UNICER – Bebidas de Portugal, S.A.
A Organização como um Sistema Aberto
Ana Duarte ci05002
David Araújo ci05015
Filipa Ramalho ci05020
Marlene Alves ci05027
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Licenciatura em Ciência da Informação
Rua Roberto Frias, s/n, 4200-465 Porto, Portugal
Abril de 2006
A Organização como um Sistema Aberto
UNICER – Bebidas de Portugal, S.A.
A Organização como um Sistema Aberto
Ana Duarte ci05002 ([email protected])
David Araújo ci05015 ([email protected])
Filipa Ramalho ci05020 ([email protected])
Marlene Alves ci05027 ([email protected])
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Sociologia das Organizações, do 2º
semestre, do 1º ano, da Licenciatura em Ciência da Informação da Universidade do
Porto, leccionada por Lia Patrício.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Licenciatura em Ciência da Informação
Rua Roberto Frias, s/n, 4200-465 Porto, Portugal
Abril de 2006
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A Organização como um Sistema Aberto
Resumo
Este trabalho pretende analisar a empresa UNICER – Bebidas de Portugal, S.A.
como um Sistema Aberto. Pretende-se oferecer uma visão abrangente da relação de
interacção e interdependência da organização e o meio externo, segundo as teorias e
conhecimentos adquiridos nas aulas teórico-práticas da disciplina.
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A Organização como um Sistema Aberto
Sumário
LISTA DE FIGURAS ________________________________________________________________3
1.
INTRODUÇÃO ________________________________________________________________4
1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
2.
ENQUADRAMENTO .....................................................................................................................4
MOTIVAÇÃO ...............................................................................................................................4
OBJECTIVOS ...............................................................................................................................4
ESTRUTURA DO RELATÓRIO .......................................................................................................4
CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO (UNICER) ______________________________5
2.1.
2.2.
2.3.
2.4.
2.5.
PARTICIPANTES ..........................................................................................................................5
OBJECTIVOS ...............................................................................................................................5
ESTRUTURA................................................................................................................................5
TECNOLOGIA ..............................................................................................................................6
MEIO ENVOLVENTE ...................................................................................................................6
3.
AS ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS ABERTOS _______________________________7
4.
A UNICER COMO UM SISTEMA ABERTO _______________________________________8
5.
CONCLUSÃO ________________________________________________________________11
6.
BIBLIOGRAFIA ______________________________________________________________12
7.
ANEXOS_____________________________________________________________________13
Lista de Figuras
FIGURA 1-ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA OPERACIONAL DA UNICER __________________________6
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A Organização como um Sistema Aberto
1. Introdução
1.1. Enquadramento
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Sociologia das
Organizações, da licenciatura de Ciência da Informação. Pretendemos, com este
relatório, analisar o Grupo UNICER como um Sistema aberto, analisando a sua
interacção e interdependência com o meio externo.
1.2. Motivação
As razões pelas quais escolhemos esta empresa prendem-se com factores que
inquestionavelmente lhe são associados: a sua dimensão, prestígio, posição de liderança
no mercado interno, importância e responsabilidade para com a comunidade onde se
insere e sem dúvida alguma pela consciência social e ecológica que tem vindo a
demonstrar. Deste modo, o que nos motivou na realização deste trabalho foi,
principalmente, o factor da dimensão e da consequente diversificação que a empresa
teve que realizar para ser bem sucedida.
1.3. Objectivos
Este trabalho tem como principal objectivo o contacto directo com uma
organização, de forma a percebermos a sua formação e funcionamento.
Pretendemos compreender que a UNICER não está isolada do meio envolvente
antes pelo contrário ela dele depende e com ele interage, propondo uma análise crítica
no âmbito das organizações como sistemas abertos.
1.4. Estrutura do relatório
Este relatório é constituído por cinco partes distintas. A primeira parte trata da
introdução, onde fazemos o enquadramento e mencionamos a motivação e os objectivos
do trabalho. Depois fazemos uma caracterização geral da organização (UNICER)
abordando os participantes, objectivos, estrutura, tecnologia e meio envolvente. Numa
terceira parte mencionamos os aspectos teóricos sobre a organização como sistema
aberto e fazemos a análise na UNICER. Por fim, fazemos uma breve conclusão do
trabalho realizado.
