GOLFE UM CLUBE UM DESPORTO, UMA PAIXÃO SUPLEMENTO DA REVISTA ACP . Nº 706 . ANO LXXXI . MARÇO. 2010 Não pode ser vendido separadamente TORNEIO PALMELA GOLF VILLAGE BOA VONTADE ENTREVISTA MARIA TERESA LAGOA REGRA DE GOLFE POR AMADEU FERREIRA NOTÍCIAS E AGENDAS DOS PRÓXIMOS TORNEIOS EDITORIAL É com uma grande satisfação que lançamos a 1ª edição de uma revista exclusiva para os membros do ACP Golfe. Com esta iniciativa, esperamos criar um meio mais directo e objectivo para dar uma maior ênfase às actividades mensais em que todos participamos, assim como criar um espaço capaz de abordar as mais diversas questões relacionadas com o golfe. Esta revista pode também ter um papel elucidativo e didáctico, no que diz respeito às regras de golfe, num ano que começa com uma renovada comissão técnica ACP Golfe, constituída por árbitros nacionais e oficiais da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), que nos irão acompanhar durante os eventos e ajudar a compreender as regras deste jogo. A preocupação de instituir uma cultura de rigor e entendimento pelas regras é muito importante para o desenvolvimento da pessoa enquanto jogador, tornando-se assim numa das nossas prioridades. PÁG. 3 EDITORIAL PÁG. 4 AGENDA E NOTÍCIAS PÁG. 5 TORNEIO SENIORES PALMELA PÁG. 6-7 TORNEIO BOA VONTADE PÁG. 8-9 ENTREVISTA SÉRGIO CORDEIRO PÁG. 9 EXEMPLO DE REGRAS DE GOLFE PÁG. 10 ENTREVISTA MARIA TERESA LAGOA FICHA TÉCNICA Nº 706 MARÇO 2010 CONSELHO EDITORIAL Carlos Barbosa (Presidente), Margarida Pinto Correia DIRECTOR Margarida Pinto Correia REDACÇÃO Mário Vasconcellos ([email protected]) e Isabel Pires de Carvalho Numa altura em que o golfe mais precisa de nós, pois pertencemos a um país ainda com poucos jogadores, temos que contar não só com os clubes, mas também com o envolvimento dos seus membros para promoverem a modalidade junto dos seus próximos. O ACP apostou no golfe com a pretensão de ter uma palavra a dizer em relação ao aumento de jogadores em Portugal, trabalhando para os seus associados, sem descurar a questão da formação e desenvolvimento da modalidade. Estamos cientes que temos um longo caminho pela frente, mas já conseguimos criar o acesso aos serviços básicos por um valor muito baixo, complementando-o com acordos que permitem a frequência de campos e academias, por DIRECTOR GERAL Tomaz Alpoim ([email protected]) Tel.: 213 180 184 PUBLICIDADE Francisco Cortez Pinto ([email protected]) Tel.: 213 180 212 Elizabete Caboz Tel.: 213 180 167 Fax: 213 180 170 e 213 159 121 | GOLFE | preços também bastante competitivos, e um calendário de provas extenso. Os jovens são uma preocupação crescente, e embora não tenhamos espaço físico para os receber, tencionamos abrir um leque de vantagens para os mais novos, que lhes possibilite iniciarem-se nesta modalidade com preços muito interessantes. Falamos para os 30 mil sócios ACP Junior, um número extraordinário, capaz de se traduzir em muitos golfistas, os quais queremos acompanhar e motivar. Esperamos que esta revista seja vista por todos os membros e parceiros do Clube como uma aposta no que diz respeito à divulgação desta modalidade, no universo ACP Golfe e no golfe português em geral, pois falamos de um desporto único, cada vez mais global e acessível a todos. O Golfe é um dos melhores meios de interagir socialmente, onde existe uma latente confraternização entre os jogadores, e um ambiente de amizade muito grande, fazendo com que as pessoas se conheçam. Este desporto, ao mesmo tempo extremamente pessoal, uma vez que o resultado depende exclusivamente do jogador, tem também um carácter saudável enorme, já que é praticado ao ar livre sobre qualquer condição. Dedico estas palavras a toda a equipa da Revista ACP, com especial admiração e