FACULDADE DE FARMÁCIA DA UFMG DEPARTAMENTO DE ALIMENTOS ALM024- Processamento de Alimentos Conservação de Alimentos pela Irradiação Conservação de Alimentos pela Irradiação e seu Processamento por Microondas • Conservação de Alimentos pela Irradiação • Equipamentos. • Influência da Irradiação na Qualidade dos Alimentos. • Processamento de Alimentos por Microondas Accácia Júlia Guimarães Pereira Messano 2010 O QUE É IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS ? • É a exposição de alimentos a radiações ionizantes RADIAÇ RADIAÇÕES IONIZANTES São radiações de alta energia que deslocam os elétrons dos átomos e moléculas, convertendo-os em partículas eletricamente carregadas, chamadas íons. Radiação ionizante: radiação cuja energia é superior a energia de ligação dos elétrons de um átomo (energia é suficiente para arrancar elétrons de seus orbitais). Íons: átomo ou molécula que se torna eletricamente carregado pelo ganho ou perda de elétrons. INTRODUÇÃO: • A radiação pode ser definida como a emissão e propagação de energia através do espaço ou através de um material • a energia pode ser definida como capacidade de realizar trabalho ou como o resultado da realização de um trabalho. • São usadas radiações eletromagnéticas: γ, X e UV (ultra-violeta) e corpusculares: β Histórico do uso de radiações na indústria de alimentos Comprimento de onda cm Aº 10-9 0,1 10-8 1 10-7 10 Raios β 10-6 102 10-5 103 Raios α Nêutrons 10-4 104 10-3 105 10-2 106 10-1 107 1 108 10 109 102 1010 103 1011 109 1012 Raios γ Raios X Visível, UV Microondas • • • • 1895 – Roentgen descobriu os raios X 1896 – Bequerel descobre a radioatividade 1896 – Minck - estudo do efeito bactericida dos raios-X 1905 – Primeira proposta documentada para uso da radiação ionizante na conservação de alimentos Patente inglesa no. 1609 de 26 de janeiro de 1905 • 1916 – Runner – Uso dos raios-X para controle de insetos • 1921 – Schwartz - patente americana para raios X para matar Trichinella em carne Ondas de rádio TV HISTÓRICO • 1943 – Proctor - Esterilização de hambúrguer com radiação ionizante. • 1950-1960 – Primeiros trabalhos para as forças armadas americanas • 1968 – Início da Irradiação de Alimentos no Brasil • 1980 – Organização Mundial da Saúde – Liberação incondicional até 10 kGy APLICAÇÕES DA IRRADIAÇÃO NA INDÚSTRIA. DE ALIMENTOS 1. - inibição do brotamento 2. - desinfestação de insetos 3. -retardamento da maturação senescência 4. - pasteurização a frio 5. - esterilização e • 2000 - Organização Mundial da Saúde – Liberação incondicional até 70 kGy Vantagens da irradiação • • • • • • Processo rápido Eficaz Não aquece o produto→ esterilização a frio Irradia-se já embalado Retenção das características do produto Não deixa resíduo Desvantagens • Custo inicial elevado para a montagem da unidade de irradiação • Problemas com alguns alimentos: - perda do valor nutricional - desenvolvimento de resistência de microrganismos a radiação - procedimentos analíticos inadequados para detectar quando um alimento foi irradiado -resistência do consumidor com medo da radioatividade induzida DESVANTAGENS DA ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO: • Custo elevado. • Necessidade de pessoal especializado. • Necessidade de controle médico constante para os funcionários. • Conhecimentos escassos sobre o assunto nesta área – esterilização • Possibilidade de resíduos tóxicos Para que irradiar frutas e hortaliças? • Inibição de brotamento • Quarentena e desinfestação de insetos • Retardar amadurecimento e senescência • Controle de patógenos • Pasteurização • Esterilização Questões que devem ser levantadas para a irradiação de Alimentos A radiação apresenta aspectos positivos e negativos • O processo de irradiação empregado pode induzir radioatividade no alimento? • Existe um programa de segurança para evitar a exposição dos operários à radioatividade durante o processamento? • As modificações na flora sobrevivente podem originar um risco potencial? • O processamento resulta em perdas significativas de princípios nutritivos do ponto de vista da saúde pública? • A absorção de energia por radiação resulta em reações químicas que podem originar compostos tóxicos ou carginogênicos? Segundo a EMBRAD a esterilização por radiações apresenta as vantagens: • • • • • • • • • Economicamente viável para grandes ou pequenas quantidades de produtos Um dos processos mais rápidos de esterilização existentes na atualidade Alto poder de penetração, sendo o processo realizado na embalagem final dos produtos Planta automatizada, não há necessidade de manuseio dos produtos Não necessita quarentena ou tratamento pós esterilização (não deixa resíduos) Permite imediato uso dos materiais, após o término do processo Facilmente validado Facilmente monitorado, único fator variável é o tempo Processo de esterilização existente de menor agressividade ao meio ambiente. RADIAÇÕES Átomos e núcleos • Átomo: menor estrutura da matéria que apresenta as propriedades de um elemento químico. • A radiação emissão e propagação de energia