SCQ/028 21 a 26 de Outubro de 2001 Campinas - São Paulo - Brasil STE I SESSÃO TÉCNICA ESPECIAL DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA ( SCQ ) AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE ISOLADORES QUANTO À RADIOINTERFERÊNCIA Darcy R. de Mello CEPEL Marcos T. Varricchio e Luiz F. P. Ferreira ELECTROVIDRO Francisco Cavalcante e Pedro Moreira FURNAS RESUMO • Neste trabalho é apresentada uma metodologia para calcular os valores máximos admissíveis para ensaios de radiointerferência em isoladores unitários, assim como valores que podem ser utilizados como critério de aprovação, com base em ensaios realizados no CEPEL, além de uma avaliação de lotes de isoladores face aos valores propostos. • PALAVRAS-CHAVE: Radiointerferência, Isoladores. 1.0 - INTRODUÇÃO Todo equipamento elétrico energizado em alta tensão está submetido a um campo elétrico cuja intensidade depende principalmente do tipo de tensão aplicada, da geometria e do material do mesmo. Se este equipamento opera em conjunto com outros equipamentos, por exemplo isoladores e ferragens, a distribuição de campo é modificada, podendo ser aumentada ou atenuada. Quando o valor do campo elétrico ultrapassa um valor crítico em local com disponibilidade de cargas elétricas, inicia-se um processo de ionização. Se essas condições ocorrerem na superfície e/ou interfaces dos materiais componentes de um equipamento elétrico, podem gerar correntes de alta freqüência. Tais correntes podem se propagar ao longo do sistema de transmissão ou através dos equipamentos da linha de transmissão (por exemplo: as cadeias de isoladores) para terra, e/ou gerar radiação eletromagnética ( efeito corona ), vindo a provocar os seguintes eventos: • • Perturbações radioelétricas: afetam os sistemas de comunicação locais das subestações e outros como rádio e TV, podendo interferir, também, em equipamentos de uso médico, etc; Criação de ozônio (agente oxidante); Ruído audível: geram ruídos que podem atingir até 65 dB (medidos a 30 m da fonte); Perdas corona: podem atigir até centenas de kW/km (3φ). Torna-se, portanto, importante e de interesse para usuários e fabricantes quantificar, confiavelmente, a radiointerferência ( RI ) gerada pelos equipamentos e componentes das linhas de transmissão utilizados nos sistemas de energia elétrica. Para isso, existem ensaios específicos, realizados em laboratórios de alta tensão, correlacionando níveis de tensão aplicada aos equipamentos com os níveis de RI gerados. Um nível de RI gerado pode variar substancialmente com as condições climáticas locais e o estado superficial do equipamento sob ensaio. A medição da tensão de radiointerferência ( TRI ) não deve, portanto, ter como foco um resultado final em forma de um único valor numérico absoluto. Considerando-se essas características e visando maior confiabilidade, é recomendável que as medições reais da RI, para fins analíticos e comparativos, sejam realizadas em quantidade suficiente para possibilitar um tratamento estatístico dos resultados. As normas internacionais de RI não levam em consideração esta necessidade e, além de apresentarem inconsistências devido à utilização de métodos de medição diferentes, definem critérios de aprovação para ensaios em isoladores individuais não representativos da condição real de operação em cadeias ou mediante acordo entre as partes interessadas. Decidiu-se, então, determinar os valores a serem utilizados como critério de aprovação com base no trabalho de C. Gari e M. Moreau (1), onde os valores da TRI para ensaios em isoladores unitários são obtidos com base em ensaios de distribuição de potencial realizados em cadeias de isoladores e nos valores da TRI admitidos para as mesmas cadeias, CEPEL - ALAB Av. Olinda s/nº - Adrianópolis - 26053-121 – Nova Iguaçu - RJ [email protected] 2 sendo os resultados obtidos apresentados neste trabalho, assim como uma avaliação dos modelos de isoladores ensaiados. 