Jornal Valor --- Página 1 da edição "29/10/2013 2a CAD A" ---- Impressa por CCassiano às 28/10/2013@22:31:19
Jornal Valor Econômico - CAD A - BRASIL - 29/10/2013 (22:31) - Página 1- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW
Enxerto
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Terça-feira, 29 de outubro de 2013 | Ano 14 | Número 3373 | R$ 5,00
EUA querem recuperar
espaço perdido
no investimento
estrangeiro direto A13
Euforia no setor de
tecnologia lembra
uma bolha, mas há
diferenças B11
918 Spyder: híbrido da
Porshe faz 100 km com
3 litros de gasolina e
chega a 345 km/h D4
Destaques
Empresas de TI se preparam
para uma nova onda de IPOs
Príncipe saudita mira negócios no país
A holding KBW, do príncipe Khaled Bin
Al Waleed, da família real saudita, analisa
investimentos no Brasil. Os focos são infraestrutura, mineração, logística e, principalmente, a cadeia de óleo e gás. B4
Olimpíada muda hotéis cariocas
Com investimentos estimados em R$ 4 bilhões e acréscimo de 19 mil quartos, a Olimpíada de 2016 trará mudanças ao perfil hoteleiro do Rio de Janeiro. A Barra da Tijuca
vai dobrar sua participação no setor. B6
Lenovo aposta na iluminação por LED
Após conquistar a liderança do mercado
global de computadores e estender sua
atuação aos tablets e smartphones, a chinesa Lenovo entra na produção de lâmpadas de LED, inclusive no Brasil. B10
Meios Eletrônicos de Pagamento
Transações por internet e “mobile banking”
já superam os canais tradicionais e refletem,
além da mudança na sociedade, os investimentos dos bancos em tecnologia. “Trata-se
de um canal mais nobre para operações de
maior valor agregado”, diz Domingos de
Abreu, do Bradesco. Caderno especial
No Brasil, espera-se que esse movimento se torne mais significativo em
2014 ou 2015, com um nova corrida à
bolsa pelas empresas do setor.
A Quality Software, especializada em
terceirização de projetos de infraestrutura de TI, é a empresa que está mais perto
de lançar sua oferta. Já fez o pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a listagem de ações na Bovespa Mais. O próximo passo será definir
o banco que coordenará a oferta e observar o mercado à espera do momento
mais adequado, quando a economia iniciar um movimento de reaquecimento.
No caso da BRQ, o executivo-chefe
da empresa, Benjamin Quadros, prevê
que 2014 ainda será um ano fraco e,
Cibelle Bouças
De São Paulo
Pelo menos cinco empresas do setor
de tecnologia da informação se preparam para captar recursos no mercado
de capitais. Quality Software, BRQ IT
Services, Altus, BSI Tecnologia e Cast
Informática vão seguir o caminho de
Totvs, Positivo Informática, Senior Solution e Linx, que abriram o capital na
bolsa nos últimos anos.
Apesar da crise global, os processos
de abertura de capital de empresas de
TI se aceleraram no mundo no segundo trimestre deste ano, quando 16
companhias fizeram oferta pública
inicial, totalizando US$ 2,82 bilhões.
por isso, acredita que provavelmente a
abertura de capital se dará em 2015 ou
2016. A BRQ encerrou 2012 com aumento de 26% da receita, para R$ 400,6
milhões, e projeta para este ano uma
nova expansão superior a 20%, acompanhando a tendência do setor.
Sergio Alexandre Simões, da PricewaterhouseCoopers, considera que não há
pressa para as empresas de TI no Brasil
abrirem seu capital, porque o mercado
ainda oferece oportunidades para captação de recursos por meio de fusões ou
aportes de capital. A própria BNDESPar,
que esteve por trás das ofertas iniciais de
Totvs, Bematech, Linx e Senior Solution,
apoia com grande interesse essas operações de capitalização. Página B9
‘Gatilho’ para
Petrobras é
bem recebido
Rodrigo Polito, Marta Nogueira,
Leandra Peres e Flavia Lima
Do Rio, de Brasília e São Paulo
Uma regra de reajuste para os preços
da gasolina e do diesel que preveja um
“gatilho suavizado” é bem vista pelo
mercado. Essa possibilidade, confirmada ontem pelo diretor financeiro da
Petrobras, Almir Barbassa, impulsionou as ações da estatal, que subiram
7,57% (PN) e 9,82% (ON). Barbassa afirmou que a intenção é que a nova metodologia de preços proposta ao conselho da empresa seja clara e permita a
previsibilidade a todos os interessados.
“Estamos tratando de uma metodologia para alinhar os preços locais aos internacionais”, disse. Páginas A4 e B3
Novos sabores
Ford lança na
Bahia novo
carro global
Fábio Pupo e Eduardo Laguna
De São Paulo
Governo e iniciativa privada se uniram
para criar o primeiro Fundo de Investimento em Participações (FIP) em empresas da cadeia pesqueira e aquicultura. O
objetivo é captar R$ 100 milhões. B13
Consórcio de máquinas avança
O crescimento da agronegócio, que vem
aquecendo a venda de máquinas agrícolas,
anima também a formação de consórcios
para aquisição desses equipamentos. O número de consorciados cresceu 15% de março
a agosto, para 77 mil participantes. B14
Debêntures de infraestrutura da Vale
A Vale prepara captação de R$ 750 milhões com a emissão de debêntures de
infraestrutura, que têm isenção fiscal
para pessoas físicas e estrangeiros. Os
recursos serão destinados a projetos ferroviários da mineradora. C12
BES reformula área de gestão no país
Banco Espírito Santo vai unificar as áreas de
gestão de recursos e de fortunas no Brasil.
