ENERSISA – Energia Silvers Ltda.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO
DA TERMELÉTRICA ENERSISA, NO MUNICÍPIO DE
SILVES – AM
VOLUME I – CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
JANEIRO, 2008
Realização:
LIGA Consultores S/S
LIGA CONSULTORES S/S
INFORMAÇÕES GERAIS
Identificação do Empreendedor
Nome: UTE ENERSISA
Razão Social: ENERSISA – Energia Silvers Ltda.
Representante: José Alves Neto – Sócio -Presidente –
Engenheiro Eletricista
CPF : 277.651.991 - 53
RG: 1281222 SSP/GO
CNPJ: 07.666.854/0001-50
Inscrição Estadual:10.410157-1
Endereço: Rua T-34, No. 2.197, Setor Bueno, CEP: 74223 – 220 –Goiânia -GO.
Identificação do Proponente
Razão Social: LIGA Consultores S/S
CNPJ: 04.464.290/0001-85
Endereço: Rua São Raimundo, nº 269, Bairro Santo Antônio – CEP 69025-000 –
Manaus/ AM
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE SILVES - AM
i
LIGA CONSULTORES S/S
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Equipe de Pesquisadores responsáveis pela elaboração do estudo de
Impacto Ambiental – EIA – UTE ENERSISA
Nome: Carlos Edwar de Carvalho Freitas
Coordenador
Titulação: Doutorado em Engenharia Ambiental - USP
N ˚CREA/AM: 2979-D
N ˚IPAAM:069/03 – PF
Assinatura:
Nome: Alexandre Almir Ferreira Rivas
Titulação: PhD em Economia Ambiental – The University of
Tennessee/USA
N ˚CREA/AM:4328 D
Impactos
Ambientais
e
Prognóstico
N ˚IPAAM:071/03 - PF
Assinatura:
Nome: Fabíola Aquino do Nascimento
Coordenação
Titulação: Mestrado Biologia de Água Doce e Pesca Interior - INPA
N ˚CREA/AM:9221-03
N ˚IPAAM:213/07 - PF
Assinatura:
Nome: Flávia Kelly Siqueira de Souza
Coordenação
Titulação: Mestrado Biologia de Água Doce e Pesca Interior - INPA
N ˚CREA/AM:9213 - D
N ˚IPAAM:126/06 - PF
Assinatura:
Nome: Káren Lorena Lôbo Prado
Ictiofauna
Titulação: Mestrado Biologia de Água Doce e Pesca Interior - INPA
N ˚CREA/AM: 10523 - D
N ˚IPAAM: 069/06 - PF
Assinatura:
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ii
LIGA CONSULTORES S/S
Nome: Maria Angélica Corrêa Laredo
Sócioeconomia
Titulação: Graduação em Economia - CIESA
N ˚CORECON/AM: 1312
N ˚IPAAM: 198/07 - PF
Assinatura:
Nome: Carlos Augusto da Silva
Arqueologia
Titulação: Especialização em Arqueologia Amazônica
N ˚IBAMA: 1955390
N ˚IPAAM: 140/03 – PF
Assinatura:
Nome: Suzy Cristine Pedroza da Silva
Flora
Titulação: Mestrado em Agricultura e Sustentabilidade na Amazônia
N ˚CREA/AM: 9261-D
N ˚IPAAM: 035/07 – PF
Assinatura:
Nome: Vinícius Tadeu de Carvalho
Fauna
Titulação: Ciências Biológicas
N ˚CRBio: 5058/06 - D
N ˚IPAAM: 1255/06
Assinatura:
Nome: Hedinaldo N. Lima
Pedologia
Titulação: Doutorado em Solos
N ˚CREA/AM: 4223
N ˚IPAAM: 113/06 - PF
Assinatura:
Nome: Clauzionor Lima da Silva
Geomorfologia
Titulação: Doutorado em Geologia UFAM
N ˚CREA/AM: 3949 - D
N ˚IPAAM: 2133/T/07
Assinatura:
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iii
LIGA CONSULTORES S/S
Nome: Tereza Cristina Souza de Oliveira
Limnologia
Titulação: Doutorado em Ciências Química Analítica – PUC
N ˚CRQ/AM: 14100699
N ˚IPAAM: 2392/07
Assinatura:
Nome: Blenda Araújo Saraiva
Titulação:Mestrado em Modelagem Ambiental - COPPE
N ˚CREA/AM: 8821 - D
Resíduos e
Emissões
Atmosféricas
N ˚IPAAM: 0877/07 - PF
Assinatura:
Nome: Olívia Leonardi Ribeiro
Geomorfologia
Titulação: Graduação em Geologia - UNESP
N ˚CREA/MG: 07001126
N ˚IPAAM: 2132/T/07
Assinatura:
Nome: Paulo Moisés de Araújo Pereira
Titulação: Tecnólogo em Mecânica
N ˚CREA/AM: 10576-D
Resíduos e
Emissões
Atmosféricas
N ˚IPAAM: 4558 / 07 - PF
Assinatura:
Nome: Renata Reis Mourão
Titulação: Bacharel em Economia
N˚ CORECON/AM: 1756
N ˚IPAAM: 0925/T/06
Impactos
ambientais
E
Prognóstico
Assinatura:
Nome: Beatriz Furtado Rodrigues
Titulação: Bacharel em Economia – UFAM
Impactos
Ambientais
N ˚CORECON/AM: 1917
e
N ˚IPAAM: 067106 - PF
Prognóstico
Assinatura:
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iv
LIGA CONSULTORES S/S
Nome: Edileuza Carlos de Melo
Geoporcessamento
Titulação: Mestrado em Engenharia Mecânica – Área Ambiental –
UnB
N ˚CREA/AM:4925 – AM - RR
N ˚IPAAM:231/07 - PF
Assinatura:
Nome: Willer Pinto
Geoprocessamento
Titulação: Especialista em Geoprocessamento
Msc em Geociências
N ˚CREA/AM: 8038-D
N ˚IPAAM: 256/07 - PF
Assinatura:
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v
LIGA CONSULTORES S/S
Equipe de colaboradores na elaboração do estudo de Impacto
Ambiental – EIA – UTE ENERSISA
Arqueologia
Nome: Eduardo Góes Neves
Titulação: Doutorado Indiana University/ USA
Nome: Helena Pinto Lima
Titulação: Doutorado MAE – USP
Nome: Bruno Marcos Moraes
Titulação: História – USP
Nome: Levemilson Mendonça da SIlva
Titulação: História – UFAM
Hidrologia
Nome: Naziano Pantoja Filizola Junior
Titulação: Doutorado em Hidrologia e Geologia
Comunicação
Nome: Jackson Colares Antunes
Titulação: Doutorado em Tecnologia Educacional – UIB/Espanha
Fauna
Nome: Eduardo Schmidt Eler
Titulação: Mestrado em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva
Nome: Rafael Bernhaird
Titulação: Mestrado em Ecologia – INPA
Nome: Paulo César Machado Andrade
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vi
LIGA CONSULTORES S/S
Titulação: Mestrado em Zootecnia – Piracicaba
Nome: Reynier de Souza Omena Junior
Titulação: Especialista em Gestão Ambiental
Nome: Lucéia Bonora
Titulação: Licenciatura em Ciências Biológicas – UNIC
Nome: Anndson Brelaz de Oliveira
Titulação: Bacharel em Engenharia de Pesca – UFAM
Pedologia
Nome: Venceslau Geraldes Teixeira
Titulação: Doutorado em Ciências do Solo
Nome: Aildo da Silva Gama
Titulação: Mestrado em Ciências Agrárias
Nome: Rodrigo Macêdo
Titulação: Ciências Naturais -
Impactos Ambientais e Prognóstico
Nome: Melyse Amaralina da Silva Cordeiro
Titulação: Bacharel em Economia – UFAM
Geoprocessamento
Nome: Leonara de Oliveira Queiroz
Titulação: Bacharel em Biológicas – UNINORTE
Nome: Francimara Torres de Freitas
Titulação: Licenciada em Geográfica – UFAM
Flora
Nome: Jonathas Nascimento
Titulação: Bacharel em Engenharia Florestal – UFAM
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LIGA CONSULTORES S/S
Limnologia
Nome: Danielle de Oliveira Vieira
Titulação: Química – CEFET
Resíduos e Emissões Atmosféricas
Nome: César Ricardo Barbosa da Silva
Titulação: Bacharelado em Administração
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LIGA CONSULTORES S/S
APRESENTAÇÃO
A LIGA CONSULTORES S/S foi contrata pela ENERSISA – ENERGIA
SILVERS LTDA para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e
respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA). Este documento
atende ao Termo de Referência No.003/07 – GEPE, para a construção de uma
Usina Termelétrica, movida a combustão de gás natural no município de Silves –
AMAZONAS.
O objetivo deste documento é apresentar o Estudo de Impacto Ambiental - EIA
ao Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas – IPAAM e demais
órgãos de atuação na área ambiental do Estado do Amazonas, e ainda aos
diversos segmentos da população com interesse no assunto.
O EIA apresenta informações detalhadas a respeito das características do
empreendimento e das características físicas, biológicas, sociais e econômicas da
região de influência, em que o empreendimento se insere, em atendimento à
Legislação
Brasileira,
para
que
o
projeto
possa
prosseguir
em
seu
desenvolvimento, implantação e operação.
Para efeito de melhor apresentação, o EIA foi subdividido em quatro (04)
volumes, cujos conteúdos encontram-se indicados no Sumário, reproduzido em
todos os volumes. De forma geral, tais volumes constarão:
VOLUME I - Caracterização do Empreendimento
VOLUME II - Diagnóstico Ambiental
VOLUME III - Impactos Ambientais
Prognóstico Ambiental
Medidas Mitigadoras, Compensatórias
VOLUME IV - Programas Ambientais, .Referências Bibliográficas e Anexos.
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PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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LIGA CONSULTORES S/S
CONTRATANTE
A empresa ENERSISA – Energia Silvers Ltda., cuja sede provisória é Rua T 34
nº 2.197, Setor Bueno em Goiânia – Goiás é controlada pelo Grupo Empresarial
ENGEBRA – Empresa de Energia do Brasil Ltda, que possui 99% das ações da
empresa.