2.0 – ATUAÇÃO DO EFEITO CORONA EM CADEIAS DE ISOLADORES Uma cadeia de isoladores, ao longo de sua vida útil, está submetida à diversas condições ambientais (poluição natural, umidificação natural, variações bruscas de temperatura, etc) que afetam o efeito corona e, conseqüentemente, o nível da RI. Um dos problemas criados pelo efeito corona é a geração de ozônio que, no caso de isoladores, pode acelerar a corrosão atmosférica/galvânica, e a ocorrência de corrosão elétrica. 2.1 - Corrosão atmosférica/galvânica A corrosão atmosférica corresponde a oxidação direta entre o metal e suas vizinhanças, e a galvânica ocorre quando se coloca dois metais de eletronegatividades diferentes em contato ( por exemplo: Fe + Zn ), ocorrendo então a doação de elétrons do mais eletronegativo para o menos eletronegativo. O ozônio oxida o Zn acelerando a corrosão branca, que gradualmente se desprende da superfície, expondo o ferro. O ozônio combina-se com o nitrogênio, formando dióxido de nitrogênio, que hidratrado, produz ácido nítrico. O ácido nítrico ataca o ferro, gerando hematita e magnetita, ou seja, a corrosão vermelha (ferrugem). aproximadamente + 6 dB para as medidas efetuadas conforme a orientação da IEC (5). Isso se deve aos valores diferentes da banda passante e constante de tempo de descarga adotados pelas normas. Contrariamente ao que se pode imaginar, a impedância de medição não tem influência significativa no resultado final quando comparada as duas normas. Em termos de freqüência de medição, a faixa em que isoladores secos e limpos mais emitem ruído é aquela referente as recepções de AM ( 550 a 1600 kHz ). Cabe ressaltar que a freqüência de medição da IEC/CISPR é especificada de 0,5 a 2,0 MHz e da ANSI/NEMA em 1,0 MHz. Os medidores da TRI registram valores de tensão correspondentes aos pulsos de corrente que atravessam uma resistência R. No entanto, verifica-se que o ruído provocado por estas interferências são função da potência transportada pelos pulsos de corrente, o que levou a considerar a definição: dB = 10 log (P1/P2) onde : P1 – potência transportada pelos pulsos; P2 – potência de referência. Como potência e tensão têm uma relação quadrática, vem : dB = 20 log (V1/V2) 2.2 Corrosão elétrica (2) onde : Esse tipo de corrosão é mais severa em áreas poluídas de clima tropica e, apesar de induzir a formação de ozônio, não está associada à RI. V1 – queda de tensão sobre o circuito (resistor) de medição em µV; V2 – tensão de referência igual a 1 µV. 3.0 - NORMALIZAÇÃO PARA OS ENSAIOS DE RI Os medidores de TRI realizam as medidas de ruído em dB ou µV, ambas baseadas no valor “quase pico” do sinal, o qual estima-se possui maior correlação com o ruído produzido pelas correntes devido ao efeito corona. Usualmente, no Brasil, os métodos utilizados para ensaios de TRI em isoladores, são os sugeridos pelas normas ANSI (American National Standard Institute) e IEC (International Electrotechnical Commission). A ANSI utiliza-se da publicação nº 107 da NEMA (National Electrical Manufacturers Association) e a IEC das publicações nº 16-1 e 18-2 da CISPR (International Special Committee on Radio Interference), além da própria publicação IEC 60437, específica para isoladores, que recomenda o ensaio de TRI como de tipo e recebimento. As normas acima referenciadas definem basicamente: • • • método