jan – abril 2013, nº 043
SPED
JÁ É UMA
REALIDADE
EM EMPRESAS
BRASILEIRAS
DESTAQUES:
Obras do Porto Maravilha:
comércio renova-se na região
Secovi Rio lança dados sobre
mercado imobiliário do Rio
Sindiversões prepara empresários
para reabrir seus estabelecimentos
Pedro Wähmann, presidente
do Secovi Rio: “O carioca
está redescobrindo o prazer
de combinar o hábito de
caminhar pelas calçadas e
fazer compras”
Lançamento do Panorama do
Mercado Imobiliário 2012
Publicação mostra que mercado imobiliário
da Zona Norte está valorizado
O Sindicato da Habitação (Secovi Rio) lançou em 26 de março, no restaurante Porcão Rio’s, no Aterro do
Flamengo, a terceira edição do Panorama do Mercado Imobiliário 2012, elaborada por seu departamento de
Pesquisa e Análise de Informação. A tendência de estabilização dos preços médios do metro quadrado de
imóveis residenciais no Rio de Janeiro se manteve, mas ainda é possível apostar na valorização. A publicação
indica que a forte demanda e o bom momento econômico na cidade fizeram com que os valores subissem
acima da inflação. Assim, em todos os bairros pesquisados, a variação foi superior a 5%, ainda que, em 2012,
os preços tenham subido menos que em 2011 e 2010.
Dos dez maiores índices de valorização para venda de imóveis no Rio de Janeiro, oito foram registrados
na Zona Norte e na Zona Oeste. Vila Isabel apresentou a maior taxa de rentabilidade; no Méier, o metro
quadrado dos apartamentos de quatro quartos valorizou 48,1%, o índice mais elevado de 2012. Segundo
a vice-presidente Financeira e de Desenvolvimento do Secovi Rio, Maria Teresa Mendonça Dias, o aumento
da sensação de segurança gerada com a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a
construção de espaços de lazer, como o Parque de Madureira, fizeram renascer o sentimento de bairrismo,
daí a maior procura por apartamentos nessas regiões. Para o presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann, “o
carioca está redescobrindo o prazer de combinar o hábito de caminhar pelas calçadas e fazer compras”.
Não por acaso, em 2012 três bairros da Zona Norte – Grajaú, Méier e Vila Isabel – se organizaram e
instalaram polos comerciais dentro do Programa Polos do Rio, tendo em vista fortalecer o comércio de rua,
promover a cooperação empresarial, gerar emprego e renda e revitalizar a cidade. Criado em 2004, o Programa
é coordenado desde 2009 pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário e apoiado pela
Governança do Programa de Polos – formada por diversas entidades, entre elas, a Fecomércio-RJ.
Autor do prefácio do Panorama do Mercado Imobiliário 2012, o secretário estadual de Segurança Pública,
José Mariano Beltrame, discursou no lançamento da publicação. Disse que a política de segurança implantada
na cidade mostrou um caminho a ser seguido, mas que o que trará a paz para a população é a real participação
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da sociedade na causa, que é de todos. “Aqui não
tem vitória. Temos um passado a recuperar. Quanto
mais participação social você tem, de menos polícia
você precisa”, afirmou. Colaboraram com dados
estatísticos para a publicação entidades públicas
e privadas, como Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro, Fecomércio-RJ, Associação Brasileira das
Administradoras de Imóveis (Abadi), Associação
de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário
(Ademi-RJ), Associação Brasileira das Entidades de
Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), CEG,
Comlurb e Light.
Prestigiaram o evento o presidente da
Fecomércio-RJ, Orlando Diniz; o deputado estadual
Luiz Paulo Corrêa da Rocha; o desembargador
Sérgio Capanema; o presidente do Conselho de
Arquitetura e Urbanismo, Sidney Menezes Ferreira;
o presidente do Conselho Regional dos Corretores
de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ), Manoel
da Silveira Maia; e a presidente da Abadi, Deborah
Mendonça.
