Título Redução e Controle de Perdas Físicas de Água através da Implantação de Válvulas Redutoras de Pressão (VRP) com Controle Inteligente, Pesquisa e Eliminação de Vazamentos no Município de São Caetano do Sul Autores Nome: Denis Striani Cargo atual: Diretor Técnico do Departamento de Água e Esgoto de São Caetano do Sul Formação: Engenheiro Naval – Escola Politécnica da USP – 1975 Administração de Empresas – Faculdade de Economia e Administração – FEA-USP Especialização: Hidráulica Aplicada Área de atuação: Saneamento Ambiental Endereço para correspondência: e-mail: [email protected] Av. Fernando Simonsen, 303 – Bairro Cerâmica CEP: 09540-230 São Caetano do Sul – SP Nome: Alexandre Ferreira Lopes Cargo atual: Gerente de Operações da empresa ENOPS Engenharia Ltda. Formação: Engenheiro Químico – FAAP – 1994 Especialista em Engenharia de Saneamento Básico – FSP-USP – 2002 MBA em Gestão Empresarial – FGV – 2003 Área de atuação: Saneamento Ambiental Endereço para correspondência: e-mail: [email protected] Rua Dona Eponina Afonseca, 168 - Granja Julieta CEP: 04720-010 São Paulo - SP Declaração do autor: A água é o constituinte mais característico da Terra, ingrediente essencial da vida e talvez, o recurso natural mais precioso que o planeta fornece à humanidade. No entanto, ainda neste século, a água se tornará um recurso natural cada vez mais escasso. Nas áreas de grande conglomerado urbano, onde a água potável é mais necessária e fundamental, decisivamente ela se valorizará. Os altos índices de perdas de água que ocorrem na rede de distribuição representam, além de um prejuízo ambiental, um problema social e econômico para as empresas de abastecimento de água e saneamento, uma vez que, estas perdas geram gastos cada vez maiores que literalmente vão para o ralo. Desta forma, reduzir estas perdas na distribuição de água é uma ação determinante e de suma importância, tanto no âmbito ambiental e social, como também um fator positivo de economia para as empresas e para a população. Palavras Chave: VRP, Controle de Pressão, Perdas Físicas, Vazamentos Introdução: O DAE SCS vem implantando há alguns anos um Programa de Controle e Redução de Perdas de Água no seu Município. Esse Programa conta com diversas ações e projetos em andamento tais como: Reuso de água, Projeto Amigo da Água, palestras em empresas sobre uso racional da água, campanhas institucionais contínuas evitando o desperdício junto à população, medidas para evitar furtos em hidrantes, adoção de unidades de ligação, remanejamento e limpeza de rede, entre outras. Em meados de novembro de 2002 o DAE SCS deu início a uma nova atividade de combate às perdas físicas de água. Essa atividade foi a instalação de mais duas Válvulas Redutora de Pressão (VRP) no seu sistema de distribuição de água e a retomada de outras três VRP’S já existentes e que estavam fora de operação (VRP Prosperidade – Ø 150mm , VRP Nestor Moreira – Ø 75mm e VRP Tocantins – Ø 100mm). A instalação de uma VRP, reduzindo e controlando a pressão dentro de uma área a ser abastecida, é o caminho mais simples e de resultados imediatos para reduzir a perda de água em uma tubulação. Adotando a política de instalação de VRP’S, o DAE SCS objetivou atuar no fator que mais diretamente influencia nos vazamentos, a pressão interna em uma tubulação. A pressão interna em uma tubulação é tanto a geradora dos vazamentos como também a responsável pelo incremento do volume perdido através deles. Porém a prática de instalação de VRP’S não é a única maneira de controlar a pressão. Existem outros modos de controle e que devem preceder uma instalação de uma VRP. São eles: • Setorização da área abastecida para adequá-las às condições topográficas, podendo significar a instalação de um sistema elevatório para abastecer uma área crítica, reforço ou limpeza e reabilitação de trechos da rede; • Alteração de curva de bomba para adequá-la à demanda; instalação de sistema de variação de vazão; A redução de pressão através da aplicação de uma VRP traz alguns benefícios, como: • Redução do volume perdido através dos vazamentos; • Redução do consumo diretamente relacionado com pressão, tais como: lavagem de carros e