GRAVIDE Z EM AUDIÊNCIA.
(Olá, pessoas lindas, ricas e cultas do Não Entendo Direito! Eu também não... até hoje. E olhe
que já estou trabalhando neste ramo há pelo menos 15 anos.
Bom, todos temos um momento coxinha na seara jurídica. Eu, que frequentemente escrevo
umas porcarias de contos jurídicos sobre os outros, resolvi dar a cara à tapa me expor e contar
uma história bem coxinha que aconteceu comigo.)
No início da carreira, passadas as primeiras audiências, eu já estava todo se achando a última
coca-cola do deserto confiante para começar a relaxar mais, conversar com a parte inimiga
contrária, perguntar sobre a vida do estagiário que digita a audiência e até arriscar bater um
papo com o MM.
Com a certeza da causa ganha, primeiro equívoco do advogado, entrei na sala de audiências
com minha cliente (ação de seguro de vida) e, ao sentar, resolvi cumprimentar a advogada que
vinha com o representante da seguradora.
Como sou bem enxerido observador, vi que a tal advogada usada uma blusinha bem à vontade
por cima da causa jeans, deixando supor que estava prenha grávida, devido à saliência ali
contida.
Ainda que em voz baixa, fiz o comentário mais odiado pelas mulheres:
- Olha... você está grávida. Parabéns!
Sim, caro leitor... se você achou que eu me ferrei (não vou nem escrever a palavra que todos
tiveram em mente), você acertou em cheio. Ela não estava grávida, eram as “bordas de catupiry”
que estavam teimando em não entrar na calça jeans.
Ela me olhou com aquela cara de quem não se fez de entendida, disfarçou e me perguntou
“Como?”, fingindo que não escutou direito.
Por sorte, o juiz já começou a falar aquelas porcarias sobre os benefícios da composição os
trabalhos e tudo se resolveu. Bem, mais ou menos. Não teve acordo. De jeito nenhum...
Mas uma lição ficou: nunca mais pergunto se uma mulher está grávida!
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