oo. aero o Nova tecnologia mostra que é possível melhorar áudio e vídeo no próprio DVD Columbia Home Entertainment lançou recentemente uma nova tecnologia para DVDs: o Superbit. Graças à ela, a mesma mídia usada nos DVDs comuns é capaz de armazenar filmes com muito mais qualidade de vídeo. Para isso, porém, os discos com Superbit vêm sem os atrativos extras dos DVDs - que são totalmente excluídos ou colocados em uma outra mídia. Aqui você confere porque isso acontece e como funciona o Superbit - e decide se vale a pena investir nessa novidade. Compressão dos dados A principal mudança do Superbit está na menor compressão dos dados de áudio e vídeo colocados no DVD. Mas para entender melhor como isso é feito, é preciso antes conhecer um pouco a produção de um DVD comum. Os DVDs recebem áudio e vídeo nos formatos digitais MPEG-2 (vídeo) e AC3 - Dolby Digital (áudio). A maior vantagem de ambos é conseguir guardar uma boa quantidade de informações (dados digitais) em pouco espaço. Ou seja, O truque do espaço conseguem "comprimir" o conteúdo sem perder muita qualidade. Toda compressão, porém, tem necessariamente menos qualidade que o arquivo original. Aumentando a qualidade Se existe mais espaço disponível no disco, no entanto, é possível melhorar a qualidade dos dados inseridos, usando uma menor compressão. Essa teoria foi comprovada em primeiro lugar com a chegada do DTS que, de modo bem simplificado, é uma espécie de "Dolby Digital menos comprimido". Enquanto no padrão Dolby Digital 5.1 a variação da taxa de transferência de bits (bitrate) é de 384 a 448 Kbps, no DTS ela vai de 754 Kbps a 1,5Mbps. Sem extras Mas, para usar menor compressão Teste Prático "Assisti às duas versões do filme 0 Tigre e o Dragão, usando um DVD Philco 2500 conectado por vídeo componente a um TV Philco wide de 32 polegadas. Escolhi cenas em que achava mais fácil notar alteração, como as do capítulo 7 perseguição noturna pelo telhado. Não senti diferença inicialmente. Só a mudança na tonalidade de pele. No DVD com Superbit, o tom ficava um pouco menos avermelhado e mais real. Nas cenas mais claras, a diferença surgia nas cores e num maior contorno das imagens. Parecia até que a imagem estivesse um pouco mais 'dentro de foco'. Mesmo assim, a diferença só foi nítida em algumas cenas. Fiz capturas de tela em alguns pontos do filme. Isso permitiu notar um pouco mais de diferença. Outra alteração está nos menus do DVD Superbit, que são menos animados. E a opção de DTS é louvável, embora eu não tenha testado isto desta vez. Acho que poderia ser colocada uma opção de ajuste de configurações, assim como em Star Wars - que traz menu de ajustes THX. Afinal, se o TV não estiver perfeitamente configurado para destacar as diferenças, você não perceberá muita mudança entre um DVD e outro. Pior: no caso de 0 Tigre e o Dragão ainda sentirá falta dos extras, que realmente são muito bons." Alexandre Mello - Redator. em arquivos de vídeo, é preciso ocupar muito mais espaço em disco. E é aí que está o "truque" do Superbit. Essa nova tecnologia consegue "descomprimir" os filmes nos DVDs porque retira os extras. No final, a mídia é a mesma, mas enquanto o DVD comum armazena mais informações ( entrevistas, trailers e making off, entre outros), o DVD Superbit guarda menos dados (somente o filme), mas com qualidade superior. A melhoria efetiva pode ser comprovada em números. 0 vídeo de um DVD é produzido com taxa de bitrate que costuma variar entre (Mbps). Já no Superbit, esse número "Air Force One". Resultado Revista VídeoSom & Cia testou duas Na prática, a primeira ressalva está versões do filme "o Tigre e o Dragão", Para comprovar os resultados, a 3,5 e 5 Megabits por segundo 1 ~nt ...anfnc nn miunem Y Superbit: "0 Quinto Elemento" e oscila entre 6 e 7,3 Mbps. no tipo de equipamento utilizado. uma em DVD e outra em DVD Superbit. Todos os DVD Players - que podem Veja a avaliação no quadro T e s t e ler bitrates de até 10 Mbps - são p r á t i c o , acima. capazes de rodar um DVD Superbit. Mas sugere-se que se tenha um No Brasil, a Columbia Home Entertainment lançou até agora sete bom sistema de home theater para títulos: "0 Quarto do Pânico", "Homem realmente sentir a diferença. "0 ideal Sem Sombra", "0 Patriota", "0 Tigre e é que se utilize um sistema de o Dragão", "Limite Vertical", "A Balada home theater com um TV de tela do Pistoleiro" e "0 Quinto Elemento". grande, conexões de vídeo Mais detalhes sobre cada um desses componente e sistema 5.1 canais filmes você encontra na página 41, na com DTS" destaca a coordenadora seção de produto da Columbia TriStar Guia do DVD. Home Entertainment, Gisele Faustino. Segundo análises feitas no exterior em sites como o DVD Talk (wwww.dvdtalk.com), a diferença entre DTS e Dolby Digital fica nítida em dois filmes Para saber mais: www.superbitdvd.com www.cthe.co.uk/superbit wwww.dvdtalk.com/superbit.html Entenda os "truques" usados para indicar a potência RMS e PMPO dos equipamentos de som. E saiba como escapar deles Por Mario Fittipaldi inevitável. Sempre que você pensa em comprar um novo equipamento de som, seja um aparelho integrado, um mini system ou equipamento escolhido é adequado ao ambiente em que ele vai funcionar e potência, emserá Watts, tambéma ao modo expressa em que ele utilizado, está relacionada com a qualidade da mesmo um sofisticado home theater, música que você vai ouvir. vai acabar esbarrando num item Pelo menos em teoria, um fundamental: a potência do amplificador com potência real maior amplificador. Além de indicar se o em Watts poderá tocar música em volume mais alto e com mais qualidade. E é exatamente por isso que os fabricantes travam uma verdadeira guerra para produzir equipamentos cada vez mais potentes, e anunciam orgulhosamente suas conquistas nesse campo. 