Bahia
Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB
ISSN 1679-2645
Ano XxI nº 231 mai/jun/2014
Obras avançam no interior
Presidente da FIEB visita oeste e sudoeste para acompanhar construção das unidades integradas
EDITORIAL
Mais estrutura
para a qualificação
dor da indústria para uma realidade empresarial mais competitiva.
Além das ações de infraestrutura, a diretoria da Federação,
incluindo o presidente, vices e
superintendentes das entidades,
também têm visitado os municípios com o propósito de promover
uma maior aproximação com os
empresários do interior. O objetivo é não apenas ouvir suas demandas como também colocar a
Federação a serviço da defesa de
seus interesses corporativos. Para
isso, o Sistema FIEB tem atuado
também na ampliação da sua base
de associados, convocando os líderes sindicais a participarem das
esferas de representação sindical
da FIEB. A crença é de que uma
indústria competitiva depende de
um conjunto de ações que envolvem capacitação e mobilização
empresarial.
Washington Luís/Coperphoto/Sistema FIEB
Historicamente, a Bahia manteve a concentração de
seu parque industrial na região do Recôncavo, onde
estão implantadas as grandes indústrias e respectivas cadeias. Saindo do entorno da capital, mas ainda
muito concentrada na área de confluência da Região
Metropolitana, a indústria chegou às portas do interior, com a implantação, no início da década de 1980,
do Centro Industrial do Subaé (CIS). Nas décadas seguintes, políticas públicas conduzidas pelo estado
buscaram pulverizar a presença industrial pelo território baiano, construindo o cenário atual em que se
verifica uma presença de micro, pequenas e médias
indústrias pelo interior do estado.
Ocorre que o atendimento a estas empresas não
foi acompanhado na mesma velocidade pelas instituições de apoio, com a oferta de serviços e soluções
que auxiliassem seu desenvolvimento. O cenário é
desafiador para os empresários instalados longe do
centro decisório da capital, que enfrentam dificuldades para promover a capacitação da sua mão de obra
e das lideranças empresariais.
Atenta a esta realidade, a nova diretoria da Federação elegeu como uma de suas prioridades o
fortalecimento da presença das instituições do Sistema FIEB no interior. Em visita de campo ao oeste
e sudoeste do estado, o presidente Carlos Gilberto
Farias esteve vistoriando as obras onde serão instaladas as unidades integradas nos municípios de
Luís Eduardo Magalhães e Barreiras que, juntas,
somam investimentos de R$ 23 milhões. As obras
deverão ser entregues em 2015, dotando a região de
uma moderna estrutura de educação e qualificação
profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação, saúde/segurança do trabalhador, oferecidos
pelo SESI, SENAI e IEL.
No sudoeste, o município de Vitória da Conquista
também ganhará uma unidade integrada, que representa investimentos de R$ 18 milhões. Os complexos
vão contar com salas de aula, galpão de aula prática, laboratórios, consultórios médicos, consultórios
odontológicos, levando para o interior a qualidade de
serviços e programas que visam preparar o trabalha-
Obras da Unidade
Integrada Luís
Eduardo Magalhães
estão avançadas
e deverão ser
entregues até 2015
Diretoria da FIEB foi
conferir as obras no
oeste da Bahia
Unidades do
Sistema FIEB
Para informações sobre a
atuação e os serviços
oferecidos pelas entidades do
Sistema FIEB, entre em contato
SESI – Serviço Social
da Indústria
Sede: 3343-1301
@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71)
3343-1429
@Responsabilidade Social: (71) 3343-1490
@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805
@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513
@Itapagipe: (71) 3254-9930
@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253
@Lucaia: (71) 3205-1801
@Piatã: (71) 3503 7401
@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221
@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081
@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330
@Eunápolis: (73) 8822-1125
@Feira de Santana: (75) 3602 9762
@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326
@Jequié: (73) 3526-5518
@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133
@Valença: (75) 3641 3040
@Sudoeste: (77) 3422-2939
@Oeste: (77) 3628-2080
SENAI – Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial
Sede: 71 3534-8090
@Cimatec: (71) 3534-8090
@Dendezeiros: (71) 3534-8090
@Cetind: (71) 3534-8090
@Feira de Santana: (75) 3229-9100
@Ilhéus: (73) 3639-9300
@Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609
@Barreiras: (77) 3612-2188
IEL – Instituto
Euvaldo Lodi
Sede: 71 3343-1384/1328/1256
@Barreiras: (77) 3611-6136
@Camaçari: (71) 3621- 0774
@Eunápolis: (73) 3281- 7954
@Feira de Santana: (75) 3229- 9150
@Ilhéus: (73) 3639-1720
@Itabuna: 3613-5805
@Jacobina: (74) 3621-3502
@Juazeiro: (74) 2102-7114
@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621
@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558
CIEB - Centro das Indústrias
do Estado da Bahia
Sede: (71) 3343-1214
sistema fieb nas mídias sociais
4 Bahia Indústria
FIEB
Presidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1° Vice-Presidente Antonio Ricardo Alvarez Alban.
Vice-Presidentes Carlos Henrique Jorge Gantois; Josair Santos Bastos; Mário Augusto Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia. Diretores Titulares Eduardo Catharino Gordilho; Alberto
Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de
Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos
Telles Soares; Angelo Calmon de Sá Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga;
Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior; Luiz Fernando Kunrath. Diretores Suplentes João Schaun
Schnitman; Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo; Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cleber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo
Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas Farias
conselhos
Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de
Assuntos Fiscais e Tributários Mário Augusto Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior
Angelo Calmon de Sá Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação
e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis
Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de
Portos Sérgio Fraga Santos Faria
SESI
Presidente do Conselho e Diretor Regional
Carlos Gilberto Farias.
Superintendente Armando da Costa Neto
SENAI
Presidente do Conselho Carlos Gilberto Farias.
Diretor Regional Leone Peter Andrade
IEL
Bahia
Editada pela Superintendência
de Comunicação Institucional
do Sistema Fieb
Editorial Mônica
Mello, Cleber Borges e Patrícia
Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora
Patrícia Moreira. reportagem
Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Luciane
Vivas e Surenã Dias (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças.
fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo
Editora. Impressão Gráfica Trio.
Conselho
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS
DO ESTADO DA BAHIA
Rua Edístio Pondé, 342 –
Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone:
71 3343-1280
www.fieb.org.br/bahia_industria_online
As opiniões contidas em artigos
assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.
Presidente do Conselho e Diretor Regional
Carlos Gilberto Farias.
Superintendente Evandro Mazo
Filiada à
Diretor Executivo do Sistema FIEB
Vladson Menezes
Sindicatos filiados à FIEB
Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de
Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@
fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari,
Dias D’ávila e Santo Amaro, [email protected] / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.
com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de
Papel e Papelão no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de
Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Mineração
de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no
Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia,
[email protected] / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas
do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias
e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira
de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@
uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.
org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de
Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, [email protected].
br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento
e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de
Itabuna e Ilhéus, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, [email protected].
br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de
Ilhéus e Itabuna, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do
Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios
do Estado da Bahia, [email protected] / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, [email protected] / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia,
[email protected] / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@
fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, [email protected] / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção
e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia [email protected]
sumário mai/jun 2014
Washington Luís/Coperphoto/Sistema FIEB
14
Interiorização
acelera
Washington Luís/Sistema FIEB
Presidente
participa de
encontros com
empresários do
interior e visita
obras na região
oeste
Diretoria
conferiu obras
em Barreiras e
Luís Eduardo
Magalhães
12
20
28
Rafael Martins/Sistema FIEB
roberto abreu/Coperphoto
Marcelo Gandra/Coperphoto
roberto abreu/Coperphoto
6
Novas
fronteiras
Planejamento estratégico
define ações para o triênio
Painéis de Especialistas
apontam novas demandas
cadeia
automotiva
CIN realiza
atividades para
promover
produtos de
origem baiana
Presidentes de sindicatos apresentaram
contribuições que vão orientar as ações
do Sistema FIEB para o período de
2015-2017, afinadas com as diretrizes da
nova direção da entidade
Metodologia do SESI apresenta
resultados positivos na prospecção de
soluções para as indústria de mineração
e construção e para enfrentar os fatores
de risco psicossociais no trabalho
IEL Bahia
apresenta o PQF
+ Auto, para
qualificar
fornecedores
Construindo
pontes
CIN comemora ganhos do Programa de
Competitividade para Internacionalização
por Carolina Mendonça
F
azer com que o público estrangeiro conheça a cachaça, chocolates, charuto,
cafés gourmet e artesanato
baianos sem precisar sair do país.
A oportunidade foi criada durante
o amistoso entre Austrália e Croácia, realizado no dia 6 de junho, no
Estádio de Pituaçu, a fim de aproveitar o fluxo de visitantes a Salvador por conta da Copa do Mundo.
A mostra de produtos genuínos da
Bahia foi apenas uma das ações
do Programa de Competitividade
para Internacionalização (PCI) do
Centro Internacional de Negócios
(CIN) da Federação das Indústrias
do Estado da Bahia, que soma
uma série de resultados positivos.
Iniciado em 2012, o Programa
é voltado às pequenas e médias
empresas que desejam aumentar
a competitividade e atingir mercados internacionais. Até o primeiro
semestre deste ano, 263 empresas tinham sido cadastradas, das
quais 168 já possuem Plano de
Competitividade em execução,
representando mais de 50% das
atualmente participantes.
6 Bahia Indústria
Os números são animadores,
assim como os resultados qualitativos. Após a inserção no PCI, pela
primeira vez, empresas de pequeno porte e cooperativas puderam
melhorar seus produtos e sua gestão habilitando-se a competir nos
mercados interno e externo, além
de participar de ações promocionais dentro e fora do país.
Este é o exemplo da Cooperativa das Produtoras e Produtores
Rurais da APA do Pratigi (Cooprap), que desenvolve produtos à
base da fibra da piaçava. Depois
de participar do Projeto de Extensão Industrial Exportadora
(Peiex), executado pelo IEL, e das
ações de internacionalização do
CIN, a associação esteve no Seminário de Promoção as Exportações
(Sempex) 2014, realizado em Maceió, no mês de março. “Em nossa
opinião, abriu-se uma porta para
negócios futuros. Tal possibilidade não seria possível sem o apoio e
a parceria do CIN e do IEL”, afirma
Fábio Teixeira, cooperado responsável pela área de Mercados e Inovação Tecnológica.