Paralelamente, o “private banking” do grupo português na Suíça vai adquirir participação minoritária na nova estrutura, para
atrair investidores estrangeiros. C12
A Ford prepara o lançamento mundial de um novo veículo, criado para
atender a demanda crescente por carros compactos. O modelo foi desenhado por engenheiros brasileiros e será
fabricado na Bahia, montado na plataforma do Ford Ka.
O carro será apresentado pela primeira vez em 13 de novembro, durante
evento em Camaçari (BA), com a presença de Bill Ford, presidente do conselho de administração do grupo e bisneto do lendário Henry Ford. O novo automóvel vai ampliar em 50 mil unidades a capacidade de produção anual da
fábrica na Bahia, atualmente de 250
mil veículos por ano. Apesar da expectativa do mercado com o lançamento
do “novo Ka”, ainda não é certo que o
modelo manterá esse nome. Página B1
“Muitas pessoas ao redor do mundo estão preocupadas com o Brasil. Nós não”. O comentário de Jacques Stern, presidente mundial do grupo
Edenred, resume sua posição sobre o país, onde é dono da Ticket. A empresa quer ampliar os negócios além dos cartões de refeição. Página B7
Custo do Mais Médicos aumenta
Andrea Jubé e Lucas Marchesini
De Brasília
Investimento em obras de arte
O mercado de arte no Brasil ainda se profissionaliza e tem baixa liquidez, mas investidores profissionais enxergam forte
perspectiva de valorização. Para especialistas, na dúvida é melhor comprar apenas obras das quais se gosta. D1 e D2
SILVIA COSTANTI / VALOR
FIP pesqueiro
Divulgado às pressas para ser apresentado como resposta do governo aos protestos de junho, o programa Mais Médicos pode afetar as contas públicas. Há
cerca de duas semanas, o secretário-exe-
cutivo do Ministério da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, disse em uma reunião a portas fechadas que o programa
pode gerar um “rombo fiscal”.
Conforme relatou ao Valor um dos
participantes da reunião, a questão é a
cobrança imprevista da contribuição
previdenciária dos profissionais do Mais
Médicos. A Previdência e o Ministério da
Saúde avaliavam que a remuneração dos
profissionais era uma “bolsa”, sobre a
qual não incidia a contribuição. Mas um
parecer da Receita estabeleceu que a bolsa paga aos médicos contratados tem natureza salarial e não seria possível renunciar à cobrança. Página A6
Pequenas
rivais para
credenciadora
de cartões
Felipe Marques
De São Paulo
Déposito judicial compensa tributos
Justiça Federal garante a uma empresa
capixaba com direito a crédito tributário já reconhecido a possibilidade de levantar depósito judicial para o pagamento de tributos vencidos, além da
isenção de multa e juros pelo atraso. E1
Ter a sua confiança
é o que nos inspira.
Ideias
Delfim Netto
2014 pode nos reservar uma surpresa
desagradável e nos punir com uma
“tempestade perfeita”. A2
Banco do Brasil. Empresa com a
melhor reputação do setor bancário,
segundo o Reputation Institute.
Solange Srour Chachamovitz
Mesmo com candidatos prometendo a volta do tripé macroecônomico, os pilares microeconômicos destruídos persistirão. A15
Indicadores
Bovespa (28/10/13)
Dólar comercial
1,70 %
Mercado
R$ 6,8 bi
2,1780/2,1800
(28/10/13)
Dólar turismo
BC
São Paulo
2,1840/2,1846
2,1100/2,3100
(28/10/13)
Euro
Rio
Reais/Euro (BC)
N/D / N/D
3,0113/3,0123
(28/10/13)
US$/Euro (BC)
1,3788/1,3789
Ouvidoria BB 0800 729 5678
Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC 0800 729 0722
Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 ou acesse bb.com.br
A disputa pelo mercado de cartões
de crédito e débito chegou ao pequeno lojista. Os chamados “facilitadores
de pagamento” — que oferecem uma
alternativa para os varejistas no momento de aceitar compras com cartões
— tentam ganhar espaço das credenciadoras tradicionais.
São empresas como a Payleven (do
grupo da Dafiti e do Groupon), PagSeguro (do grupo UOL), PagPop, Moip e a PayPal. Elas buscam conquistar pequenos lojistas fora do universo digital, oferecendo leitoras de cartões acopladas a celulares e tablets como principal estratégia.
Nesse caso, o lojista costuma pagar uma
vez só, para comprá-lo, sem ter de arcar
com um aluguel mensal, que é cobrado
pelas credenciadoras por suas maquininhas. Os facilitadores prometem mais
agilidade para filiar os lojistas e taxas
competitivas em relação às cobradas pelas credenciadoras nesse nicho. A principal crítica, contudo, é que o leitor, quando não lê chip, amplia o risco de fraudes.
O movimento dos facilitadores não
passou despercebido. As três principais credenciadoras — Cielo, Redecard
e Santander — lançaram leitores que
possibilitam a captura de cartões por
celular. Também adotaram regras
mais flexíveis para se aproximar do
pequeno varejo. Páginas C1 e C3
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capa - valor econômico