Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB ISSN 1679-2645 Ano XxI nº 231 mai/jun/2014 Obras avançam no interior Presidente da FIEB visita oeste e sudoeste para acompanhar construção das unidades integradas EDITORIAL Mais estrutura para a qualificação dor da indústria para uma realidade empresarial mais competitiva. Além das ações de infraestrutura, a diretoria da Federação, incluindo o presidente, vices e superintendentes das entidades, também têm visitado os municípios com o propósito de promover uma maior aproximação com os empresários do interior. O objetivo é não apenas ouvir suas demandas como também colocar a Federação a serviço da defesa de seus interesses corporativos. Para isso, o Sistema FIEB tem atuado também na ampliação da sua base de associados, convocando os líderes sindicais a participarem das esferas de representação sindical da FIEB. A crença é de que uma indústria competitiva depende de um conjunto de ações que envolvem capacitação e mobilização empresarial. Washington Luís/Coperphoto/Sistema FIEB Historicamente, a Bahia manteve a concentração de seu parque industrial na região do Recôncavo, onde estão implantadas as grandes indústrias e respectivas cadeias. Saindo do entorno da capital, mas ainda muito concentrada na área de confluência da Região Metropolitana, a indústria chegou às portas do interior, com a implantação, no início da década de 1980, do Centro Industrial do Subaé (CIS). Nas décadas seguintes, políticas públicas conduzidas pelo estado buscaram pulverizar a presença industrial pelo território baiano, construindo o cenário atual em que se verifica uma presença de micro, pequenas e médias indústrias pelo interior do estado. Ocorre que o atendimento a estas empresas não foi acompanhado na mesma velocidade pelas instituições de apoio, com a oferta de serviços e soluções que auxiliassem seu desenvolvimento. O cenário é desafiador para os empresários instalados longe do centro decisório da capital, que enfrentam dificuldades para promover a capacitação da sua mão de obra e das lideranças empresariais. Atenta a esta realidade, a nova diretoria da Federação elegeu como uma de suas prioridades o fortalecimento da presença das instituições do Sistema FIEB no interior. Em visita de campo ao oeste e sudoeste do estado, o presidente Carlos Gilberto Farias esteve vistoriando as obras onde serão instaladas as unidades integradas nos municípios de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras que, juntas, somam investimentos de R$ 23 milhões. As obras deverão ser entregues em 2015, dotando a região de uma moderna estrutura de educação e qualificação profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação, saúde/segurança do trabalhador, oferecidos pelo SESI, SENAI e IEL. No sudoeste, o município de Vitória da Conquista também ganhará uma unidade integrada, que representa investimentos de R$ 18 milhões. Os complexos vão contar com salas de aula, galpão de aula prática, laboratórios, consultórios médicos, consultórios odontológicos, levando para o interior a qualidade de serviços e programas que visam preparar o trabalha- Obras da Unidade Integrada Luís Eduardo Magalhães estão avançadas e deverão ser entregues até 2015 Diretoria da FIEB foi conferir as obras no oeste da Bahia Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301 @Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3534-8090 @Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188 IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 2102-7114 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558 CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais 4 Bahia Indústria FIEB Presidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1° Vice-Presidente Antonio Ricardo Alvarez Alban. Vice-Presidentes Carlos Henrique Jorge Gantois; Josair Santos Bastos; Mário Augusto Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia. Diretores Titulares Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sá Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior; Luiz Fernando Kunrath. Diretores Suplentes João Schaun Schnitman; Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo; Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cleber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas Farias conselhos Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários Mário Augusto Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de Portos Sérgio Fraga Santos Faria SESI Presidente do Conselho e Diretor Regional Carlos Gilberto Farias. Superintendente Armando da Costa Neto SENAI Presidente do Conselho Carlos Gilberto Farias. Diretor Regional Leone Peter Andrade IEL Bahia Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Luciane Vivas e Surenã Dias (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_industria_online As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB. Presidente do Conselho e Diretor Regional Carlos Gilberto Farias. Superintendente Evandro Mazo Filiada à Diretor Executivo do Sistema FIEB Vladson Menezes Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, [email protected] / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra. com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@ uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba. org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, [email protected]. br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, [email protected]. br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, [email protected] / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia [email protected] sumário mai/jun 2014 Washington Luís/Coperphoto/Sistema FIEB 14 Interiorização acelera Washington Luís/Sistema FIEB Presidente participa de encontros com empresários do interior e visita obras na região oeste Diretoria conferiu obras em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães 12 20 28 Rafael Martins/Sistema FIEB roberto abreu/Coperphoto Marcelo Gandra/Coperphoto roberto abreu/Coperphoto 6 Novas fronteiras Planejamento estratégico define ações para o triênio Painéis de Especialistas apontam novas demandas cadeia automotiva CIN realiza atividades para promover produtos de origem baiana Presidentes de sindicatos apresentaram contribuições que vão orientar as ações do Sistema FIEB para o período de 2015-2017, afinadas com as diretrizes da nova direção da entidade Metodologia do SESI apresenta resultados positivos na prospecção de soluções para as indústria de mineração e construção e para enfrentar os fatores de risco psicossociais no trabalho IEL Bahia apresenta o PQF + Auto, para qualificar fornecedores Construindo pontes CIN comemora ganhos do Programa de Competitividade para Internacionalização por Carolina Mendonça F azer com que o público estrangeiro conheça a cachaça, chocolates, charuto, cafés gourmet e artesanato baianos sem precisar sair do país. A oportunidade foi criada durante o amistoso entre Austrália e Croácia, realizado no dia 6 de junho, no Estádio de Pituaçu, a fim de aproveitar o fluxo de visitantes a Salvador por conta da Copa do Mundo. A mostra de produtos genuínos da Bahia foi apenas uma das ações do Programa de Competitividade para Internacionalização (PCI) do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, que soma uma série de resultados positivos. Iniciado em 2012, o Programa é voltado às pequenas e médias empresas que desejam aumentar a competitividade e atingir mercados internacionais. Até o primeiro semestre deste ano, 263 empresas tinham sido cadastradas, das quais 168 já possuem Plano de Competitividade em execução, representando mais de 50% das atualmente participantes. 6 Bahia Indústria Os números são animadores, assim como os resultados qualitativos. Após a inserção no PCI, pela primeira vez, empresas de pequeno porte e cooperativas puderam melhorar seus produtos e sua gestão habilitando-se a competir nos mercados interno e externo, além de participar de ações promocionais dentro e fora do país. Este é o exemplo da Cooperativa das Produtoras e Produtores Rurais da APA do Pratigi (Cooprap), que desenvolve produtos à base da fibra da piaçava. Depois de participar do Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), executado pelo IEL, e das ações de internacionalização do CIN, a associação esteve no Seminário de Promoção as Exportações (Sempex) 2014, realizado em Maceió, no mês de março. “Em nossa opinião, abriu-se uma porta para negócios futuros. Tal possibilidade não seria possível sem o apoio e a parceria do CIN e do IEL”, afirma Fábio Teixeira, cooperado responsável pela área de Mercados e Inovação Tecnológica. Na visão de Rodrigo Barreto, presidente da Associação Cacau Sul Bahia, que representa mais de 20 produtores da região entre cooperativas, pequenos empresários e agricultores familiares, a ação promocional durante o amistoso, em Salvador, representou uma abertura do chocolate baiano ao mercado internacional. “Nossos produtos já começaram a ganhar prêmios pela qualidade, agora precisamos ampliar a comercialização. A exposição é um investimento de baixo custo que pode trazer resultados muito positivos neste sentido”, opinou. parcerias Para a gerente do CIN, Patrícia Orrico, o grande mérito do Programa é que este é feito por meio da articulação de várias entidades dentro do Sistema CIN promoveu ação durante amistoso da Copa, em Salvador; ao lado, cachaça é um dos produtos de origem baiana Indústria e de parceiros externos (CNI, Sebrae, Apex – Brasil, entre outros) para atender as demandas dos participantes de uma forma global. “A partir da avaliação da empresa ou organização que se cadastra, desde o produto, a gestão até a inserção no mercado, é sugerida uma série de mudanças que serão executadas com base no Plano de Competitividade”, explica Patrícia. Outra linha de trabalho do CIN, no âmbito do Programa de Internacionalização, é a sua função de Relações Internacionais como articulador de missões, feiras comerciais, visitas técnicas para a transferência de tecnologia a empresários baianos, apoio nos processos de Indicação Geográfica (que certifica produtos de origem) e realização de rodadas de negócios. Por conta da sua atuação, o Centro Internacional de Negócios da FIEB foi um dos três escolhidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em todo o país para participar do Serviço de Apoio ao Investidor, “que disponibiliza recursos para atrair investidores estrangeiros e põe empresários locais em contato com compradores de outros países”, conta Patrícia. O Programa Composto por diversas etapas e ações, o PCI é desenvolvido a partir de diagnóstico da capacidade exportadora, seguido de plano de ação com ações de consultoria, capacitação empresarial, inteligência e promoção comercial, em parceria com o Sistema FIEB e diversas entidades nacionais e internacionais. Neste processo, pode ser que não se identifique possibilidade de comercialização fotos roberto abreu/coperphoto/sistema fieb Bahia Indústria 7 divulgação/sinditabaco de determinado produto ou serviço, e sim no mercado interno, hoje bastante disputado também por empresários estrangeiros. Daí a necessidade de se ter um produto competitivo, como um dos focos do programa. As empresas, cuja execução do Plano foi iniciada em 2012, vão participar, a partir do segundo semestre, do primeiro ciclo de avaliação de resultados do PCI, estabelecendo, a partir do levantamento de informações e da elaboração do próprio Plano, os impactos das ações nas suas atividades, tanto no que se refere a mercado e competitividade quanto em gestão e inovação. Os integrantes do programa, já nesta etapa, comemoram as conquistas de quem não sabia como chegar tão longe. A oportunidade de expor ao público estrangeiro os produtos da linha de escova progressiva com queratina brasileira da Dapi Cosméticos gerou resultados para a empresária Noêmia 8 Bahia Indústria Daltro, que agora negocia com empresas de países como França, República de Camarões e Egito. Ela participou da Feira Cosmoprof 2014, realizada em abril, em Bolonha, Itália “Os produtos brasileiros estão muito procurados, mas os empresários não têm como participar, por falta de estrutura. Por isso o apoio do CIN é fundamental”, avalia. cosméticos Quem também está em estágio avançado de negociação com clientes da França e Arábia Saudita é o empresário Emerson Barbosa, da Amávia Cosméticos, que participou da missão à Itália junto com outro sócio da empresa, Carlos Nunes. “Estar nesse ambiente é importante para ter acesso a novas tecnologias e observar as exigências do mercado europeu. Como expositor, você tem a oportunidade de mostrar o seu produto e se reunir para negociar com clientes, além de contar Charuto baiano foi apresentado no espaço Origem do Brasil no Salão de Milão com estrutura de atendimento, como tradutores.” E os resultados se multiplicam em outros segmentos. A Help Informática, por exemplo, está em tratativas para iniciar atividade em Miami, nos EUA, a partir de 2015, depois de ter participado da BITS - Business IT South America. Representadas pelo Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia (Sinditabaco), empresas produtoras de charuto já negociam a comercialização do produto para a Itália, após exposição no Espaço Origem, durante a 5ª edição do BRAZIL S/A, evento de relacionamento que é promovido em paralelo ao Salão do Móvel de Milão. No segundo semestre, estão previstas novas ações promocionais. Os interessados devem procurar o CIN pelo e-mail [email protected] ou por telefone (71) 3343-1424. [bi] > Veja as ações do 2º semestre promovidas pelo CIN, no portal www. fieb.org.br circuito por cleber borges Cai a confiança do empresário Enseada é a empresa que mais cresceu O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu para 47,5 pontos em junho. Foi o terceiro mês consecutivo em que o índice ficou abaixo dos 50 pontos, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o que confirma a falta de otimismo dos industriais. Os valores da pesquisa variam de zero a 100. Abaixo de 50 indicam falta de confiança. Com queda de 0,5 ponto frente a maio e de 7,3 pontos na comparação com o mesmo mês de 2013, o indicador de junho só é maior que os 46,5 pontos de janeiro de 1999, em plena crise cambial brasileira. O pessimismo é maior entre os empresários da construção, com o indicador de 46,7 pontos. O ICEI ficou abaixo dos 50 pontos no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e acima dos 50 pontos no Norte e no Nordeste. O guia Maiores e Melhores, da Revista Exame, colocou a Enseada no topo das empresas que mais cresceram em 2013, ficando à frente de companhias como NET e Samsung. O empreendimento obteve um aumento de 548% na receita líquida em relação a 2012. A publicação afirma que o crescimento acontece graças a encomendas da Petrobras, que somam US$ 6,5 bilhões. A revista também classificou o empreendimento como a 43ª maior empresa do Norte-Nordeste. A retomada da indústria naval no país, devido ao novo cenário de exploração do petróleo na camada do pré-sal, impulsiona a Enseada, cuja Unidade Paraguaçu, no Recôncavo baiano, deverá ficar pronta em 2015. Indústria forte deve ser prioridade Indústria da construção desaquecida O baixo otimismo do empresariado parece contrastar com outra pesquisa da CNI, segundo a qual 87% da população ouvida concordam, total ou parcialmente, que ter uma indústria forte deve ser prioridade para o Brasil e 90% acreditam, total ou parcialmente, que a expansão da economia depende do crescimento industrial. O brasileiro entende que a indústria tem papel de destaque no desenvolvimento do país e que a população perde com uma indústria fraca. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios, de 14 a 17 de março deste ano. A indústria da construção continua desaquecida. O indicador de nível de atividade, que varia de zero a 100, ficou em 45,8 pontos, em maio, o que confirma a retração da atividade. O nível de atividade em relação ao usual ficou em 43,1 pontos e o de número de empregados em 45,7 pontos, informa sondagem da CNI. Abaixo de 50 revelam queda. O uso da capacidade das empresas do setor oscilou de 69%, em abril, para 70%, em maio. O levantamento mostra, ainda, que os empresários estão menos otimistas. A pesquisa foi feita de 2 a 11 de junho. “A educação é claramente o fator que irá conduzir melhorias na economia a longo prazo. No futuro, software e tecnologia irão permitir que as pessoas aprendam muito com seus colegas.” Mark Zuckerberg, empresário norte-americano, um dos fundadores do Facebook, a maior rede social do planeta. Bahia Indústria 9 sindicatos divulgação/fiems Sindsucos discute novas tecnologias Encontro da CNI reúne Sindicatos de Vestuário As presidentes dos sindicatos da Indústria do Vestuário (Sindvest) de Salvador e região, Eunice Habibe e de Feira de Santana e região, Dilma Portugal, representaram a Bahia no primeiro Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria do Vestuário, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com as Federações e o Sebrae, no dia 4 de junho. Realizado na sede da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS), em Campo Grande, o encontro reuniu 23 presidentes de sindicatos de vestuário de 18 estados para promover a troca de experiências em áreas como gestão sindical, defesa de interesses e negociação coletiva. Sinditabaco orienta como identificar cigarro ilegal Sindirepa discute nova legislação ambiental Em combate ao mercado ilegal de cigarros, o Sindicato das Indústrias de Tabaco (Sinditabaco/BA) promoveu, em abril, na FIEB, um curso de identificação de cigarros contrabandeados e falsificados para orientar fiscais da Receita e Polícia Federal a distingui-los do produto legítimo. “O comércio ilegal de cigarros prejudica a indústria, gera perdas na arrecadação de tributos, além de financiar o crime organizado”, afirmou Odacir Strada, presidente do Sinditabaco. Tomando a dianteira nas discussões sobre a nova legislação ambiental de Salvador, a diretoria do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Assessórios (SindirepaBA) realizou uma reunião com o Secretário de Cidade Sustentável de Salvador, André Fraga, em maio, na sede da FIEB. No encontro, o sindicato alertou para a dificuldade das indústrias de reparação automotiva em atender uma legislação que seja excessivamente rigorosa quanto ao descarte dos resíduos. 10 Bahia Indústria Bahia marcou presença com os Sindvest Feira e Salvador O Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes e Sucos (SindsucosBA), em parceria com a Vigilância Sanitária de Salvador (VISA), FIEB e Sebrae, promoveu em abril um encontro que reuniu empresários do setor de gelados comestíveis. O seminário Fiscalização e Segurança Alimentar na Indústria de Sorvetes e Picolés abordou as principais questões que envolvem o segmento. “Cerca de 70% dos estabelecimentos de gelados comestíveis fiscalizados são classificados como de alto risco”, afirmou a representante da VISA, Maria Auxiliadora Santos. Novas tecnologias e tendências na área de congelados comestíveis também foram discutidas no encontro. O presidente do Sindsucos, Luiz Joaquim de Carvalho, lembrou que é preciso que as demandas partam do empresariado. Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB Dia Mundial do Leite é comemorado Para incentivar o consumo do leite e seus derivados, além de mostrar a importância desses alimentos para a saúde, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite (Sindileite-BA) promoveu uma campanha publicitária com o tema Somos Todos Mamíferos. A campanha também marcou o Dia Mundial do Leite, comemorado em 1º de junho. Com produção de 35 bilhões de litros em 2013, o Brasil é o terceiro maior produtor de leite no mundo e a estimativa para este ano é de crescimento de 5%. Na Bahia, a cadeia láctea é bastante expressiva. O estado é o maior produtor de leite da região Nordeste e o 7º no ranking nacional. Construtoras de Itabuna e Ilhéus O município de Ilhéus sediou, entre os dias 23 e 25 de maio, a quarta edição da Feira da Casa Própria Itabuna-Ilhéus. Realizado no centro da cidade, com a presença de diversas construtoras, o evento aconteceu juntamente com o Feirão Caixa da Casa Própria, que ofereceu mais de dois mil imóveis, distribuídos pelas regiões de Itabuna e Ilhéus. O Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus (SICC) participou com um estande em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O presidente do SICC, Leovegildo Oliveira de Sousa, destacou a importância da iniciativa. Dia Nacional do Calcário é lembrado Para lembrar o Dia Nacional do Calcário Agrícola, comemorado em 24 de maio, o Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso (Sindical-BA) promoveu uma campanha publicitária com o tema Calcário Agrícola: rentabilidade produtividade e sustentabilidade no campo. O objetivo foi sensibilizar o poder plúbico e parceiros para a importância da calagem. Trata-se da utilização de calcário no processo de produção agropecuária com vistas à correção da acidez do solo e representa uma prática sustentável, que possibilita o aumento da produção e melhor rendimento de pastagens. A data foi criada em 2011, pela Lei 12.389 e reforça a importância do setor. Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB Metso realizou o treinamento na Pedreira Aratu Sindibrita capacita trabalhadores Cerca de 60 trabalhadores de 17 empresas filiadas ao Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada (Sindibrita-BA) participaram de um treinamento realizado entre os dias 13 a 15 de maio, no auditório da Pedreira Aratu. A capacitação, promovida em parceria com a multinacional Metso, teve carga horária de 24 horas e foi ministrada pelos engenheiros da Metso Brasil, José Antônio Raymundo, Felipe Ribeiro e Joésio Dourado. Os participantes foram orientados sobre operação e manutenção de equipamentos utilizados para britagem e rebritagem. “Além da operação das máquinas, o curso também foi voltado para a vida útil preventiva dos equipamentos”, destacou o presidente do Sindibrita, Fernando Jorge Carneiro. Sindpacel comemora 60 anos de atuação Com foco na defesa da sustentabilidade, do desenvolvimento social e econômico e de melhores práticas corporativas e ambientais, o Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel) comemorou 60 anos de existência, no último dia 15 de junho. O sindicato representa um setor que atualmente gera mais de 4 mil empregos diretos e mais de 12 mil indiretos na Bahia e tem como missão fortalecer as indústrias com ações que tragam benefícios e melhorias para o setor, promovendo o desenvolvimento sustentável do estado. Bahia Indústria 11 Líderes sindicais debatem desafios da indústria baiana Sugestões apresentadas vão contribuir para a revisão do planejamento estratégico do Sistema FIEB para o ciclo 2015-2017 Por Marta Erhardt D irigentes dos sindicatos filiados à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) discutiram as expectativas e os desafios da indústria baiana para os próximos três anos, durante o IV Encontro de Presidentes de Sindicatos e Conselhos Temáticos, realizado na terça-feira, 10 de junho, na sede da FIEB. O presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, apresentou as principais diretrizes da nova gestão, com foco para a interiorização e no apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPME) que, de acordo com dados do Guia Industrial, representam 96,8% das indústrias baianas. Entre as ações voltadas 12 Bahia Indústria para a ampliação do atendimento às MPME industriais, o presidente destacou parcerias com instituições como a Caixa Econômica Federal (CEF), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já com foco na interiorização, o Sistema FIEB está investindo R$ 69,6 milhões na construção de Unidades Integradas e na reforma de instalações e equipamentos na capital e no interior do estado. Além disso, o presidente também destacou metas como a construção de novas escolas integradas do SESI/SENAI, com o objetivo de reforçar as atividades de capacita- Principais diretrizes da nova gestão foram apresentadas no encontro ção de mão de obra; a criação de Coordenações Regionais da FIEB, sendo a primeira em Feira de Santana; e a ampliação das ações do CIEB, principalmente em regiões com menor número de sindicatos. “Sem desconstruir o que já temos hoje, o novo modelo vai possibilitar a ampliação da atuação das instituições do Sistema FIEB, de forma sustentável, prestando serviços às micro, pequenas e médias empresas, especialmente àquelas situadas no interior do Estado”, pontuou o presidente da FIEB. Os participantes do encontro foram divididos em cinco grandes grupos para identificar e debater os temas: Educação, Tecnologia e Sustentabilidade; Desempenho Marcelo Gandra/coperphoto/sistema fieb do Sistema; Interiorização; Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e Relações Institucionais. As sugestões apontadas pelos sindicatos vão contribuir para a revisão do planejamento estratégico do Sistema Fieb para o ciclo 2015-2017. Entre as sugestões apresentadas, destacam-se a criação de novos cursos no portfólio do SENAI e a atualização do currículo de cursos já existentes; a criação de um banco de boas práticas voltado para as áreas de Inovação, Ecoeficiência e Sustentabilidade; a ampliação da comunicação com os sindicatos filiados e o estímulo ao associativismo; o apoio ao adensamento de cadeias produtivas no interior do estado; e a criação de estrutura de atendimento aos empresários com consultorias nas áreas fiscal e trabalhista; além de apoio para acesso a crédito e novos mercados. O vice-presidente da FIEB, Mário Pithon, destacou que o encontro estimula a interação dos líderes sindicais com a Federação. “Precisamos melhorar a relação com os sindicatos e isso vai depender da iniciativa dos presidentes”, afirmou. Já o vice-presidente Carlos Gantois considerou o debate produtivo, pois contribui para a formulação das ações estratégicas. “É importante ter essa conversa franca, com a participação interativa, democrática e plural das lideranças sindicais”, observou. Apoio aos sindicatos A programação também incluiu a apresentação das ações da Gerência de Relações Governamentais e Sindicais da FIEB. O gerente da área, Fabiano Peixinho, explicou que a área desenvolve ações voltadas para o fortalecimento da gestão, a defesa de interesses da indústria, o apoio aos sindicatos na ampliação da base de representação e a melhoria de relacionamento e comunicação entre sindicatos e empresas. Ele destacou a realização de palestras e cursos voltados para os empresários, realizados em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI); os descontos e bolsas do Sistema FIEB para associadas e sindicatos; o sistema de assessoria jurídica online, que presta consultoria em diversas áreas do direito; a criação de um portal exclusivo com ações, notícias, serviços e eventos voltados aos sindicatos e empresas; além de uma coluna Ação Sindical, no jornal A Tarde. [bi] Bahia Indústria 13 té o final do primeiro semestre de 2015 a região oeste do estado vai contar com duas unidades integradas do Sistema FIEB. Com investimentos da ordem de R$ 23 milhões, a instituição está construindo dois novos equipamentos, que vão reunir os serviços de educação e qualificação profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação, segurança e saúde do trabalhador, oferecidos pelo SESI, SENAI e IEL. Em Luís Eduardo Magalhães, onde as obras estão em estágio avançado, a previsão é que o complexo seja inaugurado no segundo semestre deste ano. O equipamento vai funcionar no Loteamento Aroldo da Cruz (Centro) e tem investimento da ordem de R$ 10,4 milhões. Já em Barreiras, a obra está em fase de terraplenagem e tem previsão de execução de 12 meses. Lá, o investimento previsto para a construção do complexo – que vai funcionar na Avenida das Turbinas – foi de R$ 12,9 milhões. As obras na região oeste foram conferidas de perto, em junho, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Gilberto Farias, dirigentes e executivos do Sistema FIEB. As visitas a municípios que irão receber unidades inte- Superintendente de Engenharia, Rodrigo Alves, apresenta planta da unidade de Luís Eduardo Magalhães à diretoria da FIEB Regiões Oeste e Sudoeste do estado vão ganhar unidades integradas do Sistema FIEB até 2015 Por Marta Erhardt Avanço para o interio 14 Bahia Indústria or “ Washington