Rota
das Amendoeiras
Rota das Amendoeiras
Percursos rodoviários
A sua viagem pelas mais belas
paisagens das regiões
de Trás-os-Montes, Alto Douro
e Beira Alta, começa aqui.
Macedo
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Parque Natural do
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Castelo Rodrigo
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Pinhel
Trancoso
Freixo de Numão
Penedono
Trancoso
Marialva
Meda
Longroiva
Vila Nova de Foz Côa
Pocinho
Rota A
Rota B
Rota C
Rio
Rio
Meda
Marialva
Aguiar
da Beira
33
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Penedono
Rota B
Penedo Durão
2
Longroiva
Sernancelhe
Freixo de
Espada-à-Cinta
Pocinho
Vila Nova
de Foz Côa
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Freixo
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226
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Mogadouro
21
214
323
Sabrosa
Alfândega
da Fé
Tua
102
IP
212
4
Santa Comba
de Vilariça
Cultura e Natureza
Linha do Douro
Um passeio ao encontro da primavera
O pelourinho (séc. XVI), rematado por secção
piramidal invertida, parece incompleto. Foi famosa
pela sua produção cerealífera, a ponto de ter sido
celeiro da Ordem de Cristo. Atualmente, é
reconhecida pela sua produção vinícola.
A partir do final de fevereiro, tem início um dos espetáculos naturais mais bonitos
do norte de Portugal - a floração das Amendoeiras.
Esta árvore, de origem do oeste Asiático, chegou à Europa há mais 1500 anos. A sua flor,
símbolo da declaração do amor eterno, tornou-se musa inspiradora de artistas como Vincent
Van Gogh, através de um dos seus célebres quadros conhecido como “Ramo das Amendoeiras”
(1890), exposto no museu Van Gogh, em Amesterdão, ou de Amália Rodrigues através do seu
fado “Amêndoa Amarga”.
Deixe-se também inspirar e desfrute das paisagens deslumbrantes existentes ao longo deste
percurso.
É uma terra de transição entre a zona serrana e o
Douro, partilhando assim o granito e o xisto.
Longroiva
Tempo livre
Penedono
Rota B
Programa
Freixo de Numão
Saindo no apeadeiro de Freixo de Numão,
seguimos em direção à vila com o mesmo nome,
uma das freguesias mais importantes e
progressivas das 17 que compõem o concelho
de Vila Nova de Foz Côa.
A 500 metros de altitude, esta freguesia oferece
uma panóplia de vestígios históricos, como
é o Castelo Velho, com restos de duas linhas
de muralhas circulares e uma torre central,
que defendiam um povoado fortificado da Idade do
Ferro. O local oferece ainda uma excelente
perspetiva para sul, avistando-se, da esquerda para
a direita: Foz Côa, Serra da Marofa, Almendra e
Castelo Rodrigo.
Presentemente, sabe-se que o homem do Neolítico
já ocupava os rochedos do Prazo, contudo a época
Paleolítica (Idade do Cobre) é a mais bem
representada neste local, revelando os abrigos de
Painova e do Vale Ferreiro, uma densa ocupação. Na
estação arqueológica descoberta em 1995, já foram
encontrados vestígios de uma casa agrícola
romana, uma igreja paleocristã e sepulturas dos
séculos III e IV.
Da poesia até à arquitetura, em plena Serra de
Serigo, passamos para o Castelo de Penedono,
de planta hexagonal irregular, foi edificado, talvez,
no século XIV, por D. Vasco Fernandes Coutinho,
sendo hoje classificado como monumento
nacional.
Trancoso
Tempo para almoço
A próxima viagem faz-se rumo ao sul, ao longo
de uma paisagem de planalto até Trancoso, uma
vila medieval. Esta vila foi palco de diversos eventos
militares, como a Batalha de São Marcos,
que juntou os terços de Trancoso e Linhares,
derrotando o exército castelhano.
