Governança, Risco e Controles Internos
Nos últimos tempos, identificou-se um número maior de empresas e
profissionais preocupados em aplicar o GRC (Governança, Risco e
Compliance). Mas o que é necessário para realmente possuir uma gestão de
GRC efetiva e confiável?
Na realidade, o maior problema é que muitos tentam aplicar controles internos
sem entender o conceito ou sem utilizar a metodologia adequada. Para
realmente introduzir o GRC na organização, o primeiro bom caminho é
conhecer o ambiente regulatório, entrevistar os colaboradores para identificar
as atividades correspondentes, compreender os fluxos operacionais e relatórios
existentes na área e observar o funcionamento dos sistemas internos.
Por outro lado, o profissional de GRC atual deve ter boa capacidade de
argumentação, informação técnica e teórica sobre a atividade exercida pela
empresa, e incansável busca pelo conhecimento nessa área em expansão.
Hoje, existem empresas com equipes muito mais preocupadas na gestão de
riscos e controles internos. Os delineamentos operacionais e financeiros, a
continuidade de negócios, a segurança da informação, os contingentes
trabalhistas e fiscais, os riscos de imagem e reputação, além de certos casos
mesmo de ausência de índole, conduta moral e ética se tornaram, de fato,
elementos críticos dentro de qualquer organização que se preze.
O mais interessante, no entanto, é que governança corporativa não é lei. É
entendida, na verdade, como melhores práticas. Porém, como caminhamos
para um modelo onde acionistas, órgãos reguladores, colaboradores e a
própria sociedade estão exigindo a aplicabilidade da boa governança nas
empresas, é bem provável que em breve ela se torne regra.
Em outra vertente, a conscientização de todos é essencial para que haja uma
maior cobrança na gestão profissional das empresas, sejam elas de capital
aberto ou fechado.
Governança, Risco e Compliance é um novo jeito de gerir e manter as
empresas com eficiência, confiabilidade, sustentabilidade e continuidade. Não
é tão fácil mensurar, mas quando acontece uma perda por investimentos
indevidos ou especulativos em instrumentos financeiros, fraudes financeiras
e/ou contábeis, falhas devido à ausência de plano de contingência ou de
continuidade de negócios, o dano sobrepõe o retorno. E aí, não tem como
voltar atrás.
Marcos Assi - Coordenador do MBA Gestão de Riscos e Compliance da
Trevisan Escola de Negócios, professor da FIA e Saint Paul Escola de
Negócios.
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