MÉTODOS NUMÉRICOS Engenharia CIVIL EXERCÍCIOS TEÓRICO-PRÁTICOS Ano lectivo de 2007/2008 Eng. Civil - Métodos Numéricos - 1 A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 1 Erros. Solução de uma equação não linear. 1.1 O resultado de uma operação não tem necessariamente o mesmo número de algarismos significativos do que as parcelas. Comprove a afirmação, calculando x+y com x = 0.123 × 104 e y = 0.456 × 10−3 . 1.2 Para x = 0.433 × 102 , y = 0.745 × 100 e z = 0.100 × 101 , calcule usando aritmética de três algarismos significativos (a) x + y y (b) x (c) xz Quantos algarismos significativos apresentam os resultados? Estime os erros de arredondamento cometidos. 1.3 Calcule um limite superior do erro absoluto no cálculo da expressão f (x, y, z) = 2xy +z x2 Sabendo que são usados os seguintes valores aproximados: x = 3.1416 de π √ y = 1.732 de 3 √ z = 1.4142 de 2 Estime também o erro relativo em f . 1.4 Calcule um limite superior do erro absoluto no calculo da expressão f (x, y, z) = −x + y 2 + sen(z) sabendo que sao usados os seguintes valores aproximados: x = 1.1 (δx = 0.05); y = 2.04 (δy = 0.005); z = 0.5rad. (δz = 0.05). Quantos algarismos significativos apresenta o valor calculado de f ? 1.5 (TPC) Uma corrente eléctrica atravessa uma resistência (R) de 20Ω. A resistência foi medida com um erro relativo que não excede 0.01. A intensidade da corrente (I) é 3.00 ± 0.01A. Sabendo que a tensão da corrente é dada por V=RI, determine um limite superior do erro absoluto no cálculo da tensão da corrente. Quantos algarismos significativos garante para o valor calculado da tensão? √ 2 1.6 (TPC) Seja A = 3 23a a área de um hexágono regular de lado a. Seja 1m o valor √ aproximado para o lado do hexágono. Considerando um valor aproximado de 3 com quatro algarismos significativos, com que aproximação se deve medir o lado de modo a que o limite superior do erro absoluto no cálculo da area não exceda 100cm2 ? Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 2 1.7 Pretende-se calcular a área de um círculo, de raio aproximadamente igual a 25cm, com erro absoluto que em modulo não excede 0.5cm2 . Com que aproximação se deve medir o raio do círculo e quantos algarismos significativos se devem usar no valor aproximado de π? 2 Zeros de funções 2.1 Localize através do método gráfico as raízes das equações não lineares em x: (a) f (x) ≡ x3 − 3x + 1 = 0; (b) f (x) ≡ sen(x) + x − 2 = 0; (c) f (x) ≡ ex + x − 1 = 0; (d) (AULA)f (x) ≡ x + ln(x) = 0. 2.2 A equação 1 f (x) ≡ 1 + (sec (x)) 2 − tg (x) = 0 surge na teoria das reacções nucleares e tem várias raízes. Calcule a raiz que pertence ao intervalo [1, 1.5] usando um método iterativo que não precise do cálculo das derivadas. Pare o processo iterativo quando o critério de paragem for verificado para ε1 = ε2 = 0.05. 2.3 (TPC) Baseado num trabalho de Frank-Kamenetski, em 1955, a temperatura no interior de um material, quando envolvido por uma fonte de calor, pode ser determinada se resolvermos a seguinte equação não linear em x: √ e−0.5x = 0.5L cosh(e0.5x ) Para L = 0.088, calcule a raiz da equação, usando um método que não recorra a derivadas. Tome como aproximação inicial o intervalo [−1, 0] e pare o processo iterativo quando o critério de paragem for verificado para ε1 = 0.5 e ε2 = 0.1, ou ao fim de 2 iterações. Nota: cosh(y) = ey +e−y 2 2.4 (TPC) Considere a equação não linear f (x) ≡ x + ln(x) = 0 que tem uma única raiz. Sabe-se que esta pertence ao intervalo [0.5, 1.0]. (a) Determine uma aproximação a essa raiz através do método de Newton. Considere no critério de paragem ε1 = 0.005 e ε2 = 0.0005. (b) Repita o processo, para o método de Newton, tomando agora x1 = 3.0. Que conclusões pode tirar desta implementação? 