1 ARQUITETURA FUTURISTICA E ENERGIA SUSTENTÁVEL – Parte II SOUZA, E.M. 1, CASTRO, K.G. ¹, ; DI DIO, R. ², RAUBER, P. ² RESUMO: Devido a grande necessidade enérgica em que se encontra o mundo, a busca por soluções tem se tornado impreterivelmente urgente. Este trabalho tem como objetivo propor o estudo do hidrogênio como uma nova fonte energética eficiente, segura e sustentável, para atender a crescente demanda energética nacional. Demonstrando a sua aplicação na Europa, EUA e Brasil analisando a suas características e propondo um sistema para a introdução da “energia do futuro” as células de combustível H2 do tipo PEM, mostrando as vantagens e desvantagens desta opção comparando com as fontes energéticas em uso no nosso país. PALAVRAS-CHAVE: Energia alternativa, Arquitetura Sustentável, Hidrogênio Oxigênio. FUTURISTICA ARCHITECTURE AND SUSTAINABLE ENERGY – PART II ABSTRACT: Because of the great need that is energetic in the world, the search for solutions has become imperatively urgent. This paper aims to propose the study of hydrogen as a new energy source efficient, safe and sustainable to meet the growing energy demand nationwide. Demonstrating its implementation in Europe, USA and Brazil by analyzing the characteristics and proposing a system for the introduction of the "energy of the future" fuel cells H2 PEM, showing the advantages and disadvantages of this option compared to the energy sources in use in our country. KEY-WORDS: Alternative Energy, Sustainable Architecture, Hydrogen Oxygen. INTRODUÇÃO: A economia nacional tem evoluindo muito colocando o Brasil entre as oito maiores economias mundiais e também tem se destacado como uma das maiores economias verdes. Ministério de Minas e Energia do Brasil tem financiado a criação de fontes energéticas renováveis, como o etanol, biodiesel, usinas hidroelétricas, usinas de biomassa, parques eólicos entre outros. Segundo o quarto balanço do PAC 2 ( Programa de Aceleração do Crescimento) realizado no dia 26 de julho de 2012. Onde o Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão revelou que o Governo Federal já aplicou R$ 55,1 bilhões no Eixo Energia, possibilitando investimentos na área de 1 Acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo (UNIGRAN) ² Docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Agronomia (UNIGRAN), E-mail: [email protected] Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 2 geração e transmissão de energia elétrica, exploração de petróleo e gás natural entre outros. Entre os destaques em energia elétrica está a ampliação em 3.886 MW do parque gerador; a conclusão da linha de transmissão de 600 km que vai de Cuiabá (MT) a Rio Verde (GO); e a entrada em operação de quatro turbinas, que somam 265 MW, da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, no Rio Madeira. Em um ano e meio, o volume total de execuções e de obras concluídas no PAC 2 foi de R$ 324,3 bilhões - o que representa 34% do previsto até 2014, que é de R$ 955 bilhões. Entre 2011 e 2014, a previsão de obras concluídas remete ao valor de R$ 708 bilhões, ou 74% do total do Programa. Estes dados foram apresentados pelo então ministro, com informações do ministério do planejamento. Um grande motivo para estes altos investimentos do governo segundo o Engenheiro Civil Fernando Westphal, gerente de eficiência energética da unidade de sustentabilidade do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações) é que - Sempre quando se fala em projeção de aumento no PIB, há um alerta para uma provável crise de abastecimento de energia. Para crescer de maneira eficaz, temos que mudar nossos padrões de eficiência e esse assunto deveria receber mais atenção do governo. De acordo com o Plano Nacional de Energia (PNE 2030), a energia elétrica de origem hidráulica no Brasil correspondia, em 2005, a 89,5% da oferta existente no país fato que traduz a grande rede hidrográfica existente no país e a característica renovável da matriz energética brasileira. O planejamento atual indica a necessidade estratégica de diversificar essas fontes e aponta para um fato: grande parte desse potencial se encontra na região amazônica. Prevê-se que, em 2030, essa participação caia para 77,4%. Existem vários motivos para se diminuir a participação das usinas hidroelétricas no fornecimento energético nacional, entre os quais Ministério do Meio Ambiente revela que mesmo as usinas sendo uma fonte de energia renovável elas não são um modelo eficiente e sustentável. Onde os altos custos para a criação das barragens, a distancia dos potenciais empreendimentos até os locais de consumo, conflitos com comunidades locais que tem de ser realojadas. E para garantir a geração de energia é necessário ainda investimentos em troca de turbinas, repotenciação de usinas, atualização de tecnologias e equipamentos mais eficientes para redução de perdas de energia a longa distancia, E, além disso, há um desperdício de energia considerável. Quando eletricidade não é consumida nos horários de pico ela não é armazenada e por isso descartada rio abaixo. Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 3 Por fim as questões ambientais onde podem se destacar o impacto ambiental direto especialmente sobre a fauna aquática onde os barramentos se tornam obstáculos a todas as espécies migratórias durante o período da piracema. As barragens inundam grandes áreas de preservação as margens dos rios, e vastas áreas destinadas à agricultura são alagadas. Além destes problemas a geração de energia por meio das hidroelétricas pode ser afetada durante um período de médio e longo prazo por meio de más pratica agrícolas que pode gerar assoreamento de rios ao aumentar o consumo de irrigação e , as queimadas, os desmatamentos, a ocupação indevida de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e a inexistência de áreas de Reserva Legal em muitas propriedades rurais, por exemplo, têm afetado o regime hídrico e os índices pluviométricos em muitas regiões do país, fazendo com que os períodos de seca se acentuem, com consequente diminuição dos volumes dos reservatórios. Todos estes problemas se refletem em altas tarifas cobradas pelas distribuidoras, constantes apagões e acidentes. Estas são algumas das razões estratégicas que levaram o governo a planejar o aumento da participação de outras fontes, sejam elas renováveis ou não, na matriz energética brasileira. A preocupação do governo com o desempenho energético juntamente com a Eletrobras deu se inicio ao Procel, Programa de Conservação de Energia com o intuito de apoiar a implantação da regulamentação da Lei de eficiência energética. (Lei 10.295/2001) no que toca as edificações brasileiras, Além de orientar tecnicamente os agentes envolvidos e técnicos de Prefeituras, para adequar seus códigos de obras e planos diretores. O Procel juntamente com o Inmetro emitem selos que medem a quantidade do consumo energético dos eletrodomésticos, eletrônicos, etc. Dados levantados pelo Procel afirma que as edificações são responsáveis pelo consumo de 42% de toda a energia elétrica consumida sendo: 23% edificações do tipo residencial, 11% do tipo comercial e 0,8% edificações publicas. Onde 48% desse consumo são por condicionamento de ar e 24% por sistemas de iluminação. É evidente que em um futuro próximo precisaremos de uma matriz energética eficiente, ecológica que atenta toda a crescente demanda energética da sociedade. O hidrogênio é titulado por alguns cientistas como o “combustível do futuro”. É uma das matrizes energética brasileira em pesquisa de fonte de energia cuja operação comercial segundo o Ministério de Minas e Energia do Brasil esta prevista para depois de 2030 por meio de um programa nacional de incentivo ao uso de hidrogênio como fonte de Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 4 energia. Para o tal um roteiro para a estruturação da Economia do Hidrogênio no Brasil foi feito em 22 de março de 2005. A descoberta de novas fontes energéticas proporcionou o desenvolvimento tecnológico, estabelecendo novas potencias mundiais, tal como aconteceu com a Inglaterra na primeira revolução industrial por meio da descoberta do carvão, e posteriormente com a descoberta dos combustíveis fosseis e a eletricidade surgiu a segunda revolução industrial pois estas novas fontes de energia aumentou o desenvolvimento tecnológico e os países que dominaram essa tecnologia surgiram no século XX como novas potencias econômicas como a Alemanha, os Estados Unidos da América, Japão etc. Atualmente o mundo depende de recursos não renováveis, como o petróleo e o gás natural para suprir grande parte do consumo energético, estas fontes se concentram em países árabes que não são nações estáveis sendo abaladas por constantes conflitos religiosos, políticos, geográficos entre outros, além de não terem uma boa relação cultural com países do ocidente, fazendo com que o preço do petróleo suba e seja variável, aliado a isso outro grande problema é que os recursos minerais não são renováveis isso tem preocupado o mundo, segundo o grupo Shell estimasse que o petróleo venha entrar em colapso por volta do ano de 2045 a 2050. Assim como no passado o pais que dominar novas fontes de energia