UMA – CONTROLO DE QUALIDADE – CUSTOS DE QUALIDADE – 2007/2008 1 CUSTOS DE QUALIDADE Num cenário económico cada vez mais competitivo e concorrencional, a qualidade tornou-se num dos maiores aliados e num dos melhores e mais eficazes factores de diferenciação à disposição das empresas, nos mercados onde operam. No entanto, ao estabelecer e consolidar programas de qualidade nas empresas, surge o preconceito de que alta qualidade de produtos e serviços é sinónimo de alto custo. Esta associação entre qualidade e alto custo passa a ser comum do ponto de vista do consumidor e, a partir desta, a noção de que um produto mais barato é de baixa qualidade e que produtos de boa qualidade são mais caros. Ao nível empresarial, apesar de haver uma noção quase generalizada de que a qualidade é o rumo certo a seguir, a falta de perspectivas de retorno económico a curto prazo, com custos associados no imediato, promove barreiras ao investimento na implementação deste tipo de programas, ou, caso a sua implementação, a um aumento mais ou menos imediato dos preços dos produtos. O custo da qualidade pode ser definido como o custo resultante da afectação de recursos empregues para a obtenção da qualidade. A existência de custos relacionados com a não-qualidade resulta sistematicamente num acréscimo mais ou menos relevante nos GRUPO 5: LUÍS RODRIGUES, DIOGO FERNANDES, MARIA CAIRES E JOÃO CAIRES UMA – CONTROLO DE QUALIDADE – CUSTOS DE QUALIDADE – 2007/2008 2 custos operacionais, que dadas as características desses acréscimos, acaba por complicar o apuramento dos custos totais envolvidos. Importa, então, compreender que custos estão associados à prática de uma política de qualidade no seio de uma empresa e identificar a relação existente entre estes e os custos decorrentes da não-qualidade. Custos totais operacionais da qualidade (COQ) resultam, não só dos recursos financeiros relacionados de forma directa e positiva à função qualidade, mas também dos custos resultantes de falhas desta função. Os COQ podem então der definidos como o somatório entre os recursos (capitais e trabalho) empregues directamente e de forma positiva pela função utilidade e o sobrecusto (capitais e trabalho) consequente da não-qualidade. A partir desta definição inicial podem-se classificar, definir e dividir todos os custos operacionais da qualidade. CUSTOS DE UMA MÁ QUALIDADE Calcular os custos de uma má qualidade é um pouco mais difícil que determinar os custos de um mau serviço, embora haja argumentos que defendem a utilização da mesma fórmula. Afinal, quando se oferece um produto ou um serviço de má qualidade, perdem-se clientes actuais e futuros. Eis mais alguns tópicos a considerar para se determinarem os custos da qualidade da sua empresa. Primeiro, há quatro factores que identificam os custos de uma má qualidade: • CUSTOS DE DESEMPENHO – O custo de um bom desempenho à primeira vez. É um custo associado à produção GRUPO 5: LUÍS RODRIGUES, DIOGO FERNANDES, MARIA CAIRES E JOÃO CAIRES UMA – CONTROLO DE QUALIDADE – CUSTOS DE QUALIDADE – 2007/2008 3 de algo livre de erros e que não precise ser refeito ou trabalhado de novo. • CUSTOS DE REFAZER OU DE FRACASSAR – O custo de fazer algo vezes sem conta. Reparar, trabalhar de novo e corrigir erros, pode significar mais de 50 por cento de custos da empresa. Outro factor a ser incluído é o custo de retribuir ou reparar coisas ao cliente. • CUSTOS DE DETECÇÃO – O custo de detectar ou descobrir problemas de qualidade. Inclui custos de inspecção, salários e outros procedimentos extra, que contribuem para detectar problemas ainda no seio da empresa. • CUSTOS DE PREVENÇÃO – O custo de identificar danos de qualidade, antes de chegarem à vulgarmente chamada fase de inspecção de qualidade ou de controlo de qualidade. Estes custos são minimizados