saudade à pessoa que a idealizou, Carlos Morgado, que lamentavelmente já não está entre nós e com quem aprendi muito, tendo-me entusiasmado a desenvolver este projecto. MANUEL A. QUINTA DIRECTOR ACP GOLFE Pré-impressão Pré & Press Impressão Lisgráfica, SA Expedição Porenvel Esta edição de Revista Golfe faz parte integrante do nº 706 Março da Revista ACP e não pode ser vendida separadamente R. Rosa Araújo, 24, 1250-195 LISBOA Tel.: 213 180 100 Fax: 213 180 227 [email protected] PAGINAÇÃO Filipa Laires ([email protected]) AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL 3 | GOLFE | NOTÍCIAS AGENDA VENCEDORES TORNEIOS MAIS IMPORTANTES PRÓXIMOS TORNEIOS 2010 PENHA LONGA RECEBE 54º OPEN PORTUGAL ABRIL 14 – Circuito Sénior 3ª Prova Bom Sucesso Golf Resort 17 – Troféu ACP (2ª Fase) – Golfe de Amarante (a) MAIO 5 – Circuito Sénior 4ªProva – Aroeira I 8 – International Pairs – St Estevão (b) 22 – Campeonato do Clube 1as Cat – Tróia (c) JUNHO 2 – Circuito Sénior 5ª Prova – Estela (d) 26 – Campeonato do Clube 2as Cat – Ribagolfe II (e) JULHO 7 – Circuito Sénior 6ª Prova – Praia D'el Rey (F) 10 – Qualificação PRO AM 4ºPortugal Masters – Bom Sucesso Golf Resort (F) (a) A 2ª fase do Troféu ACP é desta vez disputada a norte, e irá também apurar 24 jogadores para disputar a final no dia 6 de Novembro. (b) Este torneio internacional de pares, apura os dois primeiros classificados para jogar a final nacional e posteriormente tentar um lugar na final mundial, no campo Escocês de Loch Lomond. (c) O ACP Golfe volta a Tróia, sem dúvida um dos mais exigentes e bonitos campos portugueses, para organizar o campeonato de 1as categorias, e encontrar o melhor jogador do clube. (d) O Circuito Sénior Semana visita de novo o campo mais a beira-mar de todo o norte do País. Com uma paisagem única, será uma oportunidade a não perder visitar aquele que é indiscutivelmente um dos melhores campos de golfe do País. (e) O campo do Ribagolfe II foi o palco escolhido para o campeonato do clube de 2as categorias. Um campo já bem conhecido dos membros, o qual já perto do Verão decidirá o campeão desta categoria (f) Julho será o mês do Oeste do País, com os seniores ACP a desafiarem o fantástico campo de Praia D’el Rey no dia 7, enquanto o Bom Sucesso, com todo o seu esplendor, acolherá a 2ª edição do torneio que apurará uma equipa ACP de três jogadores para representar o clube na fase final no Algarve e conseguir um lugar no PRO AM do evento 2010, o Portugal Masters no Vitória. 4 O Estoril Open de Portugal regressa ao Penha Longa Hotel, Spa & Golf Resort de 1 a 4 de Abril, para reencontrar um dos mais vanguardistas destinos de golfe da Europa Continental. O programa de renovação, cujo orçamento ascendeu a dois milhões de euros, transformou o já famoso Atlantic Course numa escolha irresistível do European Tour como palco do Open nacional de Portugal. Apelamos a todos para não perderem a oportunidade de ver de perto a elite do golfe europeu, que volta à Penha Longa este ano para descobrir um rejuvenescido e moderno traçado com a assinatura do reconhecido arquitecto de campo de golfe, Robert Trent Jones Jr. ANÚNCIO DO MASTERS MASTERS DE AUGUSTA Dia 8 a 11 de Abril, será a vez do Torneio Masters de Augusta. A história do Masters assenta na lendária figura de Bobby Jones, a grande vedeta dos anos 20, que conseguiu a proeza de ganhar, no mesmo ano, o então chamado "Grand Slam". Dedicou-se a um grande projecto: construir um campo de golfe em Augusta, na Georgia, cujo traçado devia respeitar a topografia natural do local e conter os ingredientes necessários para tornar o campo competitivo para os melhores jogadores, e que pudesse igualmente ser jogado com prazer por todos os jogadores do clube a constituir. Assim