Maio/Junho 2010 COOPERATIVA TRITÍCOLA REGIONAL SANTO ÂNGELO LTDA ANO 13 EDIÇÃO Nº 76 Maio/Junho 2010 Rações Nutrisa chega com nova embalagem e muito mais nutritiva p. 09 CULTIVO DE MILHO p. 12 Cerca de 17 milhões em ICMS são distribuídos aos municípios fornecedores de leite para a CCGL p. 02 Cerca de 95% da área estimada para o trigo já foi cultivada na região p. 06 Supermercados COTRISA lançam nova edição do sorteio de “Vale-Compras” p. 07 2 Maio/Junho 2010 CENTRO ADMINISTRATIVO Rua Florêncio de Abreu, 1557 - CEP 98.804-560 - Cx. Postal 257 Fone: (055) 3312-0300 - Fax (055) 3313-1585 Site www.cotrisa.com.br e-mail: [email protected] - SANTO ÂNGELO - RS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Roberto Haas VICE-PRESIDENTE Amando Dalla Rosa SECRETÁRIO Júlio César Terra Dias EFETIVOS Valdemar Cargnelutti Elói Bade Jaime Dionir Zweigle Valdir Antônio Benetti SUPLENTES Elói Heidrich Antônio Rainoldo Weber Newton José Mumbach João Antônio Dal Forno CONSELHO FISCAL EFETIVOS Sérgio Antônio Warpechowski Ciro Nei Ropke Gilson Aloísio Thomas SUPLENTES Ricardo Wilhem Berwangwer Luiz Santana de Oliveira Paulo Hatwig Spies COORDENADORES DE ÁREAS DE NEGÓCIO E APOIO Grãos Insumos Varejo Administrativa Financeira Técnica Operacional Roberto Haas Zecarlos Libardoni Norma Avrella Zalamena Mauro Nelson Pretto Ione Oliveira Costa Zecarlos Libardoni Zecarlos Libardoni UNIDADES DE RECEBIMENTO DE PRODUTOS - Catuípe - Cerro Largo - Comandaí - Entre Ijuís - São Paulo das Missões - Vitória das Missões - Carajazinho - São Pedro do Butiá - Esquina Gaúcha - Santa Cruz - Caibaté - Roque Gonzales - Guarani das Missões - Coimbra - Parque Industrial I e II - Eugênio de Castro - São Miguel das Missões - Rincão dos Pires - Mato Queimado - Restinga Seca Conselho Editorial: Roberto Haas e Amando Dalla Rosa Editor: Itamar Luiz Stadtlober Diagramação Eletrônica e Apoio: Nery Vier e José Rauber Coordenação Depto. de Comunicação Nery Vier Periodicidade Bimestral Tiragem 5.000 exemplares Distribuição Gratuita Gráfica do Jornal A TRIBUNA COTRISA Cerca de 17 milhões em ICMS são distribuídos aos municípios fornecedores de leite para a CCGL Durante o mês de maio, a direção da CCGL divulgou os resultados do Valor Adicionado do ICMS gerado pela indústria de Lácteos durante o ano de Caio Vianna - Presidente da 2009. CCGL Segundo o presidente da CCGL, Caio Cezar Fernandes Vianna, o assunto faz o maior diferencial entre ser produtor fornecedor do sistema cooperativo CCGL. O presidente destacou que ao se decidir pela volta da CCGL à industrialização e comercialização de leite, se buscou corrigir algumas dificuldades, e problemas que havia na primeira fase dentro de um cenário que o futuro indica para que consigamos atender o fornecedor do leite permitindo a ele uma estabilidade de sua renda, via o preço e custos de produção, e criar um verdadeiro ambiente de cooperação entre os elos da cadeia do leite. Neste sentido conforme o presidente foi montado um projeto de rateio do ICMS adicionado gerando na indústria de Cruz Alta entre os municípios de origem da matéria prima e a prefeitura de Cruz Alta, via lei municipal e termo de convênio que foram celebrados antes da entrada em operação em 2008. O dito convênio foi amplamente divulgado na mídia, pela CCGL, e cooperativas associadas convidando os prefeitos de sua área de ação a se fazerem presentes para levar para seus municípios a vantagem se participar deste rateio mesmo não tendo a indústria localizada dentro dos limites de suas municipalidades. Hoje é com grande prazer que a CCGL presta conta disto aos seus produtores, demonstrando o quanto o leite entregue gerou para a sua comunidade e quanto mais poderá gerar no futuro, quando um volume maior for destinado à esta indústria, diferente das outras que somente proporcionam retorno de ICMS aos municípios sede da indústria. O presidente também destacou ainda que “acreditando na cooperação, acreditando no potencial de nosso estado, a força e a garra da nossa gente vamos vencendo cada etapa daquilo que foi projetado, tendo a plena consciência de que caminhamos um pouco do longo caminho que teremos para percorrer para termos a empresa de lácteos que os gaúchos precisam e sonharam em construir. A COTRISA em 2009 ocupou o 5º lugar entre as cooperativas que forneceram leite a CCGL, com uma média de 41.648 litros dia e todo este leite foi produzido por 388 associados dos municípios de Entre-Ijuís, Catuípe, Santo Ângelo, São Paulo das Missões, Eugênio de Castro,Cerro Largo, São Miguel das Missões, Caibaté, Roque Gonzáles, Guarani das Missões, São Pedro do Butiá e Mato Queimando. O município de Vitória das Missões não está incluído, uma vez que, o início do recebimento aconteceu somente neste ano de 2010. Na classificação geral dos municípios que entregaram leite na CCGL em 2009, a nível de Estado, está em 10º lugar o município de Entre Ijuís com um Valor Adicionado de R$ 308.020,52; em 11º lugar Município de São Pedro do Butiá com Valor Adicionado de R$ 307.835,61; em 16º lugar o município de Cerro Largo, com Valor Adicionado de R$ 272.418,27; em 30º lugar o município de Catuípe com Valor Adicionado de R$ 180.608,03; em 33º lugar o município de São Paulo das Missões, com Valor Adicionado de R$ 161.275,61; em 43º lugar o município de Santo Ângelo, com um Valor Adicionado de R$ 132.947,55; em 44º lugar o município de Eugênio de Castro, com Valor Adicionado de R$ 116.731,35; em 46º o município de Guarani das Missões, com Valor Adicionado de R$ 114.958,59; em 54º lugar o município de Roque Ganzales, com Valor Adicionado de R$ 103.973,98; em 63º lugar o município de São Miguel das Missões, com Valor Adicionado de R$ 84.191,77; em 75º lugar o município de Caibaté, com Valor Adicionado de R$ 65.005,94 e em 105º lugar o município de Mato Queimado, com Valor Adicionado de R$ 21.297,69. Aqui todos GANHAM Sintonize os programas de rádio da cooperativa A cooperativa a partir deste ano de 2010 está fazendo o contato com os associados e a comunidade via rádio, com algumas modificações nos seus tradicionais programas. Os programas diários nas Rádios Sepé Tiarajú e Santo Ângelo, de segundas a sextas-feiras, não estão sendo mais apresentados. Permanecem os programas de 15 minutos aos domingos, nas seguintes rádios: Rádio Águas Claras de Catuípe às 7:40h; Rádio Santo Ângelo de Santo Ângelo às 12:30h; Rádio Cerro Azul de Cerro Largo às 12:00h; Rádio Guaramano