Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
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SCIENCES FORUM
Vol 10 / Number 2 - APRIL / JUNE- 2015
EXECUTIVE EDITORS
João Batista V. Carvalho
Melchior Luiz Lima
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Antoinette Oliveira Blackman, Otoni Moreira Gomes
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
CARDIOVASC SCI FORUM - April / June - 2014; 9 (2):
CONTENTS
EDITORIAL
Dispersão do intervalo QT no ECG / Dispersion of the ECG QT interval
Antoinette Oliveira Blackman
7
ORIGINAL ARTICLE
ARTIGO ORIGINAL
Relato de Caso: Hipertensão Arterial Renovascular com Lesão de Órgãos. Alvo: Achados Clínicos,
Diagnóstico e Tratamento Através de Ablação Renal (Portuguese)
*Rodrigues, Tânia M. A.¹; Aragão, Carlos A. S.¹; Freitas, Manuela S.¹; Andrade, Mateus S.¹; Souza
Williasmin B.¹; Santos, NícolasN.¹; Teles, Olívia R. L. L.¹.
12
UPDATING ARTICLE
ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO
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UPCOMING EVENTS
EVENTOS
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INSTRUCTIONS
TO AUTHORS
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
EDITORIAL
Dispersão do intervalo QT
Antoinette Oliveira Blackman
O intervalo QT do eletrocardiogrma de repouso reflete o tempo entre o início da ativação elétrica ventricular e
sua recuperação. Inclui a duração total do potencial de ação ventricular. Há um grau normal de dispersão entre
as células ventriculares no tempo requerido normal para atingir toda a repolarização1
A diferença entre o mais longo e o mais curto intervalo QT entre as 12 derivações do eletrocardiograma
convencional é chamado dispersão do QT com valor obtido em milisegundos2. É uma medida indireta da nãohomogeneidade da repolarização miocárdica.3 Representa a dispersão da repolarização que pode ser de grande
importância clínica, pois. uma vez aumentada pode predispor ao desenvolvimento de arritmias ventriculares
malignas4. Os valores da dispersão do QT em indivíduos normais foram em torno de 50ms5, nos indivíduos
com história de infarto do miocárdio. em torno de 70ms, relacionado a um aumento na incidência de arritmia
ventricular complexa.5 , e a QTd >80ms indica risco de morte súbita cardiaca e pior prognóstico.
Este conceito foi introduzido em 1990 para identificação de risco para desenvolvimento de arritmias ventriculares
malignas em pacientes com síndrome do QT longo2.Método não-invasivo que poderia modificar radicalmente a
abordagem nas arritmias, previsão de arr i timogêneses e precisão prognóstica2
Estudos sobre a dispersão do QT foram muito populares duas décadas atrás. Seu aumento era associado com
prolongamento do intervalo QT devido ao uso de drogas com propriedades antiarrítimicas conhecidas6, preditor
de mortalidade em diversos estudos epidemiológicos 7, 8, e para identificar pacientes de alto risco após infarto
do miocárdio9, 10. Muitos artigos a favor e contra a utilização deste novo parâmetro foram publicados. Ainda até
hoje o papel da avaliação e utilidade na prática clínica diária é controverso, porém vári a s pesquisas vem sendo
realizadas.
Em 1996, Surawicz, et al. avaliando a importância da medida dispersão do QT na tomada de decisão clínica5,
mostrou falha nos testes de utilidade clínica. Mais uma vez dividindo pesquisadores entre os que acreditavam
e não acreditavam na importância da dispersão do intervalo QT. Publicações na ocasião chamaram-na “maior
falácia na eletrocardiografia nos anos 90”.11
A estratificação de risco para morte súbita cardiaca por taquicardia ventricular e fibrilação ventricular tem
implicação importante para saúde pública, por várias razões12 : permane ce como causa de morte número
um nos Estados Unidos , com mais de 600. 000 mortes atribuidas a doença cardiaca, segundo o NCHS (National
Center for Health Statistics); metade destas mortes são estimadas serem súbitas; em 50% delas, a morte súbita foi
o primeiro evento reconhecido e somente a minoria que sofreu parada cardíaca fora do hospital sobreviveu.12. A
melhora nas técnicas de estratificação de risco que identifiquem pacientes de alto risco poderia ter um impacto
importante.
