Maria Elisa Linhares TRÊS MARIAS= DE LIGA CAMPONESA GT Classe Operária Borges A SINDICATO RURAL e Sindicalismo Grupo 3 XVI ENCONTRO ANUAL DA ANPOCSr --- -------- " :1, INTROOUÇ~O 1. de meados palco da constituiçâo muito contribu{ram d~ uma dos série dos três primeiros anos A mobiliza~âo das usinas cinquenta de Movimentos quanto longo anos a n(vel da década de e organiza~âo de cana-de-a~~car. das Minas Sociais esforços, a tutela ora pol {tica lavouras dos de café. trabalhadores dos ti" de const ituiçâo urbanas respeito a diversas formas den~ncia consideradas, lado. F: '",':\ V é ~::' da ,':1, de Minas as falas de algumas principalmente. 80 alqueires sociais as áreas Vale dizer, dos rurais. Gerais C ,';\~::'o envolvidos de tev'ras nas Ora somando caso marcante nesse essas lideranças qu,(,:,: no para de cio rio adqui- d (':: T I" é '" ~ tona. da esquerda. na organizaçâo que as paI (eia, trazer das Sâo d i ~:': rurais. I...i !:J a C ;'~,m p o ri e 5,';\ de setores margens o o PC8. subalternos - pretendemos 1 ideranças com contribu(ram d ,';\ b a I h ,':\d o I" e ~:; rural. sobretudo como ,:1, no campo. SEtores momento. n ,':i 1 i s (':': d o oeste presença importante de resistência - POI...OP para papel naquele foram no meio carvoeiros contou organizada. si a hegemonia moVimentos pol{tica. ainda At dos um da esquerda Camponesas deslocarem desempenharam Marias entre e as Ligas Ao se etc. setores disputando <'~, POLOP processo dos que sessenta. pecu,,':í,'" i ,';1, de e/ou Rurais do do~:; apoio Gev'ais foi de um da AP 14 fam{lias Francisco. DE outro Militar lado, trabalharEmos em Belo HorizontE. Ao confrontar brotar as visies envolvidos e, dos e/ou anos mil itar de abril 2 dEPoimentos em abril esses luta a partir pecul iaridades r(sticos de com terra de imediatamente dos à Justiça Randolfo Fernandes por temos desEnvolver singularidades de 1964, discursos, pela dar, de prEstados a intençâo ambos algumas os setores reflex5es movimentos anteriores de fazer nela sobre sociais caractepaI ao movimento as ico- (t 1964. 2. TR~S MAR IAS: DE LIGA CAMPONESA A SINDICATO RURAL~ " Que a luta nâo esmorece agora que o campofazer prece e de votar em de nês. cansado burguês, se ergue contra a pobreza e outra voz que chama pr~ luta - voz da nio escuta. só a Liga Camponesa ••. u Ferreira Gullar prá morrer). Em de Três mato que Marias. muito eram regiâo 1959, bom. de um como NEném 1 Este estudo dissErtaçio um carpinteiro observou que Procurei saber tal Olinto (Joâo Boa-Morte. da CEMIG, da outra de quem Gonçalves eram de cabra da regiâo margem MeIo. da barragem do rio aquelas mais marcado terras havia um e soube conhEcido na da Peleca". de caso é parte de um trabalho maior apresentado no Mestrado de Sociologia da UFMG em 1988. 2 Por raz5es estéticas. convertemos para a 1ª pessoa do singular depoimentos de Randolfo Fernandes de Lima. registrados na pessoa do singular pelo escrivâo da 4ª RM/DI. como os 3ª " Ne~:;~"..e tom). 1... í ma Por i n í c i '·:l va duas seu ocasiaes. Joaquim Simeâo Pinheiro da RandoIfo vinha no quav·tel do CPOR uma 15 E de Faria Filho. CGmara. radicado Francisco quanto pelos pela Horizonte. virando a de 8elo pelo Horizonte. aquele proprietários momento. fundiários local Diziam os acusadores dos Dr. Miguel policia cabeça 1964. de Capitâo Até de 4ª RM/DI, Just iça da de esc:rivâo. tanto em Belo de Fernandes 18 de maio no dia registradas ali acusado. há muito outra Promotor servindo sendo confessou. nandava no dia do do sâo Randolfo depoimento perguntas da regiâo este pressa, e do estado. trabalhadores que rurais d (:\qu(·:,·l ,.:\ I'· C 9 i 1·~ol/ • havia d (;.:. po i me n t o ii esquerda o inquérito brasileira camponeses e aos 1 iga~aes daqueles com de Fidel Cuba camponeses uà enfrentar privada e Minas Castro. os facilitar defensores o f6ra de Trfs o pJnico invas5es das "plano informaçaes as com dp a China junto aos desvendar as Comunista propalado no estavam sendo armados democracia Esse do Sâo pretendia e ainda propriedades idas dos Cl.qUE' "1 (.:.~ sendo Marias. diabdlicon• sobre como informada na regiâo promot:or-inquisidor esse da açâo Tencionava-sE vinha rurais a principalmente, Gerais. Segundo A policia as averiguar assim p ,:\I'· a Justificativa rurais. Moscou, da barragem forma. maiores com balau instaurar sobre e de os trabalhadores visava lhes pretendia trabalhadores da terra. de explosâo outra da acerca nato dos pais. e os propriedade de um plano comunistasN Francisco e. rurais. saber Almejava comunistas de Randolfo arrancar-lhe até a Liga detaainda Campo- '. nesa de Tris Marias E n vo 1 v i d o de mesmo tempo foi ouvindo saber sobrE dE curiosidade o relato a chegada das E desapontamentD. da histdria de Randolfo. inteil'·av;:i····~:;f;: dG·1 tl'·,,\je{::ól'·ia d':l.ql..\(·::-l(·:·: h omcm a i nda POUCO. jovem. n c i p <:'. 