Na visão de Rodrigo Barreto, presidente da Associação Cacau Sul Bahia, que representa mais de 20
produtores da região entre cooperativas, pequenos
empresários e agricultores familiares, a ação promocional durante o amistoso, em Salvador, representou
uma abertura do chocolate baiano ao mercado internacional. “Nossos produtos já começaram a ganhar
prêmios pela qualidade, agora precisamos ampliar a
comercialização. A exposição é um investimento de
baixo custo que pode trazer resultados muito positivos neste sentido”, opinou.
parcerias
Para a gerente do CIN, Patrícia Orrico, o grande
mérito do Programa é que este é feito por meio da
articulação de várias entidades dentro do Sistema
CIN promoveu
ação durante
amistoso da
Copa, em
Salvador; ao
lado, cachaça
é um dos
produtos de
origem baiana
Indústria e de parceiros externos
(CNI, Sebrae, Apex – Brasil, entre
outros) para atender as demandas
dos participantes de uma forma
global. “A partir da avaliação da
empresa ou organização que se
cadastra, desde o produto, a gestão até a inserção no mercado, é
sugerida uma série de mudanças
que serão executadas com base no
Plano de Competitividade”, explica Patrícia.
Outra linha de trabalho do
CIN, no âmbito do Programa de
Internacionalização, é a sua função de Relações Internacionais
como articulador de missões, feiras comerciais, visitas técnicas
para a transferência de tecnologia a empresários baianos, apoio
nos processos de Indicação Geográfica (que certifica produtos de
origem) e realização de rodadas
de negócios. Por conta da sua atuação, o Centro Internacional de
Negócios da FIEB foi um dos três
escolhidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em todo
o país para participar do Serviço
de Apoio ao Investidor, “que disponibiliza recursos para atrair investidores estrangeiros e põe empresários locais em contato com
compradores de outros países”,
conta Patrícia.
O Programa
Composto por diversas etapas
e ações, o PCI é desenvolvido a
partir de diagnóstico da capacidade exportadora, seguido de plano
de ação com ações de consultoria,
capacitação empresarial, inteligência e promoção comercial,
em parceria com o Sistema FIEB
e diversas entidades nacionais e
internacionais. Neste processo,
pode ser que não se identifique
possibilidade de comercialização
fotos roberto abreu/coperphoto/sistema fieb
Bahia Indústria 7
divulgação/sinditabaco
de determinado produto ou serviço, e sim no mercado interno,
hoje bastante disputado também
por empresários estrangeiros. Daí
a necessidade de se ter um produto competitivo, como um dos
focos do programa.
As empresas, cuja execução
do Plano foi iniciada em 2012,
vão participar, a partir do segundo semestre, do primeiro ciclo de
avaliação de resultados do PCI, estabelecendo, a partir do levantamento de informações e da elaboração do próprio Plano, os impactos das ações nas suas atividades,
tanto no que se refere a mercado e
competitividade quanto em gestão
e inovação.
Os integrantes do programa, já
nesta etapa, comemoram as conquistas de quem não sabia como
chegar tão longe. A oportunidade
de expor ao público estrangeiro os
produtos da linha de escova progressiva com queratina brasileira
da Dapi Cosméticos gerou resultados para a empresária Noêmia
8 Bahia Indústria
Daltro, que agora negocia com
empresas de países como França,
República de Camarões e Egito.
Ela participou da Feira Cosmoprof 2014, realizada em abril, em
Bolonha, Itália “Os produtos brasileiros estão muito procurados,
mas os empresários não têm como
participar, por falta de estrutura.
Por isso o apoio do CIN é fundamental”, avalia.
cosméticos
Quem também está em estágio avançado de negociação
com clientes da França e Arábia
Saudita é o empresário Emerson
Barbosa, da Amávia Cosméticos,
que participou da missão à Itália
junto com outro sócio da empresa, Carlos Nunes. “Estar nesse
ambiente é importante para ter
acesso a novas tecnologias e observar as exigências do mercado
europeu. Como expositor, você
tem a oportunidade de mostrar o
seu produto e se reunir para negociar com clientes, além de contar
Charuto baiano
foi apresentado
no espaço
Origem do
Brasil no Salão
de Milão
com estrutura de atendimento,
como tradutores.”
E os resultados se multiplicam
em outros segmentos. A Help Informática, por exemplo, está em
tratativas para iniciar atividade
em Miami, nos EUA, a partir de
2015, depois de ter participado da
BITS - Business IT South America. Representadas pelo Sindicato
da Indústria do Tabaco no Estado
da Bahia (Sinditabaco), empresas
produtoras de charuto já negociam
a comercialização do produto para
a Itália, após exposição no Espaço Origem, durante a 5ª edição do
BRAZIL S/A, evento de relacionamento que é promovido em paralelo ao Salão do Móvel de Milão. No
segundo semestre, estão previstas
novas ações promocionais. Os interessados devem procurar o CIN
pelo e-mail [email protected]
ou por telefone (71) 3343-1424. [bi]
> Veja as ações do 2º semestre
promovidas pelo CIN, no portal www.
fieb.org.br
circuito
por cleber borges
Cai a confiança
do empresário
Enseada é a
empresa que
mais cresceu
O Índice de Confiança do
Empresário Industrial (ICEI) caiu
para 47,5 pontos em junho. Foi o
terceiro mês consecutivo em que o
índice ficou abaixo dos 50 pontos,
segundo pesquisa da
Confederação Nacional da
Indústria (CNI), o que confirma a
falta de otimismo dos industriais.
Os valores da pesquisa variam de
zero a 100. Abaixo de 50 indicam
falta de confiança.
Com queda de 0,5 ponto frente a
maio e de 7,3 pontos na
comparação com o mesmo mês de
2013, o indicador de junho só é
maior que os 46,5 pontos de
janeiro de 1999, em plena crise
cambial brasileira. O pessimismo
é maior entre os empresários da
construção, com o indicador de
46,7 pontos. O ICEI ficou abaixo
dos 50 pontos no Sudeste, Sul e
Centro-Oeste, e acima dos 50
pontos no Norte e no Nordeste.
O guia Maiores e
Melhores, da Revista
Exame, colocou a
Enseada no topo das
empresas que mais
cresceram em 2013, ficando à
frente de companhias como NET e
Samsung. O empreendimento
obteve um aumento de 548% na
receita líquida em relação a 2012.
A publicação afirma que o
crescimento acontece graças a
encomendas da Petrobras, que
somam US$ 6,5 bilhões. A revista
também classificou o
empreendimento como a 43ª
maior empresa do Norte-Nordeste.
A retomada da indústria naval no
país, devido ao novo cenário de
exploração do petróleo na
camada do pré-sal, impulsiona a
Enseada, cuja Unidade
Paraguaçu, no Recôncavo baiano,
deverá ficar pronta em 2015.
Indústria forte deve
ser prioridade
Indústria da construção
desaquecida
O baixo otimismo do
empresariado parece contrastar
com outra pesquisa da CNI,
segundo a qual 87% da população
ouvida concordam, total ou
parcialmente, que ter uma
indústria forte deve ser prioridade
para o Brasil e 90% acreditam,
total ou parcialmente, que a
expansão da economia depende
do crescimento industrial. O
brasileiro entende que a indústria
tem papel de destaque no
desenvolvimento do país e que a
população perde com uma
indústria fraca. A pesquisa ouviu
2.002 pessoas em 141 municípios,
de 14 a 17 de março deste ano.
A indústria da construção
continua desaquecida. O
indicador de nível de atividade,
que varia de zero a 100, ficou em
45,8 pontos, em maio, o que
confirma a retração da atividade.
O nível de atividade em relação ao
usual ficou em 43,1 pontos e o de
número de empregados em 45,7
pontos, informa sondagem da
CNI. Abaixo de 50 revelam queda.
O uso da capacidade das
empresas do setor oscilou de
69%, em abril, para 70%, em
maio. O levantamento mostra,
ainda, que os empresários estão
menos otimistas. A pesquisa foi
feita de 2 a 11 de junho.
“A educação é claramente o fator que
irá conduzir melhorias na economia
a longo prazo. No futuro, software e
tecnologia irão permitir que as pessoas
aprendam muito com seus colegas.”
Mark Zuckerberg, empresário norte-americano, um dos
fundadores do Facebook, a maior rede social do planeta.
Bahia Indústria 9
sindicatos
divulgação/fiems
Sindsucos discute
novas tecnologias
Encontro da CNI reúne
Sindicatos de Vestuário
As presidentes dos sindicatos da Indústria do Vestuário (Sindvest) de
Salvador e região, Eunice Habibe e de Feira de Santana e região, Dilma
Portugal, representaram a Bahia no primeiro Intercâmbio de
Lideranças Setoriais da Indústria do Vestuário, promovido pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com as
Federações e o Sebrae, no dia 4 de junho. Realizado na sede da
Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS), em Campo
Grande, o encontro reuniu 23 presidentes de sindicatos de vestuário de
18 estados para promover a troca de experiências em áreas como gestão
sindical, defesa de interesses e negociação coletiva.
Sinditabaco orienta como
identificar cigarro ilegal
Sindirepa discute nova
legislação ambiental
Em combate ao mercado ilegal de
cigarros, o Sindicato das
Indústrias de Tabaco
(Sinditabaco/BA) promoveu, em
abril, na FIEB, um curso de
identificação de cigarros
contrabandeados e falsificados
para orientar fiscais da Receita e
Polícia Federal a distingui-los do
produto legítimo. “O comércio
ilegal de cigarros prejudica a
indústria, gera perdas na
arrecadação de tributos, além de
financiar o crime organizado”,
afirmou Odacir Strada, presidente
do Sinditabaco.
Tomando a dianteira nas
discussões sobre a nova
legislação ambiental de Salvador,
a diretoria do Sindicato da
Indústria de Reparação de
Veículos e Assessórios (SindirepaBA) realizou uma reunião com o
Secretário de Cidade Sustentável
de Salvador, André Fraga, em
maio, na sede da FIEB. No
encontro, o sindicato alertou para
a dificuldade das indústrias de
reparação automotiva em atender
uma legislação que seja
excessivamente rigorosa quanto
ao descarte dos resíduos.
