* Administração do crédito * Demonstrativos financeiros (contabilidade gerencial) * Fontes de recursos e de obtenção de crédito Aula satélite 4 Prof. Cláudio Alves da Silva Administração de Pequenas e Médias Empresas Administração do crédito Administração de Pequenas e Médias Empresas Crédito ao consumidor Existem três tipos principais: Conta de cobrança em aberto. Neste primeiro tipo, o cliente através da aquisição de um produto ou serviço, no ato da compra, só efetua o pagamento quando o mesmo é faturado. O pagamento, nesse tipo de crédito, de preferência, é feito no final do mês, sendo permitido, porém, um prazo mais longo. Não há necessidade de entrada. Conta a prazo. Neste segundo tipo, normalmente exige-se entrada, com o saldo a ser pago em tempo especificado. Conta de crédito rotativo. Neste terceiro tipo trata-se de uma modalidade de crédito no qual o comprador, através de um limite determinado, realiza tantas compras quanto queira. Os cartões de crédito usam essa modalidade de crédito. Administração de Pequenas e Médias Empresas Crédito comercial As condições de venda para o crédito comercial irão depender do tipo de produto vendido e das particularidades do vendedor e do comprador. Quanto maior a quantidade a ser comprada e mais alto o limite de crédito do comprador, melhores serão as condições de vendas, podendo-se considerar cada cliente em particular. Outro fator importante a ser considerado em relação ao crédito, diz respeito à própria decisão que o administrador de empresa deverá tomar quanto ao uso ou não do mesmo. Administração de Pequenas e Médias Empresas Dificuldades e avanços do crédito para as MPEs • Diante da baixa relação PIB versus crédito verificada no país; • As micro e pequenas empresas, que não dispõem das mesmas condições das empresas de maior porte e do governo de concorrerem pelas mesmas, ou por melhores estruturas de financiamento; • De acordo com a última sondagem de opinião sobre financiamento de micro e pequenas empresas (MPEs) no estado de São Paulo, o fator preponderante de inibição de acesso ao crédito foi a insuficiência ou falta de garantias para fazer face aos normativos bancários (Sebrae-SP, 2006). Administração de Pequenas e Médias Empresas Quais são as fontes de obtenção de recursos? • Conforme descrito na resolução do CMN/Bacen no 2.844 de 2001: São as instituições financeiras que fazem chegar os recursos de financiamento às empresas, organizações, grupos coletivos, cooperativas, governos e pessoas físicas, enfim, aos clientes; • O banco Central do Brasil, por meio da Resolução no 2.682/1999, determina que as instituições financeiras devem classificar as operações de crédito em detrimento do risco atribuído,variando de 0% para o nível de menor risco (AA), até 100% para o nível de maior risco (H). •Atualmente, no Brasil, as sociedades de garantia de crédito, por requererem regulamentação própria, não possuem vinculação direta com o sistema financeiro nacional, ou seja, o Conselho Monetário Nacional não normatiza o segmento e nem o Banco Central do Brasil o fiscaliza. Administração de Pequenas e Médias Empresas Formas de garantia de crédito • Nas garantias pessoais, uma terceira pessoa se compromete, perante o credor, a pagar a obrigação acertada, caso o devedor não a concretize. Subdividem-se em fiança e aval. • Já as garantias reais são representadas por uma coisa (bem), que pertença ao devedor ou a algum terceiro e que possua valor suficiente para eventual ressarcimento do credor, em caso de não pagamento da obrigação contratada. Subdividem-se em penhor, caução, hipoteca, alienação fiduciária e anticrese. •O que as diferencia variará em função do direito de propriedade e da posse do bem ofertado em garantia, durante a vigência do contrato. Administração de Pequenas e Médias Empresas Qual o objetivo dos sistemas de garantia? Resp: O objetivo dos sistemas de garantias de crédito é a integração das micro e pequenas empresas com o sistema financeiro formal, sob melhores condições de juros e prazo. Administração de Pequenas e Médias Empresas Quais os modelos existentes de garantias? Fundos de garantia; Programas de garantia; Sociedades de garantia de crédito. Administração de Pequenas e