A M O R Ano Novo Serão novos os anos que passam, os séculos e os milênios que se sucedem na ampulheta do tempo? Não são. O tempo, qual o concebemos, não passa de uma ilusão. Não há tempos novos, nem velhos. O tempo é sempre o mesmo, porque o tempo é a eternidade. Todas as mudanças que constatamos em nós e em torno de nós são produtos da transformação da matéria. Ésta, realmente, passa por constantes modificações. A mutabilidade é inerente à matéria e não ao tempo. A matéria é volúvel como as ondas e instável como as nuvens que se movimentam no espaço, assumindo variadas conformações que se sucedem numa instabilidade constante. O nosso envelhecimento não é obra do tempo como costumamos dizer. É a matéria que se vai transformando desde que entremos no cenário terreno. Nascemos, crescemos, atingimos as cumeadas do desenvolvimento compatível com a natureza do nosso corpo. Após esse ciclo, as mudanças tornam-se menos rápidas. Há como que ligeiro repouso. Depois, segue-se a involução, isto é, o curso descendente que nos leva à velhice, à decrepitude e à morte, quando esta não intervém acidentalmente, pelas moléstias, cortando o fio da existência em qualquer de suas fases. Todos esses acontecimentos nada têm que ver com o tempo. Trata-se de manifestações da evolução da matéria organizada, vitalizada e acionada pela influência do Espírito. O Espírito é tudo. Por ele, e para ele, é que as moléculas se agrupam, se associam, tomando forma, neste ou naquele meio, na Terra ou em outras infinitas moradas da casa do Pai, que é o Universo. Na eternidade e na imensidade incomensurável do espaço, o Espírito se agita procurando realizar o senso da Vida, que é a evolução. Para consumá-la, percorre as incontáveis terras do Céu. Veste e despe centenas de indumentos, assumindo milhares de formas e aspectos. A matéria é seu instrumento, e o meio através do qual ele consegue a sua ascensão ininterrupta. Nada significam, portanto, os anos que passam e os anos que despontam nos calendários humaDistribuição Interna nos. O importante na vida do Espírito são as arrancadas para a frente, são as etapas vencidas, o saber adquirido através da experiência, e as virtudes conquistadas pela dor e pelo amor. O que denominaNúmero 145 mos – passado – é apenas a lembrança de condições inferiores por onde já transitamos. De outra sorte – o futuro não é mais que a esperança que nutrimos de alcançar um estado melhor. O presente Março de 2013 eterno, eis a realidade. Encaremos assim o tempo e, particularmente, o ano novo que ora se inicia. Façamos o propósito de alcançar no seu transcurso a maior soma possível de aperfeiçoamento. É o que, de coração, desejamos aos nossos leitores. E P A Z Vinícius (Transcrito do livro NA SEARA DO MESTRE, 10ª edição, Rio de Janeiro, FEB, 2011, p. 11 e 12.) O que posso ou o que quero? Richard Simonetti Em reunião mediúnica, logo nos primeiros tempos de minha participação na diretoria do Centro Espírita Amor e Caridade, na década de 50, século passado, o presidente da Instituição pediu ajuda aos mentores espirituais para resolver problemas existentes na sustentação dos serviços filantrópicos e doutrinários ali existentes. Para minha surpresa, o mentos que se manifestou disse: – O grande problema é que vocês fazem o que querem; não fazem o que podem. Se o fizessem, realizariam prodígios em suas atividades, superando todas as dificuldades. Foi uma das lições mais incisivas e importantes que recebi da Espiritualidade. Raros não se enquadram, porquanto as pessoas pouco investem na aquisição das riquezas “que as traças e a ferrugem não corroem, nem os ladrões roubam”, como ensinava Jesus. Estão representadas, em boa parte, pelos valores espirituais que adquirimos quando nos dispomos a servir, participando de iniciativas que visam o bem do próximo. Vejo voluntários na Casa Espírita que desenvolvem determinada atividade em duas horas semanais, o que representa apenas 1,19% das 168 horas que compõem o ciclo de sete dias. Alegam falta de tempo, sem considerar que tempo é uma questão de preferência. A propósito, segundo levantamento do Ibope, o brasileiro vê televisão por cinco horas e meia, em média, diariamente, o que representa 22,91% da semana. E você sabe. Leitor amigo, que nossa televisão não é das mais edificantes, principalmente as novelas que ocupam boa parte FAÇA EVANGELHO NO