ira se estabelecer como grande potencia mundial. Vários países começaram a investir nas pesquisas de fontes energéticas renováveis como o hidrogênio. Embora o Ministério de Minas e Energia do Brasil prevê a entrada da economia do hidrogênio em algumas décadas, No Canada, Alemanha, Espanha, Dinamarca, Islândia, China, Japão, Portugal EUA, e em outros países o hidrogênio não é apenas fonte de pesquisa e um projeto para o futuro, mas sim uma realidade presente, onde vários automóveis e postos de abastecimento com hidrogênio já estão em funcionamento. (Brasil H2) Algumas empresas já se instalaram no Brasil disponibilizando essa tecnologia, dentre elas as que se destacam são a Eletrocell, Unitec, Horizon Fuel Cell Tecnologies, fornecendo células de combustível tipo PEM, que funcionam transformando energia química em energia elétrica, a energia química que abastece uma célula de combustível precisa de dois elementos; um combustível e um oxidante, vários combustíveis podem ser usados, há interesse no hidrogênio e o uso do oxigênio como oxidante, (Eletrocell 2013) pois esses dois elementos químicos se encontra abundancia. Pesquisas da NASA revelaram que o hidrogênio representa cerca de 75% de todos os elementos químicos do Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 5 universo, e cerca de 90% de toda massa atômica ( NASA 2012) porem aqui na Terra o hidrogênio não é encontrado puramente como é encontrado no Sol e no Espaço, isso o torna um combustível de fonte segundaria, ou seja depende de outras fontes energéticas para que ele seja produzido, no caso uma fonte de hidrogênio e oxigênio de fácil acesso é a água, H20. Para se separar as moléculas da água usa-se um processo eletroquímico denominado eletrolise que consiste em submeter uma corrente elétrica na água gerando uma fissão molecular da mesma. A energia gasta para gerar a eletrólise pode ser conseguida por meio de fontes renováveis como a energia eólica, solar tornando viável o processo. O hidrogênio gerado pode ser imediatamente consumido ou armazenado em cilindros de gás e posteriormente quando necessário abastecer as células de combustíveis para a geração de energia. As moléculas do Hidrogênio que é o combustível e as moléculas do oxigênio que é um oxidante procuram fazer ligação química, trocando prótons e elétrons, porem os catalizadores da célula intervém gerando um fluxo de elétrons criando uma corrente elétrica durante o processo de fusão molecular, essa corrente elétrica gera eletricidade e no final do processo o oxigênio se combina com o hidrogênio gerando agua quente, suprindo a demanda energética da residência. Usando se água a tecnologia da célula de combustível de hidrogênio se torna um dispositivo de energia continua. (Brasil H2) A figura abaixo demonstra o funcionamento de uma célula de combustível alimentada por hidrogênio e utilizando o oxigênio disponível na atmosfera como oxidante. (Figura 01esquema de produção de energia e geração de água como resíduo – fonte Brasil H2 2012) Alguns países desenvolvidos estão obtendo bons resultados com a pesquisa do hidrogênio como fonte de energia. A Vila Vestenskov na ilha de Lolland no sul da Dinamarca, a primeira comunidade do mundo a utilizar este tipo de tecnologia. Em sua Web pagina o município revela que. - O projeto para a implementação desta tecnologia Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 6 foi dividido em três fases. A primeira etapa na criação de um teste e planta de demonstração em Nakskov. Na Segunda fase foi instalado células de combustível a hidrogênio em cinco domicílios em Forest West. A terceira fase implementada em 2010 a 2011 incluía cerca de 30 a 45 famílias beneficiadas por este projeto. Em Vestenskov o excesso de energia produzido pelas turbinas eólicas é enviado para um terminal onde ocorre a eletrolise, decompondo a água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio é armazenado em tanques de gás alimentado micro geradores residenciais que são ativados quando os consumidores necessitam de energia e calor. Este projeto mostrou como o excedente de energia a partir de fontes renováveis pode ser convertido para o hidrogênio, se tornou uma solução de energia descentralizada, eficaz, limpa sem nenhuma emissão de CO2.