2.5 (AULA) Uma bola esférica de raio r = 10 cm feita de uma substância cuja densidade é ρ = 0.638, foi colocada num recipiente com água. Calcule a distância x da parte submersa da bola sabendo que π x3 − 3x2 r + 4r 3 ρ f (x) ≡ =0 3 usando o método de Newton. Pare o processo iterativo quando o critério de paragem for verificado para ε1 = ε2 = 0.001, ou ao fim de 3 iterações. Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - 3 Departamento de Produção e Sistemas = − + 2.6 (AULA) Considere a figura ao lado que representa um lago. h é a profundidade do lago, A(h) = 4.7h é a área da secção molhada, P (h) = 4 + 2h representa o perímetro molhado, R(h) é o raio hidráulico dado por PA(h) (h) , S = 0.001 (inclinação longitudinal do lago), v = 0.02 (parâmetro de rugosidade da superfície do lago) e Q = 12.2 (vazão do lago). Pretende-se determinar a profundidade h do lago pela aplicação da equação de Manning para verificação da capacidade da vazão de lagos: 2 1 A(h) R(h) 3 S 2 Q= . v Sabendo que h ∈ [1, 2], utilize o método mais adequado, considerando no critério de paragem ε1 = 10−1 e ε2 = 10−2 (2 iterações). 2.7 (TPC) A equação a(x) = 2.02x5 − 1.28x4 + 3.06x3 − 2.92x2 − 5.66x + 6.08 25 20 15 a'(x), velocidade de propagação é usada num estudo do comportamento mecânico de materiais, sendo a(x) o comprimento da fissura e x (positivo) representa uma fracção de ciclos de propagação. Pretende-se saber para que valores de x é nula a velocidade de propagação. Utilize um método que não recorre ao cálculo de derivadas, usando no critério de paragem ε1 = ε2 = 10−3 , ou no máximo 3 iterações. 10 5 0 -5 -10 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 x, número de ciclos de propagação 0.6 0.8 1 Eng. Civil - Métodos Numéricos - 3 A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 4 Sistemas de equações lineares 3.1 (AULA) Dada a matriz 2.4 6.0 −2.7 5.0 −2.1 −2.7 5.9 −4.0 A= 3.0 5.0 −4.0 6.0 0.9 1.9 4.7 1.8 e o vector b = (14.6, −11.4, 14.0, −0.9)T . (a) Resolva o sistema correspondente por um método directo e estável. (b) Calcule o determinante da matriz A por um método directo e estável. (c) Calcule A−1 usando o método de eliminação de Gauss com pivotagem parcial. 3.2 (TPC) A aplicação da lei de voltagem nos nós para o circuito apresentado na figura resulta no seguinte sistema linear: 17V 1 − 8V 2 − 3V 3 = 480 −2V 1 + 6V 2 − 3V 3 = 0 −V 1 − 4V 2 + 13V 3 = 0 (a) Resolva o sistema por um método directo e estável. (b) Calcule a inversa e o determinante da matriz dos coeficientes do sistema linear. 3.3 (TPC) Considere o sistema x1 + 0.5x2 + 0.5x3 = 2 0.5x1 + x2 + 0.5x3 = 2 0.5x1 + 0.5x2 + x3 = 2 (a) Use o método iterativo de Gauss-Seidel para calcular a solução, com uma precisão (em termos relativos) igual a 0.3. (b) Estude a convergência através das condições suficientes. 3.4 (AULA) Considere o sistema 2x1 + x2 + x3 = 5 2x1 + 3x2 + x3 = 9 x1 + x2 + 3x3 = 6 Estude a convergência do método de Gauss-Seidel através das condições suficientes. Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 5 3.5 Considere a matriz dos coeficientes de um certo sistema linear k 3 −1 A = k 6 1 . 1 5 −7 Com base numa das condições suficientes baseada na matriz A, para que valores de k se garante a convergência do método de Gauss-Seidel? 3.6 Considere o seguinte sistema de equações lineares 2x1 + 0.5x2 = 1 0.5x 1 + x2 = 1 2x3 = −1 x + x5 = 1 4 x4 + 2x5 = −1 Implemente o método iterativo de Gauss-Seidel para resolver o sistema. Pare o processo iterativo quando uma das seguintes condições for verificada: (k+1) x − x(k) i. ≤ 0.5 x(k+1) ii. nmax = 3. 