64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR DE UMA POPULAÇÃO DE PHYSALIS
COLETADA EM IBIRAIARAS-RS VISANDO SELEÇÃO DE GENÓTIPOS
SUPERIORES: FRUTOS E SEMENTES
Maria Tereza B.Soster¹*, Verônica Pellizzaro¹, Aline Lopes¹, Elaine Dalbelo¹
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. *[email protected]
Introdução
O centro de origem e diversidade das espécies de
Physalis sp., uma pequena fruta, é sabidamente Equador,
Colombia e Bolívia, e se difundiu pelo mundo, por seu
valor agronômico e medicinal, sendo uma ótima
alternativa para pequenos agricultores por seu alto valor
agregado. No sul do Brasil, levantou-se as principais
pesquisas realizadas sobre Physalis, e verificou-se
análises de exemplares em herbários para conferência
das espécies coletadas no sul do Brasil, tendo as mais
descritas são P. angulata, P. pubescens e P. peruviana.
Quanto à propagação de plantas, verificou-se que por
sementes é a mais utilizada, mas que as Physalis podem
ser propagadas via folha, pois conseguem enraizar.
Verificaram que as melhores temperaturas para
germinação das sementes ficam em torno de 25ºC, e que
os ciclos da planta ficam em torno de 4 meses. e que a
germinação das sementes é superior a 85% [1]. No
Brasil, existem vários genótipos cultivados, e não se sabe
exatamente qual é superior sob o ponto de vista
agronômico. O objetivo desse trabalho é realizar uma
caracterização preliminar para essa população de
Physalis visando características relevantes para a
seleção de plantas de genótipos superiores.
Metodologia
Os frutos foram recebidos em junho de 2013 e
caracterizados quanto diâmetro e altura, com régua, os
dados foram submetidos a ANOVA, e teste Tukey 5%. As
sementes foram separadas e colocadas em papel
germitest para germinar a 22ºC em Câmara BDO por 15
dias. As sementes germinadas foram colocadas em
bandejas para avaliar-se o crescimento, e mantidas em
BDO a 22ºC. As plantas serão caracterizadas
morfofisiologicamente na sequência.
Resultados e Discussão
Observou-se nessa população, germinação de 78%,
compatível com o encontrado para a espécie. A
temperatura de 22ºC parece ser adequada para a
germinação. Os
frutos
se caracterizaram
por
REDONDOS, não tendo diferenças significativas entre
diâmetro e altura (Tukey 5%), com média de 1,65 cm de
diâmetro e 1,68 cm de altura (Figura 1). Os frutos de
Physalis são muito aromáticos. Apresentavam maturação
uniforme e coloração amarelo, sendo que em relação ao
amadurecimento [2], de acordo com a coloração do
cálice, considera-se 1 (verde), 2 (verde-amarelado), 3
(amarelo-esverdeado), 4 (amarelo) e 5 (amareloamarronzado), que pode ser relacionado com os teores
de compostos fitoquímicos (carotenóides e fenóis totais)
antioxidantes.
Figura1. Avaliação dos frutos de Physalis
Assim, os frutos avaliados não estavam em plena
maturação. O número de sementes por fruto foi superior a
100. Observou-se 10% dos frutos com um distúrbio
fisiológico que rachou os frutos na sua casca. As
plântulas ainda estão sendo avaliadas. E 10%
apresentaram danos por insetos, sugerindo que a
capsula que o envolve, não ofereça proteção total.
Conclusões
Para esse trabalho preliminar, observou-se que os frutos
dessa população são redondos, prolíferos, aromáticos, e
com maturação uniforme. Como um trabalho de iniciação
científica exploratório, percebe-se que muitos outros
aspectos podem ser observados a fim de caracterizar a
planta para selecionar genótipos superiores, objetivo
desse trabalho.
Agradecimentos
Ao IFRS-Campus Sertão pela concessão de bolsas.
Referências Bibliográficas
[1] MUNIZ, J.; KRETZSCHMAR, A. A.; RUFATO, L. Cultivo de
Physalis peruviana L.: uma nova alternativa para pequenos
produtores. Jornal da Fruta, Lages, Ano XVIII, n. 228, p. 22, jun.
2010.
[2] SEVERO, J.; LIMA, C. S. M.; COELHO, M. T.; RUFATTO, A.
De R.; ROMBALDI, C. V.; SILVA, J. A. Atividade antioxidante e
fitoquímicos em frutos de physalis (Physalis peruviana, L.)
durante o amadurecimento e o armazenamento.
Revista
Brasileira de Agrociência, Pelotas, v.16, n.1-4, p.77-82,2010.
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Resumo - Sociedade Botânica do Brasil