Médias Empresas Fundos de aval • Segundo Llisterri (2006), o valor médio das garantias prestadas nos modelos das sociedades de garantia de crédito é bem superior ao dos valores médios garantidos pelos fundos de aval. Existem três fundos de aval em funcionamento no Brasil: • O Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), administrado pelo Sebrae; • O Fundo de Aval para a Geração de Emprego e Renda (Funproger), administrado pelo Banco do Brasil; e • O Fundo de Garantia para a Promoção da Competitividade (FGPC), criado e administrado pelo BNDES, todos de abrangência nacional. Administração de Pequenas e Médias Empresas Informação e desafio As informações são importantes na medida em que os gestores consigam identificar tanto as oportunidades quanto as ameaças que o ambiente oferece às empresas. Administração de Pequenas e Médias Empresas Os papéis da contabilidade Conforme o autor NAKAGAWA, existem três importantes papéis que podem ser atribuídos à contabilidade: Mensurar, comunicar e o papel de contar no sentido de confiar. A contabilidade gerencial é uma fonte rica em informações no processo de tomada de decisão. No entanto, ela é facultativa, ou seja, pode ou não fazer parte da administração da empresa. Administração de Pequenas e Médias Empresas Auxílio na tomada de decisão Para HENDRIKSEN e VAN BREDA, A contabilidade é : “linguagem de negócios”. O processo de tomada de decisão termina com a escolha da melhor ação a ser implementada. Para se alcançar esse ponto é necessário que se passe pelas fases de definição do problema, obtenção dos fatos, formulação de alternativas, ponderação e decisão. Administração de Pequenas e Médias Empresas Ferramentas da Contabilidade Gerencial Apresentaremos as que são mais utilizadas. Administração de Pequenas e Médias Empresas Análise de balanços De acordo com IUDÍCIBUS: “é muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes, de forma consistente, de período para período, e compará-los com padrões préestabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma idéia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes.” Administração de Pequenas e Médias Empresas Padrão ou norma para comparação Administração de Pequenas e Médias Empresas Após a escolha dos índices a serem analisados, “a tarefa fundamental é encontrar um padrão ou norma com que se possa comparar o desempenho real.” Em geral, há três tipos de padrões: • Objetivos, ou orçamentos, fixados antes do período do exame; • Dados históricos, que mostram o desempenho da mesma empresa no passado; e • O desempenho de outras empresas, conforme indicam suas demonstrações financeiras, ou por médias compiladas das demonstrações financeiras de muitas empresas. Portanto, a análise financeira e de balanços não se resume, como muitos acreditam, no cálculo de centenas de índices. Ela trata da interpretação e da relevância desses índices, sendo um instrumento de avaliação e desempenho. Administração de Pequenas e Médias Empresas Plano orçamentário Para PADOVEZE: “o objetivo do plano orçamentário não é apenas prever o que vai acontecer e seu posterior controle. Ponto básico, entendido como fundamental é o processo de estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa, de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca dos planos de lucros.” Administração de Pequenas e Médias Empresas Cálculos do Custo do produto e/ou serviço Para IUDÍCIBUS: “a palavra custo, na linguagem comercial, significa o quanto foi gasto para adquirir certo bem, objeto, propriedade ou serviço..., os sistemas de custos visam dois objetivos principais: “um bom custeamento do produto e propiciar condições para avaliação do desempenho departamental, dentre outros...” Diferente da despesa que, custo é um “bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas.” Os custo podem ser divididos em diretos ou indiretos de acordo com a facilidade de alocação ou fixos e variáveis de acordo com o seu comportamento. Administração de Pequenas e Médias Empresas Análise da Margem de Contribuição De acordo com PADOVEZE: “...margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário do produto, deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto.”