sempre que um trabalhador conseguir inspeccionar o seu próprio trabalho. Estes custos podem ser incorporados no factor de detecção de custos. Estes são os quatro factores que devem ser analisados, de modo a determinar os custos de má qualidade. Mas a qualidade propriamente dita não custa, paga-se. Urge, portanto necessário determinar quanto custará ter produtos e serviços de qualidade, analisando a sua posição nestas cinco áreas chave: • PREÇO – A alta qualidade e o melhor serviço permitir-lhe-ão cobrar mais pelos seus produtos e serviços. Há estatísticas que o comprovam. GRUPO 5: LUÍS RODRIGUES, DIOGO FERNANDES, MARIA CAIRES E JOÃO CAIRES UMA – CONTROLO DE QUALIDADE – CUSTOS DE QUALIDADE – 2007/2008 • 4 LUCRO – A verdadeira qualidade, que é a prevenção dos erros à primeira tentativa, segundo as expectativas dos clientes, leva à redução dos custos e ao aumento das vendas. O resultado, especialmente quando combinado com preços altos, é o aumento dos lucros. • QUOTA DE MERCADO – Uma vez mais, a pesquisa estima que maior qualidade significa maior quota de mercado. Mesmo que se cobre mais por um produto ou serviço, as pessoas estão dispostas a pagar o preço, simplesmente por saberem que estão a receber qualidade e valor em troca do seu dinheiro. • CUSTO – A melhoria da qualidade diminui os custos de produção, porque só se trabalha o produto uma vez. A má qualidade aumenta os custos de produção, porque trabalha-se o produto vezes sem conta, a refaze-lo ou a repara-lo, tentando manter o cliente. • MARKETING E PUBLICIDADE – Aqui, os custos relativos diminuirão devido a dois factores: primeiro, começará a vender mais, portanto, o custo efectivo por venda diminui, mesmo que a sua publicidade aumente; segundo, o seu discurso de marketing e negócio aumenta, diminuindo assim os custos de publicidade. Outro ponto a considerar acerca dos custos de uma má qualidade, é o custo do cliente, por realizar negócios connosco. Quanto tempo, esforço e dinheiro deverá um cliente gastar para nos fazer a primeira compra e depois regressar para levantar o produto reparado ou GRUPO 5: LUÍS RODRIGUES, DIOGO FERNANDES, MARIA CAIRES E JOÃO CAIRES UMA – CONTROLO DE QUALIDADE – CUSTOS DE QUALIDADE – 2007/2008 substituído? Estes custos também deverão entrar 5 nos nossos cálculos. Quando se combinam todos os factores relativos aos custos de um mau serviço ao cliente e de uma má qualidade, começamos a perceber quão importante é oferecer o melhor dos dois. Podemos perder muito dinheiro, mas não é com medidas de corte orçamental e de contenção de despesas que podemos recuperá-las. É rara a empresa que aumenta a qualidade e o serviço ao cliente reduzindo os seus custos. Contudo, as empresas que melhorem a qualidade e o serviço ao cliente apercebem-se também de uma contenção de custos e aumento de lucratividade. Os custos operacionais totais resultam da soma dos custos anteriormente apresentados. No entanto, convém enfatizar que apenas os custos de prevenção poderão ser identificados como custos da qualidade. Os outros custos resultam de falhas de qualidade, daí serem serem consideradas custos da não-qualidade. GRUPO 5: LUÍS RODRIGUES, DIOGO FERNANDES, MARIA CAIRES E JOÃO CAIRES UMA – CONTROLO DE QUALIDADE – CUSTOS DE QUALIDADE – 2007/2008 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para a elaboração deste trabalho, consultámos a seguinte bibliografia: • Qualidade nos serviços, de Gerson. Este trabalho foi elaborado pelos elementos do Grupo 5. • Luís David Luís Rodrigues – 2031207 • Diogo Wilson Grosse Fernandes – 2057907 • Maria Irene Gonçalves Caíres – 2015407 • João André Correia de Caíres – 2035407 ELABORADO EM: Funchal, 24 de Abril de 2008 MODIFICADO EM: Funchal, 04 de Maio de 2008 GRUPO 5: LUÍS RODRIGUES, DIOGO FERNANDES, MARIA CAIRES E JOÃO CAIRES