itoaes: Mais de meio milhão de mulheres, quase todas nos países em desenvolvimento, morrem todos os anos em decorr&ncia da gravidez ou do parto. Isso equivale a uma mulher morta por minuto. Outros milhões de mulheres sofrem sequelas sérias, às vezes, permanentes. Grande parte desse sofrimento e dessas mortes poderia ser evitada. As famílias, as comunidades e os profissionais de saúde, trabalhando em conjunto, podem tornar a maternidade mais segura. As atençípes se voltam para a saúde materna. Embora a saúde feminina não se limite a questóes relativas à gravidez e ao parto, esses são os maiores riscos de saúde que muitas mulheres enfrentam durante seus anos férteis. Além disso, muitas mulheres terão poucos contatos com serviços modernos de saúde não relacionados àreprodução. Portanto, os fornecedores de serviços de saúde materna têm a oportunidade e a responsabilidade de promover avanços substanciais na saúde feminina. Grande parte dos esforços atuais se concentra em centros de encaminhamento. Tais centros podem fornecer: (I)tratamento de emergência, quando complicaçóes relativas ao trabalho de parto ou ao parto ocorrerem inesperadamente em casa, (2) um local mais seguro para o parto para as mulheres que apresentam probabilidade de desenvolverem complicaçóes e (3) tratamento para problemas que ocorrerem durante a gravidez. Assistência na Comunidade Também deve7se dedicar atenção ao que pode ser feito na comunidade. A saúde da mulher ao longo de sua vida influencia os riscos que corre na gravidez e no parto. Portanto, são necessárias iniciativas que possam melhorar a saúde da mulher em cada estágio de suavida, e muitos desses benefícios podem ser fornecidos dentro de cada comunidade. il Para uma gravidez e um parto mais seguros, as mulheres necessitam de: * Exames e acompanhamento pré-natais, incluindo também a identificação daquelas que necessitam de cuidados extras nos centros de encaminhamento; Fornecedores de serviços de saúde treinados e supervisionados que possam fazer partos em casa; *Transporte disponível para um centro de encaminhamento, se houver complicaçóes sérias; Informações básicas sobre a gravidez e o parto; Alimentação suficiente ao longo da vida, a partir da infância; * Início da fase reprodutiva apenas depois de terminada completamente a fase de crescimento; Planejamento familiar para auxiliar a evitar gestações perigosas; * Instrução, que melhora a condição feminina, adia o casamento e faz com que as mulheres se tornem mais conscientes de suas próprias necessidades de saúde. A maioria das comunidades tem sistemas tradicionais de assistência durante o parto. Cerca de 70 por cento de todos os bebês nascem com a assistência de parteiras tradicionais ou de parentes. Mesmo nas áreas onde houver fornecedores treinados de serviços de saúde modernos, muitas mulheres preferem o atendimento tradicional por ocasião do parto. A Necessidade de Cooperação e Treinamento Para tornar o parto mais seguro para a maioria das mulheres, muitos programas de saúde materna trabalham em cooperação com parteiras tradicionais que estão aprendendo a fazer partos de forma mais segura. Em alguns lugares, essas parteiras fornecem atendimento pré-natal, frequentemente trabalhando em colaboração com fornecedores de saúde formalmente treinados. Outros programas estão-se dedicando a levar para a comunidade fornecedores de serviços de saúde formalmente treinados. Os profissionais de saúde modernos necessitam de treinamento sobre serviços de saúde materna, particularmente, para trabalharem em áreas rurais. As enfermeiras e os médicos também necessitam aprender técnicas de administração e de comunicação. Não é fácil a cooperação entre a comunidade e o sistema moderno de serviços de saúde. Há controvérsias sobre quanta ênfase se deve dedicar aos cuidados preventivos e ao parto mais seguro na comunidade e quanta ênfase se deve dedicar aos centros de encaminhamento e ao transporte de emergência. H á também controvérsias sobre quais atividades podem ser realizadas, com segurança, pelas parteiras da comunidade. As iniciativas de saúde materna orientadas para a comunidade ainda não se encontram amplamente implementadas. Muito ainda precisa ser tentado e há muito para se aprender. Contudo, fica claro que são necessários um treinamento adequado, uma supervisão próxima e comunicação constante entre todos os fornecedores e com a comunidade. Também são necessários a participação da comunidade de$de o início e a compreensão e o respeito por parte de todos os envolvidos. Tudo isso é possível a partir do compromisso e do reconhecimento renovado de que as vidas das mães Fim do Resumo dos Editores. são importantes. é a principal causa de mortalidade entre mulheres dessa faixa etária (123). Ao longo de sua vida, a muIher média dos países em desenvolvimento, com exceção da China, tem uma chance em 33 de que a gravidez ou o parto lhe traga a morte (ver Figura 1). COMUNIDADE TOMA A INICIATIVA meses, durante a primavera de 1988, três queno vilarejo da Guiné-Bissau morreram ram atendimento médico básico de saúde maa mulher morreu em conseqüência por malária. Apenas duas semanas mais ta de 16 anos de idade e grávida pela primeira infecção após um parto difícil. Em seguida, 30 anos de idade, mãe de 4 filhos, esteve em rante I7 horas até que sua família consecarro e um motorista para transportá-la a durante cinco horas, parando em três sem localizar um médico. A mulher rês dias após uma cesariana. Numa reunjão de emergência logo após a terceira morte, os moradores dp vilarejo decidiram que tinham que tornar mais segura a maternidade em sua comunidade. Enviaram dois homens para um treinamento em Enfermagem básica e duas mulheres para um treinamento em assistência a partos. Com auxilio do Governo, construíram um abrigo que fornecesse espaço para um escritório e para armazenar medicamentos. O rno prometeu fornecer medicamentos gratuitamente duseis meses e, posteriormente, a um preço reduzido (122). Qual é o nível de risco de toda gravidez? Embora algumas gestações sejam mais perigosas que outras, para cada 100.000 nascidos vivos nos países em desenvolvimento, com exceção da China, cerca de 550 mulheres morrem. A taxa de mortalidade materna varia um pouco entre as várias regiões em desenvolvimento. Estima-se mais de 600 mortes materna? por 100.000 nascidos viyos para a Africa, mais de 400 para a Asia e quase 300 para a América Latina e o Caribe. Em contraste, a taxa para o norte da Europa é menos de 10 por 100.000 (330). Essas médias regionais tornam obscuras grandes diferenças dentro de algumas regiões e até mesmo de alguns países. Na Asia, por exemplo, a taxa de mortalidade materna do Sri-Lanka é inferior a 95 mortes por 100.000 nascidos vivos, enquanto que as taxas para o restante do subcontinente indiano apresentam uma média calculada em 650, uma das taxas regionais mais elevadas do Mundo (417). Em algumas áreas rurais do Mundo, as taxas são ainda mais altas. Por exemplo, um estudo recente envolvendo comunidades numa área rural de Gâmbia revelou uma taxa de mortalidade materna de 2.200, ou, de cerca de uma mulher morta para cada 50 nascirnentos (137). Por que a gravidez e o parto matam tantas mulheres nos países em de. senvolvimento? Condições insatisfatórias de saúde e serviços de saúse vilarejo não pôde eliminar todo o risco da maternidade. de inadequados tornam perigosa cada gestação, e muitas gestaçóes inguém pode. Ainda assim, com um pouco de ajuda, essa multiplicam esse risco. Até recencomunidade -e outras como ela -pôde tornar a maternidatemente, essas condiçóes também de mais segura. eram prevalentes nos países atualmente desenvolvidos, e as mulheres enfrentavam um nível semelhante de risco. Por exemplo, no início deste skculo, as taxas de mortalidade materna para o Reino Unido e para os Estados Unidos eram de cerca de 425 e 600, respectivamente (163). Na Suécia. as taxas de mortalidade materna caíram de cerca de 570 em 1861 para cerQUANTAS MAES MORREM? ca de 225 em 1900, como resultado do maior treinamento das parteiras das áreas rurais em técnicas seguras de parto (163). Hoje, com famílias menores e taxas de mortalidade materna A cada minuto uma mulher morre em decorrência da gravidez inferiores a 90, as mulheres dos países desenvolvidos enfren-cerca de 500.000 mortes a cada ano. Quase todas essas mortam apenas uma chance em .I .500 de morrerem durante a grates ocorrem nos países em desenvolvimento,onde a saúde das videz ou o parto. mulheres é insatisfatória e os serviços de saúde materna são insuficientes. Nos países em desenvolvimento, em particular, os registros inferiores à realidade e a classificação inadequada das mortes A$ complicações relativas a gravidez causam de um-quarto a maternas obscurecem o quadro da mortalidade materna. Os mktade das mortes ocorridas entre mulheres de idade fértil números mais confiáveis são estimativas baseadas numa vands países em desenvolvimento. Em algumas áreas, a gravidez riedade de fontes (ver Tabela 1, pág. 5). Nenhuma fonte indiPOPULATION REPORTS sas: hemorragia, infecção ou eclâmpsia. Contudo. as complicações que levam a essas condições variam de país para país. Por exemplo, nos países em que as,mulheres dão i luz muito jovens, como em grande parte da Africa, o trabalho de parto prolongado e difícil leva a muitas mortes. Nos pakes onde o planejamento familiar não se encontra disponível, o aborto ilegal causa muitas mortes. Essas morres são apenas uma parte do quadro total. Para cada mulher que morre, muitas outras sofrem de várias doenças algumas de longo termo e incapacitantes. Não se sabe o número dessas doentes. Nem se mediu o prejcízo que essas de-. ficiências trouxeram às suas vidas. As pesquisas têm negligenciado essas mulheres. Na realidade, não fica claro nem mesmo como estudar essa questão. Como resultado, náo se sabe quantas estão incapacitadas para trabalharem, para cuidarem de seus filhos, ou para retomarem suas vidas normais depois do parto. POR QUE A GRAVIDEZ UM RISCO? Por que as mulheres adoecem e, as vezes, morrem durante a qavidez e o parto?Em todos os países em desenvolvimento, a maioria das mortes pode ser atribuída a uma dessas très cau- A hemorragia é mais comum imediatamente após o parto. A hemorragia ocorre, com frequência, porque o útero não se contrai com vigor suficiente para interromper o sangramento ou para expelir a placenta. Essa condição-atonia uterina-é mais comum entre as mulheres que têm muitos filhos. Outras causas comuns do sangramento intenso antes, durante ou após o parto são: trabalho de parto prolongado, ruptura uterina, lacerações no colo do útero ou na vagina em decorrência de partos traumáticos ou de abortos malfeitos, posição anormal da placenta, ou separação precoce da placenta da parede uterina. Segu~do estudos realizados em hospitais, de2 a3 por cento das mulheres sofrem hemorragia durante o parto (31, 97, 171). A infecção pós-parto ou o aborto ilegal é comum nos países em desenvoivimento. Segundo grandes estudos realizados na Nigéria e no Quênia, por exemplo, de 8 a20 por cento das mulheres, respectivamente, desenvolveram infecçóes do trato genital superior após o parto (148,298). As mulheres que sobrevivem a essas infecções enfrentam um risco maior de doença inflamatória pélvica mais tarde. Elas também podem desenvolver gestações ectópicas, infecundidade e dores pélvicas crônicas (63, 64,248,347,413). I Este número de Population Reports foi preparado por Çberyl Lettenmaier, R.N., M.P.H., Laurie Liskin, Sc,M., Cathleesi Ab Church, M.H,S. e John A. Harris. Editor: Ward Rinkhart. Produção de Merridy Gottlieb e Lindh D. Sadler. Comentários e materiais adicionais serão bem-viqdos. Agradecemos a assistência dos seguintes revisores: Clayton Ajello, Laura Altobelli, E.M. Backett, Naomi BAumslag, Williarn R. Beisel, Mark Belsey, Jane T. ~ertranld,$ushum Bhatia, Larry L. Ewing, Eleanor E. Polta, Judith Fortney, Ronald H. Cray, Kelsey A. Harrison, Robert A. Hatcher, Carol Hermann, Roy Ja{ ~ b s t e i n ,Samuel Kahn, Kathy Krasovec, Barbara I KWast, jcrhn L a w s ~ n W. , Henry Mosley, Dorothy L. P+rtman, Bonnie Pedersen, Thomas Petrick, Barry hh. Popkin, A l k n Randlov, Roger W. Rochat, Judith P, f?&oks, Allan G. Rosenfield, Erica Royston, Fred T. Say, Dianq Schwartz, Pramilla Senanayake, James Shelton, J. Joseph Speidel, Farhang Tahzib, Suzanne GdThomas, Anne Tinker, José Villar, Gordon Wallaa&, Edward Wallach, A. Wasunna e Beverly Winikoff. irklguns revisores leram partes do manuscrito; outros ram na íntegra. ion Reports (USPS 063-150) é publicada cinco vezes por ano maio, setembro, novembro, dezembro) pelo Population ion Program (Programa de Informação sobre População) rsidade JohnsHopkins (527 St. Paul Place, Baltimore, Mar21202, U.S.A.) com o apoio financeiro da Agência dos Estados s para o Desenvolvimento Internacional. lbpulation Repoitr tem por finalidade fornecer urna visão geral pre41ba e autorizada sobre acontecimentos importantes na área de População. Não representa declarações oficiais da Universidade Johns Hopkins, nem da Agência dos Estados Un~dospara o Desenvolvimento Internacional. Population Information Program Center for Communication Programs The johns Hopkins School of Hygiene and Public Health Phyllis T. Piotrow, Ph.D., Diretora, Center for Communication Programs e Population Information Program Ward Rinehart, Diretor-Adjunto, Population Information Program; e Editor, Population Reports Anne W. Cornpton, Diretora-Associada dos serviços brbliográf~cos computadorizados POPLINE. Patrick L. Coleman, Diretor-Adjunto, Center for CommunicationPrograms; e Diretor de Projeto do Population Communication Services, desenvolvendo estratégias e materiais sobre comunicação em plawjarnento familiar. A menos que tenham doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), as mulheres que têm partos vaginais não-complicados em geral náo adquirem infeqóes (405). As chances de infecção aumentam se o trabalho de parto e o parto forem longos ou se as membranas se rompem mais de 24 horas antes do parto. Os exames vaginais frequentes, qualquer cirurgia ou uso de instrumentos durante o trabalho de parto e a falta de técnicas de esterilização também aumentam a probabilidade das infecções (53, 73, 108, 148, 254, 280, 295). Abortos ilegais e malfeitos levam, também, com frequência, a infecções. As doenças sexualmente transmissíveis, em especial a gonorréia e as infecções por Chlamydia, com frequência causam infecções pós-parto e pós-aborto (255, 286, 298, 386). Entre as mulheres do Quênia, a infecção gonocócica durante a gravidez quadruplicava o risco de infecção do trafo genital superior pós-parto (298). Estudos realizados na Africa registram que até um-quinto das mulheres grávidas ou das que acabaram de dar a luz se encontram infectadas com a gonorréia ou com a Chlamydia trachomatis (39,227,248,268,275,298,340, 343,429). A eclâmpsia e a pré-eclâmpsia são complica~òesdecorrentes da gravidez que ainda não foram satisfatoriamentecompreen- di&. A pré-eclâmpsia, o primeiro estágio do distúrbio, se caracteriza por pressão sanguínea elevada, retenção de fluidos (edema) e proteína na urina. Ocorre em geral no segundo ou no terceiro trimestre da gravidez. Se não for tratada, a préeclâmpsia pode se transformar em eclâmpsia, com pressão sanguínea muito elevada, convulsóes ou hemorragia cerebral. Uma vez desenvolvida, a eclâmpsia, deve ser imediatamente tratada e o parto deve ser feito rapidamente. Contudo, mesmo com o tratamento, o prognóstico não é bom. Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, de 5 a 17 por cento das mulheres que tem eclâmpsia morrem (28,38,84,149,258, 270,314,349,405,409). Aquelas que sobreviverem podem sofrer complicações como paralisia, cegueira ou hipertensão crânica, além de danos renais (305, 349). As mulheres que engravidam pela primeira vez apresentam a maior probabilidade de desenvolverem pré-eclâmpsia e eclâmpsia. A pr&eclâmpsia afeta de 1 a 31 por cento das mulheres que estão tendo seu primeiro filho, de acordo com um estudo recente envatvendo 4 países, realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (412). A hereditariedade e a dieta podem explicar a variação ampla. A eclâmpsia ocorre em um por cento ou menos das mulheres grávidas (14,28,83,258, 270,313,412). O trabalho de parto prolongado pode ser fatal devido a perda sanguínea, à desidratação ou aos distúrbios metabólicos (213, 244). O sangramento fatal pode ser devido ao útero rompido, causado por contraçóes persistentes. Mesmo nos hospitais, as taxas de mortalidade decorrentes de rupturas uterinas são elevadas (105, 146, 435). Quando o trabalho de parto se prolonga demais, o bebê deve ser retirado através de fórceps, de intervenção cesariana ou de sinfisiotomia (o corte da cartilagem que une os ossos pélvicos para ampliar o canal do parto). Quando se pode dizer que o trabalho de parto está-se prolongando demais? Não há uma resposta-padrão. Os primeiros filhos em geral levam mais tempo para nascer do que os partos subsequentes. Em geral, contudo, a mulher necessitade assistência médica se permanecer em trabalho de parto por mais de 24 horas. O trabalho de parto prolongado é comum nos países em de- senvolvim,gto. Tem várias causas (ver Figura 2). Particularmente na Africa, uma das mais comuns é a desproporção céfa10-pélvica - quando a cabeça do feto não passa através da pélvis - que leva a interrupção do trabalho de parto (175). A pélvis de uma mulher é estreita demais porque a má-nutrição e o desenvolvimento deficiente na infância impediram que sua pélvis se desenvolvesse normalmente ou porque engravidou cedo demais, antes que seu desenvolvimento pélvico fosse completo (150,252). Outras causas do trabalho de parto prolongado ou interrompido são contraçóes uterinas fracas, POPULATION REPORTS que são especialment muitos filhos; defor anormalidades do c das pela circuncisão O aborto ilegal leva a 200.000 mortes mater morragias provenien causam a maior par pontâneos também com uma frequência I A gravidez ectópica- a fixaqáo de u? 6 ~ ~ h1t i0l i z a & fora do útero - pode causar hemorragia grave. A cirurgra para ihterromper o sangramento se faz ne~@s@ria. Contudo, rtuiitas mortes que poderiam ser evitadas ocorrem porque;a gravidez ectópica não é corretamente diagnostichda ou porque as mulheres não conseguem atendimento qssim que surgep os sintomas (19,56, 94,127). Os hospitais african~sregistrab de 8 a 32 admissóes relativas a gravidez ect6pica para cada 1.O00 partos (11,15,238,284). Taxas um poucp mqis baixas fpram registradas em hospitais da Asia e do Orilente próximo (18, 71,152, 195). Causas Indiretas de Mortes ou Doenças Relativas a Maternidade Os distúrbios que se acentuam ou se tornam fatais durante a gravidez são geralmente chamados causas iridiretas de morte ou de doenças relacionadas a matdrni~dade.Noa países em desenvolvimento, causas indiretas comuns de morte são: hepatitepirótica, anemia e doenças cardiavasculares. Tabela 1. Causas de Mortes Maternas, Estudos Materna por Lugar e Data Bangladesh, Distrito de Tangail, 1982-83 8 Bangladesh, Distrito de Jamalpyr, 1982-83 190 Bangladesh, Distrito de Matlab, 1976-85 193 387 Egito, Menoufia, 1981-83 Etiopia, Adis-Abeba, 1981-83 203 índia, Distrito de Anantapur, 1984-85 43 270 Indonésia, Bali, 1980-82 123 29Sd Tanzânia, zona montanhosa ao sul, 1983 304 11Y' NOTA: Os estudos de comunidades coletam informações sobre mortes maternas a partir de tas com familias, com lideres comunitarios e com protissionais de saúde da comunidade, ar NR = nào registradas POPULATION REPORTS - da OMS, três em cada ciircp mulhiares grávidas nos países em desenvolvimenro~com ~ ? x c B çdaCbiha, á~ são anêmicas ou seja, seu nível de herilogla~binano sangue é inferior a IlgJdl (88). O sangramento menstrual anterior, uma dieta deficiente de ferro absorvível e a malária causam a maior parte dos casos de anemia nas mulheres grávidas, As mulheres anêmicas são menos capazes de resistir a infecção e menos capazes de sobreviver a hemorragia ou a outras complicações do parto. Segundo um estudo realizado em 1982 em 12 hospitais indonésias e Segundo um estudo anterior envolvendo 73.000 gestações na Malásia, as mulheres anêmicas apresentavam uma probabilidade quatro vezes maior de morrerem durante o parto do que as mulheres não-anêmicas (7'2,224). Além do ferro, suspeita-se de que a falta de outros nutrientes também causa complicações durante o trabalho de parto e o parto (398). Mesmo um centro de saúde básica de um vilarejo como este na República do Burkina pode auxiliar a tornar mais segura a maternidade. Um afeqdimento pr6natal simples, o planejarnenio familiar, educação sanitária e uma ligaçáo com centros de encaminhamentb para mulheres que apresentem casos de (D. Sokal, FHI) emergência podem ser fornecidos na própria comunidade. A hepatite virótica se desenvolve muito rapidamente nas muIheres grávidas, partkularmente no terceiro trimestre de gravidezi Cerca de 10 a 20 por cento dos casos resultam em morte, dekido à deficiência renal ou a hemorragia (37,77,185,205, 367,373,405). Sabe-se que a hepatite é uma causa imporfante de mortes maternas na China (70), na Etiópia (203, na India (43,311) e na Nigéria (279) e em campos de refugiados na Somália e no Sudão (373). I As mulheres grávidas também apresentam uma probabilidade maior de contraírem outras doenças infecciosas. A gravidez reduz;a imunidade adquirida das mulheres contra a maláriae a tuberculose. Em relação à malária, a infecção tende mais a ocorrer durante a primeira gravidez da mulher e a probabilidade de que ocorra é maior depois da décima segunda semana de gravidez do que antes (49,51,132). A anemia é comum entre todas as mulheres, mas especialmente entre as mulheres grávidas. De acordo com estimativas $ QuaW sáo os métodos mais práticos para se chegar a uma estimativa útil do número de mortes maternas numa área? Comfrequência náo sáo registradas as mortes relacionadas ao aborto e outras mortes que ocorrem no inkio da -/avidez? ) Quantas mortes maternas ocorrem mais de seis semanas após o parto e não são, portanto, contadas? i) Entre as mulheres de idadefértil, qual é a relaçáo entre o número de mortes maternas numa deteminada área e o número de mortes devidas a outras causas? ) Quais indicadoresfacilmente memuráveis podem representar as mortes maternas, especialmente, para a avaliação do impacto de um programa? $ Como as estatísticas hospitalares refletem os números totais e as causas de mortes maternas numa determinada área? i) Qual é a prevalência das doenças relacionadas a gravidez? Quantas mulheresficam com doenças crônicas? Como isso pode - ser estudado? Por que as taxas de mortalidade e morbidez maternas diferem em áreas que têm condições sócio-econômicas semelhantes? Quais são as conseqüências sociais e econômicas da morte ou das doenças de uma máe? Até mesmo a gravidez e o parto normais trazem uma carga para o sistema cardiovascular. Assim, eles podem ser fatais para as mulheres que têm problemas cardiacos. Segundo um estudo realizado em Menoufia, no Egito, os distúrbios cardiovasculares causavam 16 por cento das mortes maternas. Cerca de metade delas envolvia um histórico de febre reumática (123). Distúrbios Crônicos Em 1980, um estudo iealizado numa pequena aldeia da índia concluiu que, para cada morte materna, 16 mulheres sofriam de doenças durarite a gravidez, o parto, ou durante um período de seis semanas apás o parto (85). Esse talvez seja o único estudo desse tipo. A prevalência de doenças durante e após a gravidez e seu iinpacto sobre as vidas das mulheres ainda não foram adequadamente avaliados. Algumas dessas doenças são crônicas. Fístulas. A mais intapacitante de todas as lesões obstétricas são as fístulas vaginais -conexões anormais entre a vagina e a bexiga ou entre a vagina e o reto. A urina e/ou as fezes vazam continuamente através da vagina, causando odor e dolorosas erupções de pele na vulva e no períneo (214, 243,266). Com frequência, as mulheres que têm essas fístulas são rejeitadas por seus maridos e evitadas por suas comunidades (106,147, 199,243,264). Não se sabe com que frequência as fístulas ocorrem. Em diversos hospitais nigerianos, menos de um por cento de todos os partos foram camplicados em decorrência de fístulas (105, 138). Obviamente, muitas mulheres não dão à luz em hospitais. Apenas em Zaria, na Nigéria, uma média de 130 mulheres por ano se submeteram a cirurgias para a correção de fístulas entre 1969 e 198q (360). Na Etiópia, ocorrem cerca de 1.000 casos a cada ano. Um pequeno hospital foi construído na década de 1960 exclusivamente para a correção de fístulas (143). Um trabalho de. parto prolongado e interrompido, especialmente devido a desproporção céfalo-pélvica, causa a maior parte das fístulas. A pressão contínua exercida pela cabeça do bebê destrói os delicados tecidos vaginais. As mulheres muito jovens que estão tendo seu primeiro filho enfrentam o maior risco. Em algumas regiões africanas, a prática tradicional de se cortar a vagina também causa fístulas (360). Esses cortes, chamados de cortes gishiri, são realizados com frequência para facilitar o parto. Embora as fístulas possam ser fechadas por uma primeira cirurgia em 70 a 80 por cento dos casos (106,112,188,385), pode ocorrer a estenose (o estreitamento) da vagina. Isso pode tornar a relacão sexual dolorosa ou im~ossível.Além disso, durante gestações subsequentes, essas mulheres apresentam uma probabilidade maior de terem infecções no trato urinário e, pÒssívelmente, abortos espontâneos-(243). Com frequência, elas precisam se submeter a cesarianas, com os riscos que essas acarretam. As fístulas, às vezes, reabrem depois do parto (112). Prolapso uterino. Gestações repetidas e o trabalho de parto prolongado estiram os ligamentos pélvicos que seguram o útero, contribuindo para o prolapso do útero. Segundo estuPOPULATION REPORTS dos conduzidos pela OMS na Colômbia, no Paquistão, nas Filipinas e na Síria, constatou-sf: que de 3 a25 por cento das mulheres com menos de 45 anos de idade apresentavam algum nível de prolapso (282,283). O trabalho pesado, a obesidade e a tosse cronica também contribuem para o prolapso uterino. Como esses problemas afetam qsvidas das mulheres?O sofrimento físico e social decofrentedas fístulas vaginais é óbvio. O impacto de outros prob~emas trabalho de parto longo e difícil, forte sangramento antesq depois do parto, maior suscetibilidade q doenças infebciosas - é mais difícil de ser avaliado. No mínimo, esses problemas diminuem a energia física e mental das mulheres. As mulheres podem estar menos capacitadas para o trabalho, mQno9 capacitadas para resolverem problemas e para serem boa^ mães. Dada a importância vital das mulheres para suas famílias e suas comunidades e a necessidade de que as mulheres assumam um papel mais ativo no desenvolvimento, qualquer problema que impeça as mulheres de atuarem com o máximo de suas capacidades exige atenção. - Mais de 60 por cento de todas as mulheres viveq erh países onde sua condição vai da pobreza a extrema pabreza. ~ s s k $ mulheres, que chegam a 1,4 bilhão, vivem em coi-idiçdek que ameaçam sua saúde (301). Essas condiqões insatisfatórias comprometem a saúde materna de várias formas - 8s moças em geral recebem menos educação do que os rapazes, menos alimentação, menos atendimento de saúde; algumas não conseguem obter serviços de saúde, mesmo numa emergência, sem a permissão de um homem; allgumas se casam muito jovens e começam a ter filhos cedo demais; algumas são circuncidadas na infãncia. Uma condi! ção melhor para as mulheres não virá rapidamente, e a busT ca dessa condição não substitui o fornecimento d e u m melhor atendimento n o presente. Contudo, a longa prazo, essa busca fará uma diferença importante na saúde das mulheres. Um parto mais s8udAvel pode começar na comunidade. É necessário que haja um bom dtendimento por ocasião do parto. Tamb6m é necessiário uril bom atendimento antes, durante e após a gravidez. Em outras palavras, um parto seguro requer uma miilher salbdái"vieil. Nenhum posto de saúde ou hospital pode garahtir iu6cr. Se a bua saúde é "um estado de completo bem-estar físico, mental e sokial e não meramente a ausência de doença ou enfermidadeH'(406),ela deve começar onde as pessoas vivein. Idealmerire, pbrtanto, um programa de saúde materha (11 começará na comunidade, (2) prestará atendimento ZI saúde da mulher ao longo de toda suavida, e (3) integrará o atendiwehto de Saúde tradicional já praticado na comunidade ao atendimedto modemo de saúde. Além disso, deve enviolvei.1 muitas dreirs: obstetrícia, nutrição, planejamento familiar, controle de doeriças sexualmente transmissíveis e outras doenças infecciosas, educação sexual e comunicação, além de desenvolvimento comunitário. Tal programa necessariarhente depende de pessoal com diferentes níveis de treinamento, experiência e responsabilidade, incluindo, possivelmente: Parteiras tradicionais ou outros profissionais tradicionais tr6inados. Encontram-seprofissionais tradicionais- cujas técnicas foram totalmente aprendidas através de observaçáo da prática e da experiência - em comunidades de todo o Mundo. Mds nãu é apenas sua disponibilidade na comunidade que recomenda seu treinamento. Seu papel na comunidadefoi estabelecido há muito tempo, e é parte de sua rede social. As mulheres em geral preferem um atendimento que Ihes é familiar aquele fornecido por estranhos. * Enfermeiras-parteirasassistentes -em geral mulheres jovens e alfabetizadas, que foram treinadas por dois anos ou menos no sistema de atendimento moderno de saúde. Essas profissionais podem atuar na comunidade no lugar dos profissionais tradicionais, ou em conjunto com eles. Parteiras, enfermeiras, enfermeiras-parteirase médicos profissionais de Saúde que treinam e supervisionam enfermeiras-parteirasassistentes e parteiras tradicionais treinadas e que atendem mulheres com sérias complicaçóes nos centros de encaminhamento. É difícil integrar os sistemas tradicionais de atendimento de saúde aos modernos. Essa integraçáo requer que os fornecedores de serviços de saúde de ambos os sistemas aprendam novas técnicas e novas maneiras de trabalhar. * Muito precisa ser aprendido sobre isso e sobre todas as outras formas de se melhorar o atendimento à saúde materna na comunidade. Tanto os programasde atendimento obstétrico existentes como os novos precisam ser avaliados. Ao mesmo tempo, as várias outras formas de se tornar POPULATION EEPORTS Uma mulher colombiana assiste aula cercada por colegas do sexo masculino. A educação melhora o poder aquisitivo das mulheres, o acesso a serviços de saúde, o USO do planejamento familizr e a nutrição - todos vitais para a saúde materna. Apesar disso, as meninas e as mulheres raramente conseguem obter instruçáo. (Banco Mundial) Entre as outras iniciativas possíveis para se aumentar a idade ao casar incluem-se a legislação de uma idade mínima mais elevada para o casamento e a educação de comunidade sobre os benefícios de se adiar o casamento e a natalidade. Contudo, a legislação provavelmente não será bem-sucedida sem o compromisso da comunidade e dos Iíderes políticos. Circuncisão feminina. A circuncisão feminina, ou a mutilação genital feminina, é uma prática cultural que pode afetar profundamente a saúde das mulheres. Estima-se que na Africa mais de 50 milhões de mulheres são circuncidadas. Com menos frequência, a ciicuncisão feminina é praticada em partes do Oriente Próximo, da Asia, da América do Sul e Austrália (332). O grau de violência do procedimento varia em crueldade desde a remoção de parte dos órgãos genitais externos ate5 a infibulação, que fecha a abertura vaginal e é praticada, segundo relatos, principalmente na Somália, no Sudão, no sul do Egito, em partes da ftiópia, em Mali, no Senegal e na Malásia (377, 389). A circuncisão feminina é realizada com frequência por um líder ou curandeiro tradicional da comunidade em condicóes insatisfatórias de assepsia (23). Não há razões médica; ou de saúde que apóiem essas práticas (411). As complicações decorrentes da circuncisão durante o parto podem ser sérias, dependendo da extensão da mutila~ao (23,231, 332, 377, 389). Um trabalho de parto prolongado é mais comum entre as mulheres que foram submetida$ a excisão genital (23). Q pgrto vaginal com frequkncia dilacera o t~cido cicatricial causado pelo ferimento da circuncisão, levando ao surgimento de infeccóes, hemorragia ou fístulas (332,377,393). A mulher que sofreu infibulaçáo sempye necessita de assistência de profissionais treinadas durante o parto. A menos que alguém reabra a vagina cirurgicamente, o bebê não poderá nascer, e tanto a mãe como a criança morrerão (389). a gravidez (191). Raramente podem voltar a estudar depois do nascimento de seus filhos. Muitas mulheres talvez pudessem obter mais educação se fossem encorajadas pela comunidade. Há necessidade tant o de educação formal para moças como de aulas de alfabetizacão de adultos para mulheres. Como a educação é quase sempre uma furição governamental, o compromisso~eo encorajamento do governo constituem um primeiro passo necessário. Idade ao casar. Em muitas culturas, o casamento e a maternidade precoces constituem a norma. O casamento precoce é mais comum no subcontinente indiano e na Africa. E menos comum na Asia Oriental e na América Latina (158). O casamento mais tardio significa um início mais tardio e mais seguro da natalidade e uma fecundidade mais baixa durante toda a vida. Em média, as mulheres que se casam entre as idades de T5 a 19 anos de idade dão a luz a seis ou sete filhos. Urna forma de aumentar a idade ao casar é manter as moças na escda. Por exemplo, em Gana, um estudo roncluiu que a maioria das mulheres que não receberam ~ducaçtioformal se casaram entre as idades de 13 a 16 anos, enquanto que a maioria das mulheres que receberam, rio mínimo, uma educação primária esperaram até completarem 18 anos (55). Em todo o Mundo, as áreas onde as porcentagens mais altas de mulheres receberam educação formal são também as áreas onde ocorrem as porcentagens mais baixas de mulheres que se casam antes dos 20 anos (158). Nas regiões onde se pratica a circuncisão feminina, qs; programas que têm por objetivo melhorar a saúde materna devem educar toda a comunidade sabre seus efeitos prejudiciais. Por exemplo, num projeto-piloto realizado no Sludáo, mulheres da comunidade, parteiras tradicionais e outras pessoas influentes elegeram representiintes pqra participarem de um seminário sobre circuncisão feminina. Os representantes voltaram a suas comunidades para ensinar autras mulheres. As mulheres que têm problemas de saúde refativos a circuncisão, professoras e outras Iíderes femininas também podem ser esclarecidas e encorajadas