UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Gestão Pública nas IFES: estudo de caso sobre a criação do Instituto de História (IH-UFRJ) Por: Monica Fontoura de Oliveira Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2010 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Gestão Pública nas IFES: estudo de caso sobre a criação do Instituto de História (IH-UFRJ) Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Pública Por: Monica Fontoura de Oliveira 3 AGRADECIMENTOS Aos amigos do Instituto de História da UFRJ, pela imprescindível colaboração nesta pesquisa; aos Antonio Medina, Flávia William Rocha, pelos Professores Martins e melhores momentos do curso de Gestão Pública do IAVM (UCAM); e aos meus parceiros Marcelo Rangel e Maria Cristina Ribeiro Peruchetti, cumplicidade fraterna de cada dia. pela 4 DEDICATÓRIA À Marildy, minha mãe, Juliana e Yasmin, minhas filhas, com muito carinho. 5 RESUMO O presente trabalho consiste no estudo de caso acerca do processo de criação do Instituto de História (IH-UFRJ), modelo de pólo inovador na esteira do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, com o objetivo de investigar esta alteração de natureza institucional ocorrida recentemente em uma área de conhecimento já consolidada pela tradição e excelência acadêmica do então Departamento de História, que completou 70 anos em 2009. 6 METODOLOGIA A monografia foi elaborada com base na análise e na correlação de dados das seguintes fontes documentais: “Diretrizes para o novo Projeto Acadêmico do curso de História da UFRJ”; “Proposta de Regimento do Instituto de História (IH-UFRJ)”; “Banco de dados SIAN (Sistema de Informações do Arquivo Nacional) da Universidade do Brasil”; “REUNI (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais)”. Como a proposta de criação do IH-UFRJ foi aprovada somente em dezembro de 2010, optamos rela realização de entrevistas qualitativas junto à chefia do Departamento de História e demais seguimentos, quais sejam, Corpo Técnico-Administrativo (secretárias do Departamento, da Coordenação de Graduação e das Coordenações de Pós-Graduação) e liderança do Corpo Discente. Em função da aprovação unânime da proposta, e por sugestão dos próprios Professores, Alunos e Técnico-Administrativos, optamos por anexar o Folder distribuído pelo Departamento de História em Sessão do Conselho Universitário da UFRJ, que aprovou a criação do Instituto de História, ao presente trabalho, que traduz de forma precisa a opinião dos atores históricos envolvidos nessa empreitada. Dentre a bibliografia utilizada para a realização desta pesquisa, destaco os seguintes autores: Fernando Luis Abrucio, Marieta de Moraes Ferreira e Gareth Morgan. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - HISTÓRICO DO CURSO 09 CAPÍTULO II - ESTRUTURA E PRODUTIVIDADE 22 CAPÍTULO III – EXPANSÃO ACADÊMICA 30 CONCLUSÃO 33 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 ANEXOS 35 ÍNDICE 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO 41 8 INTRODUÇÃO O tema central desta pesquisa sobre a Gestão Pública nas IFES, aqui transportado para um estudo de caso sobre a criação do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, versará a respeito da relevância da criação de uma nova Unidade universitária na UFRJ em uma área de conhecimento já consolidada pela tradição acadêmica do então Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, no quadro das humanidades do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). A relevância deste trabalho monográfico reside na investigação do processo de alteração da natureza institucional da área de História na UFRJ em suas distintas facetas, quais sejam: a sólida tradição acadêmica dos cursos de graduação e pós-graduação; o dinamismo de sua variada estrutura organizacional e acadêmica e os seus expressivos índices de produtividade docente e discente; e a necessidade de expansão acadêmica em consonância com as políticas públicas estabelecidas pelo governo federal para as Instituições Federais de Ensino Superior brasileiras. Os objetivos do presente estudo visam, de forma geral, produzir uma análise acerca dos compromissos socialmente inclusivos e democráticos da Universidade pública, assim como avaliar este modelo e pólo inovador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, através de suas diretrizes acadêmicas e da proposta de um novo formato organizacional de gestão das atividades de ensino, pesquisa e extensão, voltadas não somente à simples ampliação do ingresso na universidade pública, mas também às reestruturações acadêmicas, pedagógicas e físicas necessárias à manutenção dos centros de excelência e, principalmente, ao combate das desigualdades sociais no país. 9 CAPÍTULO I HISTÓRICO DO CURSO A pesquisa sobre a formação dos cursos universitários de História no Rio de Janeiro pode nos ajudar a construir alternativas possíveis à superação de inúmeras demandas sociais do tempo presente, através do exercício teórico-metodológico de investigação sobre o processo de criação do curso de História na Universidade do Distrito Federal (UDF), na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da Universidade do Brasil e na Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo em vista que “o estudo da criação das universidades no Brasil, por si só, reveste-se de grande importância para a compreensão dos desafios que se colocam para o nosso país na atualidade”. (FERREIRA, 2006, p.139). 1.1 – A Universidade do Rio de Janeiro Em 07 de setembro de 1920 é instituída a Universidade do Rio de Janeiro (Decreto nº 14.343), através da junção de quatro escolas tradicionais que conservavam as suas características originais, a saber: Escola Politécnica, Faculdade de Medicina e de duas faculdades livres de Direito já existentes. As mudanças trazidas pela revolução de 1930 promoveram a criação do Ministério da Educação e Saúde com a finalidade de promover um programa de reformas nestas áreas, ainda no governo provisório de Getúlio Vargas. É sancionado um conjunto de decretos organizando o ensino secundário e estabelecendo novo projeto de ensino superior no Brasil: a Reforma Francisco Campos de 1931 (o Decreto nº 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação; o Decreto nº 19.851, na mesma data, institui o Estatuto das Universidades Brasileiras, que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil adotando o regime universitário; e o 10 Decreto nº 21.241, de 14 de abril, que consolida as disposições sobre o ensino secundário. “As reformas promovidas por esse ministério refletiam as tentativas de conciliação dos novos anseios sociais com os velhos privilégios. No que diz respeito ao ensino universitário, a ambigüidade foi uma constante. Por um lado, Francisco Campos (no Ministério da Educação) parecia aproximar-se dos renovadores da educação, ao estabelecer que o ensino superior deveria ser ministrado preferencialmente nas universidades; por outro lado, porém, não tomou iniciativas concretas para a estruturação de um novo sistema universitário. A tão esperada Faculdade de educação, Ciências, Letras – prevista pela reforma do ensino promovida pelo próprio Campos, e que deveria ser inserida na Universidade do Rio de Janeiro – também não chegou a ser organizada. Desse modo, nenhuma instituição específica foi habilitada a promover a formação profissional de professores secundários”. (FERREIRA, 2006, p.141). Em 1934, pela