A PEQUENA INFÂNCIA PRESENTE NOS DISCURSOS ACADÉMICOS
EM PORTUGAL
Giandréa Reuss Strenzel1
Universidade Federal de Santa Catarina/Brasil
Capes/MEC
Instituto de Estudos da Criança – Universidade do Minho/Portugal
[email protected]
Este poster versará sobre a análise preliminar dos dados correspondentes a pesquisa de doutoramento
em andamento. Para objeto de análise, tomou-se a produção de dissertações de mestrado e teses de
doutorado nas diversas áreas do conhecimento defendidas nos Cursos de Pós Graduação de Portugal
entre os anos de 1997 e 2003 presentes na base de dados da Biblioteca Nacional.
Tem como objectivo fazer um mapeamento da produção académica sobre a infância menor de seis
anos nas diversas áreas do conhecimento, dando assim um panorama sobre a condição dessa produção
em Portugal. Considera-se a pequena infância como uma idade particular e específica, como cidadãos,
detentores de direitos, seres dotados de potencialidades e capacidades de articularem-se entre si e com
outros, sejam estes crianças ou adultos.
A escolha para a selecção das fontes refere-se ao período posterior à promulgação da Lei-Quadro nº
5/97 que dispõe sobre a educação pré escolar, fato este considerado um marco na história da educação
para esta idade em Portugal.
Mapear e sistematizar o que a produção discente vem pesquisando sobre a infância se torna
particularmente interessante e importante, pois permite vislumbrar os reflexos das pesquisas
científicas no país e a constituição social e cultural da produção nos diversos campos.
Este poster versará sobre a análise preliminar dos dados correspondentes a pesquisa de
doutoramento em andamento. Para objeto de análise, tomou-se a produção de dissertações de
mestrado e teses de doutorado nas diversas áreas do conhecimento defendidas nos Cursos de
Pós Graduação de Portugal entre os anos de 1997 e 2003 presentes na base de dados da
Biblioteca Nacional.
Tem como objectivo principal, identificar as áreas de conhecimento que produziram
conhecimentos sobre a infância menor de seis anos, dando assim um panorama sobre a condição
dessa produção em Portugal. Considera-se a pequena infância como uma idade particular e
específica, as crianças como cidadãos, detentores de direitos, seres dotados de potencialidades e
capacidades de articularem-se entre si e com outros, sejam estes crianças ou adultos.
A escolha para a selecção das fontes refere-se ao período posterior à promulgação da LeiQuadro nº 5/97 que dispõe sobre a educação pré escolar, fato este considerado um marco na
história da educação para esta idade em Portugal.
Foi com este propósito que defini a abrangência e o recorte da análise, para então fazer a busca
dos dados. Mapear e sistematizar o que a produção discente vem pesquisando sobre a infância
se torna particularmente interessante e importante, pois permite vislumbrar os reflexos das
pesquisas científicas no país e a constituição cultural da produção nos diversos campos.
1
Bolsista Capes/MEC/Brasil e doutoranda em Estudos da Criança no Instituto de Estudos da Criança da
Universidade do Minho. Braga, Portugal.
455
A busca das pesquisas foi realizada a partir de uma série de palavras-chave2, onde utilizei como
fonte de coleta de dados, o banco de teses da Biblioteca Nacional. Essa base de dados
disponibiliza on-line as informações3 referentes às teses de mestrado e doutorado nas diversas
áreas do conhecimento defendidas junto aos Cursos de Pós Graduação do País a partir do ano de
1990 até o ano de 2003. Não foi encontrada outra base de dados organizada on-line que
disponibilizasse as informações referentes a todos os cursos de pós graduação em Portugal.
As palavras-chave utilizadas para a coleta dos dados foram escolhidas com base na
especificidade deste tempo da infância e também em outras investigações4 já realizadas sobre
semelhante problemática.