de Guarani das Missões às 12:30h; Rádio Aliança de Guarani das Missões às 8:00h e Rádio Cantão das Missões de São Paulo das Missões às 12:00h. 3 Maio/Junho 2010 COTRISA Avaliação de alternativas produtivas e de fomento econômico e social às atividades agropecuárias e agroindustriais nas regiões das Missões, Noroeste, Fronteira Oeste e Vale do Jaguari, Estado do Rio Grande do Sul Autores: Carlos Lopes, Vitor K. Reisdorfer, Neusa M. G. Salla A URI, campus de Santo Ângelo, realizou no mês de junho de 2010, com apoio da OCERGS/SESCOOP os Seminários de Alternativas Produtivas das Cooperativas do Oeste do Rio Grande do Sul. Foram ao todo três eventos com a mesma programação: O primeiro em São Luiz Gonzaga (08/06), Santa Rosa(09/06) e Frederico Westphalen(10/06), sendo que cada um deles engloba uma região. O projeto denominado AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS PRODUTIVAS E DE FOMENTO ECONÔMICO E SOCIAL ÀS ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS E AGROINDUSTRIAIS NAS REGIÕES DAS MISSÕES, NOROESTE, FRONTEIRA OESTE E VALE DO JAGUARI, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, compreendeu 119 municípios, que representam a área onde estão 16% da população do Estado e 36% da área geográfica do RS. Nesta região encontramse 55 Cooperativas que participaram do projeto. Nesta região, no ano de 1995 contava com 21% da população do RS e em 2008 conta com 16% da população do estado O objetivo foi identificar alternativas para os produtores rurais associados de cooperativas do Oeste do Estado, região esta castigada pela seca e pela redução sucessiva de participação econômica e populacional perante o Estado. Neste estudo partiu-se do pressuposto que o oeste do Rio Grande do Sul precisa definir, urgentemente, uma estratégia competitiva para viabilizar a implantação de alternativas produtivas mais do que isso, precisa superar os modelos de desenvolvimento baseados exclusivamente no livre mercado e na baixa escala produtiva. Também foi realizada uma Análise Setorial, Parâmetros de Viabilidade e a construção de Premissas Básicas para o Modelo de Fomento para a atividade Leiteira e seus derivados, e também para os Biocombustíveis, com o Biodiesel e Etanol. Um dos aspectos principais do estudo se destaca a priorização do sistema integrado de produção avançado, que corresponde a junção dos princípios do sistema cooperativo com o sistema integrado de produção agroindustrial tradicional. Para tanto, as diretrizes do modelo alternativo de fomento deve priorizar as culturas integradas como sistema de produção / comercialização ideal para o desenvolvimento regional. Dos diferentes sistemas de produção e comercialização existentes na região de abrangência, o de livre implantação e livre mercado e o sistema de associação de produtores não demonstraram a condição básica de sustentabilidade produtiva. No que se refere as Alternativas Produtivas e Modelo Alternativo de Fomento, de acordo com o perfil econômico e social regional, os princípios básicos de atuação e as concepções econômico-financeiras e mercadológicas adotadas no estudo, foram levantados e analisados os principais antecedentes/estoque de estudos, pesquisas e projetos dos últimos cinco anos; as linhas de fomento existentes; e, ainda, a realização de pesquisa sobre a demanda reprimida de crédito para investimento, custeio e comercialização das alternativas produtivas. Com base nisso, foram indicadas as seguintes alternativas produtivas com maior impacto sobre a economia regional e um modelo alternativo de fomento para expansão ou implantação de empreendimentos cooperativos para a região: Leite e Derivados e as matérias-primas para produção de Biocombustíveis (grãos para Biodiesel e Cana-de-Açúcar para o etanol), conforme a seguir. Para o LEITE E DERIVADOS, apesar do ambiente favorável neste segmento, há preocupações no Rio Grande do Sul: No que se refere a Convicção positiva no segmento lácteo gaúcho, tem-se como fatores a expectativa de novo pólo leiteiro do Brasil; a condição climática e capacidade de produção; a migração da indústria acelerada; nível de preços relativamente satisfatório; impactos que as pressões mercadológicas têm sobre as áreas produtivas. Quanto a Sustentabilidade de preços, acredita-se nos seguintes indicadores: Demanda de MP: 12 milhões litros / dia; oferta de matéria prima é limitada; falta de matrizes; baixa produtividade; oscilação: 12, 15, 18, 25 e 40 litros/ vaca/dia; qualidade da MP (produtores médios e familiares); sistema de produção (livre mercado x escala produtiva) e o comércio exterior (via de mão dupla). Outros estrangulamentos da cadeia (agricultura familiar), observam-se quanto a falta de mão-de-obra qualificada; infra-estrutura (energia elétrica e estradas); assistência técnica produtiva e de gestão; serviço de transporte associado à compra; elevado grau de desconfiança e falta de controle, fiscalização e regulamentação. Principais fatores que, de acordo com o estudo, estão limitando o desenvolvimento da cadeia produtiva de leite, são: Política governamental para o setor; Abastecimento de insumos; Canais de comercialização; Apropriação de tecnologia; Genética do rebanho; Organização da cadeia produtiva; Preço de produto (sustentável); Assistência técnica; Acesso a mercados; Linhas de financiamento; Capacitação e treinamento; Incentivo fiscal e a Fiscalização dos órgãos competentes. Entre os aspectos Micro e Macroeconômicos de Produção, compreende criar uma condição de obtenção de benefício para o produtor rural associado em cooperativa, de modo que a participação no fornecimento de matéria-prima para expansão da produção de biodiesel corresponda a um ganho (preço-prêmio) de, no mínimo, o consumo de combustível para produzir essa matériaprima. Essa condição pode se dar em duas etapas: 1ª - conformação de um contrato de parceria, com as atuais plantas de biodiesel no RGS, apoiando a redução da capacidade ociosa (atualmente em 53%); e garantindo o fornecimento de matéria-prima. Em troca, o compartilhamento dos benefícios do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB e, ainda, a aquisição de parte do biodiesel para o consumo. 