O secretário de segurança, José Mariano Beltrame, autor do
prefácio de Panorama do Mercado Imobiliário 2012
Um perfil do comércio de rua carioca
No dia 10 de dezembro de 2012 foi divulgado, no
auditório do Sebrae, no Centro do Rio, o resultado
do Censo dos Polos do Rio 2011, cujo objetivo é
melhor orientar as ações do Programa Polos do Rio
e fornecer informações que ajudem os associados
a aprimorar seu posicionamento estratégico. Entre
julho de 2010 e setembro de 2011, foram ouvidos
representantes de 420 empresas de 18 polos
gastronômicos e/ou multissetoriais. O Programa
reúne, atualmente, 27 polos.
Superintendente-geral da Fecomércio-RJ, Sergio
Alves compôs a mesa de abertura da apresentação,
ao lado do secretário especial de Desenvolvimento
Econômico Solidário, Vinicius Assumpção, e de
representantes da Governança do Programa de
Polos. O resultado do Censo foi entregue aos
gestores presentes.
Ao microfone, Giovanni Harvey, membro da diretoria
do Polo Região Portuária
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Allan
Allan Dimitri
Dimitri (à
(à esq.),
esq.), inspetor
inspetor da
da Sefaz,
Sefaz, ao
ao lado
lado de
de Napoleão
Napoleão Velloso,
Velloso,
presidente
presidente do
do Sindigêneros-RJ:
Sindigêneros-RJ: esclarecendo
esclarecendo oo tema
tema Substituição
Substituição
Tributária
Tributária ao
ao Conselho
Conselho de
de Supermercados
Supermercados
Conselho Empresarial
de Supermercados se reúne
Na pauta, energia elétrica e ICMS
O Conselho Empresarial de Supermercados realizou na Fecomércio-RJ, em 23 de janeiro, sua primeira reunião do ano.
Na ocasião, Napoleão Velloso, presidente do Sindigêneros-RJ, anunciou a visita de dois técnicos da Ampla, empresa de
geração e distribuição de energia elétrica que atende a 2,5 milhões de clientes em 66 municípios fluminenses.
O responsável pelo setor de Relações Institucionais da Ampla, Guilherme Brasil Freitas, falou sobre a empresa, enquanto
Nelson Assumpção, que responde pelo Atendimento a Grandes Clientes, abordou a estrutura e as regiões de atendimento
da companhia. Foram prestados esclarecimentos sobre a relação entre a redução na tarifa de energia elétrica, anunciada
pelo governo federal no dia seguinte à reunião do Conselho, e a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
que determina reajuste uma vez por ano (15 de março, no caso da Ampla). Foi informado que o reajuste aconteceria com ou
sem a redução proposta. “A Ampla enviará uma carta aos clientes explicando detalhadamente como será composta a tarifa
a partir do desconto e do reajuste quase simultâneos”, disse Assumpção.
Na segunda reunião do ano, em 6 de março, o Conselho assistiu à apresentação do inspetor da Secretaria de
Fazenda do Estado do Rio de Janeiro (Sefaz), Allan Dimitri, que discorreu sobre o regime de substituição tributária
do ICMS. Segundo ele, já estão em andamento pesquisas de mercado no Rio de Janeiro para uma atualização das
margens de valor agregado, considerando a realidade do estado. A divulgação das pesquisas está prevista para o
início do segundo semestre de 2013.
O Conselho Empresarial de Supermercados é formado por Napoleão Velloso (Sindicato do Comércio Varejista de
Gêneros Alimentícios do Município do Rio de Janeiro); Fábio Rossi de Queiróz (Supermundi); Arnaldo Germano dos
Santos (Supermercados Campeão); Cesar Fernando Alves Abrantes (Floresta Supermarket); Hilário Reis (Supermarket);
José Vaz Gomes de Magalhães (Sendas); Mário José dos Santos Viana (Supermercados Vianense); Mário Luiz de Mello
Correia (Supermercados Bramil); Paulo Roberto Barbosa de Castro (Supermercado Beira Rio); Ricardo dos Reis Leite
(Supermercados Mundial); Rodiney Gomes Turl (Redeconomia); Sérgio Murilo de Araújo Freitas (Pão de Açúcar); e Walter
Castro Torres (Rede Supermarket).
