Maria Elisa Linhares
TRÊS MARIAS=
DE LIGA CAMPONESA
GT Classe
Operária
Borges
A SINDICATO
RURAL
e Sindicalismo
Grupo 3
XVI ENCONTRO
ANUAL DA ANPOCSr
---
--------
"
:1,
INTROOUÇ~O
1.
de meados
palco
da constituiçâo
muito
contribu{ram
d~ uma
dos
série
dos
três
primeiros
anos
A mobiliza~âo
das
usinas
cinquenta
de Movimentos
quanto
longo
anos
a
n(vel
da década
de
e organiza~âo
de cana-de-a~~car.
das
Minas
Sociais
esforços,
a tutela
ora
pol {tica
lavouras
dos
de café.
trabalhadores
dos
ti"
de const ituiçâo
urbanas
respeito
a
diversas
formas
den~ncia
consideradas,
lado.
F:
'",':\
V é ~::'
da
,':1,
de
Minas
as
falas
de algumas
principalmente.
80 alqueires
sociais
as áreas
Vale
dizer,
dos
rurais.
Gerais
C ,';\~::'o
envolvidos
de tev'ras nas
Ora
somando
caso
marcante
nesse
essas
lideranças
qu,(,:,:
no
para
de
cio rio
adqui-
d (':: T I" é '"
~ tona.
da esquerda.
na organizaçâo
que as
paI (eia,
trazer
das
Sâo
d i ~:':
rurais.
I...i !:J a C ;'~,m p o ri e 5,';\
de setores
margens
o
o PC8.
subalternos
- pretendemos
1 ideranças
com
contribu(ram
d ,';\
b a I h ,':\d o I" e ~:;
rural.
sobretudo
como
,:1,
no campo.
SEtores
momento.
n ,':i 1 i s (':': d o
oeste
presença
importante
de resistência
-
POI...OP
para
papel
naquele
foram
no meio
carvoeiros
contou
organizada.
si a hegemonia
moVimentos
pol{tica.
ainda
At
dos
um
da esquerda
Camponesas
deslocarem
desempenharam
Marias
entre
e as Ligas
Ao se
etc.
setores
disputando
<'~, POLOP
processo
dos
que
sessenta.
pecu,,':í,'"
i ,';1, de
e/ou
Rurais
do
do~:;
apoio
Gev'ais foi
de um
da AP
14 fam{lias
Francisco.
DE outro
Militar
lado,
trabalharEmos
em Belo
HorizontE.
Ao confrontar
brotar
as
visies
envolvidos
e,
dos
e/ou
anos
mil itar de abril
2 dEPoimentos
em abril
esses
luta
a partir
pecul iaridades
r(sticos
de
com
terra
de
imediatamente
dos
à Justiça
Randolfo
Fernandes
por
temos
desEnvolver
singularidades
de
1964,
discursos,
pela
dar,
de
prEstados
a
intençâo
ambos
algumas
os
setores
reflex5es
movimentos
anteriores
de fazer
nela
sobre
sociais
caractepaI
ao movimento
as
ico-
(t
1964.
2. TR~S MAR IAS: DE LIGA
CAMPONESA
A SINDICATO
RURAL~
"
Que
a luta nâo esmorece
agora que o campofazer
prece
e
de
votar
em
de
nês. cansado
burguês,
se
ergue contra
a pobreza e outra voz
que chama
pr~ luta
- voz da
nio escuta.
só a
Liga Camponesa ••. u
Ferreira
Gullar
prá morrer).
Em
de Três
mato
que
Marias.
muito
eram
regiâo
1959,
bom.
de um
como
NEném
1 Este estudo
dissErtaçio
um carpinteiro
observou
que
Procurei
saber
tal
Olinto
(Joâo
Boa-Morte.
da CEMIG,
da outra
de
quem
Gonçalves
eram
de
cabra
da regiâo
margem
MeIo.
da barragem
do rio
aquelas
mais
marcado
terras
havia
um
e soube
conhEcido
na
da Peleca".
de caso é parte de um trabalho
maior apresentado
no Mestrado
de Sociologia
da UFMG em 1988.
2 Por raz5es estéticas.
convertemos
para a 1ª pessoa do singular
depoimentos
de
Randolfo
Fernandes
de Lima.
registrados
na
pessoa do singular
pelo escrivâo
da 4ª RM/DI.
como
os
3ª
"
Ne~:;~"..e tom).
1... í ma
Por
i n í c i '·:l va
duas
seu
ocasiaes.
Joaquim
Simeâo
Pinheiro
da
RandoIfo
vinha
no
quav·tel do CPOR
uma
15
E
de Faria
Filho.
CGmara.
radicado
Francisco
quanto
pelos
pela
Horizonte.
virando
a
de 8elo
pelo
Horizonte.
aquele
proprietários
momento.
fundiários
local
Diziam
os acusadores
dos
Dr.
Miguel
policia
cabeça
1964.
de
Capitâo
Até
de
4ª RM/DI,
Just iça da
de esc:rivâo.
tanto
em Belo
de
Fernandes
18 de maio
no dia
registradas
ali
acusado.
há muito
outra
Promotor
servindo
sendo
confessou.
nandava
no dia
do
do sâo
Randolfo
depoimento
perguntas
da regiâo
este
pressa,
e do estado.
trabalhadores
que
rurais
d (:\qu(·:,·l
,.:\
I'· C 9 i 1·~ol/ •
havia
d (;.:.
po i me n t o ii
esquerda
o
inquérito
brasileira
camponeses
e
aos
1 iga~aes
daqueles
com
de Fidel
Cuba
camponeses
uà
enfrentar
privada
e
Minas
Castro.
os
facilitar
defensores
o
f6ra
de Trfs
o pJnico
invas5es
das
"plano
informaçaes
as
com
dp
a China
junto
aos
desvendar
as
Comunista
propalado
no
estavam
sendo
armados
democracia
Esse
do Sâo
pretendia
e
ainda
propriedades
idas dos
Cl.qUE' "1 (.:.~
sendo
Marias.
diabdlicon•
sobre
como
informada
na regiâo
promot:or-inquisidor
esse
da
açâo
Tencionava-sE
vinha
rurais
a
principalmente,
Gerais.
Segundo
A policia
as
averiguar
assim
p ,:\I'· a
Justificativa
rurais.
Moscou,
da barragem
forma.
maiores
com
balau
instaurar
sobre
e de
os trabalhadores
visava
lhes
pretendia
trabalhadores
da terra.
de explosâo
outra
da
acerca
nato
dos
pais.
e
os
propriedade
de um
plano
comunistasN
Francisco
e.
rurais.
saber
Almejava
comunistas
de Randolfo
arrancar-lhe
até
a Liga
detaainda
Campo-
'.
nesa
de
Tris
Marias
E n vo 1 v i d o
de
mesmo
tempo
foi ouvindo
saber
sobrE
dE curiosidade
o relato
a chegada
das
E desapontamentD.
da histdria
de Randolfo.
inteil'·av;:i····~:;f;:
dG·1 tl'·,,\je{::ól'·ia
d':l.ql..\(·::-l(·:·:
h omcm
a i nda
POUCO.
jovem.
n c i p <:'. 1 11H:·: nt (.:.:
,.
um misto
Fi DI'·
o promotor-inquisidor
p ou C o ,.;\
P I'· i
(.':..
apenas
trinta
singular
e sete
comum
E
anos.
que falava
a tantos
outros
de uma
história
ao
produtores
diretos
do
c;:\mpo.
depois
Sr.
Olint:o - afirma
dar
uns
dois
arrendamento
Randolfo.
a1queires
em cartcirio
Estava
CEMIG.
