UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Arthur Arimori João Cunha Braga Netto Rodrigo Inácio de Lima A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO E RECUPERAÇÃO DO ORGANISMO Laboratório de Análise do Esforço Físico - Lins LINS-SP 2010 ARTHUR ARIMORI JOÃO CUNHA BRAGA NETTO RODRIGO INÁCIO DE LIMA A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO E RECUPERAÇÃO DO ORGANISMO Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação da Prof.ª Esp. Gisele de Barros Silva e orientação técnica da Profª Esp. Ana Beatriz de Lima. LINS-SP 2010 N196a Arimori, Arthur; Neto, João Cunha Braga; Lima, Rodrigo Inácio A influência da crioterapia na remoção do lactato sanguíneo e recuperação do organismo / Arimori, Arthur; Neto, João Cunha Braga; Lima, Rodrigo Inácio. – – Lins, 2010. 41p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2010. Orientadores: Giseli de Barros Silva; Ana Beatriz Lima. 1. Crioterapia. 2. Recuperação do organismo. 3.Lactato. I Título. CDU 796 ARTHUR ARIMORI JOÃO CUNHA BRAGA NETTO RODRIGO INÁCIO DE LIMA A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO E RECUPERAÇÃO DO ORGANISMO Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do titulo de Bacharel em Educação Física. Aprovada em: ____/____/_______. Profº Orientador: Gisele de Barros Silva Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício Assinatura: _____________________________ 1º Prof (a): _____________________________________________________ Titulação:______________________________________________________ ______________________________________________________________ Assinatura: _____________________________ 2º Prof (a): _____________________________________________________ Titulação:______________________________________________________ ______________________________________________________________ Assinatura: _____________________________ DEDICATÓRIA Para que nossa vida tenha um caminho menos difícil é fundamental ter pessoas que nos ajude, auxilie e nos motive a enfrentar os obstáculos. Então hoje não poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuíram para que meu caminho torna-se menos difícil, familiares, amigos, voluntários, professores e a DEUS. RODRIGO INÁCIO DE LIMA Dedico este trabalho, a minha família pelos esforços, luta e motivação, a minha namorada que me apoiou durante este período de faculdade e aos meus alunos que fizeram parte da minha trajetória. A meus parceiros de monografia “Tui” e ”Ronaldinho” e todos os voluntários. JOÃO CUNHA BRAGA NETTO Dedico este trabalho de conclusão a minha mãe Beatriz, pelo carinho, apoio e por acreditar em meu potencial, nesse momento especial em minha vida. A meus irmãos Gustavo e Guilherme, que fizeram parte de minha trajetória. A meus amigos, aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de confraternizações. A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse período final de faculdade. A Meus parceiros de monografia “Jãozim” e “Ronaldinho”, esses caras foram essenciais para esse trabalho, sem eles essa dedicatória não seria escrita. ARTHUR ARIMORI AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que esteve presente quando precisamos. Agradecemos também aos nossos amigos e colegas de turma, os voluntários, as nossas namoradas que nos agüentaram durante este período. Não poderíamos deixar de agradecer também os funcionários da instituição especialmente os professores e as nossas orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a nós nesta reta final. A todos muito obrigado. ARTHUR ARIMORI JOÃO CUNHA BRAGA NETTO RODRIGO INÁCIO DE LIMA RESUMO A crioterapia é uma que técnica vem sendo muito utilizada para recuperação o organismo após treinamento físico, e também no tratamento de lesões musculares. Possui boa aplicação prática, mas, pouco material publicado e disponível que comprove seus benefícios. Sua técnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpórea e por conseqüência provoca algumas alterações fisiológicas como a vaso constrição periférica no local de aplicação. Diante do pressuposto, o objetivo deste estudo foi o de verificar a influência da crioterapia sobre a recuperação do organismo. Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoção de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo. Nestas condições foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntários do gênero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos, divididos em três grupos. Todos voluntários foram avaliados no que diz respeito à composição corporal, antropometria e submetidos a uma atividade pliométrica e a um bloco do protocolo de Tabata, tendo estas atividades como principal objetivo, de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguínea. Após as avaliações e os dados coletados, utilizou-se para comparação dos dados a analise de variância de dois caminhos, (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey. No que diz respeito ao lactato, a taxa de remoção apontaram diferenças significativas P≤0,05 entre os grupos, com maior eficiência do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo. Na análise da performance do Jump test, no primeiro salto e após 24 horas foi observado diferenças significativas P≤0,05 entre o primeiro e segundo salto, tendo um declínio estatisticamente significante da performance nos três grupos avaliados. Considerando os resultados obtidos, é possível dizer que a crioterapia não demonstrou ser diferente em comparação ao grupo passivo e ativo, quando relacionado à recuperação do organismo, na associação feita através do teste de salto vertical, o qual foi realizado antes do protocolo de teste, e realizado novamente após 24 horas. Palavras-chave: Crioterapia. Recuperação do organismo. Lactato sanguíneo. ABSTRACT Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training, and also to treat muscle injuries. It has good practical application, but little published material available to prove its benefits. The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site. Given the assumption, the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism. For this, it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest. In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years, divided into three groups. All volunteers were evaluated with regard to body composition, anthropometry, and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol, and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream. After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukey’s. As far as the lactate, the removal rate showed significant differences P ≤ 0.05 between groups, with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability. In the analyze of the performance of the Jump test, in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P ≤ 0.05 between the first and second jump, with a statistically significant decline in performance in the three groups. Considering these results, it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group, when related to recovery of the organism in the association made by the jump test, which was performed before the test protocol, and held again after 24 hours. Keywords: Cryotherapy. Organism Recovery. Blood lactate. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Característica dos sujeitos ............................................................ 29 Tabela 2: Concentrações de lactato .............................................................. 29 Tabela 3: Comparação dos valores da performance do Jump Test entre os grupos (GP), (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2) ........................................ 30 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ATP – Adenosina Trifosfato CR – Contração Rápida FC – Freqüência Cardíaca LAEF – Laboratório de Análise do Esforço Físico LAer – Limiar Aeróbio LFR – Lactato Após Recuperação LFT – Lactato Final Tabata LR – Lactato Repouso L5` – Lactato Após 5 Minutos GA – Grupo Ativo GC – grupo Crioterapia GP – Grupo Passivo JT1 – Jump Test 1 JT2 – Jump Test 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................. 10 1 CONCEITOS PRELIMINARES............................................................. 12 1.1 Crioterapia ............................................................................................ 12 1.1.2 Respostas fisiológicas da Crioterapia .................................................. 13 1.1.3 Benefícios da Crioterapia ..................................................................... 13 1.2 Lactato: Produção e remoção .............................................................. 14 1.2.1 Influencia do lactato sanguíneo no músculo ........................................ 17 1.3 Pliometria ............................................................................................. 18 1.3.1 Princípio do treinamento de pliometria ................................................ 18 1.3.2 Influência do treinamento de pliometria ............................................... 19 1.4 Recuperação após o exercício ............................................................ 20 1.5 Composição corporal ........................................................................... 21 2 CAUSUÍSTICAS E MÉTODOS ............................................................ 23 2.1 Condição ambiental ............................................................................. 23 2.2 Sujeitos ................................................................................................ 24 2.3 Material ................................................................................................ 24 2.4 Testes .................................................................................................. 25 2.4.1 Medidas antropométricas .................................................................... 25 2.4.2 Composição corporal ........................................................................... 25 2.4.3 Pliometria ............................................................................................. 25 2.4.4 Tabata .................................................................................................. 26 2.4.5 Jump Test ............................................................................................ 26 2.4.6 Coleta e análise do lactato sanguíneo ................................................. 27 2.5 Procedimentos ..................................................................................... 27 2.5.1 Recuperação passiva .......................................................................... 28 2.5.2 Recuperação ativa ............................................................................... 28 2.5.3 Recuperação crioterapia ...................................................................... 28 2.6 Análise estatística .............................................................................. 29 3 RESULTADOS .................................................................................... 29 4 DISCUSSÃO ........................................................................................ 30 5 CONCLUSÃO ...................................................................................... 34 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 35 APÊNDICE ..................................................................................................... 40 10 1 INTRODUÇÃO A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de quem prática atividade física ou participa de algum treinamento esportivo, explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcançar melhores resultados. Segundo De La Rosa; Farto, (2007), a relação entre todos os fatores de treinamento cria um sistema de integração e dependência entre os componentes. Um dos componentes de integração deste sistema é a recuperação pós-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de homeostasia, recuperando o dano e a função muscular, junto com a remoção de produtos metabólicos com o lactato sanguíneo. De acordo com Pastre et al (2009), a recuperação pós-exercício consiste em restaurar os sistemas do corpo a sua condição basal, proporcionando equilíbrio e prevenindo a instalação de lesões e, nesse sentido, torna-se aspecto importante de todo programa de condicionamento físico, em quaisquer níveis de desempenho, mas, sobretudo nos mais elevados. Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos treinamentos, são chamados de passivos e ativos. O descanso passivo ocorre quando o treinamento é totalmente interrompido e o descanso ativo acontece quando em um intervalo o atleta não para totalmente e mantém uma atividade, como por exemplo, um trote lento ou uma caminhada. O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente frente às exigências de uma prova de longa duração aumentando a circulação sanguínea e reparando as microlesões prevenindo assim possíveis lesões (FERREIRA, 2003). A recuperação do organismo após treino também pode englobar outras técnicas, como a massagem e a crioterapia. A crioterapia é uma técnica que utiliza o frio para potencializar a recuperação do organismo após atividade física com a aplicação de gelo, utilização de câmara fria ou imersão em água gelada com objetivo de diminuir a temperatura corpórea. De acordo com Fonseca (2009), a utilização de gelo 11 para curar inflamações e problemas médicos no geral é uma prática milenar, e já era adotada por gregos e romanos, que aproveitavam o gelo natural para tratar os pacientes. Nos dias de hoje, o processo evoluiu, e a técnica conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaço no processo de recuperação do atleta. A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperação pós-treino em atletas, como, jogadores de futebol, lutadores e triatletas, tendo boa aplicação prática, mas pouco acervo publicado e disponível para pesquisa que aponte os benefícios e sua forma de utilização. A crioterapia é utilizada para a retirada de calor do corpo. Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia com uma redução da taxa metabólica local, promovendo desta forma, uma diminuição das necessidades de oxigênio pela célula, preservando-a e permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos. Os objetivos da crioterapia referem-se à condição de preservação da integridade da célula do tecido lesado, possibilitando assim uma reparação mais rápida e com menos danos estruturais (DANTAS; SILVA, 2009). Nos estudos sobre os benefícios da crioterapia um dos fatores que causa discussões e contradições entre os pesquisadores, sendo também um dos objetivos deste estudo é investigar a influência que a crioterapia tem sobre a taxa de remoção de lactato sanguíneo. O lactato sanguíneo é um subproduto da glicolise anaeróbia. De acordo com Guyton (1998), o acido lático provoca extrema fadiga, sendo, que a limitação deste sistema de produção de energia está diretamente ligada à quantidade de acido lático que a musculatura pode tolerar. A produção de lactato está diretamente ligada à prática de exercícios com menor tempo de duração, mas, com alta intensidade em sua execução. No estudo deste projeto, iremos usar a pliométrica e o protocolo de Tabata, exercícios físicos que terão a finalidade de provocar dano ao tecido muscular e aumentar a concentração de lactato sanguíneo no organismo. A pesquisa usará 30 voluntários divididos em três grupos. A fase de testes será feita no ginásio e no laboratório de análise do esforço físico do Unisalesiano, tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia tem sobre o organismo e objetivo específico de verificar o efeito que ele tem sobre a remoção de lactato e recuperação do organismo. 12 Definidos os objetivos o estudo será norteado pela questão abaixo: - A crioterapia influência na recuperação do organismo e na remoção de lactato sanguíneo? Acredita-se que a crioterapia promova alterações no mecanismo de recuperação do sistema muscular e na taxa de remoção de lactato sanguíneo provocando alterações, principalmente na busca pela homeostasia, quando comparada com outros métodos de recuperação pós-treino. 1 CONCEITOS PRELIMINARES 1.1 Crioterapia A crioterapia é uma técnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura corpórea, induzindo os tecidos a um estado de hipotermia, sendo, aplicada na forma líquida (por meio da água gelada), gasosa (em aplicação de gases e sprays a temperaturas baixas) ou sólida (com gelo). Segundo Fonseca (2009), a crioterapia é uma prática milenar aplicada há muito tempo, sendo, difundida principalmente na Europa e nos Estados Unidos, tendo ganhando cada vez mais espaço no processo de recuperação do atleta. A terapia do frio, que envolve o uso do gelo, banhos gelados, turbilhão e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos, podem ter importantes benefícios fisiológicos na recuperação da fadiga (BOMPA,2001,p.240). Sua aplicação pode ser feita para tratamento de traumatismos mecânicos, dores cervicodorsolombares, edemas pós-traumáticos. espasmos musculares, artroses, lesões periarticulares, tendinites, bursites e alguns pós operatórios,como, a artroplastia total do joelho. A crioterapia por si só não conduz à cura de nenhuma patologia, no entanto, podemos considerá-la como um instrumento valioso que auxilia no tratamento de várias afecções musculares e articulares (FREITAS,2006). 13 1.1.2 Respostas fisiológicas da Crioterapia As baixas temperaturas que os tecidos são expostos pela técnica, faz com que o organismo altere alguns mecanismos, principalmente os termo reguladores. A crioterapia induz a região aplicada passar por uma vaso constrição periférica, principalmente na pele. Uma das principais funções da crioterapia no sistema circulatório é a diminuição do fluxo sangüíneo devido à vasoconstrição. Este efeito acarreta um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensão da lesão (LOPES et al,2003). Os efeitos metabólicos ocorrem, principalmente sobre as enzimas degradativas que estão envolvidas nos processos inflamatórios limitando sua atuação nos tecidos. A redução do metabolismo também é outro efeito metabólico. De acordo com Lopes et al (2003), a redução da temperatura Tecidual é dado o nome de hipotermia, que tem o principal objetivo de reduzir a atividade metabólica dos tecidos envolvidos, para que estes tecidos resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2, diminuindo a lesão hipoxica secundária. 1.1.3 Benefícios da Crioterapia Os benefícios do uso adequado da crioterapia são muitos, como a ação preventiva antiinflamatória de rápido resultado, a diminuição de fadiga e espasmos musculares e a rápida ativação circulatória, sendo, muito usada em casos de lesão (FONSECA, 2010). A técnica também promove uma melhor recuperação das microlesões provocadas pelo desgastes físicos que envolvem uma competição esportiva, possibilitando uma recuperação mais rápida e com menos danos estruturais. Segundo Nunes (2009), o benefício mais perseguido da crioterapia é o efeito analgésico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e sem a utilização de agentes farmacológicos. 14 1.2 Lactato: Produção e remoção Desde que Fletcher; Hopkins em (1907 apud VILLAR; DENADAI, 1998) demonstraram a formação de ácido lático durante a contração muscular, muita atenção tem sido dada aos prováveis mecanismos que controlam sua produção e remoção durante o exercício, onde novas pesquisas surgiram e evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato energético pelo fígado, músculos esqueléticos e o coração. Este conceito de que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro, para ser utilizado como fonte de energia é denominada de “lançadeira de lactato” (POWERS; HOWLEY, 2005). Para realizar quase todas as tarefas que nosso corpo necessita para a nossa sobrevivência (funções biológicas), ou para que possa realizar uma ação do nosso comando (movimentos e exercícios), é necessário um gasto de energia para que isto aconteça. Esta energia é proveniente de uma molécula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma molécula universal condutora de alta energia, (produzida em todas as células vivas como um modo de capturar e armazenar energia). Esta consiste de base púrica adenina e do açúcar de cinco carbonos, ribose, aos quais são adicionadas, de forma linear, três moléculas de fosfato. À medida que o corpo vai realizando suas funções, o ATP é degradado e, conseqüentemente, restaurado por outra fonte energética que pode ser proveniente da fosfocreatina (intramuscular), das gorduras, dos carboidratos ou das proteínas (FOSS; KETEYIAN, FOX, 2000). Na presença de oxigênio e na pouca necessidade de solicitação o organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP, uma vez que a gordura gera mais ATP que a glicose, e sua fonte é praticamente ilimitada no nosso corpo, não o levando ao risco de sofrer pela má utilização deste substrato. Por outro lado, na necessidade de alta velocidade de ressíntese do ATP o organismo irá optar pela glicose ou glicogênio hepático e muscular; como em exercícios extenuantes e muito intensos. Isso também ocorreria na ausência de oxigênio durante o processo de geração de energia, chamado de via glicolítica. Essa via é capaz de gerar energia suficiente para ressíntese do ATP, mas tendo como produto final o ácido lático (um subproduto “tóxico” 15 gerado no decorrer do ciclo de ressíntese do ATP), que faz com que o exercício seja interrompido minutos depois pela instalação da fadiga muscular dos músculos exercitados (McARDLE; KATCH, KARTCH, 1992). O lactato não deve ser encarado como um produto de desgaste metabólico, pelo contrário, proporciona uma fonte valiosa de energia química que se acumula como resultado do exercício intenso. Quando se toma novamente disponível uma