3.7 Considere o seguinte sistema de 0.8x1 0.6x1 2.0x1 equações lineares + 1.4x2 + 3.0x3 = 12.6 + 0.9x2 + 2.8x3 = 10.8 + 1.0x2 + 1.0x3 = 4.0 Estude a convergência do método de Jacobi na sua resolução. Justifique. 3.8 (TCP) Considere o seguinte sistema de equações lineares x2 + x3 = 1 5x1 + 0.1x1 + 4.5x2 + 0.4x3 = 0.02 0.5x1 + 1.1x2 + 3.1x3 = 6 (a) Estude a convergência do método iterativo de Jacobi. Justifique a sua resposta. (b) Calcule a solução do sistema, pelo método indicado, usando no critério de paragem o seguinte valor para o parâmetro: ε = 0.1 (no máximo 3 iterações). 3.9 (AULA) A aplicação da lei de voltagem nos nós para o circuito apresentado na figura resulta no seguinte sistema linear: 17V 1 − 8V 2 − 3V 3 = 480 −2V 1 + 6V 2 − 3V 3 = 0 −V 1 − 4V 2 + 13V 3 = 0 Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 6 Use o método de Gauss-Seidel para encontrar uma aproximação à solução. Considere V (1) = (0, 0, 0)T como aproximação inicial, ε = 0.2 e faça no máximo 2 iterações. 4 Sistemas de equações não lineares 4.1 (TPC) A posição de um determinado objecto O1 no plano xy é descrita em função do tempo (t) pelas seguintes equações: x1 (t) = t, y1 (t) = 1 − e−t . A posição de um segundo objecto O2 é descrita pelas seguintes equações: x2 (t) = 1 − cos(α)t, y2 (t) = sin(α)t − 0.1t2 em que α representa o ângulo em radianos, como mostra a figura. Quando se iguala as coordenadas x e y, obtém-se o seguinte sistema: t = 1 − cos(α)t −t 1−e = sin(α)t − 0.1t2 cujos valores de t e de α são desconhecidos. Determine os valores de t e α na posição em que os dois objectos colidem, i.e., na posição em que se igualam as coordenadas x e y. Considere os valores iniciais (t, α)(1) = (4.3, 2.4), ε1 = ε2 = 0.015 e faça no máximo duas iterações. 4.2 Considere o seguinte sistema de equações: 3x2 +2y 2 = 35 . 4x2 −3y 2 = 24 Como se pode observar na figura o sistema tem 4 raízes. Utilize o método de Newton para resolução de sistemas de equações não lineares para determinar uma aproximação à raiz do 1o quadrante. Considere como aproximação inicial o ponto (2.5, 2) e ε1 = ε2 = 10−1 ou no máximo 2 iterações. Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 7 4.3 (AULA) (x1, y1) Em problemas de navegação, é necessário encontrar a posição de um ponto (x, y), através dos valores das distâncias r1 e r2 a dois pontos de posição conhecida (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ), como mostra a figura. r1 (x2, y2) r2 (x, y) (a) Formule o problema como um sistema de equações não lineares em função das coordenadas do ponto (x, y). Note que r1 e r2 são os raios das circunferências de centro (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ), respectivamente. (b) Considerando (x1 , y1 ) = (10, 10), (x2 , y2 ) = (10, −10), r1 = 14 e r2 = 16, calcule as coordenadas do ponto (x, y) através do método iterativo de Mewton para (x, y)(1) = (0, 0). Apresente o valor final ao fim de duas iterações com a correspondente estimativa do erro de aproximação. 4.4 Duas estações eléctricas vão fornecer energia a uma certa região da forma mais económica possível. O custo total de operação das duas estações é dado por f (x1 , x2 ) = 0.1 + 0.01x1 x2 + 0.15x42 + 0.01x41 − 0.25(x1 + x2 − 100) em que x1 é a energia fornecida pela primeira estação e x2 é a energia fornecida pela segunda estação. Determine os valores de x1 e x2 por forma a minimizar o custo total de operação das duas estações. Utilize como aproximação inicial o ponto (2.0, 0.5) e ε1 = ε2 = 0.2 (uma iteração). 