antropologia & cultura carlos joão correia artes & humanidades estudos africanos filosofia 2013-2014/2ºsemestre 1949 神道 kami-no-michi Edward Burnett Tylor Primitive Culture 1871 1. a religião como uma visão animista do mundo ryoan-ji James Lovelock A hipótese de Gaia Fushimi Inari R.R. Marett “Pre-animistic religion” 1899 mana, wakan, teotl, ka, numen, prāṇa, qi, kami, baraka 2. A religião como visão sagrada do mundo Willendorf Yingana, Injalak Hill Kakadu ”Havia aí um salão onde não tinha autorização para entrar. Aliás, creio que a porta estava sempre fechada. Um dia, numa tarde de Verão, por volta das quatro horas, a minha família estava ausente – o meu pai no quartel, a minha mãe na casa de uma vizinha... Aproximo-me, tento e a porta abre-se. Entro, penetro... Então, isto representou para mim uma experiência extraordinária: as janelas tinham cortinados verdes e, como era Verão, todo o quarto apresentava uma cor verde, estranha, e senti-me como se estivesse dentro de um bago de uva [grain de raisin]. Estava fascinado pela luz verde, verde-dourada, olhava à minha volta, era verdadeiramente um espaço desconhecido, um mundo totalmente diferente. Foi esta a única vez. No dia seguinte, tentei abrir a porta, mas ela já estava fechada. [...] O que me impressionou foi a atmosfera, uma atmosfera paradisíaca, esse verde, esse verde-dourado. E, depois, a calma, a calma absoluta. E penetro nessa zona, nesse espaço sagrado. Digo sagrado, pois esse espaço era de uma qualidade totalmente diferente; não era profano, quotidiano. Não era o meu universo de todos os dias, com o meu pai, a minha mãe, o meu irmão, o pátio, a casa... Não, era uma coisa totalmente diferente. Uma coisa paradisíaca. Um lugar antes interdito e que voltou a sê-lo depois" " Mircea Eliade. L'épreuve du labyrinthe. Paris: Belfond. 1985, 17/20