Parashá Vaetchanan (e supliquei) 27 de julho de 2013 Devarim (Deuteronômio) 3:23 a 7:11 Resumo da Parashá Moisés insiste em entrar na terra de Canaã, mas Deus lho nega novamente. Moisés ordena ao povo de Israel que sigam as leis dadas por Deus para serem merecedoras da sagrada terra em que estão entrando. Algumas cidades da região são designadas para servirem como cidades de refúgio a pessoas que cometeram assassinato involuntário. A entrega das Tábuas da Lei e os mandamentos são recordados. Mais uma vez, Moisés exorta o povo a obedecer essas leis para evitarem as maldições. Moisés reafirma a unicidade de Deus, citando pela primeira vez a formulação do “Shemá Israel”. Moisés alerta o povo para destruir os deuses encontrados naquela terra para não cometerem idolatria, porque senão acabariam por servi-los. Versículos de destaque Dt 4: 2 --- Fala sobre não acrescentar nem tirar nada da palavra de Deus Dt 4: 9 --- Sobre o dever de transmitir a palavra do Eterno aos filhos Dt 4: 15 a 19 e 23 ---> Sobre não fazer imagens de escultura para sua adoração Dt 4: 30 --- Foi predita a volta de Israel a Deus quando se afastasse Dele, nos últimos dias. Sobre isto falaremos mais adiante Dt 4: 35 --- Não existe nenhum outro Deus Dt 4: 40 --- A terra de Israel foi dada a eles para sempre Dt 6: 2 --- Temer ao Senhor e guardar os seus mandamentos prolongam nossos dias na terra Dt 6: 4 --- Shemá Israel, o credo judaico, a profissão de fé central do monoteísmo judaico Dt 6: 8 ---A colocação dos tefilins (ver fotos e anexos) Dt 6: 9 --- Sobre as mezuzás (ver fotos e anexos) Dt 6: 10 e 11 --- Bênçãos prometidas após o término da caminhada pelo deserto Dt 7: 3 e 4 --- Não devemos nos casar com quem não adora o nosso Deus Aplicação da Parashá e Haftará (Isaías cap. 40:1-26) Leia também : Dt 30; Dt 31; 29; Sl 1: 2; Sl 119; Os 3: 5; I Co 7: 16; “Lemos na parashá desta semana o texto provavelmente mais conhecido dentro de toda a Torá, para um judeu. Trata-se do conhecido parágrafo do Shemá Israel (Deut. 6: 4-9), recitado todos os dias pela manhã e pela noite. Muitos acham que o Shemá é uma reza, vários afirmam até ser a “principal reza do judaísmo”; mas o fato é que de reza o Shemá não tem nada. Não louvam a Deus, nem agradecem por nada, e muito menos pedem qualquer coisa. O que fazem, na realidade, é uma declaração; uma espécie de meditação e de reafirmação para si mesmo a respeito da unicidade de Deus e de Seus mandamentos. “Escuta, ó Israel, o Eterno é nosso Deus, o Eterno é um. E amarás ao Eterno, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as suas posses. E que essas palavras que hoje te ordeno estejam sobre o teu coração. E as ensinarás aos teus filhos e falarás delas quando estiveres sentado em tua casa e ao andares pelo caminho, ao deitar-te e ao levantarte. E as atarás como um sinal sobre o teu braço e serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás sobre os umbrais da tua casa e nos teus portões”( retirado do CJNEWS). Esta maravilhosa parashá nos ensina ou relembra, em pormenores, passagens anteriormente descritas. Moisés preocupado com o final de sua estada na terra, repassa os mandamentos divinos para que Israel não sofra com as punições da justiça do Eterno (leia o capitulo 30 agora). O descrito no versículo 30 do capitulo 4, remete ao futuro assim como o versículo 29 do capitulo 31. Lendo o que escreveu Oséias, no versículo 5 do capitulo 3, entendemos facilmente qual era a preocupação de Moisés: “Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor Seu Deus, e a Davi, seu rei; e, nos últimos dias, tremendo se aproximarão do Senhor e da Sua bondade”. De fato veremos Israel errando e voltando para o Senhor várias vezes. Mas Ele prometeu que quando se arrependessem sinceramente e voltassem, Ele teria misericórdia, pois, definitivamente, se casou com Israel (ver Os 2: 16). Que a igreja não julgue os pecados de Israel porque o mesmo acontece com Cristo e sua noiva. Quantas vezes pecamos e voltamos