através do espaço ou através de um material • O tipo de radiação de interesse primário no tratamento de alimentos é a eletromagnética. • Os vários tipos de radiação são separadas com base em seus comprimentos de onda, sendo que os comprimentos de onda menores são os que causam maiores danos aos microrganismos. • As radiações de maior interesse para alimentos são os raios ultravioleta, raios X e raios gama, destacando-se as radiações ionizantes. • • O núcleo do átomo é constituído de partículas de carga positiva, chamadas prótons, e de partículas de mesmo tamanho mas sem carga, denominadas nêutrons. um núcleo muito energético, por ter excesso de partículas ou de carga, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas ou radiações. ISÓTOPOS: • São átomos de um mesmo elemento químico que possuem massas diferentes. • Urânio-235 e urânio-238 são isótopos de urânio. • O Hidrogênio possui três isótopos: Hidrogênio, Deutério e Trítio. ENERGIA NUCLEAR • Prótons e nêutrons são mantidos juntos no núcleo por forças, até o momento, não totalmente identificadas. • Os prótons têm a tendência de se repelirem, porque têm a mesma carga (positiva). Como estão juntos no núcleo, necessita-se da realização de trabalho para manter essa estrutura existência de energia no núcleo dos átomos com mais de uma partícula. • A energia que mantém os prótons e nêutrons juntos no núcleo é a ENERGIA NUCLEAR Um núcleo muito energético, por ter excesso de partículas ou de carga, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas ou radiações RADIAÇÕES NUCLEARES • partículas, possuindo massa, carga elétrica e velocidade, esta dependente do valor de sua energia; • ondas eletromagnéticas, que não possuem massa e se propagam com a velocidade de 300.000 km/s, para qualquer valor de sua energia. São da mesma natureza da luz e das ondas de transmissão de rádio e TV RADIAÇÕES IONIZANTES Tipos de radiação ionizante: • Radiação β (raios catódicos), produzido por acelerador de partícula. Baixo poder de penetração. • Radiação X • Radiação γ (gama), emitidos de núcleos instáveis de isótopos radioativos. Cobalto 60 - Co60 Césio 137 - Cs137 Obtidos como subprodutos da fissão do urânio Radioatividade é a emissão espontânea de partículas e/ou radiações de núcleos instáveis. Identificação do tipo de radiação nuclear RADIAÇÕES IONIZANTES: • A ionização acontece quando a energia da radiação incidente sobre um material é suficiente para arrancar elétrons dos seus átomos. • podem ser definidas como as radiações que apresentam comprimento de onda de 2.000 Å ou menos como as partículas α, raios β , raios γ, raios X e raios cósmicos. • Seus quanta contem energia suficiente para ionizar as moléculas com as quais colidem. Quando a matéria é atravessada por qualquer forma de radiação ionizante: há absorção de energia expulsão de um elétron de um orbital ocorre formação de pares de íons são produzidas novas ionizações Radioatividade é a emissão espontânea de partículas e/ou radiações de núcleos instáveis. As radiações ionizantes podem ser usadas para esterilização e desinfecção de alimentos, porque destroem em certos casos alguns ou quase todos os microrganismos presentes. Radiações não ionizantes Emissão de radiações γ e β • A radiação é dita não ionizante quando sua energia não é suficiente para arrancar elétrons dos átomos. Neste caso pode ocorrer a excitação do átomo, onde elétrons são levados a camadas mais externas do átomo, sem serem ejetados. Causam excitação dos átomos do material Porém sem fornecer energia suficiente para arrancar elétrons dos orbitais originando um íon Exemplo: raios ultravioletas (UV). As moléculas excitadas podem atuar em diversas reações químicas. Radiações não ionizantes • As moléculas excitadas podem atuar em diversas reações químicas. • A radiação UV é absorvida por várias substâncias celulares, em especial pelos ácidos nucleicos, onde ocorre o maior dano, podendo inibir a replicação do DNA. • Uma condição necessária para a irradiação de alimentos é que não haja alterações significativas das características dos mesmos e que o nível de radiatividade natural do produto não seja aumentada de maneira apreciável • Radiações não infravermelho, etc ionizantes: PRINCIPAIS TIPOS DE RADIAÇÕES IONIZANTES • A radiação é quantificada em doses absorvidas rad - equivalente a absorção de 100 ergs por grama de material irradiado • 1 Gy = 1J/kg. • A unidade padrão do Sistema Internacional (SI) para energia é o joule, mas, por ser uma unidade macroscópica, não é adequada para uso em fenômenos atômicos. • No domínio atômico é utilizado o elétron-volt (eV), definido como a energia que um elétron adquire ao atravessar uma diferença de potencial de 1 volt. • Numericamente: 1 eV = 1,6 x 10-19 J ultravioleta, Unidades de Medida • Sistema Internacional (SI) - Gray 1 Gy = 100 rad Unidades de energia Gy a) Raios beta (β): • a radiação beta é constituída de partículas emitidas por um núcleo, quando da transformação de nêutrons em prótons (partículas beta) ou de prótons em nêutrons (pósitrons). β- neutron