5 Interpolação polinomial 5.1 (TPC) Dada a tabela de valores de uma função f (x) xi f (xi ) 0.0 0 0.1 1 0.2 1 0.3 2 0.4 2 0.5 3 0.8 3 1.0 4 (a) Pretende-se aproximar f (0.6) usando um polinómio de grau 3. Use a fórmula interpoladora de Newton baseada em diferenças divididas. (b) Estime o erro de truncatura cometido na alínea anterior. Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 8 (c) Estime f (0.6) usando todos os pontos da tabela. 5.2 (AULA) Considere a seguinte tabela: x f (x) −2 −17 −1 −1 0 1 0.25 1.421875 1 7 2 35 (a) Construa a tabela das diferenças divididas (utilize nos cálculos 6 casas decimais). (b) Estime o valor de f (0.5) utilizando dois polinómios interpoladores de grau 3. (c) Comente os resultados obtidos. 5.3 (AULA) Considere a seguinte tabela de uma função polinomial x p(x) -1 -1 0 -3 1 -1 2 5 3 15 4 29 Sem recorrer à expressão analítica de p(x): (a) mostre que p(x) é um polinómio interpolador de grau 2. (b) determine p(10). 5.4 A velocidade do som na água varia com a temperatura de acordo com a tabela abaixo: Temperatura (o C) Velocidade (m/s) 86.0 1552 93.3 1548 98.9 1544 104.4 1538 110.0 1532 (a) Pretende-se estimar a velocidade do som na água a uma temperatura de 100o C, utilizando: i. um polinómio interpolador de Newton de grau dois; ii. um polinómio de grau dois no sentido dos Mínimos Quadrados, usando os mesmos pontos que utilizou na alínea anterior. (b) Comente e justifique os resultados. 6 Splines 6.1 (TPC) Pretende-se construir um desvio entre duas linhas de caminho de ferro paralelas. O desvio deve corresponder a um polinómio de grau três que une os pontos (0, 0) e (4, 2), como mostra a figura ( 4 ,2 ) ( 0,0 ) Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - 9 Departamento de Produção e Sistemas Com base nos quatro pontos da tabela xi fi = f (xi ) 0 0 −1 0.4375 4 2 5 1.5625 construa uma spline cúbica natural para definir a trajectória do desvio e calcular f (2). 6.2 A resistência de um certo fio de metal, f (x), varia com o diâmetro desse fio, x. Foram medidas as resistências de 6 fios de diversos diâmetros: xi f (xi ) 1.5 4.9 2.0 3.3 2.2 3.0 3.0 2.0 3.8 1.75 4.0 1.5 Como se pretende estimar a resistência de um fio de diâmetro 1.75, use uma “spline” cúbica natural para calcular esta aproximação. 6.3 (TPC) A distância requerida para parar um automobilista é função da velocidade a que ele se desloca. Os seguintes dados experimentais foram recolhidos para quantificar essa relação: vel (Km/h) 15 20 25 30 40 50 distância (m) 16 20 34 40 60 90 Estime a distância necessária para parar um carro que se desloca a uma velocidade de 45 Km/h, utilizando uma spline cúbica completa. 6.4 (AULA) Num certo campeonato regional de futebol há 7 equipas. No fim da temporada, o número de pontos ganhos e o número de golos sofridos por 6 das equipas estão representados na tabela Equipa No de pontos, xi No de golos, f (xi ) F.C.Sol 10 20 F.C.Lá 12 18 S.C.Gato 18 15 Nova F.C. 27 9 Vila F.C. 30 12 F.C.Chão 34 10 a) Use uma spline cúbica completa para descrever a relação entre o número de pontos e o número de golos sofridos pelas equipas no campeonato. Sabendo que a 7a equipa terminou o campeonato com 29 pontos, estime o número de golos que terá sofrido. b) Calcule uma estimativa do erro de truncatura cometido na alínea anterior. 6.5 (AULA) Considere a função f (x) definida por x f (x) −2 −8 0 0 1 1 2 8 n′′ Sabendo que s1′′ 3 (−2) = 12 e s3 (2) = 20 estime o valor de f (−1) através de uma ’spline’ cúbica. 