0 problema é que as empresas não usam o mesmo padrão para indicar a potência dos seus equipamentos. E isso acaba gerando distorções enormes, a ponto de você poder encontrar numa loja rádiosCD portáteis ou mini systems com mais de 2.000 Watts, potência suficiente para sonorizar um teatro pequeno. É obvio que isso é um absurdo. Mas, se o fabricante não está mentindo, exatamente onde "o gato pulou"? A resposta está no método que foi utilizado para se determinar a potência em questão. Existem vários padrões de medidas, mas os mais comuns são o PMPO (Peak Music Power Output, ou pico de potência musical de saída), que produz um número gigante e irreal, e o RMS (Root Mean Square, ou raiz da média dos quadrados), também chamado de potência contínua ou real. 0 RMS, por ser a potência real, é o número que deve ser levado em conta numa comparação. Entenda agora as diferenças entre eles. Potência RMS: bom senso A sigla RMS diz respeito ao método pelo qual a potência de um amplificador é calculada, seja ele modular, ou embutido num aparelho integrado. 0 amplificador em questão é submetido a trabalho e são feitas várias medições. A potência real é obtida extraindo-se a raiz quadrada da média dos valores medidos elevados ao quadrado. Se isso pareceu complicado, apenas tenha em mente que a potência RMS é a que melhor representa a potência de um amplificador, já que qualquer que seja o tipo de música, a variação de picos de volume é bastante dinâmica. Assim, um amplificador jamais é exigido ao máximo o tempo todo. Potência musical 0 padrão PMPO (Peak Music Power Output, ou pico de potência musical de saída), também chamado de potência musical, é o preferido pelos fabricantes para indicar a potência de seus equipamentos "low-end", mais baratos. Esta potência é obtida gerando-se um sinal na entrada do amplificador e medindo-se o valor máximo alcançado durante um curto período de tempo, normalmente 10 milissegundos. Na prática, essa potência equivale à potência que o amplificador atinge durante uma forte batida na caixa da bateria, por exemplo. Se o seu equipamento possui um analisador de espectro, basta verificar que, nessas batidas, o medidor chega com freqüência à área vermelha se você aumentar um pouco o volume. Por indicar apenas a potência de pico máximo, o número de Watts proporcionado por esse padrão é sempre muito alto - o que agrada sobretudo os departamentos de marketing e propaganda dos fabricantes - mas não diz muita coisa sobre o que realmente interessa: a qualidade do equipamento. Em busca da qualidade A má notícia é que é impossível converter valores de potência musical (PMPO) para potência RMS, justamente porque os fabricantes não indicam com precisão como a medição de pico foi realizada. Só para se ter uma idéia de como a matéria é complexa, imagine que um amplificador seja capaz de produzir 100 Watts RMS em caixas com impedância de 8 Ohms. Se você conectar caixas com impedância de 4 Ohms ao mesmo amplificador, a potência gerada será de 200 Watts RMS. E aí está outro "gato": além de informar a potência em RMS, os fabricantes também devem informar a impedância em que o valor foi obtido. Sem essa informação, é praticamente impossível comparar potências. A saída para quem busca qualidade de som em vez de números altos é, além da potência em RMS, ficar de olho em outro dado: a distorção harmônica total ( THD, pelas iniciais em inglês). Esse número indica a quantidade de distorção do sinal que é gerada pela potência do amplificador, normalmente expresso em porcentagem. Quanto menor, melhor a qualidade do equipamento em questão. Bons amplificadores possuem menos de 0,1% de THD, mesmo quando próximos à potência máxima. Porque amplificar 0 som é um fenômeno fascinante. Ele é produzido pela movimentação das partículas de ar impulsionadas pela vibração de um corpo - as cordas de um violão, as cordas vocais humanas, o metal de um sino após uma batida, e assim por diante. 0 ouvido humano é-capaz de captar essas flutuações e convertê-las em sinais elétricos, que são, então, interpretados pelo cérebro como sons. Com os equipamentos, acontece a mesma coisa. Durante a gravação, o som atinge a membrana de um microfone, fazendo-a vibrar. Isso gera sinais elétricos que podem ser gravados, ou digitalizados. Para que se possa ouvir, é preciso fazer o caminho de volta: assim, os sinais elétricos são enviados às caixas acústicas, fazendo com que os cones dos alto-falantes vibrem e impulsionem partículas de ar, recriando o som. 0 problema é que o sinal elétrico gerado pelo microfone é muito fraco, e portanto, insuficiente para movimentar os pesados cones dos alto-falantes. Por isso o sinal deve, antes, passar por um amplificador. Quanto melhor o trabalho de amplificação, mais fiel ao original será o resultado.