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2. Caracterização da Organização (UNICER)
2.1. Participantes
Os participantes da UNICER gostam de trabalhar na empresa e sentem-se
integrados e valorizados pelo trabalho que desempenham. Estão motivados
essencialmente pelos objectivos da empresa que são ambiciosos e concretos visto que
consideram que a empresa lhes oferece desafios constantes, quebrando assim as tarefas
rotineiras e a monotonia no ambiente de trabalho. E é no misto de arte no saber ser e no
saber fazer que os participantes adquirem a principal motivação para trabalhar na
UNICER (segundo vários testemunhos de trabalhadores da UNICER).
2.2. Objectivos
Relativamente ao objectivo primordial da UNICER e tendo em conta que ao
longo de quase um século nasceu e cresceu como empresa cervejeira, o Grupo
apresenta-se hoje, como empresa produtora e distribuidora das mais diversas bebidas.
Com essa diversificação da oferta assume como objectivo principal conquistar uma
posição de destaque no Mercado Ibérico. Consequentemente, não é de estranhar que
encontremos como valores da empresa, o respeito pelo indivíduo, o trabalho em equipa,
a cidadania responsável, a integridade e a ética. Para uma empresa da dimensão e do
sucesso do Grupo UNICER torna-se imperativo ter em conta as necessidades do
indivíduo para que este desenvolva da melhor forma o seu papel na organização.
Na UNICER é impossível de dissociar objectivos dos participantes dos
objectivos da empresa e é nesta relação simbiótica que se encontra as chaves de sucesso
da empresa. Desta forma o desenvolvimento pessoal, a auto-realização aliado à vontade
de oferecer o melhor de si à empresa (assim como a empresa oferece o seu melhor aos
participantes) constitui os principais objectivos dos participantes.
Relacionando os objectivos com o sistema aberto da UNICER podemos dizer
que para alcançar os seus objectivos torna-se imprescindível procurar sempre novas
ideias e soluções (combate à entropia negativa), fomentando uma interacção constante
com o meio externo, possibilitando, assim, um movimento de auto-regulação e de
equilíbrio.
2.3. Estrutura
Sendo uma empresa de grandes dimensões, a UNICER possui uma estrutura
formal que é clara e bem definida. A estrutura operacional do Grupo UNICER e as
responsabilidades operacionais estão descentralizadas nas Unidades de Negócio, com o
aproveitamento de sinergias assegurado pela estrutura de serviços partilhados.
A UNICER Bebidas de Portugal S.A. está organizada em torno de Unidades de
Negócio, das quais fazem parte, entre outras, a UNICER Cervejas, a UNICER Águas, a
UNICER Refrigerantes, a UNICER Vinhos, a UNICER Cafés e a UNICER
Distribuição. (ver figura 1)
A complexidade do seu organograma actual espelha a realidade do meio externo
que a envolve. A variedade e diferenciação da sua estrutura vai de encontro com a
dimensão e complexidade do seu ambiente externo, pois as organizações, à medida que
evoluem tendem a assumir uma especialização e hierarquização crescente.
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Figura 1-Organograma da Estrutura Operacional da UNICER
2.4. Tecnologia
Relativamente à tecnologia, a UNICER mostra-se atenta a todas as novidades
tecnológicas tentando inovar a sua tecnologia e reformando-a com os objectivos
principais da redução dos custos, aumento da qualidade e da produção e preocupação
com os impactos que a sua actividade exerce no meio ambiente.
A UNICER, deste modo, mostra-se sempre sensível às evoluções tecnológicas
que ocorram no contexto envolvente. Assim, a sua politica tecnológica é influenciada
pelos imputes que provêm do exterior.
2.5. Meio Envolvente
O meio envolvente da UNICER é relativamente estável se bem que bastante
competitivo.
Com um mercado estável a UNICER não muda, mas sim diversifica os seus
produtos tentando aumentar cada vez mais a sua quota de mercado.
O sucesso de uma organização como a Unicer depende sobremaneira da forma
como é sensível às alterações que ocorrem no meio onde está inserida.
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3. As organizações como Sistemas Abertos
Um sistema aberto está em permanente interacção com o ambiente: troca
energia, informações, matéria. Por isso, sofre mudanças, ajustando-se, adaptando-se
continuamente. O indivíduo, o grupo, organização e a sociedade são sistemas abertos.
O conceito de sistema aberto fez emergir a necessidade de uma interdependência
com o meio externo como elemento fundamental para a sua sobrevivência. Na medida
em que o ambiente é composto por elementos que podem influenciar as organizações,
positiva ou negativamente, tendo em conta a definição dos objectivos da empresa.