Ganhava
Cz$
dE
sol
I'· (-;.:
\J
cI a
f'a
r
d e i >: a r
i
d (~:di c <:\1'·
t:
folga.
e ficar
naquelas
1..1.<:10
uma
terras
que tinha
de
da companhia
na CEMIG
menos
de
por uns
sal~rio.
para
como
para
o
me arren-
carpintEiro
era bom
trabalhava
com
um contrato
pelo
trabalho
casa
queria
passar
na época
e feriados.
i ~;SCl
Queria
com meu
conSEguido
me avistei
Além
morar.
barbeiro.
plantar.
na
Nas
Mas
Queria
····mE"
<''1
u
r
que ela
,::1
doru•
Assim
pedi
minhas
Fui
t
mato.
por hora.
mato.
se ele nâo
daqUEle
22,00
domingos
VEr aquele
Perguntei
satisfeito
j~ tinha
horas
de
morar
podia
- continua
dizendo
contas
CEMIG
debaixo
na
de uns
Randolfo
l,:\vr·cu:lclr"
cI~:·: or·ifH,:me
de
uma
paus
Minha
longo
cHI)(·:\I"d:(·;,-
parte
origem
e atravessei
nas terras
o proprietário
p
c ont ra t o , (.~o
transladado
me dar.
de
da f'art."uri.'l
a outra
o rio
foi
de lavra-
com minha
fam{l ia.
do Sr. Olintou•
Neném
alguns
sempre
da Peleca
meses,
qu e
#daqu~le
a
terra
mato#.
o
nâo
chegariam
ex-carpinteiro.
podia
d
su:,
Percebendo
~:>el'·i<·:i.
que o
"
I::·
••. .1
aIm~jado
várias
contrato
partes
dinheiro
nâo
gasto
,':1 p ar
do
~?c:
rio
(fruto
e
Randolfo
do acerto
~ntâo
vender
{, •• ":>
i c\ m •
r~aI izaria.
do t~rreno.
- "Pedi
beira
s~
01 into
Precisava
para
d~
os
a recup~rar
com
para
e roçado
part~
do
a CEMIG).
construir
pescadores
algum
1 impado
t~ndo
d~cidiu-s~
de contas
ao Sr.
café
m~smo
que
um barraco
por
na
aI i sempre
dinheiro
com
m i nh a famíl i,:\/l.
negat iva do
pe>líci"·I
.• Foi
dia,
sua
procurar
histciria
~
S~gundo
informara-·lh~
cidadE,
ele
à Capitania
poderia
dos
anuais
SJo
1.000.00
d~
ir viver
posse.
terras.
de Sâo
apar~ceu
em
de
meados
foi
havia
para
das
que
aos
Pirapora
acima
Uma
v~z
junto
lei da Capitaa qualquer
matriculados.
das
tomou
busca
da
enchEntes
à Uniâo.
p~rt~nciam
~m
do rio.
uma
pescadorES
Randolfo
rumo.
d~ terras,
facultava
metros
t~rras
novo
de Pol feia
pedaço
0 que havia
1960.
margens
a Três
E com~c~i
o Sr.
de um
a 15
de terras
I"~(.:.~O," 1'" E I..(
Marias.
del~gado
Francisco
Essas
~
retornou
NâD
a concessâo
c''.,.
c
Randolfo
famíl ias tomaria
Noronha.
Francisco.
em uma
famíl ia
quatorz~
em Pirapora.
.... "P I"~De:1..1.1" c i
minha
Três
e preferencialmente
Assim.
para
obter
de ocupaçâo
de> rio
d~
o Capitâo
Portos
brasileiro
o direito
delEgado
de mais
Portos.
n i a Fll..1.vialdos
cidadâo
o
fazendeiro.
um emprést
de sua
imo
autorizaçâo
obt ido o documento
Marias.
1 DC,,\
um
,:\ r o c;:d'"
terminado
01 into diz~ndo
com
j
mais
o serviço
que
aqu~las
ou
menos
- segue
t~rras
um
alqueir~
dizendotambém
eram
d~
qu,,\ndo
suas
e
"
ó
Mas como?
Antes
de mais
nada
aquEles
alqueirEs
c:00 ç.:, t i tu í i':' -"~:';f~ na
possibil idade de trabalhar
a terra
sua família.
dE facultar-lhE
dE
local.
Com
direito
dE
tamb0m
do
suposto
amigo
a10m
o upapelu
ficar
trazIdo
na
terra?
Sr. 01 into?
proprietário.
de Sete
Prefeitura
t D s , d i ~:;
~?,f.':'
m e smo
~::,<'"b
E'nd C)
Randolfo
-
Plantei
nio
para
arroz,
direito
Tr&s
banana.
aI i
o
exemplo
1 oe ,:\,
i~;~ ijr r: itou
mome n t D"
Dr. Romanelli
à merc&
mandioca
do
de um
da
dos
me defender.
chegando
(u
••
e outrDs
outrDs
Como
).
Gali10ia.
a
guerra
de
e a justiça
apelavam
para
cereais".
PEleca.
forças:
local.
o Tribunal
tinham
se
dinheiro
sem a permissio
regiio
assustou
Nencim da
t .:\ç: ~\o•
e perguntandD
n~D
que naquela
EngEnho
p 1 ,,\,1'1
espalhou-se.
possibil idade de
po] {cia privada
iria
Irl i nh a
nas terras
t EI"i a
ses e
de mato
da Capitania
ele
entrandD
sobremaneira
sua
de,:,; M i n a s, ,
fDram
do
dEirD,
o
atci um advogado
comecei
de Randolfo
coisa
a PiraPDra,
p
cafi.
pod i a m pl,':\ntal"alguma
repetir
pedaço
de um conselho
chegou
que
p
Marias
foram
,,'
no mercado
podia
tEmpo
01"(;\,
Em busca
si E para
Randolfo
uma vez ficar
viu o documento
PDUCO
ir
teria
SEr aquElE
por este.
A nDt {cia do sucesso
para
inserçâo
nio
de mais
Dr. Romanell
que eu
"Em
para
Horizonte.
tinha
feijio,
podEria
Na recusa
que eu
Uvoltei
tipo
Pirapora
Como
Orientado
- "Quando
P 01"
de
F!andolfo foi
Lagoas.
de Belo
algum
de tErras
viesse
da
a se
os proprietários
A
P<:\I"-(:
i",
de um lado.
de Dutro.
o fazen-
os campone-
dE Just iça do Estado
"
:7
Enquanto
camponeses
nâo
vinha
permaneciam
....
nas
a decisâo
terras.
do Tribunal
davam
.
at i v idadE~:; (~:con
om I c<o:\~:;
.. POI,oém,.
proprietário
da
mais
de ""perder
Francisco.
Sendo
aSSIm,
do Tribunal
HNo
reintegra~âo
benfeitor
Justi~a
existentes
tando
sua
v{veres.
defesa.
pelo
(quase
lnvadir'am
diz
aI imentos.
de
ainda
aguardaram
as
gostava
do rio
de nio
aguardar
sâo
a
~ cidade
o resultado
um mandato
de
m&s.
de seqUestro
de
Substituto.
Os Oficiais
da
capangas)
casas,
uma
e jogaram
t ;::l.n t o ,
Joaquim
de
satél ite de Tr&s
do recurso,
com
desalojaram
a uma.
fogo
61B,
as
de todos
os
grande
parte
i':\
Lima.
Acampados
do
1t
das
e "O n a t i v,'". :'
em terras
Dr. Romanell
de Patos;: 621.
todos
todas
ou t r: ,:\
Marias.
a cargo
em
,.,.i"l,:\ n d ,:\ d o ~:; d (.,:
~::oiB?:
.. d (.:.: I t: ,0:\ b i I" i to;:
tiram
UApossaram-se
Romanelli~
ferramentas
nos
HOI'" i :;:~on
tE';:
nâo
margEns
entrou
do mesmo
dir{amos
para
prdximo
1961.