10
Bahia Indústria
Bahia marcou
presença com
os Sindvest
Feira e
Salvador
O Sindicato da Indústria
Alimentar de Congelados,
Sorvetes e Sucos (SindsucosBA), em parceria com a
Vigilância Sanitária de
Salvador (VISA), FIEB e
Sebrae, promoveu em abril
um encontro que reuniu
empresários do setor de
gelados comestíveis.
O seminário Fiscalização e
Segurança Alimentar na
Indústria de Sorvetes e Picolés
abordou as principais
questões que envolvem o
segmento. “Cerca de 70% dos
estabelecimentos de gelados
comestíveis fiscalizados são
classificados como de alto
risco”, afirmou a
representante da VISA, Maria
Auxiliadora Santos.
Novas tecnologias e
tendências na área de
congelados comestíveis
também foram discutidas no
encontro. O presidente do
Sindsucos, Luiz Joaquim de
Carvalho, lembrou que é
preciso que as demandas
partam do empresariado.
Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Dia Mundial do Leite é comemorado
Para incentivar o consumo do leite e seus
derivados, além de mostrar a importância desses
alimentos para a saúde, o Sindicato das Indústrias
de Laticínios e Produtos Derivados do Leite
(Sindileite-BA) promoveu uma campanha
publicitária com o tema Somos Todos Mamíferos. A
campanha também marcou o Dia Mundial do Leite,
comemorado em 1º de junho.
Com produção de 35 bilhões de litros em 2013, o
Brasil é o terceiro maior produtor de leite no mundo
e a estimativa para este ano é de crescimento de 5%.
Na Bahia, a cadeia láctea é bastante expressiva. O
estado é o maior produtor de leite da região Nordeste
e o 7º no ranking nacional.
Construtoras de Itabuna e Ilhéus
O município de Ilhéus sediou, entre os dias 23 e 25
de maio, a quarta edição da Feira da Casa Própria
Itabuna-Ilhéus. Realizado no centro da cidade, com
a presença de diversas construtoras, o evento
aconteceu juntamente com o Feirão Caixa da Casa
Própria, que ofereceu mais de dois mil
imóveis, distribuídos pelas regiões de
Itabuna e Ilhéus.
O Sindicato das Indústrias de Construção
Civil de Itabuna e Ilhéus (SICC) participou
com um estande em conjunto com a
Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB). O presidente do SICC,
Leovegildo Oliveira de Sousa, destacou a
importância da iniciativa.
Dia Nacional do Calcário é lembrado
Para lembrar o Dia Nacional do Calcário Agrícola,
comemorado em 24 de maio, o Sindicato da
Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso
(Sindical-BA) promoveu uma campanha publicitária
com o tema Calcário Agrícola: rentabilidade
produtividade e sustentabilidade no campo. O
objetivo foi sensibilizar o poder plúbico e parceiros
para a importância da calagem. Trata-se da
utilização de calcário no processo de produção
agropecuária com vistas à correção da acidez do
solo e representa uma prática sustentável, que
possibilita o aumento da produção e melhor
rendimento de pastagens. A data foi criada em 2011,
pela Lei 12.389 e reforça a importância do setor.
Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Metso realizou o treinamento na Pedreira Aratu
Sindibrita capacita
trabalhadores
Cerca de 60 trabalhadores de 17 empresas filiadas ao
Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra
Britada (Sindibrita-BA) participaram de um
treinamento realizado entre os dias 13 a 15 de maio,
no auditório da Pedreira Aratu. A capacitação,
promovida em parceria com a multinacional
Metso, teve carga horária de 24 horas e foi
ministrada pelos engenheiros da Metso Brasil,
José Antônio Raymundo, Felipe Ribeiro e
Joésio Dourado. Os participantes foram
orientados sobre operação e manutenção de
equipamentos utilizados para britagem e
rebritagem. “Além da operação das máquinas, o
curso também foi voltado para a vida útil preventiva
dos equipamentos”, destacou o presidente do
Sindibrita, Fernando Jorge Carneiro.
Sindpacel comemora 60 anos de atuação
Com foco na defesa da sustentabilidade, do desenvolvimento
social e econômico e de melhores práticas corporativas e
ambientais, o Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose,
Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e
Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel) comemorou 60 anos de
existência, no último dia 15 de junho. O sindicato representa um
setor que atualmente gera mais de 4 mil empregos diretos e mais
de 12 mil indiretos na Bahia e tem como missão fortalecer as
indústrias com ações que tragam benefícios e melhorias para o
setor, promovendo o desenvolvimento sustentável do estado.
Bahia Indústria 11
Líderes sindicais
debatem
desafios da
indústria baiana
Sugestões apresentadas vão contribuir para
a revisão do planejamento estratégico do
Sistema FIEB para o ciclo 2015-2017
Por Marta Erhardt
D
irigentes dos sindicatos
filiados à Federação das
Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB) discutiram
as expectativas e os desafios da
indústria baiana para os próximos
três anos, durante o IV Encontro
de Presidentes de Sindicatos e
Conselhos Temáticos, realizado
na terça-feira, 10 de junho, na sede da FIEB.
O presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, apresentou as principais diretrizes da nova gestão,
com foco para a interiorização e no
apoio às micro, pequenas e médias
empresas (MPME) que, de acordo
com dados do Guia Industrial, representam 96,8% das indústrias
baianas. Entre as ações voltadas
12 Bahia Indústria
para a ampliação do atendimento
às MPME industriais, o presidente destacou parcerias com instituições como a Caixa Econômica
Federal (CEF), o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
Já com foco na interiorização,
o Sistema FIEB está investindo
R$ 69,6 milhões na construção de
Unidades Integradas e na reforma
de instalações e equipamentos
na capital e no interior do estado.
Além disso, o presidente também
destacou metas como a construção de novas escolas integradas
do SESI/SENAI, com o objetivo de
reforçar as atividades de capacita-
Principais
diretrizes
da nova
gestão foram
apresentadas
no encontro
ção de mão de obra; a criação de
Coordenações Regionais da FIEB,
sendo a primeira em Feira de Santana; e a ampliação das ações do
CIEB, principalmente em regiões
com menor número de sindicatos.
“Sem desconstruir o que já temos hoje, o novo modelo vai possibilitar a ampliação da atuação das
instituições do Sistema FIEB, de
forma sustentável, prestando serviços às micro, pequenas e médias
empresas, especialmente àquelas
situadas no interior do Estado”,
pontuou o presidente da FIEB.
Os participantes do encontro
foram divididos em cinco grandes
grupos para identificar e debater
os temas: Educação, Tecnologia
e Sustentabilidade; Desempenho
Marcelo Gandra/coperphoto/sistema fieb
do Sistema; Interiorização; Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e Relações Institucionais. As
sugestões apontadas pelos sindicatos vão contribuir
para a revisão do planejamento estratégico do Sistema Fieb para o ciclo 2015-2017.
Entre as sugestões apresentadas, destacam-se a
criação de novos cursos no portfólio do SENAI e a
atualização do currículo de cursos já existentes; a
criação de um banco de boas práticas voltado para
as áreas de Inovação, Ecoeficiência e Sustentabilidade; a ampliação da comunicação com os sindicatos
filiados e o estímulo ao associativismo; o apoio ao
adensamento de cadeias produtivas no interior do
estado; e a criação de estrutura de atendimento aos
empresários com consultorias nas áreas fiscal e trabalhista; além de apoio para acesso a crédito e novos
mercados.
O vice-presidente da FIEB, Mário Pithon, destacou
que o encontro estimula a interação dos líderes sindicais com a Federação. “Precisamos melhorar a relação
com os sindicatos e isso vai depender da iniciativa dos presidentes”,
afirmou. Já o vice-presidente Carlos
Gantois considerou o debate produtivo, pois contribui para a formulação das ações estratégicas. “É importante ter essa conversa franca,
com a participação interativa, democrática e plural das lideranças
sindicais”, observou.
Apoio aos sindicatos
A programação também incluiu
a apresentação das ações da Gerência de Relações Governamentais e Sindicais da FIEB. O gerente
da área, Fabiano Peixinho, explicou que a área desenvolve ações
voltadas para o fortalecimento da
gestão, a defesa de interesses da
indústria, o apoio aos sindicatos
na ampliação da base de representação e a melhoria de relacionamento e comunicação entre sindicatos e empresas.
Ele destacou a realização de
palestras e cursos voltados para os
empresários, realizados em parceria com a Confederação Nacional
da Indústria (CNI); os descontos
e bolsas do Sistema FIEB para associadas e sindicatos; o sistema
de assessoria jurídica online, que
presta consultoria em diversas
áreas do direito; a criação de um
portal exclusivo com ações, notícias, serviços e eventos voltados
aos sindicatos e empresas; além
de uma coluna Ação Sindical, no
jornal A Tarde. [bi]
Bahia Indústria 13
té o final do primeiro semestre
de 2015 a região oeste do estado
vai contar com duas unidades integradas do Sistema FIEB. Com
investimentos da ordem de R$ 23
milhões, a instituição está construindo dois novos equipamentos, que vão reunir os serviços de
educação e qualificação profissional, capacitação empresarial,
apoio à inovação, segurança e saúde do trabalhador,
oferecidos pelo SESI, SENAI e IEL.
Em Luís Eduardo Magalhães, onde as obras estão
em estágio avançado, a previsão é que o complexo
seja inaugurado no segundo semestre deste ano. O
equipamento vai funcionar no Loteamento Aroldo
da Cruz (Centro) e tem investimento da ordem de R$
10,4 milhões. Já em Barreiras, a obra está em fase de
terraplenagem e tem previsão de execução de 12 meses. Lá, o investimento previsto para a construção do
complexo – que vai funcionar na Avenida das Turbinas – foi de R$ 12,9 milhões.