Luiz/Coperphoto/Sistema FIEB Seremos um elo para levar adiante as discussões sobre questões estruturais. Estamos muito alinhados com o governo para tratar destes assuntos, pois a infraestrutura adequada é necessária para o desenvolvimento da indústria Calos Gilberto Farias, presidente da FIEB Bahia Indústria 15 Unidade de Luís Eduardo ficará pronta no segundo semestre gradas reforçam o interesse em expandir os serviços da instituição no interior do estado, uma das principais diretrizes da atual gestão. Os complexos terão salas de aula, galpão de aula prática, laboratórios, consultórios médicos, consultórios odontológicos. “Os industriais da região vão contar com mão de obra qualificada em diferentes áreas do conhecimento”, destacou Carlos Gilberto Farias. Além do aumento da oferta de serviços no interior da Bahia, ele ressaltou que a Federação também tem como meta o apoio às micros, pequenas e médias empresas. Os prefeitos dos dois municípios exaltaram a chegada dos novos equipamentos do Sistema FIEB no oeste baiano. A expectativa é que as estruturas de apoio à indústria contribuam para a atra16 Bahia Indústria fotos Washington Luiz/Coperphoto/Sistema FIEB Erley Santos/Coperphoto/Sistema FIEB Visita à fábrica da Contemp (acima); Em Barreiras, obras estão na fase de terraplenagem (ao lado) ção de agroindústrias, visando à criação de cadeias produtivas, com o beneficiamento das matérias-primas produzidas na região, como algodão e soja. “Tenho certeza que esta unidade vai nos ajudar a implantar novas indústrias na região, colaborando para a criação de emprego e renda”, avaliou Antônio Henrique Moreira, prefeito de Barreiras. “Com a construção deste equipamento, a FIEB mostra, na prática, o desejo de concretizar a interiorização das ações. Luís Eduardo Magalhães precisa de capacitação de mão de obra e esse apoio da FIEB é fundamental para atrair novos investimentos”, complementou Humberto Santa Cruz, prefeito do município. Sudoeste Além de Barreiras e de Luís Eduardo Magalhães, a comitiva do Sistema FIEB também esteve em Vitória da Conquista, onde será construída a Unidade Integrada Sudoeste, empreendimento que tem investimento da ordem de R$ 18,7 milhões. O corpo diretivo do Sistema FIEB visitou o terreno on- de o complexo será construído, na Avenida Olívia Flores. No município do sudoeste baiano, a comitiva do Sistema FIEB visitou as empresas Tia Sônia, de produtos alimentícios; e Contemper, produtora de vidro temperado. “Ele viu de perto a nossa realidade, observou quais são as nossas dificuldades e pode trazer soluções para o nosso cotidiano”, comentou um dos donos da empresa, Bruno Alves. Defesa de interesses Empresários das duas regiões aproveitaram a presença dos dirigentes do Sistema FIEB para solicitar apoio, visando solucionar deficiências de infraestrutura. No oeste, as dificuldades com logística foram apresentadas ao presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias. Os produtores alertaram para a necessidade do uso de outros modais além do rodoviário para o escoamento da matéria-prima. Atualmente, 200 mil carretas transportam, por ano, 8 milhões de toneladas de grãos e fibras produzidas na região e o uso de ferrovias e hidrovias conBahia Indústria 17 tribuiria para a redução de custos com logística. Presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), o engenheiro agrônomo Júlio Cézar Busato explicou que a demanda por melhorias na infraestrutura para escoar a produção deve aumentar, já que a região ainda dispõe de área agrícola para ser cultivada. “Vejo vontade e disposição para colaborar para estas mudanças que são necessárias para o crescimento do oeste baiano”, avaliou Busato ao final da reunião com dirigentes do Sistema FIEB. Em Vitória da Conquista, os pleitos são principalmente sobre as condições do distrito industrial. “Precisamos de investimento no distrito industrial e sofremos com a carência de energia elétrica”, apontou o empresário Luís Edmundo Gomes, da E2 Engenharia. A empresa fornece pré-moldados para o aquecido setor de construção civil do município e emprega 40 pessoas. O presidente da FIEB se mostrou atento às necessidades dos industriais e ressaltou que a Federação vai atuar como interlocutor perante o poder público. “Seremos um elo para levar adiante as discussões sobre essas questões estruturais. Estamos muito alinhados com o governo para tratar destes assuntos, pois a infraestrutura adequada é necessária para o desenvolvimento da indústria”, pontuou. Além dos encontros com empresários e visitas às obras de construção das novas unidades, a agenda dos dirigentes do Sistema FIEB também contemplou visitas às sedes do SESI e SENAI em Vitória da Conquista, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. 18 Bahia Indústria fotos Raimundo Mascarenhas/Coperphoto/Sistema FIEB Encontros levantam demandas no interior Vice-presidente Edison Virgínio representou a FIEB em Coité Outras ações de aproximação com o empresariado do interior do estado estão sendo realizadas pelo Sistema FIEB. Com este objetivo, serão realizados, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), encontros para levantar as demandas dos municípios de Feira de Santana e de Santo Antônio de Jesus. Iniciativa piloto foi realizada em abril, no município de Conceição do Coité. Na oportunidade, as instituições que integram o Sistema FIEB – SESI, SENAI, IEL e CIEB – e o Sebrae apresentaram a empresários e lideranças do município os produtos e serviços oferecidos ao setor industrial. Durante o encontro, o vice-presidente da FIEB, Edison Nogueira, destacou a meta da nova diretoria de sedimentar bases para o desenvolvimento da indústria no interior do estado. “Queremos apoiar as indústrias da região, principalmente as de micro, pequeno e médio portes, ajudando-as a avançar em competitividade. Precisamos estreitar a relação entre o empresariado e o Sistema FIEB para que isso aconteça”, pontuou. Também vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois reforçou o comprometimento da instituição com essas diretrizes. “Queremos estimular a criação, aqui na região, de um polo de desenvolvimento industrial e, para isso, traremos os serviços oferecidos pelo SESI, SENAI e IEL”, ressaltou. Para contribuir para o levantamento das demandas da região, empresários responderam a um questionário sobre as principais necessidades em áreas como defesa de interesses, educação e qualificação, segurança e saúde no trabalho e assessoria tecnológica e inovação. A partir das demandas, foi elaborado um plano de ação para a atuação do Sistema FIEB na região e iniciado o atendimento às empresas do Território do Sisal, que compreende mais de uma dezena de municípios. [bi] Por uma indústria mais sustentável FIEB, Inema e Sebrae formalizam em documento ações de apoio ao licenciamento ambiental C om o objetivo de ampliar as ações do Projeto Indústria Baiana Sustentável, dirigentes da FIEB, secretaria estadual de Meio Ambiente e Sebrae assinaram, no dia 9 de maio, acordo de cooperação, formalizando a parceria entre as instituições. O convênio tem como foco melhorar a gestão ambiental da indústria baiana, principalmente as micro e pequenas empresas. O secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, lembrou que os estados enfrentam entraves à modernização da legislação ambiental, por conta de uma “cultura da burocracia”, mas que a Bahia vem avançando com a contribuição de projetos como este. “Os processos só vão melhorar se mantivermos este tipo de parceria”, defendeu, referindo-se ao Indústria Baiana Sustentável, que tem como umas das linhas de atuação a cooperação técnica com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Para o vice-presidente da FIEB, Carlos Henrique Gantois, que representou o presidente, Carlos Gilberto Farias, o projeto contribui para a sustentabilidade e a competitividade da indústria baiana, especialmente para as micro e pequenas empresas, “que são a mola propulsora da economia do estado”, pontuou. O coordenador do Conselho de Meio Ambiente O diretor do Sebrae na Bahia, Lauro Ramos, apresentou as ações do Sebraetec (Comam) da Federação, Jorge Cajazeira, acrescentou que a iniciativa se faz especialmente importante por conta das dificuldades que as empresas de pequeno porte têm de inovar e atender às exigências legais na área ambiental. De acordo com o diretor técnico do Sebrae na Bahia, Lauro Ramos, o estado vive um momento especial para o crescimento dos pequenos negócios e um dos eixos de atuação da instituição é justamente o apoio à inovação. “Pretendemos inserir no projeto as ações do Sebraetec, um programa que prevê o acesso a serviços tecnológicos na gestão, focando na sustentabilidade dos empreendedores”, disse. A gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB, Arlinda Coelho, explica que o Projeto Indústria Baiana Sustentável, foi iniciado em 2013, tendo como linhas atuação o apoio ao projeto de modernização da gestão ambiental do Estado da Bahia e assessoria institucional para o processo de licenciamento. Com a formalização do acordo, estão previstas novas ações: levantamento das demandas de licenciamento com os sindicatos filiados à FIEB para atender aos pequenos negócios; viabilização do atendimento aos pequenos negócios industriais com recursos do Sebraetec; realização de rodadas de crédito com as empresas. [bi] Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB Bahia Indústria 19 Soluções SESI Resultados dos Painéis de Especialistas apontam