quantidade suficiente de oxigênio durante a recuperação, ou quando o ritmo do exercício diminui, o NAD (coenzima NADH em sua forma oxidada) varre os hidrogênios ligados ao lactato para subseqüente oxidação a fim de formar ATP. Os esqueletos de carbono das moléculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o exercício serão oxidados para a obtenção de energia ou serão sintetizados (transformados) para glicose (gliconeogênese) no ciclo de Cori. O ciclo de Cori que não serve apenas para remover o lactato, mas o utiliza também para reabastecer as reservas de glicogênio depletadas no exercício árduo (SMITH, et al., 1998). Quando a oxidação do lactato iguala sua produção, o nível sangüíneo de lactato se mantém estável, apesar de um aumento na intensidade do exercício e no consumo de oxigênio. Para as pessoas sadias, porém destreinadas, o lactato sangüíneo começa a acumular-se e sobe de maneira exponencial para aproximadamente 55% de sua capacidade máxima para o metabolismo aeróbio. A explicação habitual para um acúmulo do lactato sangüíneo durante o exercício pressupõe uma hipoxia (falta de oxigenação da musculatura) tecidual relativa. Quando o metabolismo glicolítico predomina, a produção de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH — coenzima envolvida na transferência de energia) ultrapassa a capacidade da célula de arremessar seus hidrogênios (elétrons) através da cadeia respiratória, pois existe uma quantidade insuficiente de oxigênio ao nível tecidual. O desequilíbrio na liberação de oxigênio e a subseqüente oxidação fazem com que o piruvato (substrato final da degradação da glicose; muito importante para a formação do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogênios, o que resulta em acúmulo de lactato (FOSS; KETEYIAN, FOX 2000). O lactato é formado continuamente durante o repouso e o exercício moderado. As adaptações musculares induzidas pelo treinamento aeróbio 16 permitem os altos ritmos de renovação do lactato; assim sendo, o lactato acumula-se em intensidades mais altas de exercício que no estado destreinado (JUEL, 1998). Outra explicação para o acúmulo de lactato durante o exercício poderia incluir a tendência para a enzima desidrogenase lática (LDH) nas fibras musculares de contração lenta favorecer a conversão de lactato para piruvato. Portanto, o recrutamento das fibras de contração rápida com o aumento da intensidade do exercício favorece a formação de lactato, independentemente da oxigenação tecidual (BENEKE, et at., 2003). Referindo-se ainda a formação de lactato, Denadai (1999) salienta que, embora o músculo esquelético seja o maior sítio de produção e liberação de lactato durante o exercício, outros órgãos (intestino, fígado, pele) também podem produzir e liberar lactato. A maior produção de ácido láctico ocorre durante exercícios que só podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos, quando este sistema é exigido ao máximo. Durante um exercício exaustivo, os músculos e o sangue conseguem tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido lático, antes de surgir à fadiga (FOSS; KETEYIAN, FOX, 2000). Segundo McArdle; Katch; Katch, (1992), atletas de velocidade-potência em geral alcançam níveis sanguíneos de lactato 20 a 30% mais altos que seus congêneres destreinados durante o exercício máximo de curta duração. Depois de sua formação no músculo, o lactato se difunde rapidamente para o espaço intersticial e para o sangue, para ser tamponado e removido do local do metabolismo energético (JUEL, 1998). No exercício extenuante, quando as demandas energéticas ultrapassam tanto o suprimento de oxigênio quanto seu ritmo de utilização, a cadeia respiratória não consegue processar todo o hidrogênio ligado ao NADH. A liberação contínua de energia anaeróbia na glicólise depende da disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeído (subproduto da degradação da glicose); caso contrário, o ritmo rápido da glicólise “se esgota”. Durante a glicólise anaeróbia, NAD “é liberado” à medida que pares de hidrogênios não oxidados “em excesso” se combinam temporariamente com o piruvato para formar lactato. O acúmulo de lactato, e não apenas sua 17 produção, anuncia o início do metabolismo energético anaeróbio (SMITH, et al., 2002). Uma redução na intensidade desse exercício árduo para prolongar o período do exercício acarreta uma redução correspondente tanto no ritmo de acúmulo quanto no nível final de lactato sangüíneo (FOSS, 2000). Apesar de o lactato sangüíneo permanecer elevado por uma a duas horas, após um exercício altamente anaeróbio, as concentrações sanguíneas e musculares de H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperação ativa. Além disso, exercícios de alta intensidade, onde as concentrações de lactato se elevam muito, acima de seus níveis de repouso, tende a voltar a sua normalidade por volta de 30 a 60 minutos após a atividade (HIGINO, 2001). Em condições aeróbias, o ritmo de remoção do lactato por outros tecidos corresponde a seu ritmo de formação, resultando na ausência de qualquer acúmulo efetivo de lactato, isto é, a concentração sangüínea de lactato se mantém estável. Somente quando a remoção não mantém paralelismo com a produção, o lactato acumula-se no sangue (BIRCHER; KNECHTLE, 2004). 1.2.1 Influencia do lactato sanguíneo no músculo De acordo com Wimore; Costill (2001), o acido lático acumulado no organismo, se dissocia, transformando em lactato e causando um acumulo de íons hidrogênio. Este acumulo de H+ produz acidificação muscular, resultando numa condição conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta de forma adversa à produção de energia e a contração muscular. Além disso, o H+ produzido cessa a degradação do glicogênio, provocando uma rápida diminuição de ATP e, em ultima instancia a exaustão. Guyton (1998) aponta, que a utilização e limitação do sistema Glicogênio-Ácido Lático para a produção de energia, está ligado diretamente com a quantidade de acido lático que a pessoa pode tolerar em seus músculos e líquidos corporais, funcionando como uma autolimitação para o uso adicional deste sistema. 18 Bompa (2001) aborda, que qualquer movimento atlético que exija rapidez ou força de contração recruta fibras de contração rápida (CR). Durante exercícios intensos as fibras de CR, produzem o acumulo de acido lático e aumentando os níveis de lactato no organismo. As trocas bioquímicas durante a contração muscular resultam na liberação de íons H+ que promove a acidose do meio ou a “fadiga do lactato”. O aumento da acidose inibe a capacidade de ligação de cálcio pela ativação da troponina, outra proteína contrátil. Sua desativação pode expandir a conexão entre a fadiga e o exercício. 