nasceu o Augusta National Golf Club que teve como fiel intérprete da filosofia do campo defendido por Jones. Pode ver a competição em directo na Sport Tv Golfe. CASO TIGER WOODS IMPACTO NO GOLFE MUNDIAL O jogador número 1 do mundo, protagonizou um dos maiores abanões de sempre no universo do desporto. A decisão de Tiger Woods suspender a sua participação em competições, após as suas infidelidades conjugais serem tornadas públicas, poderá ter um impacto que ronda os 150 milhões de euros nas receitas das cadeias de televisão dos torneios de golfe e seus patrocinadores. O número de espectadores dos torneios de golfe caiu cerca de 35%, e as audiências em todo a mundo também estão a sofrer baixas. A declaração pública de pedido de desculpas apresentado por Tiger Woods, pode indicar que o jogador se prepara para voltar. PATROCINADORES: AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL 1º TORNEIO SÉNIOR | GOLFE | O PALMELA GOLF VILLAGE MARCOU O INÍCIO DO CIRCUITO SÉNIOR SEMANA O ACP GOLFE ESCOLHEU UM CAMPO NOVO PARA DAR INÍCIO AO CIRCUITO DE 2010, ONDE OS 46 MEMBROS PRESENTES TESTARAM AO MÁXIMO AS SUAS CAPACIDADES, NUM PERCURSO COM 12 BURACOS PAR 3. Após o sucesso das duas primeiras edições – 2008 e 2009 - elaboramos um calendário mais alargado, com 10 provas, e contamos mais uma vez com a parceria do Clube de Golfe dos Engenheiros na organização do circuito. Num ambiente de grande descontracção e com um tempo magnífico, disputou-se a 1ª prova da 3ª edição do Circuito Sénior Semana ACP Golfe. Prova que chegou a ser adiada um dia devido à previsão de muito mau tempo. O palco escolhido foi o Palmela Village Golf Resort, um PAR 61 concebido pelo arquitecto Jorge Santana da Silva. Um “Executive Course” que pode ser jogado em cerca de IIIIIIII AS CLASSIFICAÇÕES NA OM APÓS A 1ª PROVA: Gross 1. José da Silva 2. José Cândido de Oliveira 3. João Soares Alves 40 pontos 35 pontos 32 pontos Net 1. José Cândido de Oliveira 2. João Soares Alves 3. Luciano Assunção 40 pontos 35 pontos 32 pontos 2h30m (18 buracos), apresentando inúmeras situações de jogo desafiantes, num ambiente de grande beleza natural. A inovação do campo não é medida pelo seu tempo de jogo, mas especialmente pelos desafios que apresenta – 3596 metros de um campo plano, entre oliveiras, pinheiros, sobreiros e lagos que presenteiam, mesmo os melhores jogadores, com um desafio de jogo interessante. O campo caracteriza-se por uma grande diversidade de buracos, com greens grandes e fairways ondulados, e apesar do grande número de PAR 3 (12) oferece ao jogador um bom teste ao seu jogo, mesmo para os jogadores mais exigentes. Os líderes provisórios nas Categorias Gross e Net são José da Silva e José Cândido de Oliveira. O Nearest To The Pin que premeia o jogador com 4 pontos extra foi ganho por João Bonaparte. Com o patrocinador Widex em pano de fundo, Firmino Galego estuda meticulosamente a linha do seu Put (em cima) Em baixo Manuel Arrabaça observa do seu shot de saída no buraco 4 Esquerda – Germano Marta e Benildo Lopes atentos ao putt Em cima – José Abreu À direita – Olhares atentos, enquanto Noé Fontes se prepara para dar a sua pancada no Nearest to The Pin especial no buraco 17, ganho por Benildo Lopes AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL 5 | GOLFE | IV TORNEIO DA BOA VONTADE À esquerda: Rui Sequeira (vencedor Gross com 28 pontos) direita: Diogo Martinez BOA VONTADE EM DESTAQUE NO 1º TORNEIO DA ÉPOCA O GOLFE QUINTA DA MARINHA TESTEMUNHOU MAIS UM DIA INESQUECÍVEL NA VIDA DOS MAIS NECESSITADOS DO BAIRRO DO FIM DO MUNDO E NA VIDA DOS JOGADORES QUE AÍ ESTIVERAM PRESENTES. Pelo 4º ano consecutivo, o ACP Golfe apoiou na organização do torneio de solidariedade a favor das obras de apoio da Casa Grande/ATL