( Prefeitura Municipal de Lolland DK) (Figura 02 Gerador de hidrogênio através da eletrolise na água usando a energia gerada pelo vento e um tanque de gás para armazenamento do hidrogênio. Fonte: Prefeitura de Lolland DK 2012) Até mesmo outros países menos desenvolvidos que também tem feito pesquisas sobre a viabilização do uso das células de combustíveis tem chegado a resultados surpreendentes. No continente africano algumas pesquisas sobre o hidrogênio como fonte energética já se encontra em um estagio avançado. Durante a Maker Faire África que aconteceu nos dias 5 e 6 de novembro de 2012 na cidade de Lagos na Nigéria, foi apresentado um gerador abastecido por urina e criado por quatro garotas, sendo três Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 7 meninas com a idade de quatorze anos e uma de quinze. O resultado do gerador desenvolvido por elas foi de seis horas de eletricidade por cada litro de urina. O funcionamento do gerador é simples, a urina é colocada em uma célula eletrolítica, que separa o hidrogênio, o hidrogênio entra em filtros de purificação sendo armazenado em cilindro de gás e depois abastece o gerador que produz energia elétrica. (Figura 03 Estudantes apresentando seu gerador de energia abastecido por urina fonte Maker Faire Africa 2013) No Brasil alguns exemplos do uso das células de combustível a Hidrogênio estão sendo usados para substituir o petróleo e a gerar eletricidade. A Petrobras inaugurou o primeiro ônibus movido a hidrogênio e um posto de abastecimento com capacidade de gerar até 120kg de hidrogênio por dia a uma pressão de 450kg/cm² capaz de abastecer 3 ônibus com autonomia de 300km o projeto teve parceria do Ministério de Minas e Energia do Brasil, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Global Environment Facility (GEF) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). A cidade de Curitiba o Hospital Erasto Gaertner foi o primeiro a receber um sistema de célula de combustível no Brasil. Este sistema foi adquirido pelo governo do Estado do Paraná através da Companhia Paranaense de Energia Elétrica – COPEL, e doada ao Hospital, onde irar fornecer energia elétrica, aquecimento, substituindo antigas caldeiras e se tornando um objeto de estudo do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – LACTEC – a fim de fazer testes adaptando o maquinário às condições brasileiras e posteriormente fornecer o equipamento para América do Sul. O preço da célula foi de US$ 862.000,00 com mais R$ 74.866,66 de despesas adicionais com seguro e transporte, devido a finalidade de ser um objeto de estudos e pesquisas foi isenta de impostos federais e estaduais como o IPI e ICMS. O custo foi alto porem além de todos os inestimáveis ganhos ambientais, e por ser uma tecnologia importada e pioneira, como resultado final reduziu custos de energia em torno de 80% para o Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 8 aquecimento do hospital. A tendência é que o preço da célula de combustível caia pela metade a cada cinco anos até se estabilizar no mercado nacional como uma fonte energética competitiva. ( Estudo de caso da implantação da Célula a combustível no hospital Erasto Gaertner 2004) Este estudo visa mostrar o potencial que as células de combustível abastecidas por hidrogênio, têm tornando se uma grande promessa para um futuro próximo, e sendo uma realidade, foi visto que o envolvimento do governo por meio de incentivos, é de grande valia durante o processo de implantação desse sistema. O Brasil tem um grande potencial para dominar essa tecnologia, por ser uma das poucas economias que dispõe de fontes primarias de energia renovável, e recursos naturais abundantes como a água, estabelecendo o Brasil ainda mais como um líder energético no cenário mundial. MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo foi embasado em dados disponibilizados no site do Governo Federal do Brasil, do Ministério de Minas e Energia, Ministério do Planejamento, Ministério do Meio Ambiente, Programa de Conservação de Energia Elétrica, PROCEL, e governo Municipal de Lolland na Dinamarca, algumas dissertações, artigos científicos teses, sobre arquitetura sustentável, engenharia mecânica, química, dados técnicos das fabricantes de Células de Combustível a Hidrogênio. Buscando informações referentes ao hidrogênio como fonte de energia limpa e renovável aplicada as edificações, e sendo uma opção promissora no setor energético, voltado à sustentabilidade. RESULTADO E DISCUSSÃO. O hidrogênio está presente em quase todos os elementos disponíveis na natureza, porem não é encontrado em seu estado puro, tornando preciso uma fonte de energia primaria para que se possa obter o hidrogênio, ou seja, é preciso se gastar energia para se retirar o hidrogênio de outros elementos. Para ser tornar viável ecologicamente deve se utilizar fontes energéticas limpas e renováveis, tais como a energia eólica, solar, hidroelétricas e energia