O Grupo ENGEBRA, ao qual a ENERSISA integra, tem competência e
profundo conhecimento do mercado energético brasileiro, devido ao know-how
adquirido ao longo dos anos inserido na malha energética brasileira. Além de
parcerias com empresas líderes mundiais em seus respectivos segmentos,
detentoras de alta tecnologia. O que concede à empresa credibilidade e
capacidade para a realização de projetos multidimensionais.
A ENGEBRA, além da ENERSISA, detém o controle acionário de outras
empresas:
Empreendimento UTE DAIA Usina Termelétrica de Anápolis Ltda. A
Usina Termelétrica de Anápolis – UTE-DAIA, produtora independente de
energia elétrica, está localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis-GO,
ocupando uma área de 40.000 m². Sua estrutura é composta de dois
galpões com 33 conjuntos motores geradores, que produzem 44,3 MW de
energia elétrica disponibilizada para o Sistema Interligado Nacional.
Empreendimento UTE – Palmeiras Usina Termelétrica de Palmeiras de
Goiás Ltda. Usina Termelétrica Palmeiras de Goiás - UTE-PALMEIRAS,
também produtora independente de energia elétrica, com potência
instalada de 174,30KW, na tensão de 230kV, freqüência de 60Hz,
localizada no Município de Palmeiras de Goiás-GO, constituída para o
fornecimento de energia no Sistema Interligado Nacional, submercado
Sudeste/Centro-Oeste e participação no Leilão de Energia Nova de 2006.
Empreendimento Hedesa Tecnologias Ltda (www.hedesa.com.br). No
início de 2006, a ENGEBRA tornou-se sócia majoritária da Hedesa,
empresa que tem como foco o uso de tecnologia inovadora em
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PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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x
LIGA CONSULTORES S/S
craqueamento
para
produção
de
biocombustível,
através
do
aproveitamento de resíduos derivados de petróleo.
Empreendimento Hidrogás Ltda.
Ainda implementa ações que tem como resultado uma elevação substancial
da qualidade de vida e no aumento da capacidade de gerar riquezas da
comunidade sob a área de influência de seus projetos.
Um exemplo é o Projeto Escola-Empresa, na qual a ENGEBRA é pioneira, que,
através da modernização de ambientes universitários, proporciona aos docentes e
discentes conforto, tecnologia e conhecimento associando prática à teoria.
Com relação à responsabilidade ambiental, o Grupo ENGEBRA implanta
Programas de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança), programa este, que
tem o intuito de conduzir os negócios de maneira responsável e comprometida
com o meio ambiente e a sociedade, de forma a manter a segurança e a saúde
dos seus funcionários, parceiros e sociedade em geral, mantendo a preservação
do meio ambiente.
Para todos os projetos, inclusive a UTE ENERSISA, são desenvolvidos e
aplicados todos os quesitos gerais propostos por um programa de SMS e outros
que serão criados conforme a necessidade local ou para melhoramentos diversos
de acordo com o surgimento de novas tecnologias.
Dentro do quesito saúde, além da manutenção da saúde ocupacional, são
realizadas Ciclos de Palestras com os funcionários e familiares sobre a
manutenção da saúde, esclarecimentos e orientações sobre epidemias, etc. Para
o quesito de meio ambiente será implantado um Sistema de Gestão Ambiental –
SGA, que será reforçado com o desenvolvimento de Projetos Ambientais que
abranjam Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Gerenciamento de Resíduos
Líquidos, Reaproveitamento de Água, Educação Ambiental, etc.
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PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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xi
LIGA CONSULTORES S/S
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1
I.I - Justificativa .................................................................................................... 3
I.I.I - Usinas Termelétricas ............................................................................... 7
I.I.II - Termelétricas no Brasil ......................................................................... 10
I.I.III - Termelétricas no Estado do Amazonas ............................................... 12
I.I.IV - Alternativas Tecnológicas.................................................................... 15
I.I.V - A Comparação...................................................................................... 21
II - CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................................... 26
II.I - Localização do Empreendimento ............................................................... 27
II.II - Área de Influência do Empreendimento..................................................... 29
II.III - Capacidade de Geração........................................................................... 32
II.IV - Modulação da Usina................................................................................. 32
II.IV.I - Equipamentos..................................................................................... 32
II.IV.II - Arranjo da Usina e da Sub-estação associada .................................. 40
I.IV.III - Informações dos sistemas de proteção, controle, medição e de
comunicação. ................................................................................................. 41
II.IV.IV - Diagramas unifilares......................................................................... 45
II.IV.V – Fluxogramas dos sistemas de recepção, medição, armazenamento e
tratamento de combustíveis. .......................................................................... 45
II.V.VI – Características Elétricas ................................................................... 46
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PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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xii
LIGA CONSULTORES S/S
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Fontes primárias para geração de energia elétrica nos anos de 1997 e
1999. ....................................................................................................................... 4
Figura 2. Estrutura de oferta interna segundo a natureza da Fonte Primária de
geração1. ................................................................................................................. 4
Figura 3. Consumo de gás natural no Brasil entre 1974 e 2004. ............................ 6
Figura 4. Localização dos municípios de Silves e Manaus, no estado do Amazonas.
.............................................................................................................................. 27
Figura 5. Placa que sinaliza a localização da termelétrica de Silves – AM. .......... 28
Figura 6. Placa que sinaliza a localização da termelétrica de Silves – AM. .......... 28
Figura 7. Delimitação da Área de influência direta e indireta no estudo da
Termelétrica - ENERSISA. ................................................................................... 31
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Participação das fontes energéticas na produção de energia elétrica nas
centrais autoprodutoras (Gwh), no período de 1995 à 1999. .................................. 5
Tabela 2.
Oferta Interna de Energia no Brasil em 2005 e 2006 (milhões de tep). 7
Tabela 3. Algumas instalações termelétricas presentes no Estado do Amazonas.
.............................................................................................................................. 14
Tabela 4. Aproveitamentos hidroelétricos situados até 500 km de Manaus........ 17
Tabela 5.. Principais vantagens e desvantagens das diversas alternativas
energéticas para a cidade de Manaus. ................................................................. 24
Tabela 6. Nível mínimo de potência despachada pela termelétrica, quando
operando em 4 LM6000PC. .................................................................................. 35
Tabela 7. Nível mínimo de potência despachada pela termelétrica, quando
operando em 3 LM6000 PC e 2 LM2500 PE......................................................... 35
Tabela 8. Desempenho da usina termelétrica quando operando com 4LM6000 PC
(primeira alternativa). ............................................................................................ 36
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Tabela 9. Desempenho da usina termelétrica quando operando com 3LM6000
PC e 2 LM2500 PE (segunda alternativa). ............................................................ 36
Tabela 10. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora
no ponto de 100%. ................................................................................................ 37
Tabela 11. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora
no ponto de 85%. .................................................................................................. 37
Tabela 12. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora
no ponto de 75%. .................................................................................................. 37
Tabela 13. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora
no ponto de 50%. .................................................................................................. 38
Tabela 14. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa,
considerando o despacho econômico, para a carga de 100%. ............................. 38
Tabela 15. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa,
considerando o despacho econômico, para a carga de 85%. ............................... 38
Tabela 16. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa,
considerando o despacho econômico, para a carga de 75%. ............................... 39
Tabela 17. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa,
considerando o despacho econômico, para a carga de 70%. ............................... 39
Tabela 18. Cálculo dos parâmetros elétricos da linha de transmissão.................. 47
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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xiv
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I – INTRODUÇÃO
Foi com a edição da Lei n.º 6.938/1981 – Lei de Política Nacional do Meio
Ambiente, que o Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EIA, passou a integrar, a
legislação ambiental brasileira. A referida Lei foi regulamentada pelo Decreto
No..88.3351/1983,
posteriormente
revogado
e
substituído
pelo
Decreto
No.99.274/1990, que disciplinou alguns aspetos gerais e atribuiu ao Conselho
Estadual do Meio Ambiente - CONAMA, competência para fixar critérios quanto à
exigência de estudo de impacto ambiental para fins de licenciamento.
O Estudo de Impacto Ambiental - EIA é um instrumento de política pública,
eminentemente técnico-científico e de caráter multidisciplinar, capaz de definir,
mensurar, monitorar, mitigar e corrigir as possíveis causas e efeitos de
determinada atividade sobre determinado ambiente, materializando-o num
documento, agora já direcionado ao público leigo, denominado de Relatório de
Impacto de Impactos ao Meio Ambiente - RIMA.
O presente Estudo de Impacto Ambiental – EIA e o respectivo Relatório de
Impactos ao Meio Ambiente - RIMA, foram construídos em completo atendimento
às exigências da legislação ambiental, tanto Federal quanto Estadual, além de
procurar atender, ainda, as necessidades de preservação da qualidade de vida de
uma região onde será implantada uma usina termelétrica, situada no município de
Silves-AM, que utilizará como combustível o gás natural produzido pelo poço 1RUT-1-AM, já prospectado e com viabilidade de extração confirmada.
Tal projeto visa a contratação de suprimento de energia elétrica na modalidade
de Produtor Independente de Energia – PIE, para atendimento do mercado da
Manaus Energia S/A e CEAM. Após a construção da termelétrica, está prevista a
construção de um gasoduto para o transporte do gás natural do poço à UTE e de
uma linha de transmissão, deste local da usina, nas imediações do município de
Silves até Manaus, no Bay de entrada da Subestação Manaus I.
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PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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Desta forma, o presente EIA, elaborado em conformidade com o que disciplina
a Resolução CONAMA No.001/86, tem por finalidade especificar as atividades a
serem desenvolvidas pela UTE ENERSISA, no que concerne ao desenvolvimento
de atividades, visando a regularização do empreendimento junto ao Instituto de
Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM.
