Jornal
Memória Viva
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Junho / 2011
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Ano 1 No 004
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Eventos por: Carolina Falco
No mês de junho, os moradores iniciaram os
ensaios da quadrilha.
Orientados pela recreacionista, Carol, os
moradores, cadeirantes, independentes, e as
acompanhantes, praticaram os passos típicos de
festa junina. Muita música e diversão marcaram
os 7 dias de ensaio.
Editorial
BCRSC - Beneficencia Camiliana Recanto São Camilo
Granja Viana
Diretor: Pe. Osmar
Gerente Administrativo: Raimundo Bisotto
Gerente Administrativo: Madalena Bulgari
Gerente de Enfermagem: Dolores Pasini
Jornal Memória Viva
Quadrilha do moradores independentes
Conselho Editorial: Carolina Falco e Juliane Bianco
Projeto Gráfico e Diagramação: Paula Falco
Redatores: Carolina Falco, Juliane Bianco, Juliana
Alves e Pe. Olacir Agnolin
Colaboraram nesta edição: Victor Aleixo, Wilma
Ferreira, Márcia Sarro, Vanderley Neves, Gilvan de
Jesus e Paulina Vaisenberg.
Impressão: Belince / Docuprint
Tiragem: 500 cópias
Endereço para correspondência: Av. São Camilo,
1363. Granja Viana, Cotia. CEP: 06709-150.
Webmail: www.recantosaocamilo.com.br
Esta é uma publicação trimestral da (BCRSC Beneficencia Camiliana Recanto São Camilo) dirigida
a seus moradores, familiares e funcionários.
Atividades
Quadrilha dos moradores cadeirantes
Dia 16 de junho, o Recanto recebeu pela 2 ª vez
a visita da Orquestra Sinfônica de Paraisópolis,
composto por crianças da comunidade que
tocaram alguns os estilos musicais – erudito,
popular e folclórico. Para esse ano de 2011,
prometeram mais visitas, além de apresentações
com o Coral e a Orquestra de Cordas. Aguardamos
ansiosos a próxima visita!
“Gosto muito de jogar bingo porque além de passar o tempo, é a minha atividade preferida aqui
dentro. Me alegra bastante e jogo por diversão,
não por causa dos prêmios.
Além disso, jogar bingo é uma excelente forma
de encontrar com os amigos. É bom estar entre
eles!”
Paulina Vaisenberg, 89 anos
02
Memória Viva
por: Juliana Alves
Victor Aleixo, 69 anos, é formado em eletrotécnica
pela Escola Técnica Bandeirantes e conta que
desde criança já gostava de trocar lâmpadas e
fazer pequenas instalações em casa.
Começou o curso técnico quando tinha 24 anos
e diz com orgulho que sempre recebeu o apoio
de sua mãe. Para conseguir pagar seus estudos,
trabalhava como bancário.
Assim que acabou o ensino técnico, seu colega
lhe ofereceu um estágio na Eletropaulo, onde
acabou trabalhando por mais de vinte anos.
Na Eletropaulo fazia projetos para instalações de
postes e redes. Relata que seu trabalho era muito
importante porque se o projeto não fosse feito a
tempo, o local ficava sem energia, afetando centenas de pessoas.
Gostava muito de trabalhar e uma das coisas que mais sente falta é da festa de São João que faziam
todo ano na empresa. A festa era muito animada, os funcionários levavam seus familiares, faziam
churrasco e o momento que ele mais se divertia era na partida de futebol entre os funcionários, onde
jogava na posição de zagueiro.
Conta que esses momentos de lazer eram muito importantes para poder trabalhar melhor, pois unia os
funcionários, propiciando um ambiente de maior cooperação entre eles.
Biografia
por: Carolina Falco e Juliana Alves
Gilvan de Jesus “Pagodeiro”, nasceu dia vinte e um de maio de 1967 em
Pombal, na Bahia. É bastante conhecido no Recanto São Camilo e quando
o cumprimentam ele diz orgulhoso: “tenho muitos amigos”.