2ª - implantação após avaliação da viabilidade técnica e econômica de uma usina de produção de biodiesel própria para auto-consumo e/ou comercialização de excedentes. Se aplicadas as proposições do projeto, a estimativa de Impacto Econômico e Social Regional, para o período de 10 anos, no que se refere a Potencial de produção, poderemos ter a expansão de produção de leite em 1,7 milhões de litros/dia ; a garantia adicional de matériaprima para biodiesel em 1 milhão de m³/ano; e a expansão de produção de cana-de-açúcar: 12,8 milhões de toneladas/ano. Quanto ao potencial de Valor Agregado de Produção Adicional, teríamos R$ 1,1 bilhão por ano, Correspondendo a 28% do Valor Médio da Produção Primária Atual e 11% do Valor Agregado Bruto de Produção Total. No leite: R$ 441,8 milhões/ano; para matéria-prima biodiesel (soja, canola, girassol, sebo bovino), R$ 231,5 milhões/ano e, na cana-açúcar: R$ 422,7 milhões/ano. Assim, em Potencial de Geração Adicional de Empregos, teríamos 250 mil empregos diretos (14,8% da população regional), 430 mil empregos indiretos (25,4% da população regional), potencial de Geração de Tributos Diretos, R$ 300 milhões por ano (R$ 177,33 per capita). A partir das conclusões resultantes, apresenta-se as recomendações de passos seqüenciais através da realização de uma segunda etapa deste projeto, cuja continuidade poderá se dar com as seguintes atividades: 1) Desenvolvimento do modelo alternativo de fomento, incluindo a concessão de crédito rural em regime especial (individual e/ou associativo) e das demais linhas de fomento para expansão ou implantação dos empreendimentos agropecuários e agroindustriais alternativos. 2) Elaboração de estimativa do montante de recursos a serem aplicados, fontes de financiamento e incentivos fiscais e impactos econômicos e sociais, classificados por atividade, município e região, com cronograma para um período de 5 anos (2010-2014). 3) Indicação e/ou recomendação de diretrizes para estudos de implantação de projetos pilotos, contemplando parâmetros de viabilidade técnica, econômica, legal e ambiental e, ainda, sistema de gestão de projetos: LEITE E DERIVADOS: • Identificar os principais fatores competitivos na cadeia produtiva de leite e derivados nas mesorregiões rio-grandenses do Noroeste, Centro Ocidental e Sudoeste; • Identificar os principais fatores competitivos das cooperativas agropecuárias que atuam nas mesorregiões de abrangência, em relação à cadeia produtiva do leite; • Identificar as estratégias utilizadas pelas cooperativas agropecuárias para otimização dos seus fatores competitivos, em relação à cadeia produtiva do leite; • Avaliar as estratégias competitivas e o processo de alinhamento estratégico das cooperativas agropecuárias, em relação à cadeia produtiva do leite; • Avaliar a indicação de alternativa de alinhamento estratégico das cooperativas agropecuárias, em relação à cadeia produtiva do leite, através da implementação da metodologia do Balanced Scorecard. BIOCOMBUSTÍVEIS: • Estudar a viabilidade técnica, econômica, social e legal de produção direta de BIODIESEL e ETANOL, através da implantação de uma unidade industrial integrada cooperativa na região de abrangência; • Estudar a viabilidade técnica, econômica, social e legal de produção indireta de BIODIESEL e ETANOL através da terceirização pelas cooperativas dos processos industriais de produção; • Estudar a viabilidade técnica, econômica, social e legal do Auto-Consumo de BIODIESEL pelos associados das cooperativas, a partir do comparativo entre as produções direta e indireta. CONCLUSÃO Para finalizar, a sugestão e/ou recomendação de estabelecimento das bases de um Programa de Fomento Agropecuário e Agroindustrial da Região Oeste do Estado do Rio Grande do Sul. No que se refere às análises, avaliações de estudos e indicação de alternativas produtivas, o estudo em referência ressalta que ainda há necessidade de ampliação do universo de estudos e projetos para uma análise e indicação mais consistente em termos de elaboração de criação de um programa de desenvolvimento regional. Do mesmo modo, a construção do modelo alternativo de fomento, embora bastante incipiente no relatório, tanto nos conceitos adotados, como nas propostas apresentadas, deverá passar por uma ampla revisão para elaboração de um programa de desenvolvimento. Ressalta-se que, dependendo do grau de consistência no avanço dos estudos, algumas propostas poderão ser aperfeiçoadas ou totalmente excluídas. 4 Maio/Junho 2010 COTRISA Preocupação com super erva daninha chega ao Brasil A preocupação com as ervas daninhas resistentes a um dos herbicidas mais usados na agricultura e que atualmente assombra os Estados Unidos chegou ao Brasil, onde já foram registradas 5 dessas plantas conhecidas como “super ervas daninhas”, resistentes ao glifosato. A região Sul do Brasil é a mais afetada, segundo Dionísio Grazieiro, pesquisador da Embrapa Soja, a estatal brasileira de pesquisa agrícola, e segundo ele é preciso agir rápido para evitar a disseminação entre as lavouras transgênicas resistentes ao herbicida antes que qualquer contramedida se torne ineficaz. “A forma como usamos o glifosato é que acaba sendo o problema. Eu diria que a gente tem informações técnicas que permitem controlar o problema ou até evitar, mas lógico que se continuar como está vamos cada vez mais agravando o problema, de uma forma que pode não existir solução”, explicou ele em entrevista. “O problema não está relacionado à soja transgênica, mas principalmente ao mau uso do produto (glifosato)”, disse o pesquisador, citando, por exemplo, o fato de agricultores muitas vezes aplicarem porções do herbicida menores do que o recomendado. Outro detalhe que muitas vezes não é observado é o momento ideal de realizar a aplicação de acordo com o tamanho da planta daninha. Duas espécies da erva daninha chamada buva são as que mais preocupam, pois elas apresentam um nível bastante alto de infestação no Paraná e no Rio Grande do Sul, Estado pioneiro no uso de soja transgênica tolerante ao glifosato. “É estimado que pelo menos metade das regiões esteja contaminada com essa planta daninha nessas áreas”, disse Grazieiro, explicando que ela ainda aparece pouco na região central do país, para onde tem sido levada principalmente através do uso de colheitadeiras. As outras plantas já registradas no país são a digitária insularis, que atravessou a fronteira do Paraguai e já é identificada no oeste do Paraná; o azevém, encontrado na região central do Paraná e no Rio Grande do Sul; e o amendoim bravo, que tem baixo nível de resistência aparece no Rio Grande do Sul. “Nenhum herbicida provoca resistência, o que