1.3 Pliometria Wilmore; Costil (2001), define pliometria como uma forma nova de treinamento de força dinâmico, ou de salto, que se tornou popular no final da década de 1970 e no início da década para melhorar a capacidade de salto. A pliometria é uma forma de exercício que busca maximizar a utilização dos músculos em movimentos rápidos e de explosão, explorando o músculo com seqüência de contrações excêntricas e concêntricas buscando aperfeiçoar a otimização das mesmas. A Pliometria é um método de treinamento da Força Explosiva ou Força Rápida. São rotinas de exercícios que conectam a força e a velocidade de movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA, 2010). Os exercícios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto. Os de baixo impacto são os educativos (skiping baixo, skiping alto, e anfersen), pular corda e saltar sobre bancos baixos. Os de alto impacto são os educativos (hop, haupserlaüfen), salto em distância e triplo, saltos sobre bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos (saltos reativos). De acordo com Fleck; Kraemer (2006), a piometria passa por um processo de encurtamento-alongamento, aborda que a energia elástica estoca e os reflexos neurais são os elementos responsáveis pelo aumento da força o ciclo alongamento-encurtamento. 19 1.3.1 Princípio do treinamento de pliometrico A pliometria tem uma natureza de exercício excêntrico que utiliza principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para proporcionar as adaptações fisiológicas do treinamento. A pliometria inclui também qualquer rotina de exercício que utiliza o reflexo de alongamento para produzir uma reação explosiva. Segundo Rossi; Brandaliz (2007), a pliometria passa por ciclos de alongar-encurtar, sendo, baseada na combinação dos reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecânicas, principalmente elásticas do sistema músculotendíneo, contribuindo desta técnica para o ganho de potência, auxiliando na melhora do desempenho e controle neuromuscular. De acordo com Fleck; Kraemer (2006), a piometria passa por um processo de encutamento-alongamento, aborda que a energia elástica estoca e os reflexos neurais são os elementos responsáveis pelo aumento da força o ciclo alongamento-encurtamento. A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento de unidades motoras adicionais. Ela também adiciona uma carga aos componentes elásticos e contráteis do músculo (WILMORE; COTILL, 2001, p.104). De acordo com Bompa (2004), a potencia produzida por uma contração do tipo alongamento-encurtamento, aumenta a tensão no tendão e junto com o impulso nervoso produz uma impulsão mais potente. Este resultado acontece na fase excêntrica, mais econômica e eficaz. 1.3.2 Influência do treinamento de pliometria O treinamento pliométrico influência principalmente nas capacidades físicas de força, velocidade e na potencia que uma variável diretamente proporcional. Feitosa (2009) relata, que estudos publicados recentemente mostram a melhora da economia de corrida através do aumento da força e a 20 potência; aumentando a capacidade do músculo suportar o estresse mecânico; aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elástica e possivelmente aumenta a eficiência mecânica. Fleck; Kraemer (2006) relata, que estudos demonstraram que treinos com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto contramovimento de força máxima de extensores do joelho e taxa de produção de força de extensores do joelho e quadril. A atividade física de característica excêntrica pode gerar uma adaptação chamada de “efeito do exercício repetido”, no qual, minimiza os danos provocados na realização de exercício da mesma natureza. Segundo Miyama; Nosaka (2007), os mecanismos de proteção do efeito do exercício repetido parecem ser decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de contração lenta, ativação de um grande número de unidades motoras (adaptação neural), aumento da resistência muscular dinâmica e passiva (adaptações mecânicas), adição longitudinal de sarcômeros, adaptação na resposta inflamatória, adaptação para manter o acoplamento excitação-contração muscular (adaptação celular), entre outras. De acordo com Bompa (2004), o uso de exercícios pliométrico desenvolve o sistema de reação “neuromuscular”, a qual carregamos componentes elásticos e contrateis do músculo, permitindo que o músculo estoque energia na fase excêntrica e libere na fase concêntrica do exercício, usando um movimento rápido e explosivo. 1.4 Recuperação após o exercício De acordo com Fox; Bowers; Foss (1991), a recuperação do organismo tem por finalidade restaurar o músculo e o restante do corpo a sua condição pré-exercício, com o objetivo de restaurar o consumo de oxigênio as proximidades dos níveis de repouso, restaurar as reservas de ATP e PC e de glicogênio muscular e hepático que foram depletadas durante o exercício e remoção do ácido lático acumulado no organismo. 21 A recuperação do organismo após treino é dividida em recuperação passiva e ativa. A recuperação passiva é quando no período de descanso a praticante cessa completamente as atividades, enquanto que na recuperação ativa o praticante continua fazendo exercícios em baixas intensidades. De acordo com Fonseca (2010), o descanso passivo é indicado para quem tem um condicionamento físico pouco desenvolvido, para evitar a fadiga precoce no início de uma programação. O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente frente às exigências de uma prova de longa duração. Na verdade, descansar ativamente significa um aumento da circulação sangüínea reparando, de forma mais rápida, as microlesões provocadas pelo excesso de contrações nos grupamentos musculares envolvidos na competição. Além disso, possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo possíveis lesões (FERREIRA, 2010). No período de recuperação entramos numa fase anabólica (síntese, reparação), de recuperação dos substratos energéticos gastos durante a atividade física e da reconstrução das fibras musculares lesionadas. Logo, o equilíbrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funções vitais do organismo, evitando assim as conseqüências indesejadas do supertreinamento (PRETTO, 2008). De acordo com Trentine (2010), durante o treinamento perdemos e ganhamos no período de descanso. É no repouso que começamos a produzir hormônios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1), que “avisa” ao corpo que ele precisa produzir moléculas de proteína Dormir bem também é fundamental para produzir o GH (hormônio do crescimento). Esse hormônio promove a absorção do esforço, oferecendo ao organismo todo o lucro do trabalho físico desenvolvido. Sem ele, a atividade física provocaria apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos. O repouso é um componente essencial no treinamento esportivo, mas somente será considerado como parte integrante do treino quando for organizado de acordo com a periodização do dia, semana, mês e ano do esportista (TRENTINE, 2010). 