primeira vez, a Constituição estabelece que a educação é direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. Neste mesmo ano, o Conselho Nacional de Educação (CNE) e os Conselhos Estaduais de Educação (CEEs) iniciam suas atividades, bem como é instituída a Inspetoria de Monumentos Nacionais (IPM), primeiro órgão voltado para a preservação do patrimônio histórico (Decreto nº 24.735, de 14 de julho). A crise entre as elites intelectuais assume maiores proporções e o embate entre os principais protagonistas torna-se inevitável, na medida em que “a ambigüidade que caracterizou a reforma Campos acabou por provocar uma acirrada disputa entre os dois maiores grupos vinculados à educação: a Igreja Católica e a Escola Nova, movimento de defesa da renovação das práticas educacionais. A disputa centrouse em torno das questões da gratuidade e da obrigatoriedade do ensino e do papel da religião na nova política educacional”. (FERREIRA, 2006, p.141). No dia 25 de janeiro do mesmo ano, o governo de São Paulo criou a USP, resultado da justaposição de algumas escolas superiores já existentes, como os diversos institutos técnico-científicos e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, com o objetivo de formação de uma nova elite local capaz de recuperar a hegemonia no quadro nacional, comprometida pela chegada de Getúlio Vargas ao poder em 1930. 11 1.2 – A Universidade do Distrito Federal Ao exemplo do que fizera o governo paulista, no que tange à criação da Universidade de São Paulo, “por essa mesma época, o prefeito do Rio de Janeiro, então capital federal, Pedro Ernesto Batista, visando a obter maior autonomia política para a cidade frente ao governo federal, procurava implantar reformas sociais voltadas para a saúde pública e educação. Nesta última área, Pedro Ernesto entregou a Anísio Teixeira, integrante da corrente mais democrática da Escola Nova, a Diretoria Geral de Instrução do Rio de Janeiro. A indicação de Teixeira representava a defesa de um sistema escolar público, gratuito, obrigatório e leigo. Empenhado em uma campanha em prol da expansão e da modernização do sistema escolar nos níveis primário e secundário, e considerando a formação de professores como um dos pilares para a melhoria do ensino, Teixeira buscou transformar a antiga Escola Normal, destinada à formação de professores primários, numa escola superior para professores, criando assim o Instituto de Educação. Avançando nesse projeto, Pedro Ernesto, auxiliado por Teixeira, criou, em 4 de abril de 1935, a Universidade do Distrito Federal, passando ao largo das orientações do Ministério da Educação”. (FERREIRA, 2006, p.141). 1.3 – A Universidade do Brasil Lei nº 452, de 05 de julho de 1937: fundação da universidade do Brasil. Seu Artigo 27 estabelece a natureza dos vínculos entre Universidade e o Governo, dispondo que o reitor e os dirigentes das unidades de ensino seriam escolhidos, dentre os catedráticos, pelo Presidente da República e nomeados em Comissão, até que fosse decretado o estatuto da Universidade. É criado o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e seu primeiro presidente foi Rodrigo de Melo Franco de Andrade. A Constituição de 1937 suprime o texto “a educação é direito de todos”. Em novembro de 1937, a instalação do Estado Novo garantiu a Getúlio Vargas sua permanência no poder, agora como ditador. E o ano de 1938 marca a fundação da União Nacional dos Estudantes (UNE). 12 O Decreto-Lei nº 1.063, de 20 de janeiro de 1939, extingue a Universidade do Distrito Federal e seus quadros são incorporados à Universidade do Brasil. O Decreto-Lei nº 1.190, de 04 de abril do mesmo ano cria a Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), organizando-a em quatro Seções fundamentais, a saber: • Seção de Filosofia; • Seção de Ciências; • Seção de Letras; • Seção de Pedagogia e Seção Especial de Didática. Ao professor catedrático são concedidos poderes para requisitar, conforme a necessidade do ensino, um ou mais professores assistentes para a sua cátedra. A vitaliciedade das cátedras foi estabelecida posteriormente, no Artigo 168 da Constituição de 1946. Vigorando por quase trinta anos, o sistema de cátedra será extinto apenas em 1967. Em 09 de abril é promulgada a Lei Orgânica do Ensino Secundários, conhecida como Reforma Capanema. A nova Constituição determina a obrigatoriedade do Ensino Primário e dá competência à União para legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional. O texto “a educação é direito de todos” volta a figurar na carta constitucional. É aprovado o Estatuto da Universidade do Brasil. O Decreto nº 21.321, de 18 de julho de 1946, estabelece o ensino e a pesquisa como seus objetivos, bem como o regime de tempo integral para os docentes no desenvolvimento destas atividades. Também dispôs sobre a nova estrutura da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), que passava a congregar os seguintes Departamentos: • Departamento de Filosofia; • Departamento de Matemática; 13 • Departamento de Física; • Departamento de Química; • Departamento de História Natural; • Departamento de História e Geografia; • Departamento de Ciências Sociais; • Departamento de Letras; • Departamento de Pedagogia. A partir de então são extintas as Seções na estrutura acadêmicoadministrativa da FNFi. O Decreto-Lei nº 9.053, do mesmo ano, amplia o regime didático das Faculdades de Filosofia, tornando obrigatória a existência dos ginásios de aplicação (futuros Colégios de Aplicação – CAPs). Em julho de 1948 foi criada a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e seu primeiro presidente foi Jorge Americano da USP. O Conselho Nacional de Pesquisas (PNPq) foi criado em 1951, tendo sido nomeado Álvaro Alberto da Mota e Silva como seu primeiro presidente. No mesmo ano, criação da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (atual CAPES), seu primeiro dirigente foi Anísio Teixeira. Com a criação do Ministério da Saúde, em 1953, o antigo Ministério da Educação e Saúde Pública desmembra-se e passa a se chamar Ministério da Educação e Cultura (MEC). Em 19 de novembro deste ano, através do Processo nº 5.167, dá-se a separação entre os cursos de Geografia e História da Faculdade Nacional de Filosofia. Reunindo intelectuais do Rio de Janeiro e São Paulo (1955), foi criado o Instituto Superior de estudos Brasileiros (ISEB), cujas finalidades eram o “estudo, o ensino e a divulgação das ciências sociais, notadamente da sociologia, da história, da economia e da política, especialmente para o fim de aplicar as categorias e os dados dessas ciências à análise e à compreensão crítica da realidade brasileira, visando à elaboração de instrumentos teóricos 14 que permitam o incentivo e a promoção do desenvolvimento nacional.” (Decreto nº 37.608). Sob a inspiração dos ideais divulgados pelo ISEB, foi lançado, em 1958, o Boletim de História da Faculdade Nacional de Filosofia, publicação que passou a contar com a participação de vários alunos, dentre os quais: José Luiz Werneck da Silva, Pedro Celso Uchoa Cavalcanti Neto, Pedro de Alcântara Figueira, Ondemar Ferreira Dias Junior e José Américo Motta Pessanha. Na cidade de Marília, São Paulo, entre os dias 15 e 21 de outubro de 1961, no I Simpósio dos Professores de História do Ensino Superior, foi fundada a Associação dos Professores Universitários de História (atual ANPUH). Seu primeiro presidente foi o catedrático de História