da Galiza (Santa Casa da Misericórdia de Cascais) às populações carenciadas do bairro do Fim do Mundo. Um apoio que o ACP Golfe encara com enorme satisfação. O ATL da Galiza é uma delegação da Santa Casa da Misericórdia de Cascais que, há mais de 20 anos, começou por ser um simples ATL para os jovens do Bairro do Fim do Mundo e que, e pela enorme força de quem lá trabalha e pequenas ajudas de voluntários, rapidamente expandiu as suas actividades, sendo hoje um autêntico interface entre aquele bairro de tremendas carências e o Cascais que vive bem. Apoia crianças e adultos, ajudando 6 nos estudos, tomando conta das crianças, dando formação profissional, religiosa e de integração na sociedade portuguesa. O interesse de longa data da Câmara de Cascais, formalizado pela presença do Vice-Presidente da Câmara durante o almoço, pôs este torneio noutro escalão bem mais alto do que as duas últimas edições. Num ano que começa com tragédias marcantes por este mundo fora, achamos muito importante dar ênfase a iniciativas deste género, que visam ajudar as pessoas que mais necessitam, e os 72 participantes que marcaram presença foram o espelho da dedicação e união necessárias para fazer face a problemas mais globais. Foi um êxito de generosidade pois toda a gente que se inscreveu PATROCINADORES: AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL IV TORNEIO DA BOA VONTADE | GOLFE | Numa entrega de prémios bem animada as Senhoras foram todas premiadas. Da esquerda para a direita, Rosa Mestrinho, Maria Helena Martins, Margarida Salvação Claro e Maria Teresa Lagoa. À direita Luís Falcão Mena fê-lo com a certeza de ir apanhar uma tempestade. E não pudemos aceitar todos os que quiseram jogar, pois esgotámos os lugares disponíveis! Foi também um êxito tanto a nível desportivo como no que toca à causa que reuniu tantos jogadores e amantes da modalidade. O apoio e solidariedade demonstrada pelas empresas que promoveram o evento foi fundamental para o seu sucesso. Especial destaque para os vinhos da Quinta D. Maria e ao Golfe da Quinta da Marinha pela cedência gratuita do campo. As voluntárias do ATL preparam e entregaram farnéis a todos os jogadores, a quem deixamos aqui uma sentida palavra de apreço, pela fantástica adesão a esta causa tão nobre. Nas classificações da prova, Rui Sequeira foi o grande vencedor Gross, com 28 pontos, Ricardo Cândido de Oliveira em Net, com 42 pontos e nas Senhoras, Margarida Salvação Claro foi 1ª, com 35 pontos. A equipa vencedora foi a MEPHA com um agregado de 137 pontos stabl net. IIIIIIII CLASSIFICAÇÕES FINAIS: Christian Andersen – Presidente do Clube de Golfe dos Engenheiros e grande impulsionador do Torneio da Boa Vontade Gross 1. Rui Sequeira 2. Carlos Evangelista 3. João Paulo Santos 4. Gustavo Peres Alves 5. José Cândido de Oliveira 6. Noé Ribeiro Fontes 28 pontos 22 pontos 22 pontos 22 pontos 21 pontos 21 pontos Net 1. Ricardo Cândido de Oliveira 2. Carlos Dante 3. Antonio Villa Freitas 4. Rui Peres Alves 5. João Alfredo Branco 42 pontos 38 pontos 38 pontos 38 pontos 37 pontos Net Senhoras 1. Margarida Salvação Claro 2. Rosa Mestrinho 3. Maria Teresa Lagoa 4. Maria Helena Martins 5. Maria Ferreira Gomes 35 pontos 32 pontos 29 pontos 23 pontos 13 pontos AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL 7 | GOLFE | ENTREVISTA A SÉRGIO CORDEIRO - NEVADA BOB´S GOLF UM DESPORTO QUE PODE E DEVE SER ACESSÍVEL PATROCINADOR DO ACP GOLFE NA PROMOÇÃO DESTE DESPORTO A NÍVEL NACIONAL, A NEVADA BOB’S GOLF PORTUGAL (NBG) CONSIDERA QUE A SUA PRÁTICA NÃO TEM DE SER PROIBITIVA EM TERMOS DE CUSTOS. QUEM O AFIRMA É SÉRGIO CORDEIRO, DIRECTOR GERAL DA NBG. Como surgiu o interesse em apoiar o ACP Golfe? O interesse surgiu a partir do momento em que o Automóvel