As obras na região oeste foram conferidas de perto, em junho, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Gilberto
Farias, dirigentes e executivos do Sistema FIEB. As
visitas a municípios que irão receber unidades inte-
Superintendente de
Engenharia, Rodrigo Alves,
apresenta planta da unidade
de Luís Eduardo Magalhães
à diretoria da FIEB
Regiões Oeste e Sudoeste
do estado vão ganhar
unidades integradas do
Sistema FIEB até 2015
Por Marta Erhardt
Avanço para o
interio
14 Bahia Indústria
or
“
Washington Luiz/Coperphoto/Sistema FIEB
Seremos um elo para levar adiante as discussões
sobre questões estruturais. Estamos muito
alinhados com o governo para tratar destes
assuntos, pois a infraestrutura adequada é
necessária para o desenvolvimento da indústria
Calos Gilberto Farias, presidente da FIEB
Bahia Indústria 15
Unidade de Luís Eduardo
ficará pronta no segundo
semestre
gradas reforçam o interesse em
expandir os serviços da instituição no interior do estado, uma
das principais diretrizes da atual
gestão.
Os complexos terão salas de
aula, galpão de aula prática, laboratórios, consultórios médicos,
consultórios odontológicos. “Os
industriais da região vão contar
com mão de obra qualificada em
diferentes áreas do conhecimento”, destacou Carlos Gilberto Farias. Além do aumento da oferta
de serviços no interior da Bahia,
ele ressaltou que a Federação
também tem como meta o apoio
às micros, pequenas e médias
empresas.
Os prefeitos dos dois municípios exaltaram a chegada dos
novos equipamentos do Sistema
FIEB no oeste baiano. A expectativa é que as estruturas de apoio à
indústria contribuam para a atra16 Bahia Indústria
fotos Washington Luiz/Coperphoto/Sistema FIEB
Erley Santos/Coperphoto/Sistema FIEB
Visita à fábrica
da Contemp
(acima); Em
Barreiras,
obras estão
na fase de
terraplenagem
(ao lado)
ção de agroindústrias, visando
à criação de cadeias produtivas,
com o beneficiamento das matérias-primas produzidas na região,
como algodão e soja. “Tenho certeza que esta unidade vai nos ajudar
a implantar novas indústrias na
região, colaborando para a criação
de emprego e renda”, avaliou Antônio Henrique Moreira, prefeito
de Barreiras.
“Com a construção deste equipamento, a FIEB mostra, na prática, o desejo de concretizar a
interiorização das ações. Luís
Eduardo Magalhães precisa de
capacitação de mão de obra e esse
apoio da FIEB é fundamental para
atrair novos investimentos”, complementou Humberto Santa Cruz,
prefeito do município.
Sudoeste
Além de Barreiras e de Luís
Eduardo Magalhães, a comitiva do
Sistema FIEB também esteve em
Vitória da Conquista, onde será
construída a Unidade Integrada
Sudoeste, empreendimento que
tem investimento da ordem de R$
18,7 milhões. O corpo diretivo do
Sistema FIEB visitou o terreno on-
de o complexo será construído, na
Avenida Olívia Flores.
No município do sudoeste baiano, a comitiva do Sistema FIEB
visitou as empresas Tia Sônia,
de produtos alimentícios; e Contemper, produtora de vidro temperado. “Ele viu de perto a nossa
realidade, observou quais são as
nossas dificuldades e pode trazer
soluções para o nosso cotidiano”,
comentou um dos donos da empresa, Bruno Alves.
Defesa de interesses
Empresários das duas regiões
aproveitaram a presença dos dirigentes do Sistema FIEB para solicitar apoio, visando solucionar
deficiências de infraestrutura.
No oeste, as dificuldades com
logística foram apresentadas ao
presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias. Os produtores alertaram para a necessidade do uso
de outros modais além do rodoviário para o escoamento da matéria-prima. Atualmente, 200 mil
carretas transportam, por ano,
8 milhões de toneladas de grãos
e fibras produzidas na região e o
uso de ferrovias e hidrovias conBahia Indústria 17
tribuiria para a redução de custos
com logística.
Presidente da Associação de
Agricultores e Irrigantes da Bahia
(Aiba), o engenheiro agrônomo
Júlio Cézar Busato explicou que a
demanda por melhorias na infraestrutura para escoar a produção
deve aumentar, já que a região
ainda dispõe de área agrícola para
ser cultivada. “Vejo vontade e disposição para colaborar para estas
mudanças que são necessárias para o crescimento do oeste baiano”,
avaliou Busato ao final da reunião
com dirigentes do Sistema FIEB.
Em Vitória da Conquista, os
pleitos são principalmente sobre
as condições do distrito industrial.
“Precisamos de investimento no
distrito industrial e sofremos com
a carência de energia elétrica”,
apontou o empresário Luís Edmundo Gomes, da E2 Engenharia.
A empresa fornece pré-moldados
para o aquecido setor de construção civil do município e emprega
40 pessoas.
O presidente da FIEB se mostrou atento às necessidades dos
industriais e ressaltou que a Federação vai atuar como interlocutor
perante o poder público. “Seremos um elo para levar adiante as
discussões sobre essas questões
estruturais. Estamos muito alinhados com o governo para tratar
destes assuntos, pois a infraestrutura adequada é necessária para
o desenvolvimento da indústria”,
pontuou.
Além dos encontros com empresários e visitas às obras de
construção das novas unidades, a
agenda dos dirigentes do Sistema
FIEB também contemplou visitas
às sedes do SESI e SENAI em Vitória da Conquista, Barreiras e Luís
Eduardo Magalhães.
18 Bahia Indústria
fotos Raimundo Mascarenhas/Coperphoto/Sistema FIEB
Encontros levantam
demandas no interior
Vice-presidente
Edison Virgínio
representou a
FIEB em Coité
Outras ações de aproximação com
o empresariado do interior do estado estão sendo realizadas pelo
Sistema FIEB. Com este objetivo,
serão realizados, em parceria com
o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), encontros para levantar as demandas
dos municípios de Feira de Santana e de Santo Antônio de Jesus.
Iniciativa piloto foi realizada
em abril, no município de Conceição do Coité. Na oportunidade, as
instituições que integram o Sistema FIEB – SESI, SENAI, IEL e
CIEB – e o Sebrae apresentaram a
empresários e lideranças do município os produtos e serviços oferecidos ao setor industrial.
Durante o encontro, o vice-presidente da FIEB, Edison Nogueira,
destacou a meta da nova diretoria
de sedimentar bases para o desenvolvimento da indústria no interior do estado. “Queremos apoiar
as indústrias da região, principalmente as de micro, pequeno e médio portes, ajudando-as a avançar
em competitividade. Precisamos
estreitar a relação entre o empresariado e o Sistema FIEB para que
isso aconteça”, pontuou.
Também vice-presidente da
FIEB, Carlos Gantois reforçou o
comprometimento da instituição
com essas diretrizes. “Queremos
estimular a criação, aqui na região, de um polo de desenvolvimento industrial e, para isso, traremos os serviços oferecidos pelo
SESI, SENAI e IEL”, ressaltou.
Para contribuir para o levantamento das demandas da região,
empresários responderam a um
questionário sobre as principais
necessidades em áreas como defesa de interesses, educação e qualificação, segurança e saúde no trabalho e assessoria tecnológica e
inovação. A partir das demandas,
foi elaborado um plano de ação
para a atuação do Sistema FIEB
na região e iniciado o atendimento
às empresas do Território do Sisal,
que compreende mais de uma dezena de municípios. [bi]
Por uma indústria
mais sustentável
FIEB, Inema e Sebrae formalizam em documento
ações de apoio ao licenciamento ambiental
C
om o objetivo de ampliar as
ações do Projeto Indústria
Baiana Sustentável, dirigentes da FIEB, secretaria estadual
de Meio Ambiente e Sebrae assinaram, no dia 9 de maio, acordo
de cooperação, formalizando a
parceria entre as instituições. O
convênio tem como foco melhorar
a gestão ambiental da indústria
baiana, principalmente as micro e
pequenas empresas.
O secretário estadual de Meio
Ambiente, Eugênio Spengler, lembrou que os estados enfrentam
entraves à modernização da legislação ambiental, por conta de
uma “cultura da burocracia”, mas
que a Bahia vem avançando com
a contribuição de projetos como
este. “Os processos só vão melhorar se mantivermos este tipo de
parceria”, defendeu, referindo-se
ao Indústria Baiana Sustentável,
que tem como umas das linhas de
atuação a cooperação técnica com
o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
Para o vice-presidente da FIEB,
Carlos Henrique Gantois, que representou o presidente, Carlos
Gilberto Farias, o projeto contribui
para a sustentabilidade e a competitividade da indústria baiana,
especialmente para as micro e
pequenas empresas, “que são a
mola propulsora da economia do
estado”, pontuou. O coordenador
do Conselho de Meio Ambiente
O diretor
do Sebrae
na Bahia,
Lauro Ramos,
apresentou
as ações do
Sebraetec
(Comam) da Federação, Jorge Cajazeira, acrescentou que a iniciativa se faz especialmente importante por conta das dificuldades que
as empresas de pequeno porte têm
de inovar e atender às exigências
legais na área ambiental.
De acordo com o diretor técnico do Sebrae na Bahia, Lauro Ramos, o estado vive um momento
especial para o crescimento dos
pequenos negócios e um dos eixos de atuação da instituição é
justamente o apoio à inovação.
“Pretendemos inserir no projeto
as ações do Sebraetec, um programa que prevê o acesso a serviços
tecnológicos na gestão, focando
na sustentabilidade dos empreendedores”, disse.
A gerente de Meio Ambiente e
Responsabilidade Social da FIEB,
Arlinda Coelho, explica que o
Projeto Indústria Baiana Sustentável, foi iniciado em 2013, tendo
como linhas atuação o apoio ao
projeto de modernização da gestão ambiental do Estado da Bahia
e assessoria institucional para o
processo de licenciamento. Com a
formalização do acordo, estão previstas novas ações: levantamento
das demandas de licenciamento
com os sindicatos filiados à FIEB
para atender aos pequenos negócios; viabilização do atendimento
aos pequenos negócios industriais
com recursos do Sebraetec; realização de rodadas de crédito com
as empresas. [bi]
Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Bahia Indústria 19
Soluções
SESI
Resultados dos Painéis de
Especialistas apontam viabilidade
da metodologia na prospecção de
novos produtos e serviços
Por patrícia moreira
20 Bahia Indústria
C
om o objetivo de prospectar soluções para desenvolvimento de produtos e ações nas áreas de
segurança e saúde no trabalho,
qualificação de lideranças e trabalhadores, fomento à inovação
e promoção da qualidade de vida
do trabalhador, dentre outros, o
Serviço Social da Indústria (SESI)
está realizando em todo o país encontros entre empresários, especialistas e profissionais do SESI.