1 11H:·: nt (.:.: ,. um misto Fi DI'· o promotor-inquisidor p ou C o ,.;\ P I'· i (.':.. apenas trinta singular e sete comum E anos. que falava a tantos outros de uma história ao produtores diretos do c;:\mpo. depois Sr. Olint:o - afirma dar uns dois arrendamento Randolfo. a1queires em cartcirio Estava CEMIG. Ganhava Cz$ dE sol I'· (-;.: \J cI a f'a r d e i >: a r i d (~:di c <:\1'· t: folga. e ficar naquelas 1..1.<:10 uma terras que tinha de da companhia na CEMIG menos de por uns sal~rio. para como para o me arren- carpintEiro era bom trabalhava com um contrato pelo trabalho casa queria passar na época e feriados. i ~;SCl Queria com meu conSEguido me avistei Além morar. barbeiro. plantar. na Nas Mas Queria ····mE" <''1 u r que ela ,::1 doru• Assim pedi minhas Fui t mato. por hora. mato. se ele nâo daqUEle 22,00 domingos VEr aquele Perguntei satisfeito j~ tinha horas de morar podia - continua dizendo contas CEMIG debaixo na de uns Randolfo l,:\vr·cu:lclr" cI~:·: or·ifH,:me de uma paus Minha longo cHI)(·:\I"d:(·;,- parte origem e atravessei nas terras o proprietário p c ont ra t o , (.~o transladado me dar. de da f'art."uri.'l a outra o rio foi de lavra- com minha fam{l ia. do Sr. Olintou• Neném alguns sempre da Peleca meses, qu e #daqu~le a terra mato#. o nâo chegariam ex-carpinteiro. podia d su:, Percebendo ~:>el'·i<·:i. que o " I::· ••. .1 aIm~jado várias contrato partes dinheiro nâo gasto ,':1 p ar do ~?c: rio (fruto e Randolfo do acerto ~ntâo vender {, •• ":> i c\ m • r~aI izaria. do t~rreno. - "Pedi beira s~ 01 into Precisava para d~ os a recup~rar com para e roçado part~ do a CEMIG). construir pescadores algum 1 impado t~ndo d~cidiu-s~ de contas ao Sr. café m~smo que um barraco por na aI i sempre dinheiro com m i nh a famíl i,:\/l. negat iva do pe>líci"·I .• Foi dia, sua procurar histciria ~ S~gundo informara-·lh~ cidadE, ele à Capitania poderia dos anuais SJo 1.000.00 d~ ir viver posse. terras. de Sâo apar~ceu em de meados foi havia para das que aos Pirapora acima Uma v~z junto lei da Capitaa qualquer matriculados. das tomou busca da enchEntes à Uniâo. p~rt~nciam ~m do rio. uma pescadorES Randolfo rumo. d~ terras, facultava metros t~rras novo de Pol feia pedaço 0 que havia 1960. margens a Três E com~c~i o Sr. de um a 15 de terras I"~(.:.~O," 1'" E I..( Marias. del~gado Francisco Essas ~ retornou NâD a concessâo c''.,. c Randolfo famíl ias tomaria Noronha. Francisco. em uma famíl ia quatorz~ em Pirapora. .... "P I"~De:1..1.1" c i minha Três e preferencialmente Assim. para obter de ocupaçâo de> rio d~ o Capitâo Portos brasileiro o direito delEgado de mais Portos. n i a Fll..1.vialdos cidadâo o fazendeiro. um emprést de sua imo autorizaçâo obt ido o documento Marias. 1 DC,,\ um ,:\ r o c;:d'" terminado 01 into diz~ndo com j mais o serviço que aqu~las ou menos - segue t~rras um alqueir~ dizendotambém eram d~ qu,,\ndo suas e " ó Mas como? Antes de mais nada aquEles alqueirEs c:00 ç.:, t i tu í i':' -"~:';f~ na possibil idade de trabalhar a terra sua família. dE facultar-lhE dE local. Com direito dE tamb0m do suposto amigo a10m o upapelu ficar trazIdo na terra? Sr. 01 into? proprietário. de Sete Prefeitura t D s , d i ~:; ~?,f.':' m e smo ~::,<'"b E'nd C) Randolfo - Plantei nio para arroz, direito Tr&s banana. aI i o exemplo 1 oe ,:\, i~;~ ijr r: itou mome n t D" Dr. Romanelli à merc& mandioca do de um da dos me defender. chegando (u •• e outrDs outrDs Como ). Gali10ia. a guerra de e a justiça apelavam para cereais". PEleca. forças: local. o Tribunal tinham se dinheiro sem a permissio regiio assustou Nencim da t .:\ç: ~\o• e perguntandD n~D que naquela EngEnho p 1 ,,\,1'1 espalhou-se. possibil idade de po] {cia privada iria Irl i nh a nas terras t EI"i a ses e de mato da Capitania ele entrandD sobremaneira sua de,:,; M i n a s, , fDram do dEirD, o atci um advogado comecei de Randolfo coisa a PiraPDra, p cafi. pod i a m pl,':\ntal"alguma repetir pedaço de um conselho chegou que p Marias foram ,,' no mercado podia tEmpo 01"(;\, Em busca si E para Randolfo uma vez ficar viu o documento PDUCO ir teria SEr aquElE por este. A nDt {cia do sucesso para inserçâo nio de mais Dr. Romanell que eu "Em para Horizonte. tinha feijio, podEria Na recusa que eu Uvoltei tipo Pirapora Como Orientado - "Quando P 01" de F!andolfo foi Lagoas. de Belo algum de tErras viesse da a se os proprietários A P<:\I"-(: i", de um lado. de Dutro. o fazen- os campone- dE Just iça do Estado " :7 Enquanto camponeses nâo vinha permaneciam .... nas a decisâo terras. do Tribunal davam . at i v idadE~:; (~:con om I c<o:\~:; .. POI,oém,. proprietário da mais de ""perder Francisco. Sendo aSSIm, do Tribunal HNo reintegra~âo benfeitor Justi~a existentes tando sua v{veres. defesa. pelo (quase lnvadir'am diz aI imentos. de ainda aguardaram as gostava do rio de nio aguardar sâo a ~ cidade o resultado um mandato de m&s. de seqUestro de Substituto. Os Oficiais da