próton β + (pósitron) próton neutron b) Raios gama (γγ): Radiação β • São constituídos por uma corrente de elétrons emitidos por substâncias radioativas. São iguais aos raios catódicos, que, porém, são emitidos pelo catodo de um tubo evacuado. • Possuem pequena capacidade de penetração. • Para a produção de raios catódicos são usados geradores de van der Graaf e aceleradores lineares. • Para a esterilização de medicamentos são mais usados os aceleradores lineares. Existe uma preocupação quanto ao limite superior do nível de energia dos raios catódicos que podem ser empregados sem induzir radioatividade em certos constituintes dos medicamentos • São radiações eletromagnéticas emitidas por núcleos excitados de elementos como Co60 e Cs137, subprodutos da fissão atômica ou de rejeitos radiaotivos. • Apresentam grande poder de penetração e são importantes para a esterilização de medicamentos, por serem a fonte mais barata de radiação. Raios γ • é uma radiação eletromagnética com um comprimento de onda extraordinariamente curto (menor que 1 A0) • possuem uma extraordinária capacidade de penetração. • Os raios gama surgem na desaceleração das partículas carregadas, na aniquilação de um par de antipartículas (eletron-pósitron, prótonantipróton, etc.) na cisão espontânea ou artificial dos núcleos dos átomos de urânio e plutônio e em algumas outras reações nucleares. POR QUE USAR O PROCESSO DE RADIAÇÃO GAMA ? • • • • • • • • • • • c) PARTÍCULAS α Economicamente viável para grandes ou pequenas quantidades de produtos Um dos processos mais rápidos de esterilização existentes na atualidade Alto poder de penetração, sendo o processo realizado na embalagem final dos produtos Planta automatizada, não há necessidade de manuseio dos produtos Não necessita quarentena ou tratamento pós esterilização (não deixa resíduos) Permite imediato uso dos materiais, após o término do processo Facilmente validado Facilmente monitorado, único fator variável é o tempo Processo de esterilização existente de menor agressividade ao meio ambiente. (sem impacto sobre a qualidade da água e do ar e sem resíduos nocivos, gama proporciona uma evidente vantagem ambiental sobre outros processos de esterilização) Fonte:EMBRARAD Alcance ou penetração da radiação: distância em linha reta percorrida pela radiação • Emissão de um grupo de partículas positivas, constituídas por 2 prótons e 2 neutrons (núcleos de hélio, He,) e da energia a elas associada depende: • Não são usadas na indústria de alimentos •Quanto menor o comprimento de onda maior o alcance •Tipo e energia da radiação •Meio onde se processam as interações PODER DE PENETRAÇÃO DAS PRINCIPAIS RADIAÇÕES Penetração da radiação FONTES DE RADIAÇÃO • Radiações podem ser emitidas por: FONTES DE RADIAÇÃO – elementos químicos com núcleos atômicos instáveis ou – por equipamentos construídos pelo homem. • • • Elementos químicos radioativos podem ser encontrados na natureza (como o urânio natural ou o tório das areias monazíticas) ou produzidos pelo homem através de reações específicas em aceleradores de partículas ou reatores nucleares Acelerador : máquina usada para acelerar partículas a altas velocidades (e alta energia comparada com a energia correspondente à sua massa em repouso). Aceleradores de partículas e tubos de raios-X são fontes de radiação sem a utilização de elementos químicos radioativos. Quando desligados, aceleradores e tubos de raios-X não emitem radiação. Cobalto 60: Fontes de radiação γ • Co60 e Cs137 • Radioatividade: emissão de radiação por um elemento Meia-vida: é o tempo necessário para a atividade de um elemento radioativo ser reduzida à metade da atividade inicial. A meia vida do Co60 é de cerca de 5 anos, enquanto a do Cs137 é de aproximadamente 30 anos. • Co60, é mais utilizado, é um isótopo artificial produzido em quantidades relativamente grandes nos reatores nucleares, mediante irradiação neutrônica do cobalto natural. Apresenta uma meia-vida de 5,3 anos e as fontes radioativas construídas com este material perdem atividade a uma razão de 1% ao mês. Durante a desintegração emitem radiações γ de energia de 1,33 e 1,33 Mev e elétrons de até 0,31 Mev. Esses elétrons não atravessam a parede de aço inoxidável do tubo onde está contido o cobalto. Apenas são usados os raios γ que são pouco retidos pelo tubo • • 60 27 Co → 2860 Ni + e − + γ (de 1,33 a 1,17 Mev) Meia vida = 5,3 anos (perda de atividade ≈ 1% ao ano) Césio 137: • Cs137 pode ser isolado dos produtos de fissão originados das varetas de combustível dos reatores nucleares e tem uma meia vida de 30 anos emitindo raios γ com energia de 0,66 Mev. 137 55 − Cs →137 56 Ba + e + γ (de 0,661 Mev) Meia vida = 33 anos ACELERADORES DE ELÉTRONS • Aceleradores lineares: um campo magnético variável induz um campo elétrico variável na direção do tubo do acelerador, com o campo eletrico &sendo oscilante, mas com o feixe sendo pulsado, para só percorrer o tubo quando o campo aponta no sentido desejado (No Brasil há aceleradores deste tipo no CBPF, na USP e em muitos