arrependidos e o Mestre nos recebe de braços abertos. Somos iguais. A haftará, Isaías capitulo 40 e seguintes, nos falam exatamente sobre o futuro glorioso desta nação, quando então sob o reinado do Messias, desfrutarão das bênçãos prometidas ao longo do Tanach (veja os versículos 5, 9, 10 e 23). Interessante sobre o uso dos tefilins (vide fotos) que enquanto os judeus usam-nos no braço esquerdo com os pergaminhos voltados para o coração e sobre a testa significando amor à palavra de Deus e um meditar constante, o diabo, no final dos tempos, também marcará os homens no seu breve reinado da mesma forma, só que na mão direita (veja Ap 13: 16), ou seja, o reinado de Yeshua é pelo amor, e o do diabo, pela força, poderíamos entender assim. Como sempre, o inimigo é um imitador. QuickTime™ and a decompressor are neede d to see this picture. QuickTime™ and a dec ompress or are needed to see this picture. QuickTime™ and a decompressor are neede d to se e this picture. Leia sobre os tefilins e mezuzás nos anexos das parashás. Autor : Sílvio Simões Maia ANEXOS DAS PARASHÁS Tefilin "E as atarás como sinal na tua mão e serão por filactérios entre teus olhos". ( Deut.6:8) O que é? O termo Tefilin é reminescente da palavra Tefilá (prece). Consiste em duas pequenas caixas quadradas de couro de um animal casher, permitido para consumo. Devem formar um quadrado perfeito e as tiras de couro devem ser pintadas de preto, sem qualquer falha. Dentro de cada caixa encontram-se escritos em pergaminho (que também é feito de um animal casher), quatro parágrafos da Torá. A Torá apenas nos diz que devemos "amarrá-los sobre a mão e devem ser como lembrança entre os olhos". Os detalhes de como devem ser escritos, preparados, encaixados foram transmitidos através da Tradição Oral, a partir de Moisés (Moshé) que recebeu todos os detalhes do procedimento diretamente de D-us, até que foram anotados pelos sábios na Mishná, no Talmud e no Shulchan Aruch, para que não fossem perdidos. As caixinhas são chamadas de "de-cabeça" (shel rosh) e "de-mão" (shel yad). A caixinha "de-mão" é colocada sobre o braço esquerdo de maneira a ficar encostada junto ao coração, sede das emoções, com a correia de couro suspensa sendo enrolada na mão esquerda, bem como no dedo médio. Tem uma única divisão com as passagens da Torá em um só pergaminho. A "de-cabeça" é colocada acima da testa, de maneira a pousar sobre o cérebro. Contém quatro divisões com pergaminhos sobre os quais estão escritas quatro passagens da Torá. A Torá descreve Tefilin como um sinal de envolvimento do indivíduo expressando seus sentimentos básicos de identificação e valores judaicos. Os Tefilin são colocados no braço, junto ao coração e sobre a cabeça a partir do momento em que o menino completa 13 anos, seu bar-mitsvá. Isto significa a ligação dos poderes emocionais e intelectuais a serviço de D-us. As tiras, estendendo-se do braço para a mão e da cabeça às pernas significam a transmissão da energia intelectual e emocional para as mãos e os pés, simbolizando sentimento e ação. Conteúdo Os quatro parágrafos da Torá que se encontram dentro dos Tefilin são: Shemá Israel - Proclama a Unidade Divina, base fundamental da fé judaica: descreve a ordem Divina de colocar os Tefilin sobre a mão e a cabeça. Vehayá Im Shamoa - Expressa a promessa de D-us, da compensação que nos advirá da observância dos preceitos da Torá e o aviso da retribuição pela desobediência aos mesmos Cadêsh Li - O dever de Israel de sempre relembrar a redenção da escravidão no Egito. Vehayá Ki Yeviachá - Recorda o dever de cada pai judeu de ensinar a seus filhos todos estes temas. Por que as mulheres não são obrigadas a usar Tefilin? Conforme a Lei Talmúdica, as mulheres estão "isentas" de cumprir rituais que devem ocorrer a horas determinadas do dia. Como os Tefilin são colocados durante o serviço religioso da manhã, as mulheres estão liberadas desta obrigação. O motivo mais provável para a isenção dada às mulheres