capangas) casas, uma e jogaram t ;::l.n t o , Joaquim de satél ite de Tr&s do recurso, com desalojaram a uma. fogo 61B, as de todos os grande parte i':\ Lima. Acampados do 1t das e "O n a t i v,'". :' em terras Dr. Romanell de Patos;: 621. todos todas ou t r: ,:\ Marias. a cargo em ,.,.i"l,:\ n d ,:\ d o ~:; d (.,: ~::oiB?: .. d (.:.: I t: ,0:\ b i I" i to;: tiram UApossaram-se Romanelli~ ferramentas nos HOI'" i :;:~on tE';: nâo margEns entrou do mesmo dir{amos para prdximo 1961. Juiz POI" local nas no direito de oito ai assinado ( ••• ). armas de junho e outro e acompanhantes impetrantes de terras considerou-se tr~s posse ias, j~ de terra. suas d i z i ;':\ qIJ.f: alqueires faixa as de Justi~a. dia de aquela continuidade da de seiscentos H idéia decisâo de de Just iça, os neste da CEMIG. i. ·0 11':'0 de Santa Luzia;: 3 Tribunal de Just i~a do Estado de Minas Gerais. O Bacharel Sidney José Gomes Carneiro, Diretor Geral do Tribunal de Just iça do Estado de Minas Gcr'ais, na forma da lei... In~ JUSTIÇA MILITAR. Auditoria da 4ª CircunscFi~âo Judiciária Mil itar dE Juiz de Fora. l~t:·~91l n~} (,')~:~/6é:'1 pu ;?(:J;?" " 655, de Campina de outubro Verde e vários de 1961, outros"4• um mandado de segurança quatorze processo, o caso de Três n~o era rurais 'i1. viam-se terras contestados elo Estado dentro assegurada proprietários quaSE sempre a po<';~';f:.' fundiários que logo depois criada Associaçâo ISSO a abalar a dE Minas. A disputa dE num movimento o estatuto mais o l:. "1 ,:i t if un eIi,:\ .... prdprios "1imites 1 <-::'ga1 da terra feita na base da que os camponeses de ou de de A partir Tr~s contra desse momento, uma os grupos da regiâo. às suas Marias. àqueles abriram os habitantes retornaram Lavradores ela ATAMG5. regi~o de amea~as insuflavam a o primeiro insErida ele seus o prciprio por e"1e a"1mejadas. Uma vez campanha. indica a p e nas n o N o I" d f..? !". t f..~. m ,!\ s t a m b é m '(.:.~ m i\1 in ,',1. ~::.,. m plo , N~:,o rios Como do Estado I.oca.'1 lca - I d E aClava-se I em 4 garant indo a reinte- famílias. Marias propriEtários Dr. Romanell i obteve. terras. usando-se a comunidade da 0 foi para foi 4 TRI8UNAL ele Just iça do Estado de Minas Gerais. O Bacharel Sidney Jos~ Gomes Carneiro, Diretor Geral do Tribunal de Just i~a do Estado de Minas Gerais. na forma da lei •••• In: JUSTIÇA MILITAR. Auditoria da Circunscriçâo Judiciária Militar de Juiz de Fora. 4ª;?0é. P(,:·~9. 6B/6éi. p, 5 ATAMG - Associa~âo dos Trabalhadores Agrícolas de Minas Gerais. Criada a part ir da Confer~ncia Estadual elos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas dE Minas Gerais. Esta entidade fazia parte da tát ica de expansâo nacional do PCS, via ULTAB. para o meio rural. A despeito da participaç~o dissimulada do PCB. a referida confer~ncia contou com o apoio do PTS-MG, do governador do estado, Bias Fortes. de prefeitos e políticos do interior, com 1 ideranças da FAREM - Federaçâo das Associa~aes Rurais do Estado de Minas e da SMA - Sociedade Mineira de Ag~icultura -. além de representantes da Igreja Catdl ica e de sindicalistas urbanos. Para a sua concret izaçâo vieram atci Belo Horizonte trabalhadores <:1 $;) I" íc 1ª D :::;:::\"1e s , C o 1'- I"~ i d <:\ v T <:\ I" 1..\ m i I"~ i m eF I" a n c: i ~,; C D C (!'l n ,':\P D".I i 5 •• ( I C O N F E F~C, N C I ti cI(.:,. Agr(colas. Di~Fio de Minas. 15-11- 1 ;::\~:; ("~ c "I m p o n t:·~':; r-:~:; d (.:: P c d LJb (.:.~ I" ".Iâ n d i ,:1. r i~ f" a 9 u ,',\1""' i Lavradores e Trabalhadores I" E' a " convidada pelo Nacional de realizado Prof. Thiago Lavradores na capital Cintra I a e Trabalhadores mineira Rurais em novembro i n q u. i ';:.i d o I'· nos autorizou diz a alugar que Randolfo quatro ao caminhaes promotor- que sobrou tínhamos tido uma da o Congresso. na marra empolgara a massa presença primeiro-ministro do crescer nos camponeses P I'" i pa{s achavam-se pareceu. Nunca representante Josaphat dos Estado de homens e mulheres, ,:i a lei dos da Minas). iguais rurais. FAREM Nunca a eles. Pinto. do de Janeiro. menos grande organizados s, fez do estado e do foi lhes vaiar haviam (Federa~fuo se í t ido uma como tinham ali i nt el e ct ua do Rio Pelo tâo DU e do recém-empossado as autoridades platéia rurais Magalhies que tinham p na lei agrária d v o f:) a d o~:;• vindo camponeses. uma presidente do o que em coro feito das um com Associaçaes deparado com e decididos tantos a lutar direitos. Desde de Tr&s '-l f..: ~::: , visto Neves, de que nosso) do estado. teatro proprietários Macedo. seus de o com achando y e trabalhadores além certeza lado tinham Rurais por a m (.:.:.i I'· '·:í do }. baile da reforma de Almeida grupo um o tema governador Tancredo até p (grifo de camponeses Gou 1art estudantes ~izemos um vit6riav• grande Durante nós volta 306 e levar /I dinheiro seria 1961. de TI-! i .:\goC i n t r a do Brasil, Marias aquele passariam momento, os a conviver moradores diretamente Ú .:1.