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Em 2013, dez feriados cairão em
dias úteis no Rio de Janeiro
Em todo o país, comércio deixará de ganhar mais de R$36 bilhões
Segundo estimativas da Fecomércio-RJ, o comércio de bens, serviços e turismo fluminense deve deixar
de movimentar R$ 10,59 bilhões em função de dez feriados em 2013, entre nacionais e estaduais, que cairão
em dias úteis este ano. Para cada feriado, o comércio deixará de faturar cerca de R$ 1,06 bilhão por dia. No
ano passado, em função de 13 feriados, o faturamento não realizado girou em torno de R$ 13,69 bilhões – R$
1,05 bilhão por feriado. Os cálculos são feitos a partir da arrecadação de tributos incidentes sobre a atividade
do comércio: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISQN). Em todo o país, o prejuízo ficará em torno de R$ 36,26 bilhões, por conta dos cinco
feriados nacionais que cairão em dias de semana.
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Na era da escrituração digital
Maior especialista brasileiro no tema diz que o SPED
engloba toda a gestão empresarial
Roberto Dias Duarte, o especialista em Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) mais requisitado do
país, ministrou, no dia 20 de março, uma palestra sobre o tema para empresários, executivos de sindicatos,
advogados e contadores, no auditório da Casa do Comércio. Autor de cinco livros sobre o assunto, ele forneceu
mais do que instruções sobre como utilizar o SPED. Seus esclarecimentos promoveram uma verdadeira reflexão
sobre os impactos de sua implementação nas empresas. Hoje obrigatório em todos os empreendimentos, o SPED
constitui uma série de projetos cujos principais objetivos são a redução dos processos burocráticos e o combate
à sonegação. Tais projetos foram criados pelas autoridades fiscais das esferas federal, estadual e municipal.
Há cinco anos, quando começou a escrever sobre escrituração digital, Duarte repete que sua adoção traz
uma mudança positiva para o Brasil. Segundo ele, o SPED deve ser visto de forma global, considerando-se os
aspectos peculiares de cada setor do negócio. Ele conta ter observado, desde a implantação da nota eletrônica
no país, uma melhora nas relações de consumo, no atendimento ao cliente e no processo de faturamento, além
de redução de custos, por exemplo, com uso de papel e com depósitos para armazenamento de livros contábeis.
Novas tecnologias vêm na esteira do SPED, como o Brasil ID, espécie de chip de radiofrequência inserido
nas mercadorias cujos padrão e tecnologia poderão ser utilizados pelas empresas para aprimorar seus processos
internos, diminuindo o volume de erro em contagem de estoques. “O Brasil ID, a nota fiscal eletrônica de
consumidor e o pagamento móvel (via celular) vão transformar radicalmente a estrutura do varejo brasileiro, do
ponto de vista de atendimento e de estrutura de custos”, analisa. A reflexão é válida para o planejamento, ainda
que essas mudanças ocorram mais lentamente.
Já o Big Brother contábil, como foi apelidado o SPED, está na ordem do dia. O gerente jurídico da FecomércioRJ, Edgard Souza, lembra que a informatização da Receita Federal e a maior interligação desta com as Receitas
Estaduais e Municipais já permitem o monitoramento em tempo real. Uma das metas do projeto é elevar a
arrecadação e o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias e aduaneiras. De que maneira? Aumentando
a percepção de risco e a presença fiscal. À medida que os documentos sobre uma empresa saem do papel e são
digitalizados, a percepção de risco das pessoas aumenta.
Já o SPED fiscal de impostos como ICMS e o IPI, ainda é motivo de atenção por parte dos empresários,
segundo Duarte. “O Estado quer saber o que você comprou, de quem, quando, qual a quantidade e o valor e quais
os tributos inseridos naquela conta. Quer saber o que você vendeu, para quem, quando, quais as quantidades,
os tributos e os valores e o que sobrou em estoque, ou seja, quer saber o seu ciclo financeiro e a sua apuração
tributária, e isso é gestão”, explica ele. Duarte reconhece que são muitas as informações, mas diz que, embora a
legislação tributária seja complexa, é possível fazer a transformação do administrativo para o fiscal. Basta querer.