é que se considera inadequado usar um objeto sagrado como os Tefilin estando em estado de impureza. E as mulheres são periodicamente consideradas impuras (porque perdem vida) em virtude do ciclo menstrual. Outros significados O livro Zôhar diz que atando os Tefilin, "se amarra o instinto maligno" da pessoa. Daí a sua colocação no lado esquerdo, lado mais fraco ou lado direito para os canhotos. Assim o braço não está mais livre para mover-se contra a vontade de D-us. As correias atadas envolvendo o braço com os conceitos enunciados nos Tefilin, são para lograr que o ser humano alcance o nível predisposto de "Amarás a D-us com todo teu coração, com toda tua alma e com toda a tua força", conforme o Shemá Israel, presente nos Tefilin. As sete voltas A cabeça deve comandar o coração. O coração é considerado o centro das emoções, que são divididas em sete tipos, dentre as quais amor, temor e piedade. As três voltas no dedo médio Um dos simbolismos dos Tefilin é a devoção e afeição entre D-us e Israel, que são citados como noivos. Assim as voltas em torno do dedo simbolizam uma aliança, e uma tríplice referência ao noivado de D-us com Israel. As duas tiras que caem Significam a influência da cabeça sobre o resto do corpo, em seus lados direito e esquerdo. Tudo isto indica que assim como fisicamente o cérebro é o centro nervoso mais vital e que controla o corpo todo, também espiritualmente o intelecto serve para guiar toda a vida do judeu; o corpo, com todos seus membros e órgãos deve estar a serviço dos mandamentos Divinos diariamente. O Tefilin "de-mão" deve ser colocado antes do "de-cabeça". Isto representa o princípio judaico de que a prática deve vir antes da teoria. Devemos antes obedecer os mandamentos Divinos, sem questioná-los e só então entender e se aprofundar em seu significado. A ação deve estar acima da razão elevando o indivíduo a um grande nível espiritual, mesmo sem sua total compreensão e apenas com seu simples consentimento em querer cumprir um mandamento Divino. No Tefilin da cabeça estão gravadas duas letras Shin (do alfabeto hebraico), sendo que uma tem três pontas e a outra tem quatro pontas. O valor numérico da letra Shin é 300; a soma das duas totaliza 600, sendo que as duas letras juntas formam a palavra Shesh (que significa seis), o que soma 606. Se adicionarmos o número de pontas das duas letras, que é sete, chegaremos ao total de 613 que é o número correspondente aos preceitos da Torá. O Tefilin "de-cabeça" vem lembrar ao homem de submeter os seus olhos e seus ouvidos a D-us. O Tefilin "de-mão" vem subordinar apenas um órgão, o coração, fazendo com que as emoções e sentimentos sejam dirigidos a D-us. O Tefilin "de-mão" tem um só compartimento equivalente ao sentido do tato, enquanto o "de-cabeça" possui quatro compartimentos, equivalentes aos quatro sentidos encontrados na cabeça: visão, audição, paladar e olfato. Assim, a pessoa desperta todos os seus sentidos para o serviço Divino. Quando o homem coloca Tefilin de manhã, quatro anjos cumprimentam-no ao sair pela porta. Como o assunto é vasto, recomendamos a leitura no site www.visaojudaica.com.br e no botão Comunidade judaica e clicar nos links Beit Chabad, Mitzvót e Tefilin. Fonte : Visão Judaica - Edição N° 19 Mezuzá (do hebraico " מזוזהumbral") é o nome de um mandamento da Torá que ordena que seja afixado no umbral das portas um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém as duas passagens da Torá que ordenam este mandamento, "Shemá" e "Vehaiá" (Deuteronômio 6:4-9 e 11:13-21). A mezuzá deve ser afixado no umbral direito de cada dependência do lar, sinagoga ou estabelecimento judaico como lembrança do criador. Deve ser posto a sete palmos de altura do chão, apontando para dentro do estabelecimento com a extremidade de cima. Os judeus costumam beijar a mezuzá toda a vez que se passa pela porta, para lembrar das orações que estão contidas ali dentro e os princípios do judaísmo que elas carregam. Fonte : Wikipédia