Informativo Semanal . Ano VII . 12/06/2014 . N°. 307
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> Restaurante Waldorf - Cardápio Semanal
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> Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto
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> Escola de Pais
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> Texto de aluna Ana Clara - 10° ano
> Bazar da Escola Waldorf
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> Desertos, a Celebração de São João
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> Pentecostes - A Festa do Futuro
> Agenda
Expediente:
O Integração é uma publicação semanal destinada aos pais e alunos da Escola Waldorf João Guimarães Rosa.
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Escola Waldorf João Guimarães Rosa
a
na 14 Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto
Paula Emboaba
Essa primeira participação da Escola Waldorf
João Guimarães Rosa na 14ª Feira Nacional do
Livro de Ribeirão Preto nasceu da vontade de
divulgar o trabalho pedagógico realizado na
nossa escola para a comunidade de Ribeirão
Preto e região, além dos desdobramentos
em âmbito nacional. Para a realização deste
evento contei com a colaboração de muitos
professores, alunos, pais e funcionários da
escola.
Conseguimos cumprir o cronograma previsto
de forma muito satisfatória e pontual, dando
dinamismo e leveza às oficinas, documentários
e vivências que aconteceram neste agradável
domingo. Percebemos no transcorrer do dia
um aumento expressivo de público visitante
em nossa tenda, culminando no final do dia
com as apresentações musicais lotadas. A
receptividade e o interesse despertado no
público que não pertence a nossa comunidade
escolar evidenciaram a beleza da pedagogia
Waldorf e sua forma humanista e artística de
educar.
Agradeço em especial o Sr. Antônio que
emprestou o carro e ajudou no carregamento
do material, aos professores que realizaram
as oficinas, vivências e apresentações: Nicole
(preparação rítmica), Gustavo (transporte
das mudas e preparação das atividades
ambientais), Duda (professora convidada
para a vivência ambiental e plantio), Carla,
Patrícia e Chamis (trabalhos manuais), Cristina
(oficina de argila), Érica, Beatriz, Nelma e Sara
(apresentações musicais), bem como aos
outros professores que organizaram o material,
colaboraram na montagem do evento e se
revezaram no atendimento ao público.
Gostaria de agradecer também à Marcela
e ao Renê do restaurante, que prepararam
um delicioso lanche da tarde para todos os
presentes. Agradeço muito aos alunos do 11º
ano que passaram o dia todo comigo na Feira:
Bianca Bloom, João Pedro Moura e João Pedro
Arias, à aluna do 12º ano, Cynthia, que fez o
registro fotográfico, ao aluno João Torres do
11º ano que fez o registro fílmico, e aos demais
alunos que participaram da organização e das
apresentações no final do dia. Por fim, gostaria
de salientar a importante participação das
famílias da escola prestigiando o evento e
vivenciando as atividades oferecidas. ␥
“Com clareza, o ser humano só vê no mundo
exterior, o que consegue irradiar com a luz de seu
interior.” - Rudolf Steiner
Fotografias: Bianca Bloom, Cynthia Mello e Paula Emboaba.
Texto de aluna Ana Clara - 10° ano
Ah, belas ondas, onde está o meu amado?
Que não me respondeu quando foi chamado
Será que morreu afogado?
Ah, verdes ondas, para onde foi o meu querido?
Talvez cansou-se de ficar comigo?
Será que morreu sufocado?
Se me deixou ou se me trocou
Que não veio quando foi chamado
Será que morreu afogado?
- Onde está o nosso amigo?
E eu te digo que este já não está mais contigo
Será que morreu sufocado?
Bazar da Escola Waldorf
Durante a preparação das prendas para a Festa
Junina pudemos contar com a participação
calorosa de mães, pais e avós, que nos auxiliaram
doando seu tempo e suas habilidades. Foi uma
experiência muito gratificante.
Na confecção das prendas usamos muitos materiais
que foram doados espontaneamente e outros
tantos adquiridos com os recursos gerados pelo
próprio bazar. Principalmente sacolas de lanche,
sacolas de trabalhos manuais, capas de flauta e
outros diversos produtos criados pelas mãos hábeis
de muitas mães.