O SPED é tema de um blog mantido por Duarte que já conta com mais de 6 milhões de acessos. Seu
próximo livro, com lançamento em maio, foca as micro e pequenas empresas. “Roberto já realizou mais de 400
palestras sobre o tema. Se ele não souber responder aos questionamentos dos senhores, então, ninguém mais
saberá”, disse o superintendente-geral da Fecomércio-RJ, Sergio Alves, à plateia no início da palestra. Entre os
presentes, estavam os seguintes diretores da Federação: Marlene e Gilberto Amendoeira, Silvino José Rodrigues
de Sousa, Miguel Lasálvia, Orlando Pimentel, Marco Torres, Ester Gomes Gonçalves, Adelson Vargas, Carla
Pinheiro, Leôncio Lameira de Oliveira, Nilton Pereira, Armando Bloch, Roberto Ferreira da Silva, Antônio Lopes
Caetano e Uéliton Pessanha.
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:: ENTREVISTA ::
“Empreender é uma vocação do Brasil”
Formado em administração de empresas, Roberto Dias Duarte sempre esteve às voltas com questões gerenciais
e administrativas e com o uso intensivo de tecnologia, buscando ferramentas para a gestão empresarial. Muito
rapidamente ele percebeu que o impacto do SPED na administração das empresas seria abrangente (e grande).
“Meu olhar é de administrador, procuro ver uma oportunidade ou detectar uma ameaça para as empresas”,
costuma afirmar. Em conversa com o Boletim, ele disse avaliar o SPED como um projeto multidisciplinar: sem
o alinhamento de todas as áreas, há risco de não fechar a conta. A seguir, os melhores trechos da entrevista.
Em relação ao SPED, o que o empresário deve ter
em mente?
Ele precisa ter humildade e escutar todos os pontos de
vista: a visão jurídica, a tributária, a tecnológica. Só aí é que
entra o empresário. Estamos escutando todas as áreas,
mas a decisão é dele. Se a decisão for tomada com base
apenas em uma área, o projeto pode ficar comprometido,
gastando-se muito dinheiro e nada sendo resolvido.
Isso ajudaria, de certa forma, a acabar com a
economia informal no estado?
Há uma tendência muito clara de reduzir de forma
substancial e não de acabar. Houve o surgimento de
uma economia formal, a partir da pacificação das
comunidades em áreas urbanas, e o surgimento
de um empreendedorismo que estava reprimido. É
preciso simplificar o sistema tributário brasileiro para
viabilizar e potencializar o empreendedorismo. E esse
é um trabalho seriíssimo que as entidades têm feito.
E creio que farão isso com mais frequência, porque
empreender é uma vocação do Brasil.
O que um “fiscal” como o SPED pode trazer de
positivo para a empresa?
Ao ter esse “sócio” olhando o que você faz, você
acaba melhorando a empresa para atender ao sócio
estatal. As informações do SPED nascem dentro da
empresa e são trabalhadas para serem entregues ao Fisco
naquilo que ele pede. Mas o SPED não é o responsável
por dar transparência aos dados; sem o envolvimento
do empresário isso é impossível. As tecnologias podem
transformar sua empresa em uma empresa mais bem
administrada. Algumas já estão aproveitando essas
tecnologias para dar um salto de competitividade.
Qual é a situação no Rio de Janeiro?
No Rio de Janeiro há uma peculiaridade. A
Secretaria estadual de Fazenda precisa arrecadar para
cumprir a sua meta fiscal e ficar dentro dos patamares
da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se o estado perder
os royalties do petróleo ou tiver algum tipo de redução,
a Sefaz vai ter de cobrir essa arrecadação com o ICMS
e outros tributos. Então, vai apertar mais o parafuso do
SPED e exigir mais das empresas a partir da observação
e do monitoramento. Logo, o SPED no Rio envolve a
questão dos royalties.
Roberto Dias Duarte
O SPED é o novo tema do Projeto Bem-Vindo, Empresário!. Para agendar uma palestra para os associados de
seu sindicato, basta entrar em contato com a Fecomércio-RJ.