a gente entende é que o indivíduo resistente já existe no campo. A resistência passa a se destacar porque você mata as suscetíveis (ao glifosato)”, explicou Grazieiro. “Por isso a gente recomenda um sistema de produção, a rotação de cultura, que não se faça monocultura”. PERDAS Segundo o pesquisador, as perdas de produtividade dependem da infestação já que cada espécie pode ser mais ou menos agressiva, mas em média os números giram em torno de 40 por cento. Entretanto, pode até mesmo chegar a uma perda praticamente total da lavoura. “Não posso culpar o agricultor. Às vezes eu tenho a informação, mas o agricultor luta constantemente contra a questão econômica, a sobrevivência. Ele não consegue enxergar no médio, longo prazo, então entra num sistema de monocultura.” Somente nos Estados Unidos, especialistas estimam que as ervas daninhas resistentes ao glifosato infestaram quase 11 milhões de acres até agora. Mais de 130 tipos delas apresentam algum nível de resistência a herbicidas em mais de 40 Estados norte-americanos. A Monsanto, empresa que desenvolveu a soja, o milho e o algodão transgênicos tolerantes a glifosato, já afirmou inclusive que vai reestruturar seus produtos em um esforço para ajudar a combater a disseminação dessas ervas daninhas. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), em 2009 o volume de herbicidas vendidos no Brasil foi de 430 milhões de litros, ou 2,5 bilhões de dólares, sendo 280 milhões de litros apenas de glifosato. A expectativa da entidade para este ano é de uma alta de 5 por cento tanto em valor quanto em volume para os defensivos em geral, mas a tendência é de que as vendas de glifosato cresçam acima das de outros herbicidas. Fonte:Reuters-Agrolink 5 Maio/Junho 2010 COTRISA COTRISA e Associação Preservar realizaram nova coleta de embalagens de agrotóxicos A COTRISA em parceria com a Associação Preservar de Santo Ângelo, realizou durante o período de 17 de maio a 10 de junho, um roteiro de coleta de embalagens de agrotóxicos em todas as unidades da cooperativa, para que os produtores que adquiriram seus produtos na COTRISA pudessem com mais facilidades, devolver suas embalagens. Conforme a área de insumos foram recebidas um total de 56.455 embalagens. Este bom número de embalagens devolvidas se deve ao trabalho de conscientização que sempre foi feita pela cooperativa. Mas, por outro lado, também observamos que temos um grande número de produtores que ainda não tem esta consciência e quem sabe até do conhecimento da lei que exige a devolução de todas as embalagens de agrotóxicos. Neste sentido, a COTRISA anualmente vai em todas as unidades recolher embalagens, para desta forma cumprir com a sua parte legal de receber as embalagens dos agrotóxicos vendidos pela cooperativa. Aqueles que não aproveitaram esta oportunidade já oferecida neste ano, poderão entregar suas embalagens diretamente na Produtores de Vitória das Missões devolveram o maior volume de embalagens Devolução das embalagens é uma exigência legal As embalagens de agrotóxicos podem ser devolvidas a Associação, em Santo Ângelo Associação Preservar junto a unidade Parque Industrial da COTRISA, em Santo Ângelo, onde a Associação mantém uma pessoa a disposição para receber embalagens permanentemente. Destacamos também que as embalagens devem ser devolvidas com a tríplice lavagem e as tampas devolvidas em um recipiente em separado. Na tabela abaixo constam os dados relativos ao recebimento de embalagens em cada uma das unidades da cooperativa neste último roteiro. Carajazinho ficou em 2º lugar 6 Maio/Junho 2010 COTRISA Cerca de 95% da área estimada para o trigo já foi cultivada na região Estimativa inicial de produtividade é de 38 sacas por hectare Área do trigo nesta safra se mantém praticamente a mesma O clima tem sido favorável para a semeadura do trigo. O último levantamento realizado pelo Departamento Técnico da COTRISA, indica que mais de 95% da área prevista para a implantação da cultura este ano já foram cultivados, em 13 municípios, na região de abrangência da cooperativa. A informação é do agrônomo, Zecarlos Libardoni, coordenador técnico, acrescentando que havia uma estimativa de redução significativa da área do trigo, tendo em vista as dificuldades de comercialização e pelos baixos preços do produto. “No entanto, o bom volume de crédito, a garantia de proagro, associado a importância do trigo na rotação de cultura fizeram com que o produtor apostasse mais uma vez no cereal, esperando que o mercado se modifique”, ressaltou. Em 2009 foram cultivados 53.200 hectares e a estimativa dos técnicos é de que a área ocupada com trigo em 2010 chega bem próximo deste número. Até o momento são 51.900 hectares cultivados o que representa uma redução de apenas 2,5% na área. Segundo Libardoni, como o trigo se apresenta como a principal alternativa da cultura de inverno, as lavouras estão sendo implantadas com alta tecnologia e a estimativa inicial é de uma produtividade 38 sacas por hectare. “Se o clima ajudar e com a alta tecnologia aplicada, e a cultura implantada no período recomendado, esta previsão poderá ser superada”, lembrou o agrônomo. Da área já cultivada na região missioneira, cerca de 65% das lavouras já se encontram germinadas, período em que Libardoni, recomenda ao produtor o controle das ervas daninhas que competem com o trigo, como por exemplo, a “soja guacha”, bem como realizar a aplicação de nitrogênio em cobertura. Quando a cultura chegar no período de perfilhamento, o agricultor deve também preocuparse com o manejo de pragas e doenças na cultura do trigo neste período, evitando prejuízos. Alerta, no entanto, que o produtor deverá antes consultar o seu assistente técnico buscando as melhores orientações e evitando gastos desnecessários. 