Foram incluídas todas as teses de mestrado e doutorado que versaram sobre a infância menor de
seis anos nas mais diversas áreas de conhecimento. E excluídas aquelas investigações oriundas
de provas de aptidão pedagógica e capacidade científica, monografias de licenciaturas,
investigações que se referiam a estudos longitudinais que incluíram a faixa etária de 6 anos e a
estendiam para além e aquelas que não definiram a faixa etária. Excluí também as pesquisas
comparativas entre dois países, aquelas que fizeram experimentos com animais, pesquisas com
gestantes, pais, e pesquisas realizadas em outros países e em outras línguas.
Uma primeira leitura direcionada para os títulos, assuntos, e áreas do conhecimento, permitiu a
identificação e a seleção preliminar do material. A segunda etapa, constitui-se da visita à
Biblioteca Nacional em Lisboa para a consulta sobre a faixa etárias nos resumos. A terceira
etapa foi a seleção definitiva do material e a construção de um banco de dados e a alimentação
deste.
A quarta etapa constitui-se da produção de consultas e relatórios, onde se pudesse visualizar as
diversas áreas que produziram conhecimentos acerca dessa parcela da infância em Portugal,
bem como a quantidade de pesquisas, a visualização das universidades e dos Cursos de Pós
Graduação.
Com o intuito de mapear a produção sobre a infância de 0 a 6 anos nas diversas áreas do
conhecimento, foram levantadas um total de 53 pesquisas, onde colhi as seguintes informações:
nome e sobrenome do autor, título da pesquisa, local e data de defesa da pesquisa, tipo de
pesquisa (mestrado ou doutorado), nome do curso de pós graduação e área de conhecimento.
Conforme pode-se observar no quadro abaixo, percebe-se que a produção sobre a infância é
mais significativa nos cursos de mestrado, com um total de 47 investigações, sendo que a
2
Infância, infantil, lactentes, recém nascidos, bebês, bebê, criança, crianças, infante, infantário, miúdos,
putos, educação da infância, amas, sociologia da infância, cultura infantil, creche, creches, jardim de
infância, pré escola, pré escolar, pré escolares, educação infantil, cuidado infantil.
3
Título, assuntos, ano de defesa, programa de pós graduação a que se vincula, área de conhecimento,
cidade onde a investigação foi defendida.
4
Strenzel, 1997; 2000.
456
produção se concentrou mais nos anos de 2000 e 2001 com onze investigações, tendo um
decréscimo no ano seguinte e um ligeiro aumento para três produções em 2003.
Nos cursos de doutorado com cinco investigações. Observa-se que esses cursos estão iniciandose em Portugal, o que denota nestes anos, uma pequena produção nesta área. O total é de 53
investigações.
Quadro Geral do Número de Investigações (1997-2003).
Anos
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Total
Tipo de Documentos
Mestrado
Doutorado
7
7
8
11
11
3
47
1
1
1
1
1
05
Fonte: Banco de Teses da Biblioteca Nacional.
A seguir, para uma melhor visualização das áreas de conhecimentos e os títulos das
investigações, destaco alguns quadros.
Primeiramente, apresento os dados referentes a Universidade do Minho, onde se destacam os
programas de Mestrado nas Áreas de Educação (Psicologia da Educação, Educação para a
Saúde, Educação de Adultos, Psicologia de Educação, Tecnologia Educativa, Desenvolvimento
Curricular, Formação Psicológica de Professores) e Psicologia (Ciências Cognitivas), do
Instituto de Educação e Psicologia.
E em seguida, no Instituto de Estudos da Criança o Mestrado na área de Educação Especial
(Dificuldades de Aprendizagem) e o curso de Doutorado em Estudos da Criança.
A infância também foi alvo de produção de conhecimentos da área de Engenharia Humana, na
mesma universidade.
457
Universidade do Minho
Áreas do Conhecimento
Centros/
Institutos
Educação:
Psicologia da Educação;
LUÍS, Helena Maria Ferreira Moreno (1998) A percepção da relação da educadora com
a criança e o estilo de interacção educativa: contributos para a promoção da qualidade
dos contextos pré-escolares.