viabilidade da metodologia na prospecção de novos produtos e serviços Por patrícia moreira 20 Bahia Indústria C om o objetivo de prospectar soluções para desenvolvimento de produtos e ações nas áreas de segurança e saúde no trabalho, qualificação de lideranças e trabalhadores, fomento à inovação e promoção da qualidade de vida do trabalhador, dentre outros, o Serviço Social da Indústria (SESI) está realizando em todo o país encontros entre empresários, especialistas e profissionais do SESI. São os Painéis de Especialistas, nova metodologia adotada pela Rede SESI, que vem apresentando resultados positivos ao favorecer o intercâmbio de ideias entre diferentes agentes. Na Bahia foram realizados três painéis de especialistas contemplando as indústrias da mineração, da construção e os fatores de riscos psicossociais no trabalho. Um quarto encontro está sendo programado para outubro, abordando como temática o absenteísmo no ambiente das empresas. O SESI Bahia foi escolhido como referência para a execução da metodologia do Indústria da construção também está reunindo especialistas para aprimorar as soluções voltadas para o segmento da rede. “Esse evento nos permite oferecer soluções de forma mais organizada e articulada com todos os interessados no crescimento seguro da indústria da mineração – empresas, órgãos reguladores e fiscalizadores, órgãos de fomento e os técnicos do SESI”, avalia. Uma das soluções apresentadas para o segmento da mineração, fruto do painel, foi a elaboração de 50 vídeos em segurança e saúde no trabalho. Os vídeos, a exemplo do que foi realizado para a indústria da construção, dentro do Programa Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da Construção (PNSST-IC), irão levar informação e orientação voltada para gestores, líderes e trabalhadores. Alguns serão executados pela Bahia. CONSTRUÇÃO João Alvarez/Arquivo Sistema FIEB Painel da Mineração, disponibilizando para as demais regionais da Rede SESI a estratégia e os padrões de identidade e treinamento. Kenneth Almeida, gerente do Núcleo Estratégico do SESI Bahia, conta que já foram realizados seis encontros da mineração, nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina, além da Bahia. Até o mês de dezembro será apresentada uma proposta consolidada trazendo as sugestões de todas as regionais do SESI que participam O SESI também realizou um Painel de Especialistas voltado para o segmento da indústria da construção, no dia 7 de maio, visando identificar novas soluções, a exemplo das que já são desenvolvidas pelo PNSST-IC. O encontro reuniu 20 especialistas, representantes de empresas de pequeno, médio e grande portes, além de parceiros como o Sinduscon, Crea e acadêmicos. Como resultado do Painel de Especialistas da Indústria da Construção, foram identificadas 33 demandas. Destas, 16 já são ofertadas pelo SESI, mas podem ser melhoradas para uma maior aderência às expectativas da indústria. Para a coordenadora do PNSST-IC, Isnáia Cardoso da Silva, a metodologia do Painel de Especialistas foi aprovada. “Temos a possibilidade de reunir uma diversidade de públicos, o que também favore- ce a atuação com diferentes focos”, explica. Ela ressaltou a oportunidade de ouvir os empresários e especialistas sobre os produtos, ações e serviços que o SESI disponibiliza, além de identificar as principais demandas que orientarão os investimentos e o desenvolvimento de metodologias conforme as necessidades do segmento. PSICOSSOCIAIS Responsáveis por grande número de acidentes e enfermidades ocupacionais, os transtornos psicossociais respondem por um custo médio anual de afastamentos na indústria, em dados de 2012, da ordem de R$ 11.267.586,72. Foi pensando nesta realidade que o Departamento Nacional do SESI decidiu investir na metodologia para identificar as demandas e propostas da indústria. Realizado no dia 3 de junho, o Painel de Especialistas Fatores Psicossociais, foi aprovado pelos participantes. Para a assistente social Carla Rodrigues, representante da Petrobras, a discussão neste campo ainda é incipiente no que diz respeito à comprovação do adoecimento e o consequente afastamento do profissional para tratamento, daí a importância de se discutir o tema. Ela acredita que o know how do SESI pode ser de grande contribuição. Coordenado na Bahia pela assessora de Qualidade de Vida do SESI, Lídice Miranda Santos, o Painel reuniu representantes de 12 indústrias. “O propósito de ouvir especialistas visa a sistematização de ações de gestão para reduzir os fatores de risco relacionados ao trabalho, tanto no nível organizacional, quanto em nível individual”, explicou Lídice Miranda. [bi] Bahia Indústria 21 11º PRÊMIO FIEB DE DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL. Sua empresa e o planeta lucrando sempre. O Prêmio FIEB de Desempenho Sociambiental já se tornou uma referência na valorização de empresas que aumentam o lucro ajudando o planeta. E este ano o tema vai ser Resíduos Sólidos. Através de palestras e mesas redondas, o evento vai discutir formas de lucrar com o tratamento de pneus, pilhas, plásticos e outros objetos pós-consumo descartados. Inscrições das práticas no Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental até 18/08/2014. Mais informações: www.fieb.org.br prêmios de 22 Bahia Indústria 5 mil reais. Banco de Práticas Sustentáveis FIEB O Banco de Práticas Sustentáveis FIEB foi criado para identificar e compartilhar com a sociedade os esforços da indústria baiana que proporcionam benefícios com foco nos aspectos: ambiental, social, econômico e cultural. Todas as iniciativas cadastradas poderão se inscrever no Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental. Conheça as modalidades do Prêmio: • Tecnologias Limpas. • Programas Socioambientais. • Práticas Sustentáveis extensivas à cadeia de valor. • Micro e Pequenas Empresas. • Trabalhos acadêmicos com foco em sustentabilidade implementados na indústria. 18 de setembro na Sede da FIEB Cadastre-se em www.fieb.org.br Bahia Indústria 23 conselhos Comitê de Jovens Líderes realiza visita técnica Divulgação Com o objetivo de colocar jovens líderes da indústria baiana em contato com grandes corporações, permitindo a troca de experiência, o Comitê de Jovens Lideranças Industriais (CJLI) da FIEB realizou, em junho, visita técnica à empresa Bomix. O coordenador Eduardo Daltro explicou que a iniciativa faz parte do Plano de Ação do comitê. Com 18 anos de mercado, a Bomix funciona em Porto Seco Pirajá e é a maior fabricante de baldes industriais da América Latina e a quarta do mundo, atendendo segmentos como os de tinta industrial e alimentos. “Explicamos o nosso processo produtivo, desde a chegada da matéria-prima até a parte de distribuição”, contou o gerente comercial, Alexandre Rosário. FIEB apresenta contribuições para o Simples Nacional João Alvarez O coordenador Eduardo Daltro ag enda 18 CORES e COMAM - 11º set Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental da Indústria Baiana 13 14 CEDIN - 2º Fórum de Oportunidades de Investimentos na Bahia nov 24 Bahia Indústria O vicepresidente Carlos Gantois e o ministro Afif Domingos, na Câmara dos Deputados Comprometida em atender as necessidades das micro e pequenas indústrias, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), com o apoio do SEBRAE-Bahia e do Fórum Regional Permanente da Bahia, contribuiu com importantes proposições para o substitutivo ao PLP 221/12, votado em maio, no Congresso Nacional. O projeto visa ampliar e melhorar os benefícios contidos na Lei Complementar 123/06, em prol do microempreendedor individual (MEI), da microempresa e da empresa de pequeno porte. Uma das proposições apresentadas se refere à desoneração parcial das multas por descumprimento de obrigações acessórias no âmbito do ICMS, por fim estendida às demais obrigações acessórias junto aos órgãos e entidades federais, estaduais, distritais e municipais, desde que não haja simulação ou fraude contra o Fisco. A outra proposição diz respeito ao dever das organizações e entidades representativas oferecerem serviços de apoio exclusivo ao MEI, às microempresas e empresas de pequeno porte, nos aspectos fiscais, trabalhistas, creditícios, de inovação, dentre outros. As sugestões foram apresentadas em Brasília, ao ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, pelo vicepresidente da FIEB, Carlos Henrique Gantois e pelo integrante do Conselho Fiscal da diretoria da FIEB, Reginaldo Rossi. “A aprovação do PLP 221/12 representará um grande avanço para esse segmento empresarial, fonte geradora de emprego e renda, mas ainda existe espaço para novos e esperados avanços”, considerou Gantois. Fotos angelo pontes/coperphoto/sistema fieb Dia do Meio ambiente foi lembrado pelo Comam Com a presença do presidente Carlos Gilberto Farias, do primeiro vice-presidente Antonio Ricardo Alban e integrantes da diretoria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Conselho de Meio Ambiente (Comam) da FIEB comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho. A importância da conscientização dos empresários para a questão ambiental foi destacada pelo presidente Carlos Gilberto Farias, que assinalou o importante papel do Comam no sentido de fazer com que a Federação seja protagonista na proposição de uma agenda positiva para a questão ambiental. “Precisamos cada vez mais encontrar o ponto de equilíbrio entre a atividade produtiva e a preservação dos recursos ambientais e temos que ser propositivos”, observou. De