de ensaio, circuito de ensaio, características dos instrumentos de medição. Nota: Outras características mais especificas tratadas nas normas acima citadas não devem ser desprezadas. Uma comparação entre as normas ANSI e IEC traz como resultado final uma diferença de A medida final de TRI efetuada durante um ensaio, é função da taxa de repetição e amplitude do sinal, pois o medidor é construído de tal forma que o sinal após passar por várias etapas de amplificação e modulação, passa finalmente por um circuito de ponderação que trata o mesmo de acordo com a freqüência de repetição e amplitude. Na saída deste circuito o sinal aparece próximo ao seu valor de pico (“quase – pico”). 4.0 - CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO NORMALIZADOS PARA ENSAIOS DE RADIOINTERFERÊNCIA O adendo a norma CISPR 18-2 recomenda valores de TRI para cadeias, definidos a partir dos limites aceitos para os condutores ou feixe de condutores, que envolvem cálculos para os quais os parâmetros básicos nem sempre estão disponíveis. Além disso, essas recomendações não são aplicáveis para condições de poluição, clima tropical, com alta umidade, variação brusca de temperatura com 3 conseqüente condensação sobre a superfície dos isoladores e formação de bandas secas. TABELA 1 – Dados da cadeia V – 110° Tensão da linha (kV) Tensão de ensaio (kV) N° de isoladores por cadeia TRI medida (dB) Distribuição de potencial (%) Tensão sobre o isolador mais solicitado ( kV ) A norma ANSI C 29-2 recomenda valores de TRI para os modelos de isoladores de suspensão nela definidos. Porém, na maioria dos modelos, os valores de TRI são históricos e, de maneira geral, não simulam a condição real de trabalho em que estes isoladores irão operar. A norma IEC 60437 recomenda que o critério de aprovação seja definido mediante acordo entre fabricante e comprador e admite a realização de ensaios de TRI como tipo e recebimento em isoladores individuais. Por causa das particularidades descritas anteriormente nas normas específicas, as concessionárias brasileiras passaram a adotar metodologias próprias de ensaio, sem critérios técnicos bem definidos sobre o procedimento de ensaio e os requisitos de aprovação adotados (média dos valores medidos em cada nível de tensão, o maior valor medido independente do ciclo de tensão ou os valores medidos no último ciclo de tensão realizado ). Como para avaliar o desempenho dos isoladores individuais quanto à TRI é necessário definir valores para os mesmos, a solução é propor, a partir dos valores de TRI especificados pelas concessionárias brasileiras para cadeias de isoladores, a determinação do nível da TRI para isoladores individuais. 5.0 - DEFINIÇÃO INDIVIDUAIS DA TRI DE ISOLADORES O trabalho de C. Gari e M. Moreau (1), mostra que a TRI de uma cadeia é igual a: V= v . 2λ. onde : λ - % da tensão sobre o isolador mais solicitado da cadeia v - TRI produzida por esta unidade submetida a uma tensão igual a u = λU, sendo U igual a tensão aplicada sobre a cadeia. Escrevendo a expressão acima em decibéis temos: 500 335 26 43 9,35 31,3 Em seguida, foram realizados ensaios de TRI, individuamente, nos 30 isoladores da cadeia mais próximos do condutor ( 15 isoladores de cada braço da cadeia ), considerando uma tensão de ensaio de 31 kV ( próxima à tensão de 31,3 kV obtida através da distribuição de potencial da cadeia ), alcançando-se o valor máximo de 55,3 dB. A TRI máxima calculada para os isoladores individuais, a partir do trabalho de C. Gari e M. Moreau é de : NPO = NP + δ ou seja: NPO = 43 + (- 20 LOG (2 x 0,0935)) = 57,5 dB Valor praticamente igual ao maior valor obtido no ensaio realizado nos isoladores individuais, o que mostra a validade da teoria acima mencionada. 