O maior desafio ainda é desenvolver um esquema de estratificação de risco efetivo para pacientes com fração
de ejeção ventricular preservada . Marcadores do tônus autonômico, da repolarização cardíaca, e da cicatrização
miocárdica poderiam discriminar melhor pacientes em risco ou não para morte sútica por TV/FV.12, 13
A avaliação da dispersão do QT é um método não-invasivo, simples, de baixo custo para a avaliação da nãohomogeneidade de recuperação da excitabilidade ventricular e que pode fornecer benefícios clínicos
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
1. Han J, Moe GK. Nonuniform Recovery of Excitability in Ventricular Muscle. Circ Res. 1964;14:44-60.
2. Day CP, McComb JM, Campbell RW. QT dispersion: an indication of arrhythmia risk in patients with long QT
intervals. British heart journal. 1990;63(6):342-4.
3. Kinoshita O, Wakamatsu M, Tomita T, Aizawa K, Kasai H, Kumazaki S, et al. Diurnal variation in QT dispersion in
patients with chronic heart failure. Congest Heart Fail. 2005;11(5):262-5.
4. Padmanabhan S, Silvet H, Amin J, Pai RG. Prognostic value of QT interval and QT dispersion in patients with
left ventricular systolic dysfunction: results from a cohort of 2265 patients with an ejection fraction of < or =40%.
American heart journal. 2003;145(1):132-8.
5. Surawicz B. Will QT dispersion play a role in clinical decision-making? Journal of cardiovascular electrophysiology.
1996;7(777-84).
6. Hohnloser SH, Singh BN. Proarrhythmia with class III antiarrhythmic drugs: definition, electrophysiologic
mechanisms, incidence, predisposing factors, and clinical implications. Journal of cardiovascular electrophysiology.
1995;6(10 Pt 2):920-36.
7. Goldberg RJ, Bengtson J, Chen ZY, Anderson KM, Locati E, Levy D. Duration of the QT interval and total
and cardiovascular mortality in healthy persons (The Framingham Heart Study experience). Am J Cardiol.
1991;67(1):558. Schouten EG, Dekker JM, Meppelink P, Kok FJ, Vandenbroucke JP, Pool J. QT interval prolongation predicts
cardiovascular mortality in an apparently healthy population. Circulation. 1991;84(4):1516-23.
9. Glancy JM, Garratt CJ, Woods KL, de Bono DP. QT dispersion and mortality after myocardial infarction. Lancet.
1995;345(8955):945-8.
10. Blackman AO, Junqueira LF. Sobre o intervalo QT do eletrocardiograma, nos primeiros dias do infarto do
miocárdio, em pacientes tratados e não-tratados com estreptoquinase e com distintas evoluções clínicas. Tese
de Mestrado UNB 1995:1-144(dados não publicados).
11. Rautaharju PM. QT and dispersion of ventricular repolarization: the greatest fallacy in electrocardiography in
the 1990s. Circulation. 1999;99(18):2477-8.
12. Goldberger JJ, Basu A, Boineau R, Buxton AE, Cain ME, Canty JM, Jr., et al. Risk stratification for sudden
cardiac death: a plan for the future. Circulation. 2014;129(4):516-26.
13. Antzelevitch CO, A. Amplification of spatial dispersion of repolarization underlies sudden cardiac death
associted with catecholaminergic polymorphic VT, long QT, short QT and Brugada syndrome. J Intern Med.
2006;259:48-58.
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
ORIGINAL ARTICLE
ARTIGO ORIGINAL
Relato de Caso: Hipertensão Arterial Renovascular com Lesão de Órgãos Alvo –
Achados Clínicos, Diagnóstico e Tratamento Através de Ablação Renal
Tânia M.A. Rodrigues¹, Carlos A.S. Aragão², Manuela S.Freita², Mateus S. Andrade², Williasmin B. Souza²,
Nicolas N.Santos², Olivia R.L.L.Teles².
