Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 ‐ CPNJ 29365293/0001‐92 E‐mail [email protected] ‐ Site: www.adcefetrj.org.br Café sem culpa Categoria: Saúde e bem estar Publicação: 19/05/2011 Fonte: revistavivasaude.uol.com.br Apreciado, amplamente consumido, saboreado de várias maneiras, o café faz parte da alimentação brasileira. Mesmo quem não toma costuma apreciar seu cheirinho agradável. E quem toma normalmente o faz diariamente. Puro, com leite, de manhã, de tarde, de noite, com sorvete, quente, morno, frio. O café está no topo dos alimentos mais consumidos. No mundo todo, só as plantas para fazer refrigerantes de cola e o chá ficam no mesmo patamar do café em termos de vegetais campeões de consumo. Assim, nada mais útil do que entender um pouco aquelas xícaras esfumaçadas e saber quais são suas propriedades e efeitos para a saúde. “Café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional — que previne doenças — ou mesmo nutracêutica — nutricional e farmacêutica. Isso porque o café não possui apenas cafeína, mas também outros componentes”, atesta a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência, em São Paulo. Além da cafeína Potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais estão presentes no grão, embora em pequenas quantidades. Aminoácidos, proteínas, lipídios, além de açúcares e Att., Prof°.Julio Vaz - Diretoria da Gestão 2009/2010 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 ‐ CPNJ 29365293/0001‐92 E‐mail [email protected] ‐ Site: www.adcefetrj.org.br polissacarídeos também o compõem. Mas nem todas essas substâncias permanecem nas mesmas quantidades quando o café passa pelo processo de torrefação. Alguns deles chegam até mesmo a ser destruídos por completo se os grãos são torrados excessivamente. Geralmente, os grãos do café tipo Arábica, que é o mais usado para fazer o pó, passam por uma torrefação a 220ºC entre 12 e 15 minutos. No Brasil, os grãos passam, em média, por uma torrefação a 180ºC, durante cerca de 20 minutos. É considerado um tempo excessivo. Por isso, aqui o café costuma apresentar menor grau de qualidade, tanto nas propriedades nutritivas quanto no aroma, cor e sabor. Por um lado, a torrefação é a responsável pelo fato de o café ser pouco calórico. Afinal, parte dos lipídios, aminoácidos e açúcares são eliminados no processo. Por outro, aumenta a concentração de cafeína, que não se perde. Combate à depressão Embora seja o componente mais conhecido do café, a cafeína constitui apenas uma parte de sua composição total. E é menos do que muita gente pensa, pois um grão normal tem de 0,8% a 2,5% de cafeína. Nem por isso deixa de ser parte importante desse alimento, com sua devida participação sobre os efeitos no metabolismo e nas reações orgânicas. Uma das ações da cafeína se dá sobre os quadros de depressão. E, nesse sentido, o café parece ser um aliado importante no combate à doença. “A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central e, em pequenas doses, pode trazer uma sensação de bem-estar, disposição e ânimo”, pondera Ricardo Borges, nutrólogo e coordenador do Centro de Nutrologia e Nutrição Clínica de Ribeirão Preto. Quando a bebida vicia A estudante Mariana Monteiro, de 20 anos, que o diga. Ela não consome café com exagero. Apenas uma xícara de manhã e outra no fim da tarde. Mas faz questão de ter sua dose de ânimo diariamente. “É um prazer indescritível. Eu me sinto mais disposta e até mais bem humorada”, conta. No entanto, quando Mariana não tem à disposição sua costumeira xícara, que é bem quente, forte e com pouquíssimo açúcar, os efeitos são totalmente adversos. “Quando fico sem tomar café, a primeira coisa que sinto é uma dor de cabeça relativamente fraca, mas chata. Fico muito mal humorada, sem paciência e inquieta”, revela a estudante. Att., Prof°.Julio Vaz - Diretoria da Gestão 2009/2010 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 ‐ CPNJ 29365293/0001‐92 E‐mail [email protected] ‐ Site: www.adcefetrj.org.br É comum que as pessoas habituadas a tomar doses diárias de café relatem dor de cabeça quando não o consomem. Segundo Borges, “a cafeína causa dependência física. O corpo precisa dela e, se não a ingere, a pessoa passa por um período de abstinência”. Tratando-se ainda do sistema nervoso, também há indícios de que a cafeína possa reduzir a incidência da doença de Alzheimer. Porém, estudos nessa direção ainda são experimentais, feitos com animais, e não é possível especular sobre os mesmos efeitos em seres humanos. Atenção, cardíacos! As restrições se estendem a quem tem problemas cardiovasculares. Segundo Borges, a capacidade estimulante da cafeína tem influência sobre o aumento da freqüência cardíaca. Também há alterações na pressão arterial em algumas pessoas nos instantes seguintes à ingestão de uma xícara de café. Estudos nesse sentido, como o da Universidade John Hopkins, verificaram que, ao longo de anos, existe uma pequena elevação no nível de pressão arterial entre os que mantêm o hábito de tomar café diariamente. Todos esses dados variam de pessoa para pessoa, demonstrando que, tanto há os que respondem à cafeína com tais efeitos, quanto outros que parecem desenvolver ou já possuir certa tolerância à ingestão de produtos com cafeína, sem necessariamente sofrerem nenhuma mudança nos seus níveis de pressão arterial. Tesouro escondido O café também guarda um tesouro escondido e pouco comentado: os polifenóis antioxidantes, especialmente os ácidos clorogênicos. Os antioxidantes são como “micromédicos” naturais das células. Eles atuam impedindo ou diminuindo a ação dos radicais livres, que degeneram o equilíbrio celular e destroem sua funcionalidade. E, na bebida, os antioxidantes são mais numerosos do que no vinho tinto ou no chá verde, por exemplo. Os ácidos clorogênicos, por sua vez, podem ser descritos como “cirurgiões celulares”. Ao passar pela torrefação dos grãos, eles formam as quinolactonas. Além de os ácidos clorogênicos ajudarem a combater as inflamações, a formação de tumores e inibirem desencadeadores de asma, também contribuem para a sensação de bem-estar. “As quinolactonas, formadas quando os grãos de café são torrados, atuam diretamente no humor, alterando as endorfinas”, afirma a nutricionista Priscila Maximino. Att., Prof°.Julio Vaz - Diretoria da Gestão 2009/2010 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 ‐ CPNJ 29365293/0001‐92 E‐mail [email protected] ‐ Site: www.adcefetrj.org.br SAIBA MAIS SOBRE O GRÃO 1 A cafeína já foi considerada doping no esporte. Hoje em dia, a Agência Mundial Antidoping permite seu uso. Nos treinos e competições, a capacidade estimulante da cafeína é aproveitada pelos atletas, que a ingerem por meio de cápsulas ou produtos como energéticos. 2 A cafeína causa dilatação dos vasos cerebrais, aumentando o fluxo de sangue para a região. É por isso que muitos medicamentos para dor de cabeça são administrados em associação com a cafeína, pois assim o remédio é levado em quantidades maiores para o cérebro. 3 A quantidade letal de cafeína para um adulto de 70 kg é de 10 g. Isso equivale a cerca de 100 xícaras de café, 200 latas de Coca-cola, 125 copos de chá ou 50 kg de chocolate. Como é impensável que um ser humano consuma de uma só vez essas quantidades, deduz-se que as intoxicações por cafeína ocorrem por via de medicamentos e não de alimentação Att., Prof°.Julio Vaz - Diretoria da Gestão 2009/2010 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361