São os Painéis de Especialistas,
nova metodologia adotada pela
Rede SESI, que vem apresentando
resultados positivos ao favorecer
o intercâmbio de ideias entre diferentes agentes.
Na Bahia foram realizados três
painéis de especialistas contemplando as indústrias da mineração,
da construção e os fatores de riscos psicossociais no trabalho. Um
quarto encontro está sendo programado para outubro, abordando como temática o absenteísmo no ambiente das empresas. O SESI Bahia
foi escolhido como referência para
a execução da metodologia do
Indústria da
construção
também está
reunindo
especialistas
para aprimorar
as soluções
voltadas para o
segmento
da rede. “Esse evento nos permite
oferecer soluções de forma mais
organizada e articulada com todos
os interessados no crescimento
seguro da indústria da mineração
– empresas, órgãos reguladores e
fiscalizadores, órgãos de fomento
e os técnicos do SESI”, avalia.
Uma das soluções apresentadas para o segmento da mineração, fruto do painel, foi a elaboração de 50 vídeos em segurança
e saúde no trabalho. Os vídeos, a
exemplo do que foi realizado para
a indústria da construção, dentro
do Programa Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para a
Indústria da Construção (PNSST-IC), irão levar informação e orientação voltada para gestores, líderes e trabalhadores. Alguns serão
executados pela Bahia.
CONSTRUÇÃO
João Alvarez/Arquivo Sistema FIEB
Painel da Mineração, disponibilizando para as demais regionais da
Rede SESI a estratégia e os padrões
de identidade e treinamento.
Kenneth Almeida, gerente do
Núcleo Estratégico do SESI Bahia,
conta que já foram realizados seis
encontros da mineração, nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio
Grande do Sul, Espírito Santo,
Santa Catarina, além da Bahia.
Até o mês de dezembro será apresentada uma proposta consolidada
trazendo as sugestões de todas as
regionais do SESI que participam
O SESI também realizou um
Painel de Especialistas voltado
para o segmento da indústria da
construção, no dia 7 de maio, visando identificar novas soluções,
a exemplo das que já são desenvolvidas pelo PNSST-IC. O encontro
reuniu 20 especialistas, representantes de empresas de pequeno,
médio e grande portes, além de
parceiros como o Sinduscon, Crea
e acadêmicos. Como resultado do
Painel de Especialistas da Indústria da Construção, foram identificadas 33 demandas. Destas, 16
já são ofertadas pelo SESI, mas
podem ser melhoradas para uma
maior aderência às expectativas
da indústria.
Para a coordenadora do PNSST-IC, Isnáia Cardoso da Silva, a
metodologia do Painel de Especialistas foi aprovada. “Temos a possibilidade de reunir uma diversidade
de públicos, o que também favore-
ce a atuação com diferentes focos”,
explica. Ela ressaltou a oportunidade de ouvir os empresários e
especialistas sobre os produtos,
ações e serviços que o SESI disponibiliza, além de identificar as
principais demandas que orientarão os investimentos e o desenvolvimento de metodologias conforme
as necessidades do segmento.
PSICOSSOCIAIS
Responsáveis por grande número de acidentes e enfermidades
ocupacionais, os transtornos psicossociais respondem por um custo médio anual de afastamentos
na indústria, em dados de 2012,
da ordem de R$ 11.267.586,72. Foi
pensando nesta realidade que o
Departamento Nacional do SESI
decidiu investir na metodologia
para identificar as demandas e
propostas da indústria.
Realizado no dia 3 de junho,
o Painel de Especialistas Fatores
Psicossociais, foi aprovado pelos
participantes. Para a assistente
social Carla Rodrigues, representante da Petrobras, a discussão
neste campo ainda é incipiente no
que diz respeito à comprovação
do adoecimento e o consequente
afastamento do profissional para
tratamento, daí a importância de
se discutir o tema. Ela acredita
que o know how do SESI pode ser
de grande contribuição.
Coordenado na Bahia pela assessora de Qualidade de Vida do
SESI, Lídice Miranda Santos, o
Painel reuniu representantes de 12
indústrias. “O propósito de ouvir
especialistas visa a sistematização
de ações de gestão para reduzir os
fatores de risco relacionados ao trabalho, tanto no nível organizacional, quanto em nível individual”,
explicou Lídice Miranda. [bi]
Bahia Indústria 21
11º
PRÊMIO FIEB
DE DESEMPENHO
SOCIOAMBIENTAL.
Sua empresa e o planeta
lucrando sempre.
O Prêmio FIEB de Desempenho Sociambiental já se
tornou uma referência na valorização de empresas que
aumentam o lucro ajudando o planeta. E este ano o tema
vai ser Resíduos Sólidos. Através de palestras e mesas
redondas, o evento vai discutir formas de lucrar com o
tratamento de pneus, pilhas, plásticos e outros objetos
pós-consumo descartados.
Inscrições das práticas no Prêmio FIEB de Desempenho
Socioambiental até 18/08/2014.
Mais informações: www.fieb.org.br
prêmios de
22
Bahia Indústria
5 mil
reais.
Banco
de Práticas
Sustentáveis FIEB
O Banco de Práticas Sustentáveis FIEB
foi criado para identificar e compartilhar
com a sociedade os esforços da indústria
baiana que proporcionam benefícios
com foco nos aspectos: ambiental, social,
econômico e cultural. Todas as iniciativas
cadastradas poderão se inscrever
no Prêmio FIEB de Desempenho
Socioambiental.
Conheça as
modalidades do Prêmio:
• Tecnologias Limpas.
• Programas Socioambientais.
• Práticas Sustentáveis extensivas
à cadeia de valor.
• Micro e Pequenas Empresas.
• Trabalhos acadêmicos com foco em
sustentabilidade implementados na indústria.
18 de setembro na Sede da FIEB
Cadastre-se em www.fieb.org.br
Bahia Indústria 23
conselhos
Comitê de Jovens Líderes
realiza visita técnica
Divulgação
Com o objetivo de colocar jovens
líderes da indústria baiana em
contato com grandes corporações,
permitindo a troca de
experiência, o Comitê de Jovens
Lideranças Industriais (CJLI) da
FIEB realizou, em junho, visita
técnica à empresa Bomix. O
coordenador Eduardo Daltro
explicou que a iniciativa faz parte
do Plano de Ação do comitê. Com
18 anos de mercado, a Bomix
funciona em Porto Seco Pirajá e é
a maior fabricante de baldes
industriais da América Latina e a
quarta do mundo, atendendo
segmentos como os de tinta
industrial e alimentos.
“Explicamos o nosso processo
produtivo, desde a chegada da
matéria-prima até a parte de
distribuição”, contou o gerente
comercial, Alexandre Rosário.
FIEB apresenta contribuições para o Simples Nacional
João Alvarez
O coordenador Eduardo Daltro
ag enda
18
CORES e COMAM - 11º
set
Prêmio FIEB de
Desempenho
Socioambiental da
Indústria Baiana
13
14
CEDIN - 2º Fórum de
Oportunidades de
Investimentos na Bahia
nov
24 Bahia Indústria
O vicepresidente
Carlos
Gantois e o
ministro Afif
Domingos, na
Câmara dos
Deputados
Comprometida em atender as
necessidades das micro e
pequenas indústrias, a
Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB), com o
apoio do SEBRAE-Bahia e do
Fórum Regional Permanente da
Bahia, contribuiu com
importantes proposições para o
substitutivo ao PLP 221/12,
votado em maio, no Congresso
Nacional. O projeto visa ampliar
e melhorar os benefícios contidos
na Lei Complementar 123/06, em
prol do microempreendedor
individual (MEI), da
microempresa e da empresa de
pequeno porte. Uma das
proposições apresentadas se
refere à desoneração parcial das
multas por descumprimento de
obrigações acessórias no âmbito
do ICMS, por fim estendida às
demais obrigações acessórias
junto aos órgãos e entidades
federais, estaduais, distritais e
municipais, desde que não haja
simulação ou fraude contra o
Fisco. A outra proposição diz
respeito ao dever das
organizações e entidades
representativas oferecerem
serviços de apoio exclusivo ao
MEI, às microempresas e
empresas de pequeno porte, nos
aspectos fiscais, trabalhistas,
creditícios, de inovação, dentre
outros. As sugestões foram
apresentadas em Brasília, ao
ministro da Secretaria da Micro e
Pequena Empresa, Guilherme
Afif Domingos, pelo vicepresidente da FIEB, Carlos
Henrique Gantois e pelo
integrante do Conselho Fiscal da
diretoria da FIEB, Reginaldo
Rossi. “A aprovação do PLP
221/12 representará um grande
avanço para esse segmento
empresarial, fonte geradora de
emprego e renda, mas ainda
existe espaço para novos e
esperados avanços”, considerou
Gantois.
Fotos angelo pontes/coperphoto/sistema fieb
Dia do Meio ambiente foi
lembrado pelo Comam
Com a presença do presidente Carlos Gilberto
Farias, do primeiro vice-presidente Antonio Ricardo
Alban e integrantes da diretoria da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Conselho
de Meio Ambiente (Comam) da FIEB comemorou o
Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho.
A importância da conscientização dos empresários
para a questão ambiental foi destacada pelo
presidente Carlos Gilberto Farias, que assinalou o
importante papel do Comam no sentido de fazer com
que a Federação seja protagonista na proposição de
uma agenda positiva para a questão ambiental.
“Precisamos cada vez mais encontrar o ponto de
equilíbrio entre a atividade produtiva e a
preservação dos recursos ambientais e temos que ser
propositivos”, observou.