7 Maio/Junho 2010 COTRISA Supermercados COTRISA lançam nova edição do sorteio de “Vale-Compras” por mês nos 15 Supermercados. LOJA Anexo aos Supermercados COTRISA, o cliente também encontra ampla loja de produtos veterinários e rações da marca Nutrisa para bovinos, suínos e aves. As rações Nutrisa são produzidas pela cooperativa e apresentam aquela qualidade que as rações produzidas pela cooperativa sempre tiveram. Os Supermercados COTRISA oferecem também preços competitivos, qualidade e bom atendimento. Para maior comodidade de sua clientela, na hora do pagamento o consumidor poderá utilizar, além do cartão COTRISA, também vários outros cartãos que as pessoas diariamente utilizam para pagar suas compras. As equipes de colaboradores dos Supermercados estão preparadas para prestar um bom atendimento Como tradicionalmente acontece, a rede de Supermercados COTRISA lançou mais uma edição do sorteio de “Vale-Compras”. Estarão habilitados a participarem da promoção todos os clientes que efetuarem compras no valor de R$ 30,00 no período de 1º de julho a 30 de setembro, nos supermercados e nas lojas de produtos veterinários receberão um cupom que deverá ser preenchido e colocado na urna instalada nos supermercados. Cada um dos 15 supermercados da rede COTRISA instalados em Santo Ângelo, Entre-Ijuís, Eugênio de Castro, Coimbra, Guarani das Missões, São Paulo das Missões, Roque Gonzales, Cerro Largo, Mato Queimado, São Pedro do Butiá, Caibaté, Vitória das Missões, São Miguel das Missões e Caibaté estarão realizando os sorteios de vale-compras no valor de R$ 150,00 cada um. Os sorteios dos vale-compras acontecerão nas seguintes datas: 02 de agosto, 1º de setembro e 1º de outubro. Um total de 34 Vale-compras serão sorteados SUPERMERCADOS COTRISA ONDE VOCÊ COMPRA, ECONOMIZA E PARTICIPA DE SORTEIOS E PROMOÇÕES O ANO INTEIRO. Cada R$ 30,00 em compras dá direito a um cupom para partiicipar do sorteio 8 Maio/Junho 2010 COTRISA Semente resistente à seca estará disponível em 2015 O diretor de assuntos corporativos da Monsanto, Rodrigo Almeida, está estimando que os produtores brasileiros terão acesso a variedades de sementes resistentes à seca em 2015. Nos Estados Unidos, essas sementes devem estar disponíveis um pouco antes, em 2014. Plantadas, essas sementes resistirão a um período de até 45 dias sem chuvas. Quando voltar a chover, as plantas voltarão a se desenvolver normalmente, com perdas muito pequenas, de cerca de 30%, calculou. Durante um debate sobre “O papel da América Latina alimentando o mundo em 2050”, Almeida avaliou que a oferta dessas sementes favorece, principalmente, os pequenos agricultores. “Hoje, quando esse produtor enfrenta uma seca, ele não tem muito o que fazer”, afirmou. Do ponto de vista ambiental, ele disse que a Monsanto tem tecnologia para fixação de nitrogênio no solo, o que significa redução de custos. Ele comentou que a Monsanto fixou a meta de dobrar a produtividade das lavouras de soja, milho e algodão do mundo todo até 2030. “A meta é muito desafiadora”, disse. “Nós não vamos fazer isso com o mesmo recurso. Vamos usar 1/3 menos de água, terra, energia. Ou a gente faz dessa forma ou não fazemos”, afirmou ele, lembrando que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é parceira da Monsanto nesse desafio. Na mesa-redonda, Almeida disse que o debate sobre tecnologia não pode ser contaminado por aspectos ideológicos. “Por que misturar tecnologia com ideologia?”, questionou. Ele disse que o pequeno agricultor é o grande beneficiado pela biotecnologia. “O grande produtor tem recursos. O pequeno não tem dinheiro para comprar máquinas, inseticidas e para contratar agrônomos”, completou. De acordo com ele, no Brasil são 217 mil produtores de milho na safra de verão. Os produtores de soja somam 96 mil e 11 mil agricultores plantam algodão. Almeida acrescentou que o Brasil estava atrasado em termos de biotecnologia, mas lembrou que, desde 2005, está sendo autorizado o uso de novas tecnologia. Segundo ele, a safra atual de milho é a terceira em que estão sendo usadas sementes geneticamente modificadas. No caso da soja, este é o quinto ano de cultivo geneticamente modificado. De acordo com ele, é o quarto ano do algodão transgênico no Brasil. Almeida citou o exemplo de agricultores do Rio Grande do Sul, que cultivam milho e fumo. “Eles plantam em regiões de pequenos aclives, onde é difícil aplicar inseticida”, afirmou. “A tecnologia mudou a vida dessas pessoas. Uso de bactérias no solo aumenta colheitas em 100% O Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, Pnuma, anunciou que é possível aumentar em mais de 50% a produtividade das lavouras sem recorrer ao uso de fertilizantes. A descoberta foi anunciada na abertura de uma conferência no Centro Agroflorestal Mundial em Nairóbi, no Quênia. O encontro discutiu como os microorganismos trabalham no solo e como eles podem ser utilizados. O projeto internacional de pesquisa intitulado Manejo Sustentável da Biodiversidade Subterrânea observou a relação entre os microorganismos presentes no solo e a produtividade das plantações. Estudos realizados no Quênia indicaram que o uso de alguns tipos de bactérias no solo das plantações de soja aumentou a lucratividade das lavouras entre 40% e 60%, sem o uso de fertilizantes. implementação do projeto. Quando microorganismos foram usados em plantações, com o auxílio de fertilizantes orgânicos, as colheitas dobraram. Neste cenário, os custos caíram e a lucratividade das lavouras aumentou. Os microorganismos ajudam ainda no melhor aproveitamento da água e dos nutrientes. Segundo o Pnuma, outra descoberta importante é que, em alguns casos, as bactérias ajudaram a combater doenças nas lavouras, diminuindo a necessidade de pesticidas. O projeto internacional de pesquisa sobre a biodiversidade subterrânea deverá durar oito anos e conta com o apoio de cientistas do Brasil, Côte d’Ivoire, Índia, Indonésia, México e Uganda. A agência da ONU na Fonte:fornece Correiosuporte do Brasil Uso de ração como complemento de dieta Uma boa dieta para vacas leiteiras deve iniciar com a produção de pastagem ou silagem de ótima qualidade, que depende de uma análise e correção de solo, além de um bom manejo de piquete em que a vaca deve colher o alimento no estágio correto, antes que a pastagem entre em estágio de florescimento. Nas visitas a campo observamos algumas coisas que devem ser esclarecidas, uma é relacionada com o uso de ração peletizada, onde trabalhos de pesquisa demonstraram que somente existem van-tagens no uso dessa ração para suínos e aves, mas observamos que os produtores insistem em usar ração peletizada e pagar um real mais caro por saco de 40 kg de ração. Outro problema muito sério, onde nas propriedades a ração é usada como o principal alimento para as vacas, e o correto seria preocupar-se primeiro com as forragens que a vaca vai receber e posteriormente escolher uma ração, que simplesmente complemente as pastagens. Após produzir forragem de alta qualidade o produtor deve escolher então a ração. No inverno devido os pastos possuírem