Clube de Portugal decidiu apoiar e promover o Golfe Nacional. Desde logo acreditámos no potencial de crescimento inerente à associação directa a um dos maiores clubes nacionais, hoje verificado, para além do potencial da equipa responsável, eleita para levar a cabo este desafio. Acha que este investimento está a ter o retorno desejado? O retorno da nossa parceria é quantificável de várias formas. Sendo a primeira e mais visível a preferência dos membros, que beneficiam de condições especiais na rede nacional de Lojas Nevada Bob’s Golf. A segunda está relacionada com as iniciativas promovidas pelo ACP Golfe no sentido de angariar novos jogadores. Outras vantagens reflectemse através da presença da Marca NBG nos periódicos torneios do Clube, através de campanhas conjuntas em ambos os sites, na revista do ACP e na associação a uma Instituição de reconhecido prestígio. Como qualifica o papel do Clube de Golfe do ACP no panorama do golfe nacional? O contínuo e sustentado crescimento do número de membros fala por si. Penso ser hoje uma verdade irrefutável que durante alguns anos houve uma lacuna no mercado, no que se refere a projectos como o ACP Golfe: com quotas anuais muito acessíveis, que providenciasse torneios e gestão de handicap aos membros, em todo o País, e que difundisse o Golfe nacional, potenciando entre outras virtudes, o exemplo de que o Golfe não tem de ser obrigatoriamente proibitivo em Manuel Quinta (ACP Golfe) celebra parceria com Sérgio Cordeiro (NBG) 8 termos de custos. Antes pelo contrário – pode e deve ser acessível, adaptado àquilo que representa o potencial nacional face a este desporto. O facto de pertencer a uma Instituição cujo universo de associados é dos maiores em termos nacionais, certamente que tem contribuído e continuará a contribuir para este sucesso. No entanto, o crescimento sustentado que o Clube de Golfe do ACP tem conquistado reflecte uma fórmula de sucesso com a qual todos os intervenientes desta indústria devem avaliar e saber interpretar. O que o faz continuar a patrocinar este projecto? Como referido, o retorno é um factor fundamental neste tipo de associações e no caso do ACP Golfe é muito positivo. Mas outro factor de extrema importância e motivação é também constatar a vontade que se traduz em novos projectos que visam promover mais “golfistas” nacionais. Exemplos disto são as Clínicas de Golfe que o Clube organiza e as mais recentes parcerias e iniciativas de angariação de novos jogadores que o ACP Golfe está a levar a cabo com Academias de Golfe de referência a nível nacional. A crescente abrangência e número de membros do projecto também influencia a nossa decisão, assim como o dinamismo e paixão que dirigem os desígnios do Clube. O facto de estarmos associados a uma Instituição centenária e de referência nacional como o ACP Golfe também tem, obviamente, o seu peso. Na sua perspectiva, esta parceria contribuiu para um aumento do número de jogadores no nosso país? Sem dúvida. A simples associação do Golfe num universo de associados tão vasto como o Automóvel Clube de Portugal não só contribui para a sua a promoção optimizando sinergias já existentes, como desmistifica um conceito desactualizado, mas que infelizmente ainda impera – um desporto proibitivo em termos de custos e “bom só para velhos”... Como já referido, estar associado as várias iniciativas de angariação de novos jogadores e a um Clube que não pára de crescer desde a sua criação é também exemplo disso mesmo, tal como o facto de termos em exposição alguns dos kits de equipamento NBG para beginners em algumas das Lojas ACP. Nesta medida, o humilde contributo da Nevada Bob’s Golf Portugal como patrocinador do ACP Golfe tem-se reflectido numa mais-valia no que