-(: <,::nt 1956. p. 13; e O MEU governo p~:;t Di~rio de Min~s. 18-11-1956. pu j.~::t)n o da comunidade com rural a presença 1,:\V de CH.\I'" ,3. • · , ' 10 Laboratdrio d~ss~s. aquela funcionar comunidad~ como nas marg~ns Hcorpo-r~ceptorn dos do sgo discursos as mais passaram sas. a co~xist iam nort~ando Enquanto das Ligas relaç~~s com um Criava-s~ Romanell entr~ ~m PCB tivo6• proximidade morar Estudos em utopias diversas na de uns a dos poss(veis, e d~ outros. long(nqua capital do ~stado. CamponEsas. grupo indicado Conselho s~u intel~ctuais Estadual pr~sidente. ainda n~o d~ um ~ outro o 1 (der estr~itava de advogados. o ~ as Ligas L(d~res Conselho isso. Minas i ~ra das passou ir al i« o cot idiano nacional Francisco e prát ica da haviam entravam das p Ligas estudantes. Campon~sas. A essa altura. l~vado ao rompimEnto ~ safam suas as desav~n~as da comunidade. d~finiDada a maior Estadual Três das Ligas Assim Marias. na FAFICH/UFMG e S~9U~ destacou p que para um membro Guido Três Rocha s~gunda para int~rrompe s~us da Marias? 6 Em agosto de 1962, o jornal T~rra Livr~ anunciava a Expulsâo do partido comunista de Clodomir Santos de Morais e publ icava um longo artigo de Giocondo Dias contra a posi~go dE Francisco Jul igo em favor da luta armada no campo. A part ir deste momento. o PCG ~ as Ligas entraram em franco proc~sso d~ cl ivagem tát ica ~ estrat~gica acerca da pare Icipaçao campon~sa na luta p~la r~voluçgo social ista. (CLODOMIR Morais: ~xpulso do PCB. Terra Livre. nº 113. agosto d~ 1962, p. 8~ ~ FRANCISCO Jul igo, os comunistas ~ a Revoluçgo Brasileira - Giocondo Dias. ~m nome dos comunistas. ~sclarece o que faltava sobre o líder pernambucano. Terra Livre. n9 113. Supl~m~nto Esp~cial. s/pu 7 Sobr~ as orig~ns GORENDER (1988). 89 E segs. e propostas da POLOP recomendamos p. 36 e segs. ~ REIS E S~ (1985). a anál ise dE opu cit •• pp. · , :1.1. , epoc;:: ... .... d i ~.:~ .... n o ~:; t i n h a um PI'·oj (.:.:1: o pB.r·a i I'" t fnhamos campo. ,,1.0 uma base DI..'. i do -.. ,. ;.~. POL.OP Trabalhávamos no Sindicato dos Marceneiros. ai um (·:·:m <::1'· i ar basicamente 'foco'. nas Ao Oepois, irmos a Vânia um.:\an <fi 1 i ~:;E Marias pret (·:·:ncl fel.mo!:;" ';"",,) PEnsamos nâo era um local também n i·" r (~'sc 0"1 e\ época teatro os grupos a alfabet izaçâo e consci€nt izaçJo C reunia de Cultura o n !:; t r 1..\ dos Popular i;: ~;·ío cID com os camponeses na casa re\I'·a a S(:::I'·V TI'· f·r:; comunidade. d E· i I'" Enquanto bal'·I'·<:\CO que o que 1 i d <:1. d (~; espalhavam-se podei'·i am camponeses. !-:.; .;\ Guido d(·:·: um"I. para na possibil idadE de nos dESJO- o V,:\J.e do Rio I mcd i.;d: am€rd:e adequado ~:;r:lr 'v' i I'· C Já naquela por todo o pais. O i n ~;;t r 1..1m f..: n tos or: r· i a mo!:; i a d (.,: pl'· <-:.; pi·;\ I'· .;1. t ivos GuidD de Randolfo. t ,:1.1'·de!::. a I i p I!:; 1 .:\1" !:;(,.; i !" h o I'· ,:\ r:;,. d f.~P o i ~:; d D trabalho. nds nos reuníamos, apenas os homens. Eu ficava ali pregando socialismo. igualdade Entre os homens. explicando o que era dialética, o que era contradiçJo ••• Claro que tínhamos a pr€ocupaçJo de partir da 1 inguagem dEles; ~ramos mUI~o influenciados por JuliJo que sempre bat ia nessa questio e tamb~m pelas lEituras de Mao :Z<-:·:clCH1!:J. f1':I.S,. n a verd ad e , a c h o qUE érélllJo.~; pe ix«: Fora d~gua. A gentE Era urbano. classe média. estudante. Estava lEvando uma mensagem para eles. mensagem que era mais nossa do que delesu•8 rr 8 Entrevista T o d ;::\~:; i·:\ ~:; com Guido ? Rocha" " .' .1. ") c: diferenças prop6sitos Segundo vigiam Guido. tdmbém o debate d E c/ i v mensagens e d o~:; no e a resoluçSo e r Eló:n c i d!:;" de 1 in9uagem. o final propdsito sobre inicidl d escola refletiu construir era umd da c omun id.:\de, d (.:.~ t: e J" r: f:'~n o aquele pdra nenhuma c/as fdm[l idS. Era era um eSPdço comum. a comunic/dc/E. DEcidiu Tendo prEciso Rdndolfo passar a id~id mdnifestado c/dr prossEguimento aos de que interEsse de prEParat ivos pard #Com o Consul c/E Portugal. que mais tardE viemos saber SEr li9ddo à elA. consEguimos a doa~~o da madEira para a confEcçSo das cartEiras que foram feitds pelo Sinc/icato dos MarCEnEiros de BElo Horizonte. com o apoio de SEU prEsic/Ente, Joâo Luzid".· rElatd-nos Dr. Romanelli. Imediatamente COI"I"EU o armando" dPds qu.(·::: Diziam ter chEgado t el"I" ,':1. como c/ddos com d presença UFalávamos poucos nos <,;> Ld e m l b i dc m , PI"et E as 9<:\ d "l f(:~ d a I< o li) h i com ,':\ ~:;c ,,\ r t (.:,. iI" ":l.!:; , c:ampon(·?<::.r:·!:; de {):S Na rEal idade, <:1. C h até a comunidade os camponeses um grande cuidavam de sua!:;pldntd~~e!:;. d iam , ~;ent i n cIo .... s;~:~. mu i tas (-:,'1'1 id~ids dE SEUS aI iados carregamento V(·:~:;·~(·:·~!:';. in c omo- ..