a ensinar outras mulheres (251). Além disso, pode-se recrutar; profivsionais de Saúde do sexo masculino para q y e qtuem, junto aos Iíderes comunitários do sexo masculin~,qpc: podem ser responsáveis pela decisão final relaltivaa icirr~ncis60feminina (169). Programas comunitários desenvolridos Da República do Burkina, no Egito e no Sudgo, entreoutros, tem tentado reduzir essa prática. Contudo, tanto as harnqns como as mulheres resistem à mudança e Q progresso tem sido lento (251, 296). A Nutrição Durante Toda a Vida As mulheres precisam comer bem durante iada sua vida, náo apenas quando estiverem grávidas. A subnutríção durante a infância pode levar a um crescimento in'suficiente e à formação de um canal do parto pequeno o u defdrmado que, por sua vez, pode levar a um trabalho de parto interrompido. Aíém disso, suspeita-se que a slibnbtrição e as deficiências de certos nutrientes durante os anos férteis de uma mulher aumentem seu risco de infecção ou h e m ~ r r a gia durante a gravidez o u o parto, &m do risco de préeclâmpsia e de um trabalho de parto prematuro ( a p s de 37 semanas de gravidez). Levantamentos realizados em mais de 80 países em desenvolvimento concluíram que de 20 a 45 por cento das mulheres de 15 a 44 anos de idade não consomem um número suficiente de calorias por dia (142). Um estado nutricional insatisfatório em geral é passado de uma geração para outra. Os filhos de mulheres mal-nutridas tendem a nascer com pouco peso (196). POPULATION REPORTS Obviamente, as mulheres não sáo as Unicas a passarem fome. Contudo, especialmente nas cultura!: mais pobres, a alimentação não é igualmente distribyída. Em muitas sociedades, as mulheres devem comer d e p ~ i sdas homens e recebem quantidades menores dc alimentos de alto teor de proteinas e calorias (68, 387), Há muitas formas de se enfrentar o problema da má-nutrição feminina a nível comunitário: Educaqão sanitária e nutricional. Exames pra verificação de anemia e prevenção, Suelementas de iodo. ~lihcnta~ã suplementar, o Hortas comunitárias e domésticas. ? Educação sanitaria e nutrioional. ,4 educação com base na comunidade e srucial em qualquer iniciativa para a melhoria da nutrição, Clntudo, os prograMas de educaçáo nutricional tendem a se roncehtrar na nutrição de bebês e crianças:ao invés de nas mulheres. A educação pode fornecer as técnicas, os conhecimentos e a confianca de aue as mulheres necessitam para o planejamento de dietas sabdáveis e para a proteção da salíde de suas famflias. Naturalmente, esses esclarecimentos podem ser mais úteis quando Cor possível a compra ou o cultivo de alimentos nutritivos. Contudo, mesmo quando há falta de bons alimentos, os maridos e os outros homens podem aprender que devem dividir seus alimentos de forma justa com as mulheres e as meninas. A educaç2io e h comunica(;ão relativas a saúde assumem muitas formas. Visitas domiciliares, reuniões de clubes, reuniões comunitárias, seminários de empregados e conversas individuais são algumas das possibllidades (119). Por exemplo, no Sudão, 3s parteiras dos vilarejos, treinadas pelo governo, visitavam as mglheres em suas casas e Ihes informú Iam 11 sobre nutrição infantil, A avaliação mostrou que as mZes com menor nível educacicunal foram as que mais aproveitaram os ensinamentos recebidos (384). Pode-se utilizar uma abordagem semelhante 1 para a educaçáo nutricional materna. I I Exames de verificaçáo de ane- I mia e prev0nção. A anemia agrava muitas das complicações do parto (ver pág. 6). Além disso, a gravidez aumenta em muito as necessidades que a mulher tem de ferro. A forma mais fácii de se fazer isso - se houver disponibilidade - é o acréscimo de carne e de outros alimentos ricos em ferro as dietas das mulheres e meninas. O enriquecimento da farinha e de outros alimentos processados com ferro é uma outra opção em algumas áreas. Contudo, com mais frequência, os programas de saúde materna e infantil têm podido atender apenas a mulheres grávidas, oferecendo-lhes comprimidos de ferro e ácido fólico (ver pág. 14). Suplementos de iodo, A deficiencia de iodo é mais entre as mulheres nos Seus anos férteis (292). Causa o b6POPULATION REPORTS AS meninas frequente de. O menino sempre meninas subnutridas enfrentam, quando (Balcomb, UNICEF) todos os esforços devem ser feitos no sentido de Ihes fornecer suprimentos e serviços de planejamento familiar. As gestações indesejadas frequentemente terminam em aborto legal ou ilegal. Em todo o Mundo, 20 a 30 por cento de todas as gestações terminam em abortos induzidos (3151, e até 80 por cento desses abortos são ilegais (300). Cerca de 115.000 a 200.000 mulheres morrem todos os anos em decorrência de abortos malfeitos (ver págs. 4-5). Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se as mulheres tivessem alternativas seguras. - As mulheres frequentemente recorrem qo aborto quando vão têm acesso a anticoncepcionais. Por exemplo, um estudo realizado na Bolívia envolvendo 4.371 mulheres que tiveram complicações relacionadas ao aborto, em 1983-84, concluiu que quase 30 por cento delas não haviam usado nenhum anticoncepcional no mês anterior à concepção porque não dispunham de informações suficientes sobre o planejamento familiar (24). Nas regiões onde o planejamento familiar se encontra disponível, há menos abortos e menos mortes relacionadas ao aborto. Por exemplo, quando o Chile iniciou seu programa de planejamento familiar, em 1963, 3 por cento dos casais praticavam a anticoncepçáo. Ate 1978 a porcentagem havia aurnentado para 23. Durante esses mesmos anos, as mortes relacionadas ao aborto caíram de 118 para 24 por 100.000 nascidos vivos (117,172,256). Embora o uso de anticoncepcionais esteja aumentando em muikos países (225), muitas mulheres que querem evitar a gravidez ainda não praticam o planejamento familiar. Levantamentos de Demografia e Saúde, realizados recentemente em 13 pafses em desenvolvimento, concluíram que 50 a 91 por cento das mulheres casadas não desejavam outra gravidez na época. Cerca de 24 a 97 por cento dessas mulheres, para as Tobkla 2. Porcentagem Estimada de Mulheres CasadasaQue Não Qudrem Engravidar no Momento Mas Não Usam o Planejamento Fqmifiar, Levantamentos de Demografia e Saúde, 1985-1988 I 45 . empo querem adiar a gravidez. s filhos por, no mínimo, um ano. no momento, sem se levar em conta o Fonties: Demo&raphicand Healrh Surveys (Levantamentos de Demografia e Saúde) (74,80,101,104,155,Z59, 260,269, 290,354). POPULATION REPORTS quais há dados disponíveis, não estavam praticando a anticonceacão (ver Tabela 2). Assim, uma owortunidade imwortante d ee; melhorar a saúde materna resjde no fdrnecin;ento de planeiamento familiar a todas as mulheres que querem evitar a ,gravidez. I As mulheres geralmente nãokperemoutra gavidkz imediatamente apirs o parto. Embora c)s efeitos aldveisos dÒs intervalos curtos entre os nascimentos sobre ia shbde infant I tenham sido bem documentadas hos países tilm desenvolliimento (79, 161,162), as evidências desses efeitos sobre a saqde materna - denominada de sindrome de eçgbkamento materno- não são muitas e nem são consistentes (400). Os estydos realizados até o momento não encontrararir uma asso'ciaçãoforte entre deficiências nutricion8is espekilfjcas, subnutricão de proteína e calorias e a envelhecihento prematurd, de um lado, e gestações muito próximas, de outro (2,400). I 1 I A síndrome do esgotamento materno é difícil de sqr estudada. E difícil separar os efeitos de muitas ~estaçóespríiximasumas P das outras dos efeitos de fatotes sócio-econâ~icds,tais como educação e nível de renda maternos. Estudos sobre o espaçamento ehtre OS fllhos e a saúde da mulher, que se encontram em andamento nas Filipinas e na Guatemaia, po'dem conseguir levar em conta alguns desses problemas (299). '1 I PI O planejamento familiar na comunidade. Para que o planejamento familiar contribua tanto quanto possível para a saúde materna, os serviços devem ser oferecidos as mulheres nas comunidades em que vivem. O planejamento familiar pode ser oferecido na comunidade de várias formas. Entre os programas de distribuição com base na comunidade (DBC), incluem-se: *Assistentes comunitârios que visitam os domicílios para oferecerem servilos. Suprimentos localizados no próprio vilarejo, administrados por um membro da comunidade. Miniclínicas ou clínicas de longo alcance localizadas em vilarejos ou nas cercanias urbanas. * Visitas periódicas realizadas por assistentes treinados náopertencentes à comunidade. 1 A maioria das programas com base na comunidade conta com fornqcedores não-profissionais (385). A pesquisa de operações tem mostrado que muitos tipos diferentes de pessoas podem fornecer o planejamento familiar e outros serviços básicos de saúde na comunidade (j29). Por exemplo, o projeto do DBC no Estado de Oyó, na Nigéria, treinou tanto parteiras tkadicionais como pr~fissionaisde Saúde do sexp masculino residentes na comunidade para que fornecessem serviços de planejamento familiar. As mulheres tendiam a procurar aconselhamento junto às parteiras, enquanto que os homens procuravam os profissionais do sexo masculino (316). Em muitos programas com base em locais de trabalho, funcionários voluntários fornecem informações e suprimentos de planejamento familiar a seu5 colegas de trabalho (ver Population Reports, "Programas de Planejamento Familiar com base no Emprego", J-34, setembro-outubro de 1987). Os pontos de venda comerciais são a principal fonte de alguns anticoncepcionais, como os preservativos. Em vários países, os programas de marketing social de anticoncepcionais oferecem anticoncepcionais a preços subsidiados através de vários pontos de venda comerciais (ver Population Reports, "O Marketing Social de Anticoncepcionais: Lições a Partir da Experiência", J-30, julho-agosto de 1985). I I ! i% A pesquisa de operações em todo o Mundo tem demonstrado que os programas de DBC: * Podem aumentar o uso de anticoncepcionais, particularmentes nas áreas rurais. Atingirão um número maior de casais quando oferecerem mais métodos. Não aumentam os riscos de saúde decorrentes do uso de anticoncepcionais orais. Podem operar a um custo razoável. (Ver Population Reports, "Operations Research: Lessons for Policy and Programs", 1-31, maio-junho de 1986). POPULATION REPORTS As mulheres sadias e bem nutridas, que planejam suas gejtaçoes, e que obtèm assisténcia comoetente durante a gravidez, o trabalho de pario e u parto apresentam uma p;obabilidade maior de terem paitos segimros e bebês sadios, I (Wolff, Banco Mundial) As Doenças Sexualmente Transrnissíveis As doenças sexualmente transmissíveis devem ser tratadas a tes que a mulher engravide para se evitarem (1) dores çrônic e infecundidade; (2) complicações decorrentes da giavi como a gravidez ectópica, o aborto espontâneo e o início maturo do trabalho de parto (12); (3) infecção pós-parto, pode causar a irifecundidade ou a morte (298); e (4) infe no bebê. A prevenção é melhor do que o tratam mento sexual mutuamente fiel com ape melhor proteção. Contudo, as mulheres contraírem uma doença sexualmente tra proteger insistindo para que seus parcei vos e, preferivelmente, usando também, dos anticoncepcionais de barreira (64, grávidas que correm o risco de adqui mente transmissível também deve insistir para que seus p ceiros usem preservativos para protegê-las, bem como a se bebês. O tratamento imediato e adequado das pessoas intectadas e de seus parceiros sexuais pode interromoer a disseminacáo da doenia dentro da comunidade, além de impedir o prog;e I) Existe o sindrome do esgotamento materno? A>grstc@e, rnuilo próximas e a amamentação prolongada são prejzldiciau às mulhc res? De que forma? 1, Há formas práticas com que osfornecedores de serviços de saúde niuel comunitário possam zdentzficar, da gravidez, as ) mulheres Queabresentam tendência a desenvolver comb~icacóes = durante aera;idez ou o trabalho de barto? 2 1, Como o estado de saúde e de nutrição de uma mulher, antes da gravidez, afeta seu rzsco de ter complicações durante a gravidez ou o parto? I) Qual a extensão da proteção que o planejamento familiar oferece contra mortes maternas resultantes do parto e do aborto ilegal? 1, Com que freqüêncza a circuncisãofeminina complica o trabalho de parto e o parto ? 1, O que podem fazer os serviços de saúde no sentzdo de cessar a prática da circuncuão feminina? da doença no indivíduo (170,430). A educacão tanto para I mens quanto para as mulheres 5 crucial. k maioria das pe as não sabe como as doenças sexualmente transmissíve o disseminadas ou quais são seus sintomas e suas complic les (347). Com frequência, as mulheres são particularmen al-informadas e podem necessitar que as informações se c am a elas especificamente. Por exemplo, quando um pr ama comunitário de educação realizado em Madras, i dia, se dirigiu especificamenteas mulheres, a porcentage 1s que sabiam identificar os sinais e os sintomas das doenç xualmente transmissíveis aumentou de 23 para 86 por cen ) curso de três anos (353). Além disso, deve-se abordar tal im o estigma social das doenças sexualmente transmisi is, que frequentemente desencorajam as mulheres a proc rem tratamento (430). F ___(_.____II Sinais de Complicaçóes Obstétricas Sérias O tratamento precoce de complicaçóes obstétricas sérias pode salvar as vidas de muitas mulheres. Todos os fornecedores de atendimento de saúde a nível comunitário e todas as mulheres grávidas precisam conhecer os sinais de perigo da gravidez e do parto. Oes também precisam saber que as mulheres que já tiveram partos difíceis, que tiveram cesarianas ou que se submeteram a circuncisões externas (infibqlaçáo) devem dar 2 luz com a assistência de uma enfermeira-parteira treinada o u de um medico. Se as mulheres apresentarem qualquer um dos seguintes sinais au sintomas, elas devem procurar imediatamente uma enfermeira-parteira treinada ou um médico. Durante a Gravidez Corrimento vaginal excepcionalmente abundante ou mal-cheiroso. Dores de cabeça muito fortes, tonturas, fadiga ou respiração difícil. Çangramento vaginal (hemorragia anteparto). Mãos e rosto inchados (edema). Nenhum sinal de trabalho de parto mais de um dia após o rompimento da bolsa d e água (ruptura prematura das membranas). Convulsóes (eclâmpsia). Durante o Trabalho de Parto * O trabalho de parto se prolonga por mais de u m dia e uma noite (trabalho de parto prolongado). Convulsões (eclâmpsia). O feto não se encontra na posição de cabeça costumeira (apresentação anormal). O cordão umbilical pende da vagina (prolapso do cordão). Jorros de sangue vermelho vivo saindo pela vagina (hemorragia). Após o Parto Nem toda a placenta é eliminada (placenta retida). Corrimento vaginal excepcionalmente abundante ou mal-cheiroso (infecção). Sangue vermelho vivo eliminado pelavagina durante mais de sete dias. Convulsões (eclâmpsia). Calafrios e febre (infecção). Dor n o ventre (infecção). i, o Sei~s muito sepsíveis e inchados, com manchas avermelhadas (mastite). Population Reports ' A AIDS e a saéide materna. A AIDS - síndrome da imunodeficiência adquirida - 6 uma nova doença sexualmente transmissível, mortal e que está sendo rapidamente disseminada. Diferentemente da maioria das outras doenças sexualmente transmissíveis, não há cura para a AIDS. O vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a AIDS, está infectando números cada vez maiores de jovens mulheres em seus melhores anos férteis. Uma vez infectada, a mulher grávida - com ou sem sintomas -transmite o vírus a seu bebê, antes ou durante o parto, em 30 a 60 por cento dos casos (126). Entre as mulheres grávidas, a taxa mais alta da infecção com o HIV já registrada é quase uma em cada quatro, num hospital de Campala, em Uganda, em 1987 (62). Estudos recentes têm aliviado as preocupações de que a gravidez aceleraria a progressão da doença em mulheres infectadas com o HIV. Nos EUA e na Europa, as mulheres infectadas - ~rinciaalmenteas usuárias de drogas inietáveis - não ap;esentam uma probabilidade maior ;d desénvolverem sintomas de infecção ou de AIDS durante a gravidez do que as mulheres infectadas que não estão grávidas (41,180,228,363). Informações provenientes da Africa sugerem a mesma coisa. Estudos prospectivos que comparam mulheres infectadas grávidas e não-grávidasse encontram atualmente em andamento em diversos países africanos (133). As medidas utilizadas para a prevençáo de outras doenças sexualmente transmissíveis podem auxiliar a controlar a AIDS. Qualquer pessoa infectada com o HIV e que continue a ter relações sexuais deve usar preservativos de forma sistemática, Essas pessoas podem usar t a m b h outro método anticoncepcional confiável que forneça uma proteção extra contra a gravidez, evitando assim transmitir o vírus a seus filhos. As u mulheres grávidas que correm o risco de se infectarem com o HIV devem insistir no uso de preservativos para se protegerem e a seus filhos. A comunidade em que vive é, com frequência, o melhor lugar para a mulher receber atendimento básico d u r a d a gravidez. 