Sendo assim, o objetivo do EIA UTE ENERSISA é fundamentar a análise do
empreendimento, discriminando as atividades necessárias para sua implantação e
sua rotina de operação, enfatizando o detalhamento dos impactos ambientais que
podem ocorrer em cada etapa, como requisito básico para a regularização e
operacionalização do empreendimento junto aos órgãos ambientais e à sociedade
em geral.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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I.I – Justificativa
A geração de energia elétrica no Brasil caracteriza-se, diferentemente do
contexto médio global, em termos da dependência quanto às fontes energéticas
fósseis. Em uma situação privilegiada, ela se estabeleceu a partir do meio deste
século com base nos potenciais hidráulicos existentes.
A Figura1 mostra as fontes primárias (produtos energéticos providos pela
natureza na sua forma direta, como petróleo, gás natural, carvão mineral, resíduos
vegetais e animais, energia solar, eólica etc.) utilizadas para a geração de energia
elétrica nos anos de 1997 e 1999. A energia hidráulica apresentou uma redução
relativa de 96,8% para 90,5% nestes três anos, permanecendo, entretanto, como
a principal fonte de energia dentro da matriz energética brasileira. O carvão e a
energia nuclear não apresentaram grandes alterações (PLANO PLURIANUAL DE
GOVERNO – PPA - RESULTADOS OBTIDOS, 2000 a 2003). Com relação a
geração térmica, observa-se uma mudança significativa neste intervalo de três
anos, que evoluiu de 1,3% em 1997 para 6,4% em 1999. Já no ano de 2004, a
geração térmica foi de 13% (Fig.2), um aumento substancial ao valor de 1999 que
foi de 6,4% (BEM,2005).
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3
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120
100
80
60
40
20
Hidro
Derivados de petróleo
Carvão
Nuclear
0
1997
1999
Figura 1. Fontes primárias para geração de energia elétrica nos anos de 1997 e 1999. Fonte:
ELETROBRAS, 1999,2000
1
Figura 2. Estrutura de oferta interna segundo a natureza da Fonte Primária de geração . Fonte:
BEN,2005
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No Brasil, a produção térmica se destina aos sistemas isolados e à
complementação no atendimento do mercado dos sistemas interligados nos
períodos hidrologicamente desfavoráveis ou para atendimento localizado, quando
ocorrem restrições de transmissão.
A Tabela 1 mostra a participação de cada fonte energética na produção de
energia elétrica nas centrais autoprodutoras no período 1995-1999. Nota-se
claramente que a opção termelétrica é majoritária na geração autônoma. Entre as
principais fontes de energia da produção termelétrica destacam-se o bagaço de
cana, a lixívia, o gás natural e o óleo combustível (PLANO PLURIANUAL DE
GOVERNO – PPA - RESULTADOS OBTIDOS, 2000 a 2003).
Tabela 1. Participação das fontes energéticas na produção de energia elétrica nas centrais
autoprodutoras (GWh), no período de 1995 à 1999.
Fontes
1995
1996
1997
1998
1999
Geração Eletricidade
14.923
17.994
19.135
20.583
23.925
Geração Térmica
11.474
13.619
14.749
15.472
18.089
Gás Natural
560
973
1.107
1.171
2.005
Carvão Vapor
276
322
247
267
266
Lenha
646
669
727
687
741
Bagaço de Cana
2.574
3.593
3.880
3.982
4.110
Lixívia
2.195
2.273
2.509
2.526
2.936
Outras Recuperações
1.373
1.406
1.745
1.947
2.247
378
709
853
1.055
1.510
2.103
2.130
2.070
2.171
1.975
304
429
317
440
812
Outras Secundárias
1.065
1.115
1.294
1.226
1.487
Geração Hidrelétrica
3.449
4.324
4.386
5.111
3.840
Óleo Diesel
Óleo Combustível
Gás de Coqueira
Fonte: BEN, 2000
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O consumo de gás natural no Brasil para fins energéticos no período de 30
anos (1974-2004) teve um crescimento acentuado a partir na década de 1990,
com uma queda na década seguinte (Fig.2). No Brasil, as reservas provadas são
da ordem de 230 bilhões de m3, dos quais 48% estão localizados no Estado do
Rio de Janeiro, 20% no Amazonas, 9,6% na Bahia e 8% no Rio Grande do Norte.
A produção é concentrada no Rio de Janeiro (44%), no Amazonas (18%) e na
Bahia (13%) (ANP, 2003).
Este aumento na utilização de gás natural para a produção de energia pode
ser explicado pelo fato de em 2000, o Ministério das Minas e Energia ter lançado o
Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT) (Tab.2), com o objetivo de reduzir
a
dependência
das
condições
hidrológicas
desfavoráveis
e
diminuir
a
vulnerabilidade do sistema. Apesar do aumento significativo no uso deste
combustível no setor energético, a participação do gás natural na matriz
energética brasileira ainda é pouco expressiva, da ordem de 5,6% do consumo
final (MME, 2003)
Figura 3. Consumo de gás natural no Brasil entre 1974 e 2004. Fonte: BEN, 2005
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Tabela 2. Oferta Interna de Energia no Brasil em 2005 e 2006 (milhões de tep).
Energético
2005
2006
04/03 (%)
Oferta Total
218,7
226,1
3,4
Energia Não-Renovável
121,3
124,4
2,6
Petróleo e Derivados
84,6
85,5
1,1
Gás Natural
20,5
21,6
5,3
Carvão Mineral
13,7
13,6
-0,5
Urânio (U2O8)
2,5
3,7
44,1
Energia Renovável
97,3
101,6
4,4
Energia Hidráulica
28,5
28,6
0,6
Lenha e Carvão Vegetal
30,1
32,8
8,7
Outras Renováveis
6,3
6,7
5,4
Fonte: BEN,2006.
I.I.I - Usinas Termelétricas
A usina Termelétrica é uma instalação que produz energia elétrica a partir da
queima de carvão, óleo combustível ou gás natural em uma caldeira projetada
para esta finalidade específica. O funcionamento das centrais termelétricas é
semelhante, independentemente do combustível utilizado. O combustível é
armazenado em parques ou depósitos adjacentes, de onde é enviado para a usina,
onde será queimado na caldeira.
O vapor é gerado pela caldeira a partir da água que circula por uma extensa
rede de tubos que revestem suas paredes. A função do vapor é movimentar as
pás de uma turbina, cujo rotor gira juntamente com o eixo de um gerador que
produz a energia elétrica. Essa energia é transportada por linhas de alta tensão
aos centros de consumo.
O vapor é resfriado em um condensador e convertido outra vez em água, que
volta aos tubos da caldeira, dando início a um novo ciclo. A água em circulação
que esfria o condensador expulsa o calor extraído da atmosfera pelas torres de
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refrigeração, que grandes estruturas que identificam essas centrais. Parte do calor
extraído passa para um rio próximo ou para o mar.
As termelétricas podem operar em ciclo simples, em ciclo combinado ou em
co-geração:
Ciclo simples – a queima de um determinado combustível em caldeiras
simples, turbinas ou em motores de Ciclo Otto, fornece a energia mecânica para o
gerador de energia elétrica.
Eficiência média do sistema – 30 a 42%.
Ciclo combinado – a queima do combustível fornece energia mecânica para o
gerador de energia elétrica, e os gases da queima do combustível com uma
temperatura em torno de 550ºC são direcionados a uma caldeira de recuperação
de calor para produzirem vapor, e este vapor irá movimentar uma turbina a vapor
que estará ligada a um outro gerador de energia elétrica.
Eficiência média do conjunto - 42 a 58%.
Co-geração – é semelhante ao sistema em ciclo combinado, no qual o vapor
produzido na caldeira de recuperação de calor será também utilizado no processo
industrial de alimentos, papel, bebida, aquecimento de ambiente, ect.
Eficiência média do conjunto – 42 a 80%.
O combustível utilizado para a obtenção do calor necessário para o processo,
apresenta-se sob diversas formas:
Gás natural
Derivados de petróleo
Carvão mineral e vegetal
Xisto betuminoso
Resíduos de madeira e da produção agrícola
Bagaço de cana de açúcar
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Lixo doméstico
Os combustíveis mais utilizados em termelétricas são de origem fóssil. Como,
por exemplo, o carvão mineral, óleo diesel, óleo combustível, gás natural, entre
outros. Entretanto, também existe tecnologias disponíveis para a utilização de
combustíveis alternativos, com destaque para a biomassa, principalmente no
aproveitamento de resíduos agrícolas, como o bagaço de cana de açúcar e a
palha de arroz (MEDEIROS, 2003).
A principal vantagem é poderem ser construídas onde são mais necessárias,
economizando assim o custo das linhas de transmissão. E essas usinas podem
ser encontradas na Europa e em alguns estados do Brasil.
O gás natural pode ser usado como matéria-prima para gerar calor,
eletricidade e força motriz, nas indústrias siderúrgica, química, petroquímica e de
fertilizantes, com a vantagem de ser menos poluente que os combustíveis
derivados do petróleo e o carvão.
Entretanto, o alto preço do combustível é um fato desfavorável, além da
quantidade e o tipo de efluentes gerados pelo empreendimento. A intensidade do
impacto varia conforme a tecnologia utilizada, mas em geral compreendem:
efluentes sólidos que são depositados no local ou comercializados, efluentes
líquidos, efluentes aéreos compostos de gases e material particulado, rejeito
térmico, ruído e efeitos estéticos.
A emissão de poluentes na atmosfera pode ser considerada a principal ação
impactante de usinas termelétricas. Essa emissão consiste na descarga de
material particulado e gases resultantes do processo de combustão, cuja
quantidade e composição variam conforme a tecnologia e o combustível utilizado
(MEDEIROS, 2003).
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O controle de emissão de poluentes pode se dar em três etapas: antes,
durante ou após o processo de combustão. A decisão sobre a necessidade de
utilização desses métodos é responsabilidade daqueles que projetam e operam as
usinas termelétricas (MEDEIROS, 2003).
I.I.II - Termelétricas no Brasil
A energia térmica começou a ser utilizada no Brasil em 1954, quando entrou
em operação a Usina Termelétrica de Piratiningas. Após uma década iniciou-se
um lento processo de inauguração de novas usinas. Entretanto, a instalação de
novas geradoras só ganhou força a partir de 1999, após o blecaute provocado
pela redução contínua dos níveis de armazenamento de água nos reservatório das
hidrelétricas.
