UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA
DANIELLE MARQUES BICALHO
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DA EQUIPE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA JOAQUIM DE LIMA NO MUNICÍPIO DE TRÊS MARIAS - MG
CORINTO – MINAS GERAIS
2013
DANIELLE MARQUES BICALHO
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTODA EQUIPE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA JOAQUIM DE LIMA NO MUNICÍPIO DE TRÊS MARIAS - MG
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de
Especialização em Atenção Básica em saúde da Família
apresentado no curso de especialização em Saúde da Família
Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do
Certificado de Especialista.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo
CORINTO – MINAS GERAIS
2013
DANIELLE MARQUES BICALHO
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTODA EQUIPE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA JOAQUIM DE LIMA NO MUNICÍPIO DE TRÊS MARIAS - MG
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de
Especialização em Atenção Básica em saúde d Família
apresentado no curso de especialização em Saúde da Família
Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do
Certificado de Especialista.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo
Banca examinadora:
Profa. Dra. Maria Rizoneide Negreiros de Araújo – orientadora
Profa. Dra. Matilde Meire Miranda Cadete - examinadora
Aprovado em Belo Horizonte em: 28/11/2013
À toda equipe de saúde do PSF Joaquim de Lima, em especial,
à enfermeira Letícia.
Ao pessoal da secretaria de saúde do município de Três
Marias.
Ao meu companheiro, que esteve ao meu lado durante todo o
trabalho.
Aos meus pais por sempre me apoiarem.
AGRADEÇO
A minha orientadora profa. Maria Rizoneide Negreiros de
Araújo pelo carinho e dedicação.
Ao
meu
tutor
do
PROVAB,
Professor
Eugênio Marcos
Andrade Goulart, pela disposição e paciência.
A minha equipe por muito contribuir para minha formação.
A Secretaria Municipal de Saúde por me apoiar na construção
deste trabalho.
“Ninguém nunca conseguiu alcançar sucesso simplesmente
fazendo o que lhe é solicitado. É a quantidade e a excelência
do que está além do solicitado que determina a grandeza da
distinção final.”
Charles Kendall Adams
RESUMO
Este trabalho apresenta uma proposta de intervenção, para a equipe de Saúde da
Família do PSF Joaquim de Lima, no município de Três Marias, Minas Gerais sobre
a questão da organização do processo de trabalho desta unidade. O objetivo foi
propor uma agenda de atendimento para a equipe da saúde da UBS Joaquim de
Lima para organizar o atendimento da equipe desta unidade. Foi realizada uma
revisão bibliográfica sobre o tema para conhecimento das evidências já existentes
sobre a organização de demandas nos serviços de saúde. O atendimento médico na
UBS do Joaquim de Lima baseia-se no modelo curativo e há poucas ações de
promoção, educação ou acompanhamento longitudinal do usuário, com este
processo de intervenção, espera-se reduzir a demanda espontânea e se estruturar a
demanda agendada, bem como, introduzir atividades de práticas de saúde como
acolhimento, grupos operativos e visitas domiciliares de maneira a refletir na saúde
da população. Iniciou-se a implantação da proposta e os resultados ao se comparar
a demanda agendada e a espontânea no período de abril a agosto de 2013, obtevese um valor de p=0,64. Há uma leve tendência a redução dos atendimentos no
Pronto Atendimento do Hospital do Município de pacientes oriundos desta área de
abrangência da ESF do Joaquim de Lima. É necessário insistir no modelo para que
a comunidade entenda a necessidade do cuidado continuado e a diferença em
relação ao atendimento de agravo agudo.
Descritores: Processo de trabalho. Atenção primária. Demanda espontânea.
ABSTRACT
This paper presents a proposal for intervention for Health team Family PSF Joaquim
de Lima, in Três Marias, Minas Gerais on the question of the organization of working
process of this unit. The goal was to propose a schedule for care staff workers in
PSF Joaquim de Lima to organize this unit staff service. A literature review on the
topic knowledge was conducted about the existing evidence on the organization of
issues in health services. Medical care in the UBS Joaquim de Lima is based on the
curative model and there are few health education promotion or user longitudinal,
intervention process. It is expected to reduce the spontaneous demand and structure
scheduled demand as well introducing health practices as host operating groups and
home visits to reflect on population health. Began the magnetization of the proposal
and the results when comparing scheduled and spontaneous demand in the period
April to August 2013, we obtained p-value=0.64.There is a slight tendency to
decrease on attendance at the City hospital emergence room of patients resulting
living near of PSF Joaquim de Lima. It should be insiste the model so that the
community understands the need for continued care and difference in relation of the
injury acute care.
Descriptors: Process work. Primary care. Spontaneous demand.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 9
1.1 A ATENÇÃO BÁSICA ....................................................................................... 10
1.2 O MUNICÍPIO ONDE ATUO ................................................................................ 12
1.3 A UNIDADE BÁSICA S AÚDE DA FAMÍLIA J OAQUIM DE LIMA ............................... 12
1.4 DESCRIÇÃO DO ATENDIMENTO ........................................................................ 14
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 16
3 OBJETIVO ..................................................................................................... 18
4 METODOLOGIA ............................................................................................ 19
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 20
6 PROJETO DE INTERVENÇÃO ...................................................................... 24
6.1 OS PROBLEMAS ............................................................................................ 24
6.2 DESCRIÇÃO DOS PROBLEMAS ........................................................................ 25
6.3 A EXPLICAÇÃO DO PROBLEMA......................................................................... 26
6.4 O PROJETO: AGENDA .................................................................................... 27
6.4.1 DESENHO DAS OPERAÇÕES ......................................................................... 31
6.4.2 A IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS CRÍTICOS .................................................. 34
6.4.3 VIABILIDADE DO PLANO .............................................................................. 34
6.4.4 - O PLANO OPERATIVO ................................................................................ 36
6.4.5 GESTÃO DO PLANO .................................................................................... 36
7 CENÁRIO DA SAÚDE EM TRÊS MARIAS ................................................................. 37
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 41
9 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 43
10
1 INTRODUÇÃO
1.1 A ATENÇÃO BÁSICA
A atenção primária à saúde ou atenção básica foi definida pela Organização Mundial
da Saúde, em 1978 como:
Atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos
práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitáveis,
tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na
comunidade por meios aceitáveis para eles e a um custo que tanto a
comunidade como o país possa arcar em cada estágio de seu
desenvolvimento, um espírito de autoconfiança e autodeterminação.
É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função
central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e
econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos
indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de
saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local
onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro
elemento de um processo de atenção continuada à saúde
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1978, s/p).
No Brasil, a Portaria Nº 2.488/GM de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política
Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a
organização da Atenção Básica para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), define Atenção Básica como:
[...] um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo,
que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção
da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas
gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de
trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem
delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária,
considerando a dinamicidade existente no território em que vivem
essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e
baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de
maior freqüência e relevância em seu território. É o contato
preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se
pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da
coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade,
da responsabilização, da humanização, da equidade e da
participação social (BRASIL, 2011b, p. 4).
11
Vários estudos observaram que a orientação dos sistemas nacionais de saúde pelos
princípios da atenção primária está associada a melhores resultados. Em 2005, a
Organização Pan-Americana de Saúde reafirmou que “basear os sistemas de saúde
na APS é a melhor abordagem para produzir melhoras sustentáveis e eqüitativas na
saúde das populações das Américas” (OPAS, 2008, p.8).
A atenção básica visa à melhoria da qualidade de vida da população e promoção à
saúde coletiva principalmente, o acompanhamento de doenças crônicas, como
doenças
sexualmente
transmissíveis,
diabetes,
hipertensão,
hanseníase,
tuberculose e doenças pulmonares. Além de, em longo prazo, diminuir os gastos
públicos com procedimentos complexos e caros. Esta discussão fundamenta-se nos
eixos transversais da universalidade, integralidade e equidade, em um contexto de
descentralização e controle social da gestão, princípios assistenciais e organizativos
do SUS, consignados na legislação constitucional e infraconstitucional. E a atenção
básica é importantíssima no processo de consolidação do SUS no Brasil (BRASIL,
2009).
Os princípios fundamentais da atenção básica são: integralidade, qualidade,
equidade e participação social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde
da Família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a
corresponsabilidade desses profissionais com os usuários e a comunidade. Seu
desafio é o de ampliar suas fronteiras de atuação visando uma maior resolubilidade
da atenção, onde a Saúde da Família é compreendida como a estratégia principal
para mudança deste modelo, que deverá sempre se integrar a todo o contexto de
reorganização do sistema de saúde (BRASIL, 2009).
Neste contexto, o Ministério da Saúde lança o Programa de Valorização do
Profissional da Atenção Básica (PROVAB), para levar médicos a municípios com
dificuldade de inserção desses profissionais e com carência na área da atenção
básica. Foram estabelecidos critérios para priorização para adesão dos municípios
como, por exemplo, a alta vulnerabilidade social, entre outros.
12
1.2 O MUNICÍPIO ONDE ATUO
Três Marias é um município localizado na região noroeste do estado de Minas
Gerais. Fazem parte dele as regiões de Pedras, Forquilha dos Cabral, Silga, Barra
do Rio de Janeiro e Andrequicé. Existem três vias de acesso à cidade, sendo elas a
BR-040, a BR-259 e a MG-220, a via principal é a BR-040, que a liga à capital, Belo
Horizonte, e a outras cidades, como Felixlândia, Paraopeba, João Pinheiro, Sete
Lagoas, Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete, Brasília, Juiz de Fora e Rio de
Janeiro. A BR-259 liga Três Marias a Curvelo, Gouveia e Diamantina e a BR-365 a
Pirapora, Patos de Minas, Patrocínio, Montes Claros e Uberlândia.
O município está localizado dentro do circuito Guimarães Rosa e teve sua paisagem
e seus costumes retratados pelo escritor. A região de Andrequicé foi lar de um de
seus personagens mais famosos, o Manuelzão, e atualmente abriga um pequeno
museu em sua homenagem, na casa em que ele residia.
1.3 A UNIDADE BÁSICA S AÚDE DA FAMÍLIA J OAQUIM DE LIMA
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Joaquim de Lima é uma das que possui maior
área de abrangência e muitas pessoas que ainda não são cadastradas em alguma
equipe de saúde da família, e por isso são atendidas nesta unidade. Os habitantes
dos bairros Joaquim de Lima, Parque das Nações, Mineira, COHAB, Progresso,
DNER, Alto dos Pinheiros, totalizam cerca de 5.200 habitantes, distribuídos em 689
famílias acompanhadas. Por se localizar na área urbana, as taxas de alfabetização
são semelhantes às do município, com cerca 60% da população maior de 15 anos
alfabetizada.
Grande parte dos trabalhadores residentes nos bairros da área de abrangência da
UBS Joaquim de Lima são funcionários de uma empresa de reflorestamento,
portanto plantam mudas e trabalham com formicida e herbicidas potentes ou
trabalham em uma metalúrgica com trabalho pesado. Há ainda muitos pescadores,
pedreiros, trabalhadores da CEMIG e de comércios locais.
13
As principais causas de óbito da população adscrita a UBS Joaquim de Lima são as
doenças do sistema cardiovascular, seguidas das causas externas e depois das
neoplasias. As principais causas de internação são gravidez, parto e puerpério,
seguidas de doenças do aparelho gênito-urinário e do digestivo. Julgo que as
complicações de doenças crônicas não são conduzidas no município e por isso não
aparecem de forma expressiva no DATASUS na aba morbidade ligada a internação.
Na área de abrangência da UBS Joaquim de Lima não há hospitais ou laboratórios.
Há uma creche e duas escolas, uma de educação infantil particular e outra municipal
de 1ª a 4ª serie. Os anos de estudo a partir da 5ª série até o ensino médio são feitos
em escolas que se localizam em outros bairros. Na cidade não há Faculdade, os
jovens se deslocam cerca de 130Km/dia para as escolas mais próximas. O
município como um todo é muito religioso e nos bairros que compõem o território da
UBS Joaquim de Lima, há várias igrejas católicas e evangélicas.
Estão disponíveis na área da UBS Joaquim de Lima os serviços de água encanada,
luz elétrica, esgoto, saneamento básico, telefonia fixa e celular de todas as
operadoras disponíveis no Brasil. Há também outros estabelecimentos como: salão
de beleza, mercearias, lan house, bar, depósito de construção, farmácias, etc.
A UBS se localiza na extremidade do território de abrangência, sendo que há áreas
muito distantes da unidade, o que dificulta o atendimento de pessoas de bairros
mais distantes. Sendo a locomoção a pé a mais comum, já que o transporte público
no município é bastante incipiente. O horário de funcionamento da UBS e de 7:00
horas às 17:00 horas, sem fechamento para almoço.
A equipe de saúde conta com nove Agentes Comunitários de Saúde (ACS), dois
técnicos de enfermagem, uma enfermeira, um médico e um profissional de serviços
gerais, todos em regime de 40 horas. Além do médico do PROVAB, a equipe conta
com apoio matricial de especialista com atendimento de um pediatra em quatro
manhãs por semana e, outro médico que atende todas as tardes para realização de
risco cirúrgico e para realizar consultas as pessoas da área rural que ainda não são
assistidos por uma equipe de saúde da família.
14
A UBS é bem montada, tem uma área física apropriada. São ao todo 19 cômodos
assim distribuídos: recepção, sala de vacina, sala de pré-consulta, sala de
acolhimento, sala dos ACS, sala para administração onde são apurados os dados do
Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e de outros bancos de dados, Há
ainda um consultório da enfermeira, dois consultórios médicos, sala de
procedimentos, expurgo, quatro banheiros, consultório odontológico, cozinha, sala
de esterilização, almoxarifado, lavanderia e uma área externa.
Há medicação para alguns casos de urgência, como crise hipertensiva e analgesia
moderada. Há improvisação de materiais para procedimentos como lavagem de
ouvido e sutura. Não há material para hidratação venosa, para hiperglicemia ou para
intubação oro traqueal.
Apesar de contar com serviço de saúde bucal, os profissionais, cirurgião-dentista e
técnico em saúde bucal (TSB), não fazem parte da equipe de saúde da família e
atendem somente crianças, sendo os adultos encaminhados ao centro de
odontológico do município ou à rede suplementar de assistência.
A população assistida na UBS Joaquim de Lima está localizada na área urbana e
trabalha em grandes empresas do município, como as empresas de reflorestamento
e metalúrgicas. A renda média é superior à renda per capita municipal. A
escolaridade da população residente nas microareas é semelhante a da macro
(município). As famílias têm acesso a vários recursos comunitários como igreja,
escola, mercado e ao hospital que se encontra, fora do território da UBS, mas
adjacente ao bairro. Portanto, A população atendida da UBS Joaquim de Lima
apresenta um perfil semelhante ao do município.
1.4 DESCRIÇÃO DO ATENDIMENTO
As condições agudas, em geral, apresentam um curso curto, inferior a três meses de
duração, e tendem a se autolimitar. Já o ciclo de evolução das condições crônicas
tem um período de duração mais ou menos longo, superior a três meses, e nos
15
casos de algumas doenças crônicas, tendem a se apresentar de forma definitiva e
permanente. Centrada nesta compreensão, a classificação de risco é fundamental
para organizar a rede de atenção às urgências e às emergências porque define, em
função dos riscos, o local certo para a atenção e o tempo-resposta do sistema de
atenção à saúde (MENDES 2011).
O atendimento aos usuários da UBS Joaquim de Lima ocorre mediante
agendamento semanal. Os usuários chegam cedo, pegam senha e aguardam a
triagem. Não há acompanhamento planejado dos portadores de doenças crônicas.
A procura pelos serviços de saúde ofertados na UBS ocorre quando eles estão
passando mal, para solicitação de atestado médico, para renovação de receitas e
para transcrição de receitas e pedidos de médicos particulares para o SUS. Após o
atendimento na porta de entrada, da enfermeira, o usuário ou é agendado para outro
dia e horário ou ele aguarda para ser atendido no mesmo dia. Todos os usuários são
agendados para as 7:00 horas, no caso da manhã ou para as 13:00 horas, para os
atendimentos na parte da tarde.
Pelo exposto, foi possível identificar a necessidade de organizar a demanda
espontânea e a programada a partir dos recursos disponíveis e das queixas
referidas que buscam atendimento por meio da equipe de saúde da família da UBS
Joaquim Lima.
16
2 JUSTIFICATIVA
O atendimento médico na UBS do Joaquim de Lima baseia-se no modelo curativo e
há poucas ações de promoção, educação ou acompanhamento longitudinal do
usuário. Diante disso, observou-se a necessidade de um cuidado continuado que
fosse além da renovação de receitas e que considerasse a promoção da saúde, a
prevenção de agravos, o autocuidado e a educação em saúde. Por isso, surgiu a
proposta de se elaborar uma agenda que abrangesse ações em grupo e individuais
com a finalidade de se melhorar as condições de saúde da comunidade.
O trabalho em saúde é multiprofissional e multidisciplinar e, para tanto, é necessário
trabalhar com programação que atenda as diferentes especificidades do processo
de trabalho acolhendo as expertises dos diferentes profissionais.
A organização do atendimento das demandas da população na forma de agenda
possibilita que, estratégias de abordagem ao indivíduo por meio da consulta
programada, participação em atividades em grupos, bem como visitas domiciliares e
atendimento nos domicílios ocorram quando necessários. Assim como as ações de
promoção da saúde, as atividades em grupo, as visitas domiciliares, atendimentos
programados no domicílio e nas instituições de longa permanência (Asilo) possam
ser executadas com qualidade e eficácia. A programação do atendimento por meio
da agenda para atendimento da demanda espontânea e da demanda programada
certamente levará um reflexo na qualidade do atendimento, possibilitando ao usuário
uma maior adesão as atividade de promoção da saúde, do autocuidado e de adesão
ao tratamento e consequentemente, aumento do vínculo do usuário com a equipe de
saúde.
Segundo Mendes (2011), é preciso ter um equilíbrio entre a demanda espontânea e
a atenção programada. O modelo fragmentado voltado para o atendimento da
demanda espontânea e de condições agudas desequilibram as respostas sociais e
do acompanhamento longitudinal do usuário e de seus familiares. Este autor destaca
que sempre haverá demanda espontânea para atendimentos agudos em
decorrência de agudizações de condições crônicas ou mesmo de eventos novos não
17
esperados na comunidade. Não é possível planejar a ocorrência de condições
agudas que podem demandar a busca de atendimento nos serviços de saúde, mas
é necessária a existência de uma rede de atenção à saúde preparada para atender
urgências e emergências que não podem ser de exclusiva responsabilidade da
Atenção primária à saúde.
Quando realizei o Módulo Planejamento e avaliação das ações em saúde
(CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010) tive a oportunidade de fazer o diagnóstico
situacional do território da UBS onde atuo e verifiquei que muitos dos problemas
identificados poderiam ser trabalhados pela equipe para fazer uma organização do
processo de trabalho em saúde. Com base no levantamento e priorização dos
problemas, optei por trabalhar com a organização da agenda do atendimento da
demanda dos usuários, que no momento é por hora de chegada.
A organização da agenda tentará trazer uma nova abordagem mais holística do
indivíduo e de sua família.
18
3 OBJETIVO
Propor uma agenda de atendimento para a equipe da saúde da UBS Joaquim de
Lima
19
4 METODOLOGIA
Primeiramente, foi realizada, a partir do diagnóstico situacional, a identificação dos
problemas mais relevantes que afetam a comunidade e ainda os “nós” críticos que
foram trabalhados por meio de ações específicas.
Foram realizadas reuniões com a equipe no sentido de socializar as dificuldades
individuais dos profissionais que compõem a equipe para atenderem os problemas
de saúde da comunidade.
Para uma melhor compreensão dos problemas identificados, realizou-se uma
revisão bibliográfica buscado na literatura nacional as publicações que assinalavam
sobre as evidências já existentes sobre o problema objeto deste estudo. Foram
utilizadas também as publicações do Ministério da Saúde e das Secretarias de
Saúde que já vêm discutindo e desenvolvendo de estratégias de organização da
porta de entrada do sistema de saúde.
A pesquisa nas bases de dados foi feita por meio dos seguintes descritores:
Processo de trabalho;
Atenção primária;
Demanda espontânea.
20
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Ouvir a avaliação que o usuário faz da sua situação de saúde é uma atitude ética, de
respeito e de apoio para a construção da autonomia do mesmo. A escuta é, portanto
um processo dialógico que possibilita a criação de vínculo e de solidariedade entre o
profissional de saúde e o usuário (BRASIL, 2011).
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2011, p.18) comenta que
O adoecer tem diferentes significados para cada usuário. A
manifestação do sofrimento também varia de usuário para usuário,
pois apresentam diferentes capacidades de lidar com os problemas
[...].
Os serviços de saúde devem se organizar para atender as demandas e
necessidades dos usuários.
Para tanto, é importante que os serviços façam os
arranjos necessários para ofertar os serviços de saúde dentro de uma rede de saúde
regionalizada e hierarquizada. Precede a organização da rede os arranjos, nas
formas de entrada dos usuários no sistema de saúde.
Segundo Mendes (2011), a organização da porta de entrada pode se dar por meio
da programação local, ou seja, no nível da atenção primária à saúde, considerando
ser a APS o ponto ordenador do sistema de saúde.
A programação pode ser realizada por meio da demanda espontânea e da demanda
programada. Mendes (2011) conceitua demanda programada como aquela
caracterizada como um encontro clínico de inciativa dos profissionais de saúde, já a
demanda espontânea é uma característica exclusiva do usuário. Obviamente, um
usuário que entrar no serviço de saúde por meio da demanda programada deve ser
acompanhado por meio de um plano de cuidados. Já o da demanda espontânea,
pode ter a sua queixa resolvida na própria UBS ou ser encaminhado para um serviço
de urgência. Em ambas as situações a equipe de saúde da família tem
responsabilidade pelo segmento desses usuários.
21
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011a,), é importante que a
demanda apresentada pelo usuário seja acolhida, escutada, problematizada,
reconhecida como legítima por toda a equipe de família.
Como as queixas e
demandas são as mais variadas, a classificação de risco deve ser instituída para
que situações de risco e vulnerabilidade sejam reconhecidas. A estratificação de
risco vai orientar não só o tipo de intervenção (ou oferta de cuidado) necessário,
como também o tempo em que isso deve ocorrer.
No que se refere à definição de intervenções segundo a estratificação da
necessidade do usuário (mediante avaliação de risco e vulnerabilidade) em “não
agudo” (intervenções programadas) e “agudo” (atendimento imediato, prioritário ou
no dia), o que se pretende é que a necessidade do usuário seja estruturante do tipo
e do tempo das intervenções, materializando, aqui, o princípio da equidade. Este
documento do Ministério da Saúde sugere, ainda, algumas condutas possíveis de
acordo com a classificação da demanda do usuário:
1) Situação não aguda – condutas possíveis:
• Orientação específica e/ou sobre as ofertas da unidade;
• Adiantamento de ações previstas em protocolos (ex.: teste de gravidez);
• Agendamento/programação de Intervenções.
2) Situação aguda – condutas possíveis:
• Atendimento imediato (alto risco de vida): necessita de intervenção da equipe no
mesmo momento, obrigatoriamente com a presença do médico. Exemplos: PCR,
dificuldade respiratória grave, convulsão, RNC, dor severa;
• Atendimento prioritário (risco moderado): necessita de intervenção breve da
equipe, podendo ser ofertada inicialmente medida de conforto pela enfermagem
até a nova avaliação do profissional mais indicado para o caso. Influencia na
ordem de atendimento. Exemplos: crise asmática leve e moderada, febre sem
complicação, gestante com dor abdominal, usuários que necessitam de
isolamento, pessoas com ansiedade significativa;
• Atendimento no dia (risco baixo ou ausência de risco com vulnerabilidade
importante): situação que precisa ser manejada no mesmo dia pela equipe
levando em conta a estratificação de risco biológico e a vulnerabilidade
22
psicossocial. O manejo poderá ser feito pelo enfermeiro e/ou médico e/ou
odontólogo, dependendo da situação e dos protocolos locais. Exemplos: disúria,
tosse sem sinais de risco, dor lombar leve, renovação de medicamento de uso
contínuo que já terminou, conflito familiar, usuário que não conseguirá acessar o
serviço em outro momento.
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2011a, p.35), diz que o acolhimento pode ser uma
ferramenta utilizada para a organização do acesso do usuário a porta de entrada do
SUS e da agenda do serviço de atenção primária à saúde e menciona que
[...] o acolhimento demanda uma mudança do modo de realizar o atendimento
individual para além da inclusão do “atendimento de casos agudos do dia”.
Nesse sentido, a agenda dos profissionais se torna um recurso-chave tanto
para garantir a retaguarda para o acolhimento, quanto para a continuidade do
cuidado (programático ou não). Por isso, é fundamental uma metodologia
consistente de planejamento e gestão das agendas que contemple essas
diferentes situações.
• Agenda programada para grupos específicos: abrange o atendimento de
pessoas previsto nas ações programáticas, cuja periodicidade de
acompanhamento também deve se pautar pela avaliação de risco e
vulnerabilidade. Essas pessoas não devem “disputar” as vagas de seu
acompanhamento no acolhimento, sendo necessário que já saiam de uma
consulta com a marcação de seu retorno, com hora e data definidas, inclusive
intercalando, por exemplo, as consultas médicas com as de enfermagem (sai
do consultório do médico já com a marcação do retorno para a enfermeira
garantido, e vice-versa).
• Agenda de atendimentos agudos: identificados a partir do acolhimento da
demanda espontânea, estejam ou não já inseridos em acompanhamento
programado, os usuários deveriam ser atendidos, de preferência, de acordo
com a estratificação de risco.
• Agenda de retorno/reavaliação e de usuários que não fazem parte de ações
programáticas: reserva de consultas para pessoas identificadas a partir do
acolhimento e que não se incluem nas categorias anteriores, mas que
demandam atenção, como o adulto que utiliza benzodiazepínico sem
avaliação médica há sete meses. Reserva de parte dos atendimentos de cada
profissional para ele marcar os retornos de pessoas que precisam vir, por
exemplo, para avaliar a eficácia de um tratamento prescrito e reavaliar quanto
à evolução do quadro clínico, como no caso de uma criança em tratamento
ambulatorial de pneumonia, que é preciso reavaliar em até 48 horas.
É importante lembrar que o formato da agenda deve considerar o número de
usuários portadores de doenças crônicas e programadas, bem como as demandas
23
por afecções agudas ou crônicas agudizadas. Não é aconselhável um modelo
estanque. O planejamento e organização da agenda são importantes, assim como
também é necessário o esforço para diminuir o tempo de espera para atendimento
individual, sendo necessário, para isso, avaliar constantemente a agenda. Quanto
maior o tempo de espera, maior a chance de os usuários buscarem outros meios de
resolver os seus problemas, e maiores costumam ser as taxas de absenteísmo dos
pacientes agendados (agravando o acesso).
Sempre que possível, realizar o agendamento por hora marcada, nos diferentes
formatos possíveis, é uma estratégia que possibilita, por um lado, a atenção em
tempo oportuno à maior parte dos “casos agudos” que apresentam maior risco ou
sofrimento e, por outro lado, auxilia na melhor distribuição do número de usuários na
unidade ao longo do dia, evitando superlotação, desconforto e tensões (BRASIL,
2011a).
Por fim, é importante considerar a necessidade de as equipes definirem indicadores
que serão utilizados nos processos de auto avaliação e de educação permanente, a
fim de redefinir o modo como as agendas estão organizadas. Abaixo estão
sugeridos alguns indicadores:
• Tempo médio de espera para agendamento/realização de consulta.
• Proporção entre as diferentes ofertas da agenda (% de pessoas de ações
programáticas ou de agudos atendidos).
• Proporção de dias/turnos em que a quantidade de vagas para agudos é insuficiente
e em que “estoura” a agenda da equipe.
• Proporção de faltosos às consultas agendadas não programáticas.
• Proporção de faltosos às consultas programáticas.
• Proporção de usuários que chegam atrasados às consultas com hora marcada.
Diante do exposto, fica evidenciada a importância da organização do atendimento da
equipe de saúde.
24
6 PROJETO DE INTERVENÇÃO
6.1 OS PROBLEMAS
O plano de ação é um projeto que visa resolver um problema. Mas o que se deve
questionar é, qual o problema?. È necessário analisar a situação, pensar nas
possíveis soluções, nos recursos que serão dispensados, pessoal capacitado,
equipamentos, materiais de escritório, recursos físicos e financeiros, além da
capacidade de resolutividade. Em se tratando de uma UBS, é necessário ter noção e
conhecimento do território e da comunidade, dos seus hábitos socioculturais, das
ferramentas sociais disponíveis na área de abrangência, das personalidades e
líderes comunitários que vivem no território.
Após observação e análise do funcionamento da UBS Joaquim de Lima, com
reuniões semanais com os profissionais da equipe e análise dos dados do Sistema
de Informação da Atenção Básica (SIAB), foram levantado os seguintes problemas
em ordem decrescente de prioridade:
1- Falta de uma agenda para demanda programada
2- Falta de atendimento por classificação de risco
3- Grande número de usuários não cadastrados
4- Extensão do território de abrangência da unidade muito grande para um único
médico.
5- Falta de programas de acompanhamento de doenças crônicas
6- Gravidez na adolescência
7- Não realização de pré-natal na UBS
8- Puericultura exclusivamente realizada pelo pediatra
9- Presença de um asilo na área com demanda grande de atendimentos.
10- Violência infantil: sexual e de servidão
11- Uso e tráfico de drogas
12- Pobreza
25
O atendimento médico baseia-se no modelo curativo e há poucas ações de
promoção, educação ou acompanhamento longitudinal a do usuário. Diante disso,
observou-se a necessidade de um cuidado continuado que fosse além da renovação
de receitas e que considerasse os problemas identificados e ainda fosse
incorporadas atividades de promoção à saúde.
O fato de o atendimento ser primordialmente curativo vai contra os atributos da
atenção primária à saúde, quais sejam: primeiro contato, continuidade ou
longitudinalidade, coordenação e integralidade. Starfield (2002) agrega ainda dois
atributos derivados, que são a centralidade familiar e a orientação comunitária.
Esses atributos derivados são de fundamental importância para o desenvolvimento
das ações de promoção da saúde.
A organização da agenda possibilita trazer uma nova abordagem mais holística do
usuário e de sua família.
6.2 DESCRIÇÃO DOS PROBLEMAS
O atendimento dos usuários no PSF do Joaquim de Lima é realizado por
agendamento semanal. Os usuários comparecem à UBS pela manhã, pegam
senhas para triagem e, daí, são agendados para o atendimento durante a semana.
Na segunda-feira é o dia em que há maior procura na UBS para consultas médicas.
Não há planejamento de consultas e os usuários portadores de doenças crônicas só
procuram a UBS para renovação de receitas.
Outra situação é que os usuários só buscam atendimento na UBS quando estão
passando mal, para solicitação de atestado de saúde para realização de atividade
física, para renovação de receitas e para transcrição de receitas e pedidos de
médicos particulares para serem realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Portanto, não há uma demanda programada, os atendimentos a agravos agudos de
doenças são realizados dentro da semana e há aquelas consultas em que é
necessário o atendimento imediato, com atendimento médico no mesmo dia. Após a
26
triagem, o usuário é agendado para outro dia e horário ou ele aguarda para ser
atendido no mesmo dia. Todos os usuários são agendados para as 7:00 horas, no
caso da manhã ou para às 13:00 horas, no caso dos que serão atendidos na parte
da tarde.
As gestantes realizam o pré-natal em outra UBS localizada no centro da cidade onde
está concentrado o atendimento por especialidades.
Os grupos operativos ocorrem sem a participação do médico, somente com a
participação da enfermeira e dos técnicos de enfermagem. É um momento de
aferição da pressão arterial e peso. Não é uma oportunidade de troca e de atividade
de educação permanente, mas deveria ser um momento de realização de atividades
de promoção à saúde de incremento das ações de prevenção. Esses grupos são
constituídos por portadores de afecções semelhantes como o dos diabéticos e
hipertensos e são realizados semanalmente.
O asilo do município está no momento, com 27 residentes, poucos são totalmente
acamados, a maioria possui algum distúrbio psiquiátrico e praticamente todos ou são
hipertensos, diabéticos ou portadores de doenças pulmonares. O asilo é
supervisionado pela Sociedade São Vicente de Paula e conta com funcionários do
próprio asilo, sem vínculo com a prefeitura.
6.3 A EXPLICAÇÃO DO PROBLEMA
O atendimento na UBS Joaquim de Lima, não é estruturado dentro dos atributos da
atenção primária à saúde, em que o usuário é acolhido e acompanhado no contexto
familiar de sua comunidade. O atendimento é puramente curativo e a UBS funciona
como um Pronto Atendimento e não desenvolve atividades programadas por
classificação de risco e de promoção de saúde. A forma de atendimento preconizada
na UBS gera revolta na população que procuram atendimento, mas por outro lado,
quando se propõe mudanças, a população também não se sente creditada, porque
culturalmente está consolidado o modelo voltado para a doença.
27
A equipe de saúde precisa rever os atributos da atenção primária à saúde e tentar
organizar a porta de entrada do serviço, de modo que, o atendimento seja dentro de
outra lógica, mais humanizado, com equidade e com qualidade.
É fundamental o desenvolvimento de técnicas de reavaliação e gestão do plano de
ações para que possam ser feitas correções durante o desenvolvimento do projeto.
Como medida da eficácia da organização do atendimento programado, podemos
comparar a relação entre atendimentos de demanda espontânea e os de demanda
programada antes da implantação da agenda e 6 meses após a sua implantação.
Também podemos levantar os dados referentes aos atendimentos à população
adscrita ao PSF Joaquim de Lima no hospital e, se houve redução da procura do
hospital por esta população.
6.4 O PROJETO: AGENDA
Diante da necessidade de organizar o atendimento e os cuidados ao usuário, abaixo
está sintetizado em um quadro a agenda semanal para todos os integrantes da
equipe de saúde do PSF Joaquim de Lima.
28
Quadro 1 - Agenda semanal de atividades no PSF Joaquim de Lima
DIAS
MEDICO
ENFERMEIRA
TECNICA
DE
ENFERMAGEM
ACS
SEGUNDA
Demanda programada
e
espontânea
(triagem)
Visita domiciliar
TERÇA
Grupo
operativo
(atividade física)
Demanda.
agendada
e
espontânea
(triagem)
Resultado
de
exames
QUARTA
Demanda
.
agendada
e
espontânea
(triagem)
Grupo
operativo
(Hiperdia)
Triagem
Atendimento . individual
reunião secretaria de
saúde.
Grupo operativo
(atividade física)
Triagem
Atend. individual
preventivo
Triagem exame
preventivo.
Grupo
operativo
(Hiperdia)
Pré consulta
Vacina
Prod. enfermagem
Visita domiciliar
Hiperdia.
grupo
operativo
(atividade física)
Vacina
Prod. enfermagem
Visita domiciliar
Hiperdia
Pré consulta
vacina
prod. enfermagem
visita domiciliar
Hiperdia
grupo operativo
(Hiperdia)
Visita domiciliar
Serv.
administrativos
relacionados
a
visita
realizada
Grupo
operativo
(atividade física)
Visita domiciliar
Serv.
administrativos
parque das nações
Visita domiciliar
serv.
administrativos
grupo
operativo
(Hiperdia)
QUINTA
grupo
operativo
(atividade física) dem.
agendada
e
espontânea
(triagem)
parque das nações
grupo
operativo
(atividade física)
triagem
pré-natal
preventivo
parque das nações
administrativo
Grupo
operativo
(atividade física)
Vacina
Prod. enfermagem
Visita domiciliar
Parque das nações
Grupo
operativo
(atividade física)
Visita domiciliar
Serv.
administrativos
parque das nações
SEXTA
estudo
provab
Exame preventivo
Visita domiciliar
Serv.administrativo.
Vacina
Prod. enfermagem
Visita domiciliar
Hiperdia
Visita domiciliar
Serv. administrativos
29
A agenda de atendimentos médico está funcionando com uma distribuição de horários para atendimento individual e em grupos,
conforme apresentado no quadro 2.
Quadro 2 – Agenda para o atendimento médico na Unidade Básica de Saúde Joaquim Lima
Horário
segunda-feira
terça-feira
quarta-feira
quinta-feira
7– 11h
Atendimento médico
Grupo de caminhada
Atendimento médico
Grupo de caminhada
Atendimento médico
sexta-feira
Atendimento médico
Horário Estudos
PROVAB
11-13h
13-17h
Intervalo almoço
Intervalo almoço
Intervalo almoço
Intervalo almoço
Intervalo almoço
Visita domiciliar/
Vista ao asilo
Atendimento de
retorno para
resultados de
exames
Grupo de Diabéticos/
Hipertensos
Atendimento parque
das Nações
Horário
Estudos PROVAB
*Toda terça-feira de 16:30 as 17:00 há reunião da ESF
30
Geralmente, no dia a dia, há uma demanda de cerca de 30 usuários que desejam
atendimento na UBS; a maioria busca uma consulta médica, mas a maior parte dos
problemas é solucionada no acolhimento, pela enfermeira. O acolhimento ocorre
com maior intensidade na parte da manhã, mas o usuário busca a UBS durante todo
o horário de funcionamento e tem suas demandas respondidas ou solucionadas.
Em relação ao atendimento médico, na parte da manhã, são reservadas oito vagas
para atendimentos aos agravos agudos. Previamente são agendadas quatro
pacientes na demanda programática. Totalizando 12 atendimentos, no entanto, este
número não é fixo e há dias em que a demanda espontânea por agravos agudos
chega até a 15 atendimentos. Na parte da tarde, ocorrem outras atividades como
visitas domiciliares ou ao asilo, cerca de quatro a seis famílias recebem visitas
médicas por semana, a seleção se dá por parte das agentes de saúde ou mesmo
por parte da família do paciente.
Como as consultas de retorno ou para mostrar resultados de exames, geralmente
são mais rápidas, selecionamos um horário da semana para podermos agendar
mais usuários, neste horário são agendados cerca de 20 usuários, geralmente as
consultas de pré-natal também são programadas para este dia.. Na quarta-feira são
atendidos prioritariamente pacientes portadores de hipertensão e diabetes, antes
dos atendimentos, um grupo operativo é acompanhado pela médica, pela
enfermeira, por técnico de enfermagem e pelo menos um agente comunitário de
saúde. Por se tratar de um PSF com área de abrangência muito extensa, nas
quintas-feiras, à tarde, há atendimento em uma UBS de apoio do PSF numa escola
(Escola Municipal Memorial Zumbi) que atende a as famílias de duas microareas
mais distantes da sede do PSF Joaquim de Lima. O dia de sexta-feira é reservado
para as atividades de estudo do PROVAB.
31
6.4.1 DESENHO DAS OPERAÇÕES
Os problemas considerados mais importantes precisam de estratégias e ações para
o enfretamento dos mesmos.
Um plano de ação é composto de operações desenhadas para enfrentar e impactar
as causas mais importantes do problema selecionado. Para colocar em prática estas
ações, precisa-se de recursos financeiro, organizacionais, cognitivos e políticos. O
plano de ação deve contemplar os “nós” críticos identificados, o que fazer para
resolvê-los, os resultados esperados e os produtos e ainda os recursos necessários.
32
Quadro 3 – “nó” crítico: falta de agenda para demanda programada. As propostas de intervenção para enfrentamento do
problema
Nó Crítico
Operação/projeto
Resultados
Produtos esperados
Recursos necessários
esperados
Cultura da população
O
que
é
Atenção Melhor aceitação da Maior
básica de saúde?
Orientar
sobre
população
as espera
atribuições e funções atendimento
da atenção básica na melhoria
saúde da comunidade
satisfação
participação
nas Organizacional:
elaborar
os
da atividades de promoção da cartazes
pelo saúde e de prevenção de Cognitivo: informação sobre o
e agravos à saúde.
da
e
qualidade de saúde.
tema
e
estratégia
de
comunicação
Político: autorizar a divulgação
na cidade, mobilização social e
articular
com
a
rede
de
comunicação.
Financeiro: para aquisição de
recursos audiovisuais, folhetos
educativos, faixas e cartazes.
Falta de treinamento e Equipe
capacitação da equipe
treinada, Equipe
equipe ativa.
compreensão
com Capacitação
profissional; Organizacional:
organizar
a
dos Atendimento ao público mais capacitação
Treinar e capacitar a atributos e diretrizes qualificado.
Cognitivo: informação sobre o
equipe nos atributos da da APS
tema.
atenção
Político: articulação entre os
saúde
primária
à
setores da saúde e adesão dos
33
profissionais.
Financeiro: verba para cursos.
Falta
de
cuidado Hiperdia
Reduzir a médio e Atender o paciente com a Cognitivo: conhecimento sobre o
continuado
Programar
consultas longo
(longitudinalidade)
anuais de acordo com gastos
prazo
com acordo
o risco cardiovascular complicações
do indivíduo.
os frequência
proposta
de tema e sobre estratégias de
protocolo
de comunicação pedagógicas.
o
de atendimento do município ou Organizacional:
hipertensão
e da
diabetes;
SES/MG
utilizando
classificação
de
organizar
a
a agenda e a dinâmica do grupo
risco Político: articulação intersetorial
Garantir os exames Cardiovascular;
e mobilização social.
de rastreamento aos realizar o rastreamento de
pacientes.
complicações de acordo com
a
linha
guia
da
atenção
básica.
Falta de Protocolo de Protocolo
de Sensibilizar
classificação de risco Manchester.
para
espontânea
demanda Realizar
triagem
população
de equipe
a Triar todos os pacientes no Cognitivo:
e
sobre
Manchester em todos importância
capacitar
o
a computador Trios
enfermeiro para lidar com o
a
programa
de
Organizacional: preparar a sala
os pacientes que dão utilizar o protocolo
para a triagem de risco
entrada no ESF
Político: articulação intersetorial
de
como
Manchester,
forma
e
organizar o fluxo de
atendimento.
para a implantação do protocolo
nas UBS.
34
6.4.2 A IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS CRÍTICOS
A identificação dos recursos críticos a serem consumidos para a execução de
operações constitui uma atividade fundamental para analisar a viabilidade de um
plano. Consideram-se recursos críticos aqueles indispensáveis para a execução de
uma operação e que não estão disponíveis e, por isso, é importante que se tenha
clareza de quais são para buscar meios de se os disponibilizarem.
Quadro 4 – Definição dos recursos críticos necessários à solução do problema
Operação/projeto
Recursos críticos
O que é Atenção básica de saúde?
Financeiro:
para
aquisição
de
recursos
audiovisuais, folhetos educativos, faixas e
cartazes.
Equipe treinada, equipe ativa
Político: articulação entre os setores da
saúde e adesão dos profissionais.
Financeiro: verba para cursos.
Hiperdia
Organizacional: organizar a agenda e a
dinâmica do grupo
Protocolo de Manchester
Político:
articulação
intersetorial
para
a
implantação do protocolo nas UBS.
6.4.3 VIABILIDADE DO PLANO
A viabilidade do plano consiste em identificar os atores que controlam os recursos
críticos e tentar motivá-los em relação aos objetivos do plano: organização da
agenda de atendimento médico na UBS em questão. O quadro a seguir está
evidenciando os atores que controlam os recursos críticos e a sua motivação em
relação a cada operação e a proposta de cada ação estratégica para motivar os
atores identificados.
35
Quadro 5 – Análise da viabilidade do plano de ações
Operação/projeto
Recursos críticos
Controle dos recursos críticos
Ator que controla
O que é Atenção Financeiro:
básica de saúde?
recursos
para
aquisição
audiovisuais,
de Sr.
Paulo
Ação estratégica
motivação
(coordenador
atenção indiferente
Apresentar o projeto
folhetos básica)
educativos, faixas e cartazes.
Equipe
equipe ativa
treinada, Político: articulação entre os setores Claudete (secretária municipal de Favorável
da saúde e adesão dos profissionais.
saúde)
Financeiro: verba para cursos.
Sheila
(coordenador
Não é necessária
financeiro Favorável
SESAU)
Hiperdia
Organizacional: organizar a agenda Letícia e Danielle (Coordenação e Favorável
e a dinâmica do grupo
Não é necessária
médico da equipe de saúde da
família)
Protocolo
Manchester
de Político: articulação intersetorial para Ezequiel (Coordenação da equipe Favorável
a implantação do protocolo nas UBS.
de informática da prefeitura)
Ligar mais vezes na
semana.
36
6.4.4 - O PLANO OPERATIVO
O projeto de organização da agenda está em fase de implantação e acredito que até
o final do ano poderemos ver melhoras no atendimento médico e, com isso,
poderemos ver um reflexo na melhoria na qualidade de vida do paciente. Os atores
responsáveis pelos projetos e os prazos para implantação estão listados abaixo:
Quadro 6 – Plano operativo, ator responsável e prazo para sua implantação.
Operação/projeto
Ator Responsável
Prazo
O que é Atenção básica de Sr. Paulo, coordenador a atenção 6 meses
saúde?
Equipe
básica.
treinada,
equipe Sra. Sheila - SESAU
6 meses
ativa
Hiperdia
Danielle
(médica)
e
Letícia 6 meses
(enfermeira)
Protocolo de Manchester
Letícia (enfermeira)
10 meses
6.4.5 GESTÃO DO PLANO
É necessário estruturar um sistema de gestão que dê conta de coordenar e
acompanhar a execução das operações, permitindo identificar erros e propor
correções durante o seu decorrer. O sistema de gestão também deve garantir a
eficiente utilização de recursos e promover a comunicação entre planejadores e
executores.
37
7 CENÁRIO DA SAÚDE EM TRÊS MARIAS
A tabela 1 mostra o número absoluto de atendimentos no hospital do município por
bairro e por mês dos usuários adscritos a área de abrangência do PSF Joaquim de
Lima.
Tabela 1 - Número de atendimentos no hospital por bairro e por mês dos usuários do
PSF Joaquim de Lima do município de Três Marias – Minas Gerais.
Bairros
abr/13 mai/13
Alto dos Pinheiros
12
24
Cohab
107
210
DNER
12
11
Enseada do Lago
3
1
Joaquim de Lima
501
515
Metalúrgico
6
8
Parque das Nações
183
184
Progresso
66
46
Santa Catarina
1
0
Satélite
9
3
Serra Verde
12
0
Total
912
1002
Fonte: Registro do Hospital São Francisco
jun/13
28
73
17
0
505
4
122
45
0
4
2
800
jul/13
20
94
8
0
453
6
132
47
0
4
2
766
ago/13 total
17
101
74
558
12
60
0
4
417
2391
3
27
142
763
45
249
1
2
2
22
3
19
716
4196
A área de abrangência do PSF Joaquim de Lima envolve vários bairros, como
representado na tabela 1. Observa-se que os bairros Joaquim de Lima e parque das
Nações são aqueles que mais utilizam o PA do hospital para atendimento médico.
Acredito que estes bairros sejam os que possuem maior número de habitantes.
Tabela 2 - Percentual de atendimento do hospital de usuários do PSF Joaquim de
lima nos meses de abril a agosto de 2013. Três Marias - Minas Gerais.
Indicador
Total de atendimentos do hospital (todo
município)
% de atendimentos do hospital referente
a área de abrangência do PSF Joaquim
de Lima
abr/13
mai/3
Jun/13
jul/13
ago/13
5349
5381
4790
4632
4324
16,7
16,5
16,6
17,0
18,6
Fonte: Registro do Hospital e da UBS Joaquim de Lima
38
Observa-se um percentual de atendimentos no Hospital de moradores usuários do
PSF Joaquim de Lima, relativamente estável, oscilando pouco ao longo do tempo.
No Entanto, o numero absoluto de atendimentos teve uma leve diminuição como
pode ser observado no gráfico 1.
Gráfico 1: Total de atendimentos no hospital São Francisco de usuários da área de
abrangência do PSF Joaquim de Lima de abril a agosto de 2013.
Fonte: Registro do Hospital e da UBS Joaquim de Lima
Tabela 3 - Razão de atendimentos de demanda espontânea e demanda agendada
ao longo de 6 meses no PSF Joaquim de Lima.
Atendimentos
PSF
demanda
espontânea
demanda
agendada
relação
demanda
agendada/espo
ntânea
abr/13
mai/13
jun/13
jul/13
ago/13
set/13
245
148
279
216
241
214
181
152
221
375
268
245
0,74
1,03
0,79
1,74
1,11
1,14
Fonte: SIABmun, 2013.
Há uma tendência à redução da demanda espontânea e aumento da demanda
agendada, no entanto, o valor de p, encontrado comparando-se estas duas séries foi
de 0,64. Esse resultado indica que não há diferença estatística significante. Talvez,
com um período de tempo de observação maior, poder-se-ia encontrar valores
39
significantes. Ao se analisar a grandeza, relação demanda agendada/demanda
espontânea observa-se que no mês de abril e de junho houve predomínio da
demanda espontânea sobre a agendada, atribuo isso a, no mês de abril ainda não
havia agenda e no mês de junho era férias do outro médico da unidade que só
atende por distribuição de fichas, portanto, somente demanda espontânea.
Gráfico 2 - Relação demanda espontânea e demanda agendada no PSF Joaquim
de Lima de abril a setembro de 2013.
Fonte: Registro da UBS Joaquim de Lima
Gráfico 3 - Números absolutos de demanda agendada e espontânea no PSF
Joaquim de Lima ao longo de seis meses.
Valor p =0,64
Fonte: Registro da UBS Joaquim de Lima
40
O tempo médio de espera para consulta com a médica da saúde da família e da
comunidade é de cerca de três semanas. A taxa de faltosos de consultas
programáticas é alta; não foi possível quantificar esta informação por que os
pacientes faltosos não são lançados no sistema de dados do município. Atribuo isso
ao tempo de espera entre o agendamento e a consulta em que o paciente procura
outros meios de atendimento, como o PA do hospital ou consultas particulares.
Empiricamente observo que os pacientes agendados para o turno da tarde faltam
mais do que aqueles agendados para o turno da manhã.
41
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na UBS Joaquim de Lima, a maioria dos atendimentos ainda é de demanda
espontânea e de agravos agudos, mas aos poucos, com a agenda funcionando,
espera-se entre três a seis meses este perfil deva ser modificado. É necessário que
os atributos da atenção primária à saúde possam ser consolidados entre os
integrantes da equipe de saúde da família para que se possa ver o reflexo satisfação
da população adscrita e melhoria da saúde da população.
O hospital da cidade sofre com a grande procura por atendimentos devido a queixas
crônicas ou simples que poderiam e deveriam ser resolvidas na atenção primária à
saúde, mas que, devido a cultura e falta de informação procuram o nível secundário.
Com isso, há grande número de atendimentos no hospital, gerando maiores custos
aos cofres públicos e menor qualidade de atendimento a urgências e emergências.
A confecção de cartazes, folders e faixas sobre o conceito, a funções e a finalidade
da atenção básica com o objetivo de se educar e informar a população trará
benefícios para outras áreas da saúde no município, além do PSF Joaquim de Lima.
Os cartazes poderão ser expandidos e utilizados em outras unidades de PSF do
município de Três Marias. E assim, a demanda por atendimento no hospital deverá
diminuir e a qualidade e satisfação do usuário com o sistema municipal de saúde
poderá aumentar e melhorar.
Após análise dos resultados pode-se concluir que não houve redução significativa da
demanda espontânea no PSF, embora, em números absolutos haja uma discreta
diminuição do numero de atendimentos no pronto atendimento do hospital do
município em relação aos pacientes desta unidade. A relação demanda
agendada/espontânea está ainda muito próxima do numeral 1, atribuo a alta taxa de
faltosos, que não foi possível mensurar, já que não são registrados no sistema
(SIAB). Acredito que a manutenção desta agenda de trabalho, fazendo uma revisão
sistemática, pode trazer benefícios para a comunidade.
A organização da agenda de atendimento médico permitirá que o mesmo, além da
consulta médica, participe de atividades educativas em saúde. A diminuição da
demanda espontânea evidencia que o paciente está adoecendo menos e isso pode
42
representar o sucesso nas práticas de promoção de saúde e do atendimento
humanizado. A consolidação da agenda passa por esferas técnicas, de pessoal e
cultural.
43
9 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde, Atenção Básica e a Saúde da Família, diretriz
conceitual, 2009. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php. Acesso
em 30/10/2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à
demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica. Brasília: Ministério
da Saúde, 2011a (Caderno de Atenção Básica n. 28).
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2488/GM de 21 de outubro de 2011, que
aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes
e normas para a organização da Atenção Básica para a Estratégia Saúde da Família
(ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). DOU de 22 de out.
de 2011b.
BRASIL. Portal de cadastros nacionais. DATASUS, 2010. Disponível em
http://cartaonet.datasus.gov.br/. Acesso em 01/11/2013.
CAMPOS, F. C. C.; FARIA, H. P.; SANTOS, M. A. Planejamento e avaliação das
ações em saúde. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, Coopmed, 2010.
FARIA, H. P.
et al. Processo de trabalho em saúde. Belo Horizonte:
NESCON/UFMG. Coopmed, 2009. 68p.
MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à
saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília:
Organização Pan-Americana de Saúde, 2011.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAUDE. Declaração de Alma-Ata.
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários em Saúde. 1978.
Disponível em: http://www.opas.org.br. Acesso em: 12 nov. 2013.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAUDE. Renovação da Atenção Primária
em Saúde nas Américas: Documento de Posicionamento da Organização Pan–
Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), 2008.
Disponível
em:
http://www.uepa.br/portal/downloads/PETSAUDE2012/REF_BIBLIOGRAFICAS/reno
vacao_atencao_primaria_saude_americas.pdf. Acesso em 30/10/2013.
44
STARFIELD, B. Atenção primária: Equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços
e tecnologia. Brasília: Unesco, Ministério da Saúde, 2002. Disponível em:
http://unesdoc.unesco.org/ulis/cgibin/ulis.pl?catno=130805&set=4BBCA640_1_386&gp=1&mode=e&lin=1&ll=1.
Acesso em 13.jun.2013.
TRÊS MARIAS. Sistema de Informação da Atenção Básica do município de Três
Marias. Dados referentes aos meses de abril a agosto de 2013.
Download

Documento na íntegra - Nescon - Universidade Federal de Minas