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, sendo caracterizada por
níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Trata-se do mais importante fator de risco modificável
para o desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV), a qual se exterioriza, predominantemente, através do
acometimentos cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. A Hipertensão arterial resistente é definida como a
que se mantém elevada apesar do uso de três drogas anti-hipertensivas em doses otimizadas, incluindo diurético,
ou aquela controlada por quatro ou mais drogas. Relato do caso: GQS, 64 anos, feminina, residente em Aracaju-Se,
portadora de hipertensão arterial resistente grave há 20 anos, deu entrada no ambulatório de Clínica Médica do
HU/UFS, queixando-se de forte claudicação intermitente que apareceu por deslocamento de placa ateromatosa
após Cateterismo coronariano; a paciente alega também lipotímias e tonturas frequentes. A Arteriografia das
artérias renais demonstrou estenose moderada em artéria renal direita e arteriografia das carótidas demonstrou
aterotrombose moderada. Então, através da sintomatologia apresentada somada aos exames complementares,
pôde-se confirmar Hipertensão arterial renovascular com lesões de órgão-alvo graves; por isso, foi solicitado
procedimento de desnervação simpático-renal para resolução do quadro, com bons resultados e prognóstico
satisfatório. Conclusão: Os exames complementares e os achados clínicos são de fundamental importância para o
diagnóstico da hipertensão arterial resistente na identificação das suas complicações, além disso, a desnervação
arterial se mostra como o tratamento promissor para tal etiologia que até então não possuía um tratamento específico
.Termos índices : Arteriosclerose, Nefropatia, Hipertensão renovascular
ABSTRACT
Case report: Renovascular Arterial Hypertension with Lesion of Target Organs - Clinical Findings
, Diagnosis and Treatment Through Renal Ablation
Tânia M.A. Rodrigues¹, Carlos A.S. Aragão², Manuela S.Freita², Mateus S. Andrade²,Williasmin B. Souza²,
Nicolas N.Santos², Olivia R.L.L.Teles².
Introdução: Systemic hypertension (SH ) is a multifactorial clinical condition , characterized by high and sustained
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CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM
Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
levels of blood pressure (BP) It this is the most important modifiable risk factor for developing cardiovascular
disease ( CVD) , which is externalized predominantly through the heart affections , cerebral , renal, and peripheral
vascular . The resistant hypertension is defined as that remains high despite the use of three antihypertensive
drugs at optimal doses , including diuretic, or that is controlled by four or more drugs.Case Report: SQA , 64,
female , residing in Aracaju-SE, himself , carrier of severe resistant hypertension for 20 years, was admitted
to the internal medicine outpatient clinic of the University Hospital of Sergipe Federal, complaining of strong
intermittent claudication who showed up atheromatous plaque displacement after coronary catheterization ;
the patient also alleges frequent fainting and dizziness. The arteriography of the renal arteries showed moderate
stenosis in the right renal artery and the carotid angiography showed moderate atherothrombosis . Through the
laboratory tests, it was possible to confirm renovascular hypertension with severe target organ damage ; so she
was submitted to procedure of renal sympathetic denervation for resolution of the condition , with good results
and satisfactory prognosis. Conclusion: Os exames complementares e os achados clínicos são de fundamental
importância para o diagnóstico da hipertensão arterial resistente na identificação das suas complicações, além
disso, a desnervação arterial se mostra como o tratamento promissor para tal etiologia que até então não possuía
um tratamento específico. Kay words: Atherosclerosis, rteriosclerose, Nephropathy, Renovascular Hypertension
Grupo de Anatomia Molecular, Departamento de Morfologia
Universidade Federal de Sergipe ,Centro de Ciências Biológicas e da Saúde;
Departamento De Morfologia - 1. Prof. Tiular, FM.UFSE; Acadêmicos FM.UFSE
INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, sendo caracterizada por níveis
elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Trata-se do mais importante fator de risco modificável para o
desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV) (Fig11), a qual se exterioriza, predominantemente, através do
acometimentos cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. (PASSOS, 20062). A Hipertensão arterial resistente
é definida como a que se mantém elevada apesar do uso de três drogas anti-hipertensivas em doses otimizadas,
incluindo diurético, ou aquela controlada por quatro ou mais drogas (CALHOUN ET AL, 20083).
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RELATO DE CASO
GQS, 64 anos, feminina, residente em Aracaju-Se, portadora de hipertensão arterial resistente grave há 20 anos,
deu entrada no ambulatório de Clínica Médica do HU/UFS, queixando-se de forte claudicação intermitente
que apareceu por deslocamento de placa ateromatosa após Cateterismo coronariano; a paciente alega
também lipotímias e tonturas freqüentes. Faz uso de Anlodipino 10mg; Indapamida 1,5mg; Metildopa 500mg;
Espironolactona 25mg; Bisoprolol 10mg; AAS 100mg; Clopidogrel 75mg; Rosuvastatina 20mg. Ao exame, PA:
180x100mmHg; estertores creptantes em base de pulmão direito; pulsos distais assincrônicos, sendo o pedioso
direito, não apalpável; sopro renal unilateral direito rude e sistólico.