térmica evitando usar algum tipo de combustível finito e poluente. Existe a utilização do etanol e outros combustíveis, porem o seu método é chamado de reforma do metanol, porem é um sistema complexo e inviável para utilização residencial, (SILVA, 1991) A figura? abaixo mostra fluxograma das possíveis energias primarias para se utilizar o hidrogênio e os seus respectivos processos: Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 9 ( FIGURA 04 –Esquema de produção de hidrogênio a partir de diferentes fontes de energia. Fonte: Silva (2006). Na natureza vários elementos químicos dispõe o hidrogênio em sua estrutura molecular, como é o caso do metano, etanol, gasolina, água entre outros, no entanto é necessário tomar cuidado com qual elemento escolher e a destinação do subproduto que sobrar depois de se retirar o hidrogênio, por exemplo: O metano C1H4 ao se retirar as quatro moléculas de hidrogênio do metano ira sobrar uma molécula de carbono, que ira prejudicar o meio ambiente se não for utilizada em algo como a fermentação de bebidas. O funcionamento de alguns sistemas disponíveis aqui no Brasil é semelhante ao utilizado em boa parte do mundo. Através de fontes primarias limpas e renováveis como a energia solar, e utilizando a água como fonte de hidrogênio, á agua H2O torna-se interessante pois aos se extrair as duas molécula de hidrogênio, sobra como subproduto o oxigênio, que pode ser lançado diretamente na natureza, no final do processo o hidrogênio se recombina com o oxigênio encontrado na atmosfera e se transforma em agua novamente tornando se uma fonte de energia de modo continuo e sem nenhuma emissão de CO2 a figura ?? A seguir demonstra o funcionamento do sistema: Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 10 (FIGURA 05 – Funcionamento do sistema solar-hidrogênio-célula á combustível. Fonte: Site Empresa Unitech Ltda 2013) Como podemos ver o oxigênio é simplesmente descartado na atmosfera, isso já é um grande beneficio para a comunidade local assim os bairros funcionariam como um coral de algas marinhas produzindo oxigênio para o planeta, melhorando a qualidade do ar em grandes centros urbanos poluídos pelo monóxido de carbono, e o próprio oxigênio poderia ajudar na diminuição do buraco de ozônio, na medida em que o oxigênio produzido subir para a atmosfera uma molécula de oxigênio poderá se combinar com mais outras duas moléculas de oxigênio formando o O3 conhecido como ozônio, porem se o oxigênio for utilizado dentro da própria residência ele poderá aumentar a eficiência energética e gerar ótimos benefícios para os inquilinos. O oxigênio poderia ser utilizado para oxigenar a residência durante o processo de condicionamento do ar ou seja proporcionar um ar puro dentro da residência ajudando a combater doenças respiratórias causadas por um ar poluído, para se aumentar a eficiência desse sistema poderia também se recriar pequenas câmaras hiperbáricas adaptadas para o fim residencial. O Centro Europa de Medicina Hiperbárica e Tratamento de Feridas Refratárias no Brasil tem utilizado essa técnica pioneira na área da saúde no Brasil e afirma que: Câmeras hiperbáricas é uma espécie de câmara onde o individuo passa a respirar oxigênio 100% sub uma pressão correspondente a aproximadamente 10 a 20 metros de profundidade no mar. Essas câmaras são utilizadas em tratamentos medicinais denominado como oxigenioterapia. O oxigênio, quando administrado sob pressão, funciona como um medicamento. A elevada pressão desse gás no ar, quando ingerido, corresponde a um grande aumento da fração de oxigênio dissolvido no plasma. Esse aumento faz com que o gás se difunda a uma distância até quatro vezes maior, Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 11 atingindo pontos que se encontram pouco oxigenados. Uma vez melhor oxigenadas, as células chamadas fibroblastos voltam a ter a sua função normalizada, com consequente estímulo na formação de novos capilares sanguíneos, aumento da ação bactericida e bacteriostática dos antibióticos, e formação de células responsáveis pela estrutura da pele. Inúmeros trabalhos publicados em todo o mundo nos últimos 40 anos comprovam a eficácia da Oxigenioterapia Hiperbárica como excepcional ferramenta do tratamento médico, promovendo, entre outros efeitos, o retorno dos fibroblastos a suas funções normais. Isso culmina com a aceleração de cicatrizações, melhora a qualidade da osteogênese e dos tecidos de granulação e um combate mais eficaz de infecções. Atua também de maneira sinérgica com determinados antibióticos, ou seja, aumenta a eficácia dos mesmos. Desta forma, pode