pouca fibra e alta proteína devemos usar ração tamponada e com um nível proteico entre 15 e 18% PB, pois o excesso de proteína prejudica a produção de leite e principalmente a reprodução, já na pastagem de verão não há necessidade de tamponamento e o uso de proteína pode ser um pouco maior, rações com 18 a 22 % de PB. Para quem usa somente silagem como foragem aconselha-se usar um teor de proteína próximo a 25% e esta ração tamponada. Enfim o produtor deve escolher uma ração feita com produtos de boa qualidade (milho e farelo de soja), administrar 1 kg de ração para cada litro de leite que a vaca produz e cuidar para Veterinario da COTRISA - Élvis Basso não fornecer a vaca excesso de proteína e em épocas em que a forragem fornecida possuir pouca fibra, que é caso de pastagens de inverno e silagem usar rações tamponadas, desta forma mesmo sem o auxilio de um nutricionista, as vacas produzirão muito leite sem causar problemas para a sua saúde, que futuramente possam causar o descarte deste animal. 9 Maio/Junho 2010 COTRISA Rações Nutrisa chega com nova embalagem e muito mais nutritiva A COTRISA há muito tempo vem discutindo algumas mudanças na área da produção de rações. Depois de discussões se decidiu manter a produção dos vários tipos de rações da Cooperativa. Portanto continua a produção de rações para suínos, bovinas e aves. O que sofreu maiores alterações foi à marca, que passou a ser “NUTRISA”, onde se buscou vincular o nome aos alimentos para suínos, bovinos e aves e ao nome da cooperativa “COTRISA”. Esta mudança de marca também levou para a discussão, a produção de novas embalagens. Anteriormente eram feitas de papel e seguidamente ao transportá-la se perdia muito produto pelo rompimento destas embalagens e por outro lado tinham também um custo muito elevado. A solução para estes problemas foi à troca das embalagens de papel por plástico, o que deu mais resistência as embalagens e maior facilidade no manuseio. Um dos pontos mais importantes discutidos nas mudanças foi à qualidade das rações. As dificuldades financeiras da cooperativa, nos últimos tempos, haviam dificultado as alterações necessárias para melhorar a qualidade. Mas, com o acordo de cooperação entre COTRISA e CAMERA, firmado no final do ano passado com a aprovação dos associados, levou a cooperativa a fazer as alterações e desta forma melhorar a qualidade das rações que são produzidas. Neste sentido convidamos a todos os associados e produtores para procurar informações junto às unidades e supermercados da COTRISA sobre as rações que a cooperativa hoje produz e comercializa. Gostaríamos que os produtores tratassem os animais da propriedade com as rações “NUTRISA” para comprovar a sua qualidade. 10 Maio/Junho 2010 COTRISA Manejo da adubação nitrogenada no milho Atualmente, pode-se dizer que um dos aspectos mais importantes no manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho refere-se à época de aplicação e à necessidade de seu parcelamento. Para a tomada de decisão por parte do agricultor, alguns pontos devem ser considerados. O primeiro está relacionado com a demanda de nitrogênio (N) pelo milho durante o seu desenvolvimento. A absorção de N pelo milho é intensa no período que vai dos 40 dias após a semeadura (elongação, estádio V6-folhas) até o florescimento masculino (emissão do pendão), quando a planta absorve mais de 70 % da sua necessidade total. O segundo aspecto diz respeito às doses de N a serem aplicadas. Doses de N superiores a 120 kg/ha exigem maiores cuidados no manejo. O terceiro aspecto refere-se ao potencial de perdas por lixiviação em função da textura do solo (arenoso ou argiloso) e à presença de impedimentos físicos e químicos que reduzem a profundidade efetiva de exploração do perfil do solo pelas raízes. Assim, a observação destes pontos possibilitam várias alternativas de épocas de aplicação de N na cultura do milho como, por exemplo, a aplicação antes da semeadura, durante a semeadura e após a semeadura, nos estádios que vão da emergência até o florescimento. Aplicação em pré-semeadura Esta alternativa de manejo foi introduzida com a adoção do sistema de plantio direto e a semeadura do milho em sucessão a outras gramíneas (aveia, milheto, braquiária, sorgo, etc). Nessas condições, tem sido observada redução de crescimento das plantas de milho nos estádios iniciais de desenvolvimento e sintomas de amarelecimento nas folhas. Isso tem ocorrido devido ao processo de imobilização do N, causado pela decomposição dos resíduos das gramíneas com alta relação C:N (> 30:1) e pela dificuldade de aplicar maiores quantidades de N na semeadura do milho, devido à baixa concentração de N nas fórmulas de fertilizantes utilizadas para esta cultura. Embora a aplicação antecipada do N na cultura do milho apresente algumas vantagens, como, por exemplo, maior rendimento operacional e maior flexibilidade no período de tempo para a distribuição do N, resultados de várias pesquisas conduzidas no Brasil indicaram que ela é uma prática de alto risco e não apresentou eficiência agronômica superior ao método convencional de manejo. Ou seja, aplicação de uma pequena dose na semeadura e o restante em cobertura, geralmente nos estádios fenológico de 4 a 7 folhas. Assim, a sua recomendação deve ser específica e não generalizada e somente utilizada após uma avaliação criteriosa das condições de solo e clima do local ou da região onde se pretende adotá-la. Aplicação simultânea com a semeadura No Brasil, historicamente, a aplicação de N por ocasião da semeadura do milho tem se restringido a pequenas doses, geralmente variando de 10 a 30 kg/ ha. As razões para isso incluem evitar o excesso de sais no sulco de semeadura, perdas por lixiviação e a baixa demanda inicial pelo milho. Apesar de as exigências nutricionais serem menores nos estádios iniciais de crescimento, pesquisas indicam que altas concentrações de N na zona radicular são benéficas para promover o rápido crescimento inicial da planta e o aumento da produtividade de grãos. Por outro lado, no sistema plantio direto, o milho, na maioria dos sistemas de produção, é cultivado em sucessão a gramíneas. Isto pode significar comprometimento da quantidade inicial de N disponível, devido à imobilização de N mineral pela biomassa microbiana, reduzindo, assim, sua disponibilidade no solo. Nessa condição, tem havido maior preocupação em elevar a disponibilidade de N na fase