Quanto aos exames complementares: colesterol total: 309mg/dl; HDL-C: 43mg/dl; LDL-C: 232mg/dl; Glicemia:
267mg/dl; Ureia: 73mg/dl; Taxa de filtração glomerualar: 71,4ml/min.
A Arteriografia das artérias renais demonstrou estenose moderada em artéria renal direita e arteriografia das
carótidas demonstrou aterotrombose moderada. Então, através da sintomatologia apresentada somada aos
exames complementares, pôde-se confirmar Hipertensão arterial renovascular com lesões de órgão-alvo graves;
por isso, foi solicitado procedimento de desnervação simpático-renal para resolução do quadro, com bons
resultados e prognóstico satisfatório.
CONCLUSÃO
Os exames complementares e os achados clínicos são de fundamental importância para o diagnóstico da
hipertensão arterial resistente na identificação das suas complicações, além disso, a desnervação arterial se
mostra como o tratamento promissor para tal etiologia que até então não possuía um tratamento específico.
REFERÊNCIAS
1.
CARDOSO M. A. http://www.drcardozo.com.br/saiba_vasculares08.html (Acesso em 2015)
2.
PASSOS V.M.A Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de esrudos de base
populacional. Epidemiologia e Serviços de saúde, 2006. www.elsa.org.br – acessado em 2015
3.
CALHOUN et aL., Resistant Hipertension: Diagnosis, evaluation and treatment, 2008.
https://hyper.ahajournals.org/content/51/6/1403.full - acessado em 2015
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
UPDATING ARTICLE
ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO
Importância da Cirurgia Cardiovascular na Evolução da Instrumentação Cirúrgica
Importance of Cardiovascular Surgery in The Evolution of Surgical Instrumentation
Otoni Moreira Gomes
Na evolução da instrumentação cirúrgica dois métodos são bem marcantes, o uso do instrumental de modo
individual pelo próprio cirurgião e a instrumentação auxiliada por membro da equipe de cirurgia. Um terceiro
método em evolução é a instrumentação-operação robótica, em que um ou mais profissionais estarão operando
com dispositivos eletrônicos dotados de todos os recursos instrumentais para acionamento informatizado.
O primeiro método, individual, nasce com a evolução da própria cirurgia, cerca de 2000 anos a.C com os
primeiros instrumentos de craniotomia corte e cauterização de feridas encontrados em sítios neolíticos no
Egito,1,2
Inclusive o Código de Hamurabi (1792-1750 a.C) já descreve o uso do bisturi e propõe a remuneração do
médico em função do nível social e potencial econômico do paciente (se nobre (particular, plebeu ou escravo)
Abulcasis al-Zahrawi (Córdova, 936 – 1013) sistematizou procedimentos cirúrgicos, desenvolveu o fio de
sutura feito com intestino de carneiros, consagrado como categute e escreveu livro de cirurgia com dezenas
de capítulos referindo abordagem obstétrica, litotomia, amputações por gangrena e tratamento de fraturas 3-6
Outro marco histórico na cirurgia e para a instrumentação fundamenta-se nas contribuições de Sushruta
Samhita, cerca de 500 a.C, quando produziu dezenas de instrumentos cirúrgicos, sistematizando procedimentos
cirúrgicos e inclusive definindo categorias de execução em seres humanos7
Outra era marcante de desenvolvimento do instrumental cirúrgico ocorre no período áureo da Grécia e
de Roma antigas (500 a.C -300 d.C) com fabricação de instrumentos relativamente sofisticados em bronze,
prata e ferro, como facas cirúrgicas, curetas, pinças e fórceps, sendo notável a complexidade estrutural de
instrumentos cirúrgiicos encontrados nas ruínas de Pompéia 79 d.C (Figs. 1 e 2) 8
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
Fig. 1 – Instrumentos encontrados em ruínas de Atenas
Fig. 2 Instrumentos encontrados nas ruínas de Pompéia, de 79 d.C
Mas não obstante a pluralidade de instrumentos o próprio cirurgião manipulava sozinho os instrumentos,
como podemos observar no desenho contemporâneo que retrata a operação de Enéias de Tróia pelo cirurgião
Iapix (Fig. 3)8.
