64º Congresso Nacional de BotânicaBelo otânicaBelo Horizonte,10-15 Horizonte de Novembro de 2013 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E FISIONÔMICO DO VALE DOS DEUSES, PARQUE ESTADUAL DOS TRÊS PICOS, NOVA FRIBURGO, RJ João Victor Garcia 1,* 1 , Adriana Q. Lobão 1 Universidade Federal Fluminense; * [email protected] MollinediagilgianaPerkins e (DicksoniasellowianaHook.;Mollinediagilgiana Introdução Araucariaangustifolia (Bert.) O. Kuntze) e seis espécies endêmicas do Rio de A Mata Atlântica possui uma grande heterogeneidade, Janeiro florística e fisionômica, o que pode ser explicado pelas (DioscoreatherezopolensisUlineexR.Knuth UlineexR.Knuth;Quesnelialater grandes variações climáticas associadas à amplitude alisWawra;Paepalanthusuleanus PaepalanthusuleanusRuhland;Salviabenthamia latitudinal (cerca de 27°), longitudinal (da costa até o na Gardner;Salviarivularis Gardner e Tibouchinavirgata interior) e altitudinal (do nível do mar até cerca de 2.700 (Gradner) Cogn.). m) [1].Atualmente, Atualmente, o estado do Rio de Janeiro abriga 16,73% do total restante da Mata Atlântica, sendo um importante refugio desse bioma, que é considerado um dos 34 hotspots existentes no planeta[2] [2]. O Parque Estadual dos Três Picos (PETP), Nova Friburgo (Figura 1),, localizado nesse Estado, ainda possui fragmentos de Mata Atlântica, em especial, de vegetação de altitude, tais como Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto Montana. Entretanto, tal vegetação vem sendo alvo de diversas ações antrópicas que põe em risco a alta diversidade local. Tendo em vista que para se preservar é fundamental que se conheça a região, o objetivo do trabalho foi o levantamento florístico e fisionômico no Vale dos Deuses, PETP, Nova Friburgo. Metodologia Foram realizadas excursões semestrais, semestrais na qual foram realizadas coletas de materiais férteis de plantas vasculares.. O material coletado, depois de processado, foi depositado no herbário do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB), com duplicatas enviadas enviad a Universidade Federal Fluminense (UFF). A identificação foi feita através de chaves, comparação e ajuda de especialistas. Resultados e Discussão Foram coletados 161 espécies, distribuídas em 86 gêneros e 59 famílias, distribuídas em quatro fisionomias distintas que chamamos de área alagada, campo, floresta e campo de altitude. A família com maior riqueza específica foi Asteraceae com 19 espécies (11% do total), seguida por Melastomataceae com 15; Solanaceae com 10; Orchidaceae com oito, Myrtaceae e Verbenaceae, Ve sete cada; Bromeliaceae, Lamiaceae e Leguminosae, cinco cada e Rubiaceae, quatro. Os gêneros Baccharis (Asteraceae) e Leandra (Melastomataceae) foram os que mais se destacaram com cinco espécies cada. Verificou-se a presença de táxons característicos caracter de florestas de altitudes elevadas [3], assim como três espécies ameaçadas de extinção Figura 1.Imagem Imagem da Pedra dos Três Picos, Parque Estadual dos Três Picos, Nova Friburgo, RJ Conclusões As informações obtidas indicam que a área estudada possui uma floresta característica de altitudes elevadas, com presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. nção. Contudo, essa área está sendo degradada pela presença constante do gado circulando pelo local. local Assim, para que o Vale dos Deuses mantenha sua importante flora e é necessário a retirada imediata do gado e o aumento do rigor na fiscalização local. loca Agradecimentos decimentos Agradecemos ao apoio financeiro concedido pela FAPERJ e por todo apoio de estrutura e pessoal fornecido pelo Inea e pela administração do PETP. Referências Bibliográficas [1] Amorim, A.M.; Jardim, J.G.; Lopes, M.M.M.; Fiaschi, Fiaschi P.; Borges, R.A.X.; Perdiz, R.O. & Thomas, W.W. 2009. Angiospermas em remanescentes de floresta montana no sul da Bahia, Brasil. Biota Neotropica 9(3): 312-348. 312 [2] Irving, M.A; Giuliani, G.M &Loreiro, C.F.B. 2008. Parques Estaduais do Rio de Janeiro: Construindo nstruindo novas práticas para gestão.1° .1° ed. São Carlos: Rima. [3] Oliveira-Filho, Filho, A.T. & Fontes, M.A.L. 2000. Patterns of floristic differentiation among Atlantic Forests in southeastern Brazil and the influence of climate.Biotropica 32(4b): 793-810.