acordo com Jorge Cajazeira, o tema é de grande relevância para a indústria. “Quando falamos em meio ambiente temos que pensar no futuro com um olhar do presente”, observou o coordenador do conselho, reiterando que a conciliação entre a atividade produtiva e a preservação dos recursos naturais é o único caminho possível. Durante a reunião comemorativa, o Comam recebeu o diretor de Licenciamento e Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transportes, Emanuel Mendonça, que apresentou a Política Municipal de Meio Ambiente. A gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB, Arlinda Coelho, fez também uma apresentação da Campanha Gestão Sustentável FIEB, que visa a economia dos recursos naturais nas instalações da Federação. Apresentado novo sistema da nota fiscal eletrônica Encontro que discutiu a nota fiscal eletrônica (acima) e as comemorações pelo Dia do Meio Ambiente Empresários e profissionais das áreas contábil e fiscal conheceram o Sefaz Virtual de Contingência (SVC), novo sistema apresentado durante o seminário “Nova forma de contingência da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)”, na FIEB. Já disponível para os contribuintes baianos, o SVC é destinado a evitar interrupções na emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). "Embora a emissão de nota eletrônica tenha sido uma evolução, ela necessitava de um aprimoramento", avaliou o vice-presidente e coordenador do Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários da FIEB, Mário Augusto Pithon. Mais de 350 mil notas fiscais eletrônicas são emitidas diariamente na Bahia. Após a emissão pela internet, a nota é processada em meio digital pelo Sistema de Autorização de NF-e da Sefaz-Ba. Na Bahia, são cerca de 50 mil contribuintes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) emissores de NF-e. Caso ocorra qualquer indisponibilidade no processamento habitual, entra em ação a contingência. O SVC irá substituir com vantagens dois outros modelos ainda em operação, a DPEC (Declaração Prévia de Emissão em Contingência) e o SCAN (Sistema de Contingência do Ambiente Nacional). Trata-se de uma facilidade para o contribuinte emissor, evitando prejuízos para as empresas. "Esse novo modelo de contingenciamento é mais um avanço nas funções do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital)”, ressaltou o superintendente da Sefaz-Ba, José Luiz Souza. Bahia Indústria 25 indicadores Números da Indústria Indústria cresce acima da média nacional Bahia foi um dos dez estados onde a produção da indústria de transformação apresentou crescimento no ano concluído em abril A taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia cresceu 3,1%, em abril de 2014, abaixo da registrada em março de 2014 (alta de 4,3%), mas acima da média nacional no período (2,6%). No ranking dos 14 estados que participam da pesquisa PIMPF-R* (Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física - Reformulada), realizada pelo IBGE, além da Bahia outros nove estados apresentaram desempenho positivo: Amazonas (8,0%), Ceará 26 Bahia Indústria (7,5%), Mato Grosso (5,7%), Rio Grande do Sul (5,4%), Pernambuco (3,9%), Goiás (2,6%), Paraná (2,4%), Santa Catarina (1,6%) e Minas Gerais (0,2%). O estado de São Paulo apresentou crescimento nulo e os outros três estados registraram resultados negativos: Espírito Santo (-2,8%), Rio de Janeiro (-1,0%) e Pará (-0,4%). Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, cinco apresentaram resultados positivos: Metalurgia (15,5%), Refino de petróleo e biocombustíveis (9,8%), Minerais não metálicos (1,8%), Produtos químicos (0,7%) e Alimentos (0,1%). Por outro lado, apresentaram retração os segmentos de Equipamentos de informática (-19,9%), Couro e calçados (-11,8%), Bebidas (-7,8%), Veículos automotores (-2,2%) Borracha e plástico (-1,6%) e Celulose e papel (-1,4%). QUEDA EM ABRIL Na comparação de abril de 2014 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 0,7%. Somente três dos onze segmentos pesquisados apresentaram resultados positivos: Refino de petróleo e biocombustíveis (9,5%), Produtos químicos (4,4%) e Alimentos (3,5%). Apresentaram retração os segmentos de Equipamentos de informática (-28,3%), Bebidas (-21,9%), Couro e calça- dos (-17,7%), Minerais não metálicos (-17,1%), Veículos automotores (-10,4%), Celulose e papel (-8,0%), Borracha e plástico (-1,5%) e Metalurgia (-0,4%). Tendo em conta o acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com igual período de 2013, verifica-se uma queda de 1,9% na indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de informática (-33%), Veículos automotores (-28,3%), Couro e calçados (-11,1%), Bebidas (7,6%), Minerais não metálicos (-3,6%), Metalurgia (-3,4%), Celulose e papel (-1,4%) e Borracha e plástico (-0,8%). Por outro lado, houve expansão da produção nos segmentos de Produtos químicos (8,7%), Refino de petróleo e biocombustíveis (8,2%) e Alimentos (2,6%). De modo geral, o resultado positivo da Bahia está relacionado, sobretudo, ao desempenho dos segmentos Metalurgia e Refino de petróleo e biocombustíveis. [bi] * A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para os estados que, no ano de 2010, responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries. bahia: pim-pf de abril de 2014 Setores Abr14/Abr13 Indústria de Transformação Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Veículos automotores Alimentos Celulose e papel Borracha e plástico Metalurgia Couro e Calçados Minerais não metálicos Equipamentos de Informática Bebidas Extrativa Mineral Variação (%) Jan-Abr14/mai13-Abr14/ Jan-Abr13mai12-Abr13 -0,7 -1,9 3,1 9,5 8,2 9,8 4,4 8,7 0,7 -10,4 -28,3 -2,2 3,5 2,60,1 -8,0 -1,4 -1,4 -1,5 -0,8 -1,6 -0,4 -3,415,5 -17,7 -11,1 -11,8 -17,1 -3,6 1,8 -28,3 -33,0 -19,9 -21,9-7,6-7,8 4,0 4,8 1,2 produção física por estado: indústria de transformação Estados Abr14/ Abr13 Variação (%) Jan-Abr 14/mai13-abr14/ Jan-Abr 13mai12-Abr13 São Paulo -8,3 -4,6 0,0 Minas Gerais -7,5 -0,7 0,2 Rio de Janeiro -7,2 -3,6 -1,0 Paraná -11,7-1,2 2,4 Rio Grande do Sul -10,3 -0,6 5,4 Santa Catarina -6,3 0,1 1,6 Bahia -0,7-1,9 3,1 Amazonas -0,37,8 8,0 Pará -2,12,6 -0,4 Espírito Santo -3,5 -6,3 -2,8 Goiás -3,6-2,0 2,6 Pernambuco3,3 7,2 3,9 Ceará -4,5-0,3 7,5 Mato Grosso 11,6 8,2 5,7 Brasil -7,1-1,8 1,0 Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014) 125 120 115 110 2014 2013 105 100 95 90 2012 85 DEZ NOV OUT SET AGO JUL JUN MAI ABR MAR FEV JAN 80 Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012) Bahia Indústria 27 Marcelo Gandra/Coperphoto/FIEB Apoio à cadeia automotiva IEL apresenta o projeto PQF + Auto, que vai selecionar e capacitar até 50 fornecedores para o segmento Potenciais fornecedores de bens e serviços para a Ford conheceram, em 29 de abril, o Projeto de Desenvolvimento de Fornecedores da Cadeia Automotiva da Bahia, executado pelo IEL, em parceria com a Ford, o Sindipeças e o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O I Encontro de Sensibilização Empresarial foi realizado no SENAI Cimatec, em Piatã. Na ocasião, representantes de pequenas e médias empresas interessadas conheceram algumas das demandas da Ford e as etapas do projeto, chamado também de PQF + Auto, que vai selecionar e capacitar até 50 fornecedores por meio de diagnóstico, consultorias, treinamentos e certificação. O objetivo é fortalecer a cadeia automotiva, aumentando a competitividade destas empresas e sua capacidade de atender as demandas deste mercado. “Além de passar por um diagnóstico que identificará pontos fracos e oportunidades de melhoria, as empresas selecionadas vão participar de rodadas de negócios, missões técnicas, eventos setoriais e encontros com empresas âncoras, entre outras atividades”, explicou o gerente de Capacitação Empresarial do IEL, André Pinto. O gerente de compras sênior da Ford, Eduardo Oli28 Bahia Indústria veira, apresentou os recentes investimentos do grupo na Bahia – como a nova fábrica de motores e o processo de modernização da planta industrial –, citando algumas das oportunidades que estão sendo geradas pelo segmento. “Vamos precisar de peças, além de componentes do ferramental e materiais industriais, como borrachas e elementos de fixação, por exemplo”, disse. Para o gerente comercial da JJ Inspeções Técnicas, Renê Barbosa, que já participou de outros programas de capacitação do IEL, o PQF + Auto é um projeto importante para as pequenas e médias empresas que querem ter acesso à cadeia de fornecedores. “pois o programa contribui para que a empresa atenda às exigências das âncoras com produtos e serviços adequados e competitivos”, afirmou. Contrato Para participar da seleção, as empresas interessadas passam por uma primeira avaliação. Após o diagnóstico do comitê gestor do projeto, a empresa selecionada assina o contrato com o IEL. “Além de querer participar, a empresa precisa mostrar que tem o perfil das fornecedoras desejadas pelo mercado e também atender aos requisitos exigidos pelas compradoras”, enfatiza André Pinto. [bi] O gerente da Ford, Eduardo Oliveira, apresentou os recentes investimentos do grupo na Bahia e destacou as oportunidades Enseada reforça parceria com a FIEB Presidente da Federação visita obras da Enseada, em São Roque do Paraguaçu, e fortalece parceria para ações de capacitação C om o objetivo de conhecer de perto a atuação da Enseada – Unidade Paraguaçu e as estratégias para o fortalecimento da cadeia de petróleo, gás e naval na Bahia, integrantes