Este conceito vai ser aplicado às organizações por Katz e Kahn. Estes autores
consideram que as organizações, como qualquer sistema aberto, importam do meio
externo recursos que, depois de transformados em bens e serviços, são exportados para
o ambiente. Isto é, são estruturas que interagem com o meio importando energia,
materiais, informação do meio externo, de outras organizações, pessoas, do meio
ambiente (input). No seu interior processam e transformam os recursos provenientes do
exterior em produtos acabados, serviços, etc., são depois exportados para o meio
(output).
1
“ Os sistemas abertos exportam produtos para o meio ambiente, quer seja uma invenção concebida por
um investigador, quer seja uma ponte construída por uma empresa.”
Segundo, Bertalanffy o ser vivo não é o somatório dos seus elementos
constitutivos: o todo é diferente da soma das partes. Um sistema é um conjunto de
elementos interdependentes, isto é, em interacção dinâmica, organizada em função de
um objectivo.
As Teoria dos Sistemas pressupõem os seguintes princípios: globalidade – o
sistema funciona como um todo, não sendo apenas o resultado da soma dos seus
elementos constitutivos. Dentro de um sistema existem outros sistemas, isto é, um
sistema é uma hierarquia de subsistemas; organização – prioridade-chave de qualquer
sistema, a sua falta origina o caos, a desagregação; abertura – os sistemas são abertos,
isto é, existe um intercâmbio entre um sistema e o meio. É aí que vai buscar energias.
Se a troca acaba, o sistema desaparece. Nenhum ser vivo pode prescindir do
intercâmbio com o meio onde se encontra inserido; interacção – os elementos de um
sistema estão interrelacionados.
De seguida elaboraremos um esquema que representará todo este processo:
Entrada
Ambiente
Saída
Processamento
Ambiente
Retroacção
1
Katz e Kahn (1976). Psicologia Social das organizações. São Paulo, Ed. Atlas.
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4. A UNICER como um Sistema Aberto
À medida que evoluía o Grupo Unicer diversificou-se e expandiu-se; desde a sua
fundação, com um capital inicial de 125 contos de réis, distribuídos por 1250 acções de
cem mil réis cada, até aos nossos dias, a Unicer tem vindo a percorrer um longo
caminho, intimamente ligado à história do Porto e do País.
A profunda reestruturação que o Grupo Unicer empreendeu, aproveitou ao
máximo as suas sinergias fazendo face às exigências do meio, assim como à sua própria
ambição, o que acarretou significativas alterações ao nível da Gestão, provocando
impactos ao nível dos sistemas de informação, dos sistemas de gestão, fiscalidade – e do
relacionamento com clientes e fornecedores, externos e internos.
A complexidade do seu organograma actual espelha a realidade do meio externo
que a envolve. É desta forma que de um total de 8 empresas passaram para um universo
de 37, juridicamente autónomas e agrupadas em 12 unidades de negócio
Certas unidades revestem-se de uma transversalidade completa, existe uma que é
prestadora de serviços à totalidade do Grupo e que é constituída por um conjunto de
Divisões (Compras, Engenharia e Gestão de Instalações, Finanças, Contabilidade e
Controlo de Gestão, Gestão de Pessoal e Jurídico) e Serviços Corporativos. E uma
segunda, a Unicer Distribuição, que é responsável pelas operações de venda, logística,
assistência a clientes e assistência técnica. No âmbito da operação de venda, esta
unidade de negócio tem como clientes a rede de distribuição e os clientes do comércio
organizado. No que respeita à operação de logística, ela é assegurada para todos os
produtos comercializados pelas outras empresas do Grupo, garantindo-se a gestão
eficaz, total e integrada da cadeia de abastecimento.
Desta forma, maior qualidade e rapidez são as características do serviço que a
Unicer presta aos seus clientes e consumidores.
A Unicer não se esquece da importância das parcerias, como elementos
dinamizadores e impulsionadores, ela faz parte da direcção do ECR (Effective
Consumer Response) Portugal, com um dos seus quadros dirigentes como membro da
direcção deste organismo.
Constituído em 2000, o ECR Portugal é a delegação portuguesa do ECR Europa,
uma organização, constituída em 1994, que congrega Produtores e Retalhistas Europeus
e cuja missão é "trabalhar em conjunto para satisfazer as necessidades dos
Consumidores melhor, mais rápido e com menor custo".
Neste âmbito, o ECR Europa e o ECR Portugal promovem anualmente diversos
projectos que, desenvolvidos conjuntamente por empresas produtoras e retalhistas,
apontam soluções de melhoria das relações entre ambas ao longo da cadeia de
abastecimento dos produtos.