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Especialistas em empreendedorismo na
reunião que antecedeu a abertura do GEC, o
maior congresso internacional sobre o tema
Rio como referência de capital
empreendedora
Congresso Global de Empreendimento motiva plano de metas para a cidade
Entre os dias 18 e 21 de março, a cidade do Rio de Janeiro sediou o Congresso Global de Empreendimento
(GEC, na sigla em inglês), ocasião em que foi apresentado um embrião do projeto Cidades Empreendedoras. Criado
pela Endeavor Brasil, organização internacional com atuação em 17 países que fomenta o empreendedorismo em
empresas de alto impacto, o projeto pretende formular um plano de ação para transformar o Rio de Janeiro em
referência mundial como cidade empreendedora.
Com o objetivo de trocar informações sobre a cidade, a Endeavor convidou especialistas de diversas entidades,
entre elas a Fecomércio-RJ e o Senac Rio, para participarem de discussões prévias ao GEC. Realizadas entre os
dias 19 e 22 de fevereiro, na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, no Centro da cidade, as mesasredondas foram mediadas pelo consultor do projeto, o professor americano Daniel Eisenberg, autoridade em
empreendedorismo e autor de uma publicação que analisa mais de 30 casos de Harvard sobre empresários do
mundo todo.
“As conclusões sobre os principais entraves para que empreendedores consigam não só empreender,
mas crescer, se manter e alimentar uma cadeia, servirão de base para a elaboração de um plano de metas
que fomentará o empreendedorismo no Rio”, explica Antonio Amaral, responsável pelo projeto na Endeavor. A
previsão é que o documento fique pronto em abril. “Sem a colaboração de parceiros experientes, o projeto não
pode acontecer”, diz Amaral, que lista os principais gargalos apontados pelos debatedores:
1) Ambiente regulatório – Bastante complexo para o empreendedor, com diversos incentivos para a abertura
de empresas que, ao mesmo tempo, servem como barreira, impedindo que continuem a crescer após atingir
determinado patamar;
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2) Falta de exemplos – Existem poucos casos divulgados pela mídia de empreendedores que sirvam como referência.
Além disso, os estudos de caso ensinados em escolas de negócios e universidades não costumam ser brasileiros;
3) Empreendedores sem histórico – Não é comum grandes executivos e profissionais com experiência abandonarem
seus cargos públicos ou privados para empreender e assumir riscos. Assim, os jovens empreendedores se
ressentem com a falta de experiência de profissionais que poderiam dar suporte;
4) A falta de um centro dedicado a concentrar um hub para empreendedorismo. A mão de obra está dispersa
geograficamente.
Representantes da Fecomércio-RJ integraram as mesas-redondas que abordaram os temas Políticas Públicas
e Mercado, enquanto colaboradores do Senac Rio participaram de discussões em torno do tema Educação.
Entre as entidades presentes nos encontros, estavam: Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Instituto
Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec); Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ); Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio); Instituto Municipal de
Urbanismo Pereira Passos (IPP); Instituto Nacional de Empreendedorismo e Inovação (Inei Rio); Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan); jornal O Globo.
Rio de Janeiro: novas metas de desenvolvimento
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Um panorama socioeconômico
da capital fluminense
Estudo aponta melhorias em educação, emprego e urbanização
O Conselho de Análises Econômicas e Sociais do Estado do Rio de Janeiro recebeu na sede da Fecomércio-RJ,
no Flamengo, em sua 21ª reunião, realizada em 4 de março, o diretor de Pesquisas do Instituto Municipal de Urbanismo
Pereira Passos (IPP), Sérgio Guimarães. Guimarães apresentou um panorama do município do Rio de Janeiro com
base na comparação entre resultados apurados nas últimas duas versões do Censo, de 2000 e 2010, abordando
temas como demografia, infraestrutura e educação.
Dividida por temas, a pesquisa revelou dados demográficos que impactam as políticas públicas, como o aumento
da população idosa com mais de 70 anos e a redução do contingente de pessoas com idade inferior a seis anos
de idade no município, movimento a ser considerado na elaboração e no desenvolvimento de políticas públicas.
Também foram apresentados dados sobre educação, com ênfase no aumento do número de creches que priorizam o
desenvolvimento da primeira infância e na diminuição das taxas de analfabetismo.