Fig. 3 – Iapix operando Enéias de Tróia
A revolução cirúrgica que impôs a necessidade do instrumentador como fator essencial para o sucesso da
operação devemos às genialidades de Louis Pasteur (Fig.4),1822-1895 provando a existência e multiplicação
das bactérias; de Ignaz Semmelweis 9,10 (Fig.5), 1818-1865 , provando a existência da contaminação; de
Joseph Lister (1882) (Fig. 6) iniciando as técnicas de antissepsia e esterilização pelo uso da pulverização do
campo operatório com ácido carbólico, e também a William Stewart Halsted (1852-1922), no início do século
passado (Fig.7), instituindo a assepsia na prevenção de infecções com uso das luvas de borracha 8.
14
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
Fig. 4- Louis Pasteur
Fig. 5- Ignaz Semmelweiss
Fig. 6- Joseph Lister (1882) (Operando com Pulverizador- Seta)
Fig. 7 - William Stewart Halsted
(Equipe com uso de luvas – Seta)
Mas a aceitação e aplicação dos cuidados de contaminação, assepsia, antissepsia e esterilização foi por
muito tempo rejeitada e criticada pela maioria dos cirurgiões da época. Na figura 8, apreciamos essa
despreocupação em foto histórica do Dr. John Allan Wieth, em 1901, já exibindo os instrumentos organizados
em mesa específica, sem o instrumentador, acentuando o impacto futuro das técnicas de assepsia e
antissepsia impondo a necessidade do instrumentador profissional8.
Fig.8 – Sala de Cirurgia em 1901
(Foto realizada pelo do Dr.John Allan Wyeth)
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
Mas a contribuição fundamental para o nascimento da instrumentação profissional devemos à devoção de
Florence Nightingale (Fig. 9), na Itália entre 1820-1910, cuja dedicação sublime e competência instituíram a
Enfermagem como profissionalismo indispensável para a segurança e cura dos pacientes necessitando cuidados
terapêuticos continuados11.
O progresso da cirurgia no século passado com o desenvolvimento da
circulação extracorpórea por John Gibbon em 1937 assinalou a necessidade
de instrumental cirúrgico mais abundante e complexo impondo a necessidade
da instrumentação cirúrgica profissional competente, o que permitiu, o
desenvolvimento das cirurgias mais complexas, marcadas historicamente
pelo uso da circulação extracorpórea em humanos a partir de 1953,
culminando o transplante cardíaco realizado por Christian Barnard em
1965 e o desenvolvimento e aplicação dos modelos avançados de corações
artificiais com implantes evoluindo progressivamente com a melhoria do
suporte governamental aos cidadãos em todo o mundo. A figura 10 apresenta
mesa cirúrgica para intervenções de médio e grande porte, assinalando a
importância do instrumental e da instrumentação profissional para a segurança
da intervenção.
Com o desenvolvimento da cirurgia endovascular nasceu também a cirurgia
híbrida, sincronizando intervenções simultâneas por diferentes especialistas
Fig.9 - Florence Nightingale
podendo exigir atuação integrada de mais de
um instrumentador porque o conhecimento e
habilidade no manuseio dos diferentes instrumentos
é fundamental para o sucesso das cirurgias em
realização.
Atualmente atingimos nível avançado de cirurgia
robótica como (Figuras 11 A e B) essencial na
capacitação dos profissionais nas equipes atuantes,
Em análise geral, pode-se afirmar que a história
da instrumentação cirúrgica evoluiu não só na
diferenciação do instrumental, mas também
do profissional de instrumentação, que hoje
desempenha atividade fundamental para o sucesso
Fig. 10 - Mesa de instrumentação 12
da cirurgia, sendo ele o responsável pela seleção e organização do material a ser usado, devendo conhecer
previamente a lista e qualificação dos mesmos e os gestos fundamentais que facilitam o diálogo com o cirurgião
na entrega dos instrumentos durante a cirurgia.
