atletismo 26/02/2014 15h35 - Atualizado em 26/02/2014 15h36 COB e CBAt divulgam plano visando 2016, mas não prometem medalhas Comitê nacional vê atletismo como ‘ponto de atenção’ e implementa plano emergencial da confederação Por Marcos GuerraSão Paulo 1 comentário O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgaram, nesta quarta-feira, o programa conjunto para a equipe brasileira da modalidade. Para contornar o prazo curto até as Olimpíadas de 2016 - faltam pouco menos de 900 dias -, as duas entidades uniram forças para investir em atletas que já apresentaram potencial de chegar aos Jogos do Rio de Janeiro em condições de brigar por medalhas. Um total de 42 atletas vai ganhar suporte especial para ter a preparação ideal nos próximos dois anos e meio. No entanto, COB e CBAt não prometem que os investimentos resultem em medalhas nas Olimpíadas. As entidades miram uma evolução no número de finalistas. - Não estamos prometendo medalhas. Temos isso como objetivo, mas garantimos um trabalho duro de todos que estão envolvidos no sentindo de que consigamos chegar às Olimpíadas com condições de medalhas e de participações em finais - disse Jorge Bichara, gerente geral de performance esportiva do COB. Na foto: Jorge Bichara (do COB), o presidente Toninho e o superintendente Antonio Carlos Gomes (Foto: Marcos Guerra) Os brasileiros não subiram ao pódio durante o Mundial de Moscou, no ano passado. A delegação também saiu zerada as Olimpíadas de Londres, em 2012. Como a modalidade tem um histórico de conquistas olímpicas, sendo a última o ouro no salto em distância de Maurren Maggi, o COB admite que acompanha o atletismo com o sinal de alerta aceso. - Não viemos de medalha em Londres. Isso é um ponto de atenção. As modalidades que conquistam medalhas e deixam, criam um ponto de atenção. Precisamos recuperar essa medalha e mantê-la. Redobro a atenção com quem ganha e triplico com quando preciso recuperar esse resultado - disse Bichara. O lançamento do programa nesta quarta-feira foi apenas simbólico, uma vez que ações estão em andamento desde 2009, quando o Rio de Janeiro foi escolhido como sede das Olimpíadas de 2016. No ano passado, o plano foi reformulado pela gestão da CBAt, recém-empossada na ocasião. Os brasileiros na elite internacional ganharam apoio para treinamentos e competições no exterior, além da consultoria de técnicos em algumas provas, como as combinadas (decatlo e heptatlo) e o salto com vara. Neste ano, o programa da CBAt ofereceu às velocistas do 4x100m a possibilidade de residir e treinar em Miami – Rosângela Santos, Evelyn Santos e Tamiris Liz estão nos Estados Unidos, enquanto Ana Claudia Lemos e Franciela Krasucki preferiram apenas fazer acampamentos no local. Além disso, o revezamento 4x400m masculino ganhou a consultoria do americano campeão olímpico Michael Johnson. A próxima prova contemplada será a dos 110m com barreiras, que ganhará a consultoria de um técnico cubano. Rosangela Santos é uma das atletas que estão treinando em Miami, nos EUA (Foto: Agência Reuters) O COB investirá cerca de R$ 2 milhões por ano no programa do atletismo. A CBAt ainda tem no orçamento anual R$ 6,5 milhões do Plano Medalhas do Ministério do Esporte, cerca de R$ 3,8 da Lei Agnelo Piva e R$ 16 milhões do patrocínio da Caixa. As promessas das categorias de base também estão sendo contempladas pelo programa, para que não seja necessário um plano emergencial a cada edição de Olimpíadas. O número de atletas beneficiados pode crescer ou diminuir. Tudo depende de um monitoramento constante da CBAt e do COB para avaliar as performances dos brasileiros. Provas selecionadas para o programa neste momento: 1 - 4x100m feminino (10 atletas) 2 - Salto em distância masculino (02) 3 - Salto com vara masculino (02) 4 - Salto com vara feminino (01) 5 - 4x400m masculino (09) 6 - Decatlo (02) 7 - 4x100m masculino (08) 8 - Maratona masculino (04) 9 - Salto triplo feminino (01) 10 - Arremesso de peso feminino (01) 11 - Salto triplo masculino (02)