PÁG. 6 l DIA A DIA l EDIÇÃO: 18/04/2010 DATA DE ENVIO: 17/04/2010 — 20: 53 h 6 DIA A DIA AZUL - MAGENTA - AMARELO - PRETO DIÁRIO DE S. PAULO DOMINGO, 18 DE ABRIL DE 2010 Funeral tem doce e lembrancinha Empresa funerária de luxo faz velório com transmissão pela internet, bufê e bem-velado aos visitantes SAIBA MAIS UM DOS AMBIENTES da Funeral Home: última despedida com requinte, conforto e lembrancinhas Custo do luxo também é diferenciado Fazer um velório requintado é caro. Mas para quem não pretende gastar demais, o pacote mais barato, apenas com a sala e o buffet, sai por R$ 2.500. Porém, um plano mais completo, com a decoração de flores e o tratamento do corpo, pode variar entre R$ 8 mil e R$ 10 mil. Tem gente que vem aqui e diz quanto pode gastar. Aí nós vemos o que dá para incluir por aquele preço, ameniza Marta Maria Alcione Pereira, responsável pela Funeral Home. No Serviço Funerário Municipal, o pacote mais caro sai por R$ 12.398,70, mas há enterros gratuitos para famílias de baixa renda. l DIA A DIA l EDIÇÃO: 18/04/2010 passa distraído pelo casarão de 1928 na Rua São Carlos do Pinhal, na Bela Vista, imagina que naquela mansão, toda restaurada, a uma quadra da Avenida Paulista, seja a sede de alguma instituição de arte moderna ou um restaurante de alta gastronomia. Mas ali funciona uma empresa funerária de luxo, que promete mais requinte e conforto para a cerimônia de despedida de alguém. A Funeral Home foi fundada em setembro de 2008 e tem inspiração nos velórios americanos. “A gente organiza tudo. Tira as dificuldades do momento para os familiares”, explica Marta Maria Alcione Pereira, uma das responsáveis pelo local, que foi conhecer casas semelhantes em Miami e Nova Iorque, nos Esta- DANIEL PALHAIS/DIÁRIO SP PÁG. 6 aa Quem — versão fúnebre do “bem-casado”, tradicional doce distribuído em festas de casamento. A empresa também faz vídeo de retrospectiva do morto, possibilita a transmissão do velório pela internet e faz tratamento estético no cadáver. O casarão tem ainda uma capela e sala com televisão e computadores com acesso à internet. “Tenho certeza que durante a Copa do Mundo essa sala vai ficar cheia. Você não está desrespeitando, está continuando”, diz Marta, que garante que nunca ouviu ninguém torcendo em voz alta durante os jogos. A tendência nas cerimônias de despedidas, segundo ela, são os enterros apenas para os mais chegados. “Os amigos fazem as homenagens no velório e deixam o enterro para a família mesmo. Não é regra, mas tem acontecido cada vez mais”, diz. AZUL - MAGENTA - AMARELO - PRETO [email protected] dos Unidos, e em Buenos Aires, na Argentina, antes de oferecer o serviço em São Paulo. A mansão tem capacidade para quatro velórios simultâneos, em salas com sofás, cadeiras e bufê. Mas se a família quiser algo mais pessoal, a empresa também organiza a cerimônia na casa do falecido. “A gente faz tudo o que precisar: marcamos a missa, fazemos anúncio no jornal, ligamos para os familiares avisando sobre a morte. Se algum parente tiver que assinar alguma papelada no cemitério, a gente leva e depois traz de volta”, conta Marta. Um detalhe: o carro à disposição do cliente é uma Mercedes-Benz E 430. Mas há outros mimos para o funeral. “Lembrancinhas” como uma rosa para cada convidado, santinhos, vidrinhos com velas aromáticas e até o “bem-velado” DATA DE ENVIO: 17/04/2010 — 20: 53 h THIAGO CALIL