16
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Fig. 11 A
Fig. 11 B
Dissecção Robótica da Artéria Torácica Interna Direita por Esternotomia Mediana. http://www.scielo.br/pdf/
abc/v94n6/21.pdf
REFERÊNCIAS
1. Retirado do site: http://nanasplace.zip.net/sobreoegito.html. Acessado em : 01 de abril de 2012;
2. Retirado do site: pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento_cirúrgico. Acessado em : 01 de abril de 2012;
3. Retirado do site: pt.wikipedia.org/wiki/Abulcasis. Acessado em : 01 de abril de 2012;
4. Fig3.jpg. Retirado de: www.muslimtents.com.br . Acessado em:01 de abril de 2012;
5. Catgut. Retirado de: www.en.wikipedia.org. Acesso em:01 de abril de 2012;
6. ABULCASIS.jpg .Retirado de www.dec.ufcg.edu.br . Acessado em: 01 de abril de 2012;
7. Sushruta Rescaled. Retirado de: www.mohammadamir.blogspot.com. Acessado em: 01 de abril de 2012;
8. Lyons AS, Petrucelli R,II. Historia de la Medicina. Barcelona, Ediciones Doyma, 1984;
9. Semmelweis IP. The etiology, concept, and prophylaxis of childbed fever. (Extract of Carter KC). Madison, The University of Wisconsin Press. Pag 55-70, 1983;
10. Fernandes AT. Semmelweis: Uma história para reflexão: http://www.ccih.med.br/semmelweis.html;
11. http://www.bbc.co.uk/history/historic_figures/nightingale_florence.shtml;
12. www.instrumentador-pe.blogspot.com - Acesso 4 de Abril de 2012;
13. Dissecção Robótica da Artéria Torácica Interna Direita por Esternotomia Mediana.
Jatene FB, Pêgo-Fernandes PM, Anbar R, Gaiotto FA,Barduco MS, Kalil Filho R. Dissecção Robótica da Artéria Torácica Interna Direita por Esternotomia Mediana. Arq
Bras Cardiol 2010; 94(6) : e139-e142
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
UPCOMING EVENTS
EVENTOS
XV CURSO NACIONAL DE FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR APLICADA
Belo Horizonte, 10 e 11 de Abril 2015
Local: Auditório do CETES, 6º andar da Faculdade de Medicina da UFMG
Av. Alfredo Balena, 190 Santa Efigênia - Belo Horizonte - MG
PROMOÇÃO: Disciplina Optativa Tópicos de Clinica Cirúrgica Cardiovascular FM. UFMG
Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho, Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes
SERVCOR - Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis – Verdade é Jesus; S. JOÃO 14. 6
APOIO CIENTÍFICO:
Academia Mineira de Medicina, CETES UFMG, Departamentos de Cardiologia e de Pesquisas Experimentais da SBCCV, Departamento de Fisiologia Cardiovascular e Respiratória da SBC Sessão
Sul-Americana da Academia Internacional de Ciências Cardiovasculares.
OBJETIVOS:
Otimização Complementar do Conhecimento Sobre Fisiologia Cardiovascular e suas Implicacoes Patológicas, Diagnósticas e Terapêuticas.
PÚBLICO ALVO: Profissionais e Estudantes de Áreas da Saúde / CARGA HORÁRIA: 15 HORAS
10/04/2015 - SEXTA-FEIRA
16h30 - ABERTURA - Prof. Dr. Claudio de Souza – MG
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes -MG
16h45 - MÓDULO I
Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Adala Benfatti - MS
Dr. Antônio Estefano Germano - SP
16h45 - A Evolução da Fisiologia Cardiovascular
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes – MG
17h05 - Fundamentos da Embriologia Cardiovascular
Ac. Ana Flavia Moura Dias – MG
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes – MG
17h15 - Anatomia e Fisiologia da Circulação Fetal
Ac. Estevão Diniz Vasconcelos - MG
Prof. Dr. Flavio Donizete Gonçalves - MG
17h35 - Ciclo Cardíaco
Prof. Dr. João Bosco Dupin –MG
17h55 - Regulação Neural da Circulação
Ac Sthefanie Scott Braga – MG
Prof. Dr. Ricardo Adala Benfatti - MS
18h15 - Discussão
18h30 - Intervalo
18h45 - MÓDULO II
Coordenação: Prof. Dr. Melchior Luiz Lima -ES
Prof. Dr. Flavio Donizete Gonçalves - MG
18h45- Fisiopatologia da Hipertensão Arterial
Prof. Dra. Antoinette Oliveira Blackman - DF
19h05 - Fisiologia Aplicada do DNA
Ac. Valbert Florindo Sales - MG
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes – MG
19h25- Fisiologia Aplicada da Apoptose
Ac. Rodrigo Otavio D. A. Abreu – MG
Prof. Dr. Melchior Luiz Lima –ES
19h45- Anatomia do Coração e Vasos da Base
Ac. Wallanns Resende Santos - MG
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes –MG
20h00 - Anatomia Cardiovascular Comparada
Ac. João Vitor Cotrim Gonçalves- RJ