· urbanos. EIIisocial izaçâo dos bens E da produç50, e aos dávdmos conta dE qUE eles pretendiam nâo mais " que a posse legal da terra. Havia ali uma relaç~o de hierarquia muito forte. Randolfo era chefe e como tal ele agia ( ••• ) As mulheres eram escravas e as crianças trabalhavam quase como adultos. (.n.) Isso era complicado para mim. eu tinha uma visio romint ica do campon&s. Era um outro mundo. uma outr'a ]inguagem".~0 "" "GI.l i do a se meter conjunto, muito gue diz Randolfo no nosso a colheita trabalho. devia uns trabalhavam . (" ' ,,1UICIO passou a freqUentar inqu~rito outras perante d(,:,'ndo do BI"a~:;i 1 .. comunista que dev{amos ,':),'", i d i a s, é ainda e de trabalho urbanos. outros menos casas at~ um di i':\ qUE autoridades ser condEnado Quando D assim, al i i d ení: Depois i militarES; como de seus +'0 em gostei (.n.).. depen- agente do impe- rEPresentantes i'Fic,',\c!c\<::' como +rut o d,',\ dE sua fala d~versa daquela representante brDtava d l s s o .. """" E'" por outro lado. uma visâo defendida no por um camponês, nos deparamos daquelas i b i dem .. c omu-: de posse ~;f:~ 1..1, ~:; t:\ da 1 i <:1, d o ~:; visrres de mundo? me orgulhava com Randolfo em conjunto os vetores ,':\(;:;':{o da POLOr "eu me sentia :1. (~)Id em plantar ( ••• >. e eu n~o mais, tBsta-de-f~rro - começou ('~f i 1'1,':),1. ~::,imp<"t i a CDm tErra ou como Dizia ser dividida duas poderia rialismo ao promotor-inql.lisidor Que utopias afirmando e dividir traduziam? .. :í.4 ;;)(.:.; 1'·I!.~t 01" n amos R",.ndolfo ê"il. ql..\c·l e eV(':':'n to ba i l e ; 1 ,':ielo o muito ume os 7 j ClI'" produtor p~':"t I S para uma IVO de uma de elo feita em sindicato mudança agrária luta no campo uma conquista direto posterior da reforma organizadores em etapas, significaria na estrutura fundiár'ia o cio Ir de d i <;;PI..l.t .":1. di':: legislaç~o d <:l. foi mot os defensores estes passo aI n ,:\i S como primeiro vi tor in , para a proposi~~o ma i s de 1961. veremos dos camponeses grande expl (cita entre os que pendiam cunho de novembro para a maioria E' ~::. i gn i f i C DI.! OIJ. t I'" Por' ao Congresso trabalhista m ~:.:d i d ,':i da luta camponeses utopias? de sua sindicalizaç~o ,:i para a deflagraçâo por aqueles maior como Ou ainda: a part ir de um pela reforma luta. agrária que ponto entendimento da propriedade uma legal de sua mobil izaç~o? rural um redirecionamento at~ ele de A conquista no campo? a raz~o da luta", Mar ias. sardas ê"illut,:\ t (.:.; I'" I"~,':\ de suas TI'f~; como pr~-condiçâo nâo seria de SEUS a determinaçJo externo percebida intereSSES, das ufases ao querer daqueles i,·:m um setores subalter'nos? A i nela ql.1E da necessidade U. I" ~:; i nd i cat: \l,':\ 1 E'" D~::· b ,':i n ,':\S " 01..1. (':':1""1qu ,:ln t I:) Par iurn .. IilU i to!:.; • e >~p I" i m i ,':\ <,I. de se apoiarem nas (':':Ill possibilidade de fazer a i:erv'a •• A ~ala ~orma mais i n d i v i d u ;':\I detalhada d da Randolfo o pequeno de um camponfs e precisa, t (.;~ I" I" "l.;: d (.:~ ~:;(.:.; ,j o <;1. ao Promotor tem do Vale o desejo (.:.~ ~::. t: e da Doce revela-nos. de obtençio e}; p 1" (.:~~::.~:; o de Justi~a condiç~es do Rio de da propriedade cI c p o i m(.:.~ nt D cI i fI.! s-a m f.~n t (.:~ n C) 4ª RM/DI= de plantar, gado em cima, pisa na pl,:in"l:'·;I.(j:GCl p pi~::.,:\ no pO~::.~:;l'::·il'·o t'·:l.mbém;: f,;I:;':: ;::\ tel'·I'·'·;" <::'(':':I"'v'il'" de terrm de eupI ur a I;:' ,:ir!:) plantar ( •• de n :> " tudo A fala e de vida na a terra (.u); do fazendeiro de Cilval ino permite terra prdpria daquela t rad í almejada proprietário pelos fundiário, ".I. i ~;:. t <:"l ,. ":J 1..1 i ,:\...S (.:.; pelo afi produçâo no campo p m(.:.:. io I. Lança mGo I" 1..1.1'" ,':,\ de lucro. tudo tanto qlJanto empl'"eg,:!violfncian uma temporal idade que nio Em nossas proprietários. ti Entrevista cato dos faz Sua ex-posseiros relaçio p e com e e da esquerda. mais a luta da açio o espaço difere - modernos da racional escamotear discurso é a mesma entrevistas pOI'" tradicional idade Coisific<:"l as relaçffes para do aquele criar de mundo tanto rurais setores mesmo padr~es visJo que cultural da pretendida í para do campesinato proprietários c on a i s ....quanto o local izar uma de parcelas identidade sri serve c:apita- sociais de de classes no paternal rural ista, pressup~e cio camponfs. conversas assalariados informais da pecuária com mini- do Vale do com Cilvalino Vitorino i n di···· dos Santos. Membro do ~:) TrabalhadoFEs Rurais de Sobrália - ValE do Rio Doc!'::' .... ~:)obl'"r.:; 1 i ,,\ n " .' , :1. ,) F<io Doc(·:·~,. Essa ~xpressâo remota onde 11.1 quase hom~ns 0G nio trabalho era escass~z. piou era havia tudo vinha distância o t~mpo a terra entre de vida. anos de acordo de c:inqu~nta da alusâo trabalho rural com fra~io considerável Para muitos dest~s dE';f'êlr(ura Já as ainda hoje. de camponeses a utopia social ismo 19B'::';). ~21" lhadores clas llltas dom{nio do ..O triunfo de or9aniza~io rurais