Introdução
Físico inglês, Joseph Thomson nasceu em Cheetham Hill, perto de Manchester,
Inglaterra em 18 de Dezembro de 1856. É famoso pela descoberta do electrão (partícula
elementar de carga negativa). Ele conclui que o átomo era indivisível, que existiam espaços
vazios no átomo e que este era composto por partículas menores, tornando-se um dos
descobridores dos electrões.
Ele idealizou o pudim de energia para o átomo, expondo que os mesmos eram
formados por uma nuvem de electricidade positiva na qual flutuavam, como ameixas em volta
de um pudim, partículas de carga negativa, os electrões. Posteriormente propôs um modelo
de luz constituído por partículas emitidas de modo descontínuo, antecipando a teoria dos
fotões formulada por Albert Einstein.
Joseph John Thomson
(1818 -1889)
Joseph John Thomson nasceu em Cheetham Hill, perto de Manchester, Inglaterra, a 18
de Dezembro de 1856. Filho de um livreiro, tinha apenas 14 anos quando ingressou no
Owens College de Manchester, actual Victoria University, onde frequentou cursos de física
experimental. Em 1876, obteve uma bolsa de estudos para o Trinity College, no qual acabou
os estudos em matemática em 1880. Nesse mesmo ano assumiu o cargo de pesquisador no
laboratório de Cavendish e, sob a supervisão de James Clerk Maxwell, empreendeu as
primeiras pesquisas sobre electromagnetismo. A qualidade de seu trabalho valeu-lhe a
eleição para membro da Royal Society em 1884 e o acesso à cátedra de física no laboratório
de Cavendish.
Em 1897, Thomson sintetizou os seus estudos na ideia segundo a qual a matéria,
quaisquer que sejam suas propriedades, contém partículas de mesmo tipo cuja massa é muito
menor que a dos átomos dos quais elas são parte. Essa linha de pensamento levou à
descoberta de um corpo menor do que o átomo do hidrogénio, e disso resultou a identificação
das partículas que denominou corpúsculos, depois conhecidas como electrões. Thomson
demonstrou experimentalmente sua teoria ao comprovar a existência desses corpúsculos nos
raios catódicos, depois da passagem da corrente eléctrica através de um tubo que continha
vácuo. Ampliou esse conceito em 1903 ao propor um modelo de luz constituído por partículas
emitidas de modo descontínuo, antecipando a teoria dos fotões formulada por Einstein, na
qual reúne os resultados de suas pesquisas. Joseph John Thomson morreu em Cambridge,
Inglaterra, a 30 de Agosto de 1940.
O tubo de raios catódicos simples, usado por J. J. Thomson.
Thomson ganhou o Prémio Nobel de física em 1906 pelas suas pesquisas sobre
condução de electricidade através dos gases. Dois anos depois foi sagrado cavaleiro da coroa
britânica. Passou a integrar o corpo docente do Trinity College em 1918. Como professor e
director do laboratório de Cavendish, exerceu intensa actividade científica e de magistério. A
sua obra principal é “Conduction of Electricity Through Gases” (1903; Condução de
electricidade através dos gases), na qual reúne os resultados de suas pesquisas.
Para perturbar ainda mais o seu trabalho como investigador puro, teve que deixar a
direcção do laboratório Cavendish por ter sido eleito presidente da Royal Society e director do
Trinity College. Todas essas novas tarefas não eram do seu agrado. O que o interessava
mesmo era a pesquisa científica experimental.
Não tinha outros interesses culturais, e ninguém se recorda de citações literárias nos
seus escritos. Talvez porque não ultrapassasse o nível dos escritores policiais e dos
romancistas vitorianos, apesar da livraria do pai e das magníficas bibliotecas de Manchester,
que conheceu na infância. Em matéria de música era pior ainda: à música erudita preferia as
operetas.
Outro aspecto de sua personalidade não combinava com a estatura do cientista: a
exagerada parcimónia e espírito de lucro. Sabia operar na Bolsa muito bem, transformava em
fonte de lucro até um "hobby", vendendo a alto preço uma excelente colecção de flores do
campo que cultivara. Os colegas reclamavam porque não era nada generoso nas ajudas
financeiras ao laboratório, sempre necessárias.
Era, porém, fisicamente muito forte e activo, jamais caindo doente até os sessenta
anos. Corno bom inglês amava as longas caminhadas e as partidas de "rugby". Em tudo
revelava um temperamento extrovertido e individualista ao mesmo tempo. Entusiasmado com
todos os empreendimentos, afável com todas as pessoas, alegre nas reuniões, tudo isso
formava uma pessoa indiscutivelmente simpática.
Foi certamente essa simpatia, aliada ao prestígio como cientista e professor, que
cativou uma estudante de física chamada Rose Paget. A ligação entre os dois, no entanto,
não foi livre de angústias e frustrações. J.J. não podia casar-se como membro do College, e
teve que esperar até 1890, quando a obsoleta proibição foi suspensa.