hospitais.); • aceleradores de van de Graaff: - uma esfera é carregada eletricamente até alguns MV e dentro dela se coloca uma fonte de ions, os quais são acelerados (No Brasil há um na PUC/RJ.); Acelerador de van der Graaf ACELERADORES DE ELÉTRONS radiação γ e β • São equipamentos que não possuem material radioativo em seu sistema, mas utilizam partículas como os elétrons, produzidos a partir do aquecimento de um filamento e acelerados em direção a um alvo, para produzir radiação eletromagnética (em geral raios γ e raios-X). • Feixes de elétrons podem ser produzidos artificialmente por aceleradores de elétrons. • Os elétrons são produzidos por um filamento aquecido pela passagem de uma corrente elétrica e acelerados por uma diferença de potencial. Fonte x aceleradores • A diferença principal entre as fontes radioativas e aceleradores é: – que um acelerador pode ser desligado quando não está sendo utilizado enquanto que um processo de desintegração radioativa não pode ser detido. – Assim as fontes radioativas devem ser usadas ao máximo para a economia do processo Acelerador de van der Graaf MECANISMO DE AÇÃO DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • MECANISMO DE AÇÃO DAS RADIAÇÕES IONIZANTES • • • • • • • O modo exato de ação da energia de irradiação em relação aos seus efeitos letais ainda não está completamente esclarecido. Quando a matéria é atravessada por qualquer forma de radiação ionizante ocorre absorção de energia e pares de íons são produzidos. Esses pares de íons podem ter energia suficiente para produzir novas ionizações, que são responsáveis pelos efeitos biológicos das radiações, como oxidações e reduções. RADICAIS LIVRES são partes de moléculas, grupos de átomos ou átomos simples que possuem um elétron desemparelhado. As moléculas estáveis quase sempre possuem um número par de elétrons, uma configuração com um elétron desemparelhado é uma forma extremamente instável. Os radicais livres possuem uma grande tendência para reagir uns com os outros e com outras moléculas para emparelhar seus elétrons ímpares e obter estabilidade. Os efeitos letais decorrem de modificações nas estruturas moleculares, existindo duas teorias para explicá-las: efeito direto (alvo) e efeito indireto VÁRIOS TIPOS DE LESÕES INDUZIDAS NO DNA POR RADIAÇÃO IONIZANTE a- EFEITO DIRETO OU DE ALVO ("TARGET THEORY") • Os contatos diretos das radiações e partículas energéticas com os núcleos ou pontos vitais das células biológicas foram responsabilizados pelos efeitos letais. Assim, uma mudança de cor ou viscosidade do medicamento seria atribuída à colisão do pigmento ou proteína com a radiação ou partículas energética. • Esses choques diretos não podem explicar a maior parte das alterações em um determinado produto. b- EFEITO INDIRETO • A colisão da célula ou molécula (proteínas, carboidratos, ou lipídeos) com a radiação produz efeitos químicos indiretos com formação de radicais livres altamente reativos, os quais provocam mudanças químicas nos organismos vivos. • A água é o principal componente da maioria dos alimentos. • radiação produz radicais altamente reativos, como os radicais hidroxila (OH) e hidrogênio (H•). Estes radicais podem reagir entre si, com o oxigênio dissolvido na água e com várias moléculas orgânicas e inorgânicas, fornecendo vários compostos e radicais, que pode ser assim esquematizada: DÍMERO D E PIRIMIDINA QUEBRA DA FITA SIMPLES ACÚCAR AÇÚCAR PERDA DA BASE QUEBRA DE PONTES DE HIDROGÊNIO QUEBRA DA FITA DUPLA EFEITOS DIRETOS E INDIRETOS DAS RADIAÇÕES E interage com moléculas vizinhas Água Ácidos nucleicos Proteínas Lipídeos Carboidratos E interage diretamente no DNA Efeito indireto • a- Dois radicais hidroxila formando peróxido de oxigenada) (OH•) combinam-se hidrogênio (água OH• + OH• → H2O2 • b- Dois radicais hidrogênio produzem uma molécula de hidrogênio H• + H• → H2 • c- Um radical hidrogênio mais oxigênio dissolvido formam um radical peróxido H• + O2 → HO2* • d- Dois radicais peróxido produzem peróxido de hidrogênio EFEITO INDIRETO • peróxido de hidrogênio H2O2 um poderoso agente oxidante e um veneno biológico. • Radicais hidroxila e de hidrogênio são fortes agentes oxidantes e redutores respectivamente, podendo reagir com materiais orgânicos e alterar sua estrutura molecular. • Estes radicais altamente reativos podem reagir com os ácidos nucleicos provocando desaminações e desfosforizações que resultam em inativações e mutações. • As radiações ionizantes atuam sobre os microrganismos de modo mais seletivo que o calor, provocando alterações de membranas, enzimas ou ácidos nucleicos. A divisão celular é inibida antes de outras funções como a mobilidade e a respiração. HO2* + HO2* → H2O2 + O2 EFEITO DA RADIAÇÃO NOS MICRORGANISMOS AÇÃO DO CALOR E DA RADIAÇÃO SOBRE ESPOROS DE BACTÉRIAS CALOR RADIAÇÃO • Alteração do DNA - perda da capacidade de reprodução Mecanismo Aumenta movimento de ação browniano. Quebra ligações de H e outras mais fortes Ionizações e excitações ao acaso oxidações e reduções • Alteração na membrana celular Causa da morte