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes - MG
20h20 - Histologia e Histoquímica do ECG
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes – MG
20h40 – Fundamentos e Interpretação do ECG na Fibrilação Atrial e
Flutter Atrial
Prof. Dr. Alexandre Barbosa Andrade- MG
21h00 - Discussão
21h15 - Adiamento
11/04/2015 - SÁBADO
08h00 MÓDULO III
Coordenação: Prof. Dr. João Bosco Dupin – MG
Prof. Dr. Alexandre Barbosa Andrade –MG
08h00 - Cardiopatias com Hiperfluxo
Dr. Ricardo Estefano Germano - SP
08h20 - Cardiopatias com Hipofluxo
Dr. Antônio Estefano Germano - SP
08h40 - Mecanismos de Adaptação Sistólica e Diastólica: Relaxamento
Ventricular e Disfunção Diastólica
Prof. Dra. Antoinette Oliveira Blackman - DF
09h00 - Fisiologia Aplicada da Circulação Coronária e Revascularização
Miocárdica /Stent
Prof. Dr. Melchior Luiz Lima –ES
09h20 - Fisiologia da Hemostasia
Ac. Izabela Cury Cardoso de Padua - MG
Prof. Dr. Wagner Cardoso Padua Filho - MG
09h40 - Anatomofisiologia Aplicada do Pericárdio
Prof. Dr. Ronaldo Abreu – MG
10h00 - Discussão
10h25 - Intervalo
13h15 - MÓDULO IV
Coordenação: Prof. Dra. Antoinette Oliveira Blackman –ES
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes –MG
13h15 - Fisiologia Aplicada da Anticoagulação - Anticoagulantes
Prof. Dra. Mônica de Mônico Magalhães –ES
13h30 -Mecanismos de Frank-Starling, Laplace-Batista, Anrep e Bowditch
Prof. Dr. Ricardo Adala Benfatti –MS
13h45 -Fisiologia Cardiovascular Comparada
Biom. Ricardo Henrique Perdigão - MG
14h00 - Princípios de Funcionamento dos Dispositivos Cardíacos Artificiais
Prof. Dr. Melchior Luiz Lima - ES
14h15- Anatomofisiologia Aplicada da Circulação em Membros Inferiores
Prof. Dr. Ronaldo Abreu –MG
14h35 -Definições Ecocardiográficas dos Tipos Fisiopatológicos de ICC
Dr. Sérgio Luiz Barrote – MG
14h55- Anátomofisiologia Aplicada do Complexo Estimulante do Coração
Prof. Dr. Flávio Donizete Gonçalves – MG
15h10 - Discussão
15h25 - Intervalo
15h40 - MÓDULO V
Coordenação: Prof. Dr. Ronaldo Abreu –MG
Dr. Ricardo Estefano Germano - SP
15h40 - Eletrogênese e Ritmo Cardíaco
Ac. Bernardo Carneiro de Sousa Guimarães - MG
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes - MG
16h00 - Fisiologia Aplicada da Circulação Pulmonar
Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho - MG
16h20 - Fisiologia Aplicada da Microcirculação
Ac. Ronielly Araujo Rocha – MG
Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho - MG
16h35 - Anatomia e Fisiologia Aplicadas da Circulação Hepática
Prof. Dr. Walter Antônio Pereira – MG
16h55 - Anatomia e Fisiologia Aplicada da Circulação Esplênica
Prof. Dr. Andy Petroyanu – MG
17h15 - Fisiologia Aplicada da Circulação Extracorpórea
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes – MG
17h30 - Discussão
17h40 - MÓDULO VI
Coordenação: Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho - MG
Prof. Dra. Antoinette Oliveira Blackman - DF
17h40 - Fisiologia da Circulação Cerebral
Ac. Gisele Oliveira Lima - MG
Prof. Dr. Otoni M. Gomes – MG
17h55 - Fisiologia Aplicada do Gradiente Transmembrana de Potássio
Prof. Dr. Otoni M. Gomes – MG
18h10 - Fisiologia do Remodelamento Cirúrgico na ICC
Prof. Dr. Melchior Luiz Lima - ES
18h30 - Microcirculação : Angiogênese e Terapia Celular
Prof. Dr. Melchior Luiz Lima - ES
18h50 Fisiologia Aplicada das Bulhas Cardíacas
Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes – MG
19h10 Colóquio Revisão Interativa
19h45 - ENCERRAMENTO
CERTIFICADOS: 75 % de Freqüência
INVESTIMENTO: Estudantes e Médicos Residentes=R$30,00
Profissionais em Saúde = R$50,00 VAGAS LIMITADAS
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: www.servcor.com
Hospital Servcor - Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis
Tel/Fax.: (31) 3439-3004 |E-mail: [email protected]
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
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Cardiovasc Sci Forum 2015; 10(2):
INSTRUCTIONS
TO AUTHORS
1 - Objectives: The Cardiovascular Sciences Forum aims
to serve all the Cardiovascular Sciences fields of investigation to hold together multiprofessional experience
to optimize the generation of new ideas, improving
mankind resources in the prevention and treatment of
cardiovascular diseases.