A partir daí a vida do casal foi extremamente fecunda, tanto que resultou num outro
cientista notável, o filho George, colaborador do pai e vencedor do prémio Novel da física, em
1937.
Três anos depois, no dia 30 de Agosto de 1940, terminava a longa existência daquele
que fora um dos iniciadores da era nuclear, para a qual contribuíra de maneira decisiva
quando, meio século antes, descobriu o electrão.
Modelo de Thomson, também dito
de pudim de passas, sobremesa tradicional
inglesa com passas. Os electrões estão dispersos
por uma esfera de electricidade positiva
Em 1895 vêm à luz os “Elements of the Mathematical Theory of Electricity and
Magnetism”. Mais tarde está na Universidade de Princeton proferindo uma série de
conferências em que aborda os fenómenos produzidos pelas descargas eléctricas nos gases.
Tubo de raios catódicos
Era chegado o momento em que iria comunicar a sua maior obra como investigador
experimental. Começara no laboratório Cavendish quando se dedicava aos gases rarefeitos.
Os estudos sobre as descargas através desses gases tinham conduzido à descoberta de uma
radiação que emanava do tubo de descarga, propagava-se em linha recta, era detida por um
obstáculo fino e transmitia um impulso aos corpos contra os quais se lançava. Foram
chamados de raios porque se propagavam em linha recta, e católicos porque pareciam
emanar do cátodo da descarga eléctrica. Os pesquisadores ingleses achavam que a radiação
era de natureza corpuscular. Isso porque Crookes tinha descoberto que a trajectória dos raios
se curvava quando em presença de um campo magnético. Além disso, Perrin tinha
descoberto que transportavam carga eléctrica negativa. Ao contrário, os alemães,
especialmente Hertz, sustentavam seu carácter electromagnético.
Thomson estava decidido a defender a teoria corpuscular partindo para a
experimentação. Após sucessivas tentativas, conseguiu medir a razão carga / massa dessas
partículas e descobriu que seu valor era aproximadamente mil vezes maior que o observado
na electrólise dos líquidos. Imediatamente procurou medir a carga de electricidade conduzida
por vários iões negativos, e chegou à conclusão de que era a mesma tanto na descarga
gasosa quanto na electrólise. Constatava-se, assim, que as partículas constituintes dos raios
catódicos eram muito menores que qualquer átomo conhecido, por pequeno que fosse: eram
os electrões.
Átomo de Thomson
Essa descoberta contou com a colaboração de muitos outros cientistas como Wiecher,
Perrin, Kaufmann, Townsend e Wilson. Mas foi Thomson o primeiro a intuir que os electrões
são corpúsculos dotados de carga eléctrica e de massa e, principalmente, que fazem parte de
toda matéria do Universo. Formulou uma teoria sobre a estrutura do átomo: Para ele, o átomo
era uma esfera maciça com carga positiva. Os electrões estariam presos à superfície da
esfera e contrabalançariam a carga positiva. Esse modelo ficou conhecido como "pudim de
massas", e seria mais tarde substituído pelo modelo de Rutherford, discípulo de Thomson.
A primeira vez que anunciou o resultado das suas investigações foi numa conferência
na, Royal Institution, a 30 de abril de 1897. Dois anos depois, num congresso realizado em
Dover, expôs suas ideias a numerosos colegas, encontrando porém muita hostilidade e pouco
crédito. Isso acentuou uma certa tendência para o trabalho independente, embora sempre
aconselhasse os alunos a trabalhar em equipa.
Foi, porém, com muito espírito de equipa que dirigiu o laboratório Cavendish, depois da
saída de Lord Rayleigh. A eleição foi muito dificultada por outros pretendentes, devido à sua
pouca idade. Não tinha completado trinta anos - e os cientistas mais velhos julgavam ter maior
merecimento para cargo tão cobiçado.
Apesar de tudo, foi eleito e o laboratório sofreu grandes transformações. A pesquisa
deixou de ser um problema pessoal de cada um, tornando-se um trabalho colectivo. A
colaboração de estudiosos de outras universidades, inclusive estrangeiras, foi incrementada.
Rutherford, Townsend, Langevin, Wilson, Barkla, Aston, Bragg e Appleton ali realizaram
pesquisas relevantes. Thomson não só acompanhava os estudos de cada um, como favorecia
as discussões e trocas de ideias em grupo. Não descuidava, entretanto, de comunicar as
descobertas, o que fazia sempre em prosa elegante nos vários livros publicados. Em 1903,
aparece a “Conduction of Electricity through Gases”, onde relata investigações que lhe
valeram a obtenção do prémio Nobel em 1906.
Não pararam aí suas contribuições para a história da física. Extremamente importante
foi a descoberta de um novo método para a separação de diferentes espécies de átomos e
moléculas. Consistia em usar iões positivos cuja deflexão num campo, magnético ou eléctrico,
varia com a massa atómica. Esse método levou à descoberta de muitos isótopos, quando
empregue por pesquisadores como Aston, Dempster e outros. Teve também como resultado a
possibilidade de calcular a difusão das radiações electromagnéticas que atingem os electrões
dos átomos. É hoje chamada teoria do espalhamento de Thomson. Quando a Europa foi
conturbada pela Primeira Guerra Mundial, Thomson foi obrigado, juntamente com outros
cientistas, a dedicar-se às pesquisas militares. Para perturbar ainda mais o seu trabalho como
investigador puro, teve que deixar a direcção do laboratório Cavendish por ter sido eleito
presidente da Royal Society e director do Trinity College.