das células Inativação do DNA • A sensibilidade varia com: • Espécie microbiana • Composição química do meio Desnaturação de proteínas Efeito sobre Inativadas enzimas nas células Essencialmente não inativadas Efeito do pH Essencialmente independente do pH Fortemente dependente do pH • Disponibilidade de oxigênio • Umidade do alimento Efeito do O2 Independente de O2 Fortemente (estado úmido) dependente de O2 • Condição do microrganismo DOSE • DOSE: quantidade de radiação empregada para eliminar microrganismos • A dose de irradiação é a quantidade de energia de radiação absorvida pela massa. Uma unidade muito usada é o rad (radiation absorved dose) embora a unidade do sistema SI seja o gray (Gy). • Os efeitos biológicos da radiação ionizante dependem da radiação incidente e da quantidade que interage com a massa ou volume do medicamento tratado. • Um gray é definido como a energia de radiação de 1 J absorvida por 1 kg de massa, então • 1 Gy = 1J/kg. • A relação entre o gray e o rad é 100 rad = 1 Gy. • O uso de radiação ionizante deve ser investigado para cada produto e a dose que vai ser aplicada • Resistência dos microrganismos à radiação varia muito • Dose: quantidade empregada de radiação DOSE LETAL DE RADIAÇÃO depende dos seguintes fatores: DOSE • Embora o efeito de uma dose de radiação possa ser influenciada pela taxa de exposição ou "taxa de dose" (a quantidade de energia absorvida por unidade de tempo) os efeitos de irradiação de medicamentos podem ser considerados para apenas o de uma dose total. • A dose máxima aconselhada pelo Joint Expert Commitee on Food Irradiation of the United Nations é de 10 kGy. • O uso de radiação ionizante deve ser investigado para cada produto e a dose que vai ser aplicada, depende da resistência dos microrganismos à radiação varia muito DOSE DE REDUÇÃO DECIMAL: quantidade de energia para inativar 90% da população presente (1 ciclo logarítmico) D de microrganismos • • • • • • número inicial de microrganismos radiossensibilidade dos microrganismos concentração de oxigênio no meio pH temperatura presença de substâncias protetoras no material • conteúdo de umidade do produto e umidade relativa do ambiente EFEITOS ESPECÍFICOS DAS RADIAÇÕES Microrganismos Insetos KGy Esporos Vegetais Clostridium botulinum P.A 3679 3,3 - 3,7 2,2 Homens Células vegetativas: Salmonella typhimurium Staphylococcus aureus Mofos e Leveduras 101 10 0,2 - 0,8 0,1 0,4 - 0,5 102 103 104 105 Dose de irradiação (1 Gy=1 J/kg) D Em geral, quanto mais complexo o sistema biológico, menor energia é necessária para um efeito letal. Dose letal da radiação ionizante LESÃO NO NÚCLEO E NO CITOPLASMA Radicais livres Espécies ativas de O2 Organismo Dose (Gy) Ser humano 6 – 10 Insetos 250 – 10.00 Fe ++ + H2O2 Fe+++ + OH Bacteria 1.000 – 10.000 O2- + Fe+++ O2 + Fe++ Fungos 1.000 – 10.000 Esporos de bactérias 10.000 – 50.000 O2- + H2O2 OH + OH- + O2 Virus 30.000 – 50.000 Bactérias G Leveduras sensibilidade que G + Núcleo (DNA) Fe + OHReação de Fenton dano oxidativo no DNA mutação transformação maligna sensibilidade que bolores câncer morte celular envelhecimento LESÃO NO NÚCLEO E NO CITOPLASMA Radicais livres Espécies ativas de O2 Citoplasma (membranas) membranas carboidratos proteínas lípides formação de peróxidos lipídicos Métodos para reduzir os efeitos colaterais em medicamentos expostos a radiações ionizantes MÉTODO EFEITO Redução de temperatura Redução oxigênio da tensão Imobilização de radicais livres de Redução do número de radicais livres oxidativos para as moléculas ativadas Adição de removedores de radicais livres Competição pelos radicais livres entre os removedores e as moléculas Destilação simultânea remoção de odores volateis indesejáveis, e de precursores desses odores Redução da dose Redução da intensidade dos efeitos alterações das propriedades das membranas alteração no potencial inativação de substâncias receptoras ligadas à membrana mudança de permeabilidade decréscimo de fluidez perda da integridade escoamento de Ca++ aumento da suscetibilidade da e outros íons membrana ao ataque enzimático LISE CELULAR Dose absorvida Em qualquer produto tratado por radiação devem ser observadas as seguintes condições: – a) A dose mínima absorvida deve ser suficiente para alcançar a finalidade pretendida; – b) A dose máxima absorvida deve ser inferior àquela que comprometeria as propriedades funcionais e ou os atributos sensoriais do alimento. • A embalagem deve ter condições higiênicas aceitáveis, ser apropriada para o procedimento de irradiação, estar de acordo com a legislação vigente e aprovada pela autoridade sanitária competente. • Nos casos em que não estejam previstas em legislação nacional, as embalagens em contato direto com o produto devem ser aquelas relacionadas pela Organização Mundial da Saúde, em documento próprio da OMS e submeter-se previamente aos critérios de inclusão de nova embalagem na legislação brasileira. • RADAPERTIZAÇ RADAPERTIZAÇÃO Processos de irradiaç irradiação de alimentos Radapertizaç Radapertização Radicidaç