da diretoria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) visitaram as instalações do empreendimento, no dia 4 de junho. O presidente da Enseada, Fernando Barbosa, destacou o avanço da obra, o processo de transferência tecnológica com a Kawasaki e as ações em parceria com a FIEB. “Temos uma boa participação no Comitê de Petróleo, Gás e Naval da Federação das Indústrias da Bahia e nos programas de desenvolvimento de fornecedores e de qualificação profissional. Queremos capacitar cerca de três mil pessoas até o final do ano”, revelou Barbosa. De acordo com Carlos Gilberto Farias, a FIEB está buscando o eixo da interiorização de suas ações e ampliando as unidades integradas do SENAI e do SESI para atuar na capacitação de mão de obra especializada. “Santo Antônio de Jesus é a cidade que mais prospera no entorno ao empreendimento e vamos edificar uma escola de preparação de mão de obra para formar os técnicos necessários”, afirmou Farias. Como parte das ações realizadas em parceria com a FIEB, foi promovido, no dia 5 de junho, no auditório da FIEB, um workshop reunindo fornecedores da cadeia de petróleo, gás e naval. O evento serviu para aproximar a Enseada das doze empresas baianas selecionadas no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, incluídas aí as baianas Forja, fabricante de haste de bombeio, Perbras, fabricante de sondas de perfuração terrestres, e a Web Nordeste, que produz manifold submarino. A iniciativa faz parte do Plano de Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais, lançado em 2013, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O gerente de Projetos da ABDI, Miguel Nery, lembrou que além da Bahia, o workshop Luciano Oliveira/Enseada/Divulgação O presidente Carlos Gilberto visitou as instalações da unidade também acontecerá em Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Representantes do BNDES e do Banco do Nordeste do Brasil apresentaram fontes de financiamento para o segmento. Para a gerente de Inovação e Projetos Especiais do IEL, Fabiana Carvalho, o momento é oportuno. “Estamos num momento muito particular de convergência da indústria para a busca de fornecedores locais”. Se a prioridade é desenvolver empresas pequenas e médias para serem fornecedores da cadeia de petróleo, gás e naval, o tom é de urgência, mas também de otimismo. “Esperamos que médias empresas possam se tornar grandes no setor”, frisou Vandete Cardoso Mendonça, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Enseada, Humberto Rangel, apresentou a empresa e destacou as ações de melhoria da infraestrutura local no entorno do Estaleiro, que favorecerá o processo de urbanização da região. [bi] > Com informações do site www.navegandojuntos.com.br Bahia Indústria 29 painel Marcelo Gandra/coperphoto/Sistema FIEB Enseada e SENAI promovem oficina do Pronatec Encontro reuniu FIEB, Sebrae e Prefeitura de Simões Filho no SESI do município Café com a Indústria em Simões Filho Com o objetivo de estreitar a parceria entre a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), a Prefeitura de Simões Filho e empresários, foi realizado, no dia 9.6, o Primeiro Encontro Prefeitura e FIEB – Café da Manhã com as Indústrias. O encontro aconteceu no SESI Simões Filho e reuniu, além do prefeito Eduardo Alencar, o presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, o superintendente do Sebrae, Edival Passos, além de representantes do governo do estado. A iniciativa foi do Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Para o prefeito Eduardo Alencar, Simões Filho vive um momento especial, atraindo importantes investimentos, daí a necessidade de fortalecer os laços com parceiros como a FIEB e também o Sebrae. “O Sistema FIEB já faz parte da vida de Simões Filho com a Unidade do SESI. Agora queremos ampliar esta parceria e o presidente Carlos Gilberto mostrou-se disposto a nos atender”, disse. O principal interesse da prefeitura é ampliar as ações de qualificação da mão de obra local por meio do SENAI. O presidente Carlos Gilberto Farias reafirmou o foco de sua gestão, voltada para o fortalecimento das micro, pequenas e médias indústrias e a interiorização, mas destacou que a Região Metropolitana não ficará desassistida. FIEB sedia homenagem a Rômulo Almeida e Ignácio Rangel Realizado pela Sudene, em 15 de maio, no auditório da Federação, o seminário marcou os 100 anos de nascimento dos dois economistas. O evento contou com duas mesas de debates e uma conferência magna, ministrada pelo ex-governador Waldir Pires. Na ocasião, ex-colegas, acadêmicos e autoridades relembraram as ideias dos nordestinos que contribuíram para a construção da linha desenvolvimentista de atuação política e do pensamento econômico brasileiro. Representantes de diversas instituições estiveram presentes, a exemplo de universidades federais e do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento. 30 Bahia Indústria No início de julho, a Enseada Indústria Naval, Unidade São Roque, inaugurou a oficina de solda e ajuste mecânico para a realização de cursos profissionalizantes oferecidos pelo SENAI Bahia, no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O objetivo é aliar qualificação prática e teórica dos moradores da região interessados nestes cursos, dando mais chances na disputa por uma vaga no mercado de trabalho. Congratulações pelo Dia da Indústria O vereador Euvaldo Jorge solicitou registro, na ata de pronunciamento oficial da sessão da Câmara Municipal do Salvador, de 12 de maio, pronunciamento feito da tribuna, lembrando a passagem do Dia da Indústria, comemorado em 25 de maio. Em seu discurso, o vereador homenageou Roberto Simonsen, considerado o patrono da indústria nacional, e congratulouse com a Federação pela passagem da data. divulgação Carlos Farias participou de Fórum da Abiquim O presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, participou, no dia 26 de maio, do 1º Fórum Nacional em Defesa da Indústria Química. Em discurso, ele reconheceu o impacto do custo Brasil no segmento, que agrava o déficit comercial do setor que é de US$ 32 bilhões. O encontro ocorreu no SENAI Cimatec e discutiu a competitividade da indústria química nacional. A iniciativa do evento foi da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e o apoio da FIEB e Cofic. Angela Merkel reuniu-se com o diretor regional Leone Peter e estudantes do SENAI Bahia Chanceler alemã e comitiva reúnem-se com representantes do SENAI Em visita a Salvador para prestigiar a partida entre as seleções da Alemanha e de Portugal pela Copa do Mundo 2014, no dia 16 de junho, a chanceler Angela Merkel participou de um encontro com o diretor regional do SENAI, Leone Peter, e outros representantes da instituição, entre eles, alunos que irão à Alemanha por meio dos programas Ciência sem Fronteiras (governo federal) e Jovens Talentos (SENAI) para estudar no instituto Fraunhofer e Instituto Alemão de Inteligência Artificial (DFKI), na Alemanha. No encontro, realizado no Hotel Pestana, Merkel conheceu as linhas de atuação do SENAI Bahia, especialmente os projetos que levam a cooperação com a Alemanha, dado o interesse atual entre os governos alemão e brasileiro em ampliar a parceria tecnológica entre os dois países. Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB SENAI recebeu Simpósio de Realidade Virtual e Aumentada Entre os dias 12 e 15 de maio, pesquisadores, estudantes e diversos profissionais das áreas acadêmica, industrial e comercial estiveram reunidos no SENAI Cimatec para trocar experiências e conhecer as novidades nas aplicações da Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA). Considerado o mais importante da área no Brasil, o encontro teve uma programação intensa com pré-simpósio, minicursos, palestras internacionais e sessões técnicas. Realizado pela primeira vez na Bahia, o evento promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) trouxe a Salvador especialistas internacionais e nacionais para apresentar os avanços tecnológicos da área. Estudante experimenta equipamento de realidade virtual Bahia Indústria 31 jurídico Sanções políticas e o estado democrático de Direito Por Cínthia Freitas A Constituição Federal assegurou a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos (art. 170, parágrafo único), e que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal, em que sejam oportunizados o contraditório e ampla defesa (art. 5º, XIII, LIV e LV). Na contramão das citadas garantias, o Fisco, por vezes amparado pela própria legislação infraconstitucional, vem fazendo uso das denominadas sanções políticas – assim entendidas como mecanismos utilizados para coagir o contribuinte ao pagamento de débitos tributários sem o devido processo legal, seja ele judicial ou administrativo –, antecipando-se à verificação do cabimento da cobrança pela autoridade competente. Na prática, direitos periféricos à determinada obrigação tributária são restringidos para assegurar o pagamento do tributo, o que pode implicar danos irreversíveis à atividade empresária. Há diversos exemplos de sanções políticas, tais como a apreensão de mercadoria decorrente de suposta irregularidade no documento fiscal; a recusa injustificada da emissão de Certidão Negativa de Débitos Fiscais; e a exigência de garantias reais ou fidejussórias relativamente ao ICMS 32 Bahia Indústria não adimplido para impressão de documentos fiscais. Do mesmo modo, caracterizam-se como exemplos de cobrança coercitiva pelo