diz respeito à promoção do Golfe. PATROCINADORES: AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL GOLFE | REGRA DE GOLFE TROFÉUS DE INVERNO POR AMADEU CUNHA FERREIRA Árbitro da Federação Portuguesa de Golfe Presidente da Comissão Técnica ACP Golfe DEIXAR CAIR E TORNAR A DEIXAR CAIR A BOLA/ DROPPING AND RE-DROPPING - reg. 20-2 1) - POR QUEM E COMO - REG 20-2 A) Pelo jogador de pé, direito, e com o braço e mão à altura do ombro, deixando cair a bola sem exercer qualquer influência. Penalidade de 1 pancada se assim não proceder. António Mariquito vencedor net Nem o mau tempo e os repetidos alertas amarelos da protecção civil, conseguiram demover os cerca de 100 membros de estarem presentes nos Troféus de Inverno do Clube, primeiras provas pontuáveis para as ordens de mérito do clube. Para as 2as categorias estava reservado o dia de sábado, que se apresentou em condições verdadeiramente únicas e inesquecíveis. Rajadas de ventos na ordem dos 80 km por hora, e chuva de forma horizontal foram só alguns dos fenómenos da tempestade tropical que deflagrou no nosso país. António Mariquito desafiou todas estas condições e arrecadou o 1º lugar Net com 36 pontos, seguido de Miguel A Peixoto com 31, e Domingos Silva Rodrigues com 28 pontos. Ricardo Martinez foi 1º Gross e Maria Teresa Lagoa a 1ª Senhora. O Dia de Domingo apresentou-se com pouco vento, com que brindou os jogadores com alguma trovoada e chuva forte, obrigando a organização a interromper, por uma vez, a competição. Assim foram recebidas as 1as Categorias, numa prova que viu Filipe M Correia vencer o Gross com 24 pontos, passando por grandes dificuldades nos últimos buracos, com a água a quase não permitir terminar a volta, seguido por José Cândido Oliveira 24, e António Sá com 23. Jovito Mendes mostrou como se joga nestas condições e apresentou um cartão de 38 pontos, vencendo, desta forma, o Net. Nas SeO tempo não ajudou nhoras sagrou-se ven-ceAntónio Sá a conseguir mais uma vitória dora Margarida Sampaio com 29 pontos. 2) - ONDE DEIXAR CAIR/DROPAR - REG 20-2 B) A QUE DISTÂNCIA 2.1) Dropar tão próximo quanto possível do ponto onde a bola se encontrava, sem penalidade: - Bola cravada no solo - reg 25-2 - Bola deslocada no acto de a procurar no percurso quando é desconhecido o local exacto onde se encontrava- reg 18 e 20-3 c ( i ) - Bola em movimento, deslocada, parada ou levada por agente externo - reg 19-1, 19-2 e 19-3 COM OU SEM PENALIDADE 2.2) Dropar à distância de 1 taco, a partir do ponto mais próximo de não interferência (nearest point of relief), sem penalidade: - Bola em obstrução fixa ou tão próxima desta que ela interfere com a posição do jogador ou com a zona da trajectória normal do taco. reg 24-2 - Bola em condições anormais de terreno/ ground under repair. reg 25-1 - Bola em green errado - reg 25-3 QUANDO REPETIR O DROP 2.3) Dropar à distância de 2 tacos, ou outras opções, com penalidade de 1 pancada: - bola em obstáculo de água frontal (estacas/linhas amarelas) reg 26-1 a)e b) - dropar tão próximo quanto possível local onde jogou a bola que entrou no obstáculo, ou tendo em conta a linha entre o ponto onde pela última vez a bola cruzou a margem do obstáculo e a bandeira, dropar para trás do obstáculo de água, nessa linha, onde quiser. - bola em obstáculo de água lateral (estacas/linhas vermelhas) reg 26-1 c) para além das hipóteses do nº anterior, e tendo em conta o ponto onde a bola cruzou a margem pela última vez, dropar fora do obstáculo até 2 tacos de distância desse ponto, não mais próximo da bandeira que o referido ponto, ou em alternativa, num ponto da margem oposta, à mesma distância do buraco. - bola perdida ou fora de limites reg - 27-1 b) e c) - o jogador tem de dropar uma bola tão próximo quanto possível do ponto de onde jogou a bola que perdeu ou ficou fora de limites. - bola injogável reg 28 - quando considera a sua bola injogável o jogador pode dropar uma bola tão próximo quanto possível do ponto onde deu a pancada anterior, ou dropar uma bola até 2 tacos de distância, não mais perto do buraco, a partir do ponto onde a bola se encontra, ou para trás o que quiser, na linha entre o buraco e o ponto onde a bola declarada injogável se encontra. 