6.6 Considere as duas seguintes funções ’spline’ cúbicas: −x + 5, S3 (x) = 3.75x3 − 11.25x2 + 10.25x + 1.25, −3.75x3 + 56.25x2 − 192.25x + 203.75, 0≤x≤1 1≤x≤3 3≤x≤5 Eng. Civil - Métodos Numéricos - - A. Ismael F. Vaz Departamento de Produção e Sistemas 10 e R3 (x) = 2x3 − 3x2 + 5, 0≤x≤5 e a tabela da função f (x): xi f (xi ) f ′ (xi ) 0 5 0 1 4 − 3 32 − 5 180 120 Verifique se alguma das duas funções S3 (x) e R3 (x), corresponde à função ’spline’ cúbica completa, interpoladora de f (x) nos pontos da tabela dada. 6.7 Um braço de um robô deve passar nos instantes t0 , t1 , t2 , t3 , t4 e t5 por posições prédefinidas θ(t0 ), θ(t1 ), θ(t2 ), θ(t3 ), θ(t4 ) e θ(t5 ), onde θ(t) é o ângulo (em radianos) que o braço do robô faz com o eixo dos X’s. ti θi = θ(ti ) 1 1 2 1.25 3 1.75 4 2.25 5 3 6 3.15 (a) Com base nos dados da tabela, aproxime a trajectória do robô por uma spline cúbica completa. Indique também uma aproximação da posição do robô no instante t = 1.5. (b) Calcule uma aproximação à velocidade do robô no instante t = 1.5 (c) Calcule um limite superior do erro de truncatura que se comete quando se usa a derivada da spline calculada para aproximar a velocidade do robô. 7 Aproximação dos mínimos quadrados polinomiais e lineares 7.1 De uma tabela de logaritmos obteve-se o seguinte quadro de valores: xi ln(xi ) 1 0 1.5 0.4055 2 0.6931 3 1.0986 3.5 1.2528 Calcule uma aproximação a ln(0.5), tendo como base o polinómio dos mínimos quadrados de grau dois que melhor se ajusta aos pontos do quadro. 7.2 (TCP) Um carro inicia a sua marcha num dia frio de inverno e um aparelho mede o consumo de gasolina verificado no instante em que percorreu x Km. Os resultados obtidos foram: x (Km) 0 1.25 2.5 3.75 5 6.25 −1 f (x) (lKm ) 0.260 0.208 0.172 0.145 0.126 0.113 Construa um modelo quadrático, para descrever o consumo de gasolina em função da distância percorrida, usando a técnica dos mínimos quadrados. 7.3 (TCP) Pretende-se ajustar o modelo linear M (x; c1 , c2 , c3 ) = c1 e−x + c2 x + c3 à função f (x) dada pela tabela xi f (xi ) −1 1.4 0 0 1 0.75 2 2.3 Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 11 no sentido dos mínimos quadrados. Determine os coeficientes do modelo apresentado. Apresente uma estimativa para f (0.5). 7.4 Considere os seguintes valores de f da tabela: xi fi 2 0.5882 10 0.4000 17 0.3125 Suponha que pretendia ajustar o modelo M (x) = 1 a + bx aos valores de f da tabela no sentido dos mínimos quadrados, em que a e b são os parâmetros do modelo. (a) Calcule o modelo M usando (a, b)(1) = (1.4, 0.2). Faça apenas uma iteração. (b) Avalie o modelo, justificando se este se ajusta bem aos valores da tabela. 7.5 Considere a seguinte tabela matemática xi fi 0 −1.0 2 0.0 4 4.0 Qual dos modelos a seguir indicados ajusta melhor os dados da tabela, no sentido dos mínimos quadrados? i. p1 (x) = 1 + 1.25(x − 2) ii. p2 (x) = 1 + 1.25(x − 2) + 0.37 (x − 2)2 − 2.67 x iii. M (x; a, b) = −1.97 + 0.80e 2 7.6 (AULA) A resistência de um certo fio (de uma certa substância), f (x), varia com o diâmetro desse fio, x. A partir de uma experiência registaram-se os seguintes valores: xi f (xi ) 1.5 4.9 2.0 3.3 3.0 2.0 4.0 1.5 Foram sugeridos os seguintes modelos para ajustar os valores de f (x), no sentido dos mínimos quadrados: - uma recta - o modelo linear: M (x, c1 , c2 ) = c1 + c2 x x (a) Calcule a recta. (b) Calcule o modelo M (x) . (c) Qual dos modelos escolheria? Justifique a sua escolha. Eng. Civil - Métodos Numéricos - 8 A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 12 Equações diferenciais com condições iniciais 8.1 Calcule a solução de y ′ + 2xy 2 = 0 no intervalo [1, 2], utilizando o método de Runge-Kutta de segunda ordem, com h = 0.5 e y(1) = 1. 