Desde há alguns anos que a Unicer tem vindo a fomentar o estabelecimento de
relações de parceria com os seus Clientes da distribuição moderna, tendo em vista a
melhoria dos processos, a redução de custos na cadeia de abastecimento e, por
consequência, a criação de valor para os Consumidores finais.
As preocupações com o impacto que a sua actividade possa causar no meio
ambiente também não são descuradas. A Unicer Energia e Ambiente tem como missão
assegurar a adequada gestão e racionalização dos recursos energéticos e ambientais no
Grupo, numa óptica de maximização de valor e de respeito pelo ambiente.
É também importante sublinhar que na estrutura corporativa da Unicer existem
elementos estrangeiros, provenientes da empresa dinamarquesa Carlsberg, estes
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indivíduos trouxeram não só o seu know-how como a sua cultura própria ao que se
assistiu a um certo fenómeno de aculturação entre ambas as partes.
Consequentemente, torna-se notório o quanto a sua estrutura orgânica interage e
depende das exigências do ambiente sócio técnico, e da relação de inter – dependência
entre as duas componentes, de um lado temos os comportamentos e motivações dos
indivíduos e de outro toda a tecnologia e processos associados ao trabalho. A estreita
relação interdependente entre estes dois pólos desempenha um papel preponderante,
tanto na prossecução dos objectivos como na própria estruturação da empresa.
Como empresa destacada na liderança da sua franja de mercado, o Grupo Unicer
dispõe e está sempre atento ao que de mais moderno se faz, tanto em processos
industriais de produção como ao nível de soluções de cariz organizacional.
A competência tecnológica não se esgota apenas em máquinas, equipamentos ou
instalações sofisticadas, antes ela se pauta pela busca incessante por um conhecimento
completo das operações técnicas pertencentes ao processo produtivo. Sendo muito
importante tanto na síntese dos processos de trabalho, assim como na forma como
estrutura as relações e a satisfação no trabalho.
O sistema de produção é contínuo e automatizado, a Unicer tenta assim afastar
ao máximo a componente humana das tarefas mais monótonas e penosas do processo
produtivo. Desta forma a relação entre componentes e humanos e tecnológicos é
optimizada da melhor forma.
Pelo modo como utiliza a tecnologia, não é de estranhar que o Grupo Unicer
obedeça a todos os critérios prescritos pela norma NP EN ISO 9001, obtida, refira-se,
no âmbito da concepção e fabricação de todos os produtos fabricados.
Assim como pela atenção extrema dedicada à implementação do sistema
HACCP, que está relacionado com a segurança alimentar dos consumidores e que tem
um carácter preventivo permitindo, de uma forma abrangente, controlar todos os perigos
para a sua saúde.
O sucesso de uma organização como a Unicer depende sobremaneira da forma
como é sensível às alterações que ocorrem no meio aonde está inserida.
Essas alterações podem vir de uma multitude de proveniências; de flutuações do
mercado, à volubilidade do consumidor e até dos recursos que utiliza, passando pela
conjuntura económica ou simplesmente pela tendência predominante que caracteriza um
certo tempo ou local.
Tradicionalmente o mercado de bebidas, em Portugal sempre foi bastante
impermeável a mudanças. No entanto, tem-se ultimamente, assistido a uma verdadeira
revolução neste sector.
Paradigmático é o que se assiste no sector cervejeiro, onde o conservadorismo
foi substituído por uma atitude aberta e inovadora, apresentando num curto espaço de
tempo mais produtos que na totalidade da história da indústria cervejeira.
Atenta às novas necessidades dos consumidores e procurando alargar o consumo
de cerveja a alvos demográficos que dantes não se encontravam acessíveis, a Unicer
apresenta agora uma diversidade de novas propostas como a Super Bock Green, Super
Bock Stout, Super Bock Tango, Cristal Weiss,, Clok e Cheers (sem álcool branca, preta
e ruiva).
É pertinente realçar como a consciência colectiva do politicamente correcto tem
permeado, felizmente, diga-se, a cultura corporativa. Assim e apesar de comercializar
produtos com conteúdo alcoólico, A Unicer pugna a todos os níveis pela tomada de
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consciência da importância da moderação no consumo de álcool aonde assume uma
postura ética sem mácula.
Nesta senda, a Unicer tem vindo a assumir responsabilidades acrescidas em
relação à comunidade onde está inserida e onde funcionam as suas unidades produtivas.