calçadas, irrigação de jardins; • Redução da ocorrência de vazamentos; • A estabilização da pressão diminui a possibilidade de fadiga das tubulações inclusive nas instalações internas aos usuários; • Estabelece um abastecimento mais constante à população. Grandes variações de pressão ao longo do dia podem dar a impressão de um abastecimento deficiente, e ainda, pressões desnecessariamente altas geram para o usuário a expectativa errônea de que o abastecimento é adequado; • Permite regular a demanda em casos de racionamento. Após a implantação das VRP’S em uma primeira etapa, o DAE SCS ficou com quatro VRP’S operando em seu sistema de distribuição de água, totalizando 49 Km de rede protegida por VRP’S de um total de 393 Km de rede em todo o Município. Com o bom desempenho destas quatro VRP’S, o DAE SCS prosseguiu com a sua política de redução de perdas através da instalação de VRP e hoje conta com mais uma em seu sistema de distribuição, denominada VRP Manoel Coelho. Esta VRP é a que apresenta a maior extensão de rede (33 Km) e a que tem os melhores resultados de retorno do investimento. Objetivo: Descrever a utilização de válvulas redutoras de pressão e de controladores lógico programáveis como ferramentas de combate a perdas físicas de água no Município de São Caetano do Sul pelo Departamento de Água e Esgoto deste Município, DAE SCS. Metodologia: • Caracterização do sistema O sistema de distribuição de água pertencente ao DAE SCS apresenta as seguintes características: • 393 Km de redes de distribuição • 3 setores de abastecimento – Santa Maria, Vila gerty e Osvaldo Cruz • 140.159 pessoas atendidas • 35.658 ligações • 60.991 economias • 17.096.537 m³ – vazão anual macromedida • 1.424.711 m³ – vazão média mensal macromedida No quadro abaixo apresentamos algumas características por setor de abastecimento: Quadro 1.1 – Características por setor de abastecimento Setor de Extensão rede População Abastecimento (Km) atendida (%) Santa Maria 86 23 6,4 Osvaldo Cruz 173 50 5,5 Vila Gerty 134 27 5,7 TOTAL 393 100 Índice de Vaz/Km • Metodologia para instalação de VRP’S O trabalho de instalação de VRP’S no Município de São Caetano do Sul pode ser dividido em 4 Fases: • Fase 1 – Estudos e projetos • Fase 2 – Implantação da VRP • Fase 3 – Pré-Operação e comissionamento • Fase 4 – Pesquisa de vazamentos Fase 1 – Estudos e projetos Para início dos trabalhos foi realizada uma análise dos três setores de abastecimento existentes no sistema de distribuição (Santa Maria, Osvaldo Cruz e Vila Gerty), identificando os limites atuais de cada setor, e das VRP’S existentes. Após essa delimitação e com base na análise das cotas e das pressões estáticas, foram identificadas áreas passíveis de instalação de VRP’S. Nesse trabalho inicial foram identificadas um total de 18 áreas passíveis de instalação, sendo: 3 no Setor Santa Maria, 7 no Setor Osvaldo Cruz e 8 no Vila Gerty. Verificou-se também neste estudo que algumas áreas de VRP’S existentes poderiam ser otimizadas, sendo englobadas por futuras válvulas a serem implantadas. Após ter sido feito o estudo dos três setores de abastecimento, duas áreas foram escolhidas para implantação das duas VRP’S definidas no trabalho. Essas áreas passaram a serem chamadas de Subsetor de VRP. Esses Subsetores foram priorizados em função de: maiores índices de perdas, indicadores de Vaz/Km e pressões elevadas. As duas VRP’S instaladas chamam-se: VRP Campos Salles (DN 150mm) e VRP Flórida (VRP 200mm). A VRP Flórida acabou englobando uma VRP existente (VRP Prosperidade – DN 150mm), sendo a VRP Prosperidade desinstalada e ficando o DAE SCS ao final desta primeira etapa com 4 VRP’S em seus sistema de distribuição de água, duas existentes e duas a serem implantadas. Após a escolha das duas VRP’S, iniciam-se as atividades de campo. A primeira atividade é fazer o isolamento do Subsetor fazendo o fechamento da área através de registros de manobra. O ideal é que o Subsetor tenha apenas uma entrada, mas podem existir Subsetores com duas ou mais entradas. Todas as VRP’S existentes no DAE SCS tem apenas uma entrada de água para o Subsetor. Nesse trabalho de fechamento do Subsetor, a experiência mostra que muitas