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São Paulo, 15 de Abril de 2009.
Boletim Semanal - Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis
Pesquisa mostra que bagaço da laranja pode ser útil à indústria têxtil
O bagaço descontamina os efluentes do tingimento, que são tóxicos, protegendo, assim, o meio ambiente
Funcionário de indústria de
confecção leva peça de roupa para
tingimento: resultado nocivo ao
ambiente.
O bagaço da laranja pode ser
utilizado para descontaminar, e a
baixo custo, o líquido resultante do
processo de tingimento, chamado
efluente, antes de descartá-lo no
meio ambiente. A descoberta é da
engenheira química Leila Denise
Fiorentin Ferrari, que dedicou a ela
sua tese de mestrado, defendida em
fevereiro, na Universidade Estadual
de Maringá (UEM).
“O uso oferece vantagens para a
indústria têxtil e, também, para a de
sucos”, defende a pesquisadora.
O maior problema dos efluentes
são os corantes, afirma Leila. Essas
substâncias precisam ser retiradas
antes do descarte, porque podem
alterar as condições ambientais. O
material mais utilizado para o
tratamento é o carvão ativado, que
custa caro. O bagaço da laranja, que
corresponde a até 50% dos resíduos
da fruta, existe em abundância e é
utilizado quase que somente para a
produção de ração animal por causa
da quantidade elevada de fibras.
Leila garante que o bagaço tem
praticamente o mesmo desempenho
do carvão ativado. Para ser destinado
à finalidade que a pesquisa propõe, o
resíduo da fruta tem de passar por
uma secagem, para livrar-se de todo o
líquido. Depois, o bagaço é colocado
em um tubo de vidro ou aço inox, por
onde o efluente passará.
Durante o processo, chamado
de adsorção, o corante é retido
nos microporos do resíduo e o
líquido que sai do outro lado só
precisa ter regulado seu potencial
higrogeniônico (pH) para ser,
então, descartado. A pesquisadora
acrescentou que, depois, o
corante pode ser retirado dos
microporos para reutilização, a
partir de um procedimento
chamado dessorção. No fim,
sobra apenas o bagaço, cujo
descarte é isento de risco.
O estudo focou o corante
reativo azul 5G, utilizado para
tingir jeans e o mais utilizado em
Maringá e região. Leila não
trabalhou com efluentes, mas
com solução ideal, que é a mistura
de corante e água. Ela terminou
sua tese, mas a UEM dá
continuidade ao trabalho,
estudando o processo com outros
corantes a partir de resíduos
industriais.
Segundo Leila, o método, já
comprovado, é viável e, além de
custar mais barato para a indústria
têxtil, pode ser uma fonte de
renda a mais para as fábricas de
sucos e contribuir para a
preservação do meio ambiente.
“Se os efluentes não forem
tratados, as consequências serão a
poluição e até a morte de algumas
espécies”, comentou.
Importância
Para o presidente do Sindicato
da Indústria do Vestuário de
Maringá (Sindvest), Carlos
Roberto Pechek, a pesquisa é de
grande importância para a busca de
soluções dos problemas
ambientais. “É uma questão que
envolve todos”, disse,
acrescentando que existem
empresas que estão irregulares
nesse aspecto e que a possibilidade
de economia é incentivo para que
busquem cumprir as normas.
Um dos doutores na área que
orientou o trabalho de Leila,
Nehemias Curvelo Pereira,
observa que, entre as descobertas
das universidades e a aplicação
efetiva no dia-a-dia, há um período
de tempo, às vezes longo.
“Futuramente, esse estudo poderá
ser utilizado em escala industrial”,
considerou.
As informações são do Diário
de Maringá.
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Redescobrindo a cor branca,
seus mistérios e suas técnicas
aplicatórias
por
Luiz Wagner de Paula
Sábado, 25 de Abril de 2009
Guarulhos - SP
Organização
Associação Brasileira
de Químicos e Coloristas Têxteis
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Local: OPEN HALL
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Av. Antonio de Souza, 715 - Guarulhos
Te: (11) 2468.8120
Inscrição
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Atenção: no ato de sua inscrição será gerado um boleto bancário.
Imprima-o, pague no banco e leve o comprovante de pagamento
no dia do evento.
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Data limite para inscrição: 23 de abril.
Dia 25 de abril de 2009
Horário : 8h30 às 17h00
Local: OPEN HALL
CONVENTION CENTER.
Av. Antonio de Souza, 715 - Guarulhos
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Responsabilidade: Régia Comunicação e Design
Jornalista responsável: Caroline Bitencourt MTB 02462.
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Colaboração: Kelson dos Santos Araújo ABQCT 01248
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