O elétron (e)
Em 1897, Joseph John Thomson (1856-1940) conseguiu demonstrar que o átomo não
é indivisível, utilizando uma aparelhagem denominada tubo de raios catódicos. Dentro do tubo
de vidro havia, além de uma pequena quantidade de gás, dois eléctrodos ligados a uma fonte
eléctrica externa. Quando o circuito era ligado, aparecia um feixe de raios provenientes do
cátodo (eléctrodo negativo), que se dirigia para o ânodo (eléctrodo positivo). Esses raios eram
desviados na direcção do pólo positivo de um campo eléctrico. Com base nessa experiência,
Thomson concluiu que:
A) os raios eram partículas (corpúsculos) menores que os átomos;
B) os raios apresentavam carga eléctrica negativa. Essas partículas foram
denominadas electrões (e).
Thomson propôs então um novo modelo, denominado pudim de passas.
"O átomo é maciço e constituído por um fluído com carga eléctrica positiva, no qual
estão dispersos os electrões."
Como um todo, o átomo seria electricamente neutro.
Cautelosa conquista do átomo
Para Joseph Thomson o átomo era construído mais ou menos como um pudim de
passas: uma massa compacta de carga eléctrica positiva, salpicada de "caroços" de carga
negativa, os electrões. Ernest Rutherford mostrou, porém, que os átomos não são maciços: se
fosse assim, os átomos de uma folha metálica bloqueariam partículas emitidas por elementos
radioactivos, como o rádio ou o urânio. Como a maior parte das partículas atravessa o metal,
Rutherford concluiu que a carga positiva e quase toda a massa estariam concentradas num
núcleo central (como o Sol no sistema solar). O núcleo seria responsável pela reflexão das
poucas partículas que, por acaso, corriam na sua direcção. A sua volta, num espaço vazio
comparativamente grande, girariam os pequenos electrões, entre os quais as partículas
podiam passar. Esse modelo estava de acordo com a experiência, mas contrariava uma regra
clássica: cargas que giram emitem radiação, ou seja, perdem energia e não têm como
contrabalançar a atracão do núcleo. Caiam sobre ele numa fracção de segundo, levando à
conclusão de que os átomos não podem existir. Coube a Bohr consertar esse evidente
engano ao juntar o deficiente modelo de Rutherford com a descoberta dos chamados quanta
de energia. Em primeiro lugar, ele reconheceu que o electrão não pode ter qualquer
quantidade de energia, que só está disponível na natureza em pacotes de tamanho definido
— os quanta. Se uma órbita exige dois quanta e meio de energia, ela não será ocupada.
Assim se entende por que razão os electrões ocupam certas órbitas e não outras,
perfeitamente legitimas à primeira vista. Foi um enorme sucesso — diante da imensa
dificuldade de analisar os átomos, entidades sub-microscópicas e numerosíssimas. O modelo
quântico de Bohr esclarecia em parte o problema da perda de energia ao postular que,
quando o electrão está numa órbita permitida, ele não emite radiação. Apenas se receber um
quantum do meio exterior, poderá saltar para uma órbita mais afastada; depois, ao retornar,
ele devolve ao meio exterior o quantum que havia recebido na forma de luz visível e outros
tipos de energia electromagnética, como microondas ou raios X. A análise dessa radiação
revelava evidentes saltos descontínuos, ou quantizados. Assim, inaugurou-se a utilíssima
física atómica dos dias de hoje. Ela valeu a Bohr uma carinhosa admiração de grandes
cientistas, como o russo George Gamow, que ilustrava os feitos de Bohr desenhando-o como
o rato Mickey. Os seus estranhos conceitos ainda hoje perturbam os físicos, como revela uma
piada do teórico Daniel Greenberger, em entrevista recente à publicação americana Scientific
American: "Einstein dizia que, se a teoria quântica está certa, então o mundo é louco. Einstein
estava certo. O mundo é louco".
Pudim de passas
Conclusão
Thomson concluiu que o electrão deveria ser um componente de toda matéria, pois
observou que a relação q/m para os raios catódicos tinha o mesmo valor, qualquer que fosse
o gás colocado na ampola de vidro. Em 1989, Thomson apresentou o seu modelo atómico:
uma esfera de carga positiva na qual os electrões, de carga negativa, estão distribuídos mais
ou menos uniformemente. A carga positiva está distribuída, homogeneamente, por toda a
esfera.
Trabalho elaborado por:
Glória Sencadas n.° 9
Joana Freitas n.° 14
Vanessa Pinho n.° 19
Sílvia Reis n.° 25
Tânia Saraiva n.°27
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Modelo Atómico de Thomson