Na vila permanecem intactas quatro portas:
a sudoeste a Porta de El-Rei, ladeada por dois
torreões com as armas reais; a norte, a Porta
do Prado, protegida também por duas torres,
existindo ainda a do Carvalho e a de São João.
Penedono
A visita ao interior do castelo, situado a noroeste da
vila, proporciona um panorâmico passeio pelos
adarves (em Árabe: muralhas de fortaleza),
podendo apreciar-se a cisterna e a torre de
menagem, em forma de pirâmide truncada, que
mostra uma curiosa janela em arco de ferradura, de
nítida inspiração mudéjar.
Chegados à vila de Penedono, deparamo-nos com
o que foi berço de Álvaro Gonçalves Coutinho,
“O Magriço”, eternizado por Luís Vaz de Camões
na sua obra Os Lusíadas, no episódio dos Doze
de Inglaterra (canto VI).
Consta a lenda que no século XV aqui terá vivido o
padre Francisco da Costa, que terá gerado 299
filhos em 53 mulheres. Julgado e condenado à
morte, foi perdoado por D. João II, que o mandou
em liberdade “com o fundamento de ter ajudado a
povoar da região.”
Tempo livre
Marialva
Visita guiada ao castelo
Visitar Marialva é como recuar no tempo, embora
reste uma vila muralhada, abandonada pelos
homens, que insatisfeitos com o difícil acesso ao
outeiro, construíram um novo burgo, junto aos
terrenos agrícolas.
No interior deste recinto amuralhado, encontram-se
as ruínas do paço da Alcáçova, da Casa da Câmara
da Cadeia, para além do pelourinho manuelino e da
Igreja do Castelo. O Castelo foi reedificado por D.
Sancho I, mais tarde por D. Dinis e ainda por D.
Catarina, viúva de D. João III. É formado por 4 torres
e 4 portas, avistando-se do alto das suas muralhas,
as terras de Espanha.
Foi local da tribo lusitana dos Aravos (“Civitas
Aravorum”). Mais tarde, foi arrasada pelos bárbaros,
tendo sido
reconstruída pelos mouros (séc. VIII). Depois, foi
ainda reconquistada aos infiéis por
Fernando Magno.
Certamente, também este local, foi objeto
de passagem de outros povos, fruto da sua
localização fronteiriça.
Meda
Tempo livre
Chegados a Meda, deparamo-nos com uma região
com baixa densidade populacional e uma
arquitetura histórica baseadas no estilo barroco,
como pode ser visto na Casa da Câmara e no Solar
das Casas Novas, com um brasão setecentista.
Outrora teve um castelo ou torre de atalaia, tendo
mais tarde sido adaptada a torre de relógio. Daqui é
possível avistar o centro histórico, com a Igreja
Matriz (séc. XVII).
Antes de passar por Vila Nova de Foz Côa nada
como visitar Longroiva, uma povoação de origem
céltica, segundo a obra “O Concelho de Meda” do Dr.
Jorge de Lima Saraiva. Contudo, não só de celtas se
faz a história desta freguesia. Desde vestígios dos
tempos do megalitismo até ao império romano,
longa é a herança histórica deixada.
As Termas de Longroiva convenientemente
aproveitadas representam uma extraordinária
valorização para esta antiga vila e para o concelho
da Meda, onde hoje se integra.
Vila Nova de Foz Côa
Antes de finalizarmos este percurso, temos ainda
tempo para visitar Vila Nova de Foz Côa, tornada
famosa pelas suas gravuras paleolíticas que
concedem à região a classificação de Património da
Humanidade.
A paisagem que acompanha a viagem é um
mergulho na natureza, onde o rio rasga as
montanhas e vagueia por entre escarpas e encostas,
numa harmonia perfeita.
Pocinho
De regresso ao Pocinho, é com o Douro Vinhateiro,
Património Mundial, bem à vista que o itinerário
termina, na ampla Estação do Pocinho onde
o espera, para regresso tranquilo, em direção ao
Porto, o comboio da Linha do Douro, deixando para
trás um dia bem passado.
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