Educação para a Saúde;
RAIMUNDO, Filomena Martins Marcos (2003). Acidentes domésticos nas crianças:
contributos para a sua prevenção.
Educação de Adultos;
GARCEZ, Zaida Maria Morais Lima (2001). Crianças educam adultos…
Instituto
de
Educação
e
Psicologia
Psicologia de Educação;
CUNHA, Maria Isabel Santo de Miranda (1997). Atraso ou diferença desenvolvimental:
a aprendizagem e o desenvolvimento em crianças com trissomia 21.
Tecnologia Educativa;
BRAGA, Lídia Maria Peixoto (1999). O olhar através da câmara: a educação para e
com os média em contexto pré-escolar.
Desenvolvimento Curricular;
CRAVEIRO, Maria Clara de Faria Guedes Vaz (1998). Orientações curriculares para a
educação pré-escolar e identidade profissional de educadores de infância.
Formação Psicológica de Professores;
FERNANDES, Paulo Ferreira del Pinto (2000). Dos sons às letras, das letras às
palavras: consciência fonológica em jardim de infância e aprendizagem da leitura no 1º
ciclo.
Psicologia:
Ciências Cognitivas:
LIMA, Cátia Sofia Andrade Gonçalves (2003). Competências numéricas em bebês: um
estudo sobre a capacidade de detectarem transformações aditivas e subtrativas.
ALMEIDA, Alzira Rosa Carvalho de (2003). Sensibilidade numérica em crianças préescolares: um novo paradigma experimental.
Educação Especial-Dificuldades de Aprendizagem;
Instituto
de
Estudos
da Criança
*
CARVALHO, Maria Eugénia da Cunha Correia de (2000). A inclusão na educação préescolar: em torno da colaboração dos educadores.
Estudos da Criança
NUNES, Maria Manuela Costa Carneiro Geraldes (2003). A interacção mães-criança:
estudo comparativo entre crianças com surdez de transmissão e neurossensorial.
(doutorado)
Engenharia Humana
FERREIRA, José Luís Simão (1997). Levantamento de medidas antropométricas de
crianças de 4 e 5 anos para a construção de uma base de dados a ser usada em design e
ergonomia aplicações à ergonomia escolar.
458
* Dados não disponíveis no banco de dados. Fonte: Base de dados da Biblioteca Nacional.
Na Universidade de Évora, nos anos destacados pela pesquisa, há o Mestrado na área de
Educação, como pode ser observado no quadro a seguir.
Já na Universidade de Aveiro, destacam-se os Mestrados nas áreas de Ativação e
Desenvolvimento Psicológico, do Departamento de Ciências da Educação e o curso de
Doutorado na área de Ciências e Tecnologia da Comunicação, do Departamento de
Comunicação e Arte.
E na Universidade de Coimbra, há o curso de Mestrado em Psicologia e Educação do Centro
de Ciências da Educação e o Doutorado da Faculdade de Medicina, como pode ser observado:
Centros/
Instituto
s
*
Universidade de Évora
Áreas do Conhecimento
Educação:
GAMEIRO, Maria Felícia Prudêncio Calado (2000). A importância do diagnóstico de
necessidades diferenciadas de educação para a organização de uma pedagogia de ajuda
na educação de infância: estudo da correspondência entre as necessidades educativas das
crianças e as estratégias de intervenção desencadeadas pelos educadores.
Centros/
Instituto
s
Departam
ento de
Ciências
da
Educação
Departam
ento de
Comunic
ação e
Arte
Centros/
Instituto
s
Faculdad
e de
Medicina
Ciências
da
Educação
Universidade de Aveiro
Áreas do Conhecimento
Ativação e Desenvolvimento Psicológico:
LIBÓRIO, Ofélia A. Oliveira Dias (2000). Perspectivas de educadores e crianças sobre o
jogo (brincadeira) no contexto educacional do jardim de infância.
Ciências e Tecnologia da Comunicação (doutorado)
LOPES, Maria da Conceição de Oliveira (1998). Comunicação e ludicidade na formação
do cidadão pré-escolar.