inicial de crescimento do milho, aumentando-se a dose desse nutriente aplicada por ocasião da semeadura. Ao se analisarem resultados de experimentos conduzidos no Brasil em que aumentaram-se as doses de N aplicadas na semeadura do milho cultivado em sucessão a gramíneas (aveia-preta, milheto) em sistema de plantio direto, verifica-se a semelhança das informações sobre a aplicação antecipada do N, inconsistência nos resultados obtidos. Em algumas situações, não houve diferenças nas produtividades de milho quando se compara a aplicação de toda a dose de N na semeadura do milho com a aplicação parcelada de parte da dose na semeadura e o restante em cobertura nos estádios de 6 a 7 folhas. Entretanto, em determinadas condições, verificou-se redução acentuada na produtividade de milho com aumento da dose de N aplicada na semeadura. Essa redução tem sido atribuída ao efeito tóxico do N-fertilizante sobre as plântulas de milho, reduzindo o estande, principalmente quando a fonte utilizada foi a uréia. Para a cultura do milho, que geralmente produz uma espiga por planta, a redução da população de plantas tem acentuado efeito negativo na produtividade. Assim, a quantidade de N aplicada por ocasião da semeadura do milho tem sido limitada a doses que variam de 30 a 60 kg/ha. Aplicação em cobertura em diferente estádios fenológicos do milho Nessa estratégia de manejo, o N é aplicado em cobertura nos diferentes estádios fenológicos da cultura do milho. Essa tem sido a recomendação tradicional para as épocas de aplicação de N e que tem apresentado maior eficiência agronômica, podendo ser recomendada para todas as situações, independente das condições de solo e clima. Entretanto, para um manejo adequado do fertilizante nitrogenado, é importante observar as exigências deste nutriente durante o desenvolvimento da cultura do milho. A maior necessidade relativa de nitrogênio compreende o período entre a emissão da 4ª e da 8ª folha e a maior necessidade absoluta de nitrogênio compreende o período entre a emissão da 8ª e da 12ª folha. O aporte significativo de nitrogênio na fase inicial de desenvolvimento do milho (estádio fenológico 5 a 6 folhas) proporciona um maior índice de área foliar e maior número de grãos por espiga, culminando na manifestação do potencial genético da planta. Com a utilização de 30 a 40 kg/ha de N na semeadura, permite-se que a adubação de cobertura possa ser efetuada até o estádio 7 a 8 folhas, sem prejuízos consideráveis ao desempenho das plantas, e até a 10ª folha, sob irrigação. Porém, quando da ausência de N na semeadura, a cobertura deverá ser efetuada até o estádio correspondente a 4 a 5 folhas, caso contrário a perda de produção assume valor significativo. Por outro lado, se a dose total de N a ser aplicada for menor do que 60 kg/ha., pode-se, para solos argilosos e de textura média, proceder sua aplicação por ocasião da semeadura do milho. Em milho cultivado no outono/inverno, sob condições irrigadas, *Antônio Marcos Coelho melhores resultados são obtidos parcelando o N via água de irrigação em três a quatro vezes, quando comparado à aplicação no solo em duas vezes. Isso poderia ser explicado pelo fato de que, no plantio de outono/inverno, o ciclo do milho é aumentado (150 dias), necessitando de aporte de N em estádios mais avançados de desenvolvimento da cultura. Métodos de aplicação Os seguintes métodos, isoladamente ou combinados, têm sido utilizados para aplicação de N na cultura do milho: (a) aplicação localizada no sulco de semeadura; (b) aplicação em cobertura, localizada ou a lanço na superfície do solo; (c) aplicação via água de irrigação (fertirrigação). Para nutrientes com alta mobilidade no solo, como o N, acreditava-se que os métodos de aplicação teriam pouca ou nenhuma influência na eficiência agronômica dos fertilizantes nitrogenados. Entretanto, devido ao fato de que as fontes de nitrogênio apresentam fórmulas químicas diferentes, tem sido observado que o método de aplicação tem influência significativa na eficiência agronômica entre as fontes. Como exemplo, pode-se citar os resultados de pesquisas conduzidas na Embrapa Milho e Sorgo em que três fontes de N (uréia, bicarbonato de amônio e cloreto de amônio), diferindo no potencial de perdas por volatilização de amônia (NH3), foram avaliadas para a cultura do milho em diferentes métodos de aplicação, em sistema de plantio direto. Nessas pesquisas, as fontes uréia e o bicarbonato de amônio aplicadas na superfície do solo de forma localizada, apresentaram, em comparação com o cloreto de amônio, menor eficiência agronômica (menor produtividade de grãos). Entretanto, a eficiência dessas fontes foi semelhante quando aplicadas incorporadas ao solo e localizadas próximas às fileiras de milho (15 cm), ou a lanço na superfície do solo. Essas diferenças são atribuídas, principalmente, ao potencial de perdas por volatilização de NH3 entre as fontes, podendo-se classificá-las na seguinte ordem decrescente: bicarbonato de amônio > uréia > cloreto de amônio. Embora a eficiência da aplicação de N a lanço na superfície do solo seja questionada, principalmente quando a fonte utilizada é a uréia, os resultados das pesquisas mencionadas indicam que este método de aplicação apresentou eficiência semelhante à da aplicação localizada incorporada ( 7 cm) e foi superior à da aplicação localizada na superfície do solo. Este é um aspecto importante, pois o método de aplicação a lanço possibilita maior rapidez na operação de distribuição dos fertilizantes. Considerações finais Embora diferentes tipos de manejo da adubação nitrogenada sejam mencionados, a eficiência relativa deles para a cultura do milho tem sido extremamente variável. Assim, a escolha do método e da época de aplicação é baseada nas características do solo, na época de semeadura (verão, outono/inverno), no acúmulo de N nas diferentes fases de desenvolvimento da planta, nas doses a serem aplicadas e no uso de irrigação. Isso enfatiza que não há receita única a ser seguida no manejo do nitrogênio no milho. O nitrogênio é um elemento muito dinâmico no solo, influenciado por fatores climáticos. Ele tem de ser manejado mais de acordo com as condições locais e com o potencial de produtividade da cultura na região. *Pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento de Sistemas de Produção da Embrapa Milho e Sorgo - Sete Lagoas/MG Fonte: Embrapa Milho e Sorgo 11 Maio/Junho 