Juiz
POI"
local
nas
no direito
de oito
ai assinado
( ••• ).
armas
de junho
e outro
e acompanhantes
impetrantes
de terras
considerou-se
tr~s
posse
ias, j~
de terra.
suas
d i z i ;':\
qIJ.f:
alqueires
faixa
as
de Justi~a.
dia
de
aquela
continuidade
da
de seiscentos
H
idéia
decisâo
de
de Just iça, os
neste
da CEMIG.
i.
·0
11':'0
de Santa
Luzia;:
3 Tribunal
de
Just i~a do Estado de Minas Gerais.
O Bacharel
Sidney
José Gomes
Carneiro,
Diretor
Geral do
Tribunal
de
Just iça
do
Estado de Minas Gcr'ais, na forma da lei...
In~ JUSTIÇA
MILITAR.
Auditoria
da 4ª CircunscFi~âo
Judiciária
Mil itar dE Juiz de Fora.
l~t:·~91l n~} (,')~:~/6é:'1 pu
;?(:J;?"
"
655, de Campina
de outubro
Verde
e vários
de 1961,
outros"4•
um mandado
de segurança
quatorze
processo,
o
caso
de
Três
n~o era
rurais
'i1.
viam-se
terras
contestados
elo Estado
dentro
assegurada
proprietários
quaSE
sempre
a
po<';~';f:.'
fundiários
que logo
depois
criada
Associaçâo
ISSO
a abalar
a
dE Minas.
A disputa
dE
num
movimento
o estatuto
mais
o l:. "1
,:i t if un eIi,:\
....
prdprios
"1imites
1 <-::'ga1
da
terra
feita
na base
da
que
os camponeses
de
ou
de
de
A partir
Tr~s
contra
desse
momento,
uma
os grupos
da regiâo.
às suas
Marias.
àqueles
abriram
os habitantes
retornaram
Lavradores
ela ATAMG5.
regi~o
de amea~as
insuflavam
a
o primeiro
insErida
ele seus
o prciprio
por e"1e a"1mejadas.
Uma vez
campanha.
indica
a p e nas n o N o I" d f..? !". t f..~. m ,!\ s t a m b é m '(.:.~
m i\1
in ,',1. ~::.,.
m plo , N~:,o
rios
Como
do Estado
I.oca.'1 lca
- I d E aClava-se
I
em 4
garant indo a reinte-
famílias.
Marias
propriEtários
Dr. Romanell i obteve.
terras.
usando-se
a comunidade
da
0
foi
para
foi
4 TRI8UNAL ele Just iça do Estado de Minas Gerais. O Bacharel Sidney
Jos~ Gomes
Carneiro,
Diretor
Geral do
Tribunal de
Just i~a do
Estado de Minas Gerais. na forma da lei ••••
In: JUSTIÇA MILITAR.
Auditoria
da
Circunscriçâo
Judiciária
Militar de Juiz de Fora.
4ª;?0é.
P(,:·~9. 6B/6éi.
p,
5 ATAMG
- Associa~âo
dos
Trabalhadores
Agrícolas
de Minas Gerais.
Criada a part ir da
Confer~ncia
Estadual
elos Lavradores
e
Trabalhadores
Agrícolas
dE Minas
Gerais.
Esta
entidade
fazia
parte da tát ica de
expansâo nacional
do PCS, via ULTAB. para o
meio rural.
A despeito
da participaç~o
dissimulada
do
PCB.
a
referida confer~ncia
contou com o apoio do PTS-MG, do governador
do estado, Bias Fortes. de prefeitos e políticos
do interior, com
1 ideranças
da
FAREM - Federaçâo
das Associa~aes
Rurais do Estado
de Minas
e da
SMA - Sociedade
Mineira de Ag~icultura
-. além de
representantes
da
Igreja Catdl ica e de
sindicalistas
urbanos.
Para a sua concret izaçâo vieram atci Belo Horizonte
trabalhadores
<:1 $;) I"
íc
1ª
D
:::;:::\"1e s ,
C o 1'- I"~ i d <:\ v
T <:\ I" 1..\ m i I"~ i m eF I" a n c: i ~,;
C D
C (!'l n ,':\P D".I i 5 ••
( I
C O N F E F~C, N C I ti
cI(.:,.
Agr(colas.
Di~Fio
de
Minas.
15-11-
1 ;::\~:; ("~ c "I m p o n t:·~':; r-:~:; d (.:: P c d
LJb (.:.~
I" ".Iâ n d i ,:1. r
i~ f" a 9 u ,',\1""' i
Lavradores
e
Trabalhadores
I"
E'
a
"
convidada
pelo
Nacional
de
realizado
Prof.
Thiago
Lavradores
na capital
Cintra
I
a
e Trabalhadores
mineira
Rurais
em novembro
i n q u. i ';:.i d o I'·
nos
autorizou
diz
a alugar
que
Randolfo
quatro
ao
caminhaes
promotor-
que
sobrou
tínhamos
tido
uma
da
o Congresso.
na marra empolgara
a massa
presença
primeiro-ministro
do
crescer
nos
camponeses
P I'" i
pa{s
achavam-se
pareceu.
Nunca
representante
Josaphat
dos
Estado
de
homens
e
mulheres,
,:i
a lei
dos
da
Minas).
iguais
rurais.
FAREM
Nunca
a eles.
Pinto.
do
de Janeiro.
menos
grande
organizados
s,
fez
do estado
e do
foi
lhes
vaiar
haviam
(Federa~fuo
se
í
t ido uma
como
tinham
ali
i nt el e ct ua
do Rio
Pelo
tâo
DU
e do recém-empossado
as autoridades
platéia
rurais
Magalhies
que tinham
p
na lei
agrária
d v o f:) a d o~:;•
vindo
camponeses.
uma
presidente
do
o que
em coro
feito
das
um
com
Associaçaes
deparado
com
e decididos
tantos
a lutar
direitos.
Desde
de Tr&s
'-l f..: ~::: ,
visto
Neves,
de
que
nosso)
do estado.
teatro
proprietários
Macedo.
seus
de
o
com
achando
y
e trabalhadores
além
certeza
lado
tinham
Rurais
por
a
m (.:.:.i I'· '·:í
do
}.
baile
da reforma
de Almeida
grupo
um
o tema
governador
Tancredo
até
p
(grifo
de camponeses
Gou 1art
estudantes
~izemos um
vit6riav•
grande
Durante
nós
volta
306
e levar
/I
dinheiro
seria
1961.
de
TI-! i .:\goC i n t r a
do Brasil,
Marias
aquele
passariam
momento,
os
a conviver
moradores
diretamente
Ú .:1.-(: <,::nt
1956. p. 13; e O MEU governo p~:;t
Di~rio de Min~s. 18-11-1956. pu j.~::t)n
o
da comunidade
com
rural
a presença
1,:\V
de
CH.\I'" ,3. •
·
,
'
10
Laboratdrio
d~ss~s.
aquela
funcionar
comunidad~
como
nas
marg~ns
Hcorpo-r~ceptorn
dos
do
sgo
discursos
as mais
passaram
sas.
a
co~xist
iam nort~ando
Enquanto
das
Ligas
relaç~~s
com
um
Criava-s~
Romanell
entr~
~m
PCB
tivo6•
proximidade
morar
Estudos
em
utopias
diversas
na
de uns
a
dos
poss(veis,
e d~ outros.
long(nqua
capital
do ~stado.