Universidade de Coimbra
Áreas do Conhecimento
*
CANHA, Jeni (2000). Criança maltratada: o papel de uma pessoa de referência na sua
recuperação: estudo prospectivo de 5 anos. (doutorado)
Psicologia e Educação:
CARVALHO, Maria de Lurdes Dias de (1997). Educação na 1ª infância: onde, como e
porquê?: organização do ambiente e desenvolvimento do processo.
* Dados não disponíveis no banco de dados.
Fonte: Base de dados da Biblioteca Nacional.
459
Na Universidade Aberta de Lisboa, o curso de Mestrado em Relações Interculturais aparece
como uma área diferenciada, em conjunto com Engenharia Humana da UMINHO e com o
curso de Doutorado na área de Ciências e Tecnologia da Comunicação, do Departamento de
Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.
Universidade Aberta de Lisboa
Áreas do Conhecimento
Centros/
Institutos
Relações Interculturais:
*
AFONSO, Olga Maria Guerreiro da Palma Afonso (1999). A dimensão intercultural em
contexto pré escolar: contributo para uma melhor articulação do pré escolar ao 1º ciclo
do ensino básico.
ROSA, Balbina Maria Curvilho Amaro da Silva (1998). A criança deficiente na sua
família: educação e interações familiares numa perspectiva psico-sócio-cultural.
Universidade de Lisboa
Áreas do Conhecimento
Centros/
Institutos
História Regional e Local;
*
SANTOS, Graça Maria de Abreu Arrimar Brás dos (2001). A assistência da Santa Casa da
Misericórdia de Tomar: os expostos 1799-1823.
GOUVEIA, Maria da Luz Ferreira (2001). O Hospital Real dos Expostos de Lisboa (17861790): aspectos sociais e demográficos.
Psicologia Clínica;
PIRES, Isaura Paula Nunes (2001). Relação mãe-criança, ambiente prisional e
irritabilidade materna.
Saúde Escolar;
HORTA, Maria Alice Dias dos Santos Ferreira (2000). Otite serosa: repercussões na vida
da criança.
Ciências
da
Educação
Teoria e Desenvolvimento Curricular:
LEANDRO, Maria Elisa dos Santos Diogo (1997). Irene Lisboa educadora: caminhos e
(des)caminhos da educação da infância.
Administração Educacional:
HOMEM, Maria Luísa Fernandes (1998). A participação dos pás na educação pré escolar:
um estudo de caso numa instituição particular de solidariedade social.
* Dados não disponíveis no banco de dados.
Fonte: Base de dados da Biblioteca Nacional.
460
Novamente outra área de conhecimento surge no campo das investigações sobre a infância
portuguesa, como pode ser observado no quadro acima. Na Universidade de Lisboa, o Mestrado
na área de História Regional e Local e o Mestrado em Saúde Escolar. Também aqui a área da
Psicologia Clínica se faz presente nas investigações da Pós Graduação dessa Universidade.
Ainda na Universidade de Lisboa, no Centro de Ciências da Educação há o curso de Mestrado
nas áreas de Teoria e Desenvolvimento Curricular e Administração Educacional.
Em outra universidade lisboeta, a Universidade Técnica de Lisboa, há os cursos de mestrado
nas áreas de Educação Especial, Desenvolvimento da Criança/Desenvolvimento Motor,
Economia e Política Social. E na Faculdade de Motricidade Humana, os cursos de Mestrado
nas áreas de Ciências da Educação, Desenvolvimento da Criança. Na mesma Universidade, o
curso de doutorado em Motricidade Humana.
Na Universidade Nova de Lisboa, o curso de Mestrado na área de Antropologia, como destacase a seguir:
Universidade Técnica de Lisboa
Educação Especial:
*
MATEUS, Ana Maria de Campos e Olivença Curado (1999). Interacção e actividade
simbólica:estudo comparativo da interacção, em situação de jogo simbólico, nas díades
mãe-criança e educadora-criança, em crianças com síndroma de Down.