De acordo com Jorge Cajazeira, o tema é de grande
relevância para a indústria. “Quando falamos em
meio ambiente temos que pensar no futuro com um
olhar do presente”, observou o coordenador do
conselho, reiterando que a conciliação entre a
atividade produtiva e a preservação dos recursos
naturais é o único caminho possível. Durante a
reunião comemorativa, o Comam recebeu o diretor
de Licenciamento e Fiscalização Ambiental da
Secretaria Municipal de Urbanismo e Transportes,
Emanuel Mendonça, que apresentou a Política
Municipal de Meio Ambiente. A gerente de Meio
Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB,
Arlinda Coelho, fez também uma apresentação da
Campanha Gestão Sustentável FIEB, que visa a
economia dos recursos naturais nas instalações da
Federação.
Apresentado novo sistema
da nota fiscal eletrônica
Encontro que
discutiu a nota
fiscal eletrônica
(acima) e as
comemorações
pelo Dia do
Meio Ambiente
Empresários e profissionais das áreas contábil e
fiscal conheceram o Sefaz Virtual de Contingência
(SVC), novo sistema apresentado durante o
seminário “Nova forma de contingência da Nota
Fiscal Eletrônica (NF-e)”, na FIEB. Já disponível para
os contribuintes baianos, o SVC é destinado a evitar
interrupções na emissão da Nota Fiscal Eletrônica
(NF-e). "Embora a emissão de nota eletrônica tenha
sido uma evolução, ela necessitava de um
aprimoramento", avaliou o vice-presidente e
coordenador do Conselho de Assuntos Fiscais e
Tributários da FIEB, Mário Augusto Pithon. Mais de
350 mil notas fiscais eletrônicas são emitidas
diariamente na Bahia. Após a emissão pela internet,
a nota é processada em meio digital pelo Sistema de
Autorização de NF-e da Sefaz-Ba. Na Bahia, são
cerca de 50 mil contribuintes do ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
emissores de NF-e. Caso ocorra qualquer
indisponibilidade no processamento habitual, entra
em ação a contingência. O SVC irá substituir com
vantagens dois outros modelos ainda em operação, a
DPEC (Declaração Prévia de Emissão em
Contingência) e o SCAN (Sistema de Contingência do
Ambiente Nacional). Trata-se de uma facilidade para
o contribuinte emissor, evitando prejuízos para as
empresas. "Esse novo modelo de contingenciamento
é mais um avanço nas funções do Sped (Sistema
Público de Escrituração Digital)”, ressaltou o
superintendente da Sefaz-Ba, José Luiz Souza.
Bahia Indústria 25
indicadores Números da Indústria
Indústria cresce acima
da média nacional
Bahia foi um dos dez estados onde a produção da indústria de
transformação apresentou crescimento no ano concluído em abril
A
taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da
Bahia cresceu 3,1%, em
abril de 2014, abaixo da registrada
em março de 2014 (alta de 4,3%),
mas acima da média nacional no
período (2,6%). No ranking dos 14
estados que participam da pesquisa PIMPF-R* (Pesquisa Industrial
Mensal de Produção Física - Reformulada), realizada pelo IBGE,
além da Bahia outros nove estados apresentaram desempenho
positivo: Amazonas (8,0%), Ceará
26 Bahia Indústria
(7,5%), Mato Grosso (5,7%), Rio Grande do Sul (5,4%),
Pernambuco (3,9%), Goiás (2,6%), Paraná (2,4%),
Santa Catarina (1,6%) e Minas Gerais (0,2%). O estado
de São Paulo apresentou crescimento nulo e os outros
três estados registraram resultados negativos: Espírito Santo (-2,8%), Rio de Janeiro (-1,0%) e Pará (-0,4%).
Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, cinco apresentaram resultados positivos: Metalurgia
(15,5%), Refino de petróleo e biocombustíveis (9,8%),
Minerais não metálicos (1,8%), Produtos químicos
(0,7%) e Alimentos (0,1%). Por outro lado, apresentaram retração os segmentos de Equipamentos de
informática (-19,9%), Couro e calçados (-11,8%), Bebidas (-7,8%), Veículos automotores (-2,2%) Borracha e
plástico (-1,6%) e Celulose e papel (-1,4%).
QUEDA EM ABRIL
Na comparação de abril de
2014 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana
apresentou queda de 0,7%. Somente três dos onze segmentos
pesquisados apresentaram resultados positivos: Refino de petróleo e biocombustíveis (9,5%),
Produtos químicos (4,4%) e Alimentos (3,5%). Apresentaram
retração os segmentos de Equipamentos de informática (-28,3%),
Bebidas (-21,9%), Couro e calça-
dos (-17,7%), Minerais não metálicos (-17,1%), Veículos automotores (-10,4%), Celulose e papel (-8,0%),
Borracha e plástico (-1,5%) e Metalurgia (-0,4%).
Tendo em conta o acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com igual período
de 2013, verifica-se uma queda de 1,9% na indústria
de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos:
Equipamentos de informática (-33%), Veículos automotores (-28,3%), Couro e calçados (-11,1%), Bebidas
(7,6%), Minerais não metálicos (-3,6%), Metalurgia
(-3,4%), Celulose e papel (-1,4%) e Borracha e plástico (-0,8%). Por outro lado, houve expansão da produção nos segmentos de Produtos químicos (8,7%),
Refino de petróleo e biocombustíveis (8,2%) e Alimentos (2,6%). De modo geral, o resultado positivo
da Bahia está relacionado, sobretudo, ao desempenho
dos segmentos Metalurgia e Refino de petróleo e biocombustíveis. [bi]
* A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova
série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos:
atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes;
elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com
base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na
PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos,
usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007
(CNAE 2.0); e produzir indicadores para os estados que, no
ano de 2010, responderam por pelo menos 1% do Valor da
Transformação Industrial e, também, para a Região
Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012
e sua implantação não implicou em total ruptura das séries
históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram
encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em
que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
bahia: pim-pf de abril de 2014
Setores Abr14/Abr13
Indústria de Transformação
Refino de petróleo e biocombustíveis
Produtos químicos
Veículos automotores
Alimentos
Celulose e papel
Borracha e plástico
Metalurgia
Couro e Calçados
Minerais não metálicos
Equipamentos de Informática
Bebidas
Extrativa Mineral
Variação (%)
Jan-Abr14/mai13-Abr14/
Jan-Abr13mai12-Abr13
-0,7
-1,9
3,1
9,5
8,2
9,8
4,4
8,7
0,7
-10,4
-28,3
-2,2
3,5 2,60,1
-8,0
-1,4
-1,4
-1,5
-0,8
-1,6
-0,4 -3,415,5
-17,7
-11,1
-11,8
-17,1
-3,6
1,8
-28,3
-33,0
-19,9
-21,9-7,6-7,8
4,0
4,8
1,2
produção física por estado:
indústria de transformação
Estados
Abr14/
Abr13
Variação (%)
Jan-Abr 14/mai13-abr14/
Jan-Abr 13mai12-Abr13
São Paulo
-8,3
-4,6
0,0
Minas Gerais
-7,5
-0,7
0,2
Rio de Janeiro
-7,2
-3,6
-1,0
Paraná
-11,7-1,2 2,4
Rio Grande do Sul -10,3
-0,6
5,4
Santa Catarina
-6,3
0,1
1,6
Bahia
-0,7-1,9 3,1
Amazonas -0,37,8 8,0
Pará
-2,12,6 -0,4
Espírito Santo
-3,5
-6,3
-2,8
Goiás
-3,6-2,0 2,6
Pernambuco3,3 7,2 3,9
Ceará
-4,5-0,3 7,5
Mato Grosso
11,6
8,2
5,7
Brasil
-7,1-1,8 1,0
Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014)
125
120
115
110
2014
2013
105
100
95
90
2012
85
DEZ
NOV
OUT
SET
AGO
JUL
JUN
MAI
ABR
MAR
FEV
JAN
80
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
Bahia Indústria 27
Marcelo Gandra/Coperphoto/FIEB
Apoio à cadeia
automotiva
IEL apresenta o projeto PQF + Auto, que vai selecionar
e capacitar até 50 fornecedores para o segmento
Potenciais fornecedores
de bens e serviços para
a Ford conheceram, em
29 de abril, o Projeto de Desenvolvimento de Fornecedores da Cadeia Automotiva da Bahia, executado
pelo IEL, em parceria com a Ford, o Sindipeças e o
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio
Exterior (MDIC). O I Encontro de Sensibilização Empresarial foi realizado no SENAI Cimatec, em Piatã.
Na ocasião, representantes de pequenas e médias
empresas interessadas conheceram algumas das
demandas da Ford e as etapas do projeto, chamado
também de PQF + Auto, que vai selecionar e capacitar
até 50 fornecedores por meio de diagnóstico, consultorias, treinamentos e certificação. O objetivo é fortalecer a cadeia automotiva, aumentando a competitividade destas empresas e sua capacidade de atender
as demandas deste mercado.
“Além de passar por um diagnóstico que identificará pontos fracos e oportunidades de melhoria, as
empresas selecionadas vão participar de rodadas de
negócios, missões técnicas, eventos setoriais e encontros com empresas âncoras, entre outras atividades”, explicou o gerente de Capacitação Empresarial
do IEL, André Pinto.
O gerente de compras sênior da Ford, Eduardo Oli28 Bahia Indústria
veira, apresentou os recentes investimentos do grupo
na Bahia – como a nova fábrica de motores e o processo de modernização da planta industrial –, citando
algumas das oportunidades que estão sendo geradas
pelo segmento. “Vamos precisar de peças, além de
componentes do ferramental e materiais industriais,
como borrachas e elementos de fixação, por exemplo”, disse.
Para o gerente comercial da JJ Inspeções Técnicas,
Renê Barbosa, que já participou de outros programas
de capacitação do IEL, o PQF + Auto é um projeto importante para as pequenas e médias empresas que
querem ter acesso à cadeia de fornecedores. “pois
o programa contribui para que a empresa atenda às
exigências das âncoras com produtos e serviços adequados e competitivos”, afirmou.