Começou a trabalhar bem cedo, com nove anos de idade já trabalhava na
roça. Veio para São Paulo quando tinha dez anos, acompanhado de seus
pais e quatro irmãos e morou na cidade de Mauá. Mesmo sendo torcedor do
Bahia, foi aqui em São Paulo que se apaixonou pelo time de mesmo nome,
assistindo até hoje aos jogos de seu querido time tricolor paulista.
No dia vinte de novembro de mil novecentos e noventa e cinco, foi admitido
na Companhia Antártica Paulista, trabalhando no setor de refrigerantes, onde
desempenhou a função de ajudante geral. Na época em que trabalhava era
conhecido por ser muito bravo e bem forte, o que de certa forma o ajudava
a manter sua outra fama: a de namorador.
Apesar da antiga fama de bravo, hoje esbanja simpatia pelos corredores do Recanto e faz questão de
se relacionar com todos. A cada manhã toma seu café em um setor diferente e é possível encontrá-lo
até mesmo no refeitório dos funcionários.
Quando mais jovem gostava muito de festas. Frequentava diversos bailes. Atualmente circula pelo
Recanto ouvindo seu rádio, gosta principalmente de sertanejo e pagode.
No seu tempo livre gosta de assistir “Chaves” e “Pica- pau”, além de ser um dos melhores
jogadores de dominó, jogando praticamente todas as tardes no jardim central com seus amigos: Dia,
Giácomo, Benedito e que mais quiser os acompanhar.
Saudosas Lembranças
Gilvan lembra que quando pequeno, juntava todos seus amigos e iam caçar preá – um roedor, comum
no Brasil, parente do porquinho-da-índia. Por outras vezes, pegavam galhos secos para fazer a trave
do gol e passavam uma divertida tarde jogando futebol.
Guarda boas lembranças da Bahia até hoje e tem como sua comida preferia arroz, feijão e farinha seca.
03
Informativo
por: Juliane Bianco
CUIDAR DA POSTURA PODE EVITAR PROBLEMAS NA COLUNA
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 80% das pessoas sofrem ou já sofreram com
dores nas costas em algum momento da vida. A má postura é uma das causas desse problema que
incomoda grande parte da população.
Os números comprovam que a postura correta é um fator muito importante contra os problemas de
coluna. Cerca de 25% dos riscos de dor estão diretamente relacionados a erros cometidos ao sentar,
levantar, realizar trabalhos por longos períodos e outras atividades rotineiras. Ter uma boa postura
requer cuidados importantes no nosso cotidiano. Além da aparência física, a respiração, o caminhar, o
humor e até o raciocínio acabam sendo prejudicados.
A má postura pode trazer consequências sérias.
Postura no Trabalho:
Cuidar da postura no trabalho é uma atitude que não deve ser esquecida. Pessoas que executam
serviço repetitivo, que trabalham em frente a um computador, atendendo ao telefone ou simplesmente
sentado de forma incorreta tendem a ter mais problemas de postura.
Para prevenir a má postura é preciso praticar atividade física regularmente, corrigir sempre a própria
postura nas atividades diárias domésticas e/ou profissionais, mantendo a coluna ereta o tempo todo.
Boa postura é definitivamente um dos caminhos mais seguros para a prevenção e o tratamento dos
distúrbios do sistema músculo esquelético. Já a má postura pode causar várias lesões. Muitas pessoas
são acometidas de dores, principalmente nas costas; somente depois de algum tempo percebem que
a postura estava errada.
CERTO
ERRADO
CERTO
CERTO
CERTO
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ERRADO
ERRADO
ERRADO
Religião
Festas Juninas:
folclore ou religiosidade popular?
No mês de junho, de norte ao sul do Brasil comemorase os santos juninos com muita festa, dança, fogueira e
comidas típicas. Campina Grande na Paraíba é conhecida
por ter a maior festa junina do País com grande afluência
de turistas. O ciclo das festas juninas gira em torno de três
festas principais: 13 de junho, festa de Santo Antônio; 24 de
junho, São João e 29 de junho, São Pedro. Não há igreja,
escola, clube, entidade social que não faça a sua festa. No
Recanto São Camilo também temos a nossa. É inegável
que os festejos juninos mesmo atraindo grande público,
intensa participação e muitas vezes gerando uma renda
considerável para seus organizadores, que na maioria
das vezes são aplicadas em obras sociais, perderam a
tradição religiosa que tinham quando foram trazidos pelos
portugueses no século XIX. O Objetivo principal da festa
era comemorar o dia do santo. Hoje o devoto “mais fiel” do
santo participa da missa, enquanto a quermesse ou festa
junina atrai também os que querem, principalmente, se
divertir e degustar as comidas típicas.