Um dado que chamou a atenção dos pesquisadores refere-se à faixa entre 15 e 19 anos: quase 30% encontravamse, em 2010, fora das escolas. Enquanto isso, a taxa de jovens que não estudam, não trabalham, nem procuram
emprego saltou de 29,6% em 2000 para 34,9% em 2010. Ainda segundo Guimarães, na mesma base de comparação,
os jovens estão contribuindo menos com a renda familiar, o que impacta o desenvolvimento econômico, pois diminui a
oferta de mão de obra e aumenta o número de pessoas não absorvidas pelo mercado de trabalho simplesmente por
não estarem aptas. Também foram abordados aspectos de distribuição e níveis de renda da população e indicadores
de saúde no município.
Além de representantes da Fecomércio-RJ e do Instituto Pereira Passos, participaram da reunião: Banco Central,
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Secretaria
de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico,
Energia, Indústria e Serviços (Sedeis); Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores
Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj); Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ); Fundação Getulio Vargas (FGV);
Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); e Serviço
Social do Comércio (Sesc).
À esq.: Sérgio Guimarães, do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos, compara dados do Rio de Janeiro de 2000 e 2010. Mais de
dez entidades participaram da reunião do Conselho de Análises Econômicas e Sociais, em março
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João Flávio e major Guastini, do Corpo de
Bombeiros Militar, em reunião na Fecomércio-RJ
Corpo de Bombeiros facilita
compreensão da legislação sobre segurança
Empresários esclarecem dúvidas que
envolvem procedimentos gerais
O Sindicato das Casas de Diversões do Estado do
Rio de Janeiro (Sindiversões), filiado à Fecomércio-RJ,
realizou em 14 de março uma reunião com representantes
do Corpo de Bombeiros Militar. O objetivo era esclarecer
as dúvidas dos empresários de casas noturnas,
boates, casas de espetáculo e similares em relação
aos procedimentos exigidos pela corporação para a
autorização do funcionamento de seus estabelecimentos.
A apresentação foi feita pelo major Guastini, diretor
da Divisão de Doutrina, e pelo capitão João Flávio,
responsável pela Expedição de Documentos.
A presidente do sindicato, Angela Barbério,
esclareceu que a entidade atua na prevenção e
na orientação dos empresários, não tendo função
fiscalizadora. Eventualmente, havendo tópicos
polêmicos, encaminha-os à Fecomércio-RJ, para
que esta dê andamento às questões junto aos órgãos
competentes, que tomarão as medidas cabíveis.
Para o major Guastini, o Rio carece de cultura em
torno do tema segurança. Por outro lado, conta com
um excesso de legislação, que, segundo ele, às vezes
acaba confundindo o empreendedor. “Queremos criar
procedimentos gerais”, disse, acrescentando que
a aproximação entre a sociedade civil e o Corpo de
Bombeiros é essencial.
O major informou que está sendo elaborado
um documento que visa facilitar a identificação
das exigências previstas na legislação. Mais
informações estão disponíveis no site do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro:
www.defesacivil.rj.gov.br
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Corrida e caminhada na orla de Niterói
Comerciários confraternizam e cuidam da saúde
Comerciários acordaram cedo em 16 de dezembro, um domingo, para participar da II Corrida e Caminhada
do Comércio, realizada pelo Sesc Rio com o apoio de Sindilojas Niterói, Barcas S.A. e Secretaria Municipal de
Esportes. A largada foi dada no Museu de Arte Contemporânea (MAC), na Boa Viagem, e a chegada era em
Charitas, perto da estação das barcas, completando um total de sete quilômetros.
A prova contou com duas categorias: geral e comerciários. O primeiro colocado, o comerciário João
Marcos da Silva, que é integrante da Equipe Sesc Quitandinha, derrotou 384 participantes em 21 minutos e
57 segundos. A comerciária Eliângela André Thomaz venceu 264 concorrentes em 29 minutos e um segundo.