0 s serviços comuni.tários são os mais acessíveis. Alem disso, as tarefas mqis importantes podem ser realizadas de forma simples e som equipamento complexo. E, ainda, a maioria das comunidades já tem alguma forma de atendimento a ~ r a v i dez, forlne<fidopor profissionais tradicionais. Os novos programas têm a ganhar se atuarem em cohjunto dom esses profissionais tradicionais, que já contam com a confiança das mulheres lodais. Há poucab evidências diretas sobre a eficácia do atendimento à gravidez a nível comunitário. Contudo, alguns dos serviços pré-hatais mais impoi'tarites realizados em clínicas e hospitais são claramente viáveis dentro da comunidade, usando-se procedimentios simples e de baixo custo. Dependendo dos recursos, do pessoal e das instalações disponíveis, esses serviços podem ser tão simples quanto medir a altura de uma mulher numa parede marcada ou tão técnicos quanto um exame de urina para a detecçáo de proteína com um pequeno bastão especial. Com grm treinamento breve e uma supervisáp periódica, ais fornecedores de atendimento a nível compnitário podem: Examinar as mulheres grávidas e encaminhar as que correm alto risco de complicações na gravidez ou no parto a centros onde passam receber atendimento especial, Acompanhar a gravidez e tratar ou encaminhar quaisquer problemas que surgirem, Informar 2s mulheres e a comunidade acerca de saúde e do plgnejamento familiar. O atendimento competente à gravidez, quer na comunidade ou numa clínica, auxilia as mulheres a terem gt?star;ões mais seguras e bebês mais saudáveis. Por exemplo, em 12 hospitais da Indonésia as mylheres que não haviam recebido atendimento pre-natal apresentavam uma probabilidade cinco vePOPULATION REPORTS zes maior de morrerem durante o trabalho de parto e o parto do que as mulheres que liaviam frequientado erma clínica prénatal (72). Os pesquisadores detectaram uma diferença semelilanre em Adis-Abeba, na EiiLípia (204). AEém disso, as mulheres que recebem atendimento pé;-natal tendem menos a terem bebês de baixo peso o u mortes perinatais d o que as mulheres que náo tiveram esse ripa de atendimenio (93, 204, 338). Na realidade, o peso ao nascer mais elpvado e urna melhor sobrevida da criança, e não uma rnelhor saúde materna, têm sido as principais razóes para a inip8ementação do atendimento prónatal e, portanto, as principais medidas de seu sucesso. Como as mulheres que idtilizaim sewüços de sa8ide tendem a terem um nível educacional e econbmíco imais eEevado do que as que náo os erfilizarn (ver q ~ ~ d r pggs. o , 16-17'), elas podem ser mais saerdáiveis e ter beh& m ~ saud5veis k mesmo sem atendimento pré-natai (25711. Contudo, u m estudo realizado em Acra, em Gana, conduiu que, entre as mulheres com nfveis semelhantes de educaç$o, aquelas que receberam atendimento pr6-natal apresentavam uma probabilidade menor de abortarem d o que aquelas qlie não receberam esse atendimento (175). d 9 U Exames para Dietecqh do Aito R~SCO e Formas simpleg porém imgorhnles, de se acompanhar a gravidez, tais como o em sei utilizadas tanto na camunidadte como nas clLaiicas. (Schytte, WNIGEF). Assistentes de saúde na comunidade com frequência podem prevei4qeiais mulheres grávidas desenvolverão complicaçdes. A mulher grávida deve ser examinada durante seu primeiro contaéo com o sistema de sesviços de saúde, o mais cedo possível em sua gravidez. Assim, liavercá tempo para providências reíativas a tratamento, encaminhamento o u transporte. - 0 s procedimentos do exame de detecção que em geral envolvem um exame e a anotação d o I.rist8rico de reprodhmgão (ver quadro, pág. 14) - devem ser adaptados aos assisientes que os utilizam. Os procedimentos de exame e de anotação d o histdrico podem variar em complexidade desde perguntar ài mulher se ela já; teve uma gravidez SPIIQ parto diFíciI aE6 pseencher uma lista complexg de fatores de risco ponderados (22-1, 272,392). Diversas organizações estáo desenvolvendo Fichas de registro ilustradas para auxiliarem assistentes de saúde awalfrabeaos a identificarem todos os fatores de risco 165,223, .,*a\ L/L,44La)& O risco de trabalho de parto interrompido é mais Fácil de ser detectado: a altura da mlrB11er sugere se o canal d o parto é grande o suficiente para a passagem de urh bebi& (252, 327, 352). Por exemplo, em Serra Leoa, solicitava-se Ps mulheres com menos de 1,52 t m de altura e gp-avidas pela primeira vez que dessem à luz num hospita! ou centro de saúde. Esse crité- 1 Muitas organizaçóes de desenvolviment~de assistência, grancional, envolvendo quase 75 países, jd foram planejados. Para des e pequenas, têm expandido sua ktuação no sentido de toros anos fiscais de 1987 e 1988, o Bahco Mundial esta linamiando ? nar a maternidade mais segura e têm-se comprometido afornecer mais assistência técnica e apoio financeiro aos programas d g $ & [ q @$i#Xd$~biwhe&ib$ ~~f~;~+fi2&~$g$i$~/~~$!;;:i'I ~ ~ $ $ d f t ~ $ ~ & m c ( i j ~ $ ~ ~ ~ ~ ~g~ $ fs!j:'t " ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ . c i ~ @ ~ ~ ~ ~ ~ ~ r ' , ~ ~ a ~ ~ Quenla, em 1987- hternational Safe Motherhood Conlerenias-parteirras e de parteiirar tradicionais e o fornecimento de ' ce (Congresso Internacional para a Maternidade Segura) e hvacinas antfetânicas e de outros medicamentos a c&ón&cas de 19 ternational Conference on Better Heaíth for Women and CMsaúde materno-infantil. dren through Family Planning (Conferência Internacional sobre SaUde Melhor para Mulheres e Criancas Afraveido PlaneiaA Agência dos Estados Unidos parao Desenvotvirnento Internamento Familiar). cional (US AD), patrocinadora importante da conferência 5aúde Melhor para Mulheres e Crianças Através do Pianejamento A Organização Mundial de Saúde (OMS) estaheleceu a IniciatiFamiliar, está apoiando financeiramente o Projeto de Nutrigão va para a Maternidade Segura em 1987, para financiar pesquisas e Salrde Materna e Neonaiial, de 5 anos de duração, orçado e h 11 de operac;óes a curto prazo sobre medidas de saúde materna. A US$17,5 milhões. Financiado pela Divisão de SaCide do Depar- 1 OMS recebe propostas de pesquisas por parte de governos lotamento de Ciência e Hecnofogia, o Projeto é um amplo progra- i cais ou nacionais, de universidadeç e de organizaç6es não-goma integrado de apoio ao sistema de serviços de saúde, de pesvernamentais, como grupos de mulheres, hospitaisde missóes quisa apiicada e de disseminaçáo de informagóes, A ênfase é e associaçóes de fornecedores de sewiqx de sabde. A pesquinos serviços às mulheres e suas famílias nos níveis . . . prestados . , 52 proposta deve estar relacionada a melhoria do acessu ao atenc~rnur~iiário 2 de atenc':n;.w:o básico de iiaúcir e sc coi-ccniradimsnta piÉ-natal e ao par:o 2 :iie;horiada qualidade daáçsisrá rio desenvclvimcnto e na avaliaqão intei?slyos ciesic~i,.;ery;tência. Haverá até US$40,000 a disposição de cada projeto ou cos em até cinco pa!ses. .As 2:ividades de c a i n x devcn: coTefasede um projeto.AOMStamb6m forneceráaçsistênciatCcniçar em 1989. A USAlD tambbm financiou um programa de dois i/ ca para planejamento e a116lise. h) Banco Mundial e o Programa anos de duração, orçado em UÇ$2 inilbóes, com o Centro inde Derenvolvimento das Naçóes Unidas doaram US$1,(100,000, ternacional para Pesquisa sobre Mulheres, que atualrnen!e fie a Fundação Rockefeller, US$500,000, para a Iniciativa para a nancia20 piojetos de pesquisasobre saúde e nutrifão maternas Maternidade Segura. nos países em desenvolvimento. !i ( i' & 1 i 1 i1 'mos desiinqdos ição at8 um total 355). Uma parte rogramas em dinçáo de mortes u de âmbito na- Muitas fundações particulares também estâo deiempenhando papéis importantes na promogão de uma maternidade mais segura. Entre os que contribuem para a pesquisa sobre saíide materna, encontram-sea Çarnegie Foundation, a Mellon Fowndation, a Ford Fowndation, a Rockefeller Foundation e o Pew Charitable Trusts. ri3 identificavz 85 por centc dos cascs de trabalha d: parto :nterromoifl~.Metúcir d33 mulheres encaminhadas oara darem à luz e h hospitais teve realmente um trabalho de barto interrompido (5). Os programas devem decidir qual é a altura mínima segura, com base nos padrões de trabalho de parto interrompido em suas áreas. O tamanho do pé também tem sido utilizado como um indicador de risco, mas sua precisão ainda está sendo questionada (125,230). Os programas devem escolher critérios para encaminhamento que dêem prioridade àquelas que mais necessitarem de atendimento. Se os critérios forem amplos demais e se um número muito grande de mulheres for enviado aos centros de encaminhamento, aquelas que mais precisam de atendimento podem encontrar todos os lugares tomados. Por exemplo, em alguns lugares, se um determinado programa encaminhasse todos os casos de primeira gravidez e todas as mulheres que já tiveram mais de quatro filhos, metade de todas as mulheres seriam encaminhadas (43). Mesmo se houver disponibilidade de recursos, pode ser pouco sensato manter critérios de detecção amplos demais. As mulheres podem ressentir-se de terem que se locomover até um hospital para acabarem tendo um parto normal (4). Durante o primeiro contato pré-natal da mulher com os fornecedores de serviços de saláde, deve-se perguntar a ela se está imunizada contra o tétano. Se ele náo estiver, deve ser imunizada imediatamente. Se possível, os programas de saúde da comunidade devem oferecer imunização contra o tétano a todas as mulheres, quer estejam grávidas ou náo. Contudo, nas regiões onde há poucos serviços de saúde, o atendimento à gravidez pode ser uma das poucas oportunidades que a mulher tem de ser imunizada. O Acompanhamento Pré-Natal Fornecedores de serviços de saúde da comunidade podem acompanhar o desenvolvimento da gravidez e identificar os problemas que possam surgir. Não se sabe quantas visitas sáo necessárias mas, certamente, o melhor são os contatos repetidos. Portanto, as parteiras tradicionais ou outros residentes locais podem-se adaptar bem a essa tarefa. Além disso, muitas funções de acompanhamento podem ser realizadas com um treinamento mínimo. Profissionais de Saúde da comunidade podem examinar e tratar, ou encaminhar, mulheres que apresentem: Anemia, * Pré-eclâmpsia, Doencas sexualmente transmissíveis e outras infecçSpes, Comprimento anormal do canal do parto. Anemia. Os fornecedores de atendimento de saúde da comunidade podem ter em estoque comprimidos de ferro e de ácido fólico -que não são caros e pesam pouco -e fornecê-los as mulheres anêmicas. Por exemplo, em seis meses, os fornecedores de serviços de saúde <a comunidade que participaram de um programa-piloto na India reduziram a prevalência da anemia de 66 para 20 por cento das mulheres que davam à luz. Como a anemia é tão comum, os programas de saúde materna devem considerar como rotina o fornecimento de suplemento de ferro a todas as mulheres grávidas. Contudo, os suplementos de ferro trazem muitos problemas. As mulheres devem tomar comprimidos em geral de 36 a 74 mg de ferro três vezes ao dia (46) -durante pelo menos 8 semanas e, As vezes, até 16 semanas, antes que aumentem os níveis de hemoglobina (88,121,774). Além disso, o ferro com drequsncia causa efeitos colaterais no aparelho gastrointestinal. Devido as exigências da prescrição, a falta de efeitos benéficos imediatos e óbvios e aos efeitos colaterais, muitas muIheres não tomam todos os comprimidos. Deve-se informar com antecedênciaàs mulheres sobre os possíveis efeitos colaterais e que esses efeitos com frequência diminuem com o passar d~ tempo (273). - O nxame e o acompanhamento durante a grzvio'cz &vem cobrir tantos dos seguintes pontos bâsicos qcaRto possívei f xame Histórico tos anos tem? As mulheres que contram nos extremos da idade fértil enfrentam um risco mais alto de complica(;ões do que as mulheres de -29 anos. uinntas gestaa;c5es teve? As mulheres que estiverem em sua primeira gravidez e aquelas que já tiveram mais de quatro enfrentam um risco maior do queas mulheres que tiveram de duas a quats'o gestações. Comprimento do canal do parto. Um comprimento anormal do canal do pqrto pode indicar gêmeos ou um crescimento fetal anormal. B e m A perda de peso, o aumento de I pqsa; insuficiente e o aumento exagerado de pbso são potencialmente perigosos. I A~emia.A alnemia pode agravar as i cdmg!licaçSpes. , I )i3 teve uma gravidez difícil?As mulheres que tiveram abortos, partos de natimortos, bebês de baixo peso ao nascer, gêmeos, sangramento intenso durante a gravidez ou após o parto, anemia grave ou parto cirúrgico podem correr risco maior. teve taibercailose, diabete, pressáo alitq ou doengs cardíacas? A combinação de qualquer uma dessas ocorrências com a gravidez indica que a mulher necessita de assist&ncia especial. Baicha<;o. Um ligeiro inchaço nos tornozelos é normal durante a gravidez, mas um indhaço nas mãos e no rosto pode indicar pré-eclâmpsia. Protliieirsa na urina. A presença de proteím na urina da mulher, que pode ser medida com um simples teste, também pode indicar pré-eclârnpsia. Peessãw sangi%nea.Da mesma forma, o aumento da pressão sanguínea é um sinal de pré-eclâmpsia. Medidas e Testes Altura. As mulheres de baixa estatura podem correr FISCO de trabalho de parto interrompido. Peso. AS mulheres de peso baixo demais podem não ter reservas nutricbnais suficientes para urna gravidez saudável. Testes de anemia. As mulheres angmicas apresentam uma probabilidade menor de sobreviverem $ perda i de sangue. Agresenta@o do feto. Um feto malapresentado pode causar trabalho de parto interrompido. Movimento farta!, Se q feto parar de se mover, a gravidez se encontra em perigo. ojaSrggr pela O sangrapasticuhrmenie no da gravidez, indica queameiherdeverser transporkda rapidamente para um hospital aw centro de saríde. Quais componentes da ass&têncz'a ci gravidez são mais eficientes na prevençdo de doenças e mortes relacionadas à materndude? 7 ouais fatores - cul&wa&, programáticos e ecdndmicos - impedem as mulheres de obterem atendzmento de satíde materna? O O , p e torna um flropamd bem-sucedido em atmir e satisfazer clze~2tesS Que testes simples podem ser utilizados por projksionais de Saúde a nivel comzlnitáriopara; o exame e a aconzpanhamento de mulheres g r b v i k ? @a& testes detectam o maior nzimero de mulheres que enfrentam abo risco de saGde? Osfornecedows de atendimento trdicional tretrei~zadosconseguem prestar uma assktên& à gravidez na comunidade que seja tíb eficaz quanto aquela prestada p w enfemei~as+arteiras ou enfermeiras assistentes ? @ Como as or$ani~açõescomunztárzaspodem avxiliar a encorajar e a fornecer a asskdÉ2ncia d gravidez? 0 tamanho do pé é uma medida tcio acurada quanto a altura para a brevisão do trabalho de bado interrornbido? Como osfornecedores de assistência a nível comunitário previnem a eclâmpsia? A pré-eclârizpsiaIecEBmpsia está wlaczonada à dieta? Qual é a importdncia do aumento de peso pam a mulher grávida? De quanta calorias necessita uma mulher durante a gravidez? ) A contpGementuç&oalimentar durante a gravidez beneficia a saúde e as condições nutricionais da mãe? Os costumes interferem com a boa nutrição durante a gravidez? Há pesquisa em andamento sobre uma cápsula de baixo custo e de fácil fabricação que libera pequenas quantidades de Cerro durante 8 a 10 horas, diminuindo, portanto, a ocorr$ncia de efeitos colaterais. Além disso, as mulheres precisariam tomar apenas uma cápsula por dia (184). As mukheres grávidas sáo mais suscetíveis à malária, que pode causar ou agravar a anemia. Nas regiões onde a malária é comum, as mulheres devem começar a tomar medicamentos preventivos assim que descobrirem sua gravidez (49). No momento, a cloroquina é o érnico medicamento contra a malária considerado seguro para o feto. Pesquisadores estão testando novos medicamentos para as áreas resistentes à cloroquina (226). Nas regióes onde a cloroquina é eficaz, ela atua rapidamente e traz poucos efeitos colaterais. Não é cara e é de prescrição fáicil (194). Contudo, com frequência, as mulheres grávidas não tomam as doses recomendadas porque se sentem bem e porque se preocupam, considerando que qualquer medicamento prejudicará seus bebês (50). [email protected] fornecedores de serviços de saúde devem suspeitar de pré-eclâmpsia quando a mulher apresentar rosto e mãos inchados, fortes dores de cabeça, vômitos no final da gravidez, tonturas ou visáo obnubilada. Se as parteiras tradicionais notarem qualquer um desses sintomas, devem encaminhar a mulher a uma enfermeira-parteira assistente, que possaverificar se a pressão sanguínea estáalta e se há proteína na urina. O aumento da pressão sanguínea significa que há necessidade de tratamento e, possivelmente, de hospitalização, particularmente, quando se encontra proteína na urina. O exame de detecção de pré-eclâmpsia é mais importante durante a primeira gravidez e nos três últimos meses de todas as gestaçóes (ver pág. 4). Wecgóes. Se os fornecedores de serviços de saúde da comunidade examinarem as mulheres, poderão detectar sinais de doenças sexualmente transmissíveis e encaminhá-las para o tratamento. Embora essas doenças com freqoência náo apre- sentem sintomas, corrimentos vaginais mal-cheirosos sugerem gonorréia ou infecqão por Ch!amydia, as doenqas sexualmente trans~issíveismais comuns. Feridas vaginais podem indicar sífilis, herpes ou cancróide (263, 326). A gravidez também pode farer surgir rkovamente uma tuberculose inativa (215). Assim, os assistentes de saüde da comuhidade devem encaminhar para exame as mulheres grávidas que apresentarem tosse e febre persistentes. O comprimento do canal do parto. A medida precisa da distância da sínfise do púbis até o promontorio pode auxiliar os profissionais de salide a descobrirem gestaçóes múltiplas ou um feto que esteja crescendo de forma demasiadamente lenta. Em qualquer desses casos, a mulher precisa de cuidados especiais. O profissional de Saúde compara o crescimento do Gtero da mulher a um gráfico-padráo. Assim, é neêessáirio que o profissional possa ler um gráifico simples. 