22 1.5 Composição corporal A composição corporal é um dos assuntos mais importantes dentro do campo da Cineantropometria. Pode ser definida como sendo “a quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano” (MALINA, 1969). Através da composição corporal pode-se, além de determinar os componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento de crianças e jovens, o status dos componentes corporais de adultos e idosos, bem como, prescrever exercícios. A composição corporal é um componente chave para a aptidão física e saúde. Através do estudo da composição corporal é possível quantificar gordura, músculo, osso e víscera, e ainda, traçar um perfil individual ou de grupos em relação à especialidade esportiva, posição de jogo, atividade física ou sedentarismo. Para a análise da composição corporal é importante que se entenda os modelos teóricos de fracionamento do corpo humano, haja vista, que é impossível separar-se in vivo os componentes corporais (água, proteína, mineral e gordura) (BEHNKE; WILMORE, 1974). Em crianças e jovens, o estudo da composição corporal é necessário para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais para a performance física e saúde, estudar alguns fatores como os genéticos, nutricionais e influência da atividade física sobre os músculos, ossos e gordura (LOHMAN, 1986). Os padrões mínimos de gordura essencial, para homens, situam-se em torno de 3% e, para as mulheres, em torno de 12% do peso corporal total, enquanto valores acima de 20% para homens e 30% para mulheres, podem ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE, KATCH; KATCH, 1992). POLLOCK; WILMORE (1993) recomendam que o peso de gordura não deve exceder 20% e 27% do peso corporal total para o homem e para a mulher, respectivamente. Já Heyward (1991) apresenta um percentual de gordura dentro da normalidade entre 12% a 25% para mulheres adultas jovens. Entretanto, para a população geral, recomenda níveis entre 12% e 18% para homens e 16% e 25% para mulheres. Estes parâmetros são 23 importantes tanto para a performance atlética (específicos para cada modalidade), quanto para o bem-estar, sendo considerados indicadores da saúde de uma população. As mensurações regulares da composição corporal são úteis para os atletas, a fim de monitorar as alterações durante a temporada, bem como no período fora delas, assim, o atleta saberá se as alterações de seu peso corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal. Não se deve recomendar redução de porcentagem de gordura, pois apresenta erro na mensuração que não pode ser ignorado. Com métodos adequados e mensurações cuidadosas, a porcentagem de gordura pode ser estimada com um erro de aproximadamente 3 a 4% de gordura, a mais ou a menos (POWERS; HOWLEY, 2005). Os pontos de coleta da dobra cutânea são variados, seu emprego depende do tipo de protocolo que será empregado para o cálculo da composição corporal. Atualmente existem dezenas de protocolos para cálculo da composição corporal devidamente validado cientificamente, sendo difícil indicar a melhor formula. Isto é decorrente validado na distribuição e na composição da gordura subcutânea levando-se em consideração somente quatro fatores: idade; sexo; etnia e condicionamento físico. É evidente que existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de população a ser estudada. As correlações entre diversas técnicas nem sempre são interessantes, assim o avaliador deverá optar por uma das técnicas, de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS; GIANNIACHI, 2003). 2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS 2.1 Condições ambientais Os testes iniciaram no mês de agosto, sendo realizados no período noturno. Foram usados como espaço físico, do Ginásio Poliesportivo e o 24 Laboratório de Análise do Esforço Físico (LAEF) do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins. 2.2 Sujeitos Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntários do gênero masculino e com idade entre 18 e 26 anos, ao quais foram divididos de forma aleatória em três grupos de dez (10), no qual, foram submetidos à mesma atividade pliométrica e tabata, sendo específico a cada grupo somente o protocolo de recuperação pós-treino. Todos os voluntários estavam gozando de boa saúde e fisicamente ativos e sem nenhuma restrição medica quanto à prática de atividades físicas. Os mesmos receberam informações de como se comportarem durante o período de teste, consentido com a divulgação dos resultados. 2.3 Material Para a realização dos testes e da pesquisa serão usados os seguintes materiais: Álcool; Algodão; Analisador de Lactato (YSI – 1500 SPORT); Balança de bioimpedância (TANITA TBF – 305); Compasso de dobras cutâneas (CESCORF – 0,1mm); Computador; Ennpendorf; Estadiômetro (SANNY); Esteira ergométrica (LX 160 MOVEMENT); Gelo; 25 Lanceta; Plinto de ginástica artística; Tambor de 200 litros; Termômetro; Monitor cardíaco (POLLAR); Plataforma (JUMP TEST). 2.4 Protocolos 2.4.1 Medidas antropométricas Para medida do peso corporal total, os avaliados foram colocados de pé no centro da plataforma da balança, em posição ereta de costa para a escala de medida, com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente, descalço e com o mínimo de roupa possível. Para determinação da estatura o avaliado foi posicionado de pé, de forma ereta, com os pés unidos e com as superfícies posteriores do calcanhar, nádegas, cintura escapular e da região occipital em contato com a escala de medida, sendo colhido à medida com o avaliado em inspiração máxima (GUEDES; GUEDES, 2006, p.168). 2.4.2 Composição corporal Para determinação da porcentagem de gordura corporal, foi usado método duplamente indireto de dobras cutâneas. Serão aferidas as dobras cutâneas em diferentes pontos anatômicos para o sexo masculino (tricipital, suprailíaca e abdômen) e posteriormente cálculo do porcentual de gordura (GUEDES; GUEDES, 2006, p.223). 26 2.4.3 Pliometria Os voluntários que participaram da atividade pliométrica tiveram que executar 10 séries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo entre as séries. Os voluntários começaram os saltos saindo de um plano elevado sobre o plinto de 0,6 metros aterrissando no chão. Após aterrissarem tiveram que saltar novamente o mais forte possível sobre outro plinto que estava a 1 metro de distância e 0,6 metros de altura, isto, sucessivamente até que completasse os 10 saltos das 10 séries (MIYAMA; NOSAKA, 2007). 2.4.4 Tabata O protocolo de Tabata é composto por 20 segundos de exercício de intensidade máxima, seguidos por 10 segundos de descanso. São executadas 8 séries totalizando 4 minutos de duração. O exercício usado foi o agachamento, onde o voluntário iniciou o movimento na posição de pé e posteriormente flexionou a articulação dos joelhos até que a coxa formasse com a perna o angulo de 90 graus, retornando em seguida a posição inicial, repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA, et al,1996). 2.4.5 Jump Test (Salto vertical) Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para determinação da força de membros inferiores através da elevação do centro de gravidade em relação ao solo, que foi determinada por meio de um equipamento chamado Jump test. Para a execução do salto vertical utilizamos a técnica de um movimento de preparação (contra-movimento) em que é permitido ao executante realizar a fase excêntrica para em seguida executar a fase concêntrica do movimento, onde o indivíduo parte de uma posição em pé, 27 com as mãos fixas na cintura e os pés paralelos e separados aproximadamente à largura dos ombros, e se movimenta para baixo “flexionando” as articulações do quadril, joelhos e tornozelos. A transição da primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente), acontece em um movimento contínuo e na qual a articulação foi estendida a mais rápida possível. Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos entre os saltos, considerando somente o de maior alcance (SILVA;MAGALHÃES;GARCIA,2005). 