XXIX Congresso Brasileiro de Agronomia
EFEITOS DA INTENSIDADE LUMINOSA NO CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE ALFACE.(1).
Michelle de Oliveira dos Santos(2);Vinicius Samuel Martins(3) ;Ana Cardoso Clemente
Ferreira Filha de Paula(4); Charlene Aparecida Alvarenga(5);Daniel Aparecido Silva
Batista (6); Jaqueline Aparecida Greiver Ribeiro Ferreira (7)
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Trabalho executado com recursos do Instituto Federal de minas Gerais- Campus Bambuí
(3)
Estudante; Instituto Federal de Minas Gerais, Bambuí, MG; [email protected] ;
Estudante; Instituto
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Federal de Minas Gerais, Bambuí, MG; [email protected] ; Professora Drª; Instituto Federal de Minas
(5)
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Gerais, Bambuí, MG; Estudante; Instituto Federal de Minas Gerais, Bambuí, MG; Estudante; Instituto Federal de
(7)
Minas Gerais, Bambuí, MG; Estudante; Instituto Federal de Minas Gerais, Bambuí, MG.
RESUMO: As funções vitais das plantas dependem da radiação solar para realização da fotossíntese. A
pesquisa visou o melhor entendimento sobre o desenvolvimento das hortaliças de alface sob diferentes
condições luminosas. Foram testadas 3 condições de incremento de luz e uma condição de baixa
luminosidade. O experimento foi conduzido no Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí, em
condições de Casa de Vegetação. Para obtenção das mudas utilizadas foram adquiridas, comercialmente,
sementes da marca ISLA PAK, foram semeadas e transplantadas adquirindo porte médio de 5 cm de altura.
Os tratamentos aplicados foram divididos em 5 caixas, sendo: controle mantido sob luz natural; incremento
de 3 horas de luminosidade artificial; incremento de 6 horas de luminosidade artificial; 24 horas de luz
constante; 50% de interceptação luminosa. Foram analisados, quinzenalmente, em 3 épocas de coletas a
altura total da planta, massa seca radicular e parte aérea, número de folhas, área foliar e clorofila. Obtevese os resultados em que os tratamentos de 24 horas e sombreado se mostraram menos eficientes, sendo
que em condições de 24 horas de luz pode ter ocorrido a fotoinibição da fotossíntese, por excesso de
radiação, e no sombreado a falta de luz levou a uma falta de energia que causou a morte de diversos
indivíduos. O resultado obtido concluiu-se que entre os cinco tratamentos o que melhor mostrou resultado,
sendo o mais viável utilizado na produção comercial de hortaliças como alface, foi o incremento de 3 horas
de luz. Nestas condições, a maioria das variáveis foi superior.
Termos de indexação: estresse luminoso; excesso de luz; falta de luz; hortaliças; clorofila; crescimento.
INTRODUÇÃO
Atualmente tem tido uma crescente utilização de hortaliças inspiradas nas mudanças de hábitos alimentares
(Morais, 2007). O requerimento de maior produção leva o produtor à buscar novas técnicas de produção em
larga escala e com padrões de qualidades mais elevados afim de garantir espaço no mercado. Por
apresentar a maior parte de massa seca na forma de folhas, espera-se que as hortaliças folhosas,
cultivadas com métodos de incrementos de luz artificial, se desenvolvam melhor do que aquelas cultivadas
em condições com luminosidade natural.
No Brasil a produção de hortaliças está entre as mais praticadas pela facilidade de manuseio de algumas
culturas, como é o caso da alface e do agrião que são plantados através de sementes, mais comumente, e
possuem rápido crescimento. Outro fator que possui significativos propulsores para seu alto cultivo, são as
pesquisas que possibilitam informar aos produtores melhores técnicas para cultivo, melhorando assim a
produção e atuando como incentivador para novos produtores (Bezerra, 2003).
Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi a determinação dos efeitos da técnica de incremento de luz
fluorescente em alface, em 5 condições luminosas: controle (luz natural), 3 e 6 horas de incremento, 24
horas de luz constante, e 50% da luz natural, obtido através de sombreamento.
MATERIAL E MÉTODOS
As mudas foram produzidas a partir de sementes adquiridas comercialmente da marca ISLA PAK, que
foram semeadas conforme orientações do fabricante. Para a semeadura foram utilizadas duas sementeiras
de isopor com 128 células cada, onde ambas as espécies ocuparam metade da sementeira. Como
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substrato foi um utilizado um composto orgânico da marca Bioflora, em uma proporção de duas partes de
substrato Bioflora para uma parte de vermiculita. As plântulas (em torno de 25 dias após a semeadura)
foram transplantadas para sacos plásticos.
