SINOPSE Havia uma mulher na localidade do bairro córrego, mas não uma mulher qualquer, essa seria uma mulher misteriosa. Grávida, esta mulher costumava caminhar ao andar no parque ao ar livre. Certo dia em uma dessas caminhadas algo surpreendente aconteceu. A mulher estava por completar o caminho de volta a sua residência. Sentindo um incômodo estranho em seu corpo e uma terrível sensação que algo de ruim estaria por vir... Ela perderia seu bebê. Após esse trágico incidente essa torna uma pessoa depressiva e em seguida tira a sua própria vida. Desde então ouve-se relatos de possível aparições da tal mulher nas imediações da localidade, deixando a população com muito medo. A MULHER QUE CHORA Havia uma mulher na localidade do Córrego. [morena, cabelos lisos e longos, olhos pretos e tristes, baixa estatura] Mas não uma mulher qualquer, essa seria uma mulher misteriosa. [não costumava se relacionar com vizinhos ou qualquer pessoa da comunidade] Grávida, esta mulher costumava caminhar no parque, ao ar livre. Certo dia, em uma dessas caminhadas, algo surpreendente aconteceria. A mulher estava por completar o percurso diário, mas ao final do percurso ela sentiu algo estranho. De imediato, ela pega o caminho de volta para sua casa. Mas ela volta a sentir um grande incômodo e uma estranha sensação que algo de ruim estaria por vir. (Ela perderia seu bebê) Chegando na sua casa sentindo muitas dores, ela se dirige ao banheiro em passos curtos e lentos, com lágrimas nos olhos percebe que seu bebê não mais nasceria. [ela estava sofrendo um aborto]. Muito decepcionada, implora à Deus que aquela não fosse sua realidade. A mulher dizia: -Ó meu Deus, por que deixaste algo tão triste acontecer em minha vida? Os dias se passaram e sua tristeza só aumentava, aquela angústia de uma dor que nunca iria passar, só crescia tomando maior espaço dentro do seu coração. As pessoas por ali não mais viam a mulher fazendo suas caminhadas habituais. Os vizinhos comentavam: -Por onde anda nossa vizinha? O que aconteceu com ela, que não fez mais suas caminhadas? E aquela dúvida não tinha fim. Os dias se passaram então a vizinhança resolveu ir até á casa da “tal” mulher. Chegando lá, encontraram muita sujeira pelo chão e no seu quarto, além da sujeira estava ela deitada em uma cama bagunçada, com lençóis sujos e mal cheirosos. Sua aparência era triste. Ao ver que seus vizinhos realmente se importavam com ela, passou na dialogar com os mesmos naquele momento, mas suas palavras eram apenas: - por que Deus permitiu? Por que Deus permitiu? E como uma súplica aos céus ela passa a conversar com Deus: - Ó meu Deus! Meu filho tu levastes há um tempo e hoje o destino me coloca uma “prova de fogo”de frente a frente, uma mulher realizada, sendo que eu queria ter a oportunidade de dar a grande notícia aos meus amigos e familiares mas, infelizmente não poderei concretizar meu sonho e só o que me resta é a cruel dúvida: Por quê justo comigo? Não vou conseguir aceitar tal fato, um pedaço de mim hoje está contigo ó Deus. Os dias se passaram e junto deles, a esperança. D’aquele dia ela jamais esqueceria. Então a depressão passa a ser uma aliada para a mulher tornando-a novamente uma pessoa incomunicável, até que alguns anos se passaram após todo esse trágico momento. Ninguém mais à via por ali. As pessoas se prontificam em reunirem-se para tentar ajudá-la. Os vizinhos não esperavam pelo que estava por vir. Após insistirem exaustivamente em chamarem por ela perceberam que algo atípico estava acontecendo, nenhum movimento, nenhuma reação, nada, ninguém... O desespero contaminava os que estavam presentes. A porta deveria ser arrombada. Mas, uma surpresa, a porta não estava trancada. Alguns entram, reparam,procuram e se apavoram. Eles acabam de presenciar um cenário onde o espetáculo seria de horrores. Um quarto revirado, um tapete virado, uma cama com lençóis vermelhos de sangue. Ela cometeu suicídio. Tristes e desolados, os vizinhos se despedem d’aquela que poderia ter tido a vida de qualquer um deles. Após esse fatídico incidente a população fica atônica com tamanha proporção. Em pouco tempo a história tomaria novos rumos. A cidade tomaria conhecimento do fato ocorrido na localidade do Córrego. Anos após a história ter se passado vigorosamente pelos ares da localidade algo estranho passou a acontecer com uma exaustiva e tendenciosa freqüência. Rumores sobre a aparição da mulher pairam sobre a vizinhança. Relatos sobre a possível visita da “mulher misteriosa” se intensificam. As crianças passam a serem assombradas por esses rumores. A dimensão das vivências foi o suficiente para torná-la uma “lenda urbana” amedrontando a população. Segundo relatos, é possível ouvir os prantos da mulher todos os dias ao chegar à meia-noite. Segundo moradores a mulher chora a morte de seu filho amaldiçoando todos os que lhe fizeram-na mal algum dia. Reza a lenda que a mulher misteriosa sempre depois que percorre as ruas chorando a perda de seu filho ela para em uma encruzilhada e supostamente segura uma criança e oferece a quem passar no momento. Esse fato ocorreu uma vez segundo um morador da própria localidade. Ele relata que após voltar de uma festa com um amigo pelo caminho já podia se perceber um ar sombrio, algo muito estranho rondava aquela madrugada. Então se deparam com uma figura de uma mulher melancólica pedindo ajuda. Ela chorava muito e segurava uma criança nos braços. À medida que ela se aproximava dos dois moradores ela sumia em meio à neblina. Foi então que perceberam que se tratava da lenda urbana. E algo ela teria deixado desde a última aparição.