A protecção do ambiente, a preservação do património, a promoção da cultura e do
desporto, são suas prioridades. Assim, para além do Grupo ter vindo a desenvolver uma
política de mecenato em que as preocupações sociais convivem com os grandes eventos
nacionais, também não descorou a adopção de diversos procedimentos com o objectivo
de proteger o ambiente de possíveis agressões resultantes da sua actividade industrial.
Torna-se então natural que esta preocupação permeie os valores da empresa;
ideal como o respeito pelo indivíduo, a cidadania responsável e a integridade e ética,
mais que simples palavras, na Unicer deseja-se que tenham significado verdadeiro e
universal.
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5. Conclusão
A Unicer tem vindo a adoptar diversas formas de gestão conforme o feedback
que sente do ambiente externo.
Assim, ela poderá optar por um modelo mecanicista no tocante à linha de
produção, aonde o ambiente é relativamente estável e permite uma elevada
padronização, hierarquização e formalização. Ou optar pelo modelo orgânico, aonde a
formalização e a hierarquização não estão tão presentes, havendo, para além da
comunicação vertical a possibilidade de comunicação horizontal, estando assim, o
conhecimento disperso pela estrutura hierárquica.
Este modelo adequa-se aos sectores da organização que visam coordenar e
integrar diversos departamentos, pois aqui privilegia-se o relacionamento pessoal, a
tomada de medidas para o longo prazo e aonde o ambiente é mais instável.
À Luz da abordagem contingencial, poder-se-á dizer que não existe uma forma
única de gestão das organizações. Ela passa pela análise do meio externo e pela
consequente adaptação da organização a este último.
Necessariamente, a Unicer, para manter-se competitiva ao longo dos anos,
esteve forçosamente atenta à inconstância do meio, pois só assim conseguiu corrigir
comportamentos e soluções menos eficazes e que a impediam de atingir os seus
objectivos.
Desta maneira podemos concluir que as Organizações estão longe de ser
estruturas inanimadas ou descaracterizadas, elas cada vez mais se afirmam como
entidades vivas e dinâmicas, interagindo e respondendo tanto a estímulos externos como
internos. Mais do que a soma das suas partes, as organizações inserem-se num meio que
as envolve e incorpora, não sendo correcto caracterizá-las como organismos
independentes e fechados. Assim sendo, é na sua flexibilidade, diversificação e abertura
que a Unicer encontra a forma justa e equilibrada de resolver problemas e de atingir um
desenvolvimento robusto e sustentado.
Na Unicer deparamo-nos com características específicas da organização que
procuram adaptar-se e evoluir segundo as características do meio envolvente. Ambas se
ajustam de forma a colaborarem para a eficácia da gestão da organização.
A tecnologia e o meio externo têm um papel importante a desempenhar na
empresa visto que, influenciam o seu progresso e sentido competitivo. Assim, quanto
maior a complexidade da organização, maior a importância da integração e resolução de
conflitos.
Em suma, a abordagem que mais se amolda a esta organização em função do
sistema aberto é a aplicação da Abordagem Contingencial.
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A Organização como um Sistema Aberto
6. Bibliografia
Pesquisa documental
•
GOMEZ-MEJIA, L.R.; BALKIN, D. B.; CARDY, R. L. Management: People,
Performance, Change, 2ª. Ed., Boston: McGraw-Hill, 2005, caps. 12.
•
FERREIRA, J. M. Carvalho; NEVES, José; CAETANO, António. Manual de
Psicossociologia das Organizações, Lisboa: McGraw-Hill, 2001, Cap. 9.
•
MONTEIRO, Manuela; Queirós, Irene. Manual de psicossociologia 2, Porto;
Porto Editora, 2003, cap.6.
•
MORGAN, Gareth. Images Of Organizations, Executive Edition, Thousand
Oaks: Sage Publications, 1998, cap. 3.
•
SOUSA, António (1990), Introdução à Gestão – uma abordagem sistémica,
Editorial Verbo.
•
TEIXEIRA, Sebastião (1998), Gestão das Organizações, Mc Graw-Hill.
Pesquisa na Internet
•
www.unicer.pt (último acesso em 12/04/2006)
•
Slides da disciplina disponibilizados pela professora em www.fe.up.pt
•
Noticias disponibilizadas no link http://news.google.pt/nwshp?ned=pt-PT_pt
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7. Anexos
•
•
Relatório e Contas 2004 (disponível no CD junto com este relatório)
Relatório de Sustentabilidade 2004 (disponível no CD junto com este relatório)
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Trabalho sobre Sistemas Abertos - Faculdade de Engenharia da