0 s profissionais de Saúde podem usar uma fita métrica ou um cordão marcado com nós para obter essa medida (178). Para ser eficiente, o processo requer uma estimativa precisa da duraçLio da gravidez - em geral uma tarefa difícil e um gráifico-padráo do crescimento fetal tipico da área ou da região (32).Al6i-n disso, quando o profissional julgar que se trata de uma gravidez normal, pode utilizar a medida do canal do parto para calcular a época do mesmo. - A Educação Duramte a Gravidez A educação pre-nata! oferece às mulheres as informaçbes de que necessitam para auxiliarem a si mesmas a terem uma gravidez segura. 0 5 fornecedores de serviços de saúde da comunidade e os meios de comunicação de massa podem prestar informações às mulheres e suas famílias sobre: C h sinais de urna -&idem de alto risca. Os fornecedores devem ensinar as mulheres o que esperar numagravidez normal e como obter assistência se surgirem os sinais de alerta (ver quadro, pág. 12). Preparação para o parto. Os fornecedores podem auxiliar as mulheres grâvidas a phairejarem onde darão % luz, quem estarp presente e quem fornecerá transporte e tratamento de emergência, se necessário. A mulher e sua família devem ter certeza de que terão à sua disposição água limpa, um cobertor ou lençol limpo e roupas limpas para a mulher e seu bebQ. Dieta adequada. Embora não haja dúvidas de que aumentam ar necessidades nutricionais durante a gravidez, ainda há uma polêrnica considerável sobre a quantidade de alimentos de que as mulheres grávidas necessitam e quanto pejo debem ganhar durante a gravidez (99,167,408). Contudo, o aumento de peso é importante e os fornecedores de serviços de saúde devem dizer às mulheres grávidas que devem comer mais do que o usual, e quais alimentos locais fornecerão os nutrientes suficientes. Os fornecedores devem desencorajar as atividades claramente prejudiciais- como Íumar, ingerir bebidas alcoólicas, mascar bétel e evitar alimentos nutritivos-, mas devem evitar alterar os costumes !oca& que não são prejudiciais. Práticas que possam parecer irrelevantes em termos médicos podem dar a mulher um sentido de segurança e conforto (44). Atividde física, Os fornecedoras de servicos de sa8de devem oferecer Bs mulheres diretrizes simples e adaptadas às condi~Õeslocais sobre a quantidade segura de aitividade iisica durante a gravidez. Por exemplo, um determinado programa pode sugerir que as mulheres que ultrapassaram os seis meses de gravidez náo devem caminhar mais de meia hora de uma veznem levantar objetos pesados. Alívio para enjoo$ matinais, azia e dores nas costas. A mulher que obtiver um bom aconselhamento sobre como alivliar seus desconfortos no inicio da gravidez procurar5 a mesma fonte para obter outras informaçóes mais tarde (168). 69 planejamento familiar e ã amamentaçáia. Os fornecedores de serviços de saúde a nível comunitário podem discutir e enêo15 porque o atendimento é também inadequado ou mesmo incom- País e Ano Sri Lanka 1987 República Dominiçana f 986 hiberia 1986 Burundi 1987 Tailândia 1987 Brasil 1986 Equador 1987 Colombia 1986 Senegal 1986 Guatemala 1987b Marrocos 1987 Area Urbana Area Rural 97 NA 91 96 94 86 97 NA 77 78 74 82 83 95 56 48 51 58 59 46 26 13 Total 97 95 83 79 77 74 70 69 63 34 25 entrev~stadoreçperguntaram as mullheres: "Durante sua última gravidez, a senhora foi examinada por alguém?" Os dados cobrem apenas as gestaçóes que ocorreram no espaço de cinco anos antes do levaniamento e apenas aquelas examinadas por um fornecedor treinado de serviços de saúde. bMiilheres examinadas por medico ou enfermeira. Fontes: Demographic and Healtl? Çurvevs (Levantamentos de Demografia e Çaúde) (74,80,92,101,260,269,342,434). os servisos de pairo em geral não o são. Em Adis-Abeba, na Etidpia, por exemplo, onde a renda anual média per capita C de UÇ$141, para os partos realizados em hospitais exige-se um depósito inicial de US$50 (201). Algumas mulheres náa usam sewiqx modernos de assistência ao parto porque associam os hospitais à morte. Na verdade, os casos complicados são em geral encaminhados para hospitais ou centros de saúde - com frequência tarde demais - e muitas mulheres realmente chegam a morrer nesses locais. Contudo, algumas morrem, em parte, pelo menos devido ao fato de que muitas dessas instalaçóes se encontram lotadas, sem pessoal suficiente, malequipadas e com suprimentos inadequados (175,204,237,338) ou Um número maior de mulheres obter6 um bom atendimento de sahde maternase esse ateomdfmento for ai domicllio. Na foto, urna Gornccedaarade eeuvi$crs de saúde na Somilia examina cama mulher grávida em sua casa. Vantlu, US AlD) evitam a assisthcia pré-natal e o parto em hospitais ($9). !Ekalgumas carfturas, as mulheres casadas precisam da permissão de seus marida~s,de suas sogras ou de outros parentes para saírem de casa, para se utilizarem de serviços de salíde, e, particularmente, para se internarem num hospital ou "lar para espera". Se os parentes e mai'idos relutarem para acompanhar as mulheres ou se estiverem ausentes quando as mufheres necessitarem de assistência emergencial, as mulheres podem não ter a oportunidade de utilizar os serviqos disponíveis. Uma forma óbvia de se encorajar a utiliraçáio do atendimento moderno é a melhoria dos serviyos. Arem disso, quando possivel, os programas também precisam convencer os líderes da comunidade e os membros influentes daCamfBiadequeseus sewiços são impoaiantes. 0 s líderes da comunidade que apdiam os servisos de saínde modernos podem convencer os maridos e os parentes de que a assistência é vital. 8 naimero de mulheres que recebe assistê.ncia pós-parto 6 ainda menor do que o das que recebematendimento pré-natal ou durante o p a r h Por exemplo, em 1982, apenas cerca de 5 par cento das mulheres que haviam dado a luz recentemente na Costa Rica tiveram pelo menos um contato com serviços de saúde pbs-parto, embora 97 por cento das mulheres tivessem dado P luz em hospital ou clínica. Mesmo na jamaica, onde clínicas rn6weis oferecem atendimento pós-parto, apenas 37 por cento das parturientes, em 1981, receberam algum tipo de atendimento pós-parto '(407). No Equador, 29 por cento das mulheres grdvidas em 1977 receberam aten- flin~iilV~f6~AZt~"B,'+T"7"7Po"~(5"I-iii.oamSs~$R6"S "o,aWYM;gh$Td5"6 um médico, mas apenas 4,5 por cento das mulheres que deram $ luz receberam um atendimento pós-parto (331). i Com frequência, as mulheres náovisiiam clínicas pós-parto por rai zóes culturais. Em paises táo distintos como Vieiiná, Guatemala e Bigéria, as primeiras semanas ou meses após o parto são uma époj ca de descanso e espera-se que as parturientes fiquem em casa (26: 81,103,136). Nesses países, os fornecedores de servisos de saúdd gevem visitar as parturientes em suas residências. 1 rajar o planejamento familiar durante as visitas pré-natais (42, 358)). Eles tambÉm devem encorajar a amamentaçáo, porque ela traz benefícios substanciais para a salide infantil e para o espaçamento entre os nascimentos. A maioria dos partos são assistidos por parteiras tradicionais. Essas parteiras ou os próprios membros da família assiste? a até 70 por cento de todos os partos d o M u n d o (222,350). E vital, portanto, a cooperação entre as parteiras tradicionais e o sistema moderno de serviços de salide. A Osganhaçáa do Atendimento na Comunidade O atendimento que as mulheres recebem durante o trabalho de parto e o parto, com frequência determina se viverão ou mosreráo. U m atendimento adequado pode virtualmente eliminar a probabilidade de ínfecçaíes pós-parto e prevenir muitas mortes e doenças decorrentes de comp1icações d o trabaIho de parto e d o parto. Segundo algumas estimativas, um meihor atendimento durante o trabalho de parto e o parto poderia ~ r e v e n i de r 50 a 80 por cento das mortes maternas (91,204, 23?, 250,322, 388). Mksmo nos países desenvolvidos, o atendimento d a uma grande diferença. Por exemplo, num grupo religioso dos EUA. que recusa assistência pré-natal e ao parto, a taxa de mortalidade materna em 1975-82 era superior a 800 por 100.000 nascidos vivos uma taxa mais elevada d o que em muitos países em desenvolvimento (187). - A melhora d o atendimento ao parto na comunidade é crucial, porque a maioria dos partos ocorre em casa. A maioria dos países não conta com clinicas e hospitais suficientes para todos os partos, nem tem condi@es financeiras d e construir, equipar e contratar pessoal para unidades em nlimero suficiente no futuro próximo. A k m disso, por várias razões, muitas mulheres preferem dar à luz em casa, em ambiente familiar. Outras preferem dar à luz em casa para que possam cumprir c e r i m h i a s rituais. Outras, ainda, preferem das à luz em casa porque temem os hospitais. 1 , I , I As iniciativas a nível comunitário são parte de uma estratégia mais ampla de prevenção de mortes maternas. A Organização Mundial d e Saúde ( O M S ) e o Banco Mundial, seguindo a abordagem endossada pelo Congresso International sobre a Maternidade Segura, realizado em 1987, em Nairóbi (3551, estão concentrando sua atenção em iniciativas de baixo-custo de prevenção das cinco principais causas de morte materna-trabalho de parto interrompido, hemorragia, toxemia, infecção e complicações decorrentes d o aborto. Além de atividades a nivel comunitário, a QMS e o Banco Mundial estão particularmente empenhados em melhorar os hospitais distritais e as maternidades rurais para q u e possam atender emergências obstétricas, com o treinamento de mais parteiras e com o melhoramento das comunicaç8es e dos transportes entre as comunidades rurais e os hospitais distritais. Para maiores informações sobre a estratégia da OMS e d o Banco Mundial, consulte: Starrs, A. Preveting the tragedy o f rnaternaídeaths. A prevenção da tragédia das mortes maternas (355) I Nas regiões onde a maioria dos partos ocorre em casa, as iniciativas de se melhorar a assistência ao parto em geral têm envolvido: A organização e o treinamento de profissionais que trabalham na comunidade e que assistem à maior parte dos partos, e A organização de um sistema que encaminhe as mulheres que apresentarem complicações inesperadas a unidades que forneçam atendimento de emergência. Na comunidade, a assistência ao parto pode ser organizada d e várias formas, dependendo de quais recursos e pessoal se,encontrem disponíveis e c o m o o pessoal foi t r e i nado. E controversa a questão se as parteiras tradicionais p o d e m ser t r e i n a d a s para assistirem a partos e m casa d e forma segura. Contudo, como essas parteiras se encontram disponíveis em tantas regiões e como são tão aceitas na comunidade, muitos programas as treinam (ver págs. 22-25). Parteiras treinadas e pessoal mais extensivamente treinado trabalham em cqnjunto em muitas comunidades. Em Serra Leoa, partes da India e em outras áreas, parteiras tradicionais treinadas assistem a partos normais e encaminham as mulheres q u e apresentam complicaçóes a enfermeiras-parteiras assistentes (959, 192). Na Malásia, parteiras tradicionais treinadas e enfermeiras-parteiras que trabalham n o setor público assistem, juntas, a partos normais. A enfermeira-parteira assiste o parto e a parteira tradicional cuida da placenta, c o n f o r m e o costume local. Elas encaminham as mulheres q u e apresentam complicações aos hospitais regionais (206, 337). Em outros lugares, não há enfermeiras-parteiras e as parteiras tradicionais assistem a quase todos os partos, enviando os casos complicados diretarnente aos centros d e encaminhamento. Por exemplo, na região de Fortaleza, n o Brasil, parteiras tradicionais assistem a alguns partos nas casas das parturientes, e a outros, nas unidades obstétricas da comunidade. Cada unidade tem uma ambulância para que as mu1 lheres q u e apre~entaremcomplicaçóes possam ser rapidamente transportadas para o hospital (33, 175). No Sudáo, parteiras da comunidade, com seis meses de treinamento, assistem ZI maioria dos partos. Se surgirem cornplicaç6es, as parteiras procuram o auxíiio das parteiras e dos medicas d o centro d e saúde mais próximo (33). cionais foram substiitos países euroos palses, as muO U e m suas casas omplicados são encamios, com a assistência de o Parto Normais lemas sérios. Qualue obtêm o atendi- Herz, P. e Measham, A. R. The Safe Motherhood IniW j v e : Proposals for Action. A iniciativa da Maternidade Segura: Propostas para Acão. (159) W o r i d Health Organization. Organização Mundial d e Saríde. ífelping women off the road t o death. Auxiliando a Salvar Mulheres da Morte. (418) POPULATION REPORTS mento pré-natal das mull-teres, além dos seus registros sobre trabalho de parto e pautos (65, 709, 389, 2721. a3 pessoal do hospital, pot- sua vez, deve enviar relatiórios de aêompanhamento aos profissionais da comunidade, Informando-os o que houve com a paciente, como esta e se o encamimhamento ocorreu a tempo. Lidando com Ernergkncias Chega a 10 por cento o namero de mulheres que têm gestaçóes aparentemente normais e que apresentam comp!icaçóes sérias durante o trabalho de parto e o parto (235,215'1). Se essas mulheres estiverem dando à luz em casa, elas preclsam ser rapidamente removidas para uma unidade de atendimento médico que possa lidar com essas complicações. Assim, as parteiras e os membros da comunidade devem reconhecer os sinais das complicaç6es mais comuns (ver quadro, p6g. 12) e saber o que fazer quando ocorrerem. Registros de rotina simples auxiliam os fornecedores de assistência da comunidade a lidarem com as complicações mais comuns que envolvem risco de vida: hemorragia, trabalho de parto prolongado e eclâmpsia. Esses registros devem cobrir: (11 corno tratar a mulher imediatamente e (2) como obter transporte e encaminhar a mulher a urna enfermeira-parteira ou a um médico. Parteiras tradicionaisou familiares reaiizam 70 por cento de todas 05 partos. Na foto, uma partem empkka boliviana sacode sua cliente num cobertor - uma pritica tradicional destinada a colocar o feto na posiqáo correta. (Cerni, UNICEF) Auxiliar fisicamente a mulher durante o parto- por exempto, posicionando-a de forma a facilitar seu esforço de dar A luz, puxando vagarosamente a cabeça do bebê para fora da abertura vaginal e verificando a placenta após o parto para se certificar de que esteja completa. Fazer com que a rnull?er amamente imediatamente após o parto (10,277,291). Lidando com 0 Brabafho de Parto e o Parto de Alto As mulheres que correm alto risco de complicaçóes podem dar à luz em maternidades da comunidade, se necessário, embora o parto num hospital bem equipado seja mais seguro. §e essas mulheres apresentarem problemas, as enfermeirasparteiras assistentes ou as parteiras que atuam nas maternidades podem fornecer-lhes um acompanhamento próximo. Essas profissionais podem providenciar transporte rapidamente, estabilizar as mulheres antes do transporte e, possivelmente, conversar pelo rádio ou pelo telefone com os médicos do hospital para o qual as mulheres são encaminhadas. Os registros sobre o trabalho de parto e o parto são instrumentos uteis para as parteiras alfabetizadas que assistem a partos de alto-risco. Em geral, numa única página, essas informações graficamente organizadas fornecem dados como a proporção da dilatação cervical, a força das contraçóes, os batimentos cardíacos do feto, a pulsação, a pressão sanguínea e a temperatura da mãe. Essas informaçbes lerhbram aos assistentes como acompanhar esses indicadores e os auxiharn a identificar auaisauer anormalidades. Também auxiliam os profissionais' dos Sentros comunitários a reconhecerem quando o trabalho de parto se prolonga de forma anormal e há necessidade de encaminhamento para um hospital. Essas Enformaçóes tamb6m são uma forma fácil de comunicar dados vitais aos centros para onde as mulheres deverão ser encaminhadas (47,58, 82,110,294, 358,419,420). , Quando as mulheres são transferidas para hospitais, os profissionais da comunidade devem enviar as fichas de acompanha- Por exemplo, os registros de rotinas para o tratamento da hemorragia podem incluir a realizacão de massagem manual suave na região rrterina, a administração de uma dose oral ou de injeqão de ergometrina, ou a remoção manual de uma placenta retida. Como a arnamentação acarreta contraçóes uterinas que evitam a hemorragia em alguns casos, os profissionais de Saúde devem encorajar as mulheres a amamentarem imediatamente após o parto. Se nenhuma dessas medidas impedir ou interromper a hemorragia, os profissionais podem com e p r a repor o volume sanguíneo com expansores de plasma por via intravenosa antes de remover a mulher para um hospita! (711,215,399). Se não houver transporte disponível, essas medidas podem ser a única esperança de salvar avida de uma mulher. É controversa a questão se parteiras tradicionais ou enfermeiras-parteiras assistentes devem fornecer esses medicamentos e tratamentos. Apenas alguns programaspermitem que fornecedores de serviços de saúde da comunidade assumam essas responsabiiidades. Por exemplo, parteiras da comunidade nb Sudáo e parteiras treinadas em Serra Leoa administram ergometrina por via oral quando a mulher apresenta hemorragia (4,741). Na