Economia e Política Social:
*
SOUZA, Francisco Prata (1997). Educação pré escolar: benefícios e limites.
Caracterização da situação em Portugal.
Desenvolvimento da Criança/Desenvolvimento Motor:
NUNES, João Paulo Batalim (1999). O desenvolvimento psicomotor de crianças em
contexto prisional.
Nova de Lisboa
Antropologia:
*
AIRES, Ana Maria Levy (1998). Práticas e processos de reconhecimento do gosto
alimentar na infância.
* Dados não disponíveis no banco de dados.
Fonte: Base de dados da Biblioteca Nacional.
461
No Instituto Superior de Psicologia Aplicada ainda em Lisboa, apresenta-se os cursos de
mestrado nas áreas de Psicologia Educacional e Psicopatologia e Patologia Clínica.
Instituto Superior de Psicologia Aplicada
Psicologia Educacional:
*
FIGUEIREDO, Carla Alexandra Guerra de Oliveira (2000). Desenvolvimento
social da criança sobredotada.
AMBRÓSIO, Sofia Isabel de Bastos (1999). O processo de conquista de autonomia
em crianças de idade pré-escolar: contributo para a análise das práticas
educativas em contexto escolar.
Psicopatologia e Patologia Clínica:
REIS, Nuno Miguel (2000). O desenvolvimento de bebés em instituição.
CASTELO, Isabel Cristina Machado Bicha (2001). Calvin e Hobbes ou o limbo das
coisas semi-esquecidas: estudo exploratório da posse dos objectos privilegiados da
primeira infância.
FERREIRA, Teresa Heitor (2001). Viagens adiadas ao sexto continente:
repercussões dos afectos no desenvolvimento de crianças institucionalizadas.
* Dados não disponíveis no banco de dados.
Fonte: Base de dados da Biblioteca Nacional.
Na cidade do Porto, são duas Universidades que apresentam conhecimentos produzidos acerca
da infância. A Universidade do Porto e a Universidade Portucalense.
Na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, encontrei
dissertações de Mestrado nas áreas Psicologia do Desenvolvimento e Educação da Criança,
Psicologia do Desenvolvimento/Intervenção Precoce e Psicologia.
Na Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, a área de Actividade Física
Adaptada produziu conhecimentos sobre a infância.
Na Faculdade de Letras a área de História Contemporânea. E o curso de doutorado do
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
A Universidade Portucalense o curso de Mestrado em Administração e Planificação da
Educação apresenta conhecimentos sobre a infância.
462
Universidade do Porto
Áreas do Conhecimento
Centros/
Institutos
Psicologia do Desenvolvimento e Educação da Criança:
CARDOSO, Ana Margarida Izeda Mesquita (2000). Qualidade da vinculação e
funcionamento metacognitivo na criança de idade pré-escolar.
ZÃO, Maria Emília Pinto Vilarinho Rodrigues de Barros (1997). A educação da
criança e o papel do Estado na definição e desenvolvimento da educação préescolar em Portugal.
ALMEIDA, Maria Angelina Rocha Teixeira de (2001). Do ofício de criança ao
ofício de aluno: contributos para a reflexão da educação de infância.
Faculdade de
Psicologia e
Ciências da
Educação
FERNANDES, Maria das Dores Afonso (2001). Subsídios para a caracterização
de programas de intervenção precoce implementados pelas equipas de apoios
educativos na região de Trás-os-Montes
Psicologia do Desenvolvimento/Intervenção Precoce:
OLIVEIRA, Fernanda Maria Xavier da Silva (1999). O jogo da criança com
síndrome de Down no contexto da família: um estudo exploratório.
VERÍSSIMO, Ana Maria Pires Gonçalves (1999). Mau trato intra - familiar por
negligência : estudo de caso "A canalhinha não tem culpa".
LIMA, José Albino Rodrigues (2001). Processos de socialização da criança em
idade pré escolar: estudo exploratório sobre o envolvimento paterno.
SOBRAL, Filomena Maria Pacheco Alves da Costa (2001). A surdez: estratégias
de intervenção precoce.