Antiga e Medieval da Universidade do Brasil, Eremildo Luiz Vianna, que nessa mesma época exercia o cargo de Diretor da FNFi (gestões 1953-1963). Depois de treze anos de intensos debates, em 20 de dezembro do mesmo ano, entrava em vigor a Lei nº 4.024, que fixou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Em cumprimento à LDB, é criado o Conselho Federal de Educação (1962), que substituía o Conselho Nacional de Educação. O MEC estabelece o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, sob a inspiração do método Paulo Freire. Posta na ilegalidade, em 1964, a União Nacional dos Estudantes tem sua sede invadida e incendiada. Em 02 de junho deste ano, a Reunião Extraordinária da FNFi foi iniciada com o comunicado de que as atas das suas últimas plenárias deixariam de ser lidas, pois foram requisitadas pela Comissão de Inquérito instalada para averiguar a acusação de subversão dirigida contra o corpo docente da Nacional de Filosofia. Constituída no Conselho Universitário, mas presidida pelo General Acyr Rocha Nóbrega, essa comissão, afirmou o professor Jorge Kingston, findou seus trabalhos “de modo infeliz”, pois “fez acusações no seu relatório ao ex-diretor, Prof. Eremildo Vianna [acusado de peculato] e à Congregação e, nem ao menos aplicou penalidades aos estudantes comprovadamente subversivos e desordeiros.” 15 1.4 – A Universidade Federal do Rio de Janeiro A Lei nº 4.831, de 05 de novembro de 1965, altera as denominações das Universidades Federais situadas nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói, que passam a chamar Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal Fluminense (UFF), respectivamente. No mesmo ano, conhecido como “Parecer Sucupira”, o Parecer CES nº 977, de 03 de dezembro, define a natureza e os objetivos dos cursos de pós-graduação. A UNE decreta greve geral e elege o dia 22 de setembro de 1966 como o Dia Nacional de Luta contra a Ditadura. A polícia invade a Faculdade Nacional de Medicina; o episódio ficou conhecido como o Massacre da Praia Vermelha. Em 1967, consolidando diversos instrumentos legais, a Reforma Universitária já indicava as suas diretrizes gerais no Decreto-Lei nº 252; o que resultou na dissolução do regime de cátedras, que foram substituídas pelos Departamentos (células básicas da estrutura acadêmica que passaram a integrar as áreas disciplinares e ao; no estabelecimento do sistema de créditos e das matrículas por disciplina, findando com as turmas anuais e com as tradicionais matrículas por série (sistema serial); na criação dos ciclos básicos e profissionalizantes; e na extinção das antigas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras. Sob o mesmo ânimo da Reforma Universitária, o Artigo 20 do Decreto-Lei nº 60455, de 13 de março de 1967, dá criação ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS). A Portaria nº 354 (DOU 31/05/1967) designa o Professor Djacir Menezes (1907-1996) como o seu primeiro Diretor pro-tempore. Em 21 de novembro do mesmo ano, o primeiro ponto de pauta da segunda Reunião de Reorganização do IFCS foi o debate acerca da “atitude grevista dos estudantes dos cursos de Ciências Sociais, História e Filosofia 16 desde a transferência dos referidos cursos da sede da Faculdade de Filosofia para este Instituto”. A proposta para o novo Regimento do IFCS finalmente estabeleceu que “os alunos aprovados no ano básico dos cursos de bacharelado poderão seguir simultaneamente as disciplinas pedagógicas exigidas para a licenciatura. Desde janeiro de 1968, as reuniões de Reorganização do IFCS passam a ser reconhecidas como reuniões de Congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A Professora Maria Yedda Leite Linhares, do curso de História, apresenta proposta para formação dos cursos de Mestrado e Aperfeiçoamento. Em fevereiro, a Professora Marina São Paulo de Vasconcellos, do curso de Ciências Sociais, torna-se Diretora pro-tempore do IFCS. Entre outras deliberações, ela apresenta, à Congregação de março, uma moção de solidariedade ao Professor Florestan Fernandes (USP) “que fora forçado a solicitar demissão depois de 25 anos de magistério”. Nas ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1968, a passeata dos Cem Mil. Em 03 de outubro, no mesmo dia em que ocorria a Batalha da Maria Antonia – briga campal entre os estudantes da USP e da Mackenzie – o IFCS sofreu um atentado terrorista. No dia seguinte, em reunião da Congregação, a Diretora do IFCS nomeia uma comissão para a apuração dos fatos informando que as providências tomadas abrangem a presença da polícia técnica, uma vigília cívica de professores e alunos e a visita à reitoria. Informa também que o Reitor autorizou medidas imediatas para a restauração dos danos materiais. Nessa mesma reunião, a Professora Marina São Paulo de Vasconcellos discorre sobre a aprovação pelo Conselho Universitário do novo Regimento do IFCS. Através dos atos de exceção que culminaram no AI-5, foram cassados os seguintes professores dos cursos de Ciências Sociais, Filosofia e História da Universidade do Brasil / UFRJ: Álvaro Vieira Pinto, Eulália Maria Lahmayer Lobo, Evaristo de Moraes Filho, Guy José Paulo de Holanda, Hugo Weiss, 17 Lincoln Bicalho Roque, Manoel Maurício de Albuquerque, Maria Yedda Leite Linhares, Marina São Paulo de Vasconcellos, Mário Antônio Barata, Miriam Limoeiro Cardoso, Moema Eulália de oliveira Toscano, Victor Nunes Leal e Wanderley Guilherme dos Santos. Em 26 de fevereiro de 1969, entra em vigor o Decreto-Lei nº 477, que “define infrações disciplinares praticadas por professores, alunos, funcionários ou empregados de estabelecimento de ensino público ou particulares.” O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) foi transferido para o antigo prédio da Escola Politécnica, situado no centro histórico da cidade, no Largo de São Francisco de Paula. Antes, na Congregação de fevereiro, a Presidente do Diretório Acadêmico apresenta as reivindicações estudantis para ampliação das vagas do vestibular e a abertura de cursos no turno noturno. O Parecer do Conselho federal de educação nº 77 regulamenta o Sistema Nacional de Pós-Graduação. Em reação à crescente demanda por mais vagas, visando resolver a crise dos chamados “excedentes”, o Decreto nº 68.908, de 13 de julho de 1971, dispõe sobre o Concurso Vestibular e fixa as condições para a admissão na universidade estabelecendo o caráter classificatório dos vestibulares. Em 1975, desenvolvimento do primeiro Plano Nacional de PósGraduação (I PNPG), que vigorou durante o período de 1975 a 1979. O Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) consolida a legislação atinente à pós-graduação na UFRJ e estabelece a regulamentação dos cursos de pósgraduação (Resolução CEPG nº 1/75). A Portaria nº 505 do MEC aprova as diretrizes básicas para o ensino de Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e política Brasileira (OSPB) nos cursos de 1º e 2º graus e de Estudos de Problemas Brasileiros (EPB) nos cursos superiores (1978/1979). No mesmo período, a Congregação do IFCS 18 regulamenta as primeiras iniciativas de formação de cursos de pós-graduação em História. Em 25 de junho de 1979, a Associação de Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ADUFRJ) promove manifestação pela reintegração dos professores cassados. No início dos anos de 1980, foi formado o primeiro núcleo de pesquisa do Departamento de História: o Núcleo de Pesquisa e estudos