6.0 - VALORES MÁXIMOS PROPOSTOS DA TRI A Tabela 4 apresenta uma proposta para valores máximos da TRI individual nos isoladores, em função da tensão do sistema, para utilização quando dados de ensaios em cadeias não estiverem disponíveis. Para elaboração da Tabela 4 foi adotada a teoria mencionada no trabalho de C. Gari e M. Moreau, valores de TRI máximo das cadeias indicados a seguir e os dados de tensão de ensaio e distribuição de potencial apresentados nas Tabelas 2 e 3 elaboradas a partir do seguinte critério: • tensão de ensaio: 10% acima da tensão fase – terra da linha, NP = NPO - δ • distribuição de potencial: obtido de relatórios de ensaios realizados no CEPEL, em cadeias com isoladores V12 ( φ = 254 mm ) e V16 ( φ = 280 mm ). NP= 20 LOG V → TRI na cadeia; NPO = 20 LOG v → TRI no isolador mais solicitado eletricamente; δ = - 20 LOG 2λ → Atenuação da TRI pela cadeia. Devido aos problemas causados aos isoladores pelo fenômeno corona e considerando a RI como sendo sua representação, está sendo proposta uma redução nos valores atuais da TRI conforme abaixo: onde : Portanto, a TRI máxima permitida para isoladores individuais será: NPO = NP + δ Na Tabela 1, exemplificamos um ensaio de TRI realizado em cadeia V – 110°, no Laboratório de Alta Tensão do CEPEL e, posteriormente, o resultado do ensaio em isoladores individuais da cadeia, com o objetivo de mostrar a validade da teoria acima. • Sistema de 500 kV de 500 µV para 250 µV, • Sistema de 440 kV de 400 µV para 100 µV, • Sistema de 345 kV de 250 µV para 100 µV, • para as demais tensões adotou-se os valores das especificações de FURNAS. 4 TABELA 2 – Dados de cadeias com isoladores D 120 Tensão da linha (kV) 765 500 440 345 230 138 69 Número de isoladores 26 26 24 18 14 9 5 Tensão de ensaio (kV) 476 317 280 219 146 88 44 Distribuição de potencial (%) 7,0 9,5 7,8 11,5 13,5 16,0 20,0 IEC 60437 e em cada lote foi determinado os valores mínimo, médio e máximo da TRI em cada degrau de tensão aplicada. Os resultados podem ser vistos nas Figuras 1 a 5 com a seguinte representação: • a linha cheia indica os valores da TRI máxima no isolador individual, apresentados na tabela 4, relacionados com os respectivos valores de tensão no isolador mais solicitado, para um determinado tipo de isolador; • a linha tracejada indica o valor médio das medições de TRI obtidas nos ensaios realizados, para cada degrau de tensão aplicada no lote com determinado tipo de isolador; • as barras verticais indicam os valores máximo e mínimo das medições de TRI obtidas nos ensaios realizados, para cada degrau de tensão aplicada no lote com determinado tipo de isolador. TABELA 3 – Dados de cadeias com isoladores DL 160 Tensão da linha (kV) 765 500 440 Número de isoladores 30 24 21 Tensão de ensaio (kV) 476 317 280 Distribuição de potencial (%) 7,4 8,2 8,0 TABELA 4 – Proposta de valores máximos para TRI Tensão Tensão no TRI TRI da Tipo de isolador máxima máxima no linha isolador mais na isolador solicitado cadeia individual (kV) (kV) (dB/µV) (dB/µV) D 120 33 69,1/2844 765 52/400 DL 160 35 68,6/2690 D 120 30 62,4/1322 500 48/250 DL 160 26 63,7/1532 D 120 22 56,1/641 440 40/100 DL 160 22 55,9/625 345 D 120 25 40/100 52,8/435 230 D 120 20 46/200 57,4/739 138 D 120 14 30/31,6 40,0/98,8 (1) 69 D 120 8,8 30/31,6 38,0/79,1 (1) Para este nível de tensão, pode-se utilizar o valor da Norma ANSI C 29-2 igual a 34 dB com 10 kV. 7.0 - AVALIAÇÃO DE ISOLADORES Para verificar o desempenho dos isoladores perante os valores máximos propostos na Tabela 4 foram avaliados um total de 