O baixo índice pluviométrico nos anos de 1997 e 1998 e o processo de
aumento do consumo de energia ampliam o risco de novas crises no setor,
dependente em 90% da hidroeletricidade. Em 2000, o Ministério das Minas e
Energia lançou o Programa Prioritário de Termeletricidade - PPT, com o objetivo
de reduzir a dependência das condições hidrológicas desfavoráveis e diminuir a
vulnerabilidade do sistema.
Em relação ao ano anterior, a oferta interna de energia elétrica em 2006
proveniente de termelétricas, no Brasil, teve um crescimento de 8,3%, e sua
participação no total da eletricidade gerada passou de 16,2% para 16,8%,
alcançando a marca de 71TWh (BEN,2006).
As usinas termelétricas em operação no Brasil são de diversos portes,
tecnologias e de diferentes combustíveis, isto acontece devido à finalidade de
atendimento, quantidade de demanda, disponibilidade de preço e oferta de
combustível no local de geração. Segundo a ANEEL, em 2003 o parque
termelétrico brasileiro era de 15.421MW instalados.
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Vários são os motivos para o investimento do Brasil em termelétricas. Entre
elas, porque há um esgotamento das fontes de energia hidrelétricas próximas dos
grandes centros, elevando os novos projetos, localizados cada vez mais longe dos
centros de consumo, além das rigorosas exigências ambientais que têm
contribuído para o aumento do tempo de implantação.
O gás natural é um dos principais combustíveis utilizados em usinas
termelétricas no Brasil, e seu uso na geração de energia é relativamente recente
recente (após a Segunda Guerra Mundial). Junto ao setor elétrico, o uso mais
generalizado dessa tecnologia tem ocorrido somente nos últimos 15 ou 20 anos.
Ainda assim, restrições de oferta de gás natural, o baixo rendimento térmico das
turbinas e os custos de capital relativamente altos foram, durante muito tempo, as
principais razões para o baixo grau de difusão dessa tecnologia no âmbito do setor
elétrico.
Nos últimos anos, esse quadro tem-se modificado substancialmente, na
medida em que o gás natural surge como uma das principais alternativas de
expansão da capacidade de geração de energia elétrica em vários países,
inclusive no Brasil. Atualmente, as maiores turbinas a gás chegam a 330 MW de
potência e os rendimentos térmicos atingem 42%.
Com o esgotamento dos melhores potenciais hidráulicos do país e a
construção do gasoduto Bolívia – Brasil (GASBOL), o gás natural tornou-se uma
alternativa importante para a necessária expansão da capacidade de geração de
energia elétrica. Nesse contexto, foi criado o Plano Prioritário de Termelétricas
(PPT), pelo Decreto n° 3.371 de 24 de fevereiro de 2000.
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I.I.III - Termelétricas no Estado do Amazonas
No Estado do Amazonas, o percentual da população atendido por energia
elétrica atinge atualmente 71,4% da população total. A população não atendida
(28,6% do total) corresponde basicamente à parcela que vive em pequenas
localidades isoladas no interior do estado e a demanda reprimida nas sedes dos
municípios (SOUZA & SANTOS, 2003).
Nos sistemas isolados, a principal forma de fornecimento de energia elétrica
para populações das sedes municipais tem sido a geração térmica usando óleo
Diesel (Tab.3). Nas comunidades dispersas predominam os sistemas motorgerador a Diesel, doados às comunidades pelas prefeituras municipais (SOUZA &
SANTOS, 2003).
Algumas capitais e municípios também contam com uma contribuição da
geração hidroelétrica. No estado do Amazonas, a Hidrelétrica de Balbina (250 MW)
atende parte da demanda de Manaus, capital do estado, e do município de
Presidente Figueiredo no interior do estado. Em Rondônia, a Hidrelétrica de
Samuel (216MW) atende Porto Velho; e, no Amapá a Hidrelétrica Coaracy Nunes
(40MW) atende Macapá (SOUZA & SANTOS, 2003).
A partir da construção do Gasoduto Coari-Manaus, as termelétricas que
utilizam diesel deverão ser gradativamente substituídas por aquelas que
empregam o gás natural, para que ocorra uma redução de cerca de 10 mil barris
dia-1 no consumo deste combustível de grande valor na balança comercial
brasileira, resultando que a mudança da matriz energética dos sistemas isolados
constituí-se em questão de soberania.
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Esta substituição apresenta vantagens econômicas e ambientais imediatas,
pois a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), criada pelo governo para
subsidiar os sistemas isolados de geração de energia elétrica, contabiliza em
Manaus prejuízos da ordem de US$ 1.000.000 (um milhão de dólares) por dia,
destinados a pagar a diferença entre o preço do óleo diesel e do gás natural. Esse
dinheiro é debitado nas contas de energia de todos os consumidores das demais
regiões do Brasil. Dessa forma, quanto mais rápida for a implantação de
Termelétricas a gás natural menores serão as perdas ocasionadas pela utilização
do diesel.
O uso do gás natural apresenta maior segurança operacional, devido a este
combustível ser muito mais leve que o ar, e por isso se dissipar rapidamente na
atmosfera. Além disso, sua ignição se dá a temperaturas muito mais altas que os
outros combustíveis.
Devido à sua composição predominantemente de hidrocarbonetos leves e
ainda por ser um gás, não precisa ser atomizado para queimar, resultando numa
combustão limpa com reduzida emissão de poluentes e melhor rendimento
térmico, o que se constitui em fatores ambiental e econômico significativos, pois,
além de poluir muito menos que os demais combustíveis fósseis, também
aumenta o período de vida útil e reduz os gastos com a manutenção dos
equipamentos envolvidos no processo de conversão térmica. Essas propriedades
levam o Gás Natural a ser recomendado como combustível tanto sob o aspecto
de segurança quanto sob o aspecto ambiental.
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Tabela 3. Algumas instalações termelétricas presentes no Estado do Amazonas.
Termelátricas
Capacidade
Município
UTE Caviana
450 kW
Manacapuru
UTE Sacambu
372 kW
Manacapuru
UTE Campinas
440 kW
Manacapuru
UTE Murituba
230 kW
Codajás
UTE Belém do Solimões
520 kW
Tabatinga
UTE Caiambé
488 kW
Tefé
UTE Axinim
425 kW
Borba
UTE Betânia
300 kW
Santo Antônio de Içá
UTE Alvarães
1.588 kW
Alvarães
UTE Amarutá
1.598 kW
Amarutá
UTE Codajás
4.600 kW
Codajás
UTE Envira
3.285 kW
Envira
UTE Estirão do Equador
575 kW
Envira
UTE Iauaretê
600 kW
Santo Antônio de Içá
UTE Santo Antônio do Içá
3.062 kW
Santo Antônio de Içá
UTE São Paulo de Olivença
3.268 kW
São Paulo de Olivença
UTE São Sebastião de Uatumã
1.884 kW
São Sebastião do Uatumã
UTE Uarini
1.678 kW
Uarini
UTE Barcelos
2.482 kW
Barcelos
UTE Barreirinha
3.170 kW
Barreirinha
UTE Cucuí
440 kW
São Gabriel da Cachoeira
UTE Palmeiras
444 kW
Atalaia do Norte
UTE Pedras
438 kW
Barreirinha
UTE Camutama
2.000 kW
Camutama
UTE Urucurituba
2.530 kW
Urucurituba
UTE Nhamundá
1.800 kW
Nhamundá
UTE Silves
2.892 kW
Silves
UTE Cametá
424 kW
Barreirinha
UTE Feijoal
500 kW
Benjamin Constant
UTE Arara
242 kW
Caapiranga
UTE Jacaré
217 kW
Manacapuru
UTE Tuiué
450 kW
Manacapuru
UTE Santa Rita do Weill
300 kW
São Paulo de Olivença
Fonte: Resolução Normativa nº 111, de 16/11/2004, do Diretor-Geral da ANEEL.
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I.I.IV - Alternativas Tecnológicas
Qualquer sociedade, mesmo que ela seja 100% orgânica, gera poluição para
satisfazer suas necessidades de sobrevivência. O caso da escolha da fonte
energética para o abastecimento dos municípios do Estado do Amazonas não é
diferente. Assim, neste segmento procura-se analisar aspectos positivos e
negativos das principais fontes energéticas. Ênfase especial será dada aos
aspectos ambientais, sociais e econômicos. Como não há um consenso em
relação a melhor fonte energética para abastecer a cidade de Manaus e outras
cidades do Estado do Amazonas, apresentam-se aqui as principais considerações
disponíveis na literatura e transfere-se ao leitor a tarefa de buscar as fontes
indicadas, entre outras, para produzir uma análise mais aprofundada sobre o
assunto (Tab.4).
Alternativas Hidroenergéticas
O Estado do Amazonas, apesar de apresentar uma admirável malha fluvial,
possui poucos aproveitamentos hidráulicos. A principal razão para este fato é o
relevo pouco acentuado da região, o que pode ser comprovado pela cota do rio
Amazonas a 3.100km de sua foz (nível do mar), que é de apenas 65 metros (a
altitude máxima da cidade de Manaus é 92m). Este fato reflete-se também no
impacto ambiental causado pela grande área inundada das barragens já
construídas na região, como constitui-se em caso exemplar a Hidroelétrica de
Balbina.
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Apesar disto, o Governo Federal planeja construir quatro usinas ao longo do
rio Madeira. Os empreendimentos Santo Antônio e Jirau, em território brasileiro,
ficarão próximos a Porto Velho, capital do estado de Rondônia. Juntas, a
capacidade instalada será de 6.450MW. Os outros dois serão Guajará-Mirim, na
fronteira entre Brasil e Bolívia, e Cachuela Esperanza, em território boliviano.
Devido ao alto impacto que a construção de hidroelétricas, o Governo
Federal tem enfrentado oposição à construção das hidroelétricas na região
Amazônica. O que acarreta no adiamento ou cancelamento da execução das
obras. Assim, não se deve contar com estes aproveitamentos antes do final da
primeira década do presente século, mesmo que alguma destas obras seja
iniciada imediatamente, o que tecnicamente não seria possível, uma vez que a
maioria dos aproveitamentos encontra-se atualmente ainda na fase de estudos e
que os prazos de construção de hidroelétricas de porte são bastante longos
(Tab.4).