Históricos (NPEH). Pioneiro, o NPEH foi anterior a qualquer regulamentação da UFRJ sobre a formação de Núcleos e Laboratórios de Pesquisa. Sua formação visava renovar a historiografia brasileira e as discussões teórico-metodológicas acerca da escrita da história e sinalizou para o propósito de não dissociar o ensino da pesquisa no curso de graduação. Com o objetivo de divulgar conferências e eventos promovidos pelo Mestrado do curso de História, são publicados História em Cadernos. Durante toda a década de 1980, essas brochuras circulavam e foi um importante veículo para a consolidação das atividades de pesquisa e extensão. Com o seu curso de Mestrado em funcionamento desde 1980, o programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ (PPGHIS) é reconhecido pelo MEC em 1982 e terá o Doutorado credenciado dez anos depois, em 1992. A contar do seu início, o PPGHIS já formou mais de quinhentos estudiosos da História, sendo um consagrado núcleo da produção historiográfica brasileira. José Luiz Foresti Werneck da Silva (1932-1995), na chefia do Departamento de História da UFRJ, publica A deformação da história; ou Para não esquecer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985. Em um esforço para passar a História a limpo, o livro reunia depoimentos, a memória e as 19 interpretações sobre os fatos da história recente de importantes historiadores do rio de Janeiro. O Artigo 207 da Constituição de 1988 prevê que “as universidades gozam de autonomia didático-científica [...] e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.” Depois de acirrado processo de escolha do corpo discente, em que a sigla CASA (menção a Stuart Angel) foi preterida, o órgão da representação estudantil do curso de História assume o nome de Centro Acadêmico Manoel Maurício de Albuquerque (CAMMA), homenageando o professor do IFCS que fora cassado pelo AI-5. A partir do segundo semestre letivo de 1994, numa ampliação de 100% na oferta de vagas do vestibular, o curso de História da UFRJ abre um novo turno e passa a oferecer os cursos de Bacharelado e Licenciatura em dois regimes de turno: o integral e o noturno. Sob o impulso dessa ampliação, o Departamento de História renova cerca de 70% do seu quadro docente permanente e dobra o seu quadro de servidores técnico-administrativos. Em agosto de 1995, o Laboratório de História Antiga (LHIA) lança o primeiro número da revista Phoînix – até hoje a única publicação nacional especializada em História Antiga. O periódico caracteriza-se por ser fórum isonômico de divulgação científica que busca a peculiaridade das abordagens historiográficas brasileiras, sendo um intermediador do diálogo entre os estudiosos da Antigüidade brasileiros e estrangeiros. Atualmente, a revista circula em meio impresso e virtual (http://www.lhia.ufrj.br). Após oito anos de discussões no Congresso Nacional, é sancionada a Lei nº 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996/1997). Neste mesmo período, sob a direção da professora Yvonne Maggie de Leers 20 Costa Ribeiro, tem início a reforma e modernização das instalações da biblioteca do IFCS, Biblioteca Marina São Paulo Vasconcellos. Foi publicado, em 2000, o primeiro número de Topoi. Revista de História, periódico do programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS). O periódico objetiva promover o debate intelectual e a reflexão no campo das Ciências Humanas e Sociais, através de recensões críticas sobre a produção recente e da divulgação de pesquisas realizadas por especialistas altamente qualificados no Brasil e no exterior. (Desde dezembro de 2008, Topoi apresenta-se renovada, em formato eletrônico, acessível no sítio http://www.revistatopoi.org). Com o apoio da Reitoria da UFRJ, em 2002, o Programa de PósGraduação em História Comparada (PPGHC) inicia as suas atividades. Em maio de 2004, o PPGHC obtém o credenciamento da CAPES, sendo devidamente reconhecido pelo MEC em 10 de novembro. Rapidamente, em 2007, o PPGHC dá nício ao curso de Doutorado, alcançando o conceito quatro da CAPES. No fim do ano letivo de 2004, começa a circular o caderno Universitário de História (CUH), periódico discente publicado pelos alunos de Graduação. A partir de então, o CUH promove uma série de ciclos de debates acerca das pesquisas do alunato, em circuito nacional, congregando alunos das mais variadas universidades da rede pública e privada. Poucos anos depois, em abril de 2008, os mestrandos e doutorandos de ambos os programas de pósgraduação em História da UFRJ (PPGHIS e PPGHC) organizam conjuntamente Diálogos & Aproximações: Seminário de Pesquisa da PósGraduação em História da UFRJ, evento acadêmico que reuniu jovens historiadores de todo o Brasil. O Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC) lança, em 2007, a Revista de História Comparada em meio virtual 21 (http://www.hcomparada.ifcs.ufrj.br/revistahc). A revista caracteriza-se por ser um espaço de publicação dedicado a: demonstrar a originalidade e a singularidade das abordagens comparativas nos diversos modelos metodológicos possíveis; estabelecer um lugar de diálogo de historiadores com os demais saberes; e garantir a diversidade e a qualidade científica, sendo por excelência um campo de experimentação comparada dos resultados de pesquisa, aberta a críticas e sugestões. A proposta de criação do Instituto de História foi aprovada nos fóruns, a saber: reunião Plenária Ordinária do Departamento de História (27 de agosto de 2009); 84ª sessão Ordinária da Congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (12 de novembro de 2009); e 664ª sessão Ordinária do Conselho de Centro do CFCH (12 de abril de 2010). Em sua sessão especial de 09 de dezembro de 2010, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro aprovou, por unanimidade, a alteração proposta, com base no parecer da Comissão de Desenvolvimento às fls. 137 do Processo 23079.042664/09-59 – CFCH, baixando a Resolução nº 27/2010, publicada no BUFRJ nº 50, de 16/12/2010, que altera o caput 51 do Estatuto da UFRJ em decorrência da transformação do Departamento de História do IFCS em Instituto de História. 22 CAPÍTULO II ESTRUTURA E PRODUTIVIDADE O Instituto de História e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais compartilharão o condomínio do antigo prédio do Largo de São Francisco de Paula, edifício tombado pelo IPHAN. O curso de História é um respeitável núcleo de ensino e pesquisa de História no Brasil da atualidade. E essa consagração se expressa em números que podem traduzir de imediato os esforços incansáveis de um corpo docente atualmente composto por quarenta professores Doutores do quadro permanente, que realizam as atividades de ensino, pesquisa e extensão, desdobrando-se também no exercício das funções institucionais e administrativas da UFRJ. A direção do IH-UFRJ ainda conta com a imprescindível colaboração de um corpo de professores do quadro temporário (professores substitutos, visitantes ou pesquisadores vinculados diretamente aos programas de pósgraduação). O corpo técnico-administrativo é composto por um quadro permanente de sete servidores, que já era insuficiente para dar conta do atendimento à estrutura acadêmica e administrativa do então Departamento de História (até o último mês de dezembro), fato que se agrava neste momento de transição, necessário à moldagem do novo sistema organizacional indispensável ao bom funcionamento do IH. O corpo discente é formado por 1.418 alunos. Deste total, 1.234 são alunos de graduação (turnos integral e noturno – Bacharelado e Licenciatura) e 184 pertencentes aos cursos de Mestrado e Doutorado dos Programas de PósGraduação (103 do PPGHIS e 81 do PPGHC). 