PERÍCIA PAPILOSCÓPICA
EM LABORATÓRIO
Ma. Bruna Daniella de Souza Silva
Papiloscopista da Polícia Civil do Estado de Goiás
Biomédica – UFG
Doutoranda em Medicina Tropical e Saúde Pública – IPTSP/UFG
PAPILOSCOPISTA
 Competência: proceder exames de natureza
papiloscópica e identificação humana
 Áreas de atuação:
 Identificação Civil e Criminal;
 Antecedentes Criminais;
 Necropapiloscopia;
 RFH;
 Pareceres papiloscópicos e necropapiloscópicos;
 Combate a fraudes em concursos públicos e vestibulares;
 Perícia em locais de crime e laboratório.
Noções de Criminalística aplicada à
Perícia Papiloscópica


Criminologia.
Perícia:


Criminalística.
(Papiloscopia).
evidências
Criminalística
 Ciência autônoma, integrada pelos diferentes ramos do
conhecimento técnico-científico, que aplica métodos
e técnicas de investigação ao exame de material,
relativo ao suposto fato delituoso
 Visa ao reconhecimento e à interpretação dos indícios
extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do
criminoso
 Auxilia as atividades policiais e judiciárias de
investigação criminal, estudando evidências materiais e
verificando cientificamente a existência de um fato
presumidamente delituoso e seu autor
Criminalística
 Objetivos:
 Materializar um evento delituoso
 Estabelecer sua dinâmica
 Determinar a(s) respectiva(s) autoria(s)
 Identificar as vítimas
Conceitos clássicos
 Crime: toda conduta prevista na lei penal
 Local: ambiente físico e unidade geodésica onde exista
evidência material (relacionada a ocorrência de crime, no
caso da perícia forense)
 Perícia: conjunto de disciplinas de natureza técnica e/ou
científica que trabalham sobre a evidência forense,
buscando, no conjunto, materializar (por representação) a
ocorrência criminal, estabelecer a dinâmica do evento
(pessoa/espaço/tempo) e determinar a respectiva autoria
Conceitos Importantes
Vestígio/Evidência/Indício
 Vestígio:
todo
e
qualquer
sinal,
marca,
objeto, situação fática ou ente concreto sensível,
potencialmente relacionado a uma pessoa ou a
um evento de relevância penal
 Evidência/Prova Material: é o vestígio que, após
avaliações de cunho objetivo, mostrou vinculação direta e
inequívoca com o evento delituoso
 Indício: é todo vestígio cuja relação com a vítima, com o
suspeito, com a testemunha ou com o fato tenha sido
estabelecida
Noções de criminalística
 Local de crime
 Isolamento e preservação de local de crime
 Procedimentos no local de crime
 Levantamento de locais
 Perícia papiloscópica em local de crime
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
 Crime:
 Autor
 Vítima
 Vestígios
 Evidências (provas)