A entrega das medalhas e troféus foi feita por Charbel Tauil Rodrigues, diretor do Sindilojas Niterói. “Além de
incentivar a prática de esportes, este é um momento de confraternização dos comerciários”, afirmou. Também
estavam presentes Antônio Carvalho, diretor do sindicato, e o vereador Bruno Lessa. O Sesc Rio ofereceu aos
participantes água, sucos, frutas e sanduíches e promoveu sessões de alongamento e massagens relaxantes
com fisioterapeutas.
Participantes (à esq.) da II Corrida e Caminhada do Comércio, em Niterói, aguardam a largada. Após a prova, Charbel Tauil Rodrigues,
diretor do Sindilojas Niterói, entre os primeiros colocados: Eliângela Thomaz e João Marcos Silva
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Frutos do Núcleo Criativo
Burburinho, idealizada por empresas do programa, faz sua quarta edição
A quarta edição do Burburinho, minifeira de roupas, artigos de decoração e alimentação voltados para o público
infantil, foi realizada em 17 de março em um casarão de Botafogo. Em visita ao local, a presidente do Sindicato do
Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuários e Armarinho (Sinditecidos), Nazra Simão, atribuiu ao Programa Núcleo
Criativo, desenvolvido pela Fecomércio-RJ, o principal incentivo ao setor no estado fluminense. Nazra disse que a
realização de eventos coletivos como o Burburinho, estimulados pelo Programa, não apenas dá maior visibilidade ao
segmento, como aproxima as marcas do sindicato, que apoia a feira desde a primeira edição, e reforça a união entre
os empresários. Só nesta edição, foram reunidas cerca de 20 empresas.
Promovido há dois anos, por iniciativa das empresárias do atacado e do varejo participantes do Programa Núcleo
Criativo, o evento, gratuito, reúne grifes e um charmoso café. Na ocasião são organizadas atividades culturais e
de lazer para entreter os pequenos enquanto os pais se ocupam das compras. “As capacitações promovidas pelo
Programa Núcleo Criativo e a visibilidade conquistada através da participação em feiras, onde o Sinditecidos apoiava
dois Núcleos Criativos (moda adulta e moda infantil), ajudaram a movimentar os negócios das empresas e foram o
pontapé inicial para as empresárias se organizarem e crescerem”, relata Nazra.
Com o apoio da Fecomério-RJ, o Sinditecidos viabilizou as licenças com a Prefeitura do Rio para a montagem
do evento. “O sindicato está aberto para ouvir, receber e auxiliar na resolução de questões jurídicas trazidas pelas
empresas. Aqui nós pensamos no coletivo e, dessa forma, mesmo com pouca verba e estrutura, todos aparecem”,
conta Nazra, lembrando que o Sinditecidos abrange e representa toda a cadeia produtiva: desde os tecidos até os
acabamentos, passando pelas roupas prontas. “Por trás de todo varejo existe um atacadista. Como o setor não está
em contato direto com o público, todo mundo só se lembra do varejo. Por isso também são válidos os eventos de
atacadistas, onde ocorrem negócios entre pessoas jurídicas”, avalia. O Sinditecidos pretende organizar eventos mais
frequentes para o setor de moda adulta e bijuteria para apoiar também empresas atacadistas de menor porte.
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1- Nazra Simão, presidente do Sinditecidos, na chegada à minifeira de artigos infantis. 2- O Burburinho manteve intenso movimento de
público durante todo o dia. 3- Adultos e crianças fazem compras no interior do casarão de Botafogo
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Panorâmica do terraço do edifício
Escola do Olhar, no Museu de Arte
do Rio (MAR), na Praça Mauá
Zona Portuária do Rio de Janeiro se reinventa
Fecomércio-RJ leva seus diretores para uma visita
às obras do Porto Maravilha
A Zona Portuária do Rio de Janeiro passará por uma histórica transformação no entorno de uma área de
5 milhões de metros quadrados. Segundo dados da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto
do Rio de Janeiro (Cdurp), até 2020 a população na região aumentará de 30 mil para 100 mil habitantes.