Fisco, dentre outros, a proibição da utilização de créditos do ICMS decorrentes de exportação, quando pendentes processos administrativos ou judiciais; a utilização do protesto da Certidão da Dívida Ativa; a exigência do pagamento de multas como requisito para licenciamento de veículos automotores; e a emissão da autorização de habitação do empreendimento imobiliário (“habite-se”), condicionado à certificação do pagamento de tributos municipais. Assim, diante do risco de ter interrompidas as suas atividades, o contribuinte encontra-se coagido a quitar a pendência fiscal, sem qualquer questionamento sobre a procedência do montante cobrado. O Supremo Tribunal Federal vem condenando essa prática por meio de decisões e súmulas, por entender inconstitucional a utilização de mecanismos que restrinjam direitos ou inviabilizem a própria atividade econômica. Cabe ao Fisco conter seu afã arrecadatório, buscando as vias de cobrança adequadas e condizentes com o regime democrático de direito vigente no país. Ao contribuinte, sempre restará a defesa das suas garantias fundamentais, dentre outros meios, através dos remédios constitucionais cabíveis, a exemplo do Mandado de Segurança. Portaria disciplina protesto de dívida ativa Foi publicada a Portaria da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN nº 429/2014, que disciplinou a utilização do protesto extrajudicial por falta de pagamento de certidões de dívida ativa da União ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista pela Lei 12.767/2012. Registre-se que o Supremo Tribunal Federal STF foi instado a se manifestar sobre o cabimento do protesto nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5135, interposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), contra a referida Lei. Novas regras para o contrato de trabalho temporário Cínthia Freitas é advogada da Gerência Jurídica Foi publicada, no Diário Oficial da União do dia 3 de junho de 2014, a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE nº 789, que estabeleceu novas regras para o contrato de trabalho temporário, com destaque para a possibilidade de prorrogação do referido instrumento por até nove meses, na hipótese de substituição transitória de pessoal regular e permanente, bem como para a obrigatoriedade de envio de informações ao MTE, destinadas ao estudo de mercado. ideias A Bahia, a internet e as coisas Por Flavio Marinho O lançamento da internet comercial, nos anos 1990, trouxe muitas expectativas sobre as facilidades que seriam geradas para a vida das pessoas. Muito aconteceu desde então. A virtualização foi a palavra-chave para as possibilidades trazidas pela revolução digital, que se traduziram em novas formas de trabalho, relacionamento, comunicação, entretenimento, entre outros hábitos. Temos conhecido uma nova tendência que promete alavancar ainda mais essas mudanças. Denominada “Internet das Coisas”, trata-se da possibilidade de que objetos físicos diversos conectem-se à rede mundial e ganhem com isso a possibilidade de simplificar ou substituir tarefas cotidianas, até então dependentes exclusivamente da interação humana. O conceito baseia em que, uma vez integrados e conectados, os dispositivos possam exercer tarefas de forma cada vez mais inteligentes. Apostando neste caminho, no início deste ano, a Google comprou por US$ 3,2 bilhões a Nest, empresa tecnológica que tem como missão facilitar a vida nas residências. Seu primeiro produto resolveu um problema importante para os países de clima temperado: gerir autonomamente os termostatos domésticos, permitindo, ainda, que os usuários o controlassem, quando necessário, pelo seu “smartphone”, a distância. Após quase duas décadas do mercado “ponto com”, para muitos, esta transação inaugurou um novo ciclo de investimentos em empresas especializadas em soluções de tecnologia da informação embarcadas em dispositivos físicos, que se propunham a resolver problemas do nosso dia a dia. A internet está se integrando ao mundo físico e vice-versa. É possível imaginar que, em breve, a sua geladeira possa controlar os produtos estocados e enviar para seu e-mail uma mensagem sobre necessidade de fazer a reposição. Poderá, ainda, fazer uma busca eletrônica e informar os locais mais baratos para fazer suas compras, ou mesmo acionar seus fornecedores de preferência e ter a comodidade de receber os produtos, em sua casa, sem esforços significativos. As novas possibilidades são incontáveis e parecem depender apenas da fronteira que a criatividade humana alcançará. A tendência se viabilizou em função da miniaturização e do barateamento dos sensores e microprocessadores. O mesmo cenário que tem permitido a diminuição e o aumento da capacidade de processamento de dispositivos computacionais móveis, chegando ao tamanho de relógios ou outros acessórios. Estudos promovidos por grandes empresas de tecnologia e institutos especializados indicam que esse movimento resultará em alguns bilhões de “coisas” conectadas à internet até 2020. O assunto ganhou tamanha importância que está se transformando em políticas públicas, fomentadas em iniciativas como o seminário “Internet das Coisas: Oportunidades “ Foi dada a largada para um ciclo econômico com perspectivas de geração de novos modelos de negócio para solucionar velhos e novos problemas da nossa sociedade * Flavio Marinho é mestre em Administração. É o responsável pela Incubadora e Aceleradora de Empresas do SENAI Bahia da Nova Revolução Digital para o Brasil”, promovido pelo BNDES, em maio. A Bahia pode participar ativamente deste novo cenário, não apenas como consumidor dessas novas soluções. A existência do Polo Industrial de Ilhéus, as competências disponíveis nas universidades; a existência de um centro tecnológico de padrão internacional, como o SENAI Cimatec; bem como a existência de uma aceleradora de empresas participantes do Programa Start-up Brasil, que dispõe de investidores, mentores e parceiros internacionais interessados neste tema, configuram um ambiente propício para abrigar negócios, de alto potencial inovador e valor agregado. Foi dada a largada para um ciclo econômico com perspectivas de geração de novos modelos de negócio para solucionar velhos e novos problemas da nossa sociedade. É o momento certo para estudantes, pesquisadores, inventores e empresas em geral olharem adiante para participar ativamente desta janela de oportunidades. [bi] Bahia Indústria 33 leitura&entretenimento fotos divulgação exposição Tradição e história na Bienal da Bahia Interrompida pela ditadura militar, a Bienal da Bahia está de volta, 46 anos depois, em sua 3ª edição. Com o tema ‘’É tudo Nordeste?’’, a bienal busca mostrar como as tradições e as histórias do Nordeste brasileiro podem ser lidas como experiências humanas. Nesta edição, a Secretaria de Cultura do Estado preparou 100 dias de muita cultura, contemplando diversas linguagens. Estão representados 180 artistas, entre eles Yoko Ono, a arquiteta Lina Bo Bardi, o cearense Ícaro Lira e o carioca Omar Salomão. A bienal leva ao público da capital e do interior, performances, ciclos de filmes, ações educativas e encontros com artistas. Não perca MAM, Mosteiro de São Bento da Bahia, Igreja dos Aflitos, Escola de Belas Artes, Igreja do Pilar, Ateliê Hilda Salomão, Até 7.9. (71) 2106-5200 Registros de Bel Borba Aos 57 anos o artista baiano, Bel Borba, reconhecido nacionalmente e internacionalmente, apresenta sua mais nova exposição, Bel Borba Intervém Urbano. Para os soteropolitanos acostumados a admirar as obras de Borba por toda a cidade, a exposição traz 80 trabalhos inéditos, e apresenta ao público uma Salvador de ontem, de hoje e de amanhã. Nesta exposição, o artista leva para a galeria de arte, fotografias antigas de domínio público e imagens autorais, feitas a partir do seu celular, incentivando o visitante a passear pela cidade que é sua musa, parceira, galeria permanente. Além das obras inéditas, pode-se também conferir esculturas feitas a partir de restos de escombros da antiga Fonte Nova. Não perca Caixa Cultural, qua a dom, 9h às 18h. Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador. Entrada franca até 20/7. Informações: 71 3505-0003 livros Rockefeller e o Brasil A história do grande político americano, Nelson Rockefeller, e sua relação com o Brasil, são retratados neste livro. Em 488 páginas é mostrada a grande influência do político na inserção do capitalismo no Brasil. A faceta cheia de ‘’boas intenções’’ O Amigo Americano - Nelson Rockefeller e do americano é revelada. O autor introduz o Brasil, Antonio possíveis projetos em que Rockefeller Pedro Tota, Cia das tenha se envolvido, como: a exportação de Letras, 488 p. Preço não informado Carmen Miranda, o afastamento de Vargas e seu governo nazifascista, e até o planejamento urbanístico de São Paulo. 34 Bahia Indústria Mitos Corporativos Mitos corporativos – O que os MBAs não ensinam, Jorge Duro, Cia das Letras, 144 p. R$ 34,90 e R$ 24,90 (e-book) Ter o título de MBA agrega um enorme valor em qualquer currículo, mas será mesmo que ele será um grande diferencial a médio e longo prazo? É a partir desta pergunta que Jorge Duro, procura desvendar o fato de o MBA não ser mais tão importante para a conquista de grandes cargos. O livro tem como objetivo passar todas as variáveis impostas no mundo corporativo ou não, mostrando novas perspectivas para qualquer pessoa que tem o desejo de crescer na carreira. 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