1/5 PROGRAMA DE DISCIPLINA DISCIPLINA: ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA CÓDIGO: EMI027 CARGA HORÁRIA TEÓRICA 30H CARGA HORÁRIA PRÁTICA 75H CRÉDITOS 7 VERSÃO CURRICULAR: 2010/2 PERÍODO: 8º DEPTO: EMI PRÉ-REQUISITOS SAÚDE DA MULHER - EMI026 ENFERMAGEM DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - EMI042 CLASSIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Obrigatória EMENTA Aborda os conceitos e princípios da atenção básica, situação de saúde da área de abrangência de uma Unidade Básica de saúde - UBS para o planejamento das ações de intervenção em nível individual e coletivo, as doenças infecciosas e parasitárias persistentes, emergentes, reemergentes e a de tendência decrescente, vulnerabilidade social, vigilância epidemiológica, sistema de agravos de notificação e Programa Nacional de Imunização. OBJETIVO GERAL Prestar assistência de enfermagem individual e coletiva no contexto da atenção primária de acordo com as propostas e estratégias do modelo de vigilância em saúde. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar a Política Nacional de Atenção Básica e Saúde; Analisar os conceitos de vigilância à saúde e de vulnerabilidade social; Analisar a Política Nacional de Promoção à Saúde e desenvolver ações nesse âmbito; Reconhecer o território e sua dinâmica social, cultural, política e ambiental; Planejar as ações de atenção à saúde em nível individual e coletivo; Executar ações de atenção à saúde individual e coletiva nas doenças de notificação compulsória e nas doenças e agravos não Executar as ações previstas no PNI. 2/5 METODOLOGIA A disciplina será desenvolvida em três cenários: sala de aula, laboratório de informática e Centros de Saúde do Município de Belo Horizonte. A primeira aproximação do conteúdo da disciplina ocorrerá em sala de aula por meio de atividades didáticas: aula expositiva, seminário e estudo em grupo. Serão realizados 4 (quatro) laboratórios para permitir o aprofundamento da discussão em temas específicos. LABORATÓRIO 1 - PNI Objetivo: Desenvolver as ações para o planejamento, programação e operacionalização das atividades de vacinação. Atividade: Organização de campanha vacinal - Estudo caso Belo Horizonte (cálculo cobertura vacinal; mapa de vacinas, programação de campanha, monitoramento e avaliação - monitoramento rápido) Local: Laboratório Informática, Laboratório de Técnicas. LABORATÓRIO 2 - Classificação de risco Objetivo: Desenvolver as ações para a classificação de risco dos usuários da Atenção Primária. Atividade: simulação de atendimento - Estudos de casos e classificação dos usuários, análise das implicações para o modelo assistencial, organização de fluxos e acesso aos serviços. Local: Sala de aula. LABORATÓRIO 3 - Vulnerabilidade saúde e sala de situação Objetivo: Operacionalizar o conceito de vulnerabilidade à saúde; utilizar estratégia para disseminação das informações em saúde. Atividade: Construir o índice de vulnerabilidade à saúde - Estudo caso Belo Horizonte. Local: Laboratório de Informática. LABORATÓRIO 4 - Investigação epidemiológica de surtos/fluxo da notificação compulsória Objetivo: Desenvolver a habilidade para reconhecer e confirmar a existência de surto; conhecer os passos de uma investigação, descrever o surto em tempo, lugar e pessoa; gerar hipóteses plausíveis que expliquem o surto, identificar o problema e tomar medidas adequadas de controle e prevenção; elaborar relatório de encerramento da investigação e divulgar resultados. Atividade: Simulação de uma investigação de surto Local: Sala de aula. O ensino clínico será desenvolvido em 8 (oito) Centros de Saúde do município de Belo Horizonte. Os alunos serão divididos em grupos mantendo a relação professor/aluno de 1/5, o que garantirá a qualidade da supervisão direta dos alunos. As principais atividades a serem realizadas nos campos de ensino clínico serão: Atividades Acolhimento - Classificação de risco SISREG - Fluxo dos usuários Conteúdo REDES ATENÇÃO; identificação das demandas, classificação de risco SISREG Consultas de Enfermagem Controle das doenças infecciosas e DANT Consulta domiciliar (ações do quinto