23 No plano institucional, as estruturas administrativas e acadêmicas do Departamento de História eram dispostas no seguinte modelo organizacional: a) Chefia e Secretaria do Departamento de História; b) Coordenação de Graduação e Secretaria Acadêmica; c) Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS); d) Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC). O fórum de decisão e deliberação acadêmica do conjunto de toda essa estrutura departamental era a reunião Plenária do Departamento, embora tradicionalmente todas as Coordenações (da Graduação ou dos Programas de Pós-Graduação) gozassem de autonomia para a gestão de suas próprias incumbências. Como auxiliares às decisões da Plenária, funcionavam as comissões permanentes, a saber: Comissão de Avaliação do Estágio Probatório; Comissão de Avaliação da Progressão Funcional; Comissão de Pertinência; Comissão de Afastamento, Comissão de Revalidação de Diplomas; Comissão de Orientação e Acompanhamento Acadêmico (COAA); e Comissão Acadêmica. Com a criação do Instituto de História, toda essa estrutura teve que ser alterada, a fim que a mais nova Unidade Universitária do CFCH possa se reestruturar com base no modelo estatutário aprovado pelo Conselho Universitário, conforme detalhamos ao final do capítulo anterior, ao relatarmos nossa pesquisa sobre o histórico do curso. 2.1 – A Estrutura Administrativa do IH-UFRJ De acordo com o Estatuto do IH-UFRJ, a estrutura administrativas será integrada pelos seguintes órgãos: • A Congregação – órgão deliberativo; • Conselho Consultivo – órgão consultivo; 24 • Diretor, Vice-Diretor e Diretores Adjuntos – órgãos de direção executiva; • Secretarias – órgãos de administração. A Congregação do IH-UFRJ (órgão deliberativo) é constituída pelo Diretor; Vice-Diretor; Diretores Adjuntos; Professores Titulares; Professores Eméritos; por dois representantes dos Professores Associados; por dois representantes dos Professores Adjuntos; por um representante dos Professores Assistentes; por um representante dos Professores Auxiliares; por representantes do Corpo Discente (graduação e pós-graduação); por um representante de cada programa de pós-graduação existente; por um representante de ex-alunos, quando houver entidade associativa correspondente; por representante dos técnico-administrativos; e por um representante da comunidade externa. Os representantes, com exceção dos membros da Direção, serão escolhidos por seus pares em eleições convocadas pela Diretoria, com mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os representantes dos professores Eméritos, de ex-alunos e da comunidade externa não contarão para obtenção de quorum mínimo necessário para dar início às reuniões. A congregação, além de nomear comissões temporárias, poderá dividir-se em Câmaras, em função de objetivos especiais. O Conselho Consultivo do IH-UFRJ (órgão consultivo) é constituído pelo pela totalidade do corpo docente; por representantes discentes por Curso de Pós-Graduação; por representantes discentes do Curso de Graduação; e por representante do corpo técnico-administrativo. O Conselho Consultivo do Instituto de História será subdividido em Colegiados, correspondentes aos atuais Programas de Pós-Graduação em História Social e Programa de PósGraduação em História Comparada, cujas competências serão regidas pelos seus respectivos Regimentos. 25 A Direção do IH-UFRJ (órgão executivo) é constituída pelo Diretor e o Vice-Diretor, que são nomeados pelo Reitor da UFRJ, dentre os indicados pela Congregação, respeitando-se a consulta realizada junto à comunidade acadêmica e a legislação vigente, para o exercício de um mandato de quatro anos. Suas principais atribuições consistem em coordenar, fiscalizar e superintender as atividades institucionais, com composições e atribuições previstas no estatuto e no Regimento Geral da Universidade, cumprindo e fazendo cumprir as decisões da Congregação. A Diretoria-Adjunta de Graduação e Extensão (órgão executivo) é exercida por um professor doutor, indicado pelo Conselho Consultivo e homologado pela Congregação da Unidade. Na execução de suas atividades, o Diretor-Adjunto de Graduação e Extensão, assessorado pelo Conselho Consultivo, contará com o concurso dos professores lotados no Instituto e de outros docentes da UFRJ, além de professores colaboradores e visitantes. Este Diretor-Adjunto deverá coordenar os cursos de Graduação, bem como planejar, organizar e promover seminários, simpósios, conferências e outras atividades referentes à formação científica e cultural do corpo discente de graduação e ao aperfeiçoamento do corpo docente. O Diretor-Adjunto de Graduação e Extensão poderá representar a Direção do Instituto de História em eventos oficiais, em razão de eventuais impedimentos do Diretor e do substituto eventual. A Diretoria-Adjunta de Administração (órgão executivo) é exercida por um servidor técnico-administrativo, indicado pelo Diretor do Instituto e homologado pela Congregação da Unidade. Na execução de suas atividades, o Diretor-Adjunto de Administração, assessorado pelo Conselho Consultivo, deverá planejar, organizar e executar as atividades referentes à administração dos serviços de apoio técnico-administrativo, assegurando o pleno funcionamento dos diversos setores de atividades da Unidade. Este executivo deverá planejar e organizar a administração de pessoal; supervisionar, 26 controlar e conservar o patrimônio material; apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão do Instituto; e administrar e zelar pela sede da unidade. Por fim, cabe ao mesmo supervisionar os seguintes órgãos auxiliares da administração, nas atividades de suporte administrativo: • Secretaria Geral; • Protocolo; • Secretaria do Curso de Graduação; • Secretaria do Programa de Pós-Graduação em História Social; • Secretaria do Programa de Pós-Graduação em História Comparada; • Secretaria da Extensão; • Secretaria da Biblioteca; • Secretaria Financeira e Patrimonial; • Secretaria de Pessoal; • Secretaria de informática; • Assessoria de Imprensa e Comunicações. 2.2 – A Estrutura Acadêmica do IH-UFRJ O IH-UFRJ é organizado academicamente pelos seus Programas de Pós-Graduação (PPGHIS e PPGHC), ambos stricto sensu, e por setores do conhecimento histórico. Os Setores do Instituto de História são coordenados por professores Doutores indicados por seus pares e homologados pela Congregação com mandatos coincidentes com os da Diretoria. Quanto à composição, têm como membros os docentes especializados na respectiva área do conhecimento histórico e poderão contar com a atuação de servidores técnico-administrativos e de alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação. Os Coordenadores dos Setores têm as seguintes atribuições: planejar com antecedência o conjunto de atividades acadêmicas do ser Setor; e responder junto à Diretoria 27 por questões relacionadas às atividades de ensino, pesquisa e extensão a cargo do seu Setor. Os Setores do Instituto de História podem organizar Laboratórios de Pesquisa de acordo com as disposições da Pró-reitoria de Pós-Graduação (PR.2) da UFRJ. Os Laboratórios gozam de autonomia em relação aos Setores e podem ser formados