Para o transplante foram selecionadas mudas 5 cm em média, visando uma maior uniformização das
plantas utilizadas. O substrato utilizado constituiu de duas partes de terra para uma parte de esterco bovino
curtido, seguido de passagem por peneira. Foi utilizado um total de 100 saquinhos.
Os tratamentos aplicados foram divididos em 5, sendo: controle em luz natural (caixa 1); incremento de 3
horas de luminosidade artificial (caixa 2); incremento de 6 horas de luminosidade artificial (caixa 3); 24 horas
de luz (caixa 4); 50% de interceptação luminosa (caixa 5). As variáveis analisadas, descritas abaixo,
ocorreram em período quinzenal, totalizando 3 analises. O delineamento foi em esquema fatorial 5x3,
correspondendo aos tratamentos, tempo, respectivamente.
O experimento seguiu por 45 dias e foram avaliados, a cada 15 dias, a análise de crescimento e os teores
de clorofila ( clorofilomêtro da marca FALKER), a altura da parte aérea e da maior raiz, a área foliar, o
número de folhas e o peso seco da parte aérea e da parte radicular. Obteve-se também a massa seca da
parte aérea e parte radicular. Análises Estatísticas foram realizadas com o no programa estatístico SISVAR
5.3 (Ferreira, 2011).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De maneira geral, foi observado que o tratamento 3 horas de acréscimo luz levou a um melhor
desenvolvimento das plantas de alface. Porém, os tratamentos sombreado e 24 horas de luminosidade
foram ambos danosos para o desenvolvimento das plantas, causando altas taxas de mortalidade e levando
a uma diminuição do crescimento.
O tratamento que mostrou os melhores resultados para a massa seca foi o incremento de 3 horas de luz. O
tratamento de 6 horas apresentou uma diminuição na massa seca quando comparado ao tratamento 3
horas, porém os valores encontrados ainda são superiores aos do controle. A diminuição no crescimento
pode indicar uma fotoinibição dinâmica, que levaria a decréscimos nas taxas fotossintéticas e no ganho de
massa seca.
Os tratamentos com 24 horas de luz e sombreamento mostraram os menores níveis de acúmulo de massa
seca da parte aérea. Nesse ponto, podemos observar claramente o contraste de estresse luminoso por falta
e por excesso de luz.
As médias de clorofilas a, b e total para a alface todos os tratamentos diminuíram a quantidade de clorofila,
pelo menos em uma das coletas.(tabela 1)
Na Tabela 1 estão descritas as médias de clorofilas a, b e total para todos tratamentos.
De maneira geral, os resultados mantém o padrão observado anteriormente, onde os tratamentos 24 horas
e sombreado apresentam as menores médias. A alface em todos os tratamentos diminuíram a quantidade
de clorofila, pelo menos em uma das coletas.
Tabela 1: ICF (Índice de Clorofila Foliar), com medições da clorofila a (a), clorofila b (b) e clorofila total (t), e
5 tratamentos propostos.
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A maior área foliar obtida na alface foi no tratamento 3 horas com resultados de área foliar acima de 600
2
cm na terceira coleta, o que seria o estágio próximo do ponto de comercialização.
CONCLUSÕES
Através dos resultados obtidos é possível concluir que entre os cinco tratamentos testados o desempenho
e, portanto, o mais indicado para uso na cadeia produtiva comercial de hortaliças como alface foi incremento
de 3 horas de luz. Na maioria das variáveis analisadas esse foi o tratamento que apresentou um melhor
desempenho.
REFERENCIAS
MORAIS, R. S. Cultivo hidropônico de alface (Lactuca sativa L.) dos grupos crespa e americana, com três
diferentes soluções nutritivas no período de verão no município de Itapetinga – BA. 2007. 70 f. Dissertação
(mestrado) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista – BA.
BEZERRA, Fred Carvalho. Produção de mudas de hortaliças em ambiente protegido. Fortaleza - CE:
Embrapa Agroindústria Tropical, 2003. 22 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Documentos, 72).
FERREIRA, D. F. SISVAR: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia (UFLA), v. 35,
n.6, p. 1039-1042, 2011.
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