Em nome do nosso Bazar, agradeço imensamente a
participação de todos!
Abraços
Onde está o teu amado?
Que tão longe tem estado
Está lá do outro lado, todo apaixonado.
Simone Cristina Polli Teixeira
Desertos, a Celebração de São João
Ana Paula Cury. Enviado por Marluce Leone
Reunimo-nos para celebrar a época de São João o
Batista.
No início do evangelho de Marcos aponta-se para
uma de suas características mais fortes, segundo a
qual ele é descrito como a “Voz do que clama no
deserto”; “E todo o povo foi até ele”.
João surge do deserto, da solidão. O que fazia ele
no deserto, porque buscava a solidão? Ele buscava
o conhecimento do Espírito, que só pode ser
alcançado e amadurecido, pelo próprio esforço
individual. Ele buscava ouvir a voz daquele que fala
no silêncio do coração. O que se manifesta como
força na palavra de João, é o divino que pertence
ao homem, seu espírito, que não pode habitar nele
se não é buscado, conhecido. Em nossa época, tão
superficial, acelerada e imediatista, torna-se ainda
maior o significado e a importância do “deserto”.
Nós andamos no deserto. Não no deserto físico,
mas no deserto interior. Na época de Cristo, o
povo de Israel estava em decadência, enfraquecido
por sucessivas desilusões com os falsos messias
que apareciam, e tinha a mente cética. A religião
perdera toda a força dos mistérios, tendo-se
tornado o templo, burocrático e vazio, andando ao
lado do poder temporal. Em nosso tempo vivemos
uma situação parecida em muitos aspectos.
De certo modo essa foi a herança do
desenvolvimento científico unilateral, que o
mundo conheceu desde a segunda metade do séc.
XVII. Uma das alavancas desse desenvolvimento
foi a visão mecanicista de Descartes a respeito do
mundo. A física avançou a partir desta importante
visão que tratava o mundo como uma grande
máquina, um mecanismo. As pessoas passaram
a ver-se a si próprios como egos existindo
isoladamente dentro de seus corpos.
Em consequência passaram a enxergar o mundo
também como um amontoado de objetos e fatos
isolados, sem relação entre si.
Para os budistas isso é avidya (ignorância).
“Quando a mente é perturbada, produz-se a
multiplicidade das coisas.
Quando a mente é aquietada, a multiplicidade
desaparece”.
Existem enfim, os desertos interiores. Deles é
que temos de falar, sabendo reconhecer os que
apresentam de doloroso e tórrido, mas tentando
também descobrir aí, a fonte escondida, o oásis,
a presença inesperada que nos recebe, debaixo
de uma palmeira sorridente, em redor de uma
fogueira onde a dança dos passantes se junta
às das estrelas. Pois o deserto não constitui uma
meta; é sim, um lugar de passagem, uma travessia.
Cada um, então, tem sua própria terra prometida,
sua expectativa que poderá ser frustrada, sua
esperança a ser confirmada.
Algumas pessoas vivem esta experiência do deserto
no próprio corpo; quer isto se chame envelhecer,
adoecer, sofrer as consequências de um acidente.
Esse deserto às vezes demora muito a atravessar.
Outras pessoas vivem o deserto no coração de
suas relações, deserto do desejo ou do amor, das
secas ou dos sofrimentos que não se aprendeu a
partilhar.
Há também os desertos da inteligência, onde
o mais sábio vai esbarrar no incompreensível e
o mais consciente, no impensável. Conhecer o
mundo e suas matérias conhecer a si mesmo e às
suas memórias, isso só se consegue atravessando
desertos.
Temos finalmente, os desertos da fé o crepúsculo
das idéias e dos ídolos, que havíamos transformado
em deuses ou num Deus para dar segurança às
nossas impotências e abafar nossas mais vivas
perguntas.
Cada um de nós tem seu próprio deserto a
atravessar. E sempre de novo será necessário
desmascarar-lhe as miragens, mas também
contemplar seus milagres: o instante, a aliança, a
douta ignorância e a fecunda vacuidade.