dos na traba- consist E'~m ia em ~,;<:1. b (.:.:. ,. demonstrou setores Estado. momento. (·:·:~;se~:; .. em seu propriamente esquerda formas presente elou campon~sa daquele presente outras de achavam-se da esquerda constitu(a-se de O tempo 1 ideranças passagem grupo neces- do ch/(o:l·::l •. i nt (Iann i. {poca o n de "l. t(~lrlr<:\ cU.mpr·ic\~:;(;~u p,',\pc'l de ps iol (':':'nvol v i cla~;com ao suas ~ laz~r. qU t0~IllPO a uma € diversâo~8. acha-se. de uma '.I.hadoresrurais. dos ~artura. do universo de mundo i n d i c 'i,\ '.I. i,; acompanhada trabalhavam tamb{m encantada visio sempre t ':". o principal objct ivo ..A na mental idade objeto maior do movimento sindical pol(t ica dos camponeses camponesau da bu~';c<';\ do s rural sobre e dos as traba- que. subalternos Almejava-se do campo a uni~ic:a~âo achava-sc atrelado do movimento. ao ac:rcdi- Sobre o entrela~amento do tempo de trabalho e de vida na c 1.1.1 t ur: ,';\ camponesa. vicie: THOMPSON. E. P. 1979. pp. 243 e segs. Sobre as diferentes vis~es camponesas acerca da terra reforma agrária. vicl~= MUSUMECI. Leonarda. O Hito da Liberta ..sio Paulo. ANPOCS. 1988. pp. 139 e se9S. (:." d (:~. Ferra -- --- " tava-se que sua visibilidade part ir do campesinato. 'I' ..s t.() a partir s6 das necessidade t ico - mas também A fala Minas deixa movimentos Estado. As utopias ' f'~T da política eram percep~So que os da luta presidente claro a op~âo sociais rurais assim redefinidas do campo do espa~o do Perdia-se deste do homem s6 seria grupos - visto permitido do Conselho po](tica feita por possível se desen- a heterogeneidade de fora para da esquerda enquanto pelo dentro. tinham bloco do nio mono] (- Estado. Estadual das 1 ideran~as Ligas urbanas em dos em Minas. a dire~So estadual das Ligas em Minas nio apoiava a idéia da luta armada no campo ( •••• ). Optamos pela sindical iza~âo rural porque n6s achávamos que a 1egislaçâo era bastante maleável. bastante flexível. permit indo uma luta contra o pelegulsmo. F isso nos dava a possibil idade também de obter recursos ( •••• >. recursos do Estado. Foi quando me ret irei da organizaçâo que se chamava ligas Camponesas e passei a trabalhar diretamente com a SUPRA - Superintend&ncia de Pol {tica Agrícola ( ••• ). Transformamos todas aquelas associaç~Es I::d e t: I" a b ,':1. 1 h ,',(cI0/'-- <-:-:' !,; (':':' I a v Ir <:'( d DI" C-:'~:; ,':1, ~,II" ( C O '1 a!,; i n c 1 u !::' i \l ~:'~ ,':\!,; I igasJ que estavam ligadas a n6s Em Sindicatosv.~4 H y nascido cidade. rural. orientava a açâo A auto-crítica poI de Dr. {t i c,:', Romane11 d.:.,!:; e 1 ideranças i é expressâo desenvolvido urbanas disso. na no meio Ouçamos= UNds perceb{amos a existência de uma flagrante injust iça e de uma necessidade de uma mudança. Eu pr6rrio. na cipoca. nao tinha uma noçâo clara da diferença entre organizar uma política que permit isse a insta1açâo de um capit'al ismo no campo (e eu estou usando a 1 inguagem de 14 ENTREVISTA com Dr. Ant8nio Ribeiro Romanel1 i. Presidente das ligas Camponpsas de Minas Gerais e Advogado da equipe da SUPRAMG Belo Horizonte, 12-3-1986 e 14-09-1987. ----,------ .J " hoje. nâo usaria essa 1 inguasem naquela época porque nâo t inMa idéia disso) e uma mudança na estrutura fundiária do Brasil. ( ••• ) Nds achávamos que naquele momento nâo havia condiçaes de fazer a oFganizaç5o dos camponeses a nâo ser nos sindicatos. ( ••• ) O ·sentimento que me fica na mem6ria é que predominava o trabalho paternal ista. ( ••• :> E o c<:I.mpon{:~~,;,. acho qUE' Eent i a i ~,;S(). FI 1;:: !:,E intimidava. dificilmente ele se abria. ( ••• ) A nossa atitude era paternal ista. Nds {amos como as pessoas qUE sabem o que é bom para eles - falo isso em meu nome. A gente procurava ouvir os camponeses mas, na verdade. hoje vendo de 10nge. vê-se que a gente ouvia mas nâo Novamente revela açâo jos algumas e fala de deputado menos gem a de com ele. uma Três uma da esquerda parcela significativa , muitos li"! i nh a ClU Desembarcou Romanell i e c h ou o an a nâo cota 23 de a abril que aquilo era mas, 15 ENTREVISTA e: i "l:,·:\d,,\ •• com nos de e e dese- camponeses. preparar uma Francisco depois Juliâo começaram uns coisa de mesmo assim eu nâo homena- o churrasco. cheio quis F~ i I::r ~:.: i 1" o o Dr. mais f~o ma n ser 0: do Dro em frente de ,,'\mpones,·:\ (.? c.. I comentários. comunista; de do churrasco, pregou d i ~:~(.:.t"(·:·~s: L.. i ga Crj;; para uma Jul iSo. acompanhado o deputado (.:,n t; () n i o vaca para 1962), chegClu um 6nibus era Dr. dos tarde. um a p"J.'·:l.ca c om cI i !,;!;;C)" e as expectativas a not (cia de e compramos o deputado discurso Depo i 5 que recebi Marias). uma de confl itos entre tempo de diversas fizeram dizendo algum promolor-inquisidor ao diríamos. comjt iva. Deveríamos Fizemos ")") \. i;.. i:.. gente. Randolfo 1 (deres - "Passado Lavradores de razITes ou fragmentos. o discurso de pelo a J } i• O povo Romanell seu estava i disse presidente. ,':\n t <-:-: I" i o 1" m(.:.