Quanto à Hidroelétrica de Cachoeira Porteira, esta é uma das alternativas da
Eletrobrás e da Eletronorte para o suprimento de energia elétrica para a região de
Manaus. Localizada no rio Trombetas, no Estado do Pará, e situada a
aproximadamente 480km de Manaus, prevê-se para este empreendimento o
aproveitamento de um potencial de 700MW elétrico (mais 700MW em uma
segunda etapa).
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Tabela 4. Aproveitamentos hidroelétricos situados até 500 km de Manaus.
Aproveitamento
Rio (Estado)
Potencial (MW)
Situação
Uatuma(AM)
250(efetiva)
Op. Desde de 1989
Apui
Juma(AM)
1,60(nominal)
Op. prevista 1997
Katuema
Jatapu(AM)
346(nominal)
Estudos
Onça
Jatapu(AM)
306(nominal)
Estudos
Fumaça
Pitinga(AM)
107(nominal)
Estudos
Pitinga
Pitinga(AM)
10(efetiva)
Estudos
Ponta da Ilha
Trombetas(AM)
98(nominal)
Estudos
Treze Quedas
Trombetas(PA)
168
Estudos
Turuna(PA)
55
Estudos
Manoel José
Trombetas(PA)
163
Estudos
Maniva
Trombetas(PA)
83
Estudos
Taja
Trombetas(PA)
272
Estudos
Ananai
Cachorro(PA)
208
Estudos
Carona
Mapuera(PA)
254
Estudos
Trombetas(PA)
700
Balbina
Turuna
Cachoeira Porteira 1
Estudos
a
Estudos
Cachoeira Porteira 2
Trombetas(PA)
350 (ou 700)
Armazém
Erepecuru(PA)
590
Estudos
Mel
Erepecuru(PA)
748
Estudos
Paciência
Erepecuru(PA)
625
Estudos
Carapanã
Erepecuru(PA)
920
Estudos
Itapacura 1
Itapacura(PA)
8,2
Estudos
Itapacura 2
Itapacura(PA)
6,7
Estudos
Uma outra possibilidade de abastecimento hidroelétrico de Manaus e outros
municípios do Estado do Amazonas, é a interligação da Usina Hidroelétrica de
Tucuruí, localizada no Estado do Pará, com a margem esquerda do rio Amazonas,
envolvendo as cidades de Belo Monte, Serra Azul, Alenquer. A Usina Hidroelétrica
de Cachoeira Porteira (em estudos) e a Hidroelétrica de Balbina (já em operação),
chegando-se até a cidade de Manaus, perfazendo um total de aproximadamente
1.600km.
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As quantidades de energia transportadas pelo sistema seriam da ordem de
400 MW em uma primeira etapa, atingindo-se o equivalente a 1.500MW em uma
etapa posterior, quando ocorre a entrada em operação da Usina de Cachoeira
Porteira.
Sem considerar a construção desta usina, o prazo para instalação deste
sistema é estimado em aproximadamente 3 anos, após a conclusão do projeto
básico e do processo de licenciamento ambiental.
Uma terceira opção que está sendo considerada é a importação de energia
dá Usina Hidroelétrica de Guri, na Venezuela, com distância aproximada de uns
1.600km de Manaus. Esta opção é bastante complexa, pois envolve negociações
e acordos internacionais com o país vizinho, sendo que no momento os estudos
realizados trabalham com uma previsão de fornecimento de 500MW, que poderá
atingir até 1.000MW. Pelas semelhanças técnicas (linhas de transmissão) e
distância,
pode-se
estimar,
também
para
este
caso,
um
prazo
de
aproximadamente 3 anos, a partir do início das obras, para esta energia estar
disponível em Manaus.
Entre as vantagens de uso da energia hidráulica, podemos destacar o fato de
ela ser renovável (pelo menos enquanto os ciclos hidrológicos não forem alterados
por problemas de ordem global), não ser uma fonte continua de emissão de gases
que contribuem para o aquecimento global (exceto aqueles produzidos nos
reservatórios devido à decomposição de matéria orgânica, particularmente quando
existe inundação de florestas) e ser potencialmente abundante num país de
dimensões continentais como o Brasil. Cerca de 96% da energia consumida no
Brasil é de origem hidráulica.
As desvantagens das hidroelétricas são bastante conhecidas. Entre elas
existem os problemas de ordem ambiental e social. Do ponto de vista ambiental,
os principais problemas são as inundações de grandes áreas que acabam
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gerando alterações irreversíveis no meio ambiente. Particularmente, os principais
efeitos adversos dizem respeito à qualidade da água, sobre a pesca e área
terrestre inundada, perda de habitas e emissão de gases que contribuem para o
efeito estufa (problema acentuado em regiões tropicais). Além disso, existem
estudos indicando a emissão de gases contribuintes para o efeito estufa a partir de
grandes reservatórios. O desmatamento associado à faixa de servidão das linhas
de transmissão também é um dos impactos negativos.
Da ótica social os problemas não são menores. Entre eles destacam-se os
impactos sobre a saúde, problemas de deslocamento de pessoas, efeitos
adversos sobre populações indígenas e pouca ou nenhuma inserção do
empreendimento na dinâmica econômica local. Ou seja, os benefícios ocorrem em
outra parte do país enquanto os custos são arcados especialmente pelas
populações na área de influência direta do empreendimento.
Alternativas Termoenergéticas
O Estado do Amazonas possui, atualmente, grande parte de sua matriz
energética baseada em Termelétricas, que utilizam a queima de derivados de
petróleo como fonte de energia. Os derivados do petróleo utilizados na geração de
energia, o óleo diesel e óleos combustíveis têm uma série de desvantagens em
relação a outras fontes. A primeira destas desvantagens é de ordem ambiental. A
queima do combustível em grupos geradores produz gases que podem afetar a
saúde das pessoas e do planeta.
A saúde das pessoas pode ser afetada através dos gases lançados na
atmosfera ou de particulados depositados sobre corpos d’água e alimentos. Em
relação à saúde do planeta, o principal problema é a emissão de gases que
contribuem para o aquecimento global e aumento da taxa de depleção dos
estoques dos recursos.
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Economicamente, a utilização de derivados do petróleo para a geração de
energia é cara e sujeita às flutuações no mercado internacional. No caso do
Amazonas, a situação é ainda mais séria, uma vez que o combustível utilizado
para a geração de energia na região é pesadamente subsidiado. Tal subsídio
distorce o mercado e gera um custo social tremendamente elevado. A distorção
de mercados leva a utilização sub-ótima dos recursos gerando um custo extra
chamado de externalidade que não é capturado pelo sistema de mercado, mas é
arcado pela sociedade. Isso ocorre, por exemplo, através da depleção mais rápida
do recurso (petróleo), geração de problemas de saúde por alterações na
qualidade do ar, entre outros.
O principal subsídio existente hoje é a Conta de Consumo de Combustíveis, a
CCC. A CCC, em vigor desde 1993, arrecada recursos junto às concessionárias
de energia elétrica do sistema interligado, para financiar o óleo diesel da geração
termelétrica das áreas isoladas, não atendidas pelo serviço de eletrificação;
concentrada na Região Norte do País. A CCC obedece a um cronograma de
eliminação gradativa a partir de 2013. Ou seja, desse ano em diante haverá uma
redução de 25% do subsídio por ano até sua eliminação total em 2016.
As termelétricas também podem ser alimentadas por gás natural, que é um
combustível fóssil que se encontra na natureza, normalmente em reservatórios
profundos no subsolo, associado ou não ao petróleo. O uso desse gás leva a uma
menor poluição atmosférica que aquela proveniente de derivados de petróleo,
devido sua queima ser mais limpa que os demais combustíveis, pois não precisa
ser atomizado para queimar, o que lhe confere uma combustão limpa e mais
eficiente no que se refere ao seu rendimento térmico, reduzindo a emissão de
CO2, NOX, material particulado e metais pesados.
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A substituição dos derivados de petróleo por gás natural gera uma menor
emissão específica de carbono contribuindo para redução do aquecimento global,
abrindo oportunidades do Brasil obter créditos de carbono nos termos no
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kioto.
I.I.V - A Comparação
Diante das considerações apresentadas até aqui é possível construir a Tab.5
que apresenta as principais vantagens e desvantagens das diversas alternativas
energéticas para suprimento da cidade de Manaus e de demais municípios do
Estado do Amazonas.
No que diz respeito à energia de fonte hidráulica cabe ressaltar que as
alternativas indicadas acima propõem ou a construção/ampliação de usinas
hidrelétricas ou distribuição da energia já produzida atualmente através de linhas
de transmissão. Além dos impactos ambientais e sociais já bem conhecidos,
nesta forma de geração de energia há pelo menos três situações que devem ser
ponderadas:
(1)
vulnerabilidade
a
grandes
períodos
de
estiagem;
(2)
instabilidades políticas internacionais; e, (3) baixo nível de inserção regional do
empreendimento.
O planeta tem passado por alterações climáticas significativas decorrentes da
ação humana. Um dos efeitos diretos é a possibilidade mais freqüente de grandes
períodos de estiagem. Como há uma proposta de se utilizar no Estado do
Amazonas a energia gerada em Tucuruí através de uma longa linha de
transmissão, reflete-se sobre como ficaria o suprimento de energia para o Estado
se uma grande estiagem ocorresse. A questão seria se a hidroelétrica de Tucuruí
teria condições de cobrir o déficit energético da região caso ocorresse um evento
semelhante ao ocorrido em 2001, quando o baixo nível dos reservatórios que
abastecem as usinas do Nordeste e do Sudeste resultou em racionamento de
energia em grande parte do Brasil.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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Em vários documentos técnicos e de divulgação científica há a clara indicação
de que o planejamento da Eletronorte considera a conexão da linha de
transmissão proveniente de Tucuruí com a de Guri na Venezuela. Aqui reside um
outro problema potencial. A instabilidade política na Venezuela tem se agravado
nos últimos anos. Os Estados do Amazonas e Roraima poderiam ficar
relativamente vulneráveis a ações terroristas ou represálias populares que
objetivassem o corte do suprimento de energia para o Brasil.