Contrato
Para participar da seleção, as empresas interessadas passam por uma primeira avaliação. Após o diagnóstico do comitê gestor do projeto, a empresa selecionada assina o contrato com o IEL. “Além de querer
participar, a empresa precisa mostrar que tem o perfil
das fornecedoras desejadas pelo mercado e também
atender aos requisitos exigidos pelas compradoras”,
enfatiza André Pinto. [bi]
O gerente da
Ford, Eduardo
Oliveira,
apresentou
os recentes
investimentos
do grupo
na Bahia e
destacou as
oportunidades
Enseada reforça
parceria com a FIEB
Presidente da Federação visita obras da Enseada, em São Roque
do Paraguaçu, e fortalece parceria para ações de capacitação
C
om o objetivo de conhecer de perto a atuação da
Enseada – Unidade Paraguaçu e as estratégias
para o fortalecimento da cadeia de petróleo, gás
e naval na Bahia, integrantes da diretoria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) visitaram
as instalações do empreendimento, no dia 4 de junho.
O presidente da Enseada, Fernando Barbosa, destacou o avanço da obra, o processo de transferência
tecnológica com a Kawasaki e as ações em parceria
com a FIEB. “Temos uma boa participação no Comitê
de Petróleo, Gás e Naval da Federação das Indústrias
da Bahia e nos programas de desenvolvimento de fornecedores e de qualificação profissional. Queremos
capacitar cerca de três mil pessoas até o final do ano”,
revelou Barbosa.
De acordo com Carlos Gilberto Farias, a FIEB está buscando o eixo da interiorização de suas ações e
ampliando as unidades integradas do SENAI e do SESI para atuar na capacitação de mão de obra especializada. “Santo Antônio de Jesus é a cidade que mais
prospera no entorno ao empreendimento e vamos
edificar uma escola de preparação de mão de obra
para formar os técnicos necessários”, afirmou Farias.
Como parte das ações realizadas em parceria com
a FIEB, foi promovido, no dia 5 de junho, no auditório da FIEB, um workshop reunindo fornecedores da
cadeia de petróleo, gás e naval. O evento serviu para
aproximar a Enseada das doze empresas baianas selecionadas no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, incluídas aí as baianas Forja, fabricante
de haste de bombeio, Perbras, fabricante de sondas
de perfuração terrestres, e a Web Nordeste, que produz manifold submarino.
A iniciativa faz parte do Plano de Desenvolvimento
de Arranjos Produtivos Locais, lançado em 2013, pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC). O gerente de Projetos da ABDI, Miguel Nery, lembrou que além da Bahia, o workshop
Luciano Oliveira/Enseada/Divulgação
O presidente
Carlos Gilberto
visitou as
instalações da
unidade
também acontecerá em Pernambuco, Minas Gerais
e Rio Grande do Sul. Representantes do BNDES e do
Banco do Nordeste do Brasil apresentaram fontes de
financiamento para o segmento.
Para a gerente de Inovação e Projetos Especiais do
IEL, Fabiana Carvalho, o momento é oportuno. “Estamos num momento muito particular de convergência
da indústria para a busca de fornecedores locais”.
Se a prioridade é desenvolver empresas pequenas e
médias para serem fornecedores da cadeia de petróleo, gás e naval, o tom é de urgência, mas também de
otimismo. “Esperamos que médias empresas possam
se tornar grandes no setor”, frisou Vandete Cardoso
Mendonça, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Enseada, Humberto Rangel, apresentou a
empresa e destacou as ações de melhoria da infraestrutura local no entorno do Estaleiro, que favorecerá
o processo de urbanização da região. [bi]
> Com informações do site www.navegandojuntos.com.br
Bahia Indústria 29
painel
Marcelo Gandra/coperphoto/Sistema FIEB
Enseada e SENAI
promovem oficina
do Pronatec
Encontro reuniu FIEB, Sebrae e Prefeitura de Simões Filho no SESI do município
Café com a Indústria em Simões Filho
Com o objetivo de estreitar a parceria entre a Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), a Prefeitura de Simões Filho e empresários, foi realizado, no dia 9.6, o Primeiro
Encontro Prefeitura e FIEB – Café da Manhã com as Indústrias. O encontro aconteceu no SESI
Simões Filho e reuniu, além do prefeito Eduardo Alencar, o presidente da FIEB, Carlos Gilberto
Farias, o superintendente do Sebrae, Edival Passos, além de representantes do governo do
estado. A iniciativa foi do Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Para o prefeito
Eduardo Alencar, Simões Filho vive um momento especial, atraindo importantes
investimentos, daí a necessidade de fortalecer os laços com parceiros como a FIEB e também o
Sebrae. “O Sistema FIEB já faz parte da vida de Simões Filho com a Unidade do SESI. Agora
queremos ampliar esta parceria e o presidente Carlos Gilberto mostrou-se disposto a nos
atender”, disse. O principal interesse da prefeitura é ampliar as ações de qualificação da mão
de obra local por meio do SENAI. O presidente Carlos Gilberto Farias reafirmou o foco de sua
gestão, voltada para o fortalecimento das micro, pequenas e médias indústrias e a
interiorização, mas destacou que a Região Metropolitana não ficará desassistida.
FIEB sedia homenagem a Rômulo Almeida e Ignácio Rangel
Realizado pela Sudene, em 15 de maio, no auditório da Federação, o seminário marcou os
100 anos de nascimento dos dois economistas. O evento contou com duas mesas de
debates e uma conferência magna, ministrada pelo ex-governador Waldir Pires. Na
ocasião, ex-colegas, acadêmicos e autoridades relembraram as ideias dos nordestinos
que contribuíram para a construção da linha desenvolvimentista de atuação política e do
pensamento econômico brasileiro. Representantes de diversas instituições estiveram
presentes, a exemplo de universidades federais e do Centro Internacional Celso Furtado
de Políticas para o Desenvolvimento.
30 Bahia Indústria
No início de julho, a
Enseada Indústria
Naval, Unidade São
Roque, inaugurou a
oficina de solda e ajuste
mecânico para a
realização de cursos
profissionalizantes
oferecidos pelo SENAI
Bahia, no âmbito do
Programa Nacional de
Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego
(Pronatec). O objetivo é
aliar qualificação prática
e teórica dos moradores
da região interessados
nestes cursos, dando
mais chances na disputa
por uma vaga no
mercado de trabalho.
Congratulações
pelo Dia da
Indústria
O vereador Euvaldo Jorge
solicitou registro, na ata
de pronunciamento
oficial da sessão da
Câmara Municipal do
Salvador, de 12 de maio,
pronunciamento feito da
tribuna, lembrando a
passagem do Dia da
Indústria, comemorado
em 25 de maio. Em seu
discurso, o vereador
homenageou Roberto
Simonsen, considerado o
patrono da indústria
nacional, e congratulouse com a Federação pela
passagem da data.
divulgação
Carlos Farias
participou de Fórum
da Abiquim
O presidente da FIEB,
Carlos Gilberto Farias,
participou, no dia 26 de
maio, do 1º Fórum
Nacional em Defesa da
Indústria Química. Em
discurso, ele reconheceu
o impacto do custo Brasil
no segmento, que agrava
o déficit comercial do
setor que é de US$ 32
bilhões. O encontro
ocorreu no SENAI Cimatec
e discutiu a
competitividade da
indústria química
nacional. A iniciativa do
evento foi da Frente
Parlamentar em Defesa da
Competitividade da
Cadeia produtiva do Setor
Químico, Petroquímico e
Plástico do Brasil, em
parceria com a Associação
Brasileira da Indústria
Química (Abiquim) e o
apoio da FIEB e Cofic.
Angela Merkel reuniu-se com o diretor regional Leone Peter e estudantes do SENAI Bahia
Chanceler alemã e comitiva reúnem-se com representantes do SENAI
Em visita a Salvador para prestigiar a partida entre as seleções da Alemanha e de Portugal
pela Copa do Mundo 2014, no dia 16 de junho, a chanceler Angela Merkel participou de um
encontro com o diretor regional do SENAI, Leone Peter, e outros representantes da
instituição, entre eles, alunos que irão à Alemanha por meio dos programas Ciência sem
Fronteiras (governo federal) e Jovens Talentos (SENAI) para estudar no instituto Fraunhofer
e Instituto Alemão de Inteligência Artificial (DFKI), na Alemanha. No encontro, realizado no
Hotel Pestana, Merkel conheceu as linhas de atuação do SENAI Bahia, especialmente os
projetos que levam a cooperação com a Alemanha, dado o interesse atual entre os governos
alemão e brasileiro em ampliar a parceria tecnológica entre os dois países.
Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB
SENAI recebeu Simpósio de
Realidade Virtual e Aumentada
Entre os dias 12 e 15 de maio, pesquisadores, estudantes e
diversos profissionais das áreas acadêmica, industrial e
comercial estiveram reunidos no SENAI Cimatec para trocar
experiências e conhecer as novidades nas aplicações da
Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA).
Considerado o mais importante da área no Brasil, o encontro
teve uma programação intensa com pré-simpósio, minicursos,
palestras internacionais e sessões técnicas. Realizado pela
primeira vez na Bahia, o evento promovido pela Sociedade
Brasileira de Computação (SBC) trouxe a Salvador
especialistas internacionais e nacionais para apresentar os
avanços tecnológicos da área.
Estudante experimenta equipamento de realidade virtual
Bahia Indústria 31
jurídico
Sanções políticas e o
estado democrático
de Direito
Por Cínthia Freitas
A Constituição Federal assegurou
a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de
órgãos públicos (art. 170, parágrafo único), e que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
sem o devido processo legal, em
que sejam oportunizados o contraditório e ampla defesa (art. 5º,
XIII, LIV e LV).
Na contramão das citadas garantias, o Fisco, por vezes amparado pela própria legislação infraconstitucional, vem fazendo
uso das denominadas sanções
políticas – assim entendidas como mecanismos utilizados para
coagir o contribuinte ao pagamento de débitos tributários sem
o devido processo legal, seja ele
judicial ou administrativo –,
antecipando-se à verificação do
cabimento da cobrança pela autoridade competente.
Na prática, direitos periféricos
à determinada obrigação tributária são restringidos para assegurar o pagamento do tributo, o que
pode implicar danos irreversíveis
à atividade empresária.