vezes é necessário realizar manutenções, trocar os registros de manobra que irão ser fechados, pois muitas vezes esses registros apresentam algum tipo de avaria ou até mesmo instalar algum registro para fazer o isolamento da área. Na figura abaixo temos um exemplo de registros que se encontram fechados e um registro a ser instalado para isolamento do Subsetor a ser posto em operação em São Caetano. A área preenchida na cor amarela está dentro da área de influência da VRP. Figura 1.1 – Registro que se encontram fechados para isolamento da área Na figura abaixo temos um exemplo do local de instalação de uma VRP e que é a única entrada do abastecimento do Subsetor, na linha de DN 450mm. Figura 1.2 – Entrada de água do Subsetor Após a realização do fechamento do Subsetor e não havendo nenhum problema de baixa pressão dentro ou fora do Subsetor, é feito um teste de estanqueidade, fechando a entrada de água para dentro do Subsetor, de modo a comprovar que não há nenhuma outra entrada de água excluindo-se a principal e que os registros limites não estão dando passagem. Após a comprovação da estanqueidade do Subsetor, são instalados Data-Loggers para medição de vazão e pressão na entrada do Subsetor e medição de pressão em pontos internos ao Subsetor. Esses Data-Loggers ficam registrando esses dados por um período de no mínimo uma semana. Com base nas medições realizadas, é feito o dimensionamento de todo o sistema de redução e controle de pressões: VRP Hidrômetro, filtro, by-pass, e o projeto executivo da VRP. Figura 1.3 – Projeto Executivo de uma VRP instalada em São Caetano Antes da efetiva instalação da VRP é feita uma modelagem teórica do retorno do investimento. Essa modelagem apresenta um retorno estimado da instalação. Se o resultado mostrado pela modelagem teórica for satisfatório, é dada seqüência na instalação da VRP. Em caso negativo avalia-se a situação, podendo até descartar o Subsetor, uma vez que ele pode não ser viável. Fase 2 – Implantação da VRP Após ter sido concluída a Fase 1 – Estudos e projetos, é dado o início da implantação da VRP, através da execução da obra. Essa fase contempla as seguintes etapas: escavação da vala, instalação da montagem hidráulica, constituída da VRP e by-pass, construção da caixa de abrigo, instalação do Controlador de VRP. O Controlador de VRP é um equipamento eletrônico capaz de controlar uma VRP através de parâmetros de tempo (horário) ou vazão, sendo este último muitas vezes mais eficiente. Além de fazer o controle da VRP, ele armazena os dados de vazão, pressão de montante e pressão de jusante da válvula. Por permitir o armazenamento dos dados, as equipes de campo acabam tendo uma maior agilidade nas tomadas de decisão em eventuais problemas, como um aumento da vazão mínima noturna ou um problema na própria válvula. Ao final deste trabalho são mostradas algumas fotos das instalações realizadas no DAE SCS. Fase 3 – Pré-operação e comissionamento A Fase 3 – Pré-operação e comissionamento é a fase em que se definem os parâmetros de regulagem em que a válvula trabalhará. Esses parâmetros são definidos com base nos estudos feitos anteriormente, medições de vazão e pressão na VRP e ponto crítico (ponto de menor pressão dentro do Subsetor). Para que a válvula trabalhe conforme os parâmetros é necessário realizar uma calibração da VRP em campo, de forma a ajustar as pressões máximas e mínimas de operação através de um piloto de regulagem instalado na VRP. Na tabela abaixo temos um exemplo dos parâmetros adotados para uma VRP do DAE SCS: Quadro 1.2 – Parâmetros de regulagem da VRP Manoel Coelho VRP MANOEL COELHO Vazão (m³/h) Pressão a ajustar (mca) 320 32 290 28 250 23 200 18 160 15 50 10 É com base nestes dados que a VRP trabalhará. No caso desta VRP, VRP Manoel Coelho, ela trabalha em função da vazão. Para cada mudança de vazão registrada no Controlador, ele irá ajustar uma determinada pressão. No quadro acima, para uma vazão de 250 m³/h a VRP irá ajustar uma pressão de 23 mca. Passada a calibração inicial da VRP e após o ajuste fino da calibração, é realizado uma avaliação dos resultados obtidos antes e após a instalação da VRP, comparando-se: volumes distribuídos