2.4) Quando repetir o Drop reg 20-2 c): - rola e fica parada dentro de um obstáculo; - rola e fica parada fora de um obstáculo; - rola e fica parada num green; - rola e fica parada fora de limites; rola e fica parada na situação que se quis evitar; - rola e fica parada a mais de 2 tacos de distanciado ponto do campo onde bateu pela 1ª vez; - rola e fica parada mais perto do buraco do que o ponto marcado ou estimado como ponto mais próximo de não interferência; - toca em qualquer pessoa ou no equipamento de qualquer jogador antes ou depois de tocar numa parte do campo e antes de ficar parada. AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL 9 | GOLFE | ENTREVISTA A MARIA TERESA LAGOA UM JOGO QUE CONQUISTA CADA VEZ MAIS MULHERES MARIA TERESA LAGOA, MEMBRO DO CLUBE DE GOLFE DO ACP, FALA-NOS DAS VANTAGENS QUE ENCONTRA NA PRÁTICA DESTA MODALIDADE. E SÃO MUITAS. Quando surgiu este interesse pelo Golfe? Quando o meu marido se iniciou na prática do Golfe, por ter recebido dos filhos a oferta de um conjunto de aulas, resolvemos avançar em conjunto. Rapidamente percebi que o Golfe impunha vários desafios, sendo talvez o mais importante o que se prende com o facto de nos confrontarmos com as nossas capacidades intelectuais, cognitivas e também de relação, e isso tornou o desafio irresistível. As mulheres têm menos disponibilidade para jogar golfe, especialmente quando existem filhos. O que acha ser o estímulo ideal para aumentar o número de senhoras jogadoras em Portugal? Creio que se trata de uma opção a tomar no seio da família. Tratando-se de um jogo que se desenvolve ao ar livre, todos poderão ganhar com a sua prática. Quando há filhos, o Golfe poderá ajudar nas práticas educativas, contribuindo para que se desenvolva nos jovens valores importantes como seja honestidade, humildade e capacidade de lidar com a frustração. O que é que fez aderir ao Clube de Golfe do ACP? No Golfe conhecemos muita gente e no meu caso tenho tido a sorte de ver estes conhecimentos transformarem-se em boas amizades. Foi por sugestão de amigos que cheguei ao ACP Golfe levada um pouco pelo facto de ser um Clube que, embora sem campo, reúne um excelente grupo de pessoas e o aliciante de poder participar em torneios pelo País inteiro, conseguindo assim conciliar duas coisas que gosto bastante, jogar Golfe e viajar pelo nosso Portugal. Acha de 2010 será um bom ano para as senhoras golfistas? As actuais dificuldades que se estão a verificar na Indústria do Golfe em Portugal, devido à crise internacional, tem vindo a fazer com que vários empresários que revelam boa visão, estejam a dar mais atenção ao Golfe Nacional, criando condições mais vantajosas para o acesso aos campos. São oportunidades que os golfistas estão a aproveitar e certamente irão contribuir para a chegada de mais senhoras à modalidade. Poderá ser uma excelente oportunidade para os clubes usarem a imaginação criando torneios que envolvam cada vez mais a família, permitindo, dessa forma, que a mulher possa em simultâneo desempenhar o papel de mãe e praticar a modalidade, reduzindo eventuais dissonâncias. “QUANDO HÁ FILHOS, O GOLFE PODE AJUDAR NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS” Maria Teresa Lagoa, Sócia ACP Golfe desde 2006, conta com 40 torneios jogados