Tanzânia e na República do Malavi assistentes médicos realizam exrraç6es a vácuo e cesarianas (35, 200). Nenhum programa avaliou formalmente o nível de segurança e de eficiência com que parteiras treinadas e pessoal pasamédico podem realizar tais tarefas. Como os programas devem decidir sobre quais tratamentos os fornecedores de atendimento de saúde da comunidade de- Qual i a melhor forma de trabalho conjunto entre fornecrdores modernos e tradiczonais de assutência ao parto no sentido de mrZhorar essa asszstêncza? Qual é a rapidez exzgida para o tratamento d u vcirias ~ cornphcaçóes? Como devem ser orga.rzizados os serviços no ~ e n t i d ode que forneça assis&zcza adequada a tempo? Quais aspectos da assL;stência moderna ao parto fazem com que as podem ser melhorados para mulheres a evitem? Como os sen~i_ços que atraiam mazs clientes? E m p a i s situações os fornecedores de serviços de saúde a niueI comunitrirzo, treznados durante u m breve perzódo, podem uplzcm znjeçóes, fornecer outros medicamentos ou mesmo udmms/ru? vem fornecer? Essa decisão depende de respostas a várias perguntas: Com que rapidez e com que grau de seguranga uma mulher pode ser encaminhada a um hospital? Que suprimentos e instaiaçóes médicas podem-se tornar disponíveis para a comunidade? Que tipo de treinamento e de supervisão o programa pode propiciar aos fornecedores de atendimento de saaíde na comunidade? Esse treinamento fornecerá a esses profissionais conhecimentos suficientes para que possam decidir corretamente quando devem tratar e quando devem encaminhar pacientes para um hospital? Em relação às parteiras tradicionais, a decisão depender de quais tratamentos a comunidade e fornec;arn. Muitas comunidades tradicionais têm complexas redes de fornecedores de atendimento de saijde que se especializam em tarefas diferentes, como reparar ossos ou aplicar injecóes. De acordo com algumas tradicóes locais, não sáo as parteiras quem devem dar injeçBes ou remover placentas retidas (267,287). A Orga8aiaagB6a daa Transporte e Haver& sempre algumas mulheres cujas vidas dependam do transporte slpido 9th um hospital. A falta de com~rnical5;óese de meias de transrsoãte confiáveis, Freauentemente, impede o atendimento ob&étrico de emesgêniia. Por exemplo; Serra Leoa tem tr&s centros de encaminhamento a nfvel de província e diversos centros para maternidade rurais. A maior paute das partos são assistidos por parteiras tradicionais treinadas para que encaminhem emergências para esses centros. Contudo, os encaminhamentos são raros porque 80 por cento da popula8;ãlovivem em pequenos vilarejos sem estradas (43. I Figura 3. O Sistema de B Quando possfvel, os fornecedores de assistência de saúde a nível comunit&rio podem conseguir, junto a Ifderes da cornub nidade, que haja,vefculos locais à disposiqáo para transporte de emerg&-icia. As vezes, eles podem conseguir usar vefcu!os, telefones ou rádios de ondas curtas de propriedade de outros órgãos que atuam na cornuriidade. Diversos programas criaram soluçóes inovadoras para problemas de transporte e comunicação. Por exemplo, numa comunidade localizada em área rural da Sounália, as parteiras colocavam uma bandeira ao Ia& da estrada quando alguma mulher necessitava de transporte até o hospital. Membros da comunidade que tinham sarros ou caminhiies, alertados pela bandeira, levavam as mulheres até ao hospital (323). Na Republica do Malavi, a British Aid desenvolveu uma conexáo de ambulância para bicicletas que carrega uma maca destacável (119). No Sudão, mensageiros carregavam moedas coloridas especiais quando procuravam auxílio. Uma moeda verde indicava trabalho de parto prolongado; urna moeda vermelha, hemorragia; e uma moeda branca, duvidas no diagnóstico (33, 141). Nas áreas onde houver possibilidade, os centros de encaminhamento devem ter urna ambulância ou uma equipe de obstetrícia de emergência para atender casos de erner@ncia. Por exemplo, em 1974, o Hospital-Maternidade de Katsina, na região Noroeste da Nigéria, estabeleceu uma equipe de obstetrícia de emergencia equipada com uma ambulâincia. Uma avaliação realizada depois de nove meses concluiu que apenas 5 por cento das mulheres que haviam recorrido à equipe de emergência morreram, em comparaçáo a 19 por cento das mulheres que deram à luz no hospital mas náo recorreram A equipe (336). Quando os exames de detecção pr6-natal identificam uma mulher aue amesenta a orobabilidade'de desenvoive; complicag5es durante o tabalho de parto, providenciar o transporte com antecedência pode auxiliá-laa chegar ao hospital antes do infcio do trabalho de parto. Por exemplo, na Costa do Marfim, parteiras do setor paíblico fornecem vales de gasolina as mulheres que têm gestacóes de alto risco (192). Em Zâmbia, as mulheres encaminhadas a hospitais recebem passagens gratuitas para o 6nibus (119). 69 ATENDIMENTO Às MuacliiEaEs NO$ CENTROS DE ENCAMINHAMENTO A assistência à maternidade na comunidade é essencial, mas as mulheres que enfrentam alto risco de complicaçiies obstk'cricas ou que apresentam problemas inesperados necessitam de mais atendimento do que a comunidade pode fornecer. Assim, há necessidade de centros de encaminhamento, ligados a comunidade por Iransporte e cornunicaçóes. Através do fornecimento do tipo de atendimento de que cada mulher necessita, uma rede de encaminhamento utiliza seus recursos para assistir o maior nijmero possivel de mulheres (ver Figura3). Uma rede de encaminhamento tem qua- - tro componentes essenciais: (1) Atendimento a nível comunitário, que inclui exames e acompanhamento pré-natais para detecção de complicaç0es, assistência a partos normais e atendimento pós-parto para todas as mulheres (ver págs. 12-19); (2) Centros de encaminhamento clínicas ou hospitais com pessoal treinado e equipado para lidar com compticações decorrentes da gravidez, do trabalho de parto, do parto e do pós-parto; (3) U m hospital central equipado e com pessoal adequado para lidar com complicaçóes sérias e raras decorrentes da gravidez, do trabalho de parto, do parro e do pós-parto. O hospital central também deve treinar médicos, enfermeiras, parteiras e pessoal auxiliar; e (4) Meios de transporte e de comunicação rápidos e coniiáveis entre as comunidades e os centros de encaminhamento e entre os centros de encaminhamento e o hospital central. - Centros de Encaminhamento Os centros de encaminhamento são geralmente clínicas ou hospitais localizados em área rurai ou em distritos centrais. Com frequência, são estabekcidos em hospitais já existentes, depois de receberem equipamento$ para unidades obstétricas e de se treinar pessoai. Além do atendimento de rotina maternidade, os centros de encaminhamento fornecem tratamentos médicos de emergência e cirirrgkos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou oito sewicos que os centros de encaminhamento devem fornecer (355, 409,421). 0 s centros para a maternidade a nível comunitário também podem ser capazes de fornecer alguns desses serviços. 0 s encarregados do planejamento dos programas precisam decidir sobre auais serviços devem ser fornecidos nas cIínicas da comunidade, quando existirem, e quais serviços devem ser fornecidos apenas nos centros de encaminhamento (ver págs. . 18-19). ~ssesoito serviços são: (1)lintervençóescirúrgicas- cesarianas, curetagem de abscessos pélvicos e abdominais, correção de laceracóes cervicais e vaginais profundas, remoção de gestacões ect~picas,limpeza do útero ap6s aborto incompleto, sinfisiotomias e, em casos de compticações graves, a ruptura da membrana amniótica para induzir ou apressar o trabalho de parto. (2) Anesiesia geral, Bocal ou raquidiana. (3) Tratamentos médicos aplicação de injeções intravenosas; tratamento de traumatismo, infecções, pré-eclâmpsia e ataques eclâmpticos; e indução do trabalho de parto. (4) Transfusão de sangue transfusão de sangue ou administração de outros fluidos por via intravenosa para tratamento de hemorragias ou para cirurgia. (5) Procedimentos manuais para diagnóstico e tratamento remoção manual de placentas retidas, parto por extração a vácuo ou fórceps, e o uso de partográficos (segistroç grkficos da dilatacão cervical) para acompanhar o trabalho de parto. - - - N u m a ár eu espec@ica, quais procedzmentos emergenciais de tendzmento podem ser fornecidos nos centros comunztámos e quazs procedzmento~podem ser forneczdos nos centros de encamznhamento ou no hospztal cential? Qual é a melhor forma de se controlar a qualzdade da asszstêrzcza fornecida em centros de encamanhamento? Como os centms de encamznhamento podem colaborar n o sentido de se garantir que os encamznhamentos provenaentes das comunadades sejam adequados e realzzados a tempo? Quaw sáo os custos e a ejkêncza em relação ao custo dos vár zos componentes da asszstêncza a saúde materna? E m especral, qual é a contmbuzçáo do atendzmento preventzvo n a comunzdade em comparaçáo ao atendzmento de emergêncza e dos casos de alto rzsco no centro de encamznhamento? IbTumaárea especljcica, as mulheres utilizaráo os "lares para espera"? As comunidades contribuzráo para a sua manutençáo? Que caracteristicas dos .'lares para espera" podem torná-los atraentes para as mulheres e suas jamllias? POPULATPON REPO - (6) PBanejamento familiar ligadura de trompas, vasectornia, inserção e remoção de dispositivos intra-uterinos (DIU) e de Niorplant, e outros métodos de pianejamento famifiar. (7') Akndimento especial para bebês recém-nascidos ressuscitamento, estufas, prevençáo de baixo teor de a&car rio sangue e tratamento de infecçóes. (8) Atendimento a mulheres,que correm alto risco - "'lqres para espera" destinados a mulheres, localizados nas ~toxirnidades dos centros de encaminhamento (ver abaixo). - Um quarto especial mobiliado com camas também deve ser colocado à disposição das mulheres que faráo partos vaginais normais (355,409). Os "lares para cspera" - casas ou cormitórics próniiros aos c~?trc?s c e enc~*ninclcmento - são uma forma de mAhorar o atendimento obstétrico nas áreas que não contam com transporte satisfatório. As mulheres que apresentam probabilidade de terem complicaçóes podem ficar nessas casas durante as últimas semanas da gravidez. Os centres de encaminhamento às vezes fornecem combustível e água, enquanto que as mulheres e suas famílias fornecem roupa de cama, utensílios de cozinha e alimentos. Naturalmente, os "lares para espera" podem funcionar apenas nos locais em que os exames prénatais detectam as muiheres que correm alto risco e onde os fornecedores de serviços de saúde têm condições de avallar quando se iniciará o trabalho de parto (792,234,409, 421). Hospitais de vários países tem estabelecido "lares para espera". Por exemplo, o Hospital ltuk Mbang. próximo a Oyó, no Nordeste da Nigéria, estabeleceu um "lar para espera" no início da década de 1960. Esse "lar" auxiliou a reduzir a mortalidade materna entre os partos realizados no hospital de 10 por 1.000 nascidos vivos para menos de um por 1.000 (215). Em 1980, o Hospital da Província de Alotau, em Papua, Nova Guine, estabeleceu um "lar para espera" aberto a qualquer mulher residente em vilarejo distante que já havia tido quatro ou mais gestaçóes. Entre 2980 e l982,43 por cento das I80 mulheres que estiveram no lar haviam tido partos complicados, mas apenas uma mulher morreu. Nove por cento delas precisaram de cesarianas. Um número muito maior delas teria morrido se tivessem dado à luz em suas ilhas longínquas (29). Provaveimente, os "lares para espera" são utilizados de forma mais extensiva em Cuba. Em 1984, havia 85 "lares para espera" com 1.461 leitos (60). "Lares para espera" também têm sido montados no Brasil, no Chile, na C o l h b i a , no Quênia, na Repablica do Malavi, em Uganda, no Zaire e em outros países (97,12, 234,421). 0 ATENDIMENTO . 4 ~ &O MRI"ú3 Quer dê à [uz em casa ou num centro de encaminhamento, a mulher necessita de assistência pós-parto em casa. Crenças tradicionais com frequ&nciadeterminam que as mulheres fiquem em casa durante o período pós-parto(296). Mesmo nas áreas onde as atividades femininas não sejam restritas após darem 21 luz, muitas mulheres querem ficar em casa e cuidar de seus bebês. Um número maior de mulheres poderá obter atendimento pósparto se os assistentes de saúde da comunidade Ihes presiarem assisl@nciaem suas casas. Um atendimento moderno após o parto tem quatro objetivos importantes: Detecção precoce de infecções ou hemorragias maternas, e encaminhamento ou tratamento para lidar com esses probiemas. Detecção precoce e encaminhamento dos bebês que apresentarem infecçajes ou outros problemas. eAconseihamentosobre o planejamento familiar e fornecimento de métodos de ptanejannento familiar, e e Educaçáo sobre ~utciiçáo,repouso, amamentqão e cuidados com o bebê, além de orientação sobre amamenâação. 0 A necessidade de alimentação e repouso suplementares após o parto e especialmente durante a amamentação. Alguns programas fornecem alimentos às mulheres durante o período pós-parto. A alimentação suplementar pode repor os nutrientes perdidos durante a gravidez e pode formar reservas de gordura para a próxima gravidez (59). A alirnentação.suplementar também pode auxiliar a fornecer a energia extra de que necessitam as mulheres que amamentam - um suplemento de 500 calorias/quilo por dia, segundo a OMS (408).Além disso, a alimentação suplementar pode aumentar o peso ao nascer dos bebês nascidos posteriormente, pois melhora as reservas nutricionais da mãe (381). Visitas Postwiores Profissionais de saúde devem examinar as parturientes na semana seguinte ao parto e, se passível, talvez seis semanas e trés meses após o parto. Essas visitas constituem boas ocasióes para as mulheres receberem orientação sobre o planejamento familiar e para os bebês serem pesados e imunizados, como ilustra essa equipe m6vel na Malásia. (I. Abcede, OMS) Os Fornecedoresde serviços de saúde devem visitar as mulheres durante a primeira semanaapós o parto. Infecçóes no útero, nos seios ou no trato urinário são comuns após o parto, e essa é a melhor oportunidade para se detectarem esses problemas. 0 s sintomas das infecçóes uterinas com frequência não se desenvolvem até 24 horas ou mais após o parto. Ao mesmo tempo, os antibióticos são mais eficazes contras as infecções uterinas quando administrados nos primeiros quatro dias após o surgimento dos sintomas (218). A maisria dss programas treina os ior.iecedores de a:endimcnto ca comunidade Dara identificar e encaminhar para tratamento com antibióticos a i mulheres portadoras de infecções. Por exemplo, parteiras tradicionais de Karawa, no Zaire, foram orientadas a encaminharem ao hospital as mulheres que apresentavam debre, dores abdominais ou corrimento vaginal de cheiro desagradável (97). Nas áreas onde o encaminhamento não for possível, os fornecedores de atendimento de saúde da comunidade podem ter que fornecer antibióticos de amplo espectro. A eficácia e a segurança dessa decisão ainda não foram bem estudadas. A primeira semana após o parto é também uma boa ocasião para conversar com as mulheres sobre o planejamento familiar, a amamerltaçâo e a nutrição. O aconselhamento e a educação devem cobrir: Os benefícios à máe e ao filho resultantes do espaçamento de pelo menos dois anos entre os partos e da prevenção das gestações após 35 anos de idade ou depois do quarto filho. Os benefícios anticoncepcionais e de saúde decorrentes da amamentação, inclusive informações sobre quando a mulher que amamenta nacessita iniciar o planejamento familiar e quais são os melhores métodos (ver Populaiion leports, "Guia para a Orientação", 1-35,dezembro de 1987). Quais métodos de planejamento familiar se encontram disponíveis e onde, alem de suas vantagens e desvantagens. 