O último ponto adverso em relação ao abastecimento energético do Amazonas
através de fontes hidráulicas é aquele relativo à inserção regional. Para fins de
esclarecimento, inserção regional é uma terminologia utilizada na Economia do
Desenvolvimento que significa fazer com que os impactos positivos de um
empreendimento tenham seus efeitos apreendidos pela região, beneficiando a
população local e quebrando a natureza de enclave que é intrínseca aos
empreendimentos hidrelétricos.
Atualmente, o Estado do Amazonas faz parte de um sistema isolado. Isso quer
dizer que a energia utilizada no Estado é também nele produzida através de
fontes termo ou hidroelétricas sem conexão com a rede nacional. No Amazonas, a
principal fonte são as usinas termelétricas, as quais utilizam óleo combustível para
funcionamento dos grupos geradores. Além do parque térmico do Estado ser
bastante velho, esta fonte também possui alto potencial impactante sobre o meio
ambiente. Alternativa energética é a de implantar novas termelétricas utilizando
gás natural. Sem o funcionamento de termelétricas a gás, o Estado do Amazonas
continuará a utilizar óleo diesel e óleo combustível para geração de energia, com
significativas perdas econômicas e impactos ambientais.
A principal vantagem identificada com a não construção do empreendimento é
que não ocorrerá nenhum tipo de impacto ambiental causado pela construção e
operação da termelétrica. Por outro lado, a lista de aspectos negativos mostra
alguns pontos relevantes. A não construção deixaria o Estado do Amazonas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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dependente do atual sistema de fornecimento de energia e ao longo prazo, de um
sistema nacional, que tem priorizado outras regiões do país, com profundas
implicações negativas sobre as políticas de desenvolvimento.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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Tabela 5.. Principais vantagens e desvantagens das diversas alternativas energéticas para a cidade de Manaus.
Alternativa
Vantagens
Desvantagens
Hidrelétricas
• Fonte renovável
• Recurso natural abundante na Amazônia
• Elevados impactos ambientais
• Depois de construído pode fornecer energia para
• Elevados impactos sociais
diversos pontos através de linhas de transmissão
• No processo de geração de energia não há produção de
gases do efeito estufa Com exceção do metano CH4
• Possibilidade de interligação com o sistema nacional /
• Empreendimentos com baixa ou nenhuma inserção regional
• Reservatório pode contribuir para as emissões de gases do
efeito estufa
• Vulnerabilidade à instabilidades políticas
derivados de petróleo
Termelétrica a gás natural
Termelétrica a
internacional
• Preços sujeitos à flutuações do mercado internacional
• Alto consumo gera receita direta significativa para o
Estado
• É subsidiado através da CCC
• Produz gases que contribuem para o aquecimento global
• Produz gases nocivos à saúde humana
• Risco de derramamentos e acidentes ambientais
• O gás não é tóxico e se dissipa facilmente na atmosfera
• Combustão limpa e mais eficiente
• Mais seguro
• Pode estimular a economia do Estado direta e
• Levar à redução direta no nível de ICMS arrecadado pelo
Estado
indiretamente
• Reduz a importação de diesel do Brasil
• Reduz o custo da geração termelétrica
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA UTE ENERGISA
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A não construção
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• Os municípios do Estado do Amazonas continuarão
• Não acontecerá nenhuma alteração dos meios físico,
biótico e socioeconômico decorrente da implantação e
operação do empreendimento.
vulneráveis e dependentes em relação ao seu suprimento de
energia
• A economia do Estado perderá uma potencial fonte de
dinamização
• Manutenção e tendência crescente do custo de
oportunidade.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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II - CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O projeto em referência representa uma planta da ENERSISA, empresa do
grupo ENGEBRA – Empresa de Energia Elétrica do Brasil Ltda. para a MANAUS
ENERGIA, visando a contratação de suprimento de energia elétrica na modalidade
de Produtor Independente de Energia – PIE, para atendimento do mercado da
Manaus Energia S/A e CEAM.
Nas proximidades de onde será construída a termelétrica de Silves, há a
presença de um poço de gás natural. A usina termelétrica será construída
praticamente na boca deste poço, e para a passagem do gás natural para a
termelétrica, será construído um gasoduto de cerca 1,2km (Fig.4 – Anexo I).
Devido a esta proximidade, não será necessária a instalação de estação
compressora de gás, já que a pressão do poço é suficiente para atender à pressão
solicitada pelas turbinas a gás.
Figura 4.Distância, em linha reta, entre o poço de Gás Natural Azulão e a UTE ENERSISA.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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II.I - Localização do Empreendimento
A área onde será construída a Usina Termelétrica movida à combustão de Gás
Natural – Termelétrica – ENERSISA SILVES, está localizada no município de
Silves, distante cerca de 200km da cidade de Manaus, estado do Amazonas
(Fig.5). O empreendimento apresenta uma área total de cerca de 280.000m2 de
extensão, dos quais a área onde será construída a UTE é de somente 3.000 m2,
com perspectiva de ampliação em 10.000m2. (Anexo II)
O acesso principal a área do empreendimento é por via terrestre, através da
rodovia AM–010, que liga os municípios de Manaus e Itacoatiara no estado do
Amazonas. Nesta estrada, existe uma via de acesso conhecida como estrada da
Várzea, que dá acesso ao município de Silves (Fig.8). E é aproximadamente no
Km10 que se encontra a área onde será construída a Termelétrica ENERSISA
(Figs.6 e 7).
Manaus Silves
Figura 4. Localização dos municípios de Silves e Manaus, no estado do Amazonas. Fonte:
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.citybrazil.com.br (2007).
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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Figura 5. Placa que sinaliza a localização da termelétrica de Silves – AM.
Figura 6. Placa que sinaliza a localização da termelétrica de Silves – AM.
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II.II - Área de Influência do Empreendimento
A delimitação das áreas de influência de um determinado projeto é um dos
requisitos legais (Resolução CONAMA 01/86) para avaliação de impactos
ambientais, constituindo-se em fator de grande importância para o direcionamento
da coleta de dados necessários ao diagnóstico ambiental.
A denominação “área de influência” adotada para o projeto de construção da
UTE ENERSISA, constitui-se uma terminologia amplamente consagrada no
contexto de estudos desta natureza, além de possibilitar maior simplicidade no
processo de representação cartográfica da região de influência da atividade.
O TR ELPN/IBAMA n° 039/05, no seu item II.4, conceitua como Área de
Influência Direta (AID) a área sujeita aos impactos diretos da atividade, e como
Área de Influência Indireta (AII) a área real ou potencialmente ameaçada pelos
impactos indiretos do desenvolvimento da atividade, assim como áreas
susceptíveis de serem impactadas por possíveis acidentes na atividade.
Além destas áreas de influência, este estudo caracteriza a Área Diretamente
Afetada (ADA) pelo empreendimento, que caracteriza-se como a área objeto das
intervenções realizadas no processo construtivo e que vai ser alterada fisicamente
para receber as instalações da UTE, incluindo as obras de infra-estruturas
necessárias para execução do projeto, estando sujeita a impactos diretos.
Área de Influência Direta (AID) - A área de influência direta está situada nos
limites dos municípios de Silves e Itapiranga, em um raio aproximado de 2 km de
extensão (Fig.8 – Anexo III). Este ambiente é relativamente preservado, com uma
significativa diversidade da fauna e flora. Presença de cabeceiras de igarapés,
bem como a existência de poucas moradias em seu entorno.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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Área de Influência Indireta (AII) - O limite estabelecido no estudo para a área
indireta foi de 5 km de extensão, área está que abrange os limites dos municípios
vizinhos à obra como Silves e Itapiranga (Fig.8 – Anexo III). Todavia, no que tange
o estudo quanto ao diagnóstico ambiental Sócio-econômico, as cidades vizinhas
de Rio Preto da Eva e Itacoatiara também constarão como fator de influência
indireta na elaboração do estudo da Usina Termelétrica de Silves.
Área de Diretamente Afetada (ADA) – Compreende uma área de 80. 000m2,
resultante do somatório de intervenções que irão ocorrer para implantação da
Usina.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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Figura 7. Delimitação da Área de influência direta e indireta no estudo da Termelétrica - ENERSISA.
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II.III - Capacidade de Geração
A central geradora termelétrica (UTE) será constituída de 06 unidades
geradoras, sendo 04 de 39.71 kW de potência cada e 02 de 4.980 kW de potência
cada, totalizando 168.800 kW de potência instalada, utilizando gás natural como
combustível.
II.IV - Modulação da Usin
II.IV.I - Equipamentos
4 Grupos Turbo-Geradores a Gás - modelo LM 6000-PC, de fabricação
GE - General Eléctric. Estes tubos serão novos ou semi-novos, com, no
máximo, 4.000 horas de operação. Ainda não sujeitos ao primeiro overhaul;
com a potência nominal ISO de 43,42; com Heat Rate de 8.549 kJ/kWh
(PCI); equipados com chillers definidos para temperatura de 8,9 °C;
umidade relativa de 95% com uma estimativa de 1900 TR para a
temperatura de 35 °C ou 1034 TR para a temperatura de 26,6 °C.
2 Grupos Turbo-Geradores a Gás - modelo LM2500-PE, de fabricação
GE – General Elétric. Novos ou semi-novos, com, no máximo, de 4.000
horas de operação. Ainda não sujeitos ao primeiro overhaul; com a potência
nominal ISO de 22,72 MW; com Heat Rate de 9.789 kJ/kWh (PCI). Estas
unidades não estarão equipadas com chillers, e só entrarão em operação
na falta de uma das unidades LM6000 – PC.
4 transformadores elevadores de potência – trifásicos; imersos em óleo
mineral isolante, para instalação externa; 13,8-230±2x2,5% kV; potência
nominal 60 MVA – ONAN; 60 Hz; NBI do primário 110 kV; NBI do
secundário 950 kV; ligação em delta no lado de BT e em estrela com neutro
aterrado ao lado de AT; buchas de AT montadas na face superior do tanque;
buchas de BT montadas, em caixa, na face lateral do tanque. Cada bucha
de BT será equipada com terminações contráteis para dois (2) cabos 12/20
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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kV - condutor de cobre seção 300 mm2. As buchas de AT terão um
transformador de corrente (600:5 A – 10B400); enquanto a bucha de neutro
terá um transformador de corrente (200:5 A – 10B400). Os transformadores
terão ainda dois (2) conectores de aterramento do tanque adequados para
cabo de cobre, bitola de 70 ~120 mm2, conforme Norma ABNT NBR-5356.
