17/10/2012
‐ Hoje...
Administração
• Just in Time e Sistema Kanban
• MRP e MRPII
• Lote econômico de produção
Profª Patricia Brecht Innarelli
Gestão de Operações e Qualidade III
‐ Relembrando...
O sistema de produção enxuta busca: 9 Organizar os fluxos de trabalho de modo uniforme ‐
redução de custos;
9 Eliminar tempo e desperdício de materiais;
Eliminar tempo e desperdício de materiais;
9 Diminuir estoques ‐ aumentando a produtividade;
9 Qualidade;
9 Proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e agradável.
‐ Just in Time
Possibilita que a organização:
•
•
•
•
•
Forneça a quantidade correta de determinado item
No prazo estabelecido
Com a qualidade desejada
No lugar correto, e
Com o menor custo
Just in time é um dos pilares do Produção Enxuta
Just in Time
Conceitos importantes
1
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‐ Conceitos importantes
• Os estoques devem ser mantidos a níveis adequados – nem o excesso e nem a falta.
• Matérias‐primas, materiais em processamento e Matérias primas materiais em processamento e
materiais acabados.
Extremos devem ser evitados!!
Conceitos importantes
‐ Antes e durante a implantação
• Não deve eliminar totalmente os estoques
• Adotar estratégias adequadas a fim de melhor controlar os materiais – mais utilizada ‐ Just in Time
• Antes da adoção e durante a implantação, a Antes da adoção e durante a implantação, a
organização deve:
o Resolver problemas que os estoques escondem: falta/qualidade/prazo de entrega, parada na linha de produção, previsão de vendas errada, dentre outros.
Just in Time
‐ Antes e durante a implantação
‐ Características
Podemos citar TREZE características deste método (MOREIRA, 2008):
“[...] o JIT vê o estoque como um desperdício que precisa ser eliminado, pois ele é mantido principalmente para cobrir uma grande variedade de problemas [...]” (MOREIRA, 2008, p. 509).
Just in time é um sistema de produção puxado!
Características
•Lotes pequenos;
•Setups rápidos;
•Produção nivelada;
•Novo papel da mão‐de‐
obra;
•Qualidade na fonte;
•Tecnologia em grupo;
•Manutenção preventiva;
•Parcerias com fornecedores;
•Melhoria contínua –
Kaizen;
•Respeito pelas pessoas;
•Paradas da produção;
•Padronização e simplificação;
•Ambiente de trabalho.
Lotes pequenos
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‐ Lotes Pequenos
• Proporciona redução de estoques
• Redução de custos envolvidos
• Elimina desperdícios de materiais e tempo
9 A partir da redução de estoques, os problemas vão aparecendo – Just in Time possibilita removê‐los e, consequentemente, trabalhar somente com o necessário.
‐ Setups rápidos
• São custosos a organização – Parada na linha de produção – produção de grandes lotes.
• Ocorrem no momento em que há a troca de produtos a serem produzidos.
• Busca‐se setups mais rápidos, nas estações de trabalho e em pleno funcionamento.
¾Há redução destes custos – redução de tempo gasto para esta atividade (horas para minutos); redução do estoque ‐ produção de pequenos lotes, maior giro de capital, retorno sobre o investimento, redução de manuseio e outras despesas.
Setups
Produção nivelada
‐ Produção nivelada
‐ Qualidade na fonte
• Possibilita corrigir problemas de previsão errada eliminando o desperdício e a ineficiência fazendo pequenos ajustes
• Reduz os estoques, nivelamento a programação da produção produzindo pequenas quantidades
produção, produzindo pequenas quantidades
9Novo papel da mão‐de‐obra:
• Maior número de habilidades para aplicar no trabalho em grupo
• Flexíveis, polifuncionais e capazes de resolver problemas – verificam a qualidade do processo
Qualidade na fonte
• Identificação de problemas de qualidade e sua causa
• Programa de qualidade: funcionário responsável em identificar os problemas relacionados a qualidade no processo de seu trabalho. • Os custos são altos quando há problemas na produção (máquinas obsoletos, itens defeituosos, retrabalho, funcionário mal treinado, etc.).
Tecnologia em grupo
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‐ Tecnologia em grupo
• Há o agrupamento das famílias de peças, que possuem alguma característica importante em comum
• Célula em forma de U:
oOrganizada – máquinas e equipamentos para cada família
oO trabalhador adota uma posição mediana –
desempenha todas as operações
‐ Manutenção preventiva
• Processo essencial para a busca da qualidade contínua
• Envolve programações e inspeções planejadas e constantes para a manutenção das máquinas e
constantes para a manutenção das máquinas e equipamentos em uso
• É feita pelo funcionário
Objetivo: evitar paradas na linha de
produção
• Redução do tempo de espera e distância das operações e o manuseio dos itens
Manutenção preventiva
Parcerias com fornecedores
‐ Parcerias com fornecedores
‐ Kaizen (melhoria contínua)
• A produção é totalmente dependente da entrada de matérias‐primas com qualidade, quantidade e prazo certo – fornecedor;
• Just in time visa:
• Fornecedor deve ser tratado como parceiro –
relacionamento de longo prazo;
• Número reduzido de fornecedores e, se possível, um único.
• Localizados próximos ou até mesmo na planta da organização – Melhor atendimento.
Melhoria contínua
Principal objetivo da filosofia Just in Time!
Ideia: Nenhuma melhora é definitiva!
Reduzir o número de defeitos, diminuir os custos de setup, melhoria de processos, melhor qualificação, menor número de fornecedores, redução do tamanho do lote, dentre outras. Melhoria contínua
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‐ Kaizen (melhoria contínua)
“[...] a disciplina do Kaizen, todos ficam unidos dentro da organização, desde a alta gerência e os gerentes de operação até os trabalhadores, com um único objetivo: a melhoria contínua” (MOREIRA, 2008, p.514).
‐ Respeito pelas pessoas
• É essencial o envolvimento e o comprometimento das pessoas envolvidas no processo – fornecedores, mão‐de‐obra, clientes
Objetivo: atender as necessidades dos envolvidos a fim de obter uma melhora no processo de produção possibilitando que o nível de qualidade possa ser atendido em todos os níveis. • Pessoas: recursos mais preciosos – vitais ao processo.
Respeito pelas pessoas
‐ Parada na produção
Parada na produção
‐ Padronização e Simplificação
• Há a busca pela qualidade perfeita ao longo do processo
• Redução dos processos desnecessários na linha de produção
• Mão‐de‐obra
identifica o problema no processo –
Mão de obra ‐ identifica o problema no processo evita parada na linha de produção – evita o erro novamente
• Está vinculada a procedimentos
stá vinculada a procedimentos de
de práticas
práticas ee rotinas rotinas
diárias a fim de possibilitar padronização de métodos a serem adotados – atividades e solução de problemas
• Busca a perfeição e, uma parada na linha, pode identificar ineficiência de alguém – desconforto.
• Facilita o treinamento de novos funcionários.
padronização
Ambiente de trabalho
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‐ Kanban
‐ Ambiente de trabalho
• Origem japonesa – Cartão
• Método simples de controle o qual o sistema puxado é gerenciado
• Controla de modo visual, por meio de cartões, o movimento de determinados materiais ou a necessidade de nova produção
• Cartões presos a containeres de transporte ou de estocagem
• Indica ao trabalhador se há a necessidade de produzir um determinado item ou o transporte do mesmo.
• Organizado, limpo e simples possibilitando um ambiente mais calmo e claro.
• Trabalhadores são responsáveis por deixarem o seu local de trabalho, máquinas e equipamentos organizados e limpos.
Arquivo pessoal
Tabela
Kanban - informações
‐ Vídeo
‐ Kanban
• Cada Kanban possui informações relacionadas a identificação do item, o seu número, a capacidade (unidades) do container (necessidade de produção) e nome do produto.
Autoriza a transferência ou o transporte
• Autoriza a transferência ou o transporte.
Just in Time –
Just in Time
Supermercado do futuro
Imagem 01 - Fonte: Autor desconhecido,
disponível em:
http://www.eps.ufsc.br/disserta98/lopes/figur
as/Image1050.gif, Acesso em: 20/08/2010
as 22:16.
Kanban
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‐ MRP
• MRP (Material Requeriments Planning –
Planejamento das Necessidades de Materiais)
• Método na qual identifica, por meio da previsão de demanda de um determinado item, a programação de materiais que fazem parte do item. Uma pequena pausa!
Elaboração de um plano de produção – o que será
produzido, quando será produzido e como será
produzido
MRP
‐ MRP
• É uma técnica que auxilia o controle dos estoques
• Possibilita uma otimização dos recursos da organização (humanos e materiais)
1. Quais são os itens que são necessários para a produção de um determinado produto?
2. Qual é a quantidade de cada item? 3. Quando é necessário este item?
início
‐ Para responder as três questões
Deve considerar quatro pontos:
•
•
•
•
Plano Mestre de Produção
Codificação de materiais
Relatórios dos estoques
Lista de Materiais (bill of material)
Lista de Materiais
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‐ Lista de Materiais
‐ Lista de Materiais
• Identifica todos os elementos necessários para a produção do produto final
Produto Final
A Cód. 2221
Nível O
TF 1
TF 1
• Demonstra a hierarquia entre o produto e seus componentes
• Melhor visualização – árvore do produto (níveis – de modo hierárquico; numerado em ordem crescente – até 0)
TF 1
Peça X
Cód. 2219 Qt.
2
Peça F
Cód. 2212 Qt.
1
TF 1
Peça E
Cód. 2213 Qt.
1
TF 1
TF 1
Peça G
Cód. 2211
Qt.4
Peça Y
Cód. 2218 Qt.
1
Peça C
Cód. 2214
Qt.1
Peça B
Cód. 2215
Qt.3
TF 1
TF 1
- Exemplo
‐ Exemplo: 1 banqueta
Base
Cód. 19 Qt. 1
TF 1
Pés
Cód. 12 Qt. 3
TF1
Assento
Cód. 18 Qt. 1
TF2
Travessa
Cód. 13 Qt. 3
TF1
Enchimento
Cód. 14 Qt.1
TF1
Peça D
Cód. 2216 Qt.
2
Nível 2
TF 1
Nível 3
exemplo
Banqueta
Cód. 22
Ní l 1
Nível
TF 1
árvore
Supomos que a empresa Alfa, grande produtora de móveis da região do ABC, pretende fabricar 1 banqueta. Esta banqueta é composta pela seguinte árvore de produtos:
Peça Z
Cód. 2217 Qt.
3
Código
Descrição
Nível
Qtd.
Necessidade Bruta
22
Banqueta
0
1
1
19
Base
1
1
1x1=1
1x1
1
12
Pés
2
3
3x1x1=3
13
Travessa
2
3
3x1x1=3
18
Assento
1
1
1x1=1
14
Enchimento
2
1
1x1x1=1
8
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‐ Exemplo: 10 banquetas
e estoque
‐ Exemplo: 10 banquetas
Código
Descrição
Nível
Qtd.
Necessidade Bruta
22
Banqueta
0
1
10
19
Base
1
1
1x1=1x10=10
12
Pés
2
3
3x1x1=3x10=30
13
Travessa
2
3
3x1x1=3x10=30
18
Assento
1
1
14
Enchimento
2
1
Código
Descrição
Nível
Qtd.
Necessidade
Bruta
Estoque
Necessidade
Líquida
22
Banqueta
0
1
10
0
10
19
Base
1
1
1x1=1x10=10
1
9
12
Pés
2
3
3x1x1=3x10=30
5
25
13
Travessa
2
3
3x1x1=3x10=30
10
20
1x1=1x10=10
18
Assento
1
1
1x1=1x10=10
0
10
1x1x1=1x10=10
14
Enchimento
2
1
1x1x1=1x10=10
0
10
‐ TF – Deve estar pronto na semana 15
Previsão de
Vendas
Plano Mestre
da produção
Banqueta
Cód. 22 TF 1
MRP
Base
Cód. 19 Qt. 1
TF 1
Pés
Cód. 12 Qt. 3
TF1
Assento
Cód. 18 Qt. 1
TF2
Travessa
Cód. 13 Qt. 3
TF1
Enchimento
Cód. 14 Qt.1
TF1
MRP
Lista de
Materiais
Plano Mestre
da produção
Tempo de Fabricação
Código
Descrição
Nível
TF
Pedir ‐ Solicitação
Chegar ‐ Pronto
22
19
12
13
18
14
Banqueta
Base
Pés
Travessa
Assento
Enchimento
0
1
2
2
1
2
1
1
1
1
2
1
14
13
12
12
12
11
15
14
13
13
14
12
Lista de Materiais
necessários
Estoque
Disponível
Não
disponível
Solicita a
compra
Fabricação
Fornecedor
entrega
Fabricação
Fonte: imagem produzida considerando Martins e Alt. (2009, p.119) e Pozo (2008, p.122).
9
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‐ Lote econômico de produção • MRP utiliza informações transmitidas pelos departamentos e pessoas responsáveis
• Objetivo: produzir o necessário
• A produção envolve diversos custos: custo de preparação das máquinas e equipamentos e custos de estocagem
• Diminui os custos de preparação das máquinas (lotes grandes) e aumenta os custos de estocagem
Intervalo
Lote
‐ Lote econômico de produção ‐ Exemplo
• A organização busca reduzir os custos envolvidos –
menor custo
• Para isso, é possível dimensionar a quantidade de produtos/componentes a serem produzidos.
Lef =
•
•
•
•
2 xCpxD
Cm
Lef: lote econômico de fabricação
Cp: Custo de preparação das máquinas e equipamentos
D: demanda de um determinado período
Cm: custo de manter a unidade em estoque
Fonte: Moreira (2008)
A empresa Bravo pretende fabricar skates, no entanto, não sabe qual será o tamanho do lote de fabricação. As únicas informações que o gerente de produção possui são as seguintes:
• Demanda:
Semana 15 16 17 18 19
Demanda
25
35
0
20
40
• O custo para preparar as máquinas e equipamentos para a produção do skate é de R$ 500,00;
• O custo de manutenção por unidade de skate em estoque é de 1,50 por semana.
fóruma
10
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‐ Exemplo
• Cp: $500,00
• Cm: 1,50
• D: 24
Consumo =
Lef =
Atividades...
Semana
15
16
17
18
19
Demanda 25
35
0
20
40
25 + 35 + 0 + 20 + 40 120
=
= 24unidades
5
5
2 x(500) x(24)
24.000
⇒
⇒ 16.000 ≅ 127unidades
(1,50)
1,50
Boa Semana!
Profª Patricia Brecht Innarelli
Referências:
CORREA, H; CAON, M. Gestão de Serviços: Lucratividade por meio de operações e de Satisfação dos clientes. São Paulo: Atlas, 1.ed, 6. reimp.,
2008.
CHIAVENATO, I. Administração de Materiais: Uma Abordagem Introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração da produção e operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 8. ed., 2009.
MARTINS, P.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 3.ed. rev. e atualizada, 2009.
MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. São Paulo: Cengage Learning, 2 ed. rev. e amp., 2008.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais. São Paulo: Atlas, 5. ed, 2008.
Imagem 01 - Fonte: Autor desconhecido. Disponível em: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/lopes/figuras/Image1050.gif - Acesso em: 20/08/2010 as 22:16.
As demais imagens são originárias de banco de imagens.
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Just in Time - Arkheia Metodista