2010 COTRISA Escola Municipal São Paulo comemora 70 anos A Escola São Paulo localizada na Esquina Gaúcha, município de Entre Ijuís, comemorou no mês de maio 70 anos de fundação. Foi fundada em 1940, por um grupo de famílias da comunidade que adquiriram uma casa de madeira usada e reconstruiram em um terreno doado pelo senhor Carlos Schmit. A escola era mantida pelos pais dos alunos e as aulas ministradas pelo pastor. A escola recebeu o nome de Escola Paroquial Evangélica Luterana São Paulo. Em 1971 a escola foi municipalizada , foi construido outro prédio onde hoje esta localizada e mantida pela prefeitura de Santo Ângelo. No dia 02 de maio a escola realizou uma festa popular para festejar os 70 anos de sua fundação. Foi realizado atividades com alunos como um concurso de poesia, desenho, paródias e acróstico. Ao completar 70 anos de história dedicados em favor da educação, queremos lembrar a ousadia, a coragem e acima de tudo a preocupação com a educação que tiveram essas primeiras famílias no sentido de proporcionar a seus filhos, além da formação espiritual, a formação intelectual. Parabéns a comunidade escolar São Paulo pelos 70 anos formando e transformando mentes e corações! Texto do aluno Sansão da 8ª série. Parabéns aos 70 anos da Escola São Paulo Feliz aniversário a nossa escola São Paulo comemorando seus 70 anos contribuindo na construção de cidadãos do mundo. Quão importante torna-se nossa escola...Nossa segunda casa, onde encontramos pessoas que farão parte de nossas vidas para sempre... Desde a cozinheira que nos prepara a merenda, da servente, que com cuidado arruma a sala que utilizamos, o bibliotecário, que nos orienta na escolha dos livros,professores que nos orientam e ensinam, diretores, orientadores que trabalham para concretizar nossos sonhos escolares.Escola, essa casa sagrada, que conduz mentes humanas a serem mais fortes e perseverantes, a construírem novas formas de vida e escolha. Felizes somos por fazermos parte deste educandário! Projeto Pedagógico para 2010 A EMEF Sâo Paulo, definiu o tema a ser desenvolvido no projeto cooperativo para o ano letivo de 2010, sendo o cuidado e o nome do projeto: “SABER CUIDAR”. Esse tema surgiu da necessidade que a comunidade escolar encontrou no ato do cuidado, pois percebeu-se que precisamos mudar nossas atitudes e cuidar melhor de nós mesmos e do meio onde estamos inseridos, para que possamos garantir a sobrevivência do planeta Terra e a formação de cidadãos mais críticos e ativos na sua comunidade. Encerra colheita de soja na área de ação da COTRISA O município de Vitória das Missões encerrou a colheita de soja 2010 durante o mês de junho. No dia 11 de junho o associado José Antônio Somavilla colheu uma das últimas lavouras de soja do município e entregou a soja também para a CAMERA/ COTRISA, assim como fez com toda a sua produção. Acreditando já há vários anos na Cooperativa, exemplo herdado do seu pai Natalino Somavilla, este ano não foi diferente relata o mesmo, sabendo do acordo entre CAMERA/COTRISA, acreditou e contribuiu em grande escala na entrega de sua produção junto a COTRISA de Vitória das Missões. SOMAVILLA fala da excelente safra que teve neste ano de 2010, sendo cultivado em sua propriedade 130 hectares de soja, tendo uma Armando Marczewski - Gerente da Unidade - Vitória das Missões produtividade média de 47 sacas por hectare. Na que entregaram sua produção junto aos armazéns da resteva do milho cultivou mais 30 hectares de soja, COTRISA, no acordo CAMERA/COTRISA, onde tendo uma produtividade média de 23 sacas por juntos cada vez mais vamos fortalecer nossa parceria. hectare. Tonho (como é mais conhecido) relata que a produção na resteva do milho só não foi maior, devido a estiagem de março que ocorreu no período em que o soja necessitava de mais chuvas para formação de seus grãos. A equipe de colaboradores de Vitória das Missões agradece a todos os produtores que entregaram sua produção, acreditam em nosso trabalho, são parceiros junto à Unidade de Vitória das Missões, sendo assim com este esforço e comprometimento mútuo alcançamos o objetivo desejado. Assim a direção da COTRISA agradece também a todos os produtores Equipe do escritório deVitória da Missões Somavilla acompanhando o recebimento da soja Descarga é sempre rápida junto a COTRISA Equipe do armazém de Vitória das Missões 12 Maio/Junho 2010 CULTIVO DE MILHO A cultura de milho passa por um momento difícil, principalmente no que diz respeito a mercado e comercialização dos grãos. Porém temos que salientar, a importância dessa cultura na propriedade rural dentro de um sistema de rotação de culturas, em função de sua capacidade de reciclagem de nutrientes, explorando melhor o perfil do solo além de seu grande acúmulo de matéria seca (MS) na superfície do solo (foto ao lado) ajudando a combater a erosão. Em contrapartida a isso surgem no mercado grandes novidades relacionadas ao melhoramento genético de milho, ou seja, híbridos modificados geneticamente apresentando resistência a algumas das principais pragas causadoras de danos a cultura, além de possuir potencial produtivo maior. Porém para que as pragas não adquiram resistência à tecnologia imposta nos híbridos, precisamos seguir algumas normas como respeitar áreas de coexistência além de semear áreas de refúgio. Para obtermos sucesso com a cultura de milho devemos planejar o sistema de produção, de maneira em que se obtenha uma cultura antecedente com baixa relação C:N, ou seja, apresenta uma decomposição mais rápida (ex. nabo, ervilhaca, etc.), ocorrendo uma liberação mais rápida dos nutrientes, principalmente o nitrogênio. Além do manejo do solo, devemos planejar a adubação (de acordo com a análise de solo), época de plantio, regulagem correta das plantadeiras (principalmente quanto à distribuição das sementes na linha de semeadura e na profundidade do plantio), no momento da escolha dos híbridos deve-se observar características como, bom arranque no frio COTRISA Agrônomo Tiago Mello Margutti - Unidade Entre Ijuís (para semeaduras no cedo), potencial produtivo, adaptabilidade nas condições de solo em que será implantada, estabilidade produtiva, dentre outras características. Levando em consideração os assuntos aqui mencionados, a COTRISA disponibiliza de assistentes técnicos para solucionar as dúvidas Deposição de restos culturais no Sistema de de seus produtores. Plantio Direto na Palha (SPDP).