CamponEsas.
grupo
indicado
Conselho
s~u
intel~ctuais
Estadual
pr~sidente.
ainda
n~o
d~ um ~ outro
o 1 (der
estr~itava
de advogados.
o
~ as Ligas
L(d~res
Conselho
isso.
Minas
i ~ra
das
passou
ir al i«
o cot idiano
nacional
Francisco
e
prát ica
da
haviam
entravam
das
p
Ligas
estudantes.
Campon~sas.
A essa
altura.
l~vado
ao rompimEnto
~ safam
suas
as desav~n~as
da comunidade.
d~finiDada
a
maior
Estadual
Três
das
Ligas
Assim
Marias.
na FAFICH/UFMG
e
S~9U~
destacou
p
que
para
um
membro
Guido
Três
Rocha
s~gunda
para
int~rrompe
s~us
da
Marias?
6 Em agosto
de 1962,
o jornal T~rra Livr~ anunciava
a Expulsâo
do
partido comunista
de Clodomir
Santos de
Morais e
publ icava um
longo artigo
de Giocondo
Dias contra
a
posi~go
dE
Francisco
Jul igo em
favor da luta armada no campo. A part ir deste momento.
o PCG ~ as Ligas entraram
em franco proc~sso
d~ cl ivagem tát ica ~
estrat~gica
acerca
da
pare Icipaçao
campon~sa
na
luta
p~la
r~voluçgo
social ista.
(CLODOMIR
Morais:
~xpulso
do
PCB.
Terra
Livre.
nº
113. agosto
d~ 1962,
p. 8~
~ FRANCISCO
Jul igo,
os
comunistas
~
a Revoluçgo
Brasileira
- Giocondo
Dias. ~m nome dos
comunistas.
~sclarece
o que
faltava
sobre o líder pernambucano.
Terra Livre. n9 113. Supl~m~nto
Esp~cial.
s/pu
7 Sobr~ as
orig~ns
GORENDER
(1988).
89 E segs.
e
propostas
da POLOP recomendamos
p. 36 e segs. ~ REIS E S~ (1985).
a anál ise dE
opu cit •• pp.
·
,
:1.1.
,
epoc;::
... .... d i ~.:~
....
n o ~:;
t i n h a um
PI'·oj (.:.:1: o
pB.r·a i I'"
t fnhamos
campo.
,,1.0
uma base
DI..'. i do
-..
,. ;.~. POL.OP
Trabalhávamos
no Sindicato
dos Marceneiros.
ai um
(·:·:m <::1'· i ar
basicamente
'foco'.
nas
Ao
Oepois,
irmos
a Vânia
um.:\an <fi 1 i ~:;E
Marias
pret (·:·:ncl fel.mo!:;"
';"",,) PEnsamos
nâo era um local
também
n i·" r
(~'sc
0"1 e\
época
teatro
os grupos
a alfabet izaçâo
e
consci€nt
izaçJo
C
reunia
de Cultura
o n !:; t r
1..\
dos
Popular
i;: ~;·ío cID
com os camponeses
na casa
re\I'·a
a
S(:::I'·V
TI'·
f·r:;
comunidade.
d E·
i I'"
Enquanto
bal'·I'·<:\CO
que
o que
1 i d <:1. d (~;
espalhavam-se
podei'·i am
camponeses.
!-:.; .;\
Guido
d(·:·:
um"I.
para
na possibil idadE de nos dESJO-
o V,:\J.e do Rio
I mcd i.;d: am€rd:e
adequado
~:;r:lr 'v' i I'·
C
Já naquela
por todo
o pais.
O
i n ~;;t r 1..1m f..: n tos
or: r· i a mo!:;
i a d (.,:
pl'· <-:.; pi·;\ I'· .;1.
t ivos
GuidD
de Randolfo.
t ,:1.1'·de!::. a I i
p I!:; 1 .:\1"
!:;(,.; i !"
h o I'· ,:\ r:;,.
d f.~P o i ~:; d D
trabalho.
nds nos reuníamos,
apenas os homens. Eu ficava
ali pregando
socialismo.
igualdade
Entre
os homens.
explicando
o que era dialética,
o que era contradiçJo •••
Claro que
tínhamos a pr€ocupaçJo
de partir da 1 inguagem
dEles; ~ramos
mUI~o influenciados
por JuliJo que sempre
bat ia nessa
questio e tamb~m
pelas
lEituras
de
Mao
:Z<-:·:clCH1!:J. f1':I.S,.
n a verd ad e , a c h o qUE
érélllJo.~; pe ix«:
Fora
d~gua.
A gentE Era
urbano. classe
média.
estudante.
Estava lEvando
uma mensagem
para eles. mensagem
que era
mais nossa do que delesu•8
rr
8 Entrevista
T o d ;::\~:;
i·:\ ~:;
com Guido
?
Rocha"
"
.'
.1. ")
c:
diferenças
prop6sitos
Segundo
vigiam
Guido.
tdmbém
o debate
d E c/ i v
mensagens
e
d o~:;
no
e a resoluçSo
e r Eló:n c i d!:;"
de 1 in9uagem.
o
final
propdsito
sobre
inicidl
d escola
refletiu
construir
era
umd
da c omun id.:\de,
d (.:.~
t: e J" r: f:'~n o
aquele
pdra
nenhuma
c/as fdm[l idS. Era
era um eSPdço
comum.
a comunic/dc/E. DEcidiu
Tendo
prEciso
Rdndolfo
passar
a id~id
mdnifestado
c/dr prossEguimento
aos
de que
interEsse
de
prEParat ivos pard
#Com o Consul c/E Portugal.
que mais tardE viemos saber
SEr li9ddo à elA. consEguimos
a doa~~o da madEira
para a
confEcçSo
das
cartEiras
que foram feitds pelo Sinc/icato
dos MarCEnEiros
de BElo
Horizonte.
com
o apoio de SEU
prEsic/Ente, Joâo Luzid".·
rElatd-nos
Dr. Romanelli.
Imediatamente
COI"I"EU o
armando"
dPds
qu.(·:::
Diziam
ter chEgado
t el"I"
,':1.
como
c/ddos com d presença
UFalávamos
poucos nos
<,;>
Ld e m
l b i dc m ,
PI"et
E as
9<:\
d "l
f(:~
d
a
I< o li) h i
com ,':\
~:;c ,,\
r t (.:,.
iI" ":l.!:;
,
c:ampon(·?<::.r:·!:;
de
{):S
Na rEal idade,
<:1. C h
até a comunidade
os camponeses
um grande
cuidavam
de sua!:;pldntd~~e!:;.
d iam , ~;ent i n cIo ....
s;~:~. mu i tas
(-:,'1'1
id~ids
dE SEUS
aI iados
carregamento
V(·:~:;·~(·:·~!:';.
in c omo- ..·
urbanos.
EIIisocial izaçâo dos bens E da produç50,
e aos
dávdmos conta dE qUE eles pretendiam
nâo mais
"
que a posse legal
da terra.
Havia ali
uma relaç~o de
hierarquia
muito
forte. Randolfo
era chefe
e como tal
ele agia
( ••• ) As mulheres eram escravas e as crianças
trabalhavam
quase
como
adultos.
(.n.)
Isso
era
complicado
para
mim. eu
tinha uma
visio romint ica do
campon&s.
Era um outro mundo. uma outr'a ]inguagem".~0
"" "GI.l i do
a se
meter
conjunto,
muito
gue
diz Randolfo
no nosso
a colheita
trabalho.
devia
uns trabalhavam
.