2.4.6 Coleta e análise do lactato sanguíneo . As amostras sanguíneas para determinação da concentração de lactato sanguíneo foram feitas durante o estado de repouso, após protocolo de tabata, 5 minutos após ter iniciado o protocolo específico de recuperação e no final de cada protocolo de recuperação, totalizando quatro coletas para cada individuo. Para posterior análises das concentrações de lactato sanguíneo foram realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do lóbulo da orelha que foram dispensados em tubos plástico tipo enppendorf contendo 50 microlitros de fluoreto de sódio a 1%. Após a coleta, a concentração de lactato sanguíneo foi analisada através de um analisador eletroquímico (Yellow Springs – 1500 Sport). (HIGINO;DENADAI,2002). 2.5 Procedimentos A fase de testes teve a duração de duas semanas. Os voluntários tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano. Na primeira visita ao LAEF os voluntários foram avaliados no que diz respeito a antropometria, composição corporal, Jump Test e a atividade pliométrica e um bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de 28 recuperação pós-treino de cada grupo (Crioterapia, descanso passivo ou descanso ativo). No segundo dia após 24 horas, os voluntários foram avaliados somente no que diz respeito à performance executando novamente o Jump teste. 2.5.1 Recuperação Passiva Os voluntários que participaram do grupo que foi submetido ao descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos após o término do bloco de Tabata. 2.5.2 Recuperação Ativa Os voluntários que participaram do grupo que foi submetido ao descanso ativo após o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira ergométrica por 10 minutos a 60% da frequência cardíaca máxima, após o término do bloco de Tabata. 2.5.3 Recuperação Crioterapia Em decorrência de falta de procedimentos que aponte tendência aplicação da crioterapia foi utilizado a imersão em gelo, optando pela adoção do tempo de 10 minutos, baseado em Andrews et al (2004), que propõem tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001), que aponta um tempo de 10 minutos para a crioterapia. Para a definição da temperatura, utilizou-se como base o estudo de Sellwood et al (2007), que definiram como ice water immersion a mistura de água e gelo a uma temperatura de aproximadamente 5º C. 29 2.6 Análise estatística Para análise estatística, utilizou-se análise de variância de dois caminhos, (ANOVA – two way), em dados calculados em média e desvio padrão. Para isso adotou-se um nível de significância p ≤ 0,05. 3 RESULTADOS Para apresentação dos resultados os mesmos serão expressos em forma de tabelas e gráficos. Na tabela abaixo estão expressos os dados em média e desvio padrão das variáveis de idade, peso, estatura, e percentual de gordura (%GORD). TABELA 1 - Características dos sujeitos do grupo ativo (GA), grupo passivo (GP), e grupo crioterapia (GC). (GA) (GP) (GC) Idade 20,87 ± 3,27 21,12 ± 2,16 20,25 ± 2,31 Peso 69,81± 12,51 72,9 ± 9,84 69,87 ± 7,88 Estatura 171,9 ± 6,47 178,28 ± 7,62 174,7 ± 6,99 % GORD 14,7 ± 2,49 16,85 ± 5,73 15,72 ± 4,23 Fonte: elaborada por autores, 2010. TABELA 2 - Comparação do Lactato repouso (LR), Lactato final do Tabata (LFT), Lactato após 5’ (L5’), Lactato Final da Recuperação (LFR), e comparação entre os grupos (GA), (GP), e (GC). (LR) (LFT) (L5’) (LFR) (GA) 0,98 ± 0,49*# 5,66 ± 1,49&≠ 4,95 ± 0,87&≠ 2,35 ± 1,15*#£€ (GP) 0,93 ± 0,36*#& 5,52 ± 2,11 5,49 ± 1,82 4,55 ± 1,81µ (GC) 1,45 ± 0,43*#& 7,31 ± 1,89&µ£ 6,54 ± 1,42& 4,72 ± 1,53*#µ Fonte: elaborada por autores, 2010. ≠P≤0,05 em relação ao (LR) com o (LFT),(L5’) e (LFR).*P≤0,05 em relação ao (LFT) com o (LR), (L5’) e (LFR).# P≤0,05 em relação ao (L5’) 30 com (LR), (LFT) e (LFR), & P≤ 0,05 em relação ao (LFR) com (LR), (LFT) e (L5’), µ P≤ 0,05 diferente de (GA), £ P≤ 0,05 diferente de (GP), € P≤ 0,05 diferente de (GC). Na tabela acima está expresso às concentrações de lactato, sendo possível verificar diferenças significantes entre os grupos. Observa que o (GA) obteve maior quantidade de lactato removido, seguido pelo (GC) e (GP). TABELA 3 – Comparação dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA), (GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2). (GA) (GP) (GC) (JT1) 41,76 ± 3,34# 37,72 ± 2,01* 42,27 ± 3,44# (JT2) 38,61 ± 4,70#µ 34,92 ± 3,36*&µ 38,46 ± 4,57#µ Fonte: elaborada pelos autores, 2010. *P≤0,05 em relação ao (GA) com o (GP) e (GC).# P≤0,05 em relação ao (GP) com (GA) e (GC), & P≤ 0,05 em relação ao (GC) com (GA) e (GP), µP≤0,05 em relação ao (JT1) com o (JT2) do grupo. A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no primeiro salto e após 24 horas, apontando diferenças significativas entre os grupos e entre os saltos. DISCUSSÃO Ao observar a concentração de lactato no grupo crioterapia é possível notar uma diferença significante não só em repouso, como também nas concentrações das demais coletas em relação ao GA e GP. De acordo com Lopes (1999), a concentração de lactato pode aumentar em função glicolise aeróbia estimulada pela adrenalina. As concentrações séricas de adrenalina quando aumentadas correlacionam-se com os níveis de lactato sérico, sugerindo ser reflexo da secreção aumentada de adrenalina que tem a capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produção de lactato o que poderia resultar na maior concentração de lactato. 31 Na Tabela 02 é possível visualizar que o GA foi o significativamente mais eficiente removendo após tabata 58,48% do lactato acumulado, em seguida o GC removendo 35,43% e o GP que removeu 17,57% da concentração acumulada. Os estudos e pesquisas na área já apontam uma maior eficiência dos protocolos de recuperação ativa em relação à recuperação passiva. A recuperação ativa realizada após exercícios de alta intensidade aumenta a velocidade de remoção do lactato do músculo e da circulação, em relação ao repouso passivo, sendo que sua remoção após um exercício intenso pode ocorrer através da oxidação em CO2 e H2O pela musculatura, gliconeogênese hepática e através da reconversão a glicogênio pela glicogênese muscular e hepática (VILLAR, DENADAI, 1998; HIGINO, 2001). Pastre et al (2009), em sua pesquisa apontam que a recuperação ativa, quando comparada com a passiva, apresenta aumento do volume sistólico e débito cardíaco, melhor saturação parcial de oxigênio, aumento do tempo de exaustão e potência metabólica. Denadai (1996), analisou a influência do tipo de exercício (corrida ou natação) empregado na recuperação ativa, realizados também na mesma intensidade relativa (LAer), sobre a taxa de remoção de lactato após diferentes exercícios de alta intensidade (corrida ou natação), verificou-se que independente do tipo de exercício de alta intensidade realizado previamente, a recuperação ativa através dos dois tipos de exercício determina um aumento da velocidade de remoção do lactato sanguíneo. A utilização durante a recuperação ativa, do mesmo exercício que induziu o acúmulo de lactato (corrida-corrida ou natação-natação), determina através da corrida, uma maior velocidade na remoção do lactato sanguíneo, do que com a natação. O emprego de grupos musculares durante a recuperação ativa que foram menos utilizados previamente no exercício de alta intensidade (corridanatação e natação-corrida), parece aumentar ainda mais a velocidade de remoção do lactato sanguíneo. Na tabela 2 e possível verificar a taxa de remoção de lactato do GC observando uma diferença significativamente inferior ao GA e superior ao GP. A relação remoção de lactato e crioterapia é assunto muito discutido e contraditório entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia usada correlacionando temperatura e tempo de duração da técnica. 32 Apesar de muita polêmica sobre o assunto, estudos já comprovaram que a vasodilatação que ocorre após algum tempo de aplicação do gelo, identificada primeiramente por Lewys há muitos anos antes (1930), não supera o estado de repouso anterior ao início da crioterapia. Ou seja, o incremento do fluxo de sangue após alguns minutos de crioterapia existe, porém não representa um aumento da circulação sanguínea local quando comparado ao fluxo normal. Assim, como enfatizado por Knight 1995, o efeito do gelo sobre a circulação é a vasoconstrição. E provavelmente seja este efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiência da crioterapia de imersão em incrementar a velocidade da remoção do lactato sanguíneo. Em seu estudo Baroni et al (2010), relata que embora a crioterapia seja largamente utilizada na prática desportiva, a efetividade da crioterapia para fins de recuperação muscular pós-exercício ainda carece de evidências científicas e que após extensa busca nas principais bases de dados, não foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cinética do lactato sanguíneo. Na tabela 03 estão expressos, os valores das performances dos saltos observado uma pequena diferença estatisticamente significante entre os saltos. Uma possível causa desta pequena diferença entre os saltos após a atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exercício repetido, proporcionado por atividades com características excêntricas, tendo em vista que os voluntários eram fisicamente ativos e praticantes de esportes como voleibol que possui característica de natureza excêntrica. De acordo com HOWATSON; VAN SOMEREN; HORTABÁGYI (2007), um único exercício excêntrico pode proteger o músculo contra danos causados pelo subseqüente exercício excêntrico. Segundo MIYAMA; NOSAKA (2007), os mecanismos de proteção do efeito do exercício repetido parecem ser decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de contração lenta, ativação de um grande número de unidades motoras (adaptação neural), aumento da resistência muscular dinâmica e passiva (adaptações mecânicas), adição longitudinal de sarcômeros, adaptação na resposta inflamatória, adaptação para manter o acoplamento excitaçãocontração muscular (adaptação celular). 33 A análise da performance feita após somente 24 horas e o tempo de aplicação da técnica de 10 minutos pode ter contribuído para que o estudo não apontasse uma grande diferença de performance entre os saltos, ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle sobre a variável. De acordo com Sandoval; Mazzari; Oliveira (2005), em seu estudo foi possível verificar que a crioterapia tem seus benefícios alcançados durante a fase aguda, entre 24 e 72 horas, com o tempo de aplicação da técnica variando entre 15 a 30 min. Dependendo da situação e técnica utilizadas, devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicação. A dor muscular tardia também poderia ter contribuído para o declínio da performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON; HUBAL (2002), a dor muscular de inicio tardio é caracterizada por ser uma sensação de desconforto ou dor na musculatura esquelética que pode ocorrer algumas horas após o exercício, aparecendo geralmente após 8 horas ao término do esforço, sendo intensificada de 24 a 72 horas, podendo persistir por até 7 dias. De acordo com Haves, 2003, a redução da dor que acompanha o resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos, como a redução do edema e uma diminuição do espasmo muscular. A elevação do limiar da dor ocorre imediatamente em seguida ao tratamento, mas declina dentro de 30 minutos, esta elevação de limiar dever-se a um efeito direto sobre as terminações nervosas sensitivas e as alterações na ação dos receptores e fibras da dor. A condução pelos nervos periféricos fica retardada pelo frio e as fibras variam em sua sensibilidade, de acordo com seu diâmetro e pela sua mielinização. Neste estudo, não foi poderia ser realizado a recuperação após um dia da aplicação de exaustão, o que resultou em dor tardia, no dia seguinte, assim limitando e influenciando no teste do salto vertical. Assim, embora não sejam encontradas evidências de que a crioterapia de imersão altere parâmetros fisiológicos ou aumente o desempenho subsequente, as sensações de bem estar e relaxamento muscular relatadas por uma série de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos comprovados da crioterapia. 34 CONCLUSÃO Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa, melhor eficiência na remoção de lactato sanguíneo em relação ao grupo passivo, e o restabelecimento da performance após 24 horas ter sido praticamente igual para três grupos, seus resultados são alvo de muita dúvida e controvérsia, principalmente pela falta de material publicado e disponível para proporcionar uma boa discussão e ter melhor embasamento teórico, para uma nova pesquisa cientifica. Desta forma concluímos que a crioterapia necessita de maior quantidade de material publicado que aponte seus benefícios de sua aplicação prática, assim também como uso de diferentes protocolos para determinar qual melhor método a se utilizar, para se obter os benefícios da sua técnica. É necessário que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefícios, principalmente em relação à temperatura e a técnica ideal. Com isso, os profissionais da área poderão utilizar a melhor forma, e realizar com a qualidade o tratamento para uma reabilitação mais precoce, possibilitando o retorno de atletas para suas atividades diárias e esportivas. 35 REFERÊNCIAS ANDREWS J, HARRELSON G, WILK K. Physical rehabitation of the injured athlete. 3 ed. Philadelphia: Saunders, 2004. BARONI, B.M.et al. Efeito da crioteparia de imersão sobre a remoção de lactato sanguíneo após exercício. 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São Paulo: Manoele, 2001. 40 APÊNDICE 41 APÊNDICE A – Ficha de avaliação NOME____________________________________DATA ____\____\______ ESTATURA: _________________PESO:_________IDADE______________ Possui alguma cardiopatia? ______________________________________ Possui algum problema articular? __________________________________ Tem alguma restrição médica quanto à prática de atividade física? ________ Qual? ________________________________________________________ Usa algum tipo de medicamento?___________________________________ COMPOSIÇÃO CORPORAL – Tricipital ______-______-_____ _____ Suprailiaca ______ -______-_____ _____ Abdômen _____ ______-______-_____ Total _____ %G _____ JUMP TESTE -1º Dia ______________________ 2º Dia ______________________ CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( ) ENPPENDORF – ______ repouso; ______ final do tabata e início do protocolo de recuperação; ______ após 5 minutos de recuperação; ______final do protocolo de recuperação. Assinatura:___________________________________________________