~ n t (.:.: " . .. , :í.9 presidência) DEPois (outubro estevE muitos que H Mais Essas uma dec]ara~~es portanto. devEria aceitaçâo das ficou tinham come~aram a sair. VEZ secretário. Em Sindicato de diversas sobre o nio POdE se pelo pEssoas para camponesa visita camponês do preso durante como pl" e de sua e de Três mEses lá consEqUente n om o poel(,:,: t E'I" membros comunidade.~6 16 A 21 menos as condi~~es se preocupado est iveram. Marias havia Neto. durantE o governo ém que qUE Sem de Sio em que proteger com if ic a d o embargo. de Guido entre Paulo. Juscelino Randolfo se achavam transformaçio ',:; i91'! Além recebido. Correia ideológicas muclan(j:aele da já descren- camponisF tentava valor e" os boatos o pr: i,':\,men t ~::c: om a!:;. í d é i,':l~; d ivu 1 9":'tcl ,,1, S pl" o \/<":\ V E'l t .:\mb v'azaes políticas sem comunistas. estivesse JofrE muitos quase qualquer por comunidade mas desconhecer Randolfo feitas. t idas que o movimento nosso) afastar comunismo o Raimundo. (grifo foram idéias com iniciado Provavelmente Liga transformada o transforma~âo. porque F foi era que lá em companhia A presidência tes o Raimundo. 1962). a Liga de que Essa para por para já ficara Rocha, a outras, a est ivera Kubitschek. dEsconhecesse detrás em Sindicato pouco que P(':': 1 o s ele claro as do fim Rural. da Essa e os demais o dEsconten- de abril de 1962. Francisco Jul iâo apropriava-se ela idéia 1 ibertária existente em torno da figura de TiradEntes e lançava Em Ouro preto seu Manifesto à Naçâo. Do Morro da Queimada. u ••• numa tentat iva de reunificar e restabelecer a unidade das Ligas. ( ••• ) reafirma o social ismo E o Exemplo da revoluçâo cubana •• ( ••. ) Porém. o movimento teVE vida curta. e n50 foi capaz de v'estaurar a unidadE orgânica das Ligas. Ao contrário. em outubro dE 1962. as dissensBEs intErnas aprofundaram-sE. Juliâo € ") o. t:.. '<,} tamento provocado pelas sugest~es de socializar' 1 ideranças uma proteçâo contra qualquer ou de qualquer outro os mil itantes sua prdpria da esquerda Pc·:r' (.: i r "t de Três i n !J ". e ';:.~;:.o r ainda POr ou t significava de arte Neném haviam r' o ,. d i v i d um representava de retomar nao Po~ da Peleca as terras. o recebido i r: C) c:o t i d i ;',1. n o c o m a viabil izaçâo arriscar de utopia. que. Camponesa t e r ". ":!. por na Liga da regiio. fam(l ias p I"~C) P I"~ i e d a dE':' d ,·,i. esquerda tentat iva. proprietcirio quatorze t (tu.lo de da a produ~âo. uma vez transformada a direçâo Marias. no movimento f..I. em Sindicato de a ex-Liga Raimundo de sindicalizaçio rural Nonato do Estado d e r'l i n ,J c:.• "i. P Ó ~:; I...o ~Jo camponeses da comunidade 1 (deres vários (.)I,·t i !JO ':lO , I ~} cI ;',\ Le i OI.1,,\nd o Romanelli, Seus uma das tanta expulso militar PC do anos BN• Os dois 1802/53 de Ranclolfo vida no foram interior Raimundo e condenados. primeiros cio C6digo Penal. falecera vividos cerca como ,,\ e outros Juntamente foram P I" i m i':: i Ir que fazendas da das presos n D~:;· soubemos 0lt imos foram da esquerda. 1nc. }" de 1964. Randolfo. o golpe com enquadrados Cumpriram V c::;.:~ pena com de um ano trabalhador no D,,·. antes. rural em cio estado. Comissâo Nacional cio Movimento Tiraclentes, e o setor Ligas passa para o controle e a direçâo exclusiva do (:~IZE\)EDO (i9f.l~.~),. p. ?4 .. '") l (: .•. 1. 3. CONSIDERAÇõES o das falas FINAIS Espaço das dE tEmpo 1 ideranças qUE separa o depoimEnto de Randolfo €i- cIe qu (-:.~ c oi. h (·:·~mo~; v da esquerda. ql.. \':\~:;(.:.. '..... i nt e ':inO!:;.. Ao tiveram suas tância longo dEsse PEr(odo. vidas marcadas por clandestina. Essas a tortura trajetdrias. diversas. Autocr(ticas brotaram de suas aparentemente mulo foram. t6picos Ao lhando com passado 1 idarmos e de com ele tr ab se a t h o d é qU.f::1rI e Serid quem sabe de Randolfo pr ido D cIf..I, :;..~ garantia no vivência amargas afirmdr sua ao auditor mesmo j- pa(ses. de formas . .., ou comlcas, ..Estes a um s6 tempo sabemos aspectos um estl- de volta os o passddo mais passado? quem volta cores e cheiro em que tal se do (re)construçSo acha-se congelado pureza O fato pode ao como estimulantes de e na sua acontecimentos do outras "o passado da Just i~a Mil itar? um retrato à luz dp mesmo processos inteireza dos traba- atribui-lhe aspectos que estar de sob de trazer perceber na assimiladas instante PI"/:::'\: (,-:1'1dI!:: de se obter sSo a mil em diferentes entrevistas o ';;;, correto abarcaram reconstru(da acontecimentos. um dos instante das discursos, no entanto resguardado mento radicais. revisto impossibilidade deu". alguma. esses um mundo reaval ia os E~;;t(:I_ dJvida que entrEvistados reflex~es. de uma q 1.,( f:'~ p '" o v a ''01' (,:,~ 1m,:';1'1 t {':'; n \~\o d a v am , o ex(lio importância, às nossas a memdria experiências; e/ou no decorrer e sem dE nossos experiências por vezes falas e um obstáculo sem alguns ser ou no depoi- de ter sido visto como rjr) c.. I':.. Nâo podemos nos esquece~ de qUE a fala dE Randolfo c i rcun st ;':l,nc: i <:l.