Radicidaçãoão- pasteurizaç pasteurização Radurizaç Radurização Radurizaç Radurização • Usa doses baixas com o objetivo de: • esterilização comercial- redução dos microorganismos até esterilidade comercial • Emprega-se doses mais elevadas– 25 a 50 Kgy (2,5 a 5,0 Mrad) – Esterilização de carnes em geral inibir brotamento( batatas, cebolas, alho, etc) retardar o período de maturação (bananas, mamão, cogumelos, etc) diminuir a deterioração por fungos de frutas e hortaliças ( morango, tomate, etc) controle da infestação de insetos em frutas (mamão, figo, manga), grãos (trigo, feijão), farinhas (trigo, aveia) • Doses 0,4 a 10 Kgy Radicidaç Radicidaçãoãopasteurizaç pasteurização por radiaç radiação • Emprega doses intermediárias com o objetivo de: pasteurizar sucos retardar a deterioração de peixes controle de Salmonella em produtos avícolas 1. INIBIÇÃO DE BROTAMENTOS ALIMENTO BATATA, CEBOLA, ALHO, INHAME, GENGIBRE e OUTROS DOSE DE RADIAÇÃO 0,05 - 0,2 kGy OBJETIVO Prolonga a vida útil pela inibição dos brotamentos. Morte das células germinativas • Doses 2 a 10kgy (100 a 1000 Krad) 2. DESINFESTAÇÃO DE INSETOS ALIMENTO DOSE DE RADIAÇÃO grãos, frutas, legumes e outros alimentos sujeitos ao ataque de insetos - Besouro – ESPÉCIES DE CARUNCHOS DE GRÃOS E CEREAIS OBJETIVO Desinfestação 0,1 a 1kGy Lasioderma serricorne Mata os insetos ou impede sua reprodução através da esterilização. Pode substituir os tratamentos feitos com produtos químicos fumigantes QUARENTENA Infesta quase tudo: farinhas farelos produtos desidratados ervas secas chocolate bolacha rações aminais etc, etc, etc.... DESINFESTAÇÃO Grãos e cereais irradiados 3. RETARDAMENTO DA MATURAÇÃO E SENESCÊNCIA ALIMENTO DOSE DE RADIAÇÃO banana, mamão, manga, goiaba, abacate, tomate, citrus, abacaxi, maçã, pêssego, figo, uva e outros ATÉ 1,0 kGy OBJETIVO Aumento da vida útil PASTEURIZAÇÃO (A FRIO) 4. PASTEURIZAÇÃO A FRIO-Radicidaç Radicidação ALIMENTO produtos lácteos, sucos de frutas, massas frescas, frutas e legumes minimamente processados, carnes, pescados DOSE DE RADIAÇÃO OBJETIVO •Retardar a decomposição por 0,1 a 10 kGy microrganismos • Elimina e /ou reduz Tratamentos o número de combinados: microrganismos Armazenamento patogênicos ou refrigerado: (0°a 3°C) putrefativos e Desidratação parasitas Baixa atividade de • (cisticercose) água Palmito pupunha PASTEURIZAÇÃO (A FRIO) PASTEURIZAÇÃO (A FRIO) Suco de maçã Produtos minimamente processados Couve manteiga Massa pronta de pizza Sucos e frutas IRRADIADO CONTROLE Frango resfriado PASTEURIZAÇÃO (A FRIO) PASTEURIZAÇÃO OUTROS PRODUTOS: Pão de forma Queijo Frescal e Prato Mandioca Mandioquinha (batata baroa) Suco de laranja Morango Cogumelo Cerveja clara (chopp) Polpa de fruta Mosto de cana Garapa Frutas exóticas - Amazônia PESCADO 5. ESTERILIZAÇÃO ALIMENTO Alimentos prontos para consumo como: conservas de hortaliças, carnes, aves, processados. DOSE DE RADIAÇÃO OBJETIVO Esterilização. 20 – 70 kGy o produto após tratamento pode ser armazenado à temperatura ambiente Produto da NASA Ovo em pó Albumina Películas comestíveis Ervas medicinais Vantagens • O processo não utiliza nenhum tipo de agente químico, é livre de resíduos e não demanda quarentena • Sem comprometimento toxicológico e nutricional • Os princípios ativos das ervas medicinais são preservados • Segurança atestada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) • Não agride o meio ambiente Produtos tratados • Agar-agar • Kava kava • Algas marinhas • Marrúbio • Boldo • Mate-verde • Camomila • Melissa • Eucalipto • Menta • Flores de jasmim • Rosamosqueta • Gengibre • Sálvia • Guaraná • Stevia • Tilo http://www.cbesa.com.br/?p=ervas_medicinais IRRADIAÇÃO DE ESPECIARIAS E CONDIMENTOS DETERMINAÇ DETERMINAÇÃO DA DOSE de Irradiaç Irradiação 1- Número inicial de microrganismos 2- Resistência do microrganismo – radiosensibilidade DM =dose de radiação que reduz de 90% a população de microrganismo alimento com pH> 4,5 Clostridium botulinum DM=0,4Mrad 12D 4,8Mrad alimento com pH< 4,5 DM = 0,2Mrad DETERMINAÇ DETERMINAÇÃO DA DOSE • 3- Resistência do alimento Características do alimento: composição química ( teor de água, presença de substâncias protetoras,concentração de oxigênio) estrutura física grau tolerado de alterações DETERMINAÇ DETERMINAÇÃO DA DOSE DETERMINAÇ DETERMINAÇÃO DA DOSE • 4- Resistência das enzimas Enzimas -mais resistentes à radiação ionizante ( esporos do C. botulinum.) DE = 5Mrad 4D = 20Mrad - destruição quase total das enzimas -destruição dos componentes do alimento -afetaria a salubridade Processos combinados calor - inativar enzimas aditivos- sulfitação (inativa as enzimas) irradiação- destruir microrganismos Classificaç Classificação das doses • 5- Características do meio Temperatura e umidade relativa • a) dose baixa : até 1 kGy • 6- Considerações de custo • b) dose média: de 1 a 10 kGy • c) dose alta: de 10 a 50 kGy Dose de radiaç radiação aplicada a diversos alimentos Objetivo Dose (kGy (kGy)) Produtos Dose reduzida (<1kGy) Inibir germinaç germinação 0,05 – 0,15 Eliminar insetos e parasitas 