0 s fornecedores podem entregar suprimentos, como anticoncepcionais orais ou preservativos, que as mulheres podem comeyar a usar no momento adequado. Muitos programas visitam as mulheres novamente seis semanas e três meses após o parto. Nessa época muitas mulheres querem iniciar o uso de um método de planejamento familiar e os bebês necessitam de imunizações (ver Pspulation Reports, "lmunizando as Crianças do Mundo", L-5, março-abril de 1986). Em geral, o útero da mulher retoma ao normal aproximadamente seis semanas após o parto. Portanto, a visita na sexta semana após o parto é também a época em que algumas enfermeiras, parteiras e médicos examinam o útero e a vagina para detectarem sinais de infecção, fragmentos retidos da placenta e outros problemas. Nas regiões onde as mulheres alimentam seus bebês apenas com leite materno durante seis meses ou mais, uma visita posterior pode ser uma ocasião melhor para oferecer o planejamento familiar. Qualquer fornecedor de serviços de saláde que examinar mulheres no wós-warto wode-lhes exdicar e fornecer o ~laneiamento familiar. As barteias tradicionais de muitos paíse's dist;ibuem anticoncepcionais orais, preservativos e espermicidas (207,333, 350,428,438,439). A mulher deve evitar os anticoncepcionais orais durante as seis primeiras semanas de amamentação. Se ela auiser usar uma ~ í l u l anticoncewcional a de~ois disso. as minioílhas de progestina são as me1ho;es. ~nfermeirase p&soai pa;amédico de países como Bangladesh, Paquistáo, Filipinas, Coréia do Sul, Sri-Lanka, Tailândia e Turquia inserem DIUs de forma segura (129,293). Técnicas e idéias modernas devem ser integradas As crenças e oráticas tradicionais. Em muitas reeióes. Darteiras tradicionais " ou parentes fornecem a assistência pós-parto, e há frequentemente muitas receitas e proibições culturais que as mulheres devem seguir no pós-parto. As práticas benéficas devem ser encorajadas; as práticas prejudiciais, desencorajadas; e as práticas que não forem nem benéficas nem prejudiciais devem ser levadas em consideração no planejarnento do fornecimento da assistência. Por exemplo, em muitas sociedades étnicas tradicionais da China, as mulheres não deixam suas casas, não se banham, nem permitem a entrada de homens em seus quartos durante o primeiro mês após o parto (297).Em tais culturas, apenas fornecedores de serviços de salide do sexo feminino podem visitar mulheres no pós-parto. O impacto da assistência pós-parto é difícil de se avaliar. Em primeiro lugar, nenhum programa de saúde materna deveria operar sem oferecer assistência pós-parto. Em segundo lugar, a ênfase dos programas de pós-parto pode ser diferente. Um programa que se concentre no planejamento familiar pode ser avaliado diferentemente daquele que enfatize a amamentação. Em parte devido àfaltade pesquisas, não há padroes universais para o número e a época das visitas pós-parto, para se determinar quem deve fornecer a assistencia pós-parto ou sobre o que exatamente deve ser feito durante as visitas nesse período. @ Por que tão poucm mulheres recebem assistência pós-parto? i) Atd que ponto o atendimento p6s-parto previne infecçues pbs$arto? @ais aspectos do a b n d k e n t o pós-parto são important.es para a prevenção de infecções? Osfo~necedoresde serviços de saúde a nivel comunitário encorajam a amamenta@o contínua e o pla?zejamentofàmiEia+ darante as visitas pós-parto? Qual é a melhor propamação para essas vzsitas? Quer sejam parteiras, enfermeiras, enfermeiras-parteiras assistentes ou parteiras tradicionais, todos os profissionais de saúde materna precisam de treinamento. Os fornecedores de atendimento à saúde da comunidade precisam de treinamento para assistirem as mulheres com segurança antes, durante e após o par- POPULATION REPORTS - to. Muitos programas em todo o Mundo mostram que o treinamento oode auxiliar as rparteirastradicionais a orestarem uma assistência mais segura ao pdrco. Ao mesrnofempo, as parteiras, as enfermeiras e, àis vezes, as enferrneiras-parteiras assistentes necessitam de treinamento para supervisionar os fornecedores de assistência da comunidade e para lidar com complicações da gestação, do trabaiho de parto e do parto. O Treinamento de Parteiras Tradicionais O treinamento das paateiras tradicionais sobre serviços de saúde modernos pode ser a forma mais rápida de se melhorar o atendimento obstétrico, particularmente, para as mullwres das áreas rurais. Em muitos lugares, há muito mais parteiras tradicionais do que médicos ou parteiras, o que faz com que as parteiras tradicionais sejam os fornecedores mais acessíveis de atendimento à saúde materna. Mesmo nas regiões onde há parteiras treinadas ou médicos, as mulheres frequentemente preferem as parteiras tradicionais (165,219,267,350). Além de estarem familiarizadas com os rituais que envolvem o nascimento, as parteiras tradicionais geralmente trabalham a um custo menor do aue o dos profissionvais modernos e podem aceitar pagamento em espécie (206,296,350, 369). Alguns profissionais de Sabde não crêem muito no treinamento de parteiras tradicionais (233). Argumentam que as parteiras tradicionais podem ser eficazes apenas quando treinadas para uma habilidade espeêiífica ou quando sua função se limita, em grande parte, a realizar encaminhamentos. Eles também acrescentam aue as oarteiras tradicionais analfabetas não ~ o d e mcoletar os dados ~ecessáriospara a administraçáo de um'programa de saúde materna. Apontam ainda para a escassez de avaiiacão que examinem o desempenho das parteiras tradicionais em-termos de saúde materna. Contudo, em sua maioria, os sistemas de serviços de saúde estão' começando a envolver as parteiras tradicionais no atendimento moderno à saúde materna. Muitos governos, agências internacionais e inslituiçóes privadas treinam parteiras tradicionais (ver Population ports, "Parteiras Tradicionais e o Planejamento Familiar", J-22, maio de 1980). Alguns consideram esse treinamento como uma medida temporária, necessáriaapenas até aue haia um número maior de enfermeiras. arte iras. médicos e h'ospitáis. Outros o consideram como um Somponente permanente do sistema de saúde materna. A duração do treinamento em geral vai desdevários dias até três meses. Em geral, os cursos de menor duração realizados na comunidade estão atualmente substituindo os cursos de duraçáo maior nos centros regionais. Na maioria das vezes, o treinamento é fornecido por enfermeiras-parteiras assistentes, enfermeiras ou parteiras (10, 96,229). A maior parte desses programas de treinamento ensina as parteiras tradicionais a: Fornecerem atendimento pré-natal ou a encaminharem as mulheres para a obtenção desse atendimento, Reconhecerem desde o início as mulheres que correm risco de complicaçóes durante o parto, e encaminhá-las para que obtenham atendimento adequado. Terem higiene satisfatória durante o parto, inclusive cuidados adequados com o cordão umbilical, e Reconhecerem e encaminhar as mulheres que apresentem problemas nos dias seguintes ao parto. Alguns programas também treinam parteiras tradicionais a oferecerem o planejamento familiar (102, 165, 229, 350, 376,410). Além disso, nas áreas onde a AIDS já foi detectada, as parteiras tradicionais e todas as outras pessoas que prestam assistência às parturientes precisam saber como se proteger e as suas ciientes do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a AIDS. O treinamento deve enfatizar a importânciade se usar luvas limpas durante os partos. Se não houver luvas a disposição, as pessoas que realizam partos devem lavar suas mãos cuidadosamente após os mesmos. Se tiverem ferimentcs abertos nas mãos, náo deveráo realizar partos. 0 s participantes do treinamento também devem aprender a esterilizar ou a descamr os instrumentos utilizados após cada parto. mas têm examinado as mortes perinatais (16.5, 219). Nenhuma delas focalizou os efeitos do treinamento sobre a salíide materna. Nenhuma avaliou os efeitos da duração, dos conreúdos ou dos estilos diferentes de treinamento ou o tipd de supervisão que as parteiras tradicionaiç recebem após 0 treinamento. A maioria das avaliasóes do desempenho das parteiras tradicionais mostra melhorias com o treinamento. Tendo-se como base entrevistas realizadas com parteiras tradicionais e suas clientes, c~nclui-seque as parteiras tradicionais apresentam uma probabilidade maior do que as parteiras náo-treinadas de encarninharem as muilheres para a obtencção de atendimento prÉ-natal, de lavarem as máos antes do pario, de usarem instrumento esterilizado Dara cortar o cordão umbilical. e nara encaminharem mulhereç que apresentam complicaçóeS para pessoat de saúde com treinamento mais especializado (34,42,48,86,198,211,229, 306,309,319, 359,369,396). Contudo, nem todos os programas de treinamento conseguiram mudar o compoutamento das parteiras Pradicionai~(9, 42, 78,211). Avaiiaçóes recentes do treinamento cionais na Libéria e no SUE da India, por exemplo, concluiram que as parteiras tradicionais treinadas não apresentavam uma probabilidade maior do que as parteiras tradicionais náotreinadas de encaminharem os casos complicados (211). Segundo urna das poucas avaliações em que parteiras tradicionais fow m realmente observadas, em Bangladesh, cometeram erros potencialmenteprejudiciais. Algumas cortavam o cordão umbilical muito curto, algumas coiocavam os pés descalços contra o perineo da mulher, algumas repetidamente examinavam a vagina sem terem lavado as mãos ou deixavam de aplicar um antisséptico ao cordáo umbilicaf (78). As avaliaçóes que examinaram mudanças na mortalidade perinatal e, particularmente, nas mortes decorrentes do tétano neonatal mostram resultados conflitantes. Em geral, as mortes decorrentes do tétano neonatal diminuem depois do treinamento das parteiras tradicionais (40,113,165,211,219,229,308,325). Contudo, a maioria dos programas que treinam parteiras tradicionais também oferecem toxóide tetânico, e os efeitos dos dois não podem ser separados (325). Além disso, poucos estudos sobre as mortes decorrentes do tétano neonatai compararam áreas que contam com parteiras tradicionais treinadas e áreas servidas por parteiras tradicionais náo-treinadas. Um estudo reaiizado em 1982, em Bangladesh, realizou, separadamente, treinamento de parteiras tradicionais e imunizacão contra o tétano. Conforme se esperava, os recém-nascidos i&nizados eram os que apresentavam a menor probabilidade de morrerem de tétano. Contudo, os recém-nascidos de partos realizados por parteiras tradicionais treinadas apresentavam a menor taxa de mortalidade, entre todas as outras causas importantes, e a menor taxa total de moatalidade (308). Embora muitos das detathes não se encontrem disponíveis, esse estudo sugere que o treinamento das parteiras tradicionais pode reduzir s h s tanciahnente a mortalidade neonatal (325). Melhorando o Treinamento das Parteiras Tradicionais O que pode ser feito para melhorar o desempenho das parteiras ta;adicionais?0 s programas mais bem-sucedidos: (I) Solicitam a membros da comunidade que ajudem a selecionar parteiras tradicionais para o treinamento, (2) Usam métodos de treinamento que permitem que os encarregados do treinamento aprendam das parteiras tradicionais da mesma forma que estas aprendem deles, (3) Supervisionam cuidadosamente as parteiras tradicionais após o treinamento, e (4) Fornecem suprimentos disponíveis localmente para tornar os partos mais higiênicos e mais seguros. Avaliaçties do Treinamento das Parteiras Tradicionais O envolvimento da comunidade. As parteiras tradicionais podem introduzir mais facilmente novas pp-áticas se suas comunidades endossaram e encorajaram seu treinamento. Uma forma de envolvimento das comunidades é a seleção, pelas próprias comunidades, das parteiras tradicionais para 0 treinamento, como ocorreu no Afeganistáo, em Bangladesh, em Serra Leoa, na Tanzânia e em outros países (10, 78,229,410). A maior parte das avaiia~õesdo treinamento das parteiras tradicionais tem-se concentrado no desempenho das mesmas. AQgu- Antes de planejarem um programa de treinamento, os responsáveis por esse planejarnento precisam descobrir quem são as POPULAHION REPORTS parteiras ou parteiros tradicionais locais - seu sexo, sua idade, nívei de aFabetização, condiçáo social e o número de partos que realizam todos os anos. De país para país e mesmo dentro da mesma comunidade, há uma variedade extraordinária nessas questões. Por exemplo, em alguns lugares, poucas parteirastradicionais realizam a maioriados partos. Essas parteiras são candidatas 6bvias para o treinamento. Nas regiões onde, tradicionalmente, quem em geral realiza os partos são os parentes da mulher, nunca uma única pessoa faz muitos pat-fos, e o treinamento de poucas parteiras tradicionais pode não fazer muita diferença. Há também comunidades que não têm parteiras tradicionais (350). Nas regiões onde o treinamento de parteiras tradicionais for apropriado, os programas devem treinar as parteiras tradicionais em práticas compatíveis com as tradicóes locais. Por exernpio, numa região do Haiti as pessoas acreditam que, se uma parteira tradicional visitar urna mulher grávida antes do parto, o bebê pode nascer deformado ou a murher pode apresentar um trabalho de parto difícil. Consequentemente, um programa de treinamento para parteiras tradicionais nessa região não cobria o atendimento pré-natal (40). Podem surgir mal-entendidos sérios quando as comunidades não são consultadas e envolvidas no processo. Por exemplo, no Peru, quem selecionava as parteiras tradicionais para o treinamento eram profissionais que trabalhavam em hospitais e não iíderes comunitários. Consequentemente, diversas parteiras iradicionais náo receberam pern;iissão para praticarem em suas comunidades (86). Em Sirur, na lndia, e em partes de Gana e Zâmbia, as famílias erroneamente pensavam que o governo pagava as parteiras tradicionais e assim pararam de pagá-las por seus serviços (303, 368). A obtenção do apoio da comunidade também auxilia 0 programa a conquistar a confiança das parteiras tradicionais que, caso contrário, poderiam considerar que as redes de encaminhamento e as práticas modernas estão competindo com seus serviqos. e treinamento. O treinamento de parteiras tradicionais, que são, em sua maioria, analfabetas e idosas, requer estratégias especiais. Em geral, as aulas expositivas não são eficazes. Ao invés disso, as parteiras tradicionais, como a maioria dos adultos, aprendem melhor em pequenos grupos com o uso de urna variedade de métodos de treinamento que enfatizam a participação, tajs como rode-glaying ("desempenho de papéis"), demonstrações, discussóes e prática (10,102,í65,381,229,288, 376). Como as parteiras tradicionais são, em geral, idosas, os responsáveis pelo treinamento podem precisar adequar seu treinamento àquelas que não enxergam ou não ouvem bem. Além disso, os recursos visuais devem ser cuidadosamente pié-testados. O projeto Pachod, realizadoem Maharastra, na India, por exemplo, asa figuras desenhadas pelas próprias parteiras tradicionais porque seus pares compreendem meihor essas figuras do que as desenhadas pelos responsáveis pelo treinamento (309). Se as parteiras tradicionais, como qualquer indivíduo, forem tratadas com desrespeito ou com desprezo, elas tenderão menos a aprender e a cooperar mais tarde. Os programas de treinamento devem partir dos conhecimentos que as parteiras jáfêm e aperfeiçoá-los. Em muitos casos, as parteiras tradicionais já esa3.o fornecendo um bom atendimento. Por pautos realizados em casa em Adis-Abeexemplo, entre os 3. ba, em 1983, a proporc;ão de mortalidade materna para mulheres assistidas por parteiras tradicionais não-treinadas era um-tergo da proporçao referente às mulheres atendidas por amigas ou parentes (201).O treinamento deve ser, portanto, interativo, permitindo 3s parteiras tradicionais que discutam os problemas que têm tido que enfrentar e suas soluç6es. Um dos propósiios do treinamento deve ser o interc3mbio de conhecimentos entre as parteiras e entre estas e os responsáveis pelo treinamento (181). Infelizmente, os responsáveis pelo treinamento raramente recebem preparo especial para ensinar as parteiras tradicionais. Em geral, parteiras e enfermeiras são encarregadas do treinamenro depois de apenas um dia, ou menos, de orientação. Esses profissionais raramente recebem qualquer tipo de supervisão. Conseqúentemente, elas freqiaentemente ensinam as parteiras tradicionais da mesma forma em que elas pr6prias foram treinadas com aulas exipositbas (4 6 5 . Alérni disso, os encarre~ados - cer irrelevantespara as parteiras tradicionais (181). As parteiras e as enfermeiras-parteiras assistentes com frequencia têm menos experiência em realizar partos do que as parteiras tradicionais que estão encarregadas de treinar. Não é de se admirar, portanto, que as parteiras tradicionais possam não confiar no que suas mestras dizem. Uma possível soluçáo é treinar parteiras tradicionais para que treinem outras parteiras tradicionais. O programa encarregado de treinar parteiras de comunidades no Sudáo é um exemplo de um método de treinamento inovador. O programa começou em 1921 treinando parteiras tradicionais. Atualmente, contudo, o programa treina jovens mulheres de cada vilareio, a maioria delas analfabetas, para que se tornem parteiras. Emdiversos centros rurais de treinamento, os encarregados do treinamento. entre os auais muitas ioarteiras dos vilaGjos, ensinam as aprendizes a rdconhecered remédios pelo gosto, pelo cheiro e pela aparência. As participantes frequentemente memorizam os fatores de risco e as rotinas de tratamento através de canqóes ou rimas. Praticam a realização de partos em bonecas (33,140,365). Supervisão. Uma vez treinadas, as parteiras tradicionais necessitam de encorajamento e apoio de outros fornecedores de serviços de saúde para que continuem a praticar o que aprenderam. Elas precisam saber o que estão fazendo adequadamente e como podem melhorar. Necessitam de treinamento de atualização periódico. Além disso, necessitam manter contato com outros fornecedores de serviços de saúde, pelos quais precisam também ser respeitadas para que possam sentir-se como parte importante do sistema de serviços de saúde materna. A supervisão é difícil porque os meios de transporte e de comunicação podem ser precáriose porque os programas em geral não pagam às parteiras tradicionais treinadas por eles. O treinamento, que ieva ao registro profissional perante o setor público, como ocorre no Egito, pode auxiliar a incorporar as parteiras tradicionais ao sistema de serviços de saúde materna (359,372). Programas na índia, na Síria, no ZirrSPbuc e em outres regiões supervisionam zs pa-teiras tradicio~aisctrav5s das vis:tas r c ~ ~ i ! a rei que elas são solicitadas a fazerem ao centro de saúdekais próximo. Nessas ocasiões, elas discutem os problemas, obtêm mais suprimentos e registram os nascimentos e os partos realizados (102,165,309). Esse tipo de supervisão nem sempre é bem-sucedido. Em Eangladesh, por exemplo, embora o programativesse oferecido um pagamento às parteiras que haviam participado do treinamento para que visitassem os centros de saúde todos os meses, nenhuma parteira tradicional fez essas visitas durante o primeiro ano. Não se conhecem as razões disso (165). Em alguns lugares, supervisores visitam regularmente as parteiras tradicionais. Em áreas das Filipinas, por exemplo, as parteiras tradicionais eram acompanhadas por supervisores em suas visitas domiciliares, que também organizavam reunióes mensais de grupo com elas (239). Em AI Jabin, no lêmen, uma parteira tradicional treinada se tornava a supervisara das outras, fazendo visitas regulares a seus vilarejos, reabastecendo-as de suprimentos e lidando com as emerg&ncias(262). Esse tipo de supervisão também tem seus pontos fracos. Os supewisores que visitam as parteiras tradicionais precisam de treinamento, de supervisão e de apoio. As viagens as áreas remotas ande as parteiras tradicionais a t u m levam tempo e dinheiro. Quando os programas acrescentam esse tipo de supervisão às outras tarefas das enfermeiras-parteiras assistentes ou quando não reembolsam seias despesas com viagens, a supervisão pode ficar seriamente comprometida. Por exemplo, num programa nicarapiiense. no final da década de 1970, os su~ervisoresestavam ekarregados de visitar regularmente as parteiras tradicionais. Contudo, o rtlinistério da Saúde não fornecia dinheiro para o transpoute e as visitas não foram realizadas (156). Kits para o partes. Quase todos os programas de treinamento fornecem Bs parteiras tradicionais kits para o parto quando terminam o curso. Esses kits contêm objetos que auxiliam as partei~as a realizarem partos mais higienicos e mais seguros. Qáo desde kits simples que contêm lâminas de barbear limpas, gaze e antisséptico Dara os cuidados com o cordão umbilical, até kifs elaborados, Que incluem remédios e equipamentos para partos complicados. Alguns programastambém Incluem nos kits suprimenPOPULATION REPORTS tos de planejamento fasniiliar, qomprimidos de ferro, remédios contra a malária, sais de reideakaçãa oral e outros mediçamentos. Os programas em geral iarnecem àis paBliekas tuadicionais ki$ Bsara o parto como sirial dedue hioncluirarnseu treinamento. 