("
'
,,1UICIO
passou
a freqUentar
inqu~rito
outras
perante
d(,:,'ndo
do
BI"a~:;i 1 ..
comunista
que dev{amos
,':),'",
i d i a s,
é
ainda
e
de trabalho
urbanos.
outros
menos
casas
at~
um di i':\
qUE
autoridades
ser condEnado
Quando
D
assim,
al i
i d ení:
Depois
i
militarES;
como
de seus
+'0
em
gostei
(.n.)..
depen-
agente do impe-
rEPresentantes
i'Fic,',\c!c\<::'
como +rut o d,',\
dE sua fala
d~versa
daquela
representante
brDtava
d l s s o .. """"
E'"
por outro
lado.
uma visâo
defendida
no
por
um camponês,
nos deparamos
daquelas
i b i dem
..
c omu-:
de posse
~;f:~
1..1,
~:;
t:\
da
1 i <:1, d o ~:;
visrres de mundo?
me orgulhava
com Randolfo
em conjunto
os vetores
,':\(;:;':{o
da POLOr
"eu me sentia
:1.
(~)Id em
plantar
( ••• >. e eu n~o
mais,
tBsta-de-f~rro
- começou
('~f i 1'1,':),1.
~::,imp<"t
i a CDm
tErra
ou como
Dizia
ser dividida
duas
poderia
rialismo
ao promotor-inql.lisidor
Que utopias
afirmando
e dividir
traduziam?
..
:í.4
;;)(.:.; 1'·I!.~t 01"
n amos
R",.ndolfo
ê"il.
ql..\c·l
e
eV(':':'n
to
ba i l e ;
1 ,':ielo
o
muito
ume
os
7
j
ClI'"
produtor
p~':"t I
S
para uma
IVO
de uma
de
elo
feita
em sindicato
mudança
agrária
luta no campo
uma conquista
direto
posterior
da reforma
organizadores
em etapas,
significaria
na estrutura
fundiár'ia
o
cio
Ir
de
d i <;;PI..l.t
.":1.
di'::
legislaç~o
d <:l.
foi mot
os defensores
estes
passo
aI
n ,:\i S
como
primeiro
vi tor in ,
para a proposi~~o
ma i s
de 1961. veremos
dos camponeses
grande
expl (cita entre
os que pendiam
cunho
de novembro
para a maioria
E'
~::.
i gn i f i C DI.!
OIJ. t I'"
Por'
ao Congresso
trabalhista
m ~:.:d i d ,':i
da luta
camponeses
utopias?
de sua
sindicalizaç~o
,:i
para a deflagraçâo
por aqueles
maior
como
Ou ainda:
a part ir
de um
pela reforma
luta.
agrária
que ponto
entendimento
da propriedade
uma
legal
de sua mobil izaç~o?
rural
um redirecionamento
at~
ele
de
A conquista
no campo?
a raz~o
da luta",
Mar ias. sardas
ê"illut,:\
t (.:.;
I'" I"~,':\
de suas
TI'f~;
como
pr~-condiçâo
nâo seria
de SEUS
a determinaçJo
externo
percebida
intereSSES,
das ufases
ao querer
daqueles
i,·:m um
setores
subalter'nos?
A i nela
ql.1E
da necessidade
U. I"
~:;
i nd i cat:
\l,':\
1 E'"
D~::·
b ,':i n ,':\S
"
01..1.
(':':1""1qu ,:ln
t I:) Par iurn ..
IilU
i to!:.; •
e >~p I" i m i ,':\ <,I.
de se apoiarem
nas
(':':Ill
possibilidade
de fazer
a i:erv'a
••
A ~ala
~orma
mais
i n d i v i d u ;':\I
detalhada
d
da Randolfo
o pequeno
de um camponfs
e precisa,
t (.;~
I" I" "l.;: d (.:~
~:;(.:.;
,j o
<;1.
ao Promotor
tem
do Vale
o desejo
(.:.~
~::.
t: e
da
Doce
revela-nos.
de obtençio
e}; p 1" (.:~~::.~:; o
de Justi~a
condiç~es
do Rio
de
da propriedade
cI c p o i m(.:.~
nt D
cI i fI.! s-a m f.~n t (.:~
n C)
4ª RM/DI=
de plantar,
gado
em cima,
pisa
na
pl,:in"l:'·;I.(j:GCl
p pi~::.,:\
no pO~::.~:;l'::·il'·o
t'·:l.mbém;:
f,;I:;'::
;::\
tel'·I'·'·;"
<::'(':':I"'v'il'"
de terrm de
eupI ur a I;:' ,:ir!:)
plantar
( ••
de
n
:> "
tudo
A fala
e de
vida
na
a terra
(.u);
do fazendeiro
de Cilval ino permite
terra
prdpria
daquela
t rad
í
almejada
proprietário
pelos
fundiário,
".I.
i ~;:.
t <:"l
,. ":J 1..1 i ,:\...S (.:.;
pelo
afi
produçâo
no
campo
p
m(.:.:.
io
I.
Lança
mGo
I" 1..1.1'" ,':,\
de lucro.
tudo
tanto
qlJanto empl'"eg,:!violfncian
uma
temporal
idade
que nio
Em nossas
proprietários.
ti Entrevista
cato dos
faz
Sua
ex-posseiros
relaçio
p
e
com
e
e
da esquerda.
mais
a luta
da açio
o espaço
difere
- modernos
da racional
escamotear
discurso
é a mesma
entrevistas
pOI'"
tradicional
idade
Coisific<:"l as relaçffes
para
do
aquele
criar
de mundo
tanto
rurais
setores
mesmo
padr~es
visJo
que
cultural
da pretendida
í
para
do campesinato
proprietários
c on a i s ....quanto
o
local izar uma
de parcelas
identidade
sri serve
c:apita-
sociais
de
de classes
no
paternal
rural
ista,
pressup~e
cio camponfs.
conversas
assalariados
informais
da pecuária
com
mini-
do Vale
do
com
Cilvalino
Vitorino
i n di····
dos Santos.
Membro do ~:)
TrabalhadoFEs
Rurais
de Sobrália
- ValE do Rio Doc!'::' ....
~:)obl'"r.:; 1 i ,,\
n
"
.'
,
:1. ,)
F<io
Doc(·:·~,.
Essa
~xpressâo
remota
onde
11.1
quase
hom~ns
0G
nio
trabalho
era
escass~z.
piou
era
havia
tudo
vinha
distância
o
t~mpo
a terra
entre
de
vida.
anos
de acordo
de
c:inqu~nta
da alusâo
trabalho
rural
com
fra~io
considerável
Para
muitos
dest~s
dE';f'êlr(ura
Já as
ainda
hoje.
de camponeses
a utopia
social ismo
19B'::';).
~21"
lhadores
clas llltas
dom{nio
do
..O
triunfo
de or9aniza~io
rurais
dos
na
traba-
consist
E'~m
ia em
~,;<:1. b (.:.:.
,.
demonstrou
setores
Estado.
momento.
(·:·:~;se~:;
..
em seu
propriamente
esquerda
formas
presente
elou
campon~sa
daquele
presente
outras
de
achavam-se
da esquerda
constitu(a-se
de
O tempo
1 ideranças
passagem
grupo
neces-
do ch/(o:l·::l •.
i nt
(Iann i.
{poca
o n de "l. t(~lrlr<:\
cU.mpr·ic\~:;(;~u
p,',\pc'l
de ps iol
(':':'nvol
v i cla~;com
ao
suas
~ laz~r.
qU
t0~IllPO
a uma
€
diversâo~8.
acha-se.
de uma
'.I.hadoresrurais.
dos
~artura.
do universo
de mundo
i n d i c 'i,\ '.I.
i,;
acompanhada
trabalhavam
tamb{m
encantada
visio
sempre
t ':".
o
principal
objct ivo ..A
na mental idade
objeto
maior
do movimento
sindical
pol(t ica dos
camponeses
camponesau
da bu~';c<';\
do s
rural
sobre
e dos
as
traba-
que.
subalternos
Almejava-se
do
campo
a uni~ic:a~âo
achava-sc
atrelado
do movimento.
ao
ac:rcdi-
Sobre o entrela~amento
do tempo de trabalho
e de vida na c 1.1.1 t ur: ,';\
camponesa.
vicie: THOMPSON.