8.2 A equação de Duffing, d2 y + ky + y 3 = B cos t, dt2 descreve a dinâmica caótica de um circuito com um inductor não linear. A representação dy gráfica das variáveis de estado (y e ) ao longo do tempo (t), origina uma figura dt denominada mapa de Poincaré: Estime os valores das variáveis de estado, para k = 0.1, B = 12 e 0 ≤ t ≤ 0.1. Considere dy h = 0.05 e as condições y(0) = 0 e (0) = 4 usando o método de Runge-Kutta de 2a dt ordem. 8.3 (AULA) A variação do fluxo de calor (condução) entre dois pontos de um cilindro aquecido numa das extremidades é dada por dT (x) dQ(t) = λA , dt dx onde λ é uma constante, A é a área de uma secção do cilindro, Q(t) representa o fluxo de calor, T (x) a temperatura, t o tempo e x é a distância à extremidade aquecida. Como a equação envolve duas derivadas, podemos simplificá-la usando: dT (x) 100(L − x)(20 − t) = , dx 100 − xt em que L é o comprimento do cilindro. Combine as duas equações e calcule o fluxo de calor, Q(t), para t = 0.25 e t = 0.5. A condição inicial é Q(0) = 0 e os parâmetros são λ = 0.4, A = 10, L = 20 e x = 2.5. Use o método de Runge-Kutta de segunda ordem. 8.4 (TPC) Considere o seguinte modelo linear para a velocidade, v(t), dv(t) c = g − v(t) dt m Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 13 onde g = 9.8, c = 14 e m = 70. É possível definir um novo modelo, baseado numa descrição mais complexa da força de atrito causada pela resistência ao vento, que é dado por dv(t) c v(t) b = g − [v(t) + a( )] dt m vmax em que as constantes empíricas a, b e vmax são dadas respectivamente por 8.464, 2 e 46. Usando o método de Runge-Kutta de 2a ordem, calcule aproximações numéricas a v(5) para os dois modelos (separadamente), sabendo que v(0) = 0. Tome h = 5 e comente a diferença obtida para os dois modelos. 8.5 A disciplina de Métodos Numéricos dum curso de Engenharia no ano lectivo 2005/06 tem 80 alunos inscritos. No início (instante t = 0), um grupo de 10 alunos resolveu lançar o boato de que o exame iria ser cancelado. Em média cada estudante conversa com outros colegas a uma taxa de α = 2 estudantes/hora, podendo estes já saberem ou não da novidade. Se y(t) representar o número de estudantes que sabem do boato no instante de tempo t (horas) então a taxa de recepção do boato é dada por dy(t) 80 − y(t) = αy(t)( ). dt 80 Resolva esta equação numericamente e calcule o número de estudantes que após 2 horas tomou conhecimento do boato (use h = 1). 8.6 Considere o seguinte sistema de equações diferenciais ordinárias ′ y1 = y2 y2′ = x + 2y1 com as seguintes condições iniciais: y1 (0) = y2 (0) = 1. Determine a sua solução numérica no intervalo [0, 1] com h = 0.5, através do método de Runge-Kutta de 2a ordem. 8.7 As seguintes equações definem as concentrações de três reagentes dc1 (t) = −2c1 (t)c3 (t) + 2c2 (t) c1 (0) = 0.5 dt dc2 (t) = 2c1 (t)c3 (t) − 2c2 (t) c2 (0) = 0 dt dc3 (t) = −2c (t)c (t) + 2c (t) − 0.2c (t) c (0) = 0.5 1 3 2 3 3 dt Determine as três concentrações para t = 0.5, usando um método explícito de ordem dois e de passo único. Considere um espaçamento h = 0.5. 8.8 Se y(t) representar a altitude de uma granada no instante de tempo t, então esta pode ser descrita pela seguinte equação diferencial: y ′′ (t) = −g + 0.2y, Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 14 em que g representa a aceleração da gravidade (= 9.8m/s2 ). Sabendo que a granada é lançada no instante t = 0, a partir do chão (y(0) = 0) e que, como a granada explode após 5 segundos, esta deverá estar a 40 metros do chão. Será que, com uma velocidade inicial de 18 ms−1 (y ′ (0) = 18 ms−1 ), a granada explode antes, depois ou na distância prevista? Use um espaçamento de 2.5 segundos. 