Uso do DIFLUBENZURON ( Inibidor de Síntese de Quitina) no controle do Aedes aegypti Rede Nacional de Monitoramento - Morena Processo de avaliação para ingresso de dois novos laboratórios: Laboratório de Entomologia/CE 1. Medicina Tropical – UnB 2. Universidade Federal do Paraná Laboratório de Entomologia CPqAM (Fiocruz/RJ) Regiões N NE SE S Laboratório de criação de Aedes aegypti Geraldo Magella Buralli/SP CO (*) Rede Nacional de Monitoramento de Aedes aegypti a Inseticidas Caicó, RN Ministério da Saúde: Apoio aos laboratórios de Estados e Municípios para realização dos ensaios Capacitação, estrutura e equipamentos Arapiraca, AL Volta Redonda, RJ Monitoramento da Resistência de Aedes aegypti a inseticidas Rede Nacional de Monitoramento da Resistência do Aedes aegypti aos inseticidas Além do monitoramento: 1. definição de municípios 2. critérios de intervenção no campo 3. testes com inseticidas alternativos Programa Nacional de Controle da Dengue Municípios com resistência ao temefós Municípios que atualmente utilizam o BTi Municípios com indicação de resistência a piretróide Uso de larvicida alternativo (BPU) Uso de organofosforado Malathion Fenitrothion Diflubenzuron Dilfubenzuron : É um larvicida do grupo do Inibidores de Síntese de quitina – Benzoil-fenil-uréias - BPU Inibe o crescimento dos insetos, impedindo a formação da quitina (elemento essencial do exoesqueleto, com função de proteção mecânica). Leva à má formação e esterilidade nos insetos adultos, caso consigam eclodir Permite um efetivo controle de larvas, com baixa dosagem, reduzindo dessa forma os riscos de intoxicação e contaminação. Efeito de inibidores de síntese de quitina sobre Aedes aegypti Apresentação Pó molhável a 25% Veículo: Carbonato de cálcio (Caulim = mesma substância utilizada nos cremes dentais, sabonetes, industria alimentícia etc.) Aquisições de insumos Estratégicos Realizadas pelo Fundo Rotatório da OPAS Licitação internacional em Washington/DC Aquisição: responsabilidade do MS – Política de Insumos Estratégicos (Port. MS 1172/04) Antecedentes Ensaios realizados pela SVS Resultados: • Eficaz • Fácil de aplicar • 8 semanas de persistência • Seguro ao aplicador Uso no campo - aplicação Diretrizes do PNCD: uso de larvicida apenas quando necessário Uso da Suspensão Mãe Pó Preparação da suspensão mãe – feita pelo supervisor EPI Suspensão mãe ( 3 g PM 25 em1 litro de água) Uso no campo - transporte Uso do Diflubenzuron A dose máxima recomendada pela OMS é 0,25 mg i.a./litro (a mesma recomendada pelo fabricante), é maior que a dose efetiva de acordo com os estudos realizados Portanto: os depósitos devem ser tratados pelo volume da água existente no momento da aplicação Os depósitos secos não deverão ser tratados Resultados encontrados tanto no exterior, quanto nos estudos realizados no Brasil: produto se mostrou eficaz por 8 semanas com reposição diária de 1/3 do volume de água do depósito. Uso do Diflubenzuron Cubagem dos depósitos: Os depósitos devem ser medidos (cubicados) para determinação do seu volume no momento da aplicação do Diflubenzuron. Não realizar as aproximações nos cálculos. Exemplo: V1 = 4,6 x 7,6 x 22,6 V1 = 700 litros (retangular) V1 = 5 x 8 x 23 V1 = 920 litros (diferença de 220 litros) V2 = 0,785 x 12,6² x 17,6 2.193 litros (circular) V2 = 0,8 x 13² x 18 2.433 litros (diferença de 240 litros) Boletins de campo Prenchimento do FAD-01 Colocar o volume de água tratada por imóvel. Informar a quantidade de BPU em gramas conforme tabela. Toxicidade Produto Diflubenzuron Temephos Ingrediente ativo diflubenzuron temephos Dose mg Concentração i. a./L 25% 0,25 1% 1 DL 50 Oral mg/kg peso > 4640 8600 Dose letal 50 (DL50) = menor quantidade do ingrediente ativo que mata 50% da população estudada DL50 do Aldicarb (Chumbinho) = 17 mg/Kg/PV Quantidade para matar uma pessoa de 60 Kg 60Kg x 17 mg = 1.020 mg (1 grama) DL50 = testada com o ingrediente ativo No campo = manipula-se o produto diluído (produto comercial e preparação diluída) DL50 form = DL50 ia x 100 % Form final (c2) Formulação Final DL 50 ia (mg/Kg/Pv) C1 X V1 = C2 X V2 DL 50 (mg Kg/PV) C2 = C1 X V1 / V2 Quantidade para intoxicar pessoa de 60 Kg Unidade Pó Molhável 25% 4.600 18.400 1,10 Kg Suspensão Mãe 4.600 6.133.333 368 Litros Água tratada 4.600 18.400.000.000 1.104.000 Litros Enviromenmtal Health Criteria 184 IPCS Numerosos estudos apontam que o diflubenzuron tem efeitos mínimos ou reversíveis na maioria dos invertebrados aquáticos. Estudos sobre aplicação em pragas florestais não mostram nenhum efeito adverso nas populações de pássaros e mamíferos. Estudos sobre exposição humana na população geral, pela água ou alimentos decorrente do seu uso agrícola ou em controle de mosquitos vetores, foram desprezíveis Uso do Diflubenzuron ILO – International Labour Organization (Organização Mundial do Trabalho) Enciclopédia de Segurança e Saúde do Trabalho: Diflubenzuron: não apresenta risco presumível em condições normais de utilização