E. P. 1979. pp. 243 e segs.
Sobre as
diferentes
vis~es
camponesas
acerca
da
terra
reforma
agrária.
vicl~= MUSUMECI.
Leonarda.
O Hito
da
Liberta ..sio Paulo. ANPOCS. 1988. pp. 139 e se9S.
(:." d (:~.
Ferra
--
---
"
tava-se
que
sua
visibilidade
part ir do
campesinato.
'I'
..s t.()
a partir
s6 das
necessidade
t ico -
mas
também
A fala
Minas
deixa
movimentos
Estado.
As utopias
'
f'~T
da
política
eram
percep~So
que os
da
luta
presidente
claro
a op~âo
sociais
rurais
assim
redefinidas
do campo
do espa~o
do
Perdia-se
deste
do homem
s6 seria
grupos
- visto
permitido
do Conselho
po](tica
feita
por
possível
se desen-
a heterogeneidade
de fora
para
da esquerda
enquanto
pelo
dentro.
tinham
bloco
do
nio
mono] (-
Estado.
Estadual
das
1 ideran~as
Ligas
urbanas
em
dos
em Minas.
a dire~So
estadual
das Ligas em Minas nio apoiava
a
idéia da
luta armada
no
campo
( •••• ).
Optamos
pela
sindical iza~âo rural
porque n6s
achávamos
que a 1egislaçâo era
bastante
maleável.
bastante
flexível.
permit indo uma
luta contra
o pelegulsmo.
F isso nos dava a
possibil idade também
de obter recursos
( •••• >. recursos
do Estado.
Foi quando
me ret irei da organizaçâo
que se
chamava
ligas
Camponesas
e
passei a
trabalhar
diretamente com
a SUPRA
- Superintend&ncia
de Pol {tica Agrícola ( ••• ). Transformamos
todas aquelas
associaç~Es
I::d e t: I" a b ,':1. 1 h ,',(cI0/'-- <-:-:' !,;
(':':' I a v Ir <:'( d DI" C-:'~:;
,':1, ~,II" ( C O '1 a!,;
i n c 1 u !::' i \l ~:'~ ,':\!,;
I igasJ que estavam
ligadas a n6s Em Sindicatosv.~4
H
y
nascido
cidade.
rural.
orientava
a açâo
A auto-crítica
poI
de Dr.
{t i c,:',
Romane11
d.:.,!:;
e
1 ideranças
i é expressâo
desenvolvido
urbanas
disso.
na
no meio
Ouçamos=
UNds perceb{amos
a existência
de uma flagrante
injust iça
e de
uma necessidade
de uma
mudança.
Eu
pr6rrio.
na
cipoca. nao
tinha uma
noçâo clara
da
diferença
entre
organizar
uma política
que permit isse a insta1açâo
de um
capit'al ismo no
campo (e
eu estou usando a 1 inguagem de
14 ENTREVISTA
com
Dr. Ant8nio
Ribeiro
Romanel1 i. Presidente
das
ligas Camponpsas
de Minas Gerais e Advogado
da equipe da SUPRAMG Belo Horizonte,
12-3-1986 e 14-09-1987.
----,------
.J
"
hoje. nâo usaria essa 1 inguasem naquela
época porque nâo
t inMa idéia
disso) e uma mudança
na estrutura
fundiária
do Brasil.
( ••• ) Nds
achávamos
que naquele
momento
nâo
havia condiçaes
de fazer a oFganizaç5o
dos camponeses
a
nâo ser
nos sindicatos.
( ••• ) O ·sentimento
que me fica
na mem6ria
é que
predominava
o
trabalho
paternal ista.
( •••
:>
E
o
c<:I.mpon{:~~,;,.
acho
qUE'
Eent i a
i ~,;S().
FI 1;:: !:,E
intimidava.
dificilmente
ele se
abria.
( ••• ) A
nossa
atitude
era
paternal ista. Nds {amos como as pessoas
qUE
sabem o
que é
bom para eles - falo isso em meu nome. A
gente procurava
ouvir os
camponeses
mas,
na
verdade.
hoje vendo
de 10nge.
vê-se que
a gente
ouvia mas nâo
Novamente
revela
açâo
jos
algumas
e
fala
de
deputado
menos
gem
a
de
com
ele.
uma
Três
uma
da esquerda
parcela
significativa
,
muitos
li"!
i nh a
ClU
Desembarcou
Romanell
i e
c h ou o an a
nâo
cota
23 de
a
abril
que
aquilo
era
mas,
15 ENTREVISTA
e: i "l:,·:\d,,\ ••
com
nos
de
e
e dese-
camponeses.
preparar
uma
Francisco
depois
Juliâo
começaram
uns
coisa
de
mesmo
assim
eu nâo
homena-
o churrasco.
cheio
quis
F~ i I::r ~:.: i 1" o
o Dr.
mais
f~o ma n
ser
0:
do Dro
em frente
de
,,'\mpones,·:\
(.?
c..
I
comentários.
comunista;
de
do churrasco,
pregou
d i ~:~(.:.t"(·:·~s: L.. i ga
Crj;;
para
uma
Jul iSo. acompanhado
o deputado
(.:,n t; () n i o
vaca
para
1962), chegClu um 6nibus
era
Dr.
dos
tarde.
um a p"J.'·:l.ca
c om
cI i !,;!;;C)"
e as expectativas
a
not (cia de
e compramos
o deputado
discurso
Depo i 5
que
recebi
Marias).
uma
de confl itos entre
tempo
de diversas
fizeram
dizendo
algum
promolor-inquisidor
ao
diríamos.
comjt iva. Deveríamos
Fizemos
")")
\. i;.. i:..
gente.
Randolfo
1 (deres
- "Passado
Lavradores
de
razITes ou fragmentos.
o discurso
de pelo
a
J } i•
O povo
Romanell
seu
estava
i disse
presidente.
,':\n t
<-:-: I"
i o 1" m(.:.~
n t (.:.:
"
.
..
,
:í.9
presidência)
DEPois
(outubro
estevE
muitos
que
H
Mais
Essas
uma
dec]ara~~es
portanto.
devEria
aceitaçâo
das
ficou
tinham
come~aram a sair.
VEZ
secretário.
Em Sindicato
de diversas
sobre
o
nio
POdE
se
pelo
pEssoas
para
camponesa
visita
camponês
do
preso
durante
como
pl"
e
de sua
e
de Três
mEses
lá
consEqUente
n om o poel(,:,:
t E'I"
membros
comunidade.~6
16 A 21
menos
as condi~~es
se
preocupado
est iveram.
Marias
havia
Neto.
durantE
o governo
ém
que
qUE
Sem
de Sio
em
que
proteger
com
if ic a d o
embargo.
de Guido
entre
Paulo.
Juscelino
Randolfo
se achavam
transformaçio
',:; i91'!
Além
recebido.
Correia
ideológicas
muclan(j:aele
da
já descren-
camponisF
tentava
valor
e"
os boatos
o pr: i,':\,men
t ~::c: om a!:;.
í d é i,':l~; d ivu 1 9":'tcl ,,1, S
pl" o \/<":\ V E'l t .:\mb
v'azaes políticas
sem
comunistas.
estivesse
JofrE
muitos
quase
qualquer
por
comunidade
mas
desconhecer
Randolfo
feitas.
t idas
que
o movimento
nosso)
afastar
comunismo
o Raimundo.