Denominado Operação Urbana Porto Maravilha, o projeto de recuperação e valorização da área já está
alterando a rotina dos cariocas que vivem no quadrilátero localizado entres as avenidas Rio Branco, Presidente
Vargas, Francisco Bicalho e Rodrigues Alves. Tais avenidas abrangem os bairros de Santo Cristo, Gamboa,
Saúde, parte do Centro, do Caju, da Cidade Nova e de São Cristovão, além dos morros do Pinto, Conceição,
Providência e Livramento.
A cidade verá os resultados de forma definitiva a partir de 2015, quando as obras, que incluem a construção
de duas vias expressas e túneis de 40 metros de profundidade, estarão concluídas. Até lá, o público pode
acompanhar o seu andamento agendando uma visita ao Centro de Exposições Meu Porto Maravilha, localizado
entre as avenidas Barão de Tefé e Venezuela. Através de infográficos, mapas, fotos e vídeos de obras, é possível
vislumbrar a grandiosidade do projeto, criado pela Prefeitura e gerido pela Cdurp, para requalificar uma região que
guarda a memória da cidade. Menina dos olhos do Projeto Porto Maravilha, o Museu de Arte do Rio de Janeiro
(MAR), na Praça Mauá, foi a primeira obra a ser inaugurada, no início de março. Com 15 mil metros quadrados
e investimentos da ordem de R$ 79 milhões, o MAR integra exposições temporárias e a primeira escola pública
de arte do Brasil.
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Além do resgate dos patrimônios histórico e cultural, outro compromisso é tornar a Zona Portuária um local
atrativo para empresários e investimentos, frequentadores e turistas. Está prevista, por exemplo, a construção
de um complexo com sete torres para abrigar estabelecimentos comerciais. De olho em novas oportunidades,
empresários do comércio realizaram, no dia 5 de abril, uma visita guiada promovida pela Fecomércio-RJ em
parceria com a Cdurp. Um grupo de presidentes sindicais e diretores da Federação percorreu as obras do Cais
do Valongo, Jardim Supenso do Valongo, da D1 (via expressa que desobstruirá o trânsito da Avenida Francisco
Bicalho), Alças do Gasômetro, Via Binário do Porto, pelos Galpões da Gamboa, pelos Túneis da Saúde e do
Binário e pelo Poço de Serviço na Praça Mauá.
A Fecomércio-RJ integra o Polo Região Portuária, do Programa Polos do Rio, e o Comitê Consultivo
do Programa, ao lado de outras entidades, com a finalidade de definir estratégias e direcionamentos para
os empresários. Em breve, empresários do Polo vão oferecer cursos de capacitação de mão de obra aos
colaboradores que atuam na área de hospitalidade.
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1- Sergio Alves (à esq.), superintendente-geral da Fecomércio-RJ; Luso Soares da Costa, do Sincomac e vice-presidente da Fecomércio-RJ;
e Armando Bloch, do Sindmaq. 2- Miguel Nelson Lasálvia, do SCA de Frutas; e Nestor Porto, do Sindcond de Niterói e São Gonçalo;
3- Obra dos túneis do Binário; 4- Diretores da Fecomércio-RJ ouvem esclarecimentos sobre as obras do Porto Maravilha
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A Reunião do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Geração de Renda do Estado do Rio de Janeiro
(Ceterj), realizada no dia 22 março, na sede da Fecomércio-RJ, contou com a presença da recém-empossada
secretária estadual de Trabalho e Emprego, Claise Maria (acima, segurando flores). Natan Schiper, diretorsecretário da Federação e atual presidente do Ceterj, presidiu o encontro, representando a bancada patronal.
A secretária tomou posse em 15 de março, no auditório da Casa do Comércio. Na ocasião, a mesa principal foi
composta, além de Natan Schiper; pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj),
Paulo Melo; pelo líder do governo na Alerj, André Corrêa; e pelos deputados estaduais Iranildo Campos, líder da
bancada do PSD, Thiago Pampolha e Myrian Rios; e pelos deputados federais Sérgio Zveiter e Liliam Sá.
Editora: Antonia Leite Barbosa | Diretora de Criação: Mariana Nahoum | Repórter: Sol Mendonça | Fotografia: Isabel
Acosta | Copidesque: Kathia Ferreira | Conselho Editorial: Sergio Alves, Débora Matos e Tays Mazepa
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