em uma semana antes e após a instalação da VRP e a vazão mínima noturna também antes e após a instalação da VRP. Fase 4 – Pesquisa de vazamentos Como foi dito anteriormente o objetivo de uma instalação de uma VRP é reduzir a pressão dentro de um Subsetor. Como conseqüência temos uma redução do volume de água perdido através dos vazamentos. Para melhorar a eficiência de uma instalação de uma VRP, após a calibração e avaliação do retorno com a implantação da VRP, é realizada uma pesquisa de vazamentos não visíveis dentro do Subsetor. Procedendo-se desta forma estamos localizando os vazamentos existentes, consertando-os e diminuindo o volume que era perdido através deles, gerando uma nova diminuição na vazão mínima noturna da VRP e conseqüentemente uma nova diminuição no volume perdido através dos vazamentos. A diferença em se fazer uma pesquisa dentro de uma área protegida por VRP é que estamos garantindo que novos vazamentos demorem a surgir, pois temos a principal causa dos vazamentos (pressão interna em uma tubulação) controlada. Conforme o exposto na metodologia acima, temos algumas vantagens em se aplicar tal procedimento: atuar diretamente na causa dos vazamentos (pressão interna em uma tubulação), ter um melhor controle da área uma vez que temos Data-Loggers monitorando vazão e pressão em todo o tempo, e com isso qualquer problema que ocorra o tempo para tomada de decisão é menor e garante uma longevidade dos resultados já que além de estarmos reduzindo a pressão e localizando vazamentos dentro de uma área com pressões reduzidas e controladas e que, portanto novos vazamentos demorarão um maior tempo para surgir. Resultados: No início dos trabalhos de instalação das VRP’S, foram definidas um total de 18 VRP’S para proteger toda a extensão de rede do Município de São Caetano do Sul. Em um primeiro plano, foram instaladas duas VRP’S, VRP Campos Salles e VRP Flórida, outras duas VRP’S já existentes foram colocadas novamente em operação, VRP Nestor Moreira e VRP Tocantins e uma VRP foi desativada, VRP Prosperidade. Com o sucesso dos trabalhos desenvolvidos na primeira etapa, foi instalada uma nova VRP, VRP Manoel Coelho. Esta última VRP é a que apresenta a maior extensão de rede e a que apresenta os melhores resultados. Portanto do total de 18 VRP’S, foram instaladas 3 VRP’S, restando ainda restando ainda 15 VRP’S, sendo 1 no Setor Santa Maria, 6 no Setor Osvaldo Cruz e 8 no Setor Vila Gerty. Abaixo temos uma figura que mostra o Município de São Caetano do Sul com as VRP’S em operação e as 15 VRP’S a serem instaladas, representadas na cor azul claro. Figura 1.4 – Município de São Caetano do Sul – 5 VRP’S operando e 15 VRP’S a instalar SI STEM A SAN TA M ARI A VRP1 - SM ALTO SANTA MARIA ALTO SANTA MARIA VRP FLÓRIDA BAIXO SANTA MARIA VRP1 - VG VRP2 - OC VRP1 - OC SI STEM A OSVALDO CRU Z SI STEM A VI LA GERTY VRP8 - VG VRP6 - OC ALTO VILA GERTY ALTO OSVALDO CRUZ BAIXO VRP VRP6 - VG VRP3 - OC VRP2 - VG VRP7 - VG VRP5 - VG VRP5 - OC MOREIRA VRP MANOEL COELHO VRP4 - OC VRP3 - VG ALTO V. GERTY VRP4 - VG No gráfico abaixo temos uma ilustração do potencial para instalação de outras VRP’S em São Caetano do Sul. Figura 1.5 – Potencial de instalação de novas VRP’S POTENCIAL PARA INSTALAÇÃO DE VRP'S EM SÃO CAETANO DO SUL 200 160 120 80 40 0 Nº DE VRP´S IMPLANTADAS EXTENSÃO DE REDE PROTEGIDA A IMPLANTAR Como foi mencionada na metodologia, a instalação de uma VRP tem o objetivo de reduzir a pressão dentro de uma área, e com isso diminuir o volume perdido através dos vazamentos. No gráfico abaixo temos um comparativo das pressões médias antes e após a instalação da VRP. Nota-se uma grande diminuição das pressões médias dentro do Subsetor, em especial para a VRP Manoel Coelho que foi a VRP com os melhores resultados. Figura 1.6 – Pressão média do Subsetor – Antes e após a instalação das VRP’S Pressões média do Subsetor - Antes e depois da VRP 50 Pressão (mca) 40 42 38 42 35 30 50 20 23 24 10 20 29 20 0 VRP Nestor Moreira VRP Tocantins VRP Campos Salles VRP Flórida VRP Manoel Coelho VRP Subsetor Após a VRP Subsetor Antes da VRP Para exemplificar melhor o resultado da diminuição da pressão em um Subsetor, tem-se no