. Derivado do custeamento variável, a margem de contribuição ou de abordagem de contribuição, que é a diferença entre as receitas e os custos e despesas variáveis. Os custos fixos são subtraídos desta margem de contribuição para se obter a renda líquida. Administração de Pequenas e Médias Empresas Demonstração do fluxo de caixa Este instrumento, já foi apresentado na aula número 8 e 12 da Web. MATARAZZO cita que: “a Demonstração do Fluxo de Caixa é peça imprescindível na mais elementar atividade empresarial e mesmo para pessoas físicas que se dedicam a algum negócio.” Administração de Pequenas e Médias Empresas Ponto de Equilíbrio Segundo IUDÍCIBUS: “O ponto de “ruptura”, ou de equilíbrio é aquele volume em que as receitas totais se igualam aos custos totais.” No ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo. É de grande importância porque identifica o nível mínimo de atividade em que a empresa ou cada divisão deve operar conseguindo cobrir todos os custos variáveis das unidades vendidas ou produzidas, e também cobrir todos os custos fixos. Administração de Pequenas e Médias Empresas Alavancagem Financeira e Operacional Administração de Pequenas e Médias Empresas De acordo com MATARAZZO: “A expressão alavancagem financeira significa o que a empresa consegue alavancar, ou seja, aumentar o lucro líquido através da estrutura de financiamento, ao passo que alavancagem operacional significa o quanto a empresa consegue aumentar o lucro através da atividade operacional, basicamente, em função do aumento da margem de contribuição (diferença entre receitas e custos variáveis) e manutenção dos custos fixos.” A administração da alavancagem financeira está relacionada a capacidade que a empresa tem de administrar os recursos, próprios e/ou de terceiros, e com isso maximizar os lucros por ação. Administração de Pequenas e Médias Empresas O cálculo do grau de alavancagem utiliza os seguintes índices da análise de balanço: Retorno sobre o Patrimônio Líquido: o quanto a empresa gera de lucro para cada R$ 100,00 investidos e, Retorno sobre o ativo: quanto os acionistas ganham para cada R$100,00 investidos. A razão entre as taxas de retorno sobre o Patrimônio e de retorno sobre o Ativo é chamada de grau de alavancagem financeira. Manual para utilização dos modelos da Unisa Digital Administração de Pequenas e Médias Empresas Fontes iniciais de obtenção de recursos Todo empreededor em estágio inicial, geralmente dispõe de três fontes de financiamento: Economias pessoais Amigos e parentes Investidores privados na comunidade Administração de Pequenas e Médias Empresas Necessidade Líquida de Capital de Giro - NLCDG O seu valor revela o montante necessário de recursos para manter o giro dos negócios. As contas que compõem a necessidade líquida de capital de giro representam operações de curto prazo e de retornos rápido... Administração de Pequenas e Médias Empresas A NLCDG pode ser mensurada pela seguinte fórmula: NLCDG = ACO – PCO Sendo: NLCDG - Necessidade Líquida de Capital de Giro ACO - Ativo Circulante Operacional PCO - Passivo Circulante Operacional Exemplo: NLCDG= Ativo Circulante - Passivo Circulante R$ 25.000 R$ 43.000 NLCDL= -18.000 Administração de Pequenas e Médias Empresas A variável T – Tesouraria pode ser calculada pela fórmula: T = ACF - PCF Sendo: T - Tesouraria ACF - Ativo Circulante Financeiro PCF - Passivo Circulante Financeiro Administração de Pequenas e Médias Empresas Longo prazo – LP A variável LP é mensurada pela fórmula: LP = ELP - RLP Sendo: LP - Longo Prazo ELP - Exigível a Longo Prazo RLP - Realizável a Longo Prazo. Administração de Pequenas e Médias Empresas Capital de giro próprio - CDGP Esta variável determina o volume de recursos próprios (patrimônio líquido) disponível para realizar as aplicações nos ativos da organização. Administração de Pequenas e Médias Empresas O capital de giro próprio pode ser calculado pela fórmula: CDGP = PL - AP Sendo: CDG - Capital de Giro Próprio PL - Patrimônio Líquido AP - Ativo Permanente. Administração de Pequenas e Médias Empresas Vantagens do autofinanciamento Administração de Pequenas e Médias Empresas Desvantagens do autofinanciamento Fim da aula satélite 4 Prof. Cláudio Alves da Silva