(grifo
foram
idéias
com
iniciado
Provavelmente
Liga
transformada
o
transforma~âo.
porque
F
foi
era
que
lá em companhia
A presidência
tes
o Raimundo.
1962). a Liga
de
que
Essa
para
por
para
já ficara
Rocha,
a
outras,
a
est ivera
Kubitschek.
dEsconhecesse
detrás
em Sindicato
pouco
que
P(':': 1 o s
ele
claro
as
do fim
Rural.
da
Essa
e os demais
o dEsconten-
de abril
de 1962. Francisco
Jul iâo apropriava-se
ela idéia
1 ibertária
existente
em torno da figura de TiradEntes
e lançava
Em Ouro
preto seu Manifesto
à Naçâo. Do Morro da Queimada.
u •••
numa tentat iva de reunificar
e restabelecer
a unidade
das Ligas.
( ••• ) reafirma
o social ismo
E o
Exemplo
da revoluçâo
cubana ••
( ••. ) Porém.
o movimento
teVE vida
curta. e
n50 foi capaz de
v'estaurar a unidadE
orgânica
das Ligas. Ao contrário.
em outubro
dE
1962. as
dissensBEs
intErnas
aprofundaram-sE.
Juliâo
€
")
o.
t:.. '<,}
tamento
provocado
pelas
sugest~es
de socializar'
1 ideranças
uma
proteçâo
contra
qualquer
ou de
qualquer
outro
os mil itantes
sua
prdpria
da esquerda
Pc·:r' (.: i r
"t
de
Três
i n !J ". e ';:.~;:.o
r
ainda
POr
ou t
significava
de
arte
Neném
haviam
r' o ,. d i v i d
um
representava
de retomar
nao
Po~
da Peleca
as terras.
o
recebido
i r: C) c:o t i d i ;',1. n o c o m
a viabil izaçâo
arriscar
de
utopia.
que.
Camponesa
t e r ". ":!.
por
na Liga
da regiio.
fam(l ias
p I"~C) P I"~ i e d a dE':' d ,·,i.
esquerda
tentat iva.
proprietcirio
quatorze
t (tu.lo de
da
a produ~âo.
uma
vez
transformada
a direçâo
Marias.
no movimento
f..I.
em Sindicato
de
a ex-Liga
Raimundo
de sindicalizaçio
rural
Nonato
do Estado
d e r'l i n ,J c:.•
"i. P Ó ~:;
I...o ~Jo
camponeses
da
comunidade
1 (deres
vários
(.)I,·t i !JO ':lO
,
I ~} cI ;',\ Le i
OI.1,,\nd o
Romanelli,
Seus
uma
das
tanta
expulso
militar
PC do
anos
BN•
Os dois
1802/53
de
Ranclolfo
vida
no
foram
interior
Raimundo
e condenados.
primeiros
cio C6digo
Penal.
falecera
vividos
cerca
como
,,\
e outros
Juntamente
foram
P I" i m i':: i Ir
que
fazendas
da
das
presos
n D~:;·
soubemos
0lt imos
foram
da esquerda.
1nc.
}"
de 1964. Randolfo.
o golpe
com
enquadrados
Cumpriram
V
c::;.:~
pena
com
de um ano
trabalhador
no
D,,·.
antes.
rural
em
cio estado.
Comissâo
Nacional
cio Movimento
Tiraclentes, e o setor
Ligas passa para o controle
e a direçâo
exclusiva
do
(:~IZE\)EDO (i9f.l~.~),. p. ?4 ..
'") l
(: .•. 1.
3. CONSIDERAÇõES
o
das
falas
FINAIS
Espaço
das
dE tEmpo
1 ideranças
qUE
separa
o depoimEnto
de Randolfo
€i- cIe
qu (-:.~
c oi. h (·:·~mo~;
v
da esquerda.
ql..
\':\~:;(.:..
'.....
i nt e ':inO!:;..
Ao
tiveram
suas
tância
longo
dEsse
PEr(odo.
vidas
marcadas
por
clandestina.
Essas
a tortura
trajetdrias.
diversas.
Autocr(ticas
brotaram
de
suas
aparentemente
mulo
foram.
t6picos
Ao
lhando
com
passado
1 idarmos
e
de
com
ele
tr
ab
se
a
t
h
o
d
é
qU.f::1rI
e
Serid
quem
sabe
de Randolfo
pr
ido
D cIf..I, :;..~
garantia
no
vivência
amargas
afirmdr
sua
ao auditor
mesmo
j-
pa(ses.
de formas
.
..,
ou
comlcas,
..Estes
a um s6 tempo
sabemos
aspectos
um estl-
de volta
os
o passddo
mais
passado?
quem
volta
cores
e cheiro
em
que
tal
se
do
(re)construçSo
acha-se
congelado
pureza
O fato
pode
ao
como
estimulantes
de
e na sua
acontecimentos
do
outras
"o passado
da Just i~a Mil itar?
um retrato
à luz dp
mesmo
processos
inteireza
dos
traba-
atribui-lhe
aspectos
que
estar
de
sob
de trazer
perceber
na
assimiladas
instante
PI"/:::'\: (,-:1'1dI!::
de se obter
sSo
a mil
em diferentes
entrevistas
o ';;;,
correto
abarcaram
reconstru(da
acontecimentos.
um dos
instante
das
discursos,
no entanto
resguardado
mento
radicais.
revisto
impossibilidade
deu".
alguma.
esses
um mundo
reaval ia os
E~;;t(:I_
dJvida
que
entrEvistados
reflex~es.
de uma
q 1.,( f:'~ p '" o v a ''01' (,:,~ 1m,:';1'1 t {':'; n \~\o
d a v am ,
o ex(lio
importância,
às nossas
a memdria
experiências;
e/ou
no decorrer
e sem
dE nossos
experiências
por vezes
falas
e um obstáculo
sem
alguns
ser
ou
no depoi-
de ter
sido
visto
como
rjr)
c.. I':..
Nâo
podemos
nos esquece~
de qUE a fala
dE Randolfo
c i rcun st ;':l,nc: i <:l.~:;
muito
d (':':
futu~o"
afirmat ivas dEPendia
t ias temos
de que aquele
e assimilado
p~esente
com as mesmas
o
fato
minado
de um documento
SEr
do mais,
po~ Randolfo
ou ainda.
fam(l ias que compunham
Al(m
dos acontecimentos
colora~8Es
esquerdas?;
t e s d o s,
produzido
no
E~a vivenciado
po~ Randolfo
a comunidade
~u~al
instantE
1 it
e a total i-
de T~2s
mesmo
Ma~ias?
de um deter-
(':';
'"a tu,"a,,! t 1..1, a 1
~:;o c i ,:1, i ~:;d o ~:;
na á~ea
c",mpo ou
•
•
r.'
v aI or , :;:~<:\<i:a()
d<J
mt;;;~:;mo~:;"
Ou
urbana,
desse
sociais
i':\
1v D
período
nasceram
e5que~da.
cl Ci ~:;
pol(tico
históricas
das rEalidades
do t~abalho
por elas
tutelados,
ncorridas
entrE
o final
capitalista
quanto
o i t en ta
sociais.
tanto
do mundo
O!;;
os acontecimentns
a part ir
de quest8es
n ,',I. qU(':: 1 ,',!
metodoldgica.
nâo
do
iluminado
passado/p~Esente
de
pod e,"
início
D
volta,"
do
mudanças
,',I, 5
a part ir
foram
P I" i n c i p ,',! J.
T o d ,:\\l i a ,
passado
tem
mE m Ó r' i ,:\ C '" i a c! ;:\
1 i d ~:':
r ,:\n (,~
a ~:; d E'
analistas
militan-
':;uf ic: iEnt e:
Um,:\b 0,',1,
t i n h am como
que g<:l.ran-
E PElos
acontecimento
movimentos
tomou
Uma
na construçâo
das expl icaç8es
histórico-sociais.
