERITAS CERTIFICATION, CERFLOR e as regras de certificação de florestas recomenda-se acessar os sites www.bureauveritascertification.com.br e www.inmetro.gov.br. $% & '( )( * )+ ,$+.)+ & * & .)& % ( ') * $+ & / & * )0 1( '$ / 2 (+ $3 )3'$& 4 )#3 $* 2 )+ ( 56$ $3 $* (7% & $71(3 $+ $3 + & 78$)(33 $63+ $* $9$'(+ $3 (2 & * & )#3 $)3.$3 3 ()356$( + $* $9$+ $: 56$$3 $7'): (* (7% & $)56$: / (+'$3 $6* (7;$* & :$7(56$$7;) ):9<: & 7$+ $3 3 $$: .)+ & * & .)+')3 $67& =$3 )+ ) )56$2 $3 56$ + $* $9$+ $: ( * (7% & $ $ .(+ )2 86: :(& %( 71( .6'$+ $: .)+ & * & .)+') $67& 1( $3 ,3 $7'($7% & )'($: )7$4 (>6$3 & (7,+ & ((7'$.('$+ 1( 3 $+).+ $3 $7)')3 * (:$7,+ & (3 3 (9+ $& :.)* (3 ):9& $7)& 3$ 3 (* & )& 3 '$ 3 $63 * (7;$* & :$7(3 56$ '$% $+ & ): 3 $+ )% )2 & )'(3 7( .+ (* $3 3 ( '$ * $+ & / & * )0 1( 3 + $3 .(3 )3 '$% $: 3 $+ $7% & )')3 )(3 '$3 & 7),+ & (3 $ $7'$+ $0 (3 & 7'& * )'(3 7( >6$3 & (7,+ & ( $3 '$? ,)8+ )'$* $:(33 6).)+ & * & .)0 1( $+ 8& ( )+ %)2 ;( 6+ $)6 $+ & )3 $+ & / & * )& (7 !" # # 114 São Paulo, 25 de Julho de 2008 CONVITE REUNIÃO PÚBLICA CERTIFICAÇÃO DO MANEJO FLORESTAL DA EMPRESA ARACRUZ CELULOSE S.A. NAS UNIDADES DE MANEJO LOCALIZADAS NO MUNICÍPIO DE NANUQUE E CARLOS CHAGAS NO ESTADO MINAS GERAIS. O BVQI do Brasil Sociedade Certificadora Ltda, organismo de certificação de florestas plantadas, credenciado pelo INMETRO para proceder a estas certificações de acordo com os requisitos da norma NBR 14789 – Manejo florestal – Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, conhecida como CERFLOR, convida V.Sa. a participar de Reunião Pública para certificação florestal da empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. nas unidades de manejo florestal localizadas nos municípios acima citados onde a empresa desenvolve manejo de plantações florestais de eucalipto em uma área bruta de 13.658,2 hectares. A norma de certificação florestal CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e requisitos legais, ambientais e sociais a serem desenvolvidos na empresa e nas unidades de manejo objeto da certificação. No processo de certificação a participação de partes interessadas, representantes da sociedade civil onde se encontram as unidades de manejo da empresa buscando a certificação e demais instituições governamentais e não governamentais interessadas, é fundamental para a completa avaliação do atendimento aos princípios, critérios e indicadores definidos no CERFLOR e para dar maior credibilidade e transparência a certificação. Neste sentido, estamos divulgando a certificação da ARACRUZ CELULOSE S.A. e comunicando que neste processo serão realizadas Reuniões Públicas nos municípios de atuação da empresa nos locais e horários indicados. NANUQUE – CARLOS CHAGAS Data: 14/08/2008 Horário: 19:00 às 21:00 horas Local: Escola Estadual Estella Matutina / FUNEC Endereço: Rua Governador Valadares, 529. Bairro - Estela Nanuque – MG 115 O objetivo de tais reuniões é levantar recomendações e comentários das partes interessadas, referentes aos princípios do CERFLOR que serão objeto de avaliação na auditoria principal de certificação. Tais comentários e recomendações serão registrados em sua totalidade e as conclusões do BUREAU VERITAS CERTIFICATION referentes as suas avaliações na auditoria principal de certificação serão apresentadas no relatório de auditoria florestal da ARACRUZ CELULOSE S.A. A Reunião Pública será conduzida por