LAR, ESTA PRÁTICA TRAZ EQUILÍBRIO E PAZ dessa audiência, a exaltarem o adultério, o sexo promíscuo, a desonestidade, a mentira, a dissolução dos costumes, tomados como padrão de comportamento pelos incautos. Isso sem falar dos programas do tipo Reality Show, de uma indigência intelectual e moral assustadora. Quanto o tempo perdido, mal usado, comprometedor, não apenas para os que fazem tais programas, mas também para os telespectadores que recebem estímulos nada edificantes a inspirá-los negativamente! Hoje, talvez mais do que ontem, repercute como expressão da realidade a observação de Jesus: “A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros”. A seara tem o tamanho do mundo, com muito serviço em favor dos sofredores de todos os matizes, mas poucos são os que se dispõem a arregaçar as mangas, entregando-se ao serviço. E os que o fazem não raro limitam-se aos míseros 1,19%. Fazem o que querem, sem fazer o muito que podem. * Geralmente imaginamos que as regiões umbralinas, o purgatório descrito por André Luiz, são habitadas por Espíritos que praticaram o mal na Terra, comprometendo-se no crime, na desonestidade, no vício... No entanto, basta observar com atenção, principalmente no testemunho de Espíritos que se manifestam nas reuniões mediúnicas, que a população dos sofredores no Umbral é formada, em grande parte, pelos indiferentes, que não acharam tempo nem disposição para o empenho do Bem, para a vinculação a obras filantrópicas. Lá anda também o pessoal dos 1,19%, de tão reduzido combustível adquirido na lavoura do bem, que não suficiente para sustentar bruxuleante vela que lhes possibilitasse encontrar o caminho de saída na escuridão umbralina. É disso que nos fala André Luiz, quando adverte, no livro Nosso Lar, psicografia de Chico Xavier: Ó amigos da Terra, quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do coração? Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois. Seria conveniente avaliar periodicamente a utilização de nosso tempo, perguntando, conforme a observação do mentor espiritual: – No investimento em favor do tesouro que as traças e a ferrugem não corroem nem os ladrões roubam, estou fazendo o que posso ou tão somente o que quero? Palavras Nunca te arrependerás: De haver ouvido cem frases, pronunciando simplesmente uma ou outra pequenina observação. De evitar o comentário alusivo ao mal, qualquer que seja. De calar a explosão da cólera. De preferir o silêncio nos instantes de irritação. De renunciar aos palpites levianos nas menores controvérsias. De não opinar em problemas que te não dizem respeito. De esquivar-te a promessas que não poderias cumprir. De meditar muitas horas sem abrir o lábios. De apenas sorrir sempre que visitado pela desilusão ou pela amargura. De fugir a reclamações de qualquer natureza. De estimular o bem sob todos os prismas. De pronunciar palavras de perdão e bondade. De explanar sobre o otimismo, a fé e a esperança. De exaltar a confiança no Céu. De ensinar o que seja útil, verdadeiro e santificante. De prestar informações que ajudem aos outros. De exprimir bons pensamentos. De formular apelos á fraternidade e à concórdia. De demonstrar benevolência e compreensão. De fortalecer o trabalho e a educação, a justiça e o dever, a paz e o bem, ainda mesmo com sacrifício do próprio coração. Examina o sentido, o modo e a direção de tuas palavras, antes de pronunciá-las. Da mesma boca procede bênção ou maldição para o caminho. (Do livro VINHA DE LUZ, FEB, 2012, cap. 176.) O amor que nos conduz, Nos da base, é o nosso chão, É o ensino de Jesus: “Amparai o vosso irmão”. Nos caminhos que percorre Age igual Samaritano. Ao irmão, ama e socorre, Não cometa novo engano. Romano (Transcrito do REFORMADOR, fevereiro de 20123, pág. 13) Instituição Espírita e Beneficente "Amor e Paz" www.amorepaz.net - [email protected] Fundada em 01/05/1945 Alameda dos Arapanés, 707 - 04.524-001 - São Paulo SP Telefone: (0xx) 11 5055-1635 Presidente Vice-Presidente - Anesia Tessitore Schultz Cristina Goellner Horário de funcionamento: 2ª feira às 15:00 e 19:30 4ª feira às 19:30 6ª feira às 19:00 3ª feira às 10:00 5ª feira às 14:00 e 19:00 Sábado às 14:30 CORAL AMOR E PAZ PARTICIPE Ensaio toda sexta das 18 às 20h na sede do Amor e Paz. Inscrições no local com a maestrina Louise Ribeiro. LEIA KARDEC - SEM UMA BOA BASE NENHUM EDIFÍCIO SE MANTÉM