gráfico abaixo a situação das pressões no Subsetor da VRP Manoel Coelho, também antes e após a instalação da VRP. Nota-se que após a instalação da VRP, a maior pressão registrada no ponto que apresenta as maiores pressões dentro do Subsetor (ponto de máxima), é praticamente igual a menor pressão registrada no ponto crítico (ponto de menor pressão dentro do Subsetor) antes da instalação da VRP. Gráfico 1.1 – Pressões antes e após a instalação da VRP Manoel Coelho Antes da instalação da VRP - VRP Manoel Coelho Entrada Saída Ponto de Máxima Pressão Máx. (mca) 48 46 59 40 49 Pressão Mín. (mca) 29 37 40 26 28 VRP Ponto Crítico Pressão Média Depois da instalação da VRP - VRP Manoel Coelho Entrada Saída Ponto de Máxima Ponto Crítico Pressão Média Pressão Máx. (mca) 47 22 31 13 22 Pressão Mín. (mca) 39 13 25 9 16 VRP A seguir são apresentados os resultados obtidos nas vazões das VRP’S instaladas e recolocadas em operação. Quadro 1.3 – Resultados obtidos nas vazões das VRP’S nas três situações SITUAÇÃO ANTES DA CALIBRAÇÃO DA VRP ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS MOREIRA VRP VOLUME INSTALAÇÃO CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO 4.992,24 7.072,50 8.424,54 20.241,67 38.551,00 Q MÍNIMA NOTURNA 17,00 23,00 18,00 55,00 168,00 FATOR DE PESQUISA 0,57 0,54 0,36 0,46 0,73 SITUAÇÃO APÓS DA CALIBRAÇÃO DA VRP ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS MOREIRA VRP VOLUME INSTALAÇÃO CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO 4.223,98 6.404,11 6.939,50 16.446,10 28.993,00 Q MÍNIMA NOTURNA 11,00 18,60 13,00 38,00 100,00 FATOR DE PESQUISA 0,44 0,48 0,31 0,39 0,58 SITUAÇÃO APÓS CALIBRAÇÃO E PESQUISA DE VAZAMENTOS ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS MOREIRA VRP INSTALAÇÃO CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO VAZAMENTOS DETECTADOS E REPARADOS - - 21 29 53 VOLUME - - 6.281,20 14.306,80 18.865,00 Q MÍNIMA NOTURNA - - 6,00 30,00 44,00 FATOR DE PESQUISA - - 0,16 0,35 0,39 A seguir é apresentado um gráfico de vazão da VRP Manoel Coelho em que mostra as três situações, antes da instalação da VRP, após a calibração da VRP e após a calibração e pesquisa e vazamentos. Nota-se que houve uma diminuição no volume distribuído, na vazão mínima noturna, no fator de pesquisa conforme exemplificado no quadro acima. Gráfico 1.2 – VRP Manoel Coelho – Vazão nas três situações Antes da calibração Após a calibração Após a calibração e após a pesquisa No quadro a seguir temos os retornos do investimento com a instalação e operação das VRP’S. Nota-se que as VRP’S instaladas tem um retorno previsto na pior situação de aproximadamente 10 meses e que a melhor situação tem um retorno de aproximadamente 2 meses. Quadro 1.4 – Volume recuperado e retorno do investimento VOLUME RECUPERADO ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS MOREIRA VRP INSTALAÇÃO CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO 38.232,00 ETAPA 1 (m³/mês) 3.073,04 2.673,56 5.940,16 15.182,28 ETAPA 2 (m³/mês) - - 2.633,20 8.557,20 40.512,00 TOTAL (m³/mês) 3.073,04 2.673,56 8.573,36 23.739,48 78.744,00 RETORNO DO INVESTIMENTO ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS MOREIRA VRP INSTALAÇÃO CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO ECONOMIA MENSAL R$ 2.181,86 1.898,23 6.087,09 16.855,03 55.908,24 INVESTIMENTO R$ - - 65.988,54 90.834,88 126.707,03 MESES - - 10,84 5,39 2,27 RETORNO Considerações Finais: A redução de perdas físicas através do controle e redução de pressões e eliminação de vazamentos é uma ferramenta de grande eficácia por atuar na causa geradora dos vazamentos que são as pressões elevadas e as grandes oscilações de pressões. Porém vale salientar, que esta metodologia de combate a perdas deve ser aplicada em locais que favoreçam a sua implantação ou seja, que apresentem situações topográficas e de abastecimento adequados e que viabilizem a maximização de resultados tanto em volume recuperado como retorno do investimento. Bibliografia: 1. ENOPS ENGENHARIA LTDA. Relatórios de implantação do sistema de redução e controle de pressões VRP Campos Salles / VRP Flórida / VRP Nestor Moreira / VRP Tocantins / VRP Manoel Coelho. São Paulo: 2003