8.9 (TPC) Um soldado pára-quedista cai do avião a uma altura de 600 metros. Após 5 segundos, o pára-quedas abre. A altura de queda do soldado pára-quedista como função do tempo, y(t), é dada por α(t) , y(0) = 600m e y ′ (0) = 0m/s y ′′ = −g + m em que g = 9.81m/s2 é a aceleração da gravidade e m = 80 kg é peso do soldado pára-quedista. A resistência do ar α(t) é proporcional ao quadrado da velocidade, com diferentes constantes de proporcionalidade antes e depois da abertura do pára-quedas: K1 y ′ (t)2 , t < 5 s α(t) = K2 y ′ (t)2 , t ≥ 5 s Considere K1 = 1/150, K2 = 4/150. A que altura o pára-quedas abre? (considere um espaçamento de 2.5 segundos). 8.10 (AULA) O movimento vertical de um peso seguro por uma mola é descrito pela seguinte equação diferencial: 1 d2 x dx + + x = 0, 4 dt2 dt x(0) = 4, x′ (0) = 2. Utilizando o método mais adequado que estudou, calcule a distância vertical, x, percorrida pelo peso após 1 unidade de tempo (use h = 0.5). Considerando L = 1 m, g = 9.81 m/s2 e θ0 = π/10, calcule a posição θ no instante de tempo t = 5 (considere um espaçamento h = 2.5). 9 Equações diferenciais com condições fronteira 9.1 O composto A difunde-se através de um tubo de comprimento 4cm e reage à medida que se difunde. A equação que governa a difusão e reacção é D d2 A(x) − kA(x) = 0. dx2 Numa extremidade do tubo existe uma grande quantidade de composto a uma concentração de 0.1M . Na outra extremidade do tubo existe um material absorvente que rapidamente absorve o composto e a concentração é igual a 0M . Se D = 1 × 10−6 cm2 /s e k = 4 × 10−6 s−1 , qual é a concentração do composto nos seguintes pontos do tubo: 1cm, 2cm, 3cm. Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas 15 9.2 O potencial electrostático entre duas esferas de metal concêntricas de raios R1 e R2 (R1 < R2 ) é representado por u. O potencial da esfera interior é mantido constante com V1 volts e o potencial da esfera exterior é 0 volts. O potencial da região entre as duas esferas é governado pela equação de Laplace que, neste caso específico se reduz a d2 u 2 du + = 0, dr 2 r dr para R1 ≤ r ≤ R2 com u(R1 ) = V1 e u(R2 ) = 0. Suponha que R1 = 2in, R2 = 4in e V1 = 110 volts. Calcule aproximações a u(2.5), u(3.0) e u(3.5). 9.3 Quando o valor da tensão T não é constante, o modelo para a curva de deflexão y(x) de uma corda a girar, é dado pela seguinte equação diferencial: d dy T (x) + ρ̟2 y = 1 dx dx Considere que 1 ≤ x ≤ e e que T (x) = x2 . Se y(1) = 0, y(e) = 0 e ρ̟ 2 = 1, determine os valores de deflexão nos três pontos interiores igualmente espaçados. Considere e = 2.72. 9.4 A conservação de calor pode ser usada para desenvolver um balanço de calor para uma haste fina e longa. Se a haste não estiver isolada ao longo do seu comprimento e o sistema estiver em estado estacionário, surge a seguinte equação d2 T (x) + h′ (Ta − T (x)) = 0, dx2 em que h′ é um coeficiente de transferência de calor que parametriza a variação da dissipação do calor para o ar circundante e Ta é a temperatura do ar circundante. Para uma haste de comprimento L = 10 e para h′ = 0.01, Ta = 20, calcule a temperatura ao longo da haste, supondo que T (0) = T1 = 40 e T (L) = T2 = 200. Use um espaçamento h = 2.5. 9.5 (AULA) Considere a seguinte equação diferencial t − y(t), 0≤t≤π ′′ y (t) = πeπ−t − y(t), t>π com as condições y(0) = 0 e y(2π) = 1. π Resolva-a no intervalo [0, 2π], considerando h = . 2 Eng. Civil - Métodos Numéricos - A. Ismael F. Vaz - 16 Departamento de Produção e Sistemas 9.6 Dado o problema de equações diferenciais − dy(x) d dy(x) (x ) + x2 = −x, dx dx dx com y(0) = 1 e y(1) = −2 , calcule aproximações a y(0.25), y(0.5) e y(0.75). Use um espaçamento h = 0.25. 