dia, curativo, consulta de enfermagem) Prevenção e controle das doenças infecciosas e DANT Visita domiciliar junto com o Agente Comunitário de Saúde (ACS) Trabalho do ACS - reconhecimento do território 3/5 Atividade educativa Desenvolvimento de ações de promoção e prevenção Acompanhamento de surto - acompanhamento dos usuários com doenças infecciosas persistentes Vigilância em saúde Sala de vacina - registro (cobertura vacinal, mapa de vacina, livro de registro, cartões espelhos); programação de campanhas (organização geral, cálculo de doses); estrutura da sala de vacina (rede de frio), aplicação vacina. Programa Nacional de Vacina - PNI AVALIAÇÃO Atividades Avaliativas Ensino Clínico Projeto: Atividade Educativa Apresentação da Atividade Educativa (Centro de Saúde e Escola) SEMINÁRIO I Portfólio Laboratórios Prova Final TOTAL Pontos 20,00 10,00 5,00 15,00 20,00 30,00 100,00 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I - Política Nacional de Atenção Básica à Saúde e a atuação do enfermeiro nesse âmbito. Conceito e princípios gerais da atenção básica, organização da Atenção Básica: Estratégia Saúde da Família, estrutura e organização do processo de trabalho na atenção básica, Resolução 2.488 de 21/10/2011, atuação do enfermero na atenção Básica. Unidade II - Vigilância em saúde, vulnerabilidade social, Política Nacional de Promoção à saúde. Política Nacional de Promoção à Saúde: conceito de promoção da saúde; diferenças entre promoção e prevenção, promoção da saúde teia de relações desigualdades sociais, promoção da saúde e determinantes sociais da saúde, vulnerabilidade social: conceito de vulnerabilidade, relações entre risco e vulnerabilidade, vulnerabilidade social e de saúde. Vigilância em Saúde: conceito, relação com a gestão, ações realizadas no âmbito da vigilância, prevenção e controle de agravos, vigilância e emergências em saúde pública. Unidade III - Território como campo de atuação da Unidade Básica de Saúde. Território e sua dinâmica social, cultural, política ambiental e de saúde como campo de atuação da Unidade Básica de Saúde. Unidade IV - Prevenção e controle das doenças infecciosas e parasitárias persistentes, emergentes, reemergentes e as de tendência decrescentes. Doenças Reemergentes: dengue, cólera, difteria, febre amarela e tuberculose; Doenças Emergentes: HIV, hepatite C, influenza (H1N1), encefalite; doenças transmissíveis com tendência decrescente: difteria, rubéola, coqueluche e o tétano acidental, a doença de Chagas, hanseníase e febre tifoide. Unidade V - Prevenção e controle doenças e agravos não transmissíveis - DANT. As DANT como um problema de saúde pública, cuidado integral das DANT, Programas, políticas e estratégias de enfrentamento das DANT na atenção primária à saúde, atendimento individual e coletivo das DANT na atenção primária à saúde. Unidade VI - PNI - Programa Nacional de Imunização. Vacinas do PNI, eventos adversos pós-vacinação (identificação e notificação), processo de trabalho da enfermagem na sala de vacina, imunobiológicos especiais, Rede de Frio, Sistema de informação e registro de vacina (mapa de vacina, cartão de vacina, arquivo), campanha vacinal, Soro (indicação, tipo). 4/5 REFERÊNCIAS Unidade I - Política Nacional de Atenção Básica à Saúde e a atuação do enfermeiro nesse âmbito. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção à Saúde - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. GIL, C. R. R. Atenção primária, atenção básica e saúde da família: sinergias e singularidades do contexto brasileiro. Cad. Saúde Pública [on line]. 2006, v.22, n.6, pp. 1171-1181. GIOVANELLA L. et al, organizadores. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/ CEBES; 2008. OLIVEIRA, M. M., et al. O profissional enfermeiro e a atenção primária à saúde. Ver. Enferm. Saúde. Pelotas (RS) 2011 jan-mar; 1(1): 184-189. Unidade II - Vigilância em saúde, vulnerabilidade social, Política Nacional de Promoção à saúde. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde no SUS: fortalecendo a capacidade de resposta aos velhos e novos desafios/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 228p. - (Série B: textos básicos de Saúde). BUSS, M. P. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. Promoção da Saúde conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003, p. 15-38. BUSS, M. P.; PELLEGRINI FILHO, A. A saúde e seus determinantes sociais. PHISYS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n.1, p. 77-93, 2007. CZERESNIA, D. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção. In: CZERESNIA, D.: FREITAS, C. M. Promoção da Saúde - conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003, p. 39-53. MAGALHÃES, R. Monitoramento das desigualdades sociais em saúde: significados e potencialidades das fontes de informação. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, p. 667-673, 2007. MUNOZ SANCHEZ, A. I.; BERTOLOZZI, M. R. A. Pode o conceito de vulnerabilidade apoiar a construção do conhecimento em Saúde Coletiva?. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 12, n.2, p.319-324, 2007. TRAVERSO-YEPEZ, M. Dilemas da promoção da saúde no Brasil: reflexões em torno da política naciona. Interface-Comunic, Saúde, Educ., v.11, n.22, maio/ago, 2007. Unidade III - Território como campo de atuação da Unidade Básica de Saúde. SANTOS AL, RIGOTTO RM. Território e territorialização: incorporando as relações de produção, trabalho, ambiente e saúde na atenção básica à saúde. Trab Educação Saúde 2010/2011; 8:387-406. MONKEY M, BARCELOS C. Vigilância em saúde e território utilizado: possibilidades teóricas e metodológicas. Cad Saúde Pública 2005; 21:898-906. RIGOTTO R. M., AUGUSTO L. G. S. Saúde e ambiente no Brasil: desenvolvimento, território e iniquidade social. Cad Saúde Pública 2007; 23:S475-S501. Unidade IV - Prevenção e controle das doenças infecciosas e parasitárias persistentes, emergentes, reemergentes e as de tendência decrescentes. BRASIL. Ministério da Saúde. Uma análise da situação da saúde. Ministério da Saúde, Brasília, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: diagnóstico e manejo clínico adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. 4 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 5/5 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 7 ed. Rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_bolso_7_edicao_web.pdf. Acesso em 23 de abril de 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Novo Calendário Vacinal de 2012. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Jan/18/calendario_180112.pdf. Acesso em: 23 de abril de 2012. Unidade V - Prevenção e controle doenças e agravos não transmissíveis - DANT. RABETTI, A. C.; FREITAS, Sérgio Fernando Torres de. Avaliação das ações em hipertensão arterial sistêmica na atenção básica. Revista Saúde Pública; 45(2): 258-268, 2011. FERREIRA, Celma Lúcia Rocha Alves; FERREIRA, Márcia Gonçalves. Características epidemiológicas de pacientes diabéticos da rede pública de saúde: análise a partir do sistema HiperDia. Arquivos Brasileiro Endocrinologia Metabolismo; 53(1): 80-86, 2009. HENRIQUE, Nathália Noronha; COSTA, Priscila da Silva; VILETI, Juliana Lopes; CORRÊA, Maria Clara de Macedo; CARVALHO, Eloá Carneiro. Hipertensão arterial e diabetes mellitus: um estudo sobre os programas de atenção básica. Revista Enfermagem. UERJ; 16(2): 168-173, 2008. Unidade VI - PNI - Programa Nacional de Imunização. BRASIL. Manual de Normas de Vacinação. 3 ed. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde; 2001. 72p. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação 2007. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 188p. BRASIL. Portaria nº 1602, de 17 de julho de 2006. Institui em todo o território nacional os calendários de Vacinação da Criança, do Adolescente, do Adulto e do Idoso. WHO/IVB/05.18. Immunization, Vaccines and Biologicals. Vaccine Introduction Guidelines, Adding a vaccine to a national immunization programme: decision and implementation. WHO Department of Immunization, Vaccines and Biologicals and UNICEF Programme Division, Health Section GIVS - Global Immunization Vision and Strategy 2006-2015. MORAES, J. C. et al. Qual é a cobertura vacinal real? Epidemiol. Serv. Saúde (on line ). 2003, vol.12, n.3. pp. 147-153.