"1':1
(;
"
No cmSD
m iI
(':'~!::,
pE C " f i C o
di":'
it,',\ntesda~::,
on d e <:\!:;
t c':n d em {:\ •.....'' ' '.I or í :<::,':\1" nf:\D
1 i ,:\
mE
E
nt
~ sim o preSEnte
,',I m i J. i t ~:\nc
i i':\
I" E'
foi sendo
tecido
a partir
condiçffes
parm a construçâo
o
premissa
e os homEns
da busca
e mulherES
de um presente
de um devir
condizente
Foi
Ou
do campo
que garantisse
histdrico
ou t I" Ci~:; •
q u (-:,:'1" c I"
e o futuro.
as
com as
com
impl {cita
(':':'
o ut ro s ,
~:;
(':';
t o r' ('::~:;
trabalhadores
industrial.
rurais
ponta
Cl',:;
deveriam
de lança
engrossar
da luta
;';1,
(':':'p o d E'
d (':'~ m <:\ n d o
propriedadE
legal
b (,,:
n do
pelo
Fi C) i o
1"1..1.1" ,:\
V'
as fileiras
socialismo.
p ,':1, I"
t i d D ~::'
a forma
l ut ;':\
da terra.
,':1, ~:; ~:;
i m"
as diferenças
E mesmo
Guido
os POSSIVEIS
ou mesmo
(,,~nfi"
RDcha
nos diz
Fi a 1 h ,':\)'
mâos
qUE SE sentia
calejadas
E
como
as mulhErES
cDmuniclaclE E quando
E as, crianças
nos conta
que nâo dEU
fut
num
um camponªs
viVEr
Eram
confl i-
subI imados
En t ae! D~:;
quando
enXErgar
os proc!u-
(,':
/ DU,
de,:,:
qu,(':,~m
cI i,:,;
Para
i i:;
SEr DbscurEcidos.
Quando
do proletariadu
IJ,I" D
por
na tErra
nos
no
com
d i ~':':
tratadas
PElos
import~ncia
ao
".I.
h(':':'
c o n t ,':\
do
que
uouvia
levados
a
cido
priori.
possíveis
a
comunidade
01..1, '(:
v' o
palavras
fez
de
com
à
ordem
sindicato
pa~a
pa~a
alguns
sabe
distante
h (':'~c: ';1 b
qUE
os
camponEses
de conduta.
mil itantes
dos
estabele-
frEnte
aos
seus
a
idtia
t~ansformaçâo
sonhos
pelo
cio
dificultou
dos
movimentos
de fo~a
presente
para
em
que
os
que
consulta
e outras
P I" (':'~
!:; i d t: n c i ,':\ cI o
a
Sindicato
significou
do futuro
quem
garant ia o envolvimento
do contexto
deixava
uma
no
qU(':';
<':\!::.
em
Randolfo
a reestruturaçâo
utopia
vindas
de
daqueles
ser
tinham
um
homens
garant ia
passado
de um
plantado
..
bem
e a partir
o
Liga
luta.
e da
menos
campo,
dentro
da
sem
comunidade,
Liga ..
camponesa
e dos
da
alteradas
da extinta
dos
e
fo~am
() sec~etá~io
da
const~u{do
do momen t; o
deixando
A desconsideraçâo
camponeses
fosse
Movimento,
almejado.
para
'1 {dei"
do
a
dEsagrada
sua
I ,:\ ••
membros
o
subalternos
a Randolfo
da escola
1U.t,:(
l oc al
da
estranhas.
na tradiçâo
que
v i mos
a re()rienta~âo
upessoas
vontade
o
padrâo
dos
o galpâo
dESI iga~am
O~aT
vários
um
comunitariamente;
que
tataI idade
fam{l ias se
fora
que
a conduta
1"ido"
'.I.
futuro
Escutava
al iados.
(,,:' c o 1 h E'I"
com
nâo
c~er
norteava
Por'
prtvia
mas
de um
como
de
trabalho
intEresses
de
rurais
de
saber
premissas
trabalhadores
sociais
um
passado
SEUS
heterogêneo
sob~e
rurais.
fossem
atores
o campo
constru{das
organizaçâo
como
dos
e
montado
longe
do
construidos
impediu
de
rEal,
mobil izaçâo
tambtm
diretos ..
setores
que
a part ir
dos
os
da
Em
hiato
parte
esses
fatores
que se formou
entre
a utopia
tutelada
rever
pelos
Esses
totalidade
vir
sabe
por
a
movimentos
aqueles
das
~
de seus
elementos
Estudos
de
iluminar
trazer
setores
dos
esquerdas
luz
casos.
das
sEtores
e.
por
por
um
lado.
o
subalternos
e a luta
outro.
permitem
ambiguidades
trabalhos
das
as heterogeneidades
que o constru(ram.
a expl icarr
nos
contradiçaes
p
da
constitutivos.
as especificldades
à tona
ajudam
mono9r~ficos
relaç~es
das
e outros
entre
visaes
do
grupos
passado
podem
e quem
vivido
REFERÊNCIAS
AZEVEDO,
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Tel"lr
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B ;"'.1" c: i::.; ••••
y
FONTES
i) ENTREVISTAS
Sr. Cilvalino
Vitorino
dos Santos,
mEmbro do Sindicato
dos ProdutorES Aut8nomos
dE Sobrál ia (1963-64).
Engenheiro
Ca".ldas. 20-10:1.98/"
Dr. Ant:8nio
de OliVEira
Lins"
zonte. 0-03-1986
E 30-:1.1-1986.
Delegado
da SUPRA/MG.
BElo
Hori-
Dr. Ant8nio
Ribeiro
Romanell i. PrEsidente
das Ligas Camponesas
de
Minas GErais
E Advogado
da EquipE
da SUPRA/MG.
Belo Horizonte,
12-3-1986
E 14/9/1987.
Guielo Ro ch a ,
:1.9U7.
membro
ela POLOP-MG
(1962-64).
Belo
HorizontE.
12-7-
\
Ricardo
:í. (?B?
Prata.
membro
do MEB/MG
e da AP-MG.
Belo
HorizontE.
8-7-
li
Vinicius Caldeira
8rant.
da AP-MG. Belo Horizonte.
Presidente
18/9/1987.
da UNE
(1962-1963) e membro
2) JORNAIS
- DI~RIO
DE MINAS.
- BIN6MIO.
- TERRA
Belo
LIVRE.
3) DOCUMENTOS
Belo
Horizonte
SJo Paulo
Horizonte
<1950-64).
(1959-64).
(1954-64).
OFICIAIS
- JUSTIÇA MILITAR.
Auditoria
da 4ª Circunscriçgo
Judici~ria
Militar
de Juiz
de Fora.
IPM de
Randolfo
Fernandes
de Lima e outros.
F(\-:,'
~,I •
n <,:,) ó b ./ 6.1;. .J 1..1. i :;,~cI(,? F o I" "',. 3 v •
- JUSTIÇA MILITAR.
Auditoria
da 4ª CircunscriçJo
de Juiz
de Fora.
IPM de
Robcrto Marjonari
28/64. 3 volumes.
Jud~ciária
e outros.
Mil itar
Reg. nº
JUSTIÇA MILITAR.
Auditoria
f'í i 1 i t ,':\1"
da 4ª CircunscriçJo
Judiciária
Silvio Diniz G. de Almeida e out ro e,
de Juiz
de Fora.
IPM de
F,!cg. n(,:,~U7/67.
.i v ,
-:
Download

Maria Elisa Linhares Borges TRÊS MARIAS= DE LIGA