Igreja Presbiteriana do Barreto O DEUS PRÓDIGO DESCUBRA A ESSÊNCIA DA FÉ CRISTÃ Rua General Castrioto, 433, Niterói Escola Bíblica Dominical Aula 4 – O filho mais novo O Deus Pródigo, de Tim Keller. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, p.37-45 O FILHO MAIS NOVO A parábola tem dois atos. No primeiro figura o filho mais novo, que vem ao pai e lhe pede sua parte da herança. O pedido do filho é um profundo insulto aos costumes e padrões daquela época e deve ter escandalizado os ouvintes de Jesus. A sociedade de então era profundamente patriarcal e pedir a herança antes da morte do pai era “como desejar que o pai morresse” (p.38). O filho mais novo via “o relacionamento com o pai [...] apenas como um meio de atingri o objetivo de desfrutas da herança” (p.38). Agora, o filho estava cansado de esperar e simplesmente pediu o que lhe cabia. Era uma atitude de desrespeito grave que deveria ser punida com a expulsão desse filho do meio familiar. Ele deveria ser deserdado, mas o pai não o faz. Pelo contrário, o pai atende o pedido incabível de seu filho perdido. O AMOR DO PAI PELO FILHO QUE VAI Para atender o pedido do filho mais novo, o pai precisa vender parte da terra que possui e bens para dar o valor ao filho. Keller demonstra como, especialmente nas sociedades antigas, “perder parte da propriedade equivale a perder parte de si mesmo” (p.39), tal era a ligação profunda das pessoas com a sua terra. No entanto, o pai entrega o valor ao filho, que vai para uma terra distante e lá tudo gasta. Quando a situação se torna insustentável, o filho empreende um plano de retorno no qual pediria ao seu pai para aceitá-lo como um trabalhador, recebendo no entanto apenas comida. O salário que deveria ganhar seria uma espécie de reparo pelo que havia feito ao consumir parte das riquezas da família (p.41). Contudo, ao aproximar-se de casa o pai vai até o filho correndo (uma atitude desonrosa), o recebe de volta dando-lhe uma túnica, sandálias e o anel da família “Não irei esperar até que você pague sua dívida; não irei esperar até que você se humilhe o suficiente. Você não vai ter de lutar por seu lugar na família, irei simplesmente aceitá-lo de volta. Cobrirei sua nudez, sua pobreza e seus trapos com as roupas do meu trabalho e de minha honra” (p.42). O DEUS PRÓDIGO QUE NOS RECEBE A primeira cena descreve o amor descontrolado do Eterno pelos seus filhos, em uma afirmação retumbante de que “o amor e a clemência de Deus podem perdoar e restaurar todo e qualquer pecado ou transgressão” (p.43). De fato, a aceitação incondicional do pai da parábola mostram que “o amor e o acolhimento do Pai são absolutamente gratuitos” (p.44). De fato, a parábola do Deus Pródigo lança em nosso rosto uma imagem de Deus que não conseguimos ignorar. A imagem do Eterno correndo ao nosso encontro enquanto estamos ainda enlameados no nosso pecado nos choca com a graça que nos acolhe não baseada em quem somos, mas em que o Eterno é. Mesmo sujos do nosso passado imundo, esfarrapados em nossa arrogância e prepotência, mesmo assim ele nos ama e descobrimos então que não tem a ver com a gente, mas tem a ver com o amor do Pai revelado em Jesus. O primeiro ato encerra com uma declaração clara: o Eterno nos ama gratuitamente, livremente, e sua graça nos perdoa os pecados e nos adota como filhos por quem Ele é. Igreja Presbiteriana do Barreto – Escola Bíblica Dominical : Aula 4 l4