por docentes pertencentes ao mesmo Setor ou congregar docentes vinculados às distintas áreas do conhecimento histórico. O Instituto de História encontra-se, portanto, estruturado academicamente em sete Setores de conhecimento (História Antiga; História Medieval; História Moderna; História Contemporânea; História da América; História do Brasil; e Teoria e Metodologia da História), bem como nos onze Laboratórios de Pesquisa, a seguir, que garantem o princípio da indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão (Bacharelado e Licenciatura ou graduação e pós-graduação): • Laboratório de Estudos do Tempo Presente (TEMPO); • Laboratório de Estudos sobre Militares na Política (LEMP); • Laboratório de História Antiga (LHIA); • Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em História Social (LIPHIS); • Laboratório Medievo (MEDIEVO); • Laboratório Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos (NIEJ); • Núcleo de Pesquisa em Estudos Históricos (NPEH); • Programa de Estudos Americanos (PEA); • Programa de estudos Medievais (PEM); • Programa de Teoria, Historiografia e História da Cultura (PROCULT); • Sport: Laboratório de História do Esporte e do Lazer. 2.3 – A Produtividade do IH-UFRJ Os índices de produtividade do IH-UFRJ apontam para a consolidação do curso de Graduação e dos programas de Pós-Graduação, como também 28 pelo reconhecimento consagrador da comunidade acadêmica e na conquista de premiações tanto em nível docente quanto discente. O curso de Graduação procura coadunar a formação pedagógica e aquela que visa à pesquisa histórica. E por isso, os estudantes de ambos os turnos e formações elaboram suas pesquisas sob direta orientação de um professor. A seguir, o quadro demonstrativo com as orientações concluídas entre 2005 e 2010 apresenta um total de 727 Monografias de Bacharelado em História concluídas no período. ORIENTAÇÕES CONCLUÍDAS Ano Totais 2005 67 2006 107 2007 97 2008 145 2009 152 2010 159 (Fonte: IH-UFRJ) O Programa de Pós-Graduação em História Social produziu mais de quinhentas dissertações de Mestrado e teses de Doutorado no período compreendido em 1980-2010 (primeiro semestre). E o Programa de PósGraduação em História Comparada, criado posteriormente (2002), já ultrapassou a marca de 100 dissertações de Mestrado defendidas por seus alunos. A primeira turma do curso de Doutorado do PPGHC, curso criado em 2007, já deverá concluir as primeiras teses a partir do final deste ano. Os índices de produtividade docente, com totalizações aqui compreendidas apenas no período 2005-2008 (ver demonstrativo consolidado 29 a seguir para um total de 37 professores doutores), atestam o perfil acadêmico do corpo docente. ÍNDICES DA PRODUTIVIDADE DOCENTE Totalizações | 2005 – 2008 ARTIGOS completos publicados em periódicos: 156 Publicação média por docente: 4,21 Publicação média anual do corpo docente: 39 Publicação média anual de cada docente: 1,05 CAPÍTULOS em livros publicados: 198 Publicação média por docente: 5,36 Publicação média anual do corpo docente: 49,5 Publicação média anual de cada docente: 1,33 LIVROS ou organização de livros publicados: 67 Publicação média por docente: 1,81 Publicação média anual do corpo docente: 17 Publicação média anual de cada docente: 0,45 (Fonte: Plataforma LATTES) A “prata da casa” é formada por pesquisadores bolsistas de produtividade do CNPq ou FAPERJ e também por historiadores seniores consagrados ou jovens premiados dentre os quais, podemos aqui destacar: Antonio Carlos Jucá de Sampaio (Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2001); Carlos Fico da Silva Junior (Prêmio Sergio Buarque de Holanda de Ensaio Social, Fundação Biblioteca Nacional - 2008); Flavio dos Santos Gomes (Prêmio Casa de Las Américas, Havana - 2006); Francisco Carlos Teixeira da Silva (Melhor Livro do Ano, Folha de São Paulo - 2000); João Luiz Ribeiro Fragoso (Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa – 1991); José Murilo de Carvalho (Prêmio Almirante Álvaro Alberto, CNPq - 2009); Juliana Beatriz Almeida de Souza (Prêmio Antônio Luis Vianna, FUJB – 2005); Manolo Garcia Florentino (Prêmio Casa Grande e Senzala, Fundação Joaquim Nabuco – 2000); Marta Mega de Andrade (Prêmio Antonio Luís Vianna, FUJB – 2001); Norma Cortes Gouveia de Melo (Prêmio IUPERJ, tese doutorado – 2002); Renato Luiz do Couto Neto e Lemos (Prêmio Jovem Cientista do Nosso Estado, FAPERJ – 2000); Vitor Izecksohn (Menção honrosa, John Tolman Essay Prize, Brazilian Studies Association - 2006). 30 CAPÍTULO III EXPANSÃO ACADÊMICA Bem mais que simples alteração administrativa, a transformação do estatuto institucional do Departamento de História para dar origem e criação ao Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH-UFRJ) responde a exigências acadêmico-pedagógicas renovadoras nascidas tanto das demandas educacionais da sociedade brasileira quanto das profundas mudanças intelectuais que os paradigmas cognitivos, particularmente aqueles afetos ao campo disciplinar da História, vêm sofrendo nas últimas décadas, alterando significativamente as necessidades e as fronteiras dos estudos históricos e o campo de atuação profissional dos historiadores. As respostas a tais exigências acentuam os compromissos com a democratização do ensino superior e com a ampliação da franquia aos bancos universitários. Cabe ressaltar que desde 1994, quando abriu o turno da noite e passou a oferecer em ambos os turnos (integral e noturno) idênticas possibilidades de formação profissional (Bacharelado e Licenciatura) para todos os seus alunos, o quadro de docentes permanentes do curso de História desempenha todas as suas atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão com notável dedicação e tem atingido patamares invejáveis de produtividade e excelência. Com efeito, o pioneirismo para a abertura do turno da noite do curso de Graduação em História (Bacharelado e Licenciatura) não apenas antecipou os dispositivos institucionais implantados após a aprovação das Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, como também foi precursor do processo de expansão das IES que atualmente se realiza através do conhecido Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), instituído pelo Decreto n. 6096 de 24 de abril 31 de 2007. Destaca-se ainda a abertura de vagas na graduação no segundo período de 2009 para atender ao Plano Nacional de Formação de Professores (PARFOR), que busca articular a Educação Básica e o Ensino Superior. E a magnitude desse alcance foi, certamente, a principal alavanca que, em 1994, ensejava o curso de História da UFRJ a ampliar em 100% a oferta de vagas discentes, abrindo um novo turno que até os dias de hoje, há quinze anos, permanece assegurando a oferta igualitária dos cursos de Bacharelado e de Licenciatura, expressando, finalmente, um duradouro compromisso com a inclusão social e a democratização do acesso a todos os níveis da educação universitária. Podemos afirmar que a criação do Instituto de História, como Unidade autônoma vinculada diretamente ao CFCH, é uma evolução natural consistente com a singularidade e a grandeza dessa área de conhecimento. Tal criação traduz com fidelidade as reais dimensões do curso de História da UFRJ; pois, trata-se de fato de um Instituto e não tão-somente de um Departamento, conforme pode ser constatado através dos índices de produtividade discente e docente apresentados no capítulo anterior. O rompimento