~:; muito d (':': futu~o" afirmat ivas dEPendia t ias temos de que aquele e assimilado p~esente com as mesmas o fato minado de um documento SEr do mais, po~ Randolfo ou ainda. fam(l ias que compunham Al(m dos acontecimentos colora~8Es esquerdas?; t e s d o s, produzido no E~a vivenciado po~ Randolfo a comunidade ~u~al instantE 1 it e a total i- de T~2s mesmo Ma~ias? de um deter- (':'; '"a tu,"a,,! t 1..1, a 1 ~:;o c i ,:1, i ~:;d o ~:; na á~ea c",mpo ou • • r.' v aI or , :;:~<:\<i:a() d<J mt;;;~:;mo~:;" Ou urbana, desse sociais i':\ 1v D período nasceram e5que~da. cl Ci ~:; pol(tico históricas das rEalidades do t~abalho por elas tutelados, ncorridas entrE o final capitalista quanto o i t en ta sociais. tanto do mundo O!;; os acontecimentns a part ir de quest8es n ,',I. qU(':: 1 ,',! metodoldgica. nâo do iluminado passado/p~Esente de pod e," início D volta," do mudanças ,',I, 5 a part ir foram P I" i n c i p ,',! J. T o d ,:\\l i a , passado tem mE m Ó r' i ,:\ C '" i a c! ;:\ 1 i d ~:': r ,:\n (,~ a ~:; d E' analistas militan- ':;uf ic: iEnt e: Um,:\b 0,',1, t i n h am como que g<:l.ran- E PElos acontecimento movimentos tomou Uma na construçâo das expl icaç8es histórico-sociais. "1':1 (; " No cmSD m iI (':'~!::, pE C " f i C o di":' it,',\ntesda~::, on d e <:\!:; t c':n d em {:\ •.....'' ' '.I or í :<::,':\1" nf:\D 1 i ,:\ mE E nt ~ sim o preSEnte ,',I m i J. i t ~:\nc i i':\ I" E' foi sendo tecido a partir condiçffes parm a construçâo o premissa e os homEns da busca e mulherES de um presente de um devir condizente Foi Ou do campo que garantisse histdrico ou t I" Ci~:; • q u (-:,:'1" c I" e o futuro. as com as com impl {cita (':':' o ut ro s , ~:; (':'; t o r' ('::~:; trabalhadores industrial. rurais ponta Cl',:; deveriam de lança engrossar da luta ;';1, (':':'p o d E' d (':'~ m <:\ n d o propriedadE legal b (,,: n do pelo Fi C) i o 1"1..1.1" ,:\ V' as fileiras socialismo. p ,':1, I" t i d D ~::' a forma l ut ;':\ da terra. ,':1, ~:; ~:; i m" as diferenças E mesmo Guido os POSSIVEIS ou mesmo (,,~nfi" RDcha nos diz Fi a 1 h ,':\)' mâos qUE SE sentia calejadas E como as mulhErES cDmuniclaclE E quando E as, crianças nos conta que nâo dEU fut num um camponªs viVEr Eram confl i- subI imados En t ae! D~:; quando enXErgar os proc!u- (,': / DU, de,:,: qu,(':,~m cI i,:,; Para i i:; SEr DbscurEcidos. Quando do proletariadu IJ,I" D por na tErra nos no com d i ~':': tratadas PElos import~ncia ao ".I. h(':':' c o n t ,':\ do que uouvia levados a cido priori. possíveis a comunidade 01..1, '(: v' o palavras fez de com à ordem sindicato pa~a pa~a alguns sabe distante h (':'~c: ';1 b qUE os camponEses de conduta. mil itantes dos estabele- frEnte aos seus a idtia t~ansformaçâo sonhos pelo cio dificultou dos movimentos de fo~a presente para em que os que consulta e outras P I" (':'~ !:; i d t: n c i ,':\ cI o a Sindicato significou do futuro quem garant ia o envolvimento do contexto deixava uma no qU(':'; <':\!::. em Randolfo a reestruturaçâo utopia vindas de daqueles ser tinham um homens garant ia passado de um plantado .. bem e a partir o Liga luta. e da menos campo, dentro da sem comunidade, Liga .. camponesa e dos da alteradas da extinta dos e fo~am () sec~etá~io da const~u{do do momen t; o deixando A desconsideraçâo camponeses fosse Movimento, almejado. para '1 {dei" do a dEsagrada sua I ,:\ •• membros o subalternos a Randolfo da escola 1U.t,:( l oc al da estranhas. na tradiçâo que v i mos a re()rienta~âo upessoas vontade o padrâo dos o galpâo dESI iga~am O~aT vários um comunitariamente; que tataI idade fam{l ias se fora que a conduta 1"ido" '.I. futuro Escutava al iados. (,,:' c o 1 h E'I" com nâo c~er norteava Por' prtvia mas de um como de trabalho intEresses de rurais de saber premissas trabalhadores sociais um passado SEUS heterogêneo sob~e rurais. fossem atores o campo constru{das organizaçâo como dos e montado longe do construidos impediu de rEal, mobil izaçâo tambtm diretos .. setores que a part ir dos os da Em hiato parte esses fatores que se formou entre a utopia tutelada rever pelos Esses totalidade vir sabe por a movimentos aqueles das ~ de seus elementos Estudos de iluminar trazer setores dos esquerdas luz casos. das sEtores e. por por um lado. o subalternos e a luta outro. permitem ambiguidades trabalhos das as heterogeneidades que o constru(ram. a expl icarr nos contradiçaes p da constitutivos. as especificldades à tona ajudam mono9r~ficos relaç~es das e outros entre visaes do grupos passado podem e quem vivido REFERÊNCIAS AZEVEDO, t;,.; Tel"lr Fernando a. 1 !)f.l;? .• GORENDER, ilusJES Ant6nio. As Ligas Jacob. 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