Psicologia:
AMORIM, Maria Emília Moreira (2000). Detecção de atrasos de linguagem em
idade pré-escola: validação do questionário "linguagem e comportamento aos três
anos e meio".
Faculdade de
Ciências do
Desporto e de
Educação Física
Faculdade de
Letras
Instituto de
Ciências
Biomédicas Abel
Salazar.
Actividade Física Adaptada:
FERREIRA, Maria Teresa F. R. Gonçalves Cerejeira P. (1998). A definição de
esquema corporal e a importância do seu significado em psicopatologia infantil.
História Contemporânea:
SIMÕES, João Alves (1999). Os expostos da roda de Góis, 1784-184.
*
GONÇALVES, Olga Mayan (1997) .A criança e o chumbo. (doutoramento)
Universidade Portucalense
Administração e Planificação da Educação:
*
PALMARES, Isabel Maria de Sá Couto (2000). Educação de infância: a acção
educativa de qualidade promotora do encontro e encanto pela vida.
* Dados não disponíveis no banco de dados.
Fonte: Base de dados da Biblioteca Nacional.
463
Observando atentamente os locais onde foram produzidas as teses e dissertações, destacam-se as
universidades situadas na capital Lisboa com suas cinco universidades (Universidade Técnica,
Nova, de Lisboa, Aberta, Instituto Superior de Psicologia Aplicada) seguida da cidade do Porto,
com suas duas universidades (do Porto e Portucalense) e a cidade de Braga, com a Universidade
do Minho. As cidades de Évora, Aveiro e Coimbra e suas universidades, também apareceram na
coleta dos dados.
Sobre os centros, institutos ou faculdades de onde se originaram as investigações, ganham
destaque a área da Educação, seguida da área da Psicologia. Estas duas se intercruzam em
vários programas de mestrado ou doutorado oferecidos pelas Universidades. Estes dados
encontram paralelos com investigação5 realizada no Brasil.
As áreas Educação Física e Motricidade Humana, Medicina, Comunicação e Arte, Letras,
História Contemporânea, Antropologia, Economia e Política Social, Relações Interculturais e
Engenharia Humana são aquelas que inauguram investigações sobre a temática infância,
alargando as possibilidades de conhecer mais sobre a/ para a criança.
Não pretendi com este levantamento esgotar o campo de conhecimento “infância menor de 6
anos” mesmo porque acredito que num trabalho de recolha mais minucioso, pesquisando
diretamente nas bibliotecas de todas as universidades portuguesas, o número de investigações
aumentará sensivelmente.
Por hora, este levantamento inicial permite apresentar um panorama geral sobre a produção
discente. Destaco também que para levar a investigação adiante e entender os determinantes da
produção discente de cada Universidade, se torna salutar traçar a história do desenvolvimento
dos Cursos de Pós Graduação Portuguesa, levantar as linhas de pesquisa das universidades, a
história da infância no País.
São linhas de ações conjuntas que formarão o todo, permitindo assim entender porque se
pesquisa, não se pesquisa ou ainda, o que se pesquisa em cada campo do conhecimento. Pode-se
também, a partir desses determinantes, observar qual o conhecimento já construído e as lacunas
de conhecimento ainda por serem investigadas.
A intenção que se colocou neste levantamento foi vislumbrar quais as áreas do conhecimento
que tiveram como foco principal a infância menor de seis anos e suas relações.
5
Strenzel, 2000.
464
Bibliografia:
BIBLIOTECA NACIONAL. www.bn.pt
PORTUGAL Lei Quadro 5/97 que dispõe sobre a Educação Pré Escolar.
STRENZEL, G.R. (2000) A Educação Infantil na Produção dos Programas de PósGraduação em Educação no Brasil: Indicações das Pesquisas para a Educação da
Criança de 0 a 3 anos. Florianópolis. Dissertação (Mestrado em Educação) UFSC.
465
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A Pequena Infância Presente nos Discursos Científicos Acadêmicos