Lembremo-nos de que também Jesus após acolher
em si o germe do Espírito Crístico com o Batismo
no Jordão, dirigiu-se ao deserto, onde enfrentou
e venceu o tentador partindo para sua missão
redentora.
No deserto, a criatura humana se despoja de si,
enfrenta seus demônios e forja a própria identidade.
João é para nós um mestre do deserto. Neste quase
não havida; o calor extremo do dia contrasta com o
frio rigoroso da noite. Mas João conhece o deserto e
não se desespera, sabe procurar a água escondida,
encontrar o oásis de milagres e surpresas, buscar
alimentos para manter o corpo. Sabe apreciar o
grande espetáculo que chega todas as noites: um
céu imensurável recheado de estrelas, que são os
grandes amigos e companheiros de jornada. E para
aqueles de nós que puderem aprender com João
sobre o vazio, a imensidão e o silêncio do deserto,
sempre haverá a recompensa do encontro consigo
mesmo e com Aquele que É em tudo o que É. ␥
(Baseado em reflexões de Marcus Piedade e em
fragmentos do livro Desertos de Jean Yves-Leloup)
Pentecostes - A Festa do Futuro
Gabriele Kuehn – Vera Orgolini. Enviado por Marluce Leone
Pentecostes vem do grego e significa o
quinquagésimo dia. Esta festa acontece sempre
50 dias após o domingo de Páscoa e 10 dias após
a Ascensão de Cristo.
nos indivíduos. Através do Mistério de Gólgota
o Cristo permeou a Terra com forças cósmicas
mas ainda não permeara a consciência do eu
individual.
Os apóstolos e discípulos receberam os
ensinamentos do Cristo através de uma
consciência imaginativa, como em estado de
sonho. Todos os conhecimentos ocultos do
mundo espiritual que já estavam ancorados em
suas almas ainda não emergiam na consciência
de vigília.
Pentecostes é a festa do verter do Espírito Santo
nos Apóstolos e a fecundação do Amor Cósmico
ao “eu humano” através da consciência individual.
Neste evento o Cristo uniu-se definitivamente
à humanidade e permeou-se dentro de cada
individualidade, trazendo para dentro de cada
um o que pairava nas esferas espirituais. O Ser
Crístico permeou totalmente a esfera terrena,
trazendo o Céu à Terra e desde então Ele está
unido à alma humana da Terra.
Os apóstolos vivenciavam o Cristo como
portados da plenitude das forças macrocósmicas
no âmbito da esfera terrena, mas essas forças
ainda não estavam presentes na consciência
do Eu. Eles olhavam os acontecimentos como
algo externo a eles. Tinham o conhecimento
da nova relação entre o macro e o microcosmo
e reconheciam a força Divina solar trazida à
esfera terrena através do Cristo, mas ainda não
a vivenciavam dentro de si mesmos. Também o
Cristo até a Ressurreição e a Ascensão atuava na
Nos antigos Mistérios, a possibilidade de união
do micro ao macrocosmo só era possível ao
homem através de um estado de sono profundo
sem a presença consciente do eu. Pentecostes
traz uma nova relação do terreno com o divino
de maneira interiorizada individualmente e na
presença da consciência do eu.
A partir da experiência espiritual de Pentecostes,
os discípulos puderam anuncia aos homens
a presença do Cristo e despertar neles
experiências semelhantes. Por isso esta festa é
da comunidade dos cristãos, do homem tocado
interiormente pelo Ser do cristo.
As forças de Pentecostes atuam na alma de
cada indivíduo, permite a cada um de nós
reconhecer a singularidade de cada ser humano
e a compreensão que é através da diversidade
de cada um que encontra-se a qualidade do
Amor Cósmico que une toda a Humanidade. Em
Pentecostes o que importa é aquilo que é criado
em conjunto, que se procure e que se ache o que
é unificador.
Cultivemos as Forças Crísticas em nossas almas
para solidificarmos uma comunidade na qual
todos os homens independente de família,
nação, religião vivam na plenitude do amor
fraternal com uma nova consciência cósmica. ␥
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pág 1 - Escola Waldorf João Guimarães Rosa