2 transformadores elevadores - similares aos anteriormente descritos,
porém de potência 23 MVA – ONAN.
Disjuntor tripolar
SF6
- para instalação externa: 242 kV; 60 Hz; NBI 950 kV;
corrente nominal 1250 A; capacidade de interrupção em curto-circuito 31,5
kA; tempo de interrupção 3 ciclos; seqüência nominal de operações O-0,
3s-CO-3min-CO, adequado para operação em sistema trifásico 230 kV;
com neutro solidamente aterrado, fortalecido com estrutura suporte de aço;
terminais de linha tipo barra chata com furação NEMA (4 furos); conectores
de aterramento (para cada pólo, caixas de comando, etc.) adequados para
cabo de cobre; bitola 70~120mm2. Sendo que cada estrutura suporte do
disjuntor tripolarSF6 possui: dois (2) conectores de aterramento; chave de
contatos auxiliares com contatos livres e independentes, 8 tipo NA e 8 tipo
NF, 125 Vcc – 10 A; um circuito de fechamento e dois (2) circuitos de
disparo em 125 Vcc, conforme Norma ABNT NBR-7118.
Seccionador tripolar - com lâmina de terra; operação em grupo;
montagem horizontal; abertura vertical tipo AV da ABNT. Para a instalação
externa: 242kV; 60Hz; NBI 950kV; corrente nominal 1250A; corrente
suportável de curta duração 31,5kA, com espaçamento entre pólos de 4m;
altura dos terminais de linha em relação ao topo da fundação vai ser de
5,5m, adequado para operação em sistema trifásico 230kV, com neutro
solidamente aterrado, fornecido com mecanismos manual para lâmina de
terra; terminais de linha tipo barra chata com furação NEMA (4 furos), dois
(2) conectores de aterramento na base de cada pólo, adequados para cabo
de cobre; bitola 70~120mm2; cordoalha de cobre flexível e conectores para
aterramento do mecanismo; chave de contatos auxiliares com contatos
livres e independentes, 8 tipo NA e 8 tipo NF; 125Vcc-10A para as lâminas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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principais e de terra; pino magnético para inter-travamento elétrico; 125Vcc
+ 10% e – 20% para as lâminas principais e de terra; inter-travamento
mecânico para bloqueio de operação das lâminas de terra, quando as
lâminas principais estiverem fechadas e vice-versa, conforme Norma ABNT
NBR-6935.
Transformador de corrente monofásico - para instalação externa: 242kV;
60Hz; NBI950 kV; corrente suportável nominal de curta duração de 31,5 kA,
com 3 núcleos de proteção 800:5-5-5 A/10B400 e um núcleo de medição
800:5 A/0,6C50, adequado para operação em sistema trifásico de 230 kV;
com neutro solidamente aterrado; fornecido com terminais de linha do tipo
barra chata com furacão padrão NEMA (4 furos); conector de aterramento
do tanque adequado para cabo de cobre bitola 70~120mm2, conforme
Norma ABNT NBR-6856.
Transformador de potencial capacitivo monofásico para ligação faseterra - instalação externa: tensão máxima do equipamento 242 kV; 60 Hz;
NBI 950 kV; com dois (2) enrolamentos secundários; tensão secundária
nominal 115 e 115/V3V; relação nominal 1200/2000:1-1; classe de exatidão
e carga do enrolamento #1 é 0,3P75 e do enrolamento #2 é 1,2P75;
terminais de linha do tipo barra chata com furação padrão NEMA (4 furos);
conector de aterramento do tanque, adequado para cabo de cobre bitola
70~120mm2, conforme Norma ABNT NBR-6855 e IEC-358.
Pára-raios unipolar auto-sustentável, tipo óxido de zinco - para
instalação externa: adequado para operação em sistema trifásico 230kV
com neutro solidamente aterrado, tipo estação, classe 20kA; tensão
nominal 192kV; 60Hz; capacidade de absorção de energia 4,5kJ/kV;
corrente de falta, para alívio de sobre-pressão, de 31,5kA-eficaz; NBI do
invólucro isolante 950kV, fornecido com base isolante; contador de
descargas; miliamperímetro; terminais de linha tipo barra chata com furação
NEMA (4 furos); conector de aterramento adequado para cabo de cobre,
bitola 70~120mm2, conforme Norma IEC 99-4.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA (VOL. I)
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Nível mínimo de Potência Despachada
Primeira Alternativa
- Quando operando as 4 LM6000 PC
Tabela 6. Nível mínimo de potência despachada pela termelétrica, quando operando com as 4
LM6000PC.
Unidade
Tipo
Potência-MW
%
Despachada-MW
Na SE Manaus I
Na SE MANAUS I
1
LM6000PC
39,71
70%
27,80
2
LM6000PC
39,71
70%
27,80
3
LM6000PC
39,71
70%
27,80
4
LM6000PC
39,71
70%
27,80
Segunda Alternativa
- Quando operando 3 LM6000 PC e 2 LM 2500 PE
Tabela 7. Nível mínimo de potência despachada pela termelétrica, quando operando com as 3
LM6000 PC e 2 LM2500 PE.
Unidade
Tipo
Potência-MW
%
Na SE Manaus I
Despachada-MW
Na SE MANAUS I
1
LM6000PC
39,71
70%
27,80
2
LM6000PC
39,71
70%
27,80
3
LM6000PC
39,71
70%
27,80
4
LM6000PE
19,86
70%
13,90
5
LM6000PE
19,86
70%
13,90
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A segunda alternativa só acontecerá se uma das LM6000 PC estiver
indisponível. E a MANAUS ENERGIA poderá despachar uma ou várias máquinas,
de acordo com as suas necessidades, respeitando o Despacho Mínimo de cada
Grupo Turbo-Gerador.
Garantias de Desempenho - Potência local proposta para a Usina
Tabela 8. Desempenho da usina termelétrica quando operando com 4 LM6000 PC (primeira
alternativa).
Unidade
Tipo
Potência-MW
Na SE Manaus I
1
LM6000PC
39,71
2
LM6000PC
39,71
3
LM6000PC
39,71
4
LM6000PC
39,71
Tabela 9. Desempenho da usina termelétrica quando operando com 3 LM6000 PC e 2 LM2500 PE
(segunda alternativa).
Unidade
Tipo
Potência-MW
Na SE Manaus I
1
LM6000PC
39,71
2
LM6000PC
39,71
3
LM6000PC
39,71
4
LM6000PE
19,98
5
LM6000PE
19,98
OBS: A segunda alternativa só acontecerá se uma das LM6000 PC estiver indisponível.
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Curvas de capabilidade dos geradores
Nas tabelas abaixo mostram as curvas de consumo específico de combustível
das unidades geradoras individuais e da usina completa, considerando as
condições de degradação, no caso de utilização de unidades usadas.
Tabela 10. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora no ponto de 100%.
Unidade Geradora
Tipo
Eficiência
kJ/kWh (PCI)
1
LM6000PC
35,6%
10.113
2
LM6000PC
35,6%
10.113
3
LM6000PC
35,6%
10.113
4
LM6000PC
35,6%
10.113
5
LM6000PE
31,1%
11.580
6
LM6000PE
31,1%
11.580
Tabela 11. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora no ponto de 85%.
Unidade Geradora
Tipo
Eficiência
kJ/kWh (PCI)
1
LM6000PC
34,666%
10.386
2
LM6000PC
34,66%
10.386
3
LM6000PC
34,66%
10.386
4
LM6000PC
34,66%
10.386
5
LM6000PE
30,27%
11.893
6
LM6000PE
30,27%
11.893
Tabela 12. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora no ponto de 75%.
Unidade Geradora
Tipo
Eficiência
kJ/kWh (PCI)
1
LM6000PC
34,56%
10.416
2
LM6000PC
34,56%
10.416
3
LM6000PC
34,56%
10.416
4
LM6000PC
34,56%
10.416
5
LM6000PE
30,18%
11.927
6
LM6000PE
30,18%
11.927
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Tabela 13. Curvas de consumo específico de combustível por unidade geradora no ponto de 50%.
Unidade Geradora
Tipo
Eficiência
kJ/kWh (PCI)
1
LM6000PC
29,18%
12.337
2
LM6000PC
29,18%
12.337
3
LM6000PC
29,18%
12.337
4
LM6000PC
29,18%
12.337
5
LM6000PE
25,48%
14.127
6
LM6000PE
25,48%
14.127
As tabelas abaixo ilustram, para uma usina completa, uma curva variando do
nível mínimo de potência ao nível máximo de potência nominal da usina,
considerando o despacho econômico.
Tabela 14. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa, considerando o
despacho econômico, para a carga de 100%.
Usina MW
158,84
Eficiência
35,6
Heat Rate
Consumo
Consumo
Consumo
kJ/kWh (PCI)
(GJ/dia)
(MMBTU/dia)
(Sm3/dia)
10.113
38.554
36.551
1.065.828
Tabela 15. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa, considerando o
despacho econômico, para a carga de 85%.
Usina MW
135,01
Eficiência
34,66
Heat Rate
Consumo
Consumo
Consumo
kJ/kWh (PCI)
(GJ/dia)
(MMBTU/dia)
(Sm3/dia)
10.386
33.657
31.909
930.467
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Tabela 16. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa, considerando o
despacho econômico, para a carga de 75%.
Usina MW
119,13
Eficiência
34,56
Heat Rate
Consumo
Consumo
Consumo
kJ/kWh (PCI)
(GJ/dia)
(MMBTU/dia)
(Sm3/dia)
10.416
29.781
28.234
823.282
Tabela 17. Curvas de consumo específico de combustível para a usina completa, considerando o
despacho econômico, para a carga de 70%.