auxiliar a reduzir ou até mesmo evitar procedimentos cirúrgicos mutilantes e excessivos, proporcionando uma recuperação mais rápida e com melhores resultados clínicos. A ideia é utilizar o oxigênio que sobra da fissão molecular da água para se utilizar em pequenas câmeras hiperbáricas, que serão utilizadas como pequenos dormitórios, o ser humano passa em média um terço de sua vida dormindo, algumas pessoas devido a algumas enfermidades vivem acamadas. A produção câmara hiperbárica residencial não terá as mesmas pressões e concentrações de oxigênio que as disponíveis hoje em hospitais, consecutivamente a sua eficiência será menor, porem a intenção dessa câmara não é a mesma das que existem hoje, ou seja: ela não terá como objetivo principal ser usada no tratamento de doenças. O seu objetivo é aumentar a qualidade de vida, imagine se em vez de se recuperar dez vezes mais rápido de uma enfermidade em uma câmera hiperbárica atual, em uma futura câmera hiperbárica residencial o individuo possa recuperar as suas energias durante o sono pelo menos três ou quatro vezes mais rápido e melhor do que se estivesse dormindo em um ambiente comum. Para tal feito não será preciso uma grande demanda de oxigênio, sendo que apenas 20% do ar que respiramos na atmosfera é oxigênio, assim se acrescentarmos 20% a mais de oxigênio dentro de uma pequena câmara hiperbárica residencial estaríamos então praticamente dobrando a concentração de oxigênio respirado pela pessoa que estiver dormindo ali. E pelo fato de oxigenar apenas a câmara e não o dormitório todo o consumo de oxigênio será reduzido aumentando assim a eficiência do sistema. Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 12 Outra opção para a utilização do oxigênio é sua utilização em purificadores de água conhecidos como filtro de ozônio, esta espécie de filtros tem grande poder de purificação eliminando bactérias que o cloro não mata, sendo usado por muitas clinicas e hospitais durante processos de esterilização assim como também o para a purificação de água para o consumo humano. CONSIDERAÇÕES FINAIS O resultado desta pesquisa mostra que as células de combustível movidas a hidrogênio, são uma boa alternativa para o fim da dependência de combustíveis fosseis não renováveis e uma ótima opção para se aposentar as fontes energéticas que geram um grande impacto ambiental. O potencial energético do hidrogênio como fonte de energia limpa e renovável pode ser aumentado quando se utiliza a energia solar ou eólica para se fazer a eletrólise da água. Embora o Hidrogênio possa ser obtido de vários elementos químicos a água torna-se uma das opções mais interessantes, onde se retira o hidrogênio para a geração de energia e se obtém o oxigênio como subproduto. Este pode ser aproveitado para abastecer câmaras hiperbáricas residenciais, ou filtros de ozônio tornando-se um meio de se proporcionar uma grande qualidade de vida e saúde para as pessoas que se beneficiarem deste sistema. O hidrogênio depois de passar por todo o processo de geração de energia ele se recombina com o oxigênio na atmosfera formando água potável como resíduo final do processo, fazendo com que esse sistema seja um meio para geração de energia continua. O sistema também descentraliza totalmente o sistema de geração e distribuição de eletricidade, tornando-se mais eficiente que a energia hidroelétrica. Porem hoje o seu custo esta relativamente caro, no entanto em um futuro próximo vários fatores podem reverter esta situação como, por exemplo: A produção em série e em grande escala, incentivos do governo, e a adição de carbono nos catalizadores de platina pode reduzir os custos do sistema tornando o viável economicamente, podendo entrar na economia brasileira depois do ano de 2030 como informa o Ministérios de Minas e Energia do Brasil. As células de combustível a hidrogênio pode fortalecer ainda mais o Brasil como líder em energia renováveis e limpas, além de ser um sistema que por gerar um beneficio ecológico, social e futuramente econômicos quando este sistema atingir o estágio de produção industrial será uma grande opção de ser um modelo sustentável a Revista de Ciências Exatas e da Terra UNIGRAN, v2, n.2, 2013 13 ser seguido. E por ser uma grande promessa para se tornar o combustível do futuro é fundamental estar atento a estas novas tecnologias, domina-las bem e utilizar em todas as áreas possíveis, como no transporte, na indústria e também nas edificações, pois os seus benefícios serão inquestionáveis contribuindo para a preservação do meio ambiente. 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