Porém, o caráter religioso, ao contrário do que muitos
pensam, não foi o motivo da criação das festas juninas.
Na origem eram festas pagãs. Os povos da antiguidade
aproveitavam o solstício do verão (o dia mais longo e
a noite mais curta do ano, que ocorre por volta do dia
22 de junho no hemisfério norte) para pedir aos deuses
fertilidade nas plantações. No século X a igreja católica
resolveu cristianizar essas festas homenageando os três
santos do mês, para dar-lhes um cunho cristão. Assim os
rituais de deuses pagãos ganharam novos padroeiros e
novos significados.
À pergunta que dá o título a este pequeno artigo podemos
por: Padre Olacir
responder que são as duas coisas. Não se tornam menos
importantes por terem perdido aquele caráter mais sacro
de outrora. Podemos sim resgatar uma espiritualidade
destes festejos. Não se trata tanto de cultuar os santos
festejados (assim como muitos católicos se questionam
se podem deixar os filhos participar das festas de
Halloween promovidas pelas escolas, muitos cristãos
de outras denominações religiosas se perguntam se
podem participar das festas juninas por cultuarem santos
católicos), mas de aprender com a biografia destes santos.
Assim com Santo Antônio aprendemos a viver na
simplicidade, abertura com os pobres, profunda amizade
com Deus como podemos ver nos seus poucos escritos que
nos foram deixados. Discípulo de São Francisco, amante da
natureza, nos convida também à sensibilidade ecológica.
Em João Batista vemos a fidelidade à missão e firmeza
nas idéias. Pagou com a vida devido à sua coerência. Se
apresenta como aquele que nos aponta o caminho para
Deus. Ensina-nos a ocupar nossa lugar de um modo
assertivo. Nele também percebemos que podemos nos
enganar: pregou um Messias enérgico e rigoroso e Jesus
aparece de um modo que foge a todos os esquemas. No
chamado à conversão e prática da justiça podemos ver o
que chamamos hoje de postura ética. Enfim com Pedro
aprendemos que nossa fragilidade não é empecilho para
nos tornarmos seres humanos melhores. Inicialmente
fraco na fé, chamado de satánas por Cristo, tendo-o
negado por três vezes, torna-se modelo de liderança cristã
(é considerado o primeiro papa). Nos ensina que a vida é
um caminho a ser percorrido e que, a partir da visão
de fé, Deus não desiste de nós, mas nos capacita na
nossa missão.
Boas festas!
05
Espaço Livre
Anedotas
Wilma Valerio
Um Português, queria ir para à Alemanha, porém
não sabia falar alemão, conversando com um
Brasileiro, obteve a seguinte explicação: que na
Alemanha não havia necessidade de se falar
alemão. Se precisava apenas, falar pausadamente.
O Português gostou da ideia e pegou o 1º voo para
Berlim. Chegando na cidade, ele foi para o ponto
de táxi fez o sinal, e o taxista parou. Ele entrou e
disse: B O M D I A . O motorista respondeu: B O M
D I A. Então continuou: M E L E V E P A R A O
H O T E L. O motorista respondeu: P O I S N Ã O. O português então perguntou: C O M O É O S E U
N O M E ? E o taxista respondeu: E U M E C H A M O M A N O E L , E O S E N H O R? O português
respondeu: E U M E C H A M O J O A Q U I M. O taxista continuou: DE O N D E O S R É? O Português
respondeu: E U S O U D E L I S BOA e o SR? E U S O U D E C O I M B R A. O taxista então respondeu:
HORA POIS POIS JÁ QUE SOMOS PORTUGUESES POR QUE ESTAMOS FALANDO EM ALEMÃO?