com a estrutura departamental visa, portanto, conquistar melhores condições institucionais para o incremento e a reestruturação neste processo contínuo de ampliação das atividades acadêmicas desempenhadas pela área de História; o que possibilitará o planejamento e posterior execução de um cronograma equilibrado para a ampliação da oferta de vagas discente, tanto em nível de graduação nos vestibulares quanto na pós-graduação lato ou stricto sensu, devidamente acompanhado pela necessária e correspondente ampliação do corpo docente. A meta da Direção do IH-UFRJ, portanto, é atingir aproximadamente o quociente de 25,0 alunos para cada docente do corpo permanente, ou seja, ampliar o corpo discente ao limite máximo de cerca de dois mil alunos 32 (ampliação da ordem de 41% do alunato) e o corpo docente para patamares compatíveis com esse contingente. Em outras palavras, para assegurar que o equilíbrio entre maior quantidade e melhor qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão atinja o seu ponto ótimo e não degenere resultando na deterioração da excelência acadêmica, a meta do curso de História da UFRJ para os próximos dez anos (~2020) deve aliar a ampliação do seu corpo discente com uma significativa redução dos atuais índices que medem a relação professor-aluno. O processo de reestruturação que transformou o modelar Departamento de História em Instituto parece ser um caso exemplar do bom aproveitamento dos ares trazidos pelo REUNI. Entretanto, a fim de lograr êxito em suas metas de expansão para os próximos dez anos, sem comprometer os níveis de excelência de seus cursos de graduação e pós-graduação, será necessária a transferência da mais nova Unidade de Ensino do CFCH para o campus da Ilha do Fundão, como inclusive deseja a atual Reitoria da UFRJ, conforme previsto em seu Plano Diretor. Caso contrário, algumas expectativas poderão ser frustradas, pois a dimensão política sempre apresenta outro lado, ou seja, uma face diferenciada da própria cultura organizacional; pois “Nos estudos de cultura organizacional, o processo de representar a realidade organizacional é geralmente visto como um processo voluntário sob a influência dos atores envolvidos. Este ponto de vista pode ser importante para dar poder às pessoas para que assumam maiores responsabilidades pelo seu mundo, reconhecendo que desempenham um papel importante na construção de suas realidades. Mas ele pode ser enganoso à medida que ignora o palco em que a representação ocorre. Todos nós construímos e representamos nossas realidades, mas não necessariamente em circunstâncias escolhidas por nós. Existe uma importante dimensão de poder por trás do processo de representação que a metáfora da cultura nem sempre enfatiza devidamente.” (MORGAN, 2002, p.176). 33 CONCLUSÃO O processo de criação do Instituto de História (IH-UFRJ) tem raízes profundas em sua própria trajetória ao longo de 70 anos; o que pode ser claramente observado através de uma leitura atenta da cronologia selecionada no primeiro capítulo deste trabalho monográfico. A chegada oportuna de um programa do porte do REUNI, que disponibilizou e disponibilizará (2008-2012) recursos para a reestruturação e expansão das Universidades Federais, com o principal objetivo de criar as condições favoráveis ao acesso e permanência nas IFES aos cursos de graduação, não foi tarefa difícil para as lideranças da comunidade acadêmica do então Departamento de História na formulação de uma proposta capaz de enquadrá-la aos propósitos dessa boa nova, em forma de política elaborada pelo Governo Federal. A experiência de criação do turno noturno, que duplicou as vagas da graduação em História da UFRJ no segundo semestre de 1994; o credenciamento do Programa de Pós-Graduação em História Comparada (2004); e os outros dispositivos de gerência acadêmica, que traduziram o empreendedorismo para a expansão, sem comprometer os índices de produção discente e docente, credenciaram a transformação institucional consagrada em dezembro de 2010, quando da aprovação da proposta de criação do IH-UFRJ pelo Conselho Universitário. Para o IH-UFRJ, numa projeção cautelosa em função do atual quadro de cortes de despesas já anunciados pelo Ministério do Planejamento, ficam os nossos votos de sucesso neste corajoso empreendimento pautados nos compromissos socialmente inclusivos e no combate às desigualdades sociais no país. 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ABRUCIO, F. L. Trajetória recente da gestão pública brasileira: um balanço crítico e a renovação da agenda de reformas. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: v. 41, n. spe, 2007. FERREIRA, Marieta M. Notas sobre a institucionalização dos cursos universitários. In: GUIMARAES, M. S. (org.). Estudos sobre a escrita a História. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006. MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Editora Atlas, 2002. PEREIRA, Luiz Carlos Bresser, SPINK, Peter. Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial (coletânea). Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. SANTOS, Clezio Saldanha dos. Introdução à Gestão Pública. São Paulo: Saraiva, 2001. 35 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 – Folder distribuído pelo Departamento de História em Sessão do Conselho Universitário da UFRJ, que aprovou a criação do Instituto de História. 36 ANEXO 1 FOLDER (Distribuído pelo Departamento de História em Sessão do Conselho Universitário da UFRJ, que aprovou a criação do Instituto de História) Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Filosofia e Ciências Humanas Instituto de Filosofia e Ciências Sociais Departamento de História INSTITUTO DE HISTÓRIA Criação | Justificativas | Metas Dezembro de 2010 Lgo São Francisco de Paula, 01/ 201 Centro 20051-070 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (55 21) 2221-0341 ramal: 201 | e-mail: depto.Histó[email protected] http://www.ifcs.ufrj.br/~História/index.html POR QUE CRIAR 37 O INSTITUTO DE HISTÓRIA? A criação de uma nova Unidade universitária da UFRJ, a partir da transformação do atual Departamento de História em Instituto de História (IH-UFRJ), repousa nestes três fundamentos: O primeiro fundamento encerra a sólida tradição acadêmica deste curso, que em 2009 completou setenta anos e cuja história remonta à Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), tendo sido vocacionada para a formação de profissionais de História e, mais recentemente, para uma importante renovação dos estudos históricos e da produção historiográfica no Brasil. O segundo fundamento reside no vigor da sua variada estrutura organizacional e acadêmica e na grandeza dos seus expressivos índices de produtividade docente e discente. No total, o curso de História da UFRJ congrega uma robusta comunidade acadêmica, reunindo acerca de um mil e quatrocentos alunos entre graduandos e pós-graduandos, quarenta doutores do corpo docente permanente, além de sete dedicados servidores integrantes do corpo técnico-administrativo. Eles atuam no dois turnos do curso de Graduação (integral e noturno), em duas modalidades de formação profissional (o Bacharelado e a Licenciatura), e se distribuem em dois programas de pósgraduação, a saber: PPGHIS e PPGHC (ambos com cursos de Mestrado e Doutorado). Afora isso, essa comunidade também exerce as suas atividades de ensino, pesquisa e extensão em onze diferentes Laboratórios de Pesquisa, além