9.7 (TPC) Dado o problema de equações diferenciais (1 − x)y ′′ (x) + x2 y ′ (x) − y(x) = x com y ′ (0) − y(0) = 1 e y(1) = 1, calcule aproximações numéricas a y(0), y(0.25), y(0.5) e y(0.75). 10 Integração numérica 10.1 Foram registados os consumos, f (xi ), de um aparelho em determinados instantes, xi (em segundos): xi f (xi ) 0 0 0.1 0.1 0.2 0.2 0.3 0.3 0.4 0.4 0.5 0.5 0.6 0.6 3.6 0.6 6.6 0.6 9.6 0.6 9.8 0.7 10 0.8 Calcule o consumo total ao fim de 10 segundos. 10.2 A função F (t) surge na determinação da tensão à superfície de um líquido que rodeia uma bolha esférica de gás: Z t P (x) F (t) = dx para 0 ≤ t ≤ 1 Q(x) 0 em que P (x) = 3 + 3x + x2 Q(x) = 3 + 6x + 6x2 + 2x3 Determine F (1) considerando apenas os seguintes valores de x no cálculo do integral 0, 0.25, 0.5, 0.6, 0.7, 0.8, 0.9, 1.0 10.3 (TPC) Considere a seguinte tabela de valores da função P (x) : xi P (xi ) 0 0 0.1 0.1 0.2 0.2 0.3 0.29 0.5 0.46 (a) Calcule a melhor aproximação ao integral Z 1 sen (xP (x)) dx 0 usando toda a informação da tabela. 0.7 0.61 1 0.79 Eng. Civil - Métodos Numéricos - - A. Ismael F. Vaz Departamento de Produção e Sistemas 17 (b) Estime o erro de truncatura cometido no intervalo [0.7, 1] com a aproximação da alínea anterior. 10.4 O comprimento do arco da curva y = f (x) ao longo do intervalo [a, b] é dado por Z bq 1 + (f ′ (x))2 dx. a Calcule uma aproximação numérica ao comprimento do arco da curva f (x) = e−x no intervalo [0, 1], usando 5 pontos igualmente espaçados no intervalo. 10.5 (TPC) A função distribuição normal acumulada é uma função importante em estatística. Sabendo que Rz 2 Z z 1 + √12π −z e−x /2 dx 1 −x2 /2 F (z) = √ . e dx = 2 2π −∞ Calcule uma estimativa de F (1), usando a fórmula composta do trapézio com 5 pontos no cálculo do integral. 10.6 A resposta de um transdutor a uma onda de choque causada por uma explosão é dada I(a) pela função F (t) = 8e−t para t ≥ a, em que π Z 2 eax I(a) = f (x, a)dx com f (x, a) = x 1 Calcule I(1) usando a fórmula composta do trapézio com erro de truncatura inferior a 0.05. 10.7 (TPC) Considere o seguinte integral I= Z 1 x2 ex dx. 0 Calcule uma aproximação ao integral I obtida a partir da fórmula composta do trapézio, de tal forma que o erro (de truncatura) cometido, em valor absoluto, não exceda 0.005. 10.8 Determine uma aproximação ao valor do integral definido Z 1 1 2 x + dx x+1 0 através da fórmula de Simpson, com um erro de truncatura, em valor absoluto, inferior a 0.0005. 10.9 (AULA) A velocidade de queda de um paraquedista é dada pela seguinte equação: c gm V (t) = 1 − e−( m )t c onde m é a massa do paraquedista e c é o coeficiente de atrito. Determine a distância de queda do paraquedista ao fim de 10 segundos sabendo que a massa do paraquedista é de 71kg e que o coeficiente c = 12.5kg/s, com erro absoluto inferior a 10−4 , usando a regra dos 38 . Assuma que o paraquedista salta de um avião no instante de tempo 0 e considere g = 9.81m/s2 . Eng. Civil - Métodos Numéricos - - A. Ismael F. Vaz Departamento de Produção e Sistemas 18 10.10 (AULA) Pretende-se calcular a pressão, P , que suporta um semicírculo de raio r, submerso verticalmente em água, de tal forma que o seu diâmetro coincide com a superfície livre da água, como mostra a figura 0 h x r dh X Y Para calcular a pressão do líquido, usa-se a lei de Pascal. Assim, a pressão total é definida por Z r p P = 2γ h r 2 − h2 dh 0 em que γ é o peso específico da água. Considere γ = 1 e r = 7. (a) Calcule a pressão, P , usando seis pontos igualmente espaçados no intervalo [0,5] e cinco pontos igualmente espaçados no intervalo [5,7]. (b) Estime o erro de truncatura cometido na alínea anterior apenas para o intervalo [0,5].