Há diversos exemplos de sanções políticas, tais como a apreensão de mercadoria decorrente
de suposta irregularidade no
documento fiscal; a recusa injustificada da emissão de Certidão
Negativa de Débitos Fiscais; e a
exigência de garantias reais ou fidejussórias relativamente ao ICMS
32 Bahia Indústria
não adimplido para impressão de
documentos fiscais.
Do mesmo modo, caracterizam-se como exemplos de cobrança
coercitiva pelo Fisco, dentre outros, a proibição da utilização de
créditos do ICMS decorrentes de
exportação, quando pendentes
processos administrativos ou judiciais; a utilização do protesto
da Certidão da Dívida Ativa; a exigência do pagamento de multas
como requisito para licenciamento
de veículos automotores; e a emissão da autorização de habitação
do empreendimento imobiliário
(“habite-se”), condicionado à certificação do pagamento de tributos
municipais.
Assim, diante do risco de ter interrompidas as suas atividades, o
contribuinte encontra-se coagido
a quitar a pendência fiscal, sem
qualquer questionamento sobre a
procedência do montante cobrado.
O Supremo Tribunal Federal
vem condenando essa prática por
meio de decisões e súmulas, por
entender inconstitucional a utilização de mecanismos que restrinjam direitos ou inviabilizem a
própria atividade econômica.
Cabe ao Fisco conter seu afã arrecadatório, buscando as vias de
cobrança adequadas e condizentes
com o regime democrático de direito vigente no país. Ao contribuinte,
sempre restará a defesa das suas
garantias fundamentais, dentre
outros meios, através dos remédios
constitucionais cabíveis, a exemplo do Mandado de Segurança.
Portaria disciplina
protesto de
dívida ativa
Foi publicada a Portaria da
Procuradoria Geral da
Fazenda Nacional – PGFN nº
429/2014, que disciplinou a
utilização do protesto
extrajudicial por falta de
pagamento de certidões de
dívida ativa da União ou do
Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço, prevista pela Lei
12.767/2012. Registre-se que o
Supremo Tribunal Federal STF foi instado a se
manifestar sobre o cabimento
do protesto nos autos da
Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº
5135, interposta pela
Confederação Nacional da
Indústria (CNI), contra a
referida Lei.
Novas regras para
o contrato de
trabalho temporário
Cínthia Freitas
é advogada
da Gerência
Jurídica
Foi publicada, no Diário
Oficial da União do dia 3 de
junho de 2014, a Portaria do
Ministério do Trabalho e
Emprego - MTE nº 789, que
estabeleceu novas regras
para o contrato de trabalho
temporário, com destaque
para a possibilidade de
prorrogação do referido
instrumento por até nove
meses, na hipótese de
substituição transitória de
pessoal regular e
permanente, bem como para
a obrigatoriedade de envio de
informações ao MTE,
destinadas ao estudo de
mercado.
ideias
A Bahia, a internet e as coisas
Por Flavio Marinho
O lançamento da internet comercial, nos anos 1990, trouxe muitas
expectativas sobre as facilidades
que seriam geradas para a vida
das pessoas. Muito aconteceu desde então. A virtualização foi a palavra-chave para as possibilidades
trazidas pela revolução digital,
que se traduziram em novas formas de trabalho, relacionamento,
comunicação, entretenimento, entre outros hábitos.
Temos conhecido uma nova
tendência que promete alavancar
ainda mais essas mudanças. Denominada “Internet das Coisas”,
trata-se da possibilidade de que
objetos físicos diversos conectem-se à rede mundial e ganhem com
isso a possibilidade de simplificar
ou substituir tarefas cotidianas,
até então dependentes exclusivamente da interação humana.
O conceito baseia em que, uma
vez integrados e conectados, os
dispositivos possam exercer tarefas de forma cada vez mais inteligentes. Apostando neste caminho,
no início deste ano, a Google comprou por US$ 3,2 bilhões a Nest,
empresa tecnológica que tem como missão facilitar a vida nas residências. Seu primeiro produto
resolveu um problema importante
para os países de clima temperado: gerir autonomamente os termostatos domésticos, permitindo,
ainda, que os usuários o controlassem, quando necessário, pelo
seu “smartphone”, a distância.
Após quase duas décadas do
mercado “ponto com”, para muitos, esta transação inaugurou
um novo ciclo de investimentos
em empresas especializadas em
soluções de tecnologia da informação embarcadas em dispositivos físicos, que se propunham a
resolver problemas do nosso dia
a dia. A internet está se integrando ao mundo físico e vice-versa. É
possível imaginar que, em breve,
a sua geladeira possa controlar
os produtos estocados e enviar
para seu e-mail uma mensagem
sobre necessidade de fazer a reposição. Poderá, ainda, fazer uma
busca eletrônica e informar os locais mais baratos para fazer suas
compras, ou mesmo acionar seus
fornecedores de preferência e ter
a comodidade de receber os produtos, em sua casa, sem esforços
significativos.
As novas possibilidades são
incontáveis e parecem depender
apenas da fronteira que a criatividade humana alcançará. A tendência se viabilizou em função da
miniaturização e do barateamento
dos sensores e microprocessadores. O mesmo cenário que tem permitido a diminuição e o aumento
da capacidade de processamento
de dispositivos computacionais
móveis, chegando ao tamanho de
relógios ou outros acessórios.
Estudos promovidos por grandes empresas de tecnologia e institutos especializados indicam
que esse movimento resultará em
alguns bilhões de “coisas” conectadas à internet até 2020. O assunto ganhou tamanha importância
que está se transformando em
políticas públicas, fomentadas em
iniciativas como o seminário “Internet das Coisas: Oportunidades
“
Foi dada a largada para
um ciclo econômico com
perspectivas de geração de
novos modelos de negócio
para solucionar velhos e novos
problemas da nossa sociedade
* Flavio Marinho
é mestre em
Administração. É
o responsável
pela Incubadora
e Aceleradora de
Empresas do
SENAI Bahia
da Nova Revolução Digital para o
Brasil”, promovido pelo BNDES,
em maio.
A Bahia pode participar ativamente deste novo cenário, não
apenas como consumidor dessas
novas soluções. A existência do
Polo Industrial de Ilhéus, as competências disponíveis nas universidades; a existência de um centro
tecnológico de padrão internacional, como o SENAI Cimatec; bem
como a existência de uma aceleradora de empresas participantes
do Programa Start-up Brasil, que
dispõe de investidores, mentores
e parceiros internacionais interessados neste tema, configuram um
ambiente propício para abrigar negócios, de alto potencial inovador
e valor agregado.
Foi dada a largada para um ciclo econômico com perspectivas de
geração de novos modelos de negócio para solucionar velhos e novos
problemas da nossa sociedade. É
o momento certo para estudantes,
pesquisadores, inventores e empresas em geral olharem adiante
para participar ativamente desta
janela de oportunidades. [bi]
Bahia Indústria 33
leitura&entretenimento
fotos divulgação
exposição
Tradição e história na Bienal da Bahia
Interrompida pela ditadura militar, a Bienal da Bahia está de
volta, 46 anos depois, em sua 3ª edição. Com o tema ‘’É tudo
Nordeste?’’, a bienal busca mostrar como as tradições e as
histórias do Nordeste brasileiro podem ser lidas como
experiências humanas. Nesta edição, a Secretaria de Cultura
do Estado preparou 100 dias de muita cultura, contemplando
diversas linguagens. Estão representados 180 artistas, entre
eles Yoko Ono, a arquiteta Lina Bo Bardi, o cearense Ícaro Lira
e o carioca Omar Salomão. A bienal leva ao público da capital
e do interior, performances, ciclos de filmes, ações educativas
e encontros com artistas.
Não perca MAM, Mosteiro de São Bento da Bahia, Igreja dos Aflitos, Escola de Belas Artes, Igreja do Pilar, Ateliê Hilda Salomão, Até 7.9. (71) 2106-5200
Registros de Bel Borba
Aos 57 anos o artista baiano, Bel Borba, reconhecido
nacionalmente e internacionalmente, apresenta sua mais
nova exposição, Bel Borba Intervém Urbano. Para os
soteropolitanos acostumados a admirar as obras de Borba por
toda a cidade, a exposição traz 80 trabalhos inéditos, e
apresenta ao público uma Salvador de ontem, de hoje e de
amanhã. Nesta exposição, o artista leva para a galeria de arte,
fotografias antigas de domínio público e imagens autorais,
feitas a partir do seu celular, incentivando o visitante a
passear pela cidade que é sua musa, parceira, galeria
permanente. Além das obras inéditas, pode-se também
conferir esculturas feitas a partir de restos de escombros da
antiga Fonte Nova.
Não perca Caixa Cultural, qua a dom, 9h às 18h. Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador. Entrada franca até 20/7. Informações: 71 3505-0003
livros
Rockefeller e o Brasil
A história do grande político americano,
Nelson Rockefeller, e sua relação com o
Brasil, são retratados neste livro. Em 488
páginas é mostrada a grande influência do
político na inserção do capitalismo no
Brasil. A faceta cheia de ‘’boas intenções’’
O Amigo Americano
- Nelson Rockefeller e do americano é revelada. O autor introduz
o Brasil, Antonio
possíveis projetos em que Rockefeller
Pedro Tota, Cia das
tenha se envolvido, como: a exportação de
Letras, 488 p.
Preço não informado Carmen Miranda, o afastamento de Vargas
e seu governo nazifascista, e até o
planejamento urbanístico de São Paulo.
34 Bahia Indústria
Mitos Corporativos
Mitos corporativos
– O que os MBAs
não ensinam, Jorge
Duro, Cia das Letras,
144 p.
R$ 34,90 e R$ 24,90
(e-book)
Ter o título de MBA agrega um enorme
valor em qualquer currículo, mas será
mesmo que ele será um grande diferencial
a médio e longo prazo? É a partir desta
pergunta que Jorge Duro, procura
desvendar o fato de o MBA não ser mais
tão importante para a conquista de
grandes cargos. O livro tem como objetivo
passar todas as variáveis impostas no
mundo corporativo ou não, mostrando
novas perspectivas para qualquer pessoa
que tem o desejo de crescer na carreira.
Bahia Indústria 35
Download

Obras avançam nO interiOr