um auditor do BUREAU VERITAS CERTIFICATION que atuará como mediador. A empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. participará da Reunião como observadora. A Reunião será dividida em duas partes sendo na primeira apresentado de forma resumida o processo de certificação CERFLOR, segundo as regras estabelecidas pelo INMETRO e a segunda para que os participantes exponham suas críticas, comentários, preocupações, sugestões, etc referentes a impactos ambientais e sociais que deveriam ser avaliados no processo de certificação CERFLOR da ARACRUZ CELULOSE S.A. Para mais informações sobre o BUREAU VERITAS CERTIFICATION, CERFLOR e as regras de certificação de florestas recomenda-se acessar os sites www.bureauveritascertification.com.br e www.inmetro.gov.br. $% & '( )( * )+ ,$+.)+ & * & .)& % ( ') * $+ & / & * )0 1( '$ / 2 (+ $3 )3'$& 4 )#3 $* 2 )+ ( 56$ $3 $* (7% & $71(3 $+ $3 + & 78$)(33 $63+ $* $9$'(+ $3 (2 & * & )#3 $)3.$3 3 ()356$( + $* $9$+ $: 56$$3 $7'): (* (7% & $)56$: / (+'$3 $6* (7;$* & :$7(56$$7;) ):9<: & 7$+ $3 3 $$: .)+ & * & .)+')3 $67& =$3 )+ ) )56$2 $3 56$ + $* $9$+ $: ( * (7% & $ $ .(+ )2 86: :(& %( 71( .6'$+ $: .)+ & * & .)+') $67& 1( $3 ,3 $7'($7% & )'($: )7$4 (>6$3 & (7,+ & ((7'$.('$+ 1( 3 $+).+ $3 $7)')3 * (:$7,+ & (3 3 (9+ $& :.)* (3 ):9& $7)& 3$ 3 (* & )& 3 '$ 3 $63 * (7;$* & :$7(3 56$ '$% $+ & ): 3 $+ )% )2 & )'(3 7( .+ (* $3 3 ( '$ * $+ & / & * )0 1( 3 + $3 .(3 )3 '$% $: 3 $+ $7% & )')3 )(3 '$3 & 7),+ & (3 $ $7'$+ $0 (3 & 7'& * )'(3 7( >6$3 & (7,+ & ( $3 '$? ,)8+ )'$* $:(33 6).)+ & * & .)0 1( $+ 8& ( )+ %)2 ;( 6+ $)6 $+ & )3 $+ & / & * )& (7 !" # # 116 QUESTIONÁRIO DE CONSULTA PÚBLICA CERTIFICAÇÃO DO MANEJO FLORESTAL DA EMPRESA ARACRUZ CELULOSE S.A. NAS UNIDADES DE MANEJO LOCALIZADAS NOS MUNICÍPIOS DE MUCURÍ, NOVA VIÇOSA, PRADO, ALCOBAÇA, CARAVELAS, IBIRAPUÃ, TEIXEIRA DE FREITAS E VEREDA NO ESTADO DA BAHIA. NOME ORGANIZAÇÃO RUA/AV: ENDEREÇO CIDADE: ESTADO: CEP: E-MAIL 1. O (a) sr (a) conhece a empresa ARACRUZ CELULOSE S.A.? SIM ( ) NÃO ( ) 2. Há algum comentário a fazer a respeito da empresa ARACRUZ CELULOSE S.A? 3. Que comentários o (a) sr (a) teria em relação à empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. nos municípios acima citados? 4. Existe(m) algum (uns) impacto(s) ambiental (ais) provocado(s) pela Empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. nos municípios citados na questão 3 acima que deva(m) ser verificado(s) Na auditoria? SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( ) 5. Qual (ais) é (são) este (s) impacto (s)? 6. Existe(m) algum (uns) impacto(s) social (ais) provocado pela empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. nos municípios citados na questão 3 acima que deva(m) ser verificado(s) na auditoria? SIM ( ) NÃO ( ) 7. Qual (ais) é (são) este (s) impacto (s)? Este questionário tem por objetivo levantar dados e informações oriundas de pessoas e organizações da sociedade civil para o processo de certificação de florestas pela regra CERFLOR. Os nomes das pessoas que responderem ao questionário não serão citados nos documentos que irão compor o processo de certificação da empresa ARACRUZ CELULOSE S.A. bem como estas pessoas não terão qualquer responsabilidade na certificação. Encaminhar a resposta para o e-mail: [email protected] ou fax: 011 50709010 ou para o endereço Avenida do Café 277, Torre B,5° andar , CEP 04311-000, São Paulo, SP 117