2 - Advertising: Cardiovascular Sciences Forum does not
hold itself responsible for statements made by any authors. Statements or opinions expressed in Cardiovascular Sciences Forum of the authors(s) and do not
represent official policy of the Sponsor Institutions
unless so especified.
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liability, negligence or from any use or operation of
any methods, products, instructions or ideas contained
in the material herein. No suggest test or procedure
should be carried out unless, in the reader’s judgment,
its risk is justified. Because of rapid advances in the
medical sciences we recommend that the independent
verification of diagnosis and drug dosages should be
made. Discussions, views and recommendations as to
medical procedure, choice of drugs and drug dosages
are the responsability of the authors.
Although all advertising material published in Cardiovascular Sciences Forum is expected to conform to
ethical (medical) standards, inclusion in this publication does not constitute a guarantee or endorsement by
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or value of such product or of the claim made by its
manufacture.
3 - Papers sent for publication in Cardiovascular Sciences
Forum (Editorials, original articles, conferences, case
reports, actualizations brief communications) should
be related to cardiovascular sciences and unpublished.
4 - Although the stem language of the Archives, happens to be English, articles may also be published in
spanish or portuguese. When published in spanish or
portuguese for original reports an abstract version in
english must be included.
5 - They should be typed in double spacing on foolscap
paper, with 3 cm margins all around and in 3.5” diskettes, Word 6.0 or superior. Illustrations do not need to
be printed in diskettes.
6 - Manuscripts should be arranged as follow: a) title page
consisting of concise and informative title, full name of
authors, b) The Service or Institution name should be
displayed in the bottom of the first page. Folowing that,
the name of the corresponding author, together with the
address, phone, fax and e-mail. c) abstract not exceeding
250 words and three key words that can be called in www.
decsbvs.br and/or www.nlmnih.gov/mesh, d) Introduction, e) material and methods, f) results, g) comments, h)
conclusions, i) bibliographic references, j) name of the
Service or Institution where the study was performed, k)
address for correspondence.
20
7 - All articles should be sent together with a Submission Letter, mentioning the Section in wich the article is to be
part of (see list above), statement from the author and
co-authors to the fact that all are in agreement with the
contents mentioned in the material, making it clear presence or not of conflict of interest and the absence of
ethical problem related. That letter must by all means be
sent by fax (55 - 31.3452.6514) or by mail.
8 - Illustrations and Tables should be printed in separated
pages, with their numbers and legends.
9 - The Cardiovascular Sciences Forum adopt the Vancouver Norms (www.icmje.org).
10 - Bibliographic references: listed in the order in which
they are first mentioned in the text. Identify references
in text in arabic numerals within parenthesis marks. Titles of journals are abbreviated according to the Index
Medicus / Medline. References should be numbered
sequentially, as per appearance in the text, References
cannot have indented paragraphs, but lined up on the
left. Personal communications and data that have not
been published, should not be included in the list of
references, but just mentioned in the text and in the
footnotes on the page where mentioned.
10.1
1 - Journals: Author (s) name (s) based on rule explained in item 10.1) - Article title. Journal title (see item
10.1). year; Volume: first page - last page.
10.2
2 - Books: Authors (s) name (s) - Title. Edition (if not
the first). City: Publisher, Year: Number of pages (or
that specific for reference).
10.3
3 - Chapter in a book: Author (s) name (s) of the chapter. Title of the chapter. In: Author (s) name (s) of the
book, eds. Title of the book. Edition (if not the first).
City: Publisher, Year: first and last pages of the referred
chapter.
10.4
4 - Thesis: Autor’s Name, Title (Thesis degree), City,
University, Year.
10.5
5 - Annals of Congress: Name of the author (s) - Title of
the paper published. In: Annals of the... name of the Congress. City: Promoter Society of Institution, Year: page.
11 - “Unpublished observations” and “personnal communications” should not be used as references. They are
included in the text, within parenthesis marks, or, if extensive, appear as footnotes. Include among references:
papers accepted but not yet published, designating
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N° 02