Sangue;
Sêmen;
Pelos;
Armas e munições;
Impressões digitais
Objetivos da perícia: identificação do
autor
LOCAL DE CRIME
 Revelação de impressões digitais em local de crime
 Reagentes específicos para cada tipo de superfície
LOCAL DE CRIME
 Observar os prováveis locais de contato do autor com os
objetos
PAPILOSCOPISTA
 Revelação e levantamento de impressões digitais em
locais de crime e laboratório
 Diferentes superfícies
 Porosas, não porosas, rugosas, lisas, adesivas, etc.
 Localização, revelação e levantamento das impressões
em local de crime
 Coleta de vestígios no local de crime e encaminhamento
para o laboratório papiloscópico
MATERIAIS COLETADOS EM LOCAIS DE CRIME
 Os objetos devem ser recolhidos cuidadosamente
(manuseados pelas bordas);
 Devem ser acondicionados em sacos plásticos,
envelopes ou caixas de papelão, de forma a minimizar o
atrito entre o objeto e a embalagem;
 Embalagens com produtos líquidos devem ser tampadas,
caso não possuam tampa colocar papéis para vedar a
embalagem
O valor da evidência
 A evidência material, quando identificada e
apropriadamente tratada, oferece a melhor perspectiva
para prover informações objetivas e confiáveis
envolvendo o incidente sob investigação
Cadeia de
custódia
Cadeia de Custódia
 É um processo utilizado para manter e documentar a
história cronológica da evidência
 Garantir a idoneidade
 Garantir o rastreamento das evidências utilizadas em
processos judiciais
 O valor da evidência, mesmo cuidadosamente
coletada e preservada, pode ser perdido se a cadeia
de custódia não for adequadamente constituída
 Validação da prova pericial
United Nations Office on Drugs and Crime-UNODC - Vienna/Áustria, 2010
Cadeia de Custódia
 Todos os procedimentos relacionados à evidência,
desde a coleta, o manuseio e análise, sem os devidos
cuidados e sem a observação de condições mínimas de
segurança, podem acarretar na falta de integridade da
prova, provocando danos irrecuperáveis no material
coletado, comprometendo a idoneidade do processo e
prejudicando a sua rastreabilidade.
Sampaio, 2006
Cadeia de Custódia
 Elo fraco em investigações criminais
 Procedimento de documentação cuidadosa e cronológica
da evidência material para estabelecer a sua ligação à
infração penal
 Desde o início até o fim do processo judicial, é
fundamental ser capaz de demonstrar cada passo (todas
as etapas) para assegurar o “rastreamento” e a
“continuidade” da evidência desde o local de crime até a
sala do tribunal
Transporte, armazenamento e
apresentação da evidência material ao
laboratório
 Manter a integridade e identidade
 Condições para evitar a degradação da evidência
material durante o transporte e o armazenamento
 Medidas de segurança durante o transporte e o
armazenamento - impedir qualquer acesso não
autorizado e possível adulteração ou perda de
evidências
Cadeia de custódia – elementos essenciais
na perícia papiloscópica
1.
Fotografia(s) panorâmica(s);
2.
Fotografia do local onde há fragmento papilar;
3.
Fotografia do material/objeto na cena;
4.
Fotografia do fragmento papilar; (com régua, máq. Profissional (?),
máq. Digital de qualidade com closed focus)
5.
Identificação
e
Registro
Descrição
inequívoca:
Ocorrência/DP/Data/Perito localização/Flagrante/Vítimas (RG) …
6.
Migração das informações para sistema informatizado confiável;
Cadeia de custódia – elementos essenciais
na perícia papiloscópica
Fotos do local e de objetos
para o Laudo de Perícia
Papiloscópica
Laudo: descrição de toda a
cadeia de custódia
1. FOTO PANORÂMICA
1. FOTO PANORÂMICA
1. FOTO PANORÂMICA
2. FOTO DO LOCAL
ONDE HÁ FRAGMENTO
PAPILAR
3. FOTO DO MATERIAL/OBJETO NA CENA
3. FOTO DO MATERIAL/OBJETO NA CENA
3. FOTO DO MATERIAL/OBJETO NA CENA
4. FOTO DO FRAGMENTO PAPILAR
5. IDENTIFICAÇÃO E REGISTRO
INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO – POLÍCIA CIVIL DE GOIÁS
C.
G.
N. Oc.: ________/_____ DP.: __________ Data: ___/___/___
Perito Papiloscopista:_________________________________Motorista__________________
Flagrante/Autoria conhecida: Sim ( ) Não ( ) Tipo de Oc.:____________________________
Endereço:_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Veículo periciado: Sim ( ) Não ( ) Placa: _____________ Modelo/Cor: _________________
Suporte primário:_______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Material Laboratório: Sim ( ) Não ( ) Qual material: __________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Recebimento Lab.: Nome________________________ Data:___/___/___ Ass.: ____________
Obs.: ________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
6. MIGRAÇÃO PARA UM SISTEMA INFORMATIZADO
AFIS
15ª DP- RECEPTAÇÃO DE VEÍCULO
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA EM
LABORATÓRIO
 Papiloscopista
 Perícia em local de crime
 Materiais coletados são enviados ao laboratório
papiloscópico
 Autoridade policial
 Materiais encaminhados sem perícia
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA EM
LABORATÓRIO
 Objetivos:
 localizar, revelar e capturar fragmentos de
impressões papilares em objetos e materiais
recolhidos em locais de crime
 Apoiar equipes de perícia (reagentes especiais e
equipamentos sofisticados) que não podem ser
deslocados com facilidade
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA EM
LABORATÓRIO
 No laboratório é possível termos maior controle de
luz, temperatura e umidade, o que aumenta muito a
eficácia na revelação das impressões
 Podemos periciar quaisquer tipo de materiais no
laboratório, tais como: papéis, madeiras, garrafas,
latas, plásticos, isopor, metais, armas de fogo, armas
brancas, capacetes, bicicletas, motocicletas, fitas
adesivas, além de materiais impregnados com sangue
ou óleo.
Objetos e materiais
que podem ser
periciados em
Laboratório
Conhecimento sobre a natureza do
objeto (suporte 1º) é o aspecto
mais importante para o sucesso
no procedimento de revelação de
impressão papiloscópica
Vidros e plásticos (Ex. GARRAFAS E LATAS)
MADEIRAS E PAPELÃO*
PAPÉIS DIVERSOS
CARTÕES* E ACRÍLICO
ISOPOR, ALUMÍNIOS E PLÁSTICOS
ARMAS
METAIS E LATEX*
BICICLETAS E CAPACETES
SACOLAS PLÁSTICAS
OUTROS (fitas adesivas, couro*, tecido*...)
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA
EM LABORATÓRIO
PERÍCIA PAPILOSCÓPICA
EM LABORATÓRIO
CADEIA DE CUSTÓDIA – elementos
essenciais no laboratório papiloscópico
1.
Identificação e registro do material;
2.
Fotografia do material/objeto junto ao ofício e antes de abri-lo;
3.
Fotografia do fragmento papilar; (com régua, máq. Profissional (?),
máq. Digital de qualidade com closed focus)
4.
Aplicação do método de revelação adequado;
5.
Fotografia do fragmento papilar antes do levantamento;
6.
Descrição do fragmento após o decalque/fotografia;
7.
Migração das informações para sistema informatizado confiável;
IDENTIFICAÇÃO E REGISTRO
Após a chegada do material ao laboratório devemos
imediatamente tomar as seguintes providências:

Anotar as características principais (tipo, quantidade,
peso, cor, etc);

Fazer o registro fotográfico;

O material deve ser cuidadosamente examinado
antes de ser aberto;

Utilizar acessórios como luvas, pinças, etc
IDENTIFICAÇÃO E REGISTRO
Oc:
Memorando:
Conferência/Ci
ano
DP:
Ninidrina
Papiloscopista Policial:
Protocolo:
DFO
Empoamento
Foto do objeto ( )
Amarelo bás.
Fotografia
( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não
Outros procedimentos:
FOTO DIRETA:
Obs.:
PENDÊNCIA:
2. FOTO DO MATERIAL/OBJETO JUNTO
AO OFÍCIO E ANTES DE ABRI-LO
2. FOTO DO MATERIAL/OBJETO RECEBIDO
3. FOTO DO FRAGMENTO PAPILAR
VISÍVEL
4. APLICAÇÃO DO MÉTODO DE REVELAÇÃO
ADEQUADO

Composição das impressões digitais

Suporte primário
IMPRESSÕES DIGITAIS
 As impressões digitais são depósitos de materiais
orgânicos deixados em uma superfície qualquer
 Composição: elementos secretados pelas glândulas
presentes na pele
 Composição das impressões digitais
CHEMELLO, E. Química Virtual, Dezembro (2006)
IMPRESSÕES DIGITAIS
 Tipos de impressões digitais
 Visíveis: visualizadas sem equipamentos ou
reveladores
 Latentes: invisíveis a olho nu, sendo necessária a
aplicação de reveladores; ocultas.
 Modeladas: são produzidas pela deformação de uma
superfície maleável. Ex.: Argila, graxa, massa de
vidraceiro
4. APLICAÇÃO DO MÉTODO DE
REVELAÇÃO ADEQUADO
MÉTODOS DE REVELAÇÃO EM LABORATÓRIO

FÍSICOS – Luzes forenses;

QUÍMICOS – Reveladores,
Fixadores e Tingidores;

MISTOS – Físico-químicos
associados.
LOCALIZAÇÃO E REVELAÇÃO
Localização: Uso de LUZ - LANTERNA
 Inicialmente, deverá ser feita uma busca de fragmentos
papiloscópicos com auxílio de uma lanterna de luz branca
Verificar a existência de impressões visíveis, no caso
positivo fotografar imediatamente, utilizando escala
milimetrica, relacionando com o objeto e número da
ocorrência
LOCALIZAÇÃO E REVELAÇÃO
 O papiloscopista deverá variar a angulação do feixe de
luz na busca do melhor ângulo para visualização
 Examinar os objetos da ocorrência, quanto às
características das superfícies, separando de acordo com
as técnicas a serem aplicadas
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PERÍCIA EM LABORATÓRIO Parte 1/2