648 isoladores novos de vidro temperado e 32 isoladores novos de porcelana, distribuídos nos seguintes lotes: • • • • • 104 isoladores D 240-24 – de vidro temperado, 325 isoladores DL 160-20 – de vidro temperado, 179 isoladores D 120-16 – com pino grávido – de vidro temperado, 40 isoladores D 120-16 – com pino liso – de vidro temperado, 32 isoladores D 120-16 – com pino liso – de porcelana. Os isoladores foram ensaiados, no CEPEL, de acordo com a metodologia de ensaio citada na norma Os isoladores D 240-24 e os isoladores de porcelana D 120-16 foram avaliados utilizando os valores máximos da Tabela 4 referentes aos isoladores DL 160 e D 120, respectivamente, devido a ausência de resultados de ensaios de distribuição de potencial em cadeias com estes isoladores. 8.0 - CONCLUSÃO ! O ozônio gerado pelo efeito corona é um dos responsáveis pela corrosão observada nos isoladores; ! A consideração da RI como representação do efeito corona facilita a determinação de critérios de aprovação de isoladores que minimizem os eventos por ele provocados; ! Os valores propostos para ensaio de TRI em cadeias visam a reduzir os eventos provocados pelo efeito corona. Em cadeias onde não se utiliza de anel de repartição de potencial, os primeiros isoladores do lado fase são submetidos a uma solicitação elétrica mais acentuada, sendo aconselhável exigir-se níveis de TRI para cadeias e isoladores unitários mais rigorosos; ! É recomendável que as concessionárias realizem ensaios de distribuição de potencial nas suas cadeias mais comuns de modo a ter em mãos as ferramentas para determinar os critérios de aprovação dos lotes de isoladores a serem submetidos ao ensaio de TRI de recebimento; ! É recomendável a realização de ensaios de TRI unitário quando do recebimento dos isoladores, devido à elevada dispersão observada principalmente dentro de um mesmo lote; ! É recomendável que as concessionárias utilizem a metodologia apresentada nas normas técnicas para a realização de ensaios de TRI. 5 9.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) C. Gary e M Moreau: L’effet de coronne en tension alternative, EDF, 1976. (2) R. Parraud, E. Brocard, Z. Lodi e M. Namora: Sistemas de isolamento para melhorar a qualidade do serviço em ambiente tropical, XV SNPTEE, 1999. (3) R. Parraud e D. Riviere: Role played insulators in the interference level of overhead lines – critical conditions, CIGRÉ, Report 36-05, 1974. (4) D. Riviere, R. Parraud, C. Gary, M. Moreau, D. Kohoutova e J. Vokalek: The influence of ambient conditions on the interference level of insulator strings, CIGRÉ, Report 36-04, 1972. {5) A. F. S. Levy, J. A. P. Rodrigues e M. M. A. Olivieri: Medição de radiointerferência conduzida – Comparação entre instrumentos de medição, métodos de calibração e valores limite, Relatório Técnico, CEPEL, n° 456/89. (6) EPRI : Transmission Line Reference Book – 345 kV and above, 1982. 100000 10000 1000 100 10 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 T ensão aplicada ( kV ) FIGURA 1 – Isolador D 240-24 – de vidro temperado 10000 1000 100 10 1 0 5 10 15 20 25 30 T ensão aplicada ( kV ) FIGURA 2 – Isolador DL 160-20 – de vidro temperado 35 40 6 100000 10000 1000 100 10 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 T ensão aplicada ( kV ) FIGURA 3 – Isolador D 120-160 – com pino grávido - de vidro temperado 10000 1000 100 10 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 T ensão aplicada ( kV ) FIGURA 4 – Isolador D 120-160 – com pino liso - de vidro temperado 10000 1000 100 10 1 0 5 10 15 20 25 T ensão aplicada ( kV ) FIGURA 5 – Isolador D 120-160 – com pino liso - de porcelana 30 35