0,15 – 0,50 Retardar processos 0,50 – 1,0 fisioló fisiológicos(amadu recimento) Batata, cebola, alho, etc. Cereais, legumes, frutas frescas e secas,peixe e carnes frescos e secos Frutas e hortaliç hortaliças frescas Objetivo Dose (kGy (kGy)) Dose mé média(1dia(1-10 kGy) kGy) Prolongar tempo de 1,0 - 3,0 conservaç conservação Eliminar 1,0 – 7,0 microrganismos alterantes e patogênicos Melhorar propriedades 2,0 – 7,0 tecnoló tecnológicas de alimenros Produtos Peixes, frangos e morangos Marisco fresco e congelado,carne de aves e animais cruas e congeladas Uva (aumenta a produç produção de suco), verduras desidratadas Objetivo Dose (kGy (kGy)) Dose elevada (10 a 50 kGy)* kGy)* Esterilizaç Esterilização industrial Descontaminar certos aditivos e ingredientes 3 - 50 10 - 50 Produtos IRRADIAÇÃO DE PRODUTOS VEGETAIS Carne, aves, mariscos, alimentos prontos, dietas hospitalares Especiarias, goma natural e preparaç preparações enzimá enzimáticas * Utiliza-se apenas com finalidades especiais -não são recomendadas pelo Comitê Misto de Especialistas FAO/OIEA/OMS, nem pela Comissão do Codex Alimentarium, por questões de segurança alimentar. IRRADIAÇÃO DE PRODUTOS ANIMAIS VANTAGENS X DESVANTAGENS • VANTAGENS – Redução das perdas dos alimentos pós-colheita – Evita brotamento de tubérculos – Pode retardar ou mesmo interromper os processos naturais de amadurecimento e deterioração – Pode eliminar ou diminuir o número de m.o. perigosos nos alimentos – Desinfestação de insetos em grãos, frutas secas e frescas sem uso de produtos químicos – Pode esterilizar completamente um alimento – O produto é tratado em sua embalagem final, evitando a recontaminação – Não há elevação de temperatura durante o tratamento – Não causa danos ao consumidor como os agrotóxicos, pesticidas e alguns aditivos. VANTAGENS X DESVANTAGENS PROCESSO • DESVANTAGENS – Pode ser aplicado somente para alguns tipos de alimentos – Pode afetar vitaminas como E e C – Nas doses recomendadas não elimina todos m.o. – É ineficiente contra vírus • Os alimentos são dispostos em caixas de alumínio e, em seguida, colocados no interior do irradiador, a energia gama proveniente do Co60 penetra no alimento e em sua embalagem, porém a maior parte dela simplesmente passa através do produto, similar ás microondas, sem deixar resíduos. EFEITO DAS RADIAÇÕES SOBRE EMBALAGENS • A radiação pode penetrar nos materiais de embalagem: em geral os alimentos são esterilizados já embalados: – Reduz o risco de contaminação processamento – Facilita o manuseio do produto após o • Os materiais de embalagem podem ser afetados pela radiação podendo ocorrer contaminação dos alimentos pelos produtos de radiólise da embalagem EFEITO DAS RADIAÇÕES SOBRE EMBALAGENS Material de embalagem Dose máxima kGy Efeito da radiação acima da dose máxima Poliestireno 5000 -- Polietileno 1000 -- PVC 100 Escurecimento, liberação de HCl Papel e papelão 100 Perda da resistência mecânica Polipropileno 25 Torna-se quebradiço Vidro 10 Escurecimento INSTALAÇÕES PARA IRRADIAÇÃO INSTALAÇÕES PARA IRRADIAÇÃO • As instalações devem ser projetadas de modo a cumprir os requisitos de segurança radiológica, eficácia e boas práticas de manuseio • Fonte para irradiação duplamente encapsulada em tubos de aço inoxidável, para impedir qualquer fuga durante seu uso numa instalação de irradiação • Câmara de irradiação munida de paredes de concreto e portas de chumbo, projetadas para impedir a liberação da radiação. • Tanque (piscina) para armazenamento da fonte • Sistemas de controle • Dispositivos de intertravamento e alarme impedem que a fonte de radiação se eleve no caso de as portas não estarem lacradas INSTALAÇÕES PARA IRRADIAÇÃO (Cont.) • As instalações devem ser dotadas de pessoal qualificado que possua capacitação e formação profissional apropriadas. • Para aferição do nível de radiação nas instalações e dependências em que se processe o tratamento de alimentos por irradiação é obrigatória a adoção de registro dosimétrico quantitativo, sem prejuízo de outras medidas de controle estabelecidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear. • Os locais e registros são inspecionados pelas autoridades competentes. • Os investimentos para a construção de uma instalação de irradiação são da ordem de US$ 1 a US$ 3 milhões, dependendo do tamanho e da capacidade de tratamento FONTE DE COBALTO 60 http://www.ipen.br/scs/orbita/2002_07_08/toxoplasmose.htm Cobalto 60 tem uma meia vida de 5,26 anos neste período sua atividade é reduzida à metade do valor inicial por decaimento radioativo Fontes para irradiação Cobalto 59 estável absorve um neutron e se transforma no Cobalto 60 radioativo UNIDADE DE IRRADIAÇÃO GAMA O PROCESSO DE IRRADIAÇÃO • • • • • • Os produtos, embalados ou a granel, são deslocados (dentro e fora da câmara de irradiação) através de um sistema transportador (esteiras) sendo submetidos a um campo de irradiação num ritmo controlado com precisão, de forma a absorver a quantidade correta de energia necessária para o tratamento. Os níveis de energia são baixos