0Fundo das Na@es klnjdaç pah a Bwf$ncia(BJNIÇEF) produz kfts que têm sido amplamente distr/buídos. Eles contem @é26objetos, inclusive tesouras, bandagens, bacias de metal e toalhas. Os programas ?odem requerer aEombinaçao de equipamentos que melhor se adapic-màs sues neccsidades (96,765,273,409,4?J). Indelizmenta, as parteiras tradicionais páia usam seus Mts para parto. No Paquisitálo, um estudo concl~~iu que 37 por cento das parteiras tradicidnaís treinadas nunca Cevavam seus kifs para a realizaçâo de pams, e 21 por cento os [ w a y m apenas aigumas vezes (3061. Relatos semelhantes prov6m da India, de Gana e do Haiti (40,42, 57,165). As parteiras tradicionais podem não utilizar seus kifs porque não sabem o que fazer com todos os ~bjetos, porque seus suprimentos terminam, ou porque os consideram sfmbolos de seu treiname~to,como diplomas, e assim preferem guardá-los a utilizá-los. Há diversas solug0es F a z esses problemas. Os cursos de treinrmento devem ensinar as parteiras tradicionais a usarem todos as objetos de seus kits 1517,273,425). Além disso, se os kits forem C O R S ~ ~ ~ Ude ~~ produtos OS locais, as pauteiras tradicionais podem obter novos suprimentos mais facilmente. Em Manicaland, no Zimbabue, por exemplo, clínicas e hospitais organizam pacotes de lâminas de barbear esterilizadas, material para amarrar o cordão umbilical, algodão e um vidro de álcool. 0 s fornecedores de serviços de saMe eniregam esses pacotes às mulheres durante suas visitas pré-natais. As parteiras tradicionais podem tender mais a usarem os kits quando as clientes os fornecem (102). No Nepal, durante visitas pré-natais, parteiras tradicionais treinadas diziam à família que parte do preço do atendimento ao parto era uma nova Iâmina de barbear. As parteiras tradicionais utilizam a lâmina esterilizadapara cortar o cordáo umbilical e entálo o enterram juntamente com a placenta apíps o parto (323). Em Bangladesl~,a partir de 7983, mulheres e profisçionais de Saúde podiam comprar k h para o parto por um preço baixo em farmácias e outros pontos de venda. Mais de 36.000 kits foram vendidos. Inicialmente. os kifseram caros demais oara muitas mulheres e profissionais de Saúde, porque sua produção não era subsidiada. Mais tarde, houve problemas com a produyâo. Por essas razóes, o Programa de Marketing Social de Bangladesh decidiu intermmper as vendas em 1987 (100). Em resposta aos problemas decorrentes dos Mts para o parto já preparados, a Organizaçáo Mundial de Saaíde (OMS) elaborou diretrizes para que sejam preparados na própria comunidade. A OMS sugere que as parteiras tradicionais tenham pelo menos: (1)sabáo e palitos para limpar suas unhas e mãos; (2) uma lâmina de barbear esterilizada, algodão e fita de algodáo para cortar, limpar e amarrar o cordão umbilical; (3) um lençol, uma toalha ou pedaço de tecido para propiciar uma superfície limpa para o parto; e (4) um outro pedaço de tecido, uma toalha ou cobertor para enxugar e embrulhar o bebê. Naturaimente, as parteiras tradicionais devem aprender durante o treinamento a esterilizar a lâmina de barbear ou outro instrumento cortante ou, preferivelmente, ter lâminas em número suficiente para que possam descartá-las depois de cada utilízaçáo (425). pessoas e uma enfermeiraou aççistente de enfermagem para cada 2.500 pessoas (4041).Além disso, embora â maioria dos kabitantes dos países em $eser?voCvirnenloviva em áireas rurais, a maioria dos médicos e euifetimeiras vive e irabalha nas cidades. Mesmo nas regiões onde h6 médicos, enrermeiras e parieiras, a falta de luvas Bimpas, de solut;des aniiissépticas, de medicamentos adequados e de len~08slimpos frequentemente leva a um atendimenro insatisfatório (204, 237). iras e pa&t.lras. AlgCimas escolas de Enfermagem e de Qbstetricia estão revendo sem cuusícuQosde Obstetrícia com o objetivo de dar mais atenc;Zo ao atendimento materno a nivei da comunidade. Nas Filipinas, por exemplo, o Jshns Hopkins Program lar Internationa1Education in Gynecology and Bbsretriirs (JHPIEG0) (Programa da Jobns Hopkins para a Educaqão Internacional em GEnecoBogia e Qbstettfcia), em cooperaçáo com o Ministério da Saláde, oferece lreipamento em atendimento obst61rico para áreas rurais a professores de Enfermagem. Os professores estão agora revenda e rearganimando os currícuBos de Enfermagem. Uma das metas é oferecer aos estudantes de Enfermagem uma maior experiência obstétrica a nívd comunitário (6). O treinamento de eder Náio hâ concordância sobre quais procedimentos podem ser realizados por enfermeiras e parteiras. Reconhecendo que as enfermeiras e as parteiras dos centros rurais freqileniemente trabalham sem supervisão ou contato diretoç com médicos, aiguns argumentam que enfermeiras e parteiras devem ser treinadas para que possam prescrever antibióticos, iniciar infusd$s e transfusóes intravenosas, remover placentas retidas, realizar extraçóes a vácuo e administrar medicaçáo intwenosa, inclusive Vahm e Eugomeirina. Outros argumentam que apenas os médicos têm os conhecimentos e a experiência necessários para a realizac$ío segura desses procedimentos (427). Escolas de Enfermagem em alguns países já estão reescrevendo seus currículos no sentido de qye cubram tarefas até então realizadas apenas por médicos. Na Africa, o iConseho Internacional de Enfeameíras está coordenando uma série de seminários, de tr&s anos de duraqão, para associações de Enfermagem de 10 paises, com o objetiva'r de trocar inda'rsrnaçdes e auxiliar a rydeftnir as técnicas e as habilidades de que as enfermeiras da Airica necessitam (61). Programas estabelecidos -.mCamarões, ne República do i14a!zvi, na Nigéria, na Tanzânia, no Zaire e em outros países treinam Dai.teira& enfermeiras para realizarem alguns p;ocedimesatos &tétricos anteriormente realizados apenas por médicos. Enfermeiras e parteiras que aiuarn em maternidades rurais desses países, às vezes, aprendem a realizar paritos com apresentaqáo de nádegas e partos múltiplos, a tratar hemorragias pós-partoe a realizar extrações a vácuo, cesarianas e sinfisiotomias (97,202,395). A elaboração de novos códigos que regulam a prática profissional de enfermeiras e parteiras pode ser s primeiro passo para meEhorar o treinamento para os postos da comunidade. NO Malavi, o Governo preparou ieis que regulam a prática profissional das parteiras para que elas possam realizar, de forma legal, extra@es a váiçuo, transfusóes de sangue e remoção manuai de piacentas retidas. Atmlmente, s treinamento que recebem, programado em conjunto com a OMS, cobre essas habilidades (2 8 treinamento de fornecedores auxiliares de serviços Há uma necessidade premente de se melhorar o treinamento de médicos, parteiras e enfermeiras. Segundo vários estudos reafizados em países em desenvolvimento, até a metade de todas as mortes maternas têm sido atribuídas a açbes incorretas ou inadequadas por parte do pessoal médico, em alguns casos porque não havia equipamentos ou suprimentos adequados (73,204, 250,280,478). Além disso, O treinamento formal de parteiras, enfermeiras, auxiliares e médicos em gerai enfatiza o atendimento hospitalar moderno. Apenas poucos programas preparam esses profissionais para fornecerem atendimento de saúde materna em comunidades rurais. O problema de treinamento inadequado é intensificadodevido à falta de suprimentos e equipamentos. Por exemplo, em 1981, a região ao sul do Saara tinha apenas um médico para cada 27.000 POPULATION REPORTS Desde a década de 9960,programas de âmbito naciona! de saúde ,materno-infantil em vários países, inclusive no Meganistáo, na India, no NepaE, no Peru e em Serra Leoa, tCm treinado enfermeiras-parteiras para que tuabalhem em comunidades rurais. 0 treinamento em geral dura de 6 a 18 meses e se concentra em habilidades técnicas ao invés de teoria. 8 s proiissionais que concluem o treinamento devem fornecer atendjmento pré-natal e pós-parto em áreas rurais e realizar partos. As vezes, eles também supervisionam e treinam parteiras tradicionais (714, 182, 220,278, 344). esses programas de treinamento tenha sido formalmente avaliado, alguns problemas foram registrados. Um problema comum é que esses programas com frequência recrutam jovens solteiras e esperam que elas trabalhem longe de casa. Em muilos países, é cultura[mente inaceitável que mulheres jovens e solteiras viajem e vivam sozinhas em vilarejos distantes 0 @ Qual é o grau d i eficiência do keinamento para fornecedores de atendimento de saúde a nível comunitá~io,inclusive o de parteiras tradicionais, para a prevenção de doenças e mortes maternas?' Que tipo e que quantidade de supervisáo após o treinamento são necessários para que se garanta que o pessoal de saúde de todos os níveis atue dentro dos padrões desejávezs e mantenha as técnicas aprendidas? @ Que iipo de curso de atualizaçáo se faz necesshrio? Com que fieaiiêncza ? s a d e da comunidade? @ais prcíticns tradicionazs locazs são úteis à saúde maternoinfantil? Como essas práticas podem ser incorporadas ao treinamento.? (182). kiém cisso, e T Serra Leoa, por exemplo, as parteiras :radicionais mzis veir.as e ex~erieqtcsraramente pediem auxr!io para lidarem com casos con$icados às enferm6iras-parteiras akistentes mais jovens e menos experientes (396). Contudo, o programa de treinamento para as parteiras de vilarejos no Sudão tem sido muito bem-sucedido. Embora treine mulheres jovens sem experiencia anterior, as mulheres são originárias das comunidades em que irão atuar (33,141). Em grande parte d o país elas têm substituído as parteiras tradicionais mais velhas. Alguns programam treinam fornecedores auxiliares de serviços de saúde em procedimentos obstétricos em geral realizados apenas porparteiras ou médicos. Por exemplo, na Tanzânia e no Malavi, auxiliares médicos com quatro anos de treinamento realizam certos procedimentos obstétricos, inclusive cesarianas 135). ~, Em Paoua Nova Guiné. o Ministério da Saúde e o IHPIEGO estão des&volvendo um programa de aprendizagem a longa distância para fornecedores auxiliares de serviços de saúde. Como parte de um curso sobre saúde reiprodutiva e pkinejarnento familiar, esses profissionais de Saúde aprenderão a lidar com gestações complicadas através de cursos transmitidos por rádio de ondas cuaí-as.A[ém disso, o Ministério da Saúde desenvolveu um manuiat de rotinas de atendjmento obstétrico para foinecedores auxiliares de serviços de saúde (6,253). íreinaoonienta de méc$ico~. Os países em desenvoivimento necessitam urgentemente de médicos que tenham recebido treinamento Gpecial para atriarem como educadores, administuadores e cIlnicos em hospitais distritais (409). As escolas de Medi- cina raramente treinam os médicos em atendimento preventivo, como, por exemplo, exames pué-natais de rotina. Assim, eles não são preparados para supervisionarem outros profissionais. Além disso, poucas escolas médicas ensinam os clínicos gerais a realizarem procedimentos cirúrgicos comuns, inclusive cesarianas. Como resultado, a maioria dos médicos dos hospitais rurais aprende esses procedimentos no próprio trabalho. Atualmente poucos programas estão auxiliando as escolas médicas nos pakes em des&volvimento a melhorarem a formação em Obstetrícia Dara a comunidade. O Programa sobre Tecnologia Clínica da ~ j r ~ a n i z a ç ãMundial o de Sazde (OMS)está encorajando as escolas médicas dos países que não contam corn fosmação de especialistas a darem mais ênfase a formação prática em cirurgia. O programa identificou procedimentos cirúrgicos e anestésicos necessários e viáveis na maioria dos hospitais distritais. Cirurgias obstétricas, tais como cesarianas, são urna das áreas cobertas (391). Em Gana, duas escolas de Medicina estão pianejando rever seu currículo de Obstetrícia em nível de pósgraduaqão. O novo currícuio cobrirá técnicas de administração e serviços médicos adequados ao nível comunitário em Gana e fornecerá aos residentes experiência de trabalho nos hospitais distritais @a). O treinamento tambkrn deve propiciar aos médicos que se familiarizem com os princípios e os métodos da Medicina tradicional na área em que atuarão. A maioria dos habitantes dos países em desenvolvimento procura, em primeiro lugar, os fornecedores de serviços de saúde tradicionais quando têm problemas de saúser úteis. Os de. Além disso, muitas ~rátikastradicionais ~ o d e m programas de saúde materna envolvem, cadavez mais, os fornecedores de servicos de saúde tradicionais. Eles reconhecem que os médicos que-trabalham com populações tradicionais precisam compreender suas crenças para que possam se comunicar corn seus clientes. Por essas razões, as escolas de Medicina na China, em Gana, em Mali e na Nigéria oferecem alguma formação teórica e prática sobre Medicina tradicional (361). O treinamento de fornecedores de atendimento de saúde tradicional para que auxiliem no fornecimento de serviços de saúde modernos e o treinamento de fornecedores modernos para que atuem de forma mais efetiva na comunidade- arnbas as tarefas podem ser vitais para a melhora da saúde materna. Combinados, os recursos e os compsornissos da comunidade e do sistema moderno de atendimento ao parto podem salvar asvidas das mães e prevenir doenças. Como quase toda mulher engravida em alguma ocasião, e como muitas mulheres não terão contato com muitos outros fornecedores de servicos de saúde, os DTOgramas de saúde materna têm, ao mesmotempo, um desafio e uma oportunidade - o desafio de fevar um bom atendimento a todas as mulheres e a oportunidade de tornar as vidas das mulheres mais saud~veis,mais seguras e mais felizes. 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L-4, um Desafio a Saúde Publica Imunizando as Crianças do Mundo L , -L-6, AIDS Uma Crise de Saude Pública ASSUNTOS ESPECIAIS-Serie M M-6, Educação Popuiacional nas Escolas M-7, iMigra@o, Crescimento Dernografico e Desenvolvimento -M-8, Levantamentos sobre Fecundrdade e Planejamento Familiar: Uma Atualização M-9, A juventude na Decada de 1980. Problemas Sociais e de Saúde - - - - - 1 Uma Iista dos numeros disponíveis ae Popinlation Reports se encontra acima Populalion Reports são gratis, em qualquer quantidade, para os paises en desenvolvimento Para os EUA e outros parses desenvohidos, o preço de cada número e US$1,00; jogo completo de números a venda, $25,00, com encadernaçao, $30,00 Envie pagamento em dolares americano5, juntamente coin seu pedido 2 Todos os numeros sao publicados em inglês H a tambei~inumerosas edições em português, espanhol, francês e arabe indique a sua língua de inglês U, espanhol C, francês C, arabe D. prefer0ncia português 0, 3 9 Envie cópias de cada número de Population eports a ser publicado, em portugués Cj ingles 3 espanhol il francês C arabe E O Meu nome já consta da lista de endereços de Population Reooibs liPor favor, envie-me uma capa para encadernação (no5 paises desenvolvidos, US$5,00 para a capa somente) 3 Não estou interessado em receber Popiilation Reports regularmente. 4 Por favor, escreva seu nome e endereço (use máquina de escrever ou letra de forma) e envie seu pedido de Population Reports ao endereço acima. 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