Espaço Livre
Preto Velho
Autor: Profº Vanderley Prates de Macedo Neves
Ritmo: Samba Afro-brasileiro / Tom Am
Não chore, não chore, não chore nego
Não chore, não chore, não chore nego
Oh Oh Oh Oh Oh Oh Oh
Vai dormir pra descansar
Vai sonhar com a preta velha
Pra amanhã puder cantar
No ranchinho triste
Não tem mais clarão
Não se acende a fogueira
Não se canta canção
Não tem mais o pito
Não tem mais pirão
Não se conta história
06
Não se faz oração
Amanhã é domingo
Não vai descansar
O patrão disse
Que vai trabalhar
O gado está solto
Plantação vai morrer
O destino da fazenda
Está em você
Não chore meu nego
Que o dia virá
E seu corpo cansado
Irá descansar
Não vai ter o pito
Canção não terá
Mas juntinho da preta velha
No céu descansará
Passatempo
por: Carolina Falco
Quem sou Eu?
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KUNIE KANAYAMA TERADA
YOLE SARDI FAJARDO
ARIOVALDO BOSSO
GIACOMO PASSARELLI
PATRÍCIA ZULIANI MARCONDES
ANTONIO BOULHOÇA
ANA DE LARA ABDALA
FRANCOISE SUZANNE LIEDER
PE. FERMINO PASCHOAL
CELIA FABER
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Conheça-me
Nome completo:
Raimundo Bisotto.
Aniversário: 10 de julho
Profissão: Técnico em Contabilidade.
Fornação: Curso técnico científico no Colégio
dos Irmãos Maristas, em Caçador SC, técnico
em contabilidade bancária no Colégio dos
Irmãos Maristas de Itapejara D’Oeste PR,
formado há 35 anos em técnico de contabilidade
pelo Colégio Latino Americano Osasco e até o 2
ano de administração hospitalar pela Faculdade
São Camilo.
Porquê escolheu a profissão? Por me identificar
com ciencias exatas.
Atuação no Recanto? Colabora com a instituição
há 37 anos e atualmente atuo como gerente geral,
integrando e auxiliando a equipe administrativa.
Defina as seguintes palavras:
Deus: Nosso pai, o Criador
Fé :Algo que nos estimula a superar as dificuldades,
transpor barreiras.
Religião: Permite conectarmos o nosso interior
com algo superior, com uma força, maior.
Família : Alicerce, base do amor e compreensão.
Frase que te marcou:
“(...) “ o tempo é um tecido invisível em que se
pode bordar tudo “(...)”
Mural
Crônica: O município onde moro...
Essa crônica é baseada em como eu vejo onde moro:
“Eu moro em um bairro chamado Recanto São Camilo, aqui existem 9 vilas (A1,
A2, B1, B2, B3, C1, C2, C3 e D), cada vila possui um posto de enfermagem com
uma equipe que presta serviço 24 horas.
No centro do bairro existe uma belíssima Praça Central com um enorme jardim
verde e florido, utilizado como ponto de encontro entre os moradores e seus
familiares, entre os moradores das diversas vilas e entre os jogadores de dominó. Há também um Salão
de Beleza, Lanchonete, Capela, com missa todos os dias celebradas pelo capelão Pe.Olacir, Central
Telefônica, Lavanderia, Cozinha, Horta de onde provem a maior parte da alimentação e Cinema.
Quem administra nosso município, é o “prefeito” Pe. Osmar. A nossa distração e diversão fica por
conta do departamento de atividades sociais, lazer e recreação, que promove festas temáticas e
comemorativas, bingo, aulas de pintura, atividades que estimulam o nosso intelecto, bate papo e
socialização.
Além de todos esses serviços, ainda temos uma nova e bela sala de fisioterapia, onde não apenas
nos exercitamos e nos reabilitamos, mas aproveitamos o momento para criar laços de amizade e
integração social com os outros habitantes.
Moro na Vila D, apartamento 6 há 1 ano, formamos uma grande família, realizamos as refeições juntos,
nos preocupamos com a saúde um do outro, participamos de todas as atividades e eventos, contamos
com o auxilio das acompanhantes e cuidadoras nas atividades do dia – a – dia, nos entrosamos muito
bem como as outras vilas e com todos os outros trabalhadores do município.
Aguardo saber como é sua vila.
Márcia Sarro
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