Usina MW
111,19
Eficiência
33,83
Heat Rate
Consumo
Consumo
Consumo
kJ/kWh (PCI)
(GJ/dia)
(MMBTU/dia)
(Sm3/dia)
10.642
28.399
26.924
785.094
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II.IV.II - Arranjo da Usina e da Sub-estação associada
Para a usina, será apresentado um arranjo típico, válido para 2 Grupos TurboGeradores LM6000 PC, com chiller. No caso da UTE ENERSISA este arranjo será
ampliado de modo a atender a instalação de 4 LM6000 PC e 2 Grupos TurboGerador LM2500 PE.
Para o caso da Sub-estação de Saída da Usina, o arranjo que será
apresentado contempla a entrada de 6 Grupos Turbo-Geradores, com 4 entradas
de LM6000 PC e entradas de LM2500 PE.
Se houver necessidade da MANAUS ENERGIA, em função da eventualidade
de se converter o Amazonas em parte do Sistema Interligado, exigir que a Subestação da Usina seja em Disjuntor e meio, a empresa ENERSISA se compromete
a executar o empreendimento de acordo com as exigências da MANAUS
ENERGIA, sem custos adicionais.
Há previsão da instalação de 2 reatores de 15MVAr, mas a capacidade
definitiva destes reatores só será conhecida após a complementação dos Estudos
de Estabilidade do Sistema.
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I.V.III - Informações dos sistemas de proteção, controle, medição e de
comunicação.
Os sistemas serão fornecidos de acordo com os requisitos dos fabricantes e do
NOS, sendo baseados em relés de tecnologia digital numérica, compreendendo
basicamente os seguintes itens:
Proteção da Usina
Serão os Sistemas de Proteção recomendados pelos Fabricantes dos
Equipamentos e serão comprados já com os sistemas incluídos.
Proteção da linha de transmissão 230 kV Sub-estação USINA – Sub-estação
MANAUS
Cada um dos terminais da linha será equipado com 2 conjuntos independentes
de proteção do tipo proteção principal e alternada, instalados em painéis
fisicamente independentes, totalmente redundantes, cada um deles provendo
completa proteção primária e de retaguarda, com as seguintes características:
Proteção primária com relés de distância de fase e de terra (21/21N) e relé
de sobre-corrente direcional de neutro (67N), associados a esquema de
tele-proteção, com uso de cabo OPGW da linha de transmissão;
Proteção de retaguarda com relés de distância de fase e de terra (21/21N)
com, pelo menos, três zonas de proteção na direção direta e relé de
sobrecorrente direcional de neutro (67N);
Meios para bloqueio das unidades de distância por oscilações de potência
(68OSB):
- Esquema para disparo por perda de sincronismo;
-Proteção contra sobre-tensão com elementos instantâneos e temporizados;
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- Sistema de religamento mono e/ou tripolar, incluindo função de verificação
de sincronismo.
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Proteção dos transformadores 13,8 – 230 kV da subestação da usina
Serão fornecidos dois painéis para proteção para cada transformador, como segue:
Um painel contendo a proteção primária do transformador (proteção
diferencial percentual curta), a proteção de sobre-corrente do vão 13,8 kV e
a proteção de sobre-corrente do neutro do transformador.
Um painel contendo a proteção de alternada do transformador (proteção
diferencial percentual longa) e a proteção de sobre-corrente do vão 230 kV.
Adicionalmente, os transformadores serão dotados de proteção intrínseca,
incluindo relé Buchholz, relé de pressão súbita e proteções contra sobre
temperatura do óleo e enrolamento.
Proteção do reator derivação 230 kV da subestação Manaus
Será fornecido um painel para proteção do reator 230 kV com os seguintes
componentes principais:
Proteção primária compreendendo a proteção diferencial de alta velocidade.
Proteção da retaguarda, compreendendo a proteção de sobre-corrente no
lado dos terminais de linha e a proteção de sobre-corrente de terra no lado
do neutro.
Adicionalmente, o reator será dotado de proteção intrínseca, incluindo relé
Buchholz, relé de pressão súbita e proteções contra sobre-temperatura do
óleo e enrolamento.
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Proteção de Barras 230 kV
Para a Sub-estação da Usina será instalado um painel completo com a
proteção diferencial de barras 230 kV, onde também será incluída a função
de falha dos disjuntores de 230 kV;
Para a Sub-estação Manaus, será ampliada a proteção de barras 230 kV
existente, devido a inclusão do novo vão de linha.
Sistema de Oscilografia
Para a Sub-estação da Usina será fornecido um Painel de Registrador
Digital de Perturbações (RPD), além de um micro-concentrador com
recursos de comunicações, o qual também será conectado ao RDP da
Usina (não incluído);
Para a Sub-estação Manaus será fornecido um novo RDP.
Sistema digital de supervisão e controle
O Sistema Digital de Supervisão e Controle da Sub-estação 230 kV da
Usina será fornecido de acordo com os requisitos do NOS, sendo baseado
em uma arquitetura distribuída com unidades de controle específicas para
cada vão 230kV e transformadores elevadores, além de uma unidade
central integrada ao Sistema Digital da Usina.
Para a Sub-estação Manaus será fornecida uma unidade de controle local e
uma unidade central para integração com o sistema existente.
Toda a transmissão de dados, registros de oscilografia, etc. serão
disponibilizados na SE Manaus através do enlace pelo cabo OPGW da
LT230kV. Os enlaces e sistemas de telecomunicações, a partir da SE
Manaus até os Centros de Despacho Regionais, ONS e/ou MAE ficam a
cargo do Empreendedor (Produtor Independente).
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II.V.IV - Diagramas unifilares
Para a Usina estamos apresentando um arranjo típico válido para um Grupo
Turbo-Geradores com chiller, LM6000 PC. No caso da UTE ENERSISA, este
arranjo será ampliado de modo a atender a instalação de 4 LM6000 PC e 2
Grupos Turbo-Gerador LM2500 PE.
Para o caso da Sub-estação de Saída da Usina, o arranjo apresentado
contempla quatro (4) entradas para Grupos Turbo-Geradores LM6000 PC e 2
entradas para Grupos Turbo-Geradores LM2500 PE, um bay de transferência de
barras e uma saída de Linha de Transmissão de 230kV. O bay de Entrada na
Sub-estação Manaus I, conforme indicado no Termo de Referência n. 01/2004,
está na configuração de Disjuntor e meio.
II.V.V – Fluxogramas dos sistemas de recepção, medição, armazenamento e
tratamento de combustíveis.
A Usina será instalada nas proximidades do poço de gás e a PETROBRÁS
será a encarregada de montar os sistemas de recepção, medição e tratamento do
gás, não sendo necessário o sistema de armazenamento, já que o poço é o
próprio armazenamento.
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II.IV.VI – Características Elétricas
Gerador - Serão instalados 3 Geradores, com potência de 60 MVA, na
tensão de 13,8 kV, fator de potência de 0,90.
Transformadores - 4 transformadores elevadores de potência, trifásicos,
imersos em óleo mineral isolante, para instalação externa, 13,8230±2x2,5% kV, potência nominal 60 MVA – ONAN, 60 Hz, NBI do primário
110 kV, NBI do secundário 950 kV, ligação em delta no lado de BT e em
estrela com neutro aterrado no lado de AT, buchas de AT montadas na face
superior do tanque, buchas de BT montadas em caixa na face lateral do
tanque, cada bucha de BT equipada com terminações contráteis para 2
cabos 12/20 kV – condutor de cobre seção 300mm2, 1 transformador de
corrente nas buchas de AT (600:5 A-10B400), 1 transformador de corrente
na bucha de neutro (200:5 A-10B400), 2 conectores de aterramento do
tanque adequados para cabo de cobre, bitola 70~120mm2, fornecimento
Norma ABNT NBR – 5356. 2 transformadores com as mesmas
características dos anteriores porem com a potência de 23 MVA.
Linha de transmissão - com aproximadamente 250 km, na tensão de 230
kV, circuito simples, condutor 2x795MCM por fase, blindagem com 1 cabo
OPGW e um cabo de aço 3/8EAR.
Cabo condutor - será do tipo CAA; feixe com dois condutores por fase;
bitola 795kcmil; formação 45/7 fios; galvanização tipo 2 (classe B); carga de
ruptura de 9.808kgf, peso próprio, 1,333kg/m, código “TERN”.
Cabos Pára-Raios 3/8”e Cabo OPGW - serão utilizados dois cabos páraraios, para assegurar o bom desempenho as descargas atmosféricas
incidentes na linha, sendo um do tipo convencional de aço galvanizado de
extra alta resistência (EAR) com diâmetro 3/8”, aterrados em todas as
estruturas e outro do tipo OPGW de característica equivalente.
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Estruturas - a série de estruturas a ser utilizada, compõe-se de estruturas
metálicas autoportantes do tipo convencional, padrão existente da
ELETRONORTE.
Parâmetros Elétricos
Considerando os condutores estabelecidos, foi elaborado o cálculo, pelo
Programa ATP, dos parâmetros elétricos da linha a partir da estrutura
predominante e de um espaçamento convencional (45,7 cm) entre os condutores
do feixe de cada fase. Os parâmetros encontrados são:
Tabela 18. Cálculo dos parâmetros elétricos da linha de transmissão.
Configuração do
Resistência
Reatância
Susceptância
feixe
(Ω)
(Ω/km)
(µΩ/km)
2 x 795 kcmil
12,1566
0,3594
4,5092
Perdas Resistivas (%)
2,58
“TERN”
Para-Raios unipolar, auto-sustentável - tipo óxido de zinco, para
instalação externa, adequado para operação em sistema trifásico 230kV
com neutro solidamente aterrado, tipo estação, classe 20kA, tensão
nominal 192kV, 60Hz, capacidade de absorção de energia 4,5 kJ/kV,
corrente de falta para alívio de sobrepressão 31,5 kA-eficaz, NBI do
invólucro isolante de 950kV, fornecido com base isolante, contador de
descargas, miliamperímetro, terminais de linha tipo barra chata com furação
NEMA (4 furos), conector de aterramento adequado para cabo de cobre,
bitola 70~120mm2, conforme Norma IEC 99-4.
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