de outros variados e reconhecidos grupos de pesquisa nacionais ou internacionais financiados com os recursos da FAPERJ, CAPES, CNPq etc. Finalmente, o terceiro fundamento que justifica a criação do IH-UFRJ aponta para os horizontes da expansão acadêmica, o que por sua vez responde à singular vocação do curso de História atendendo aos compromissos socialmente inclusivos e democráticos da universidade pública. Disciplina inaugural das Humanidades, a História alcança a quase trinta milhões de estudantes brasileiros. E é em razão da magnitude dessa demanda que se devem mensurar os esforços para a expansão do ensino superior em todos os níveis da formação universitária. Porque tanto a graduação quanto a pós-graduação (lato ou stricto sensu) recebem poderosos influxos em favor da ampliação da oferta de suas vagas discentes. Ademais, ao lado desses apelos de cariz educacional, demográfico e social, em nosso horizonte também se vislumbram os desafios intelectuais envolvidos nos atuais estágios de desenvolvimento do conhecimento científico. No que tange ao campo disciplinar da História — que atravessa por importantes alterações de seus protocolos de pesquisa e/ou de escrita historiográfica e, simultaneamente, também assiste ao esvaziamento do seu caráter sistêmico, do seu valor normativo e, principalmente, a um notável alargamento das suas fronteiras cognoscentes —, tais desafios envolvem a renovação das investigações interdisciplinares, a conquista e o manejo de linguagens ou recursos midiáticos inéditos, a ampliação dos esforços para a divulgação do conhecimento da História e, finalmente, a reconfiguração de paradigmas cognoscentes voltados para uma sociedade democrática e plural, que atravessa por um intenso processo de mobilidade social, modernização tecnológica e cujos protagonistas têm interesses díspares e valores conflitantes. O Instituto de História pretende ser um modelo e pólo inovador da UFRJ. Tal compromisso traduz-se em suas diretrizes acadêmicas e no novo formato de organização e gestão das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Sua criação também contribui para o fortalecimento acadêmico de todas as demais “unidades irmãs” que têm abrigo sob o CFCH e nas chamadas Humanidades; e na exata medida em que os seus desígnios estão imantados por ideais humanistas, o IH-UFRJ pretende que os seus egressos, as futuras gerações de estudiosos da História, se tornem profissionais comprometidos com o espaço público, responsáveis pela produção e difusão desse conhecimento, críticos e conscientes do impacto e alcance social dos saberes históricos no Brasil. METAS DO INSTITUTO DE HISTÓRIA I. Ampliação das vagas discentes oferecidas no vestibular | Renovação das práticas de ensino na Graduação. | Versatilidade disciplinar. Estreitamento dos vínculos entre Licenciatura e Bacharelado. | Reconhecimento de créditos para as atividades de extensão | Redução das disciplinas teóricas obrigatórias no Bacharelado | Criação de novas frentes de estudo (arqueologia, paleografia, arquivologia etc.) | Aumento das disciplinas eletivas | Incremento dos programas de Monitoria, PET, PIBEX, PIBIAC e PIBIC. | Transversalidade entre as atividades de ensino, pesquisa, extensão. | Formulação de um novo perfil do egresso visando os esforços da difusão do conhecimento histórico e a superação das dicotomias entre ciência e docência ou entre conhecimento esotérico e exotérico (destinado à divulgação). 38 II. Integração entre os cursos de Graduação e de Pós-Graduação. | Fortalecimento dos programas de PósGraduação do curso de História: PPGHIS e PPGHC. III. Extinção da estrutura departamental | Imediata ampliação do corpo de servidores TAEs. | Ampliação do corpo docente visando alcançar o quociente de 25,0 alunos por professor | Incremento da política de qualificação continuada do corpo docente IV. Criação de novos cursos de pós-graduação lato sensu: orientados para: a) qualificação continuada de professores do Ensino Básico; b) divulgação de novos conhecimentos ou abordagens históricos; c) preparação do acesso à pós-graduação (PPGHIS e PPGHC). V. O IH-UFRJ deve constituir-se como referência regional e pólo nacional para a formação de profissionais e estudiosos da História no Brasil. Através de convênios mantidos pela pós-graduação, o IH deve receber, formar e qualificar historiadores de outras IES. | Também deve estabelecer convênios de cooperação científica internacional, com especial atenção à cooperação acadêmica entre historiadores da América Latina ou dos países de língua portuguesa. Além da oferta de cursos visando formação qualificada de pessoal, o IH-UFRJ também deve prestar atendimento e serviços especializados a outros países em desenvolvimento contribuindo para a consolidação dos seus sistemas educacionais, estruturas universitárias e/ou para a organização e aprimoramento dos seus estudos históricos. HISTÓRIA Comunidade acadêmica em números CORPO DISCENTE Curso de Graduação PPGHIS PPGHC TOTAL: 1.418 ALUNOS Cursos de Mestrado e Doutorado 1.234 103 81 CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO Secretaria Depto. Secretaria Grad. Michelle Amorim | Quézia Brito Roberta Firmo Sandra Helena Santos PPGHIS Rita de Cássia Veiga Márcia Aparecida Ramos PPGHC Leniza Maria Santos TOTAL: 07 SERVIDORES CORPO DOCENTE 39 André Chevitarese | Fábio Lessa | Marta Mega | História Antiga Norma Musco Mendes | Regina Bustamante Andréia Frazão | Francisco José Silva Gomes | Gracilda História Medieval Alves | Leila Rodrigues | Mª Beatriz Mello e Souza Clara de Góes | Francisco História Carlos Teixeira | Ma Paula Contemporânea Nascimento Araujo | Mônica Grin | Ricardo Figueiredo | Silvio de Almeida Carvalho Beatriz Catão | Carlos Ziller | História Moderna Jacqueline Hermann | João Fragoso | William Martins Jessie Jane Vieira de Souza | Fernando Castro | Juliana História da América Beatriz de Souza | Manolo Florentino | Vitor Izecksohn Andrea Casa Nova | Antônio Carlos Jucá | Flávio Gomes | José Augusto Pádua | Magda História do Brasil Jaolino Torres | Marcos Bretãs | Manoela Pedroza | Marieta Ferreira | Renato Lemos Andréa Daher | Carlos Fico | Teoria e Metodologia Felipe Charbel | da História Maria Aparecida Mota | Norma Côrtes TOTAL: 40 PROFESSORES DOUTORES BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ABRUCIO, F. L. Trajetória recente da gestão pública brasileira: um balanço crítico e a renovação da agenda de reformas. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: v. 41, n. spe, 2007. FERREIRA, Marieta M. Notas sobre a institucionalização dos cursos universitários. In: GUIMARAES, M. S. (org.). Estudos sobre a escrita a História. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006. 40 MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Editora Atlas, 2002. PEREIRA, Luiz Carlos Bresser, SPINK, Peter. Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial (coletânea). Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. SANTOS, Clezio Saldanha dos. Introdução à Gestão Pública. São Paulo: Saraiva, 2001. 41 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTO 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - HISTÓRICO DO CURSO 09 CAPÍTULO II - ESTRUTURA E PRODUTIVIDADE 22 CAPÍTULO III – EXPANSÃO ACADÊMICA 30 CONCLUSÃO 33 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34 ANEXOS 35 ÍNDICE 41 FOLHA DE AVALIAÇÃO 42 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: