DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NAS DISPLASIAS DE ACOMETIMENTO ESPÔNDILO-EPI-METAFISÁRIO
SEGUIDAS NO AMBULATÓRIO DE DISPLASIAS ESQUELÉTICAS DO INSTITUTO DA CRIANÇA – HC-FMUSP.
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Autores
Wagner Antonio da Rosa Baratela , guilherme yamamoto , chong kim , debora bertola
Instituição
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ICR-FMUSP - Instituto da Criança - Hospital das Clínicas (Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 647, São
Paulo - SP)
Resumo
OBJETIVOS
Segundo a nosologia atual, proposta em 2010, as doenças esqueléticas de origem genética perfazem 456 doenças e
estão classificadas em 40 grupos, de acordo com critérios de semelhança clínico-radiológica, bioquímica e, quando
possível, mesma origem molecular. Os últimos dados da base OMIM apontam por volta de 230 genes relacionados
às displasias esqueléticas (DE), já identificados. O sequenciamento de nova geração (NGS-inglês) impulsionou
significativamente o conhecimento acerca da origem etiológica das doenças genéticas de herança mendeliana,
sendo as DE um grande exemplo de aplicação dessas novas técnicas de genética molecular. O diagnóstico
diferencial nas DE de acometimento espôndilo-epi-metafisário é especiamente desafiador pelo grande número de
condições diferentes, por volta de 210, com sobreposição de sinais clínicos e radiológicos. Este estudo levantou os
casos com este enquadramento, em seguimento no ambulatório de DE do Instituto da Criança do HC-FMUSP, sendo
utilizado diagnóstico molecular tradicional e de NGS (painel para mais de 80 genes relacionados às
DE/sequenciamento do exoma) para confirmação diagnóstica nas condições com etiologia conhecida e identificação
de novos genes para as formas sem causa definida.
MÉTODOS
Dividimos os casos (127) de acordo com o agrupamento sugerido pela classificação vigente.
RESULTADOS
seguintes resultados parciais (confirmados pelo estudo molecular/total de pacientes por grupo sugerido=razão):
grupo I (FGFR3): 57/72=79%; grupo II (COL2A1): 7/10= 70%; grupo IV (SLC26A2, PAPSS2, CHST3): 9/12= 75%;
grupo V (HSPG2): 0/1; grupo VIII (TRPV4): 6/8= 75%; grupo X (COMP): 2/4= 50%; grupo XI (RMRP): 0/1; grupo XII
(PCYT1A): 4/4= 100%; grupo XIII (SMARCAL1): 2/2=100%; grupo XX (CANT1): 1/3= 33%.
CONCLUSÃO
A abordagem conjunta entre a avaliação clínico-radiológica e o estudo molecular mostrou acurácia diagnóstica perto
de 70% dos casos, assim como identificou um novo gene (PCYT1A) como causa genética para a displasia espôndilometafisária com distrofia cones e bastonetes.
Palavras-chaves: displasias, esqueléticas, espôndilo
Agência de Fomento: CNPQ
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