e, portanto incapazes de induzir radioatividade nos produtos. Operadores qualificados controlam e monitoram eletronicamente a fonte de radiação e o tratamento de produtos através de um console situado fora da câmara de irradiação. Quando a fonte de radiação não se encontra em uso, é mantida dentro de uma piscina profunda. A câmara de irradiação é munida de paredes de concreto e portas de chumbo, projetadas para impedir a liberação da radiação. Dispositivos de intertravamento e alarme impedem que a fonte de radiação se eleve no caso de as portas não estarem lacradas. Irradiador contínuo “Tote box “ Irradiador em batelada RADIOESTERILIZAÇÃO Esterilização de produtos médicos Na fonte de cobalto tipo panorâmica, os materiais, já em sua embalagem final, são submetidos à radiação gama Na fonte de cobalto-60 tipo panorâmica, os materiais, já em sua embalagem final, são submetidos à radiação gama. Em um dos aceleradores de elétrons do Centro de Tecnologia das Radiações do Ipen são esterilizados materiais a serem utilizados em pesquisas do próprio instituto e de outras instituições que solicitam esses serviços Cicloton Irradiador industrial César. Console de controle, a porta de acesso ao irradiador e amostras a serem irradiadas LAY-OUT DE UMA INSTALAÇÃO DE IRRADIAÇÃO GAMA FONTE: ESTABLISHMENT OF A COMMERCIALGAMMA PROCESSING FACILITY MDS Nordion 447 March Road- Ottawa, Ontario, Canada- K2K 1X8 January 16, 2002 Equipamentos de Medição de Radiação Ionizante DOSÍMETRO PESSOAL LEGISLAÇÃO LEGISLAÇÃO ATUAL ALCANCE E REQUISITOS • Resolução RDC nº 21, de 26/01/2001 Regulamento Técnico para Irradiação de Alimentos (revogou as Portarias DINAL nº 09/1985 e 30/1989) • Regulamento aplica-se a todos os alimentos tratados por processo de irradiação. •Controles fitossanitário e zoossanitário critérios estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. • Fontes de Radiação - Autorizadas pela CNEN Instalações e Controle do Processo - Autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear e Alvará Sanitário/ Critérios de Segurança Radiológica e Profissional capacitado • Regulamento aplica-se a todos os alimentos tratados por processo de irradiação. • Obs.: Controles fitossanitário e zoossanitário critérios estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. • Fontes de Radiação - Autorizadas pela CNEN DOSE ABSORVIDA • Revogação das Tabelas Positivas, que restringiam dose e tipo de alimento • Dose MÍNIMA: suficiente para alcançar finalidade pretendida •Dose MÁXIMA: inferior à dose que comprometa as propriedades funcionais e ou os atributos sensoriais do alimento Não deve substituir as Boas Práticas de Fabricação ou Agrícolas DOSE ABSORVIDA Estabelecimento da DOSE MÍNIMA: • em situações especiais como nos casos de surtos; • em situações de controle fitossanitário e zoosanitário. ROTULAGEM CONSIDERAÇÕES GERAIS • Dizeres exigidos para Alimentos em Geral e Específico do Alimento • A indústria que irradiar alimentos deve fazer constar ou garantir que conste a indicação de que o alimento foi tratado pelo processo de irradiação: • Constar no painel principal: “ALIMENTO TRATADO POR PROCESSO DE IRRADIAÇÃO” •Nas NOTAS FISCAIS - alimento a granel • ingrediente irradiado: deve ser declarado na lista de ingredientes, entre parênteses, após o nome do mesmo. •Nas NOTAS FISCAIS e EMBALAGENS - alimentos embalados • Nos locais de exposição à venda de produtos a granel de alimentos irradiados, deve ser afixado: Cartaz, Placa ou Assemelhado com a seguinte informação: “ALIMENTO TRATADO POR PROCESSO DE IRRADIAÇÃO” Efeitos quí químicos e bioló biológicos • A radiólise afeta as macro e micro moléculas do alimento, sendo que as alterações mais importantes são devidas ao efeito secundário. • A sensibilidade à radiação é proporcional ao peso molecular, ou seja, quanto mais complexa a molécula, maior a alteração produzida pela radiação. Alteraç Alterações em outras biomolé biomoléculas • Polissacarídeos: despolimerização • Proteínas: hidrólise de lig. Peptídicas • Monossacarídeos: oxidação e/ou hidrólise • Aminoácidos: desaminação • Ácidos graxos: formação de hidroperóxidos Efeitos quí químicos e bioló biológicos • Os danos causados no DNA e RNA são os maiores responsáveis por impedir a proliferação de microorganismos e inibir a germinação e amadurecimento de vegetais • Os ácidos nucléicos são as moléculas mais atingidas, tanto por efeitos primários quanto secundários. Alteraç Alterações nutricionais e sensoriais As mudanças dependem da dose absorvida Sensoriais: sabor / odor viscosidade cor textura Alteraç Alterações nutricionais e sensoriais Nutricionais Não ocorrem alterações significativas nos macronutrientes, sendo estas comparáveis àsprovocadas por outros tratamentos. Micronutrientes: vitaminas D, riboflavina e niacina são mais radiorresistentes,enquanto as vitaminas A, B1, K e E são mais sensíveis à radiação. Videos • http://www